Sistemática de Exportação 1
Sistemática de Exportação 1
Sistemática de Exportação 1
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Sumário
GLOBALIZAÇÃO ............................................................................................. 3
TIPOS DE EXPORTAÇÃO......................................................................... 11
Exportação direta ................................................................................... 11
FINALIZAÇÃO DO PROCESSO.................................................................... 23
REFERENCIAS ............................................................................................. 24
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NOSSA HISTÓRIA
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GLOBALIZAÇÃO
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fator que fez com que diversas organizações passassem a criar estratégias de
expansão de seus mercados.
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Gilberto Dupas (apud MAIA, 1999, p. 155), "cerca de 60% do comércio mundial atual
ocorre dentro de acordos de livre comércio".
Para que um País tenha sucesso neste mercado que está cada vez mais
globalizado, é importante saber comprar (importar) e vender (exportar). Importar com
inteligência implica na compra de produtos que sejam vantajosos de alguma forma,
como qualidade ou preço, em relação aos encontrados no mercado interno, pois
obviamente necessitamos que nosso mercado interno seja fortalecido. Quanto a
exportar, é indispensável que comecemos a nos impor mais, o que significa exportar
bens com maior valor agregado, consequentemente diminuindo a exportação de bens
primários e commodities. Afinal é equivocado o pensamento que muitos têm de que
"devemos apenas exportar, e não importar". Certamente exportar gera muito mais
empregos que importar, mas em alguns casos a importação é mais conveniente ou
necessária.
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Importa-se, geralmente, por necessidade de adquirir mercadorias de alta
tecnologia, em função de custo menor decorrentes de diferenças geográficas, por
insuficiência de determinado bem no mercado interno, por questões políticas, entre
outras.
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algumas nações se ocupavam em fornecer matériasprimas a outras nações
(STWART, 2006).
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pessoal capacitado, treinado e motivado para esgrimir num campo em que os
adversários são competentes e agressivos.
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Real, que entre outros benefícios em termos de economia, gerou um maior avanço
nas práticas de internacionalização das empresas (CARDOSO, 2007).
Maia (1999, p. 32) afirma que o drawback pode ser concedido das seguintes
maneiras:
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a) Suspensão: o exportador apresenta um plano de uma importação
conjugada com uma exportação, ficando assim isento de pagar
impostos aduaneiros. Há um prazo para o exportador comprovar o
cumprimento do plano. No decreto n° 4.543 3, de 26 de dezembro de
2002 do Governo Federal, é possível obter informações mais
detalhadas a respeito dessa modalidade de drawback;
b) Isenção: o exportador exporta bens produzidos utilizando matéria-prima
tributada e, posteriormente, solicita importação da mesma quantidade
de matéria-prima, que desta vez estará isenta de impostos;
c) Restituição: similar à isenção, mas neste caso o exportador não deseja
importar matéria-prima para repor seu estoque. Pede, então, restituição
do imposto aduaneiro.
CONCEITO DE EXPORTAÇÃO
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A atividade exportadora pode ser considerada como um dos caminhos mais
vantajosos para a empresa que deseja operar com o comércio exterior, tendo em vista
que apresenta menores riscos e um grau de facilidade menor em comparação à
importação. Devido a isso, a exportação é a maneira mais utilizada para as
organizações ficarem conhecidas no cenário internacional (PIPKIN, 2000). Ainda
segundo Veiga (2002, p. 130):
TIPOS DE EXPORTAÇÃO
Existem algumas alternativas que permitem ao produtor o objetivo de atingir os
mercados externos mediante a exportação de seus produtos, que podem ser divididas
nas seguintes formas de operação: exportação direta, exportação 21 indireta e as
formas mistas.
EXPORTAÇÃO DIRETA
A exportação direta é aquela em o próprio fabricante realiza o faturamento de
seu produto em nome da pessoa que está importando, no país exterior (GARCIA,
2001). A exportação direta ocorre “[...] quando a empresa assume o controle total das
operações de exportação, desde a prospecção de mercado até a assistência técnica”
(NOSÉ JÚNIOR, 2005, p. 245). De acordo com Garcia (2001, p. 28):
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ou no exterior, mediante remuneração denominada de comissão de
agenciamento ou representação, não descaracteriza a figura da exportação
direta, pois sua identificação como tal está no fato de o fabricante/produtor
emitir os documentos em nome do comprador no exterior.
LOGÍSTICA E TRANSPORTES
A exportação indireta pode ser entendida como sendo aquela em que ocorre a
figura de um interveniente, ou seja, uma empresa que tenha objeto social previsto
como sendo a exportação, que podem ser consórcios ou cooperativas de
produtores/fabricantes, empresa que atua exclusivamente como exportadora,
indústria cuja atividade comercial exportadora seja realizada com produtos de
fabricação de terceiros e empresa comercial de ação mista, ou seja, que opera tanto
nas atividades internas como também com exportação e importação (GARCIA, 2001).
[...] o exportador é outro que não o produtor da mercadoria vendida, [...] toda
a operação de exportação, embarque, emissão de documentos, etc., fica por
conta do vendedor, aparecendo o produtor apenas nas embalagens, ou
eventualmente em documentos se isto for necessário ou solicitado. Toda a
operação legal, inclusive a contratação de câmbio da moeda estrangeira
objeto do recebimento da operação, far-se-á pelo vendedor e não pelo
produtor. Significa que o produtor da mercadoria realizou uma venda no
mercado nacional ao futuro exportador, venda esta equiparada à exportação
e com manutenção dos benefícios relativos à exportação, como não
pagamento dos tributos incidentes sobre mercadorias vendidas no mercado
interno para consumo no país.
FORMAS MISTAS
As formas mistas são importantes canais de distribuição participantes no
processo de exportação. Nessa formatação, a venda realizada pelo produtor ou
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fabricantes é conduzida por um agente de médio ou grande porte, o que caracteriza
um fator de segurança no negócio (GARCIA, 2001).
As formas mistas podem ser conceituadas como aquelas que penetram nos
mercados de forma mais rápida e expandem as vendas também de forma mais
eficiente e mais rapidamente em expandir as vendas de maneira a dominar o mercado
(MINERVINI, 2003).
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Diversificar e diminuir os riscos; melhoria da imagem institucional
perante os fornecedores e instituições bancárias;
Manter-se operante frente a entrada de concorrentes no âmbito
doméstico e desenvolver estratégia para a manutenção da organização
(MINERVINI, 2003).
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Também se deve destacar que, de forma geral, os mercados externos
apresentam características diferenciadas em termos de bases econômicas, hábitos
de consumo, reações a apelos publicitários, sazonalidade de consumo, entre outros,
que são diferentes com as especificidades internas com as quais a empresa já está
habituada (CASTRO, 2008).
Por isso, a exportação, de forma geral, precisa ser estudada de forma criteriosa
e planejada sob todos os seus aspectos por ela envolvidos, tanto operacionais como
administrativos. Para tanto, a empresa deve adotar um plano de exportação, com
vistas a maximizar as vendas no comércio internacional, bem como aumentar os
lucros que são esperados (LUDOVICO, 2007).
Devido aos reflexos que o comércio exterior traz para a economia das nações,
os esforços devem ser intensificados, particularmente na redução das barreiras
comerciais e também no transporte dos produtos país a país, tarefa que é exercida
pela logística (PIPKIN, 2005).
FLUXO LOGÍSTICO
A partir da venda iniciam-se as operações logísticas com o transporte interno,
que pode acontecer através dos modais aéreo, rodoviário, ferroviário, aquaviário ou
dutoviário, também conhecido como transporte interno.
Esse translado é efetuado até uma alfândega, onde serão realizadas todas as
etapas do processo de desembaraço aduaneiro para a exportação. Ao término do
trâmite do desembaraço, a mercadoria é encaminhada para um terminal
aeroportuário, onde embarcará para o país de destino, aplicável para os modais aéreo
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e marítimo, caso o modal internacional seja o rodoviário, dutoviário ou ferroviário a
mercadoria seguirá da zona alfandegada diretamente ao país de destino.
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vantagens e desvantagens dos modais de transporte aeroviário, aquaviário,
ferroviário, rodoviário, dutoviário.
MARKETING INTERNACIONAL
O marketing internacional desempenha um papel fundamental nas atividades
de planejamento, análise e definição do potencial de mercados. Auxilia na
identificação e compreensão do que são e como agem os elementos não controláveis
como a economia, cultura sobre o consumo do produto, políticas governamentais e
legais, barreiras tarifárias e não-tarifárias aplicadas ao produto, concorrentes
nacionais e internacionais do setor e a influência da tecnologia na fabricação dos
produtos (CATEORA; GRAHAM; SAAD, 2001).
Cortinas Lopez, Gama e Lopes (2004) citam inclusive que praticamente tudo
pode ser exportado, mas nem tudo pode ser exportado para qualquer país,
confirmando a necessidade de planejamento e análise das variáveis de ambiente
internacional.
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SISTEMÁTICA DE EXPORTAÇÃO
A sistemática de exportação brasileira é dividida em três fases: fase
administrativa, fase aduaneira e fase cambial. No Brasil as normas administrativas de
exportação é regulada pela Portaria da SECEX nº36 de 22 de novembro de 2007. A
fase administrativa, controlada pela SECEX relaciona os produtos sujeitos a
procedimentos especiais, as normas específicas de padronizações e classificações,
a impostos de exportação, ou que tenham a exportação contingenciada ou suspensa,
em virtude da legislação ou em decorrências de compromissos internacionais
assumidos pelo Brasil. (RECEITA FEDERAL, 2008)
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Federal atua nas operações de comércio exterior em sua fase aduaneira, recebendo
e coordenando todas as operações por meio do Sistema Integrado de Comércio
Exterior (SISCOMEX). Os envolvidos na fase aduaneira são: Receita Federal do
Brasil, os despachantes aduaneiros, depositários, transportadores, exportadores e
importadores.
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exportadores e importadores brasileiros são mantidas em moeda nacional. (LOPEZ e
GAMA, 2007). O prazo total para liquidação de contrato de câmbio de exportação foi
estendido de 570 dias para 750 dias, sendo 360 dias antes do embarque e até o
último dia útil do 12º mês subseqüente ao do embarque da mercadoria ou a prestação
de serviço. (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2008).
AMBIENTE ECONÔMICO
Compreender o ambiente econômico dos países, segundo Keegan (2011),
significa entender as estimativas do Produto Interno Bruto – PIB, renda e consumo da
população, áreas de investimentos e gastos do governo, preço do produto
concorrente no mercado, nível de importações e exportações de produtos, influência
do câmbio ou valor da moeda nacional em relação à moeda estrangeira, grau de
desenvolvimento econômico do país e grau de industrialização do país.
Entender que bens e serviços têm diferentes preços entre um país e outro
confirma a necessidade de analisar o câmbio entre o valor da moeda local em relação
ao valor da moeda estrangeira. Esta etapa, conforme Keegan (2011) deve ser
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acompanhada antes, durante e depois do planejamento de exportação e definição de
potenciais mercados, pois a partir das negociações de importação e exportação nas
quais acontecem o ingresso e egresso de moedas estrangeiras, o sistema cambial
internacional vai sendo movimentado (BRASIL, 2014, texto digital).
Porém, ainda que o preço final do produto no mercado externo seja mais
atrativo para a empresa do que vendê-lo no mercado interno, os profissionais de
análise de mercado precisam avaliar se o preço do produto exportado é competitivo
nos potenciais mercados, analisando a relação entre o preço praticado pelo
concorrente e o preço que o mercado está apto a pagar pelo produto. Conforme
Keegan (2011) é o mercado consumidor quem dita o preço dos produtos, através da
relação entre oferta e demanda.
O autor Vieira (2007) afirma que geralmente as taxas de câmbio são instituídas
pelo governo de cada país, a partir de interferências monetárias, gestão da política e
legislações que envolvem as atividades de comércio exterior.
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Em relação às diferentes atividades ocupacionais e níveis de renda dos
consumidores, Ghemawat (2001) considera que estas riquezas podem ser
consideradas como os aspectos mais importantes da economia global pois podem
criar distâncias entre as nações, refletindo na possibilidade de negociações
internacionais, níveis de comércio e cooperação entre mercados.
Países de renda média alta, conforme Keegan (2011) têm como característica
PIB per capita entre 3.126 e 9.655 dólares, e também são considerados
industrializados, visto que a mão de obra da população está alocada na indústria e
raramente na agricultura. Devido ao seu crescimento econômico avançado e grau de
desenvolvimento, estes países são considerados grandes competidores e fortes
exportadores.
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e superávits no balanço comercial dos países, no qual são feitos os registro de todas
as transações econômicas de bens comercializáveis, intangíveis e doações entre os
residentes de um país e o restante do mundo.
FINALIZAÇÃO DO PROCESSO
Não seria interessante ter um “dossiê” com os dados de todos os documentos
emitidos, valor exportado, NCM utilizada? Isto permitiria que o exportador se utilizasse
dessas informações como uma base de dados para processos futuros, bem como
para controle, organização e guarda dos documentos, já que existe a obrigatoriedade
de mantê-los por 5 (cinco) anos para apresentação ao fisco, caso exigido. (BRASIL,
2003).
Não se deve esquecer, também, que a exportação não cessa com a finalização
operacional do processo. Os trabalhos de pós-venda são essenciais para aproximar
sua empresa e o cliente no exterior. Para isso, manter o cliente bem informado do
andamento do processo é fundamental. A organização e sistematização do processo
de exportação transmitirão mais confiança ao cliente, assim, aumenta, em muito, as
chances de um novo pedido.
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REFERENCIAS
CATEORA, Philip R.; GRAHAM, John L.; SAAD, Juliana Abdalla. Marketing
internacional. 10. ed. Rio de Janeiro: LTC, c2001.
CORTINAS LOPEZ, José Manoel; GAMA, Marilza; LOPEZ, José Manoel Cortinas.
Comércio exterior competitivo. São Paulo: Aduaneiras, 2004.
KEEDI, Samir. ABC do comércio exterior. 2. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2004.
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MALUF, Sônia Nagib. Administrando o comércio exterior do Brasil. São Paulo:
Aduaneiras, 2003.
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