2021, Elias Et Al Avaliação Acesso RL
2021, Elias Et Al Avaliação Acesso RL
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ISSN: 2525-8761
RESUMO
Objetivo: Avaliar o modo em que se concede o acesso e acolhimento dos homens na
atenção básica. Metodologia: O trabalho é uma revisão de literatura, com as buscas dos
termos: “Saúde do Homem”; “Centro de Saúde”; “Masculinidade” nas plataformas Scielo
e Lilacs, no período de tempo de 2009-2019. Resultados: Foram encontrados 586 artigos
e 10 destes foram selecionados, 5 eram relacionados ao descritor “Saúde do Homem”, 3
ao “Centro de Saúde” e 2 a “Masculinidade.” Essa revisão analisou os fatores que
ABSTRACT
Objective: To evaluate the way in which access and reception of men in primary care is
granted. Methodology: The work is a literature review, with searches for the terms:
“Men's Health”; "Health Center"; “Masculinity” on Scielo and Lilacs platforms, in the
time period of 2009-2019. Results: 586 articles were found and 10 of these were selected,
5 were related to the descriptor "Men's Health", 3 to the "Health Center" and 2 to
"Masculinity." This review analyzed the factors that make it impossible and also those
that integrate the receptivity of men in basic health units and the ineffectiveness of the
integrality of the Unified Health System focused on the objectives of the PNAISH.
Conclusion: It is essential that health professionals assist and include men in primary
care, by obtaining information that will allow the planning and implementation of
strategies, which will aim to enable and facilitate the access of this population. Likewise,
more specific studies on men's health are needed to better assess and evolve their clinical
conditions.
1 INTRODUÇÃO
A saúde do homem é algo relativamente novo, inserido pela portaria Nº 1944, no
âmbito de Sistema Único de Saúde (BRASIL,1988), em 2009 em que foi o ano de criação
da PNAISH (BRASIL,2009), a qual possui decisões de qualificar o atendimento à saúde,
garantindo a promoção, prevenção e a reabilitação de agravos. No entanto, os
objetivos da política, encontram desafios desfavoráveis pertinentes a síntese
sociocultural, histórica e temporal incutidos na sociedade, as quais estabelecem ao
homem, a não recognição do essencial cuidado com a própria saúde, fator este que
participa do modelo de masculinidade vigente contribuinte para que a população
masculina sejam as principais vítimas e autores das mais diversas expressões de violência
social, e fundamentalmente da autoviolência letal, tais padrões estimulam a solução de
conflitos de forma agressiva, pelo urso de armas de fogo, além de exibir risco de
autoagressão e sofrimento psíquico, gerando e influenciando diretamente seu processo
2 MATERIAIS E MÉTODOS
Trata-se uma revisão bibliográfica, com a busca do termo “saúde do homem”;
“Centro de Saúde”; “masculinidade” nas plataformas Scielo e Lilacs entre os anos de
2009 a 2019. Foram encontrados 586 artigos científicos, mas utilizou-se como critério de
inclusão a presença dos descritores: Saúde Masculina, Centro de Saúde ou
Masculinidade, sendo selecionados 10 artigos.
A tabulação e análise dos dados foi realizada em Microsoft Office Excell 2007
para análises descritivas.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Observou-se que dos 10 artigos selecionados, 5 eram relacionados ao descritor
saúde do homem, 3 ao centro de saúde e 2 a masculinidade (tabela 1), estes referindo a
todo momento, sobre os fatores que impossibilitam o acolhimento em unidades básicas
de saúde e mostram a ineficácia da integralidade do Sistema Único de Saúde (SUS)
voltadas para a PNAISH.
Evidência da importância da
Implementação da Política
2 MOZER et al. 2014 implementação da (PNAISH) e
Nacional de Saúde do Homem
seus objetivos aos homens.
Análise do comportamento do
O Princípio da Integralidade e o
3 O’DWYER et al. 2013 homem em relação ao processo
Samu.
saúde doença.
Alguns artigos citam que o homem procura menos a prevenção em saúde do que
as mulheres, e evidenciam o contexto histórico, cultural e temporal como fatores que
mostram o autocuidado em saúde como diminuidor da masculinidade, além de mostrar
que as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) não estão preparadas para atender este público,
transformando o assunto até hoje em um tabu, que precisa com urgência ser mudado,
como exemplificado nas próprias definição retiradas dos artigos: “Não há assistência
integrada tendo entre as causas: a insuficiência estrutural da rede, representada pela
ausência da atenção básica e pela precariedade nos hospitais de referência. Não há
produção e utilização de informações e o SAMU não cumpre a função de observatório de
saúde” (O'DWYER, MATTOS; 2013). ” Os homens morrem mais do que as mulheres
pelas principais causas de morte; determinados modelos de masculinidade podem trazer
comprometimentos para a saúde dos homens; os homens são os principais atores na
violência cometida contra mulheres, crianças, outros homens e contra eles mesmos; o
desemprego compromete o bem-estar masculino e pode se relacionar a suicídios de
jovens” (BATISTA, SALDANHA; 2017). “Com base nessa perspectiva, destacam-se as
seguintes premissas acerca dos homens: Eles têm maior dificuldade em construir sua
identidade do que as mulheres, 5 encontram-se em situação de saúde desfavorável, 14
costumam-se ser percebidos como sexualmente infectantes, poucos envolvidos na saúde
reprodutiva e agentes da violência contra as mulheres” (SCHWARZ, ET AL; 2012).
Por estar sempre em constante transformação e aperfeiçoamento, a saúde
pode sofrer intercorrências por qualquer comprometimento externo ou interno que ocorra
na vida de uma pessoa, por isso, homens que não procuram de forma regular uma unidade
básica, apresentam dificuldades de sentirem apoiados e não se sentem à vontade para
frequentar esses ambientes já que as campanhas de atrativos a esse público raramente são
feitas e o acolhimento é mais voltado para mulheres e crianças.
Torna-se necessário que os Sistemas de Saúde ordenados pela APS, tenham um
melhor reconhecimento dos problemas de saúde; Maior precisão nos diagnósticos; Maior
adesão aos tratamentos; Maiores chances de reduzir a desigualdades sociais; Diminuições
das internações sensíveis à atenção ambulatorial; Menor mortalidade por doenças
cardiovasculares; Melhor expectativa de vida e impreterivelmente ser o nível atenção que
possui uma escuta qualificada com a abordagem centrada na pessoa de modo holístico
4 CONCLUSÃO
O presente estudo buscou então, mostrar através de dados de uma pesquisa
bibliográfica, que verificou que existem poucos estudos específicos sobre a saúde do
homem, portanto torna-se necessário mais estudos e alternativas de atendimento para este
público, como o que acontece na Clínica de Enfermagem e multiprofissional da UENP,
que é composto pela pesquisa: que faz com que conhecemos a realidade de saúde desta
população, extensão: desenvolvimento de estratégias que permitam a melhora na
qualidade de vida e ensino: capacitação os alunos para trabalhar com este público. E
principalmente orientações diretas com o intuito de promover o autocuidado e educação
em saúde. Há o atendimento dos homens em horários alternativos, mostrando como isso
pode ser eficaz visto que possibilita a interação de alunos e profissionais com o público
alvo e principalmente orientações diretas com intuito de auxiliando-os no conhecimento
de patologias, obtendo resultados e realizando orientações, percepções e diversas outras
características, podendo ser cada vez mais utilizada por diversas áreas da saúde, uma vez
que visa o atendimento e acolhimento de forma integral ao cuidado masculino.
Em sumo, é de fundamental relevância que todas equipes multidisciplinares de
saúde realizem uma boa promoção e orientação a estes, para que assim tabus sejam
rompidos e o público alvo obtenha estratégias para a abordagem da evolução clínica do
homem.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, agradeço a Deus pelo apoio inefável e pela lição sutil diária de
amor, esperança e saber. Agradeço admiravelmente a minha prezada professora e
orientadora Doutora Natália Maria Maciel Guerra Silva, por guiar esse estudo, assim
como tantos outros com tanta proficiência, virtuosismo e brilho a cada instrução e
orientação de trabalho. Aos meus pais José e Elizete pela tamanha dádiva e benção de ser
minha família e o motivo do meu verdadeiro amor. Aos meus amigos, principalmente a
Verônica Lopes Gervásio e ao Marco Antônio Queiroz Dell’ Acqua, pela mão estendida,
pelo sorriso carinhoso e companhia sublime, vocês sem dúvidas são minhas inspirações
e as razões da minha saudade.
REFERÊNCIAS
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