23.05.2022 Arte Romanica
23.05.2022 Arte Romanica
23.05.2022 Arte Romanica
ARTE ROMÂNICA
Em 476, com a tomada de Roma pelos povos bárbaros, tem início o período histórico
conhecido por Idade Média. Na Idade Média a arte tem suas raízes na época conhecida como
Paleocristã, trazendo modificações no comportamento humano e com o Cristianismo a arte se
voltou para a valorização do espírito. Os valores da religião cristã vão impregnar todos os
aspectos da vida medieval. A concepção de mundo dominada pela figura de Deus proposto
pelo cristianismo é chamada de teocentrismo (teos = Deus). Deus é o centro do universo e
a medida de todas as coisas. A igreja como representante de Deus na Terra, tinha poderes
ilimitados. O termo românico para indicar a arte surgida durante a Alta Idade Média na Europa
Ocidental foi empregada, pela primeira vez em 1824, pelo arqueólogo francês De Caumont,
e logo imediatamente adotada. A palavra pretendia exprimir de maneira sintética dois
conceitos: a semelhança entre o processo de formação das línguas “romanço” (espanhol,
francês, italiano, entre outros) construídas pela mistura do latim vulgar aos idiomas dos
invasores germânicos e o das artes figurativas, realizadas, nos mesmos países e mais ou
menos ao mesmo tempo, através da ligação de tudo que restava da grande tradição artística
romana com as técnicas e tendências bárbaras e, segundo o conceito, a suposta aspiração
desta nova arte de se ligar à da Antiga Roma. Na arte Românica, de fato foram trazidos
elementos romanos e germânicos, mas também, bizantinos, islâmicos e armênios. Mas,
sobretudo, o que ela criou foi essencial. Anteriormente o período que compreendia a Arte Românica
era muito amplo, e hoje aplicamos a designação de Românico para o período entre o século XI
e o século XIII.
ARQUITETURA
Com a instituição da fé católica romana, uma
onda de construção de igrejas varreu a Europa
feudal de 1050 a 1200. Os construtores
tomaram elementos da arquitetura romana,
como colunas e arcos redondos. No entanto,
como os prédios romanos tinham tetos de
madeira, fáceis de incendiarem, os artesãos
medievais passaram a fazer os tetos das
igrejas com abóbadas de pedra. Abóbadas
essas que podiam ser cilíndricas ou com arestas
apoiadas em pilastras o que resultava em
grandes espaços, livres de colunas e
obstáculos. Nesse período a peregrinação estava muito em moda e a arquitetura das igrejas era
adequada para receber as multidões de visitantes. A sua planta cruciforme, com longa nave
atravessada por um transepto mais curto, simbolizando o corpo de Cristo crucificado. As
arcadas permitiam aos peregrinos andar pelos corredores sem atrapalhar os serviços religiosos na
nave central. O “chevet” travesseiro em francês é a parte atrás do altar, capelas
semicirculares onde se guardam os relicários. O exterior das igrejas românicas é bastante
despojado, exceto pelos relevos esculturais em volta do portal principal.
As características mais significativas da arquitetura românica são:
• abóbadas em substituição ao telhado das basílicas;
• pilares maciços e paredes espessas;
• aberturas raras e estreitas usadas como janelas;
• torres que aparecem no cruzamento das naves ou na fachada;
• arcos em 180 graus.
2 Artes Visuais – Ensino Média - Professora Andreia Manoel – ARTE ROMÂNICA
ILUMINURAS
3 Artes Visuais – Ensino Média - Professora Andreia Manoel – ARTE ROMÂNICA