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ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO JOÃO DE DEUS NUNES

Professora: Taís Braun Rutz Hörnke

Disciplina: História

1 ano do Ensino Médio

O que é História?

História é a ciência responsável por estudar os acontecimentos passados. Esse estudo, no entanto, não
é feito de qualquer maneira, pois o historiador, em seu ofício, deve colocar em prática uma análise crítica do
seu objeto de estudo a fim de racionalizar a conclusão sobre os acontecimentos investigados.

A palavra “história” tem origem no idioma grego e é oriunda do vocábulo “hístor”, que significa
“aprendizado”, “sábio”. Sendo assim, faz referência ao conhecimento obtido a partir da investigação e do
estudo. A importância da História está em seu papel de nortear o homem no espaço e no tempo, dando- lhe a
possibilidade de compreender a própria realidade.

O conceito de História recebe definições distintas de acordo com diferentes historiadores. O historiador
Marc Bloch, por exemplo, considera que a História não é a ciência que estuda os acontecimentos passados,
mas sim a ciência que estuda o homem e sua ação no tempo. Outros entendem como o estudodas transformações
na sociedade humana ao longo do tempo.

Nesse sentido, o papel do historiador é fazer uma análise crítica que o permita chegar a uma conclusão
sobre determinado acontecimento passado a partir da investigação de fontes históricas. O historiador não
deve glorificar ou demonizar determinado acontecimento, mas deve analisá-lo criticamente, utilizando todas
as fontes que estiverem ao seu alcance e empregando métodos de análise que o auxiliem em seu exercício.

 Quando se iniciou a História?

O surgimento da História enquanto ciência e campo de estudo foi obra dos gregos antigos. Heródoto
é considerado o pai da História. Seu trabalho aconteceu por meio da sistematização dos eventos da história
dos gregos e de outros povos da antiguidade, como os egípcios. Um dos eventos da história grega narrados
por Heródoto foram as Guerras Médicas, conflito travado durante a invasão da Grécia pelos persas.

Tucídides foi o primeiro historiador a utilizar, de fato, um método de análise que permitisse reconstituir
e formular uma análise a respeito de um acontecimento passado. Seu trabalho foi a respeito da Guerra do
Peloponeso, conflito travado entre as cidades de Atenas e Esparta.

 O trabalho do historiador

O profissional que possui formação no curso de história acaba se tornando um historiador. E a principal
finalidade deste profissional é buscar o conhecimento dos acontecimentos históricos, ajudando a humanidade
a compreender os acontecimentos do presente e ajudando a projetar o futuro.
Portanto, o principal objeto de estudo dos historiadores é justamente tudo aquilo que já passou. A
partir dos acontecimentos, os historiadores podem analisar os fatos e também as informações sob diferentes
ângulos, o que também acaba sendo fundamental para a humanidade como um todo.

Os historiadores podem analisar os fatos do ponto de vista social, econômico, técnico, político, cultural,
dentre uma série de outros enfoques que podem sempre serem utilizados para a análise da história, seja ela
de uma determinada pessoa, de uma determinada região ou do mundo como um todo.

 Periodização

Ao longo do tempo, os historiadores convencionaram-se a organizar os eventos em períodos. Essa


periodização, naturalmente, seguia uma organização cronológica e utilizava acontecimentos marcantes para
determinar o fim de um período e o começo de outro. O fim de um período, no entanto, não significava o
registro de mudanças profundas imediatas, mas indicava, a partir daquele marco, o acontecimento de
mudanças significativas com o passar do tempo.

Apesar de muitos historiadores questionarem a datação dos marcos de cada período, ela permanece em
vigência e é utilizada como mecanismo para organizar o estudo da história e facilitar o ensino. Os períodos
históricos são Pré-História, Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna, Idade Contemporânea.

 Pré-História

Período que acompanha toda a evolução histórica do homem, partindo de seu surgimento e estendendo- se
até o momento em que a primeira forma de escrita foi criada, por volta de 4000 a.C. A Pré-História
acompanha todo o processo de desenvolvimento humano, desde a utilização da pedra e do metal para a
produção de ferramentas até o processo de sedentarização.

 Idade Antiga

Tem como ponto de partida a criação da primeira forma de escrita desenvolvida pelo homem: a escrita
cuneiforme, criada pelos sumérios, povo que habitou a Mesopotâmia.

Esse período estuda os acontecimentos que envolveram diferentes povos, como egípcios, sumérios,
assírios, persas, hititas, gregos, romanos, etc. O marco do fim desse período é a queda do Império Romano
do Ocidente, quando o último imperador romano foi destronado pelos hérulos, em 476 d.C.

 Idade Média

Acompanha os eventos históricos do período que se estende de 476 a 1453. Seu marco inicial é o fim do
Império Romano do Ocidente, e seu marco final é a queda de Constantinopla para os otomanos.

Nesse período, enfocam-se os fatos acontecidos na Europa com o surgimento do feudalismo e a formação de
uma sociedade controlada pela Igreja Católica. Atualmente, o estudo desse período no Brasil tem expandido
seu foco para estudos de outros povos, como árabes, povos asiáticos, africanos e pré- colombianos.

 Idade Moderna

É um período mais curto o qual analisa os acontecimentos de 1453 a 1789, com destaque para o processo de
colonização do continente americano. São ressaltadas também as diversas transformações que a Europa
enfrentou com o surgimento de novas ideias durante o Renascimento e o Iluminismo.

O marco estipulado para o fim desse período é a Queda da Bastilha, evento que iniciou a Revolução
Francesa, em 1789.

 Idade Contemporânea

Período atual em que estamos inseridos. Acompanha acontecimentos do final do século XVIII até a os dias de
hoje. Sendo assim, esse período engloba fatos que marcaram grandes transformações para a humanidade,
como aqueles causados pelas revoluções industriais.

 Medição do tempo

Desde a Pré-História o homem já observava alguns padrões na natureza: por exemplo, os períodos
de claridade e escuridão (dia e noite), as fases da Lua (que originaram os meses) e a repetição de alterações
climáticas (estações). Usava esses ciclos em atividades agrícolas, para planejar o plantio.

Não à toa, os primeiros registros de medição do tempo foram localizados na fértil região do rio Nilo,
na África. Ali, arqueólogos encontraram um dos primeiros calendários de que se tem notícia, o egípcio,
desenvolvido por volta de 3000 a.C., além dos primeiros relógios (de sol, entre 5000 a.C. e 3500 a.C., e de
água, feito em cerca de 1400 a.C.).

O desenvolvimento da ciência (especialmente da astronomia, com os gregos e romanos) possibilitou


cálculos e ajustes mais precisos na mensuração do tempo. O calendário gregoriano que usamos hoje, foi
instituído no século 16. Os relógios de sol, trazidos para a Grécia pelo contato com os babilônios, também
sofreram sensível aperfeiçoamento.

 Fontes históricas

As fontes históricas são vestígios do passado que permitem que o historiador desenvolva sua pesquisa
eresponda questões referentes a elas. Dessa maneira, as fontes assumem um papel de total importância para
a pesquisa histórica dando credibilidade à mesma.

O termo “fonte” é compreendido como documento que registra e comprova o vestígio do passado.

Até o século XIX, acreditava-se que o passado só poderia ser estudado por meio de fontes escritas
oficiais, o que limitava o trabalho do historiador somente a esses documentos.

Contudo, a partir do século XX, passa-se a compreender como fonte histórica tudo o que foi produzido
pelo ser humano desde os primórdios, ou seja, desde antes da escrita.

Com isso, fontes de natureza oral e material passam a ser consideradas tão importantes quanto
documentos escritos para se compreender o passado. Esse movimento na pesquisa histórica permitiu que
surgissem novas discussões ao mesmo tempo em que contribuiu para o crescimento da produção histórica.

 Tipos de fontes históricas

As fontes históricas podem ser desde artefatos arqueológicos a dispositivos eletrônicos. É importante que se
compreenda que todos os tipos de fontes históricas são importantes para o desenvolvimento da pesquisa.
Contudo, existe uma diferença de complexidade entre elas.

 Fontes históricas escritas

As fontes históricas escritas consistem em documentos que possuem frases e textos. Alguns exemplos de fontes
escritas são: cartas, discursos, leis, livros, letras de musicas, poemas, jornais, revistas, folhetos, etc.

 Fontes históricas materiais

As fontes históricas materiais são os vestígios do passado deixados pelo homem. São as fontes mais amplas
que existem pois tudo que foi produzido pelo homem desde a sua existência é passível de pesquisa. Podemos
exemplificar algumas fontes materiais, como: esculturas, pinturas rupestres,

 Fontes históricas orais

As fontes históricas orais são fontes que envolvem a fala. Em sociedades que a escrita não é dominada por
todos os seus membros (como algumas comunidades indígenas, por exemplo), sua história é narrada e
transmitida pela fala dos mais velhos.

Assim, a memória do narrador se torna uma importante ferramenta para se construir a história que passa de
geração para geração. As fontes históricas orais permitem perceber como o grupo envolvido no fato passado
vivenciou e percebeu o desenrolar dos acontecimentos. Alguns exemplos de fontes orais são: lendas, mitos,
relatos, documentários, entrevistas, etc.

Percebe-se, então, que as fontes históricas são variadas. Cada uma demanda um cuidado diferente por parte
do historiador que deve se encarregar de extrair delas argumentos sólidos que sustentarão sua pesquisa.

Nesse sentido, a atuação do historiador é de suma importância para a pesquisa histórica, pois dependerá da
forma como ele manuseará as fontes que a história será difundida.

 CIÊNCIAS AUXILIARES DA HISTÓRIA:

 Economia: estuda os meios de produção, distribuição, consumo e circulação da riqueza.

 Sociologia: estuda o homem em sociedade.

 Geografia: estuda a superfície da terra no seu aspecto físico e humano.

 Antropologia: estuda o homem no aspecto biológico e cultural.

 Arqueologia: estuda as culturas extintas.

 Paleontologia: estuda os fósseis.

 Cronologia: localização dos fatos no tempo.


 Paleografia: escritos antigos em materiais leves.

 Epigrafia: escritos antigos em materiais pesados.

 Heráldica: brasões, escudos e insígnias.

 Numismática: moedas.

Pré-História

Pré-História é o período do passado da humanidade que vai do aparecimento do homem à invenção da


escrita e que abrange milhões de anos.

A origem da humanidade é objeto de pesquisas de arqueólogos, paleontólogos, geólogos e biólogos.

Suas pesquisas baseiam-se em vestígios que sobreviveram no tempo, como fósseis, pinturas rupestres, utensílios
de uso diário, restos de fogueira etc.

Esses vestígios são encontrados em cavernas ou soterrados por diversas camadas de solo.

 Divisão da Pré-História

A Pré-História se divide em dois grandes períodos: a Idade da Pedra e a Idade dos Metais.

 Idade da Pedra - está compreendida entre o aparecimento dos primeiros hominídeos e mais ou menos
10000 a.C.. Para fin de estudo também se divide:

 Período Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada (do surgimento da humanidade até 8000 a.C.);

 Período Neolítico ou Idade da Pedra Polida (de 8000 a.C. até 5000 a.C.);

 Idade dos Metais (5000 a.C. até o surgimento da escrita, por volta de 3500 a.C.).

 Paleolítico

Paleolítico é o período mais extenso da Pré-História da humanidade, compreendido entre seu


surgimento, por volta de 4,4 milhões de anos, até 8000 a.C. Nessa época os homens viviam em bandos e
ajudavam uns aos outros na obtenção de alimentos, através da caça, da pesca e da coleta de frutos, raízes
e ovos, o que os obrigava a uma vida nômade.

A baixa temperatura leva os grupos de hominídeos a se abrigar em cavernas e a construir


habitações com galhos de árvores e a compartilhar o uso dos rios, das florestas e dos lagos. Os instrumentos
utilizados, a princípio eram de osso e madeira, depois, lascas de pedrae marfim. Fabricavam machados,
facas e outros instrumentos pontiagudos. Uma descoberta importante nesse período foi domínio do fogo.
Estima-se que o fogo passou a ser controlado pela humanidade há 500 mil anos, na África oriental. Com seu
controle, os grupos passaram a se aquecer do frio, a cozinhar alimentos, defender-se dos animais ferozes,
iluminar a noite etc.
Por volta de 30000 a.C., o Homo sapiens aperfeiçoou a técnica da caça e da pesca, inventou o arco
e a flecha e criou a arte da pintura. Em torno de 18000 a.C. a Terra passou por transformações climáticas e
geológicas.

Essas transformações, que duraram milhares de anos, mudaram significativamente a vida animal e
vegetal do planeta e alteraram a relação entre homem e natureza. O homem entrou num período
denominado Neolítico.

 Nomadismo

Os homens deste período eram nômades, ou seja, se deslocavam constantemente de um local para outro em
busca de água e alimentos. Como precisavam deixar o local constantemente, buscavam moradias provisórias
como, por exemplo, cavernas e vãos entre rochas. Também habitavam provisoriamente em pequenas
choupanas, fabricadas com galhos de árvores e cobertas com folhas. Porém, estas habitações eram bem
rudimentares e eram usadas por um curto período de tempo.

 Economia

A economia na fase do Paleolítico era de subsistência, ou seja, não acumulavam nem produziam para o
comércio, mas apenas para a sobrevivência do grupo. Os bens de produção do grupo (ferramentas, utensílios
e outros objetos) eram de propriedade coletiva. Quase todo tempo de suas vidas era destinado à
sobrevivência.

 Organização social

Os homens se organizavam em pequenos grupos, cuja liderança era do mais forte e experiente. Aos homens
cabia a tarefa de caçar, pescar e proteger o grupo. As mulheres ficavam com a função de prepararo alimento
e cuidar dos filhos.

 Comunicação

A comunicação neste período era baseada na emissão de pouca quantidade de sons (ruídos). Outra forma
muita usada de comunicação foram as pinturas rupestres (desenhos feitos em paredes de cavernas). Através
destes desenhos (arte rupestre) eles marcavam o tempo, trocavam experiências e transmitiam mensagens e
sentimentos.

 O fogo

Uma das grandes descobertas do período foi a produção do fogo. Este era produzido através de dois
processos. O mais rudimentar era a fricção de duas pedras sob um maço de palha seca. A faísca obtida
incendiava a palha. Num segundo procedimento, mais elaborado, um graveto era girado sob o furo de uma
madeira seca. Este procedimento, através do aquecimento, gerava calor que passava para a palha,
provocando o fogo.

 Rituais

No Paleolítico, os homens já realizavam rituais funerários. Arqueólogos encontraram, em várias regiões, potes
de cerâmica com restos mortais e objetos pessoais dentro de cavernas. Eram também realizados rituais
religiosos com a utilização do fogo.
 Hominídeos que viveram no Paleolítico

Australopitecos, Homo Habilis, Homo Erectus, Homo Sapiens, Homem de Neanderthal e Homem de Cro-
Magnon.

 Neolítico

No período Neolítico, novas modificações climáticas alteraram a vegetação. Aumentaram as


dificuldades para caçar e se instalaram nas margens dos rios, o que contribuiu para o desenvolvimento da
agricultura, com o plantio de trigo, cevada e aveia. Aprenderam a domesticar alguns animais e a criar gado.
Surgiram os primeiros aglomerados populacionais, com finalidade principalmente defensiva. Seus objetos
tornaram-se mais bem acabados, pois a pedra, depois de lascada, era esfregada no chão ou na areia até
tornar-se polida. Desenvolveram a arte da cerâmica, fabricando grandes potes para guardar o excedente
da produção agrícola.

Desenvolveram as técnicas de fiação e tecelagem para a confecção de tecidos de lã e linho, em


substituição aos trajes confeccionados com peles de animais. Apareceram os primeiros trabalhos em metais
pouco duros, como o cobre e o ouro. Começaram as viagens por terra e por mar. A organização social,
denominada comunidade primitiva, baseava-se nos laços de sangue, idioma e costumes.

A fase final do Neolítico caracterizou-se pela desintegração do sistema de comunidade primitiva e


pela origem das sociedades organizadas em Estados e divididas em diferentes camadas sociais.

 Idade dos Metais

O desenvolvimento de técnicas de fundição de metais possibilitou o abandono progressivo dos instrumentos


de pedra. O primeiro metal a ser fundido foi o cobre, posteriormente o estanho. Da fusão desses dois metais,
surgiu o bronze, mais duro e resistente, com o qual fabricavam espadas, lanças etc. Por volta de 3000 a.C.
produzia-se bronze no Egito e na Mesopotâmia. A metalúrgica do ferro é posterior. Tem início por volta de
1500 a.C., na Ásia Menor. Por ser um minério mais difícil de ser trabalhado difundiu-se lentamente.

Em razão da sua superioridade para a fabricação de armamentos, o ferro contribuiu para a supremacia dos
povos que souberam utilizá-lo com essa finalidade.

 Pré-história Brasileira

A pré-história brasileira ou período pré-cabralino é a referência para a história do Brasil antes do


descobrimento, em 1500, pelo navegador português Pedro Álvares Cabral. Embora englobe todo o período
que antecede 1500, os pesquisadores têm estudado como ocorreu a ocupação do território antes do
descobrimento e como viviam os povos ancestrais.

A presença humana no território hoje ocupado pelo Brasil data de 12 mil anos, conforme evidências
arqueológicas. As primeiras descobertas para a reconstrução da pré-história brasileira começaram há cerca
de um século na região de Lagoa Santa, em Minas Gerais. Ainda em Minas Gerais, foram coletados registros
arqueológicos em Santana do Riacho e o mesmo ocorreu em Caatinga de Moura, na Bahia.

A chegada do homem à região correspondente ao atual território brasileiro ainda é alvo de estudos.
Os arqueólogos sabem, contudo, que ao menos três diferentes rotas migratórias contribuíram para o
deslocamento na América pré-colombiana (antes da chegada de Cristóvão Colombo, em 1492).
A corrente mais aceita, difundida e estudada é a da passagem pelo Estreito de Bering em diferentes
períodos, fazendo com que o homem chegasse ao Alasca e, de lá, partisse ao restante do continente. A
migração por esse caminho teria ocorrido em quatro etapas.

Há, ainda, a teoria da uma leva migratória partindo da Europa para o sudeste dos Estados Unidos,
com partida direta da Europa. Essa seria a mais antiga de todas. A terceira rota de deslocamento seria a
do pacífico e, dessa maneira, o homem teria chegado à Patagônia e à região que hoje corresponde ao
Brasil.

 Sítios Arqueológicos Brasileiros

No Boqueirão da Pedra Furada, um grupo de arqueólogos notificou a presença de facas, machados e


fogueiras com aproximadamente 48 mil anos. Na região da Lagoa Santa, em Minas Gerais, foi encontrado
o fóssil Luzia, de 11,5 mil anos.

 Primeiros Habitantes do Brasil

Os arqueólogos dividem os habitantes em três grupos: caçadores-coletores, povos agricultores e povos do


litoral.

Caçadores-coletores: Viviam em quase todo o território nacional entre 50 mil e 2,5 mil anos. Ocupavam do
Sul ao Nordeste. Habitavam cavernas e a floresta. Usavam arcos e flechas, boleadeiras e bumerangues feitos
em pedra.

Alimentos: alimentavam-se de carne de caça de pequenos animais, peixes, moluscos e frutos.


No Nordeste, a arte rupestre foi deixada como herança. Retratavam o cotidiano, a guerra, a dança e a
caça. No Sudeste são denominados de tradição Humaitá. No Sul de Umbu.

Povos do Litoral: Ocupavam a costa brasileira dede o Espírito Santo até o Rio Grande do Sul há 6 mil anos.
Alimentavam-se, basicamente, de frutos do mar, mas também eram coletores.

Povos Agricultores: Viviam de 3,5 mil a 1,5 mil anos atrás. Habitavam cabanas ou casas subterrâneas. Eram
conhecedores da técnica da cerâmica. No Rio Grande do Sul eram chamados de Itararés e no Sudeste e
Nordeste de Tupi-Guaranis.

 Primeiros Povos da América

Os primeiros povos da América são enquadrados no período pré-colombiano, anterior à chegada


de Cristóvão Colombo, em 1492. Dessa maneira, o termo inclui não só os povos que estavam no continente
americano antes da esquadra de Colombo desembarcou pela primeira vez, mas também os que já haviam
sido extintas. A existência da maioria das civilizações na América é assentada em evidências arqueológicas
e poucos registros que não foram destruídos pelos conquistadores. Embora tenham sucumbido pela
colonização, há povos que ainda hoje mantêm e repassam tradições culturais.

 Estreito de Bering

O continente americano já era ocupado por diversos povos há cerca de 10 mil anos, como demonstram
evidências arqueológicas. A teoria mais aceita entre os cientistas é a de que a povoação do continente
ocorreu pela travessia do Estreito de Bering com a utilização de animais já extintos, como os mamutes.
Há correntes que apontam a existências de seres humanos nessa parte do globo mesmo antes das incursões
pelo Estreito de Bering por rotas alternativas ou pela navegação. Há evidências de que povos que vivem na
América há 50 mil anos, mas os vestígios mais significativos de ocupação extensiva passaram a ocorrer há
10 mil anos.

 Subsistência

Os primeiros povos da América eram nômades, caçadores e coletores. Segundo os estudos arqueológicos,
tinham diversas características físicas, exibindo traços semelhantes aos dos povos da África, Austrália e de
povos mongóis. Essa teoria é apoiada por pesquisas genéticas, que apontam semelhança entre o DNA dos
índios americanos e os povos citados.

Na caça praticada por esses povos havia animais extintos no período Pleistoceno – entre 4 e 10 mil anos
atrás - como mastodontes, preguiça-gigante, tigre dente de sabe e o tatu gigante. Os cavalos desse período
também foram extintos, mas reintroduzidos após a chegada dos Europeus.

O extrativismo, contudo, não era a única maneira de subsistência dos povos. Há 7 mil anos, as nações
americanas já dominavam a agricultura e plantavam abóbora, batata, milho, feijão e mandioca. Também
dominavam a criação de pequenos animais.

O Continente Americano estava inteiramente tomado na chegada de Cristóvão Colombo. Além de coletores,
divididos em vários povos e espalhados por todo o continente, havia civilizações organizadas em imponentes
impérios, como é o caso dos Maias, dos Astecas e dos Incas.

 Mesoamérica

Na região denominada Mesoamérica ou América Central – do México até a Costa Rica – vivia um conjunto
de sociedades estratificadas, com um complexo sistema de exploração agrário e que compartilhavam
crenças, tecnologia, a arte e a arquitetura.

As estimativas arqueológicas apontam que o desenvolvimento da complexidade dessas culturas tenha


começado entre 1800 a.C. e 300 a.C. Sua tecnologia permitiu a construção de templos e realização de
pesquisas nas áreas de astronomia, medicina, escrita, artes plásticas, engenharia, arquitetura e matemática.

As cidades eram importantes centros de comércio na região hoje ocupada pelo México. Essas civilizações
foram extintas pelos povos colonizadores. O que sobrou foram evidências históricas de sua organização e
modo de vida.

É provado que os maias e os astecas desenvolveram um alfabeto para reproduzir seu código linguístico. Os
incas, embora não dominassem a escrita, criaram um sistema próprio de contagem, o quipo, além de um
método de cálculo que utilizava um instrumento semelhante ao ábaco. Esses povos, tinham suas próprias
crenças e aplicavam um sistema de cobrança de impostos.

 Astecas

Os astecas viveram na região que hoje corresponde ao México. Tinha uma organização rígida, com um
imperador e um chefe do exército. Formavam um povo guerreiro, que viveu seu apogeu entre os séculos XV
e XVI. O império asteca era formado por quase 500 cidades. Dominavam a agricultura e se apoiavam em
detalhado sistema de drenagem, além de técnicas de tecelagem e manipulação de ouro, prata e da pintura.
Foram dominados e escravizados pelos espanhóis.

 Maias

Os maias viviam na região que hoje corresponde à Guatemala, Honduras e Península de Yucatán. Quando
os colonizadores chegaram, havia pelo menos 6 milhões de maias na região. Foram dizimados. Templo maia
Mukulcán, no México. Eram um povo politeísta. Desenvolveram a matemática e conseguiram precisar, com
exatidão, os 365 dias do ano que utilizavam no seu calendário. Construíram um rico conjunto arquitetônico,
formado por templos, palácios e pirâmides.

 Incas

Os incas habitaram o Equador, o sul da Colômbia, o Peru e a Bolívia. Ao menos 700 idiomas eram falados
durante o império inca que, como os demais, foi destruído pelos espanhóis.

 América do Norte

À chegada dos europeus, os povos nativos da América do Norte eram tribos de comportamento seminômades,
além de caçadores-coletores e outros que viviam da atividade agrícola. Entre eles estão incluídos os Apache,
os Cherokee e Sioux.

Eram civilizações que ainda não haviam avançado tecnologicamente e politicamente, como aquelas da
América Central.

O assassinato dos índios norte-americanos é retratado pela indústria cinematográfica como um evento
espetacular. Entre os últimos acontecimentos está o massacre dos Sioux, em 1890, quando a cavalaria dos
EUA executou 150 indígenas, entre homens, mulheres e crianças. Os corpos foram jogados em uma cova
coletiva.

 Povos Indígenas no Brasil

A região que hoje é ocupada pelo Brasil era habitada por cerca de 4 milhões de índios quando a esquadra
de Pedro Álvares Cabral aportou. A maioria era constituída por coletores e caçadores.

Hoje, mesmo após a destruição da cultura e redução do território, há 240 povos indígenas no Brasil e falam
até 150 dialetos. As principais causas da redução da população foram a pressão colonizadora e as doenças
trazidas pelos portugueses.

Os remanescentes de povos indígenas brasileiros ainda vivem em constante disputa por território. São alvo
de doenças e vivem, a maioria, em extrema pobreza. Entre esses povos está o Guarani-caiuá, que vive na
fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. O assassinato de líderes indígenas e a ocupação de terras
são constantemente divulgados pela mídia.

Origem do homem

Teoria Evolucionista

Há cerca de 60 milhões de anos apareceram na Terra os primeiros primatas. Desse grupo surgiram
o gorila, o chimpanzé, o orangotango e os primeiros hominídeos, que deram origem à espécie humana.
Atualmente, diversos especialistas, como paleoantropólogos, geólogos, arqueólogos, biólogos,
geneticistas, etnólogos, paleontólogos, etc., participam de escavações em busca de vestígios dos nossos
ancestrais com o propósito de descobrir como eles eram e como viviam. Esses vestígios podem ser fósseis*,
ferramentas, esculturas, pinturas em cavernas, utensílios, restos de fogueiras, etc.

Entretanto, a ciência ainda não encontrou uma resposta precisa a respeito de como e quando o ser
humano apareceu. O que os cientistas sabem é que seu surgimento foi resultado de um longo processo, que
se estendeu por centenas de milhares de gerações e envolveu não só alterações físicas no corpo, mas também
mudanças culturais, como o modo de viver e agir desses seres.

A principal fonte de informação dos pesquisadores que estudam a evolução dos seres humanos são
vestígios fósseis, encontrados em todos os continentes. Mas é na África que se localizam os principais sítios
contendo restos dos mais antigos grupos de hominídeos.

Os fósseis são uma das principais fontes de estudo para entender a evolução da espécie humana.
A análise dessas amostras indica que os indivíduos com características tipicamente humanas não apareceram
recentemente nem de uma só vez.

Como se sabe tudo isso?

As descrições dos primeiros ancestrais da espécie humana não brotam da imaginação dos
historiadores. Na verdade, centenas de cientistas vasculham continuamente regiões da África - sobretudo no
Quênia, na Tanzânia e na Etiópia - e de outros continentes em busca de vestígios de nossos antepassados
mais remotos. É com base no que eles descobrem - ossos, restos de fogueiras, ferramentas, pontas de flechas,
etc. - que é reconstituída a árvore genealógica da espécie humana e são descritos os espécimes, os cenários
em que viviam e seu modo de vida.

Teoria Criacionista

A questão sobre as origens do homem remete um amplo debate, no qual filosofia, religião e ciência
entram em cena para construir diferentes concepções sobre a existência da vida humana e, implicitamente,
porquê somos o único espécime dotado de características que nos diferenciam do restante dos animais. Desde
as primeiras manifestações mítico-religiosas o homem busca resposta para essa questão. Neste âmbito, a
teoria criacionista é a que tem maior aceitação. Ao mesmo tempo, ao contrário do que muitos pensam, as
diferentes religiões do mundo elaboraram uma versão própria da teoria criacionista.

O criacionismo se baseia na fé da criação divina, como narrado na Bíblia Sagrada, mais


especificamente no livro de Gênesis na qual Deus criou todas as coisas, inclusive o homem. Lembrando que
diversas culturas possuem sua versão própria do criacionismo, como é o caso da mitologia grega, da mitologia
chinesa, cristianismo entre outras.

CRIACIONISMO X EVOLUCIONISMO

Quanto à questão da evolução, há uma série de argumentos que diferenciam criacionistas e


evolucionistas.

 De acordo com a teoria criacionista:

 Deus criou o homem e os demais seres vivos já na forma atual há menos de 10 mil anos;
 Os fósseis (inclusive de dinossauros) são animais que não conseguiram embarcar na Arca de Noé a tempo de
salvarem-se do dilúvio;

 Deus teria criado todos os seres vivos seguindo um propósito e uma intenção;

 O homem foi feito à imagem e semelhança de Deus e, portanto, não descende de primatas;

 Não há como comprovar a hipótese evolutiva em laboratório e, portanto, ela não é científica;

 Desde Darwin, vários aspectos de sua teoria já foram revistos, o que prova sua inconsistência;

 A Segunda Lei da Termodinâmica demonstra que os sistemas tendem naturalmente à entropia


(desorganização);

 A perfeição dos seres vivos comprova a existência de um Criador inteligente;

 Mesmo admitindo a evolução, ela só poderia ser de origem divina por caminhar sempre no sentido da maior
complexidade e do aperfeiçoamento biológico;

 A origem da vida ainda não é explicada de modo satisfatório pelos evolucionistas.

 Já para a teoria evolucionista:

 O homem e os demais seres vivos são resultado de uma lenta e gradual transformação que remonta há
milhões de anos;

 Os fósseis e sua datação remota confirmam que a extinção de espécies também faz parte do processo
evolutivo;

 As transformações evolutivas são resultado de mutações genéticas aleatórias expostas à seleção natural pelo
ambiente;

 O homem não é descendente dos primatas atuais, mas tem uma relação de parentesco. Ambos descendem
de um ancestral comum já extinto;

 Seres vivos com ciclo de vida mais curto comprovam a evolução por seleção e adaptação, como no caso de
populações de bactérias resistentes a determinados antibióticos;

 Apenas detalhes científicos que ainda não estavam claros no tempo em que Darwin viveu, como os avanços
na área da Genética e da Biologia Molecular, foram revistos. No essencial, a teoria é válida há 145 anos;

 A Segunda Lei da Termodinâmica não se aplica a sistemas abertos, como os seres vivos;

 Os seres vivos são complexos, mas longe de serem perfeitos. O apêndice humano é um exemplo de estrutura
residual sem função;
 A evolução não caminha sempre para a maior complexidade. Insetos atuais são mais simples que seus
ancestrais já extintos. Nem sempre a evolução significa melhoria, apenas maior adaptação ao meio ambiente;

 -Aspectos fundamentais envolvendo a origem da vida ainda precisam ser mais bem esclarecidos, mas o
método científico e não-dogmático é o caminho mais adequado para atingir esses objetivos.

Mesopotâmia

Na Mesopotâmia, formaram-se as primeiras civilizações da humanidade. Os sumérios foram os povos


mais antigos da região, que também abrigou amoritas, assírios e caldeus.

Mesopotâmia foi o nome da região localizada entre os rios Tigre e Eufrates, no Oriente Médio,
principalmente onde hoje se concentra o Iraque. Essa região é considerada um dos berços da civilização, uma
vez que as primeiras cidades do mundo surgiram lá. A palavra “Mesopotâmia” teve origem no idioma grego
e significa “terra entre rios”, fazendo menção exatamente aos dois rios que banhavam seu território.

Povos da Mesopotâmia

A Mesopotâmia abrigou diversos povos da antiguidade, atraídos pela fertilidade do solo que era
garantida pelos ciclos de cheias dos rios Tigre e Eufrates. Entre os inúmeros povos que habitaram a região,
destacam-se os sumérios, os amoritas, os assírios e os caldeus. Outros povos que tiveram relevância na história
mesopotâmica foram os acádios e os elamitas.

→ Sumérios

Os primeiros povos a estabelecerem-se na Mesopotâmia foram os sumérios, por volta de 5000 a.C.
Eles fundaram as primeiras cidades da região, das quais se destacam, por exemplo, Ur, Uruk e Eridu. As
cidades sumérias logo assumiram a condição de cidades-estado, ou seja, possuíam total autonomia e uma
administração própria.

Essas cidades estiveram em constante estado de guerra umas com as outras pela disputa de terras.
Cada uma delas possuía um deus ou deusa distinto e, para a adoração desse deus, eram construídos templos
conhecidos como zigurates. As cidades sumérias desenvolveram uma característica típica dos agrupamentos
humanos: as diferenças entre classes sociais. Na Suméria, existia uma pequena classe bem estabelecida e
privilegiada que vivia à custa do trabalho das classes baixas.

Os sumérios criaram a primeira forma de escrita da humanidade, conhecida como escrita cuneiforme.
A escrita cuneiforme foi desenvolvida pelos sumérios por volta de 3000 a.C. para manter um registro sobre
a contabilidade do comércio, do palácio real e da produção agrícola. Os registros escritos eram realizados
em blocos de argila a partir de um objeto pontiagudo conhecido como cunha. Outros povos que habitaram
a região também utilizaram-se da escrita cuneiforme.

→ Acádios

Por volta de 2200 a.C., os acádios, um povo que habitava a região central da Mesopotâmia,
conquistou as grandes cidades da Suméria e fundaram o Império Acádio. Os acádios tinham Ágade como
sua principal cidade e tiveram Sargão I como importante rei. Esse império foi um dos primeiros centralizados
da humanidade.

O Império Acádio, no entanto, teve um curto período de existência. Rebeliões internas, aliadas à
pressão exercida pela chegada de outros povos estrangeiros, como os gútios e os elamitas, enfraqueceram
esse império. O enfraquecimento dos acádios permitiu a conquista do poder pelos amoritas.

→ Amoritas

Os amoritas eram um povo semita originário do deserto da Arábia que haviam se estabelecido na
cidade da Babilônia. Por volta de 1900 a.C., esse povo constituiu um império na região, conhecido como
Primeiro Império Babilônico. A cidade da Babilônia foi transformada em um importante centro urbano e
comercial de toda a Mesopotâmia.

O principal rei dos amoritas foi Hamurabi, responsável por expandir as fronteiras do Primeiro
Império Babilônico. Atribui-se a Hamurabi o feito de ter promovido um grande desenvolvimento no plantio
agrícola com a construção de inúmeros canais de irrigação. Ele também ficou conhecido por organizar um
conjunto de leis mesopotâmicas em um mesmo código, conhecido como Código de Hamurabi.

O Código de Hamurabi agrupava uma série de leis tradicionais da Mesopotâmia sobre o lema da
Lei de Talião: “olho por olho, dente por dente”. Assim, de acordo com esse código, todo aquele que cometesse
algum delito teria uma punição proporcional e equivalente ao dano que tivesse causado.

Após a morte de Hamurabi, o Primeiro Império Babilônico passou por um processo de


enfraquecimento que contou com intrigas políticas e rebeliões populares. Além disso, a chegada de povos
estrangeiros contribuiu para o fim do domínio babilônico. Nesse período, destacaram-se os ataques dos
cassitas e dos hititas.

→ Assírios

Os assírios eram um povo que habitava a região norte da Mesopotâmia e que, ao longo do segundo
milênio a.C., organizaram uma sociedade extremamente militarizada. O exército assírio era considerado o
mais poderoso e organizado de seu tempo. Isso porque os assírios formaram um exército profissional em
constante treino, que utilizava armas de metal e carros de guerra puxados por cavalos.

Os assírios ficaram conhecidos como guerreiros cruéis em batalha, pois utilizavam-se de técnicas de
tortura e execução extremamente cruéis. Assim, a partir da formação de um exército profissional, eles
iniciaram a conquista da Mesopotâmia e, por volta de 1200 a.C., já haviam conquistado praticamente toda
a região. Um dos reis mais conhecidos dos assírios foi Assurbanipal, que foi o responsável por mandar construir
a grande Biblioteca de Nínive (a cidade de Nínive era a capital dos assírios). A Biblioteca de Nínive
concentrou inúmeros blocos de argila com escrita cuneiforme com importantes registros sobre a vida política,
social e cultural dos povos da Mesopotâmia, o que permitiu aos historiadores ampliar os conhecimentos sobre
a região.

Durante o reinado de Assurbanipal, o Império Assírio sofreu um grande declínio e, em 612 a.C., foi
conquistado pelos caldeus, auxiliados pelos medos (povo que habitava as planícies do Irã).

→ Caldeus

Os caldeus, conhecidos como neobabilônicos, constituíram o Segundo Império Babilônico ao


conquistar a Mesopotâmia dos assírios em 612 a.C. O império formado pelos caldeus foi extremamente curto
e, nesse período, Nabucodonosor foi seu principal rei. Atribui-se a Nabucodonosor o feito de ter ordenado a
destruição de Jerusalém e de ter promovido grandes construções na cidade da Babilônia.

Entre as construções mais conhecidas da Mesopotâmia, e atribuídos ao reinado de Nabucodonosor,


estavam os Jardins Suspensos da Babilônia. Os Jardins Suspensos da Babilônia são considerados uma das
sete maravilhas do mundo antigo, porém, muitos historiadores questionam sua existência pelo fato de não
haver indícios arqueológicos e registros escritos sobre essa construção além dos registros feitos pelos gregos.

Após a morte de Nabucodonosor, o domínio dos caldeus entrou em decadência, e esse povo foi
conquistado pelos persas, liderados por Ciro II em 539 a.C.

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