Podologia
Podologia
Podologia
Os pés são a base de sustentação do nosso corpo: suportam todo o nosso peso, são responsáveis
por conseguirmos ficar de pé e também por nossa locomoção. Por estes motivos, estão sujeitos a
muita tensão e desgaste e podem ser afetados por calosidades, rachaduras, problemas nas unhas e
doenças na pele, entre outros males.
A Podologia é a área da saúde que estuda e cuida dos pés. Seu objetivo não é apenas estético,
como muitos podem pensar. Esta ciência é dedicada a diagnosticar, prevenir, estudar, investigar e
tratar as patologias dos pés.
Saiba mais sobre a Podologia e veja onde estudar para seguir esta carreira!
Sobre a Podologia
O podólogo é o profissional da saúde que estuda e trata dos pés. Suas atividades têm o objetivo
de prevenir e tratar lesões nos pés e aconselhar pacientes sobre os cuidados que devem ser
tomados, como por exemplo, o tipo de calçado a ser usado, como cortar as unhas ou quais cremes e
medicamentos são mais adequados.
Joanetes
Feridas
Calosidades
Verrugas
Unhas encravadas
Olho de peixe
Fissuras
Micose
Úlcera dos pés
Psoríase
Pé diabético
Pele seca
Excesso de transpiração
Mau cheiro
É importante que o profissional especializado em Podologia tenha habilidades manuais, interesse pela
área da saúde e goste de cuidar de outras pessoas. Algumas das principais
atividades desenvolvidas por um podólogo são:
Um podólogo pode atuar em clínicas, hospitais, salões de beleza e até mesmo como autônomo. Ele
atende pacientes de qualquer idade e pode se especializar em algumas áreas, tais como:
É bastante comum que as pessoas confundam o papel destes dois profissionais. Podólogos e
pedicures trabalham com o intuito de manter os pés bem cuidados e saudáveis, porém possuem
atribuições diferentes e bem específicas.
O podólogo é um profissional da área da saúde que tem a função de promover a saúde dos pés.
Ele precisa ter alguma formação na área (pode iniciar sua carreira com curso técnico) e é capaz
de identificar e tratar de doenças dos pés, tais como: calosidades, rachaduras no calcanhar, unha
encravada, olho de peixe, frieiras, etc.
É muito comum encontrarmos pedicures que conseguem, por exemplo, desencravar a unha de seus
clientes, devido a sua experiência em lidar com esse tipo de problema. No entanto, o podólogo é o
profissional mais indicado para isso, pois é capaz de lidar com doenças dos pés e possui
conhecimentos sobre processos inflamatórios e infecciosos, biossegurança e patologias dos pés.
A área de saúde e bem-estar é uma das mais promissoras no mercado de trabalho. A busca por
qualidade, o aumento da expectativa de vida e a diversificada oferta de cuidados especiais para
atletas, idosos ou pessoas com doenças crônicas, como diabetes, faz com que o podólogo seja um
profissional bastante requisitado e valorizado.
O podólogo pode trabalhar em clínicas, hospitais, clubes, hotéis, academias de ginástica, institutos de
beleza, SPAs ou como autônomos
BICHO DE PÉ
O bicho do pé, é uma das infecções cutâneas mais freqüentes no verão. É uma pulga feminina de
nome científico Tunga penetrans, que se aloja na pele para se alimentar do sangue e pôr ovos,
isto é, uma infecção que é caracterizada por inchaços dolorosos localizados principalmente ao
redor de onde o inseto penetrou, sob as unhas do pé nas partes mais moles ou entre os dedos do
pé. No entanto, pode-se pegar o bicho-do-pé em qualquer local do corpo. As larvas são de vida
livre, sendo encontradas em habitações de chão de terra, em solos arenosos e praias, mas
sempre em locais sombreados. O adulto (pulga) possui coloração marrom avermelhada e mede
aproximadamente 1 mm de comprimento, porém, uma fêmea grávida pode chegar a medir o
tamanho de uma ervilha. É a fêmea adulta e fertilizada quem possui a capacidade de perfurar a
pele do homem, porco e outros mamíferos, com suas partes bucais. Ela aloja-se dentro do corpo
do hospedeiro até que o último segmento abdominal esteja paralelo com a superfície da pele.
Alimenta-se de seu sangue e expele os ovos maduros pelo ovipositor, ficando estes na ponta de
seu abdômen. Uma fêmea pode produzir de 150 a 200 ovos durante um período de 7 a 10 dias.
Sintomas:
Começa com uma leve coceira local, que pode evoluir para úlceras dolorosas, que culminam com
freqüência em infecções secundárias;
Inchaço local;
Não será difícil descobrir a doença, já que, numa pessoa com todas as queixas descritas, o
exame a ser feito é a dosagem de glicose no sangue (glicemia) e na urina (glicosúria).
Estima-se que existam no Brasil, milhões de indivíduos com diabetes dos quais metade
desconhece o diagnóstico, ou seja, a doença será identificada freqüentemente pelo aparecimento
de uma de suas complicações.
O diabetes mellitus afeta igualmente homens e mulheres e o seu risco aumenta com a idade.
Tipos de diabetes
Tipo I, (também chamada juvenil ou insulino dependente), quando o corpo para completamente
de fabricar insulina. Estas formas de diabetes são mais freqüentes em crianças ou jovens, mas
pode ocorrer em qualquer idade. Necessitam tomar injeções de insulina diariamente.
Tipo II, (também chamada de não insulino dependente), quando o corpo ainda produz insulina,
mas não o suficiente. Normalmente ocorre em pessoas acima de 40 anos, com peso acima do
normal, e, ou, histórico de diabetes na família.
Gestacional
Porém não tão comum, a qual acomete 3% das mulheres grávidas e desaparece após a
gestação.
Glicosimetro
Monitora seu açúcar no sangue diariamente, este teste tem como objetivo, verificar se o
planejamento alimentar, os exercícios, e os medicamentos estão mantendo um nível satisfatório
de açúcar no sangue.
Quais são os fatores de risco para o diabetes mellitus ?
– Idade superior a 40 anos
– História familiar
– Obesidade
– Presença de doença vascular arteriosclerótica antes dos 50 anos
– Mães de recém-nascidos com mais de 4kg
– Uso de medicamentos diabeticogênicos, ou seja, que causam diabetes (corticóide /
anticoncepcionais).
O que é a neuropatia diabética ?
Os diabetes mellitus podem afetar o sistema nervoso central, o periférico e o autônomo, causando
disfunção dos mesmos neuropatia diabética.
Os fatores de risco para o aparecimento da neuropatia são o tempo de evolução e exposição à
hiperglicemia (taxas de glicose elevada), acima de 140mg em jejum ou acima de 180mg, após a
refeição.
Hipoglicemia
– hipo = para pouco;
– glic = para glicose;
– emia = para sangue
Hipoglicemia quer dizer que o nível de açúcar no sangue está abaixo do normal(queda excessiva
de açucar no sangue, abaixo de 70 mg) .A glicose (ou açúcar) é a principal fonte de energia para
o corpo humano. Para nosso cérebro e tecido nervoso o açúcar é a única fonte de energia.
Sinais e sintomas de hipoglicemia
Cansaço súbito, fome súbita, visão turva ou dupla, mudança de humor, tremores, dor de cabeça,
coração acelerado, enjôo, palidez e parecendo estar bêbado.Obs: Coma açúcar imediatamente,
15gr. Mesmo na dúvida, coma açúcar.
Hiperglicemia
Taxas de glicose elevada. (acima de 140mg em jejum ou acima de 180mg após a refeição).
– hiper = muito;
– glic = glicose (ou açúcar);
– emia = sangue.
O excesso de glicose é eliminado pelos rins, carregando muito líquido junto. Suas manifestações
vão se intensificando até o paciente chegar ao coma.
Sede intensa, desidratação, volume urinário excessivo, perda de peso, fraqueza e tonturas,
respiração acelerada, face avermelhada, dor abdominal e MORTE.
Não há soluções fáceis e simples para contornar a situação. O paciente precisará ser removido,
com urgência, para um hospital ou pronto socorro.
Neuropatia simétrica
A neuropatia simétrica bilateral nos membros inferiores, causa a diminuição da sensibilidade
dolorosa e térmica da região. Essa diminuição da sensibilidade é o principal fator no
desenvolvimento de úlceras e deformações articulares.
O que é a microangiopatia diabética ?
É a diminuição da circulação sanguínea (isquemia: deficiência na chegada do sangue) nos
pequenos vasos devido ao seu estreitamento ou obstrução. O pé com falta de circulação, é
geralmente, frio, seco, sem pelos, com unhas secas e quebradiças, mal nutrido e com rachaduras
O que é a macroangiopatia diabética ?
É a diminuição da circulação sangüínea nos vasos sangüíneos de maior calibre Devido à sua
obstrução ou estreitamento.
Pode causar a arteriosclerose
Arteriosclerose
A obstrução de um grande vaso da coxa ou da perna pode levar à gangrena e amputação da
perna… A arteriosclerose no diabético é mais precoce e grave, acometendo freqüentemente as
artérias da perna. Os fatores de risco adicionais para a arteriosclerose são o tabagismo,
obesidade, hipertensão arterial, vida sedentária e história familiar positiva. Doença degenerativa
das artérias, caracterizada por espessamento a parede por acúmulo de camadas de material
depositado, principalmente cristais de colesterol e cálcio.
Pés diabéticos
O portador de diabetes há alguns anos, é mais vulnerável a infecções nos pés. Esses três fatores:
a neuropatia, a angiopatia e a infecção, constituem a tríade mais freqüente do pé diabético. O pé
diabético pode ser causado, exclusivamente, por apenas um dos fatores mencionados, mas a
neuropatia é o mais freqüente.
Neuropatia
Morte prematura dos neurônios periféricos (diminuição da sensibilidade ao calor, ao toque e a
dor).
Angiopatia
Doença dos vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares).
Infecção
É preocupante qualquer lesão em pé diabético.
Quais são os problemas mais comuns nos pés ?
Os mais freqüentes são:
– Bolhas e calos causados por sapatos apertados;
– Verrugas na planta do pé;
– Rachaduras (fissuras);
– Infecção por micose interdigitais;
– Unhas encravadas;
– Pequenos ferimentos associados à unhas alteradas Esses problemas encontrados nos pés de
qualquer pessoa saudável, não acarretam maiores danos, mas, no diabético, podem levar a
complicações sérias. Os pequenos ferimentos se não tratados, podem evoluir para gangrena.
Por que o diabético é mais predisposto à infecção nos pés ?
Devido à má oxigenação dos tecidos, decorrente da circulação sangüínea deficiente e diminuição
das defesas protetoras.
A microangiopatia e a neuropatia, fazem com que o diabético esteja mais predisposto à infecção
do que outras pessoas A infecção no pé pode invadir facilmente os tecidos vizinhos atingindo
também os ossos levando a osteomielite e causando deformações ósseas, causando. A gangrena
pode ocorrer pela falta de circulação, devido à infecção ou ambos, pois foi causada pela
obstrução dos pequenos vasos digitais. Pode ocorrer também pela falta de circulação sangüínea
em um grande vaso da coxa ou da perna, devido a sua obstrução. A gangrena se manifesta,
inicialmente por palidez e vermelhidão da pele afetada e tem um mau cheiro característico. As
úlceras ocorrem abaixo da cabeça do metatarso ou nas áreas de maior pressão. Este aumento de
pressão leva à formação dos calos e posterior ulceração.
Como diagnosticar o pé diabético ?
Pelos sintomas da neuropatia, calosidades, alterações nas unhas, pela diminuição da circulação
com diminuição ou ausência dos pulsos arteriais distais (dos pés); esfriamento do pé (palidez ou
arroxeamento do(s) dedo(s) ou do pé.
Sinais e sintomas do pé diabético
Vasculares: Pés frios; dor em repouso – especialmente noturno e claudicação intermitente.
(sintoma característico da insuficiência de circulação arterial nos membros inferiores, panturrilha
ou pé). Ela consiste em dor muscular que aparece após caminhar uma determinada distância,
obrigando o paciente a parar, e que passa após alguns minutos.
Ausência de pulsos nós pés – poplíteos ou femurais.
Circulação: Tempo de enchimento capilar prolongado. Diminuição da temperatura corporal.
Neurológicos:
Sensitivos: ardor, formigamento, dor e hipersensibilidade, sensação de pé frio ou dormente.
Motores: debilidade – diminuição ou ausência de reflexos tendinosos profundos.
Autonômicos: secura da pele – diminuição ou ausência de sudorese.
Musculosesqueléticos:
– Mudança na forma do pé;
– Mudança subida, associada sem antecedentes de traumatismo;
– Pé cavo e dedos em garra;
– Pé caído;
– Articulação de Charcot;
– Artropatia neuropática.
Dermatológicos
– Feridas estranhamente dolorosas ou indolores;
– Não cicatrizam ou cicatrizam lentamente;
– Mudança de coloração na pele (necrose);
– Pé seco, pruriginoso. Infecções decorrentes (paroníquia e pé-de-atleta).
Pé
– Secura anormal;
– Úlceras tróficas Infecção micótica;
– Lesões queratósicas com ou sem hemorragia (plantar ou digital).
Onicopatias
– Mudanças tróficas;
– Onicomicose;
– Ulceração ou abscesso sub ungueal;
– Falta de crescimento.
Pêlo
– Diminuição ou ausência.
Educação dos pacientes
Este é o passo mais importante na prevenção e no tratamento.
O podólogo deve orientar o paciente a verificar se a pele está muito seca, com rachaduras, áreas
vermelhas e descamações.
Examinar cuidadosamente entre os dedos e as unhas. Se tiver dificuldade para fazer esse exame,
peça ajuda a alguém.
Ter muito cuidado com a higiene,utilizando sabonete neutro de glicerina, com atenção aos
membros.
Secar os pés com toalha macia, entre os dedos, sem friccionar. Hidratar as pernas e os pés com
um creme apropriado à base de lanolina
Atenções redobradas aos calçados e meias. Se já apresenta algum tipo de problema, a prescrição
de uma palmilha ou calçado especial é crucial. Vestir sempre meias limpas . Devem ser: folgadas
(de preferência de algodão, sem costuras rígidas). bem enxaguadas e trocadas diariamente. Caso
tenham costuras, usá-las do lado avesso.
Usar sempre calçados confortáveis.Compra-los, de preferência no período da tarde, pois seus pés
estarão mais inchados.Usar de preferência sapatos de couro fino, sola maleável, sem costuras
internas. Procurar calçados pouco maiores que o habitual (um número a mais), e ao experimenta-
los ver se todos os dedos estão movendo-se dentro dos calçados, para que fiquem confortáveis.
Começar usando-o poucas horas por dia, até que esteja perfeitamente acostumado.
Recomendações caso de aparecer uma ferida
Não use: mertiolate, água oxigenada, pomadas ou qualquer outro produto para tentar limpar a
ferida, pois esses produtos podem destruir as células vivas da lesão provocando macerações e
retardando a cicatrização
Curativo
Use soro fisiológico estéril (0,9%, não é o para lentes de contato), pacotes de gazes, uma agulha
de injeção para furar o frasco de soro (tudo isso deve ser estéril), uma faixa de boa qualidade
para fixar o curativo;
Com a agulha de injeção, faça um furo no bico do soro e com a pressão do jato aproveite para
realmente limpar a ferida. Posicione o frasco a mais ou menos 5 cm de distância da ferida. O jato
de soro auxiliará na remoção de sujeira e corpos estranhos. Sobre a ferida coloque uma camada
de gaze estéril, umedecida com o soro, em seguida cubra este curativo envolvendo com faixa,
com firmeza, mas sem apertar. Vá o quanto antes ao hospital, não se esqueça de mencionar
sobre o seu diabetes. Obs: O paciente deve seguir o tratamento com persistência e seguindo
orientações multidisciplinares ( médico, podólogo….etc )
Feridas
A preocupação com os curativos das feridas é antiga, no entanto é fundamental uma análise
detalhada da ferida. De acordo com o comprometimento tecidua, as feridas são classificadas em
quatro estágios.
Estágio I
Caracteriza-se pelo comprometimento da epiderme apenas, com formação de eritema em pele
íntegra e sem perda tecidual
Estágio II
Caracteriza-se por úlcera, ocorre perda tecidual e comprometimento da epiderme, derme ou
ambas.
Estágio III
Presença de úlcera profunda, comprometimento total da pele e necrose de tecido subcutâneo,
entretanto a lesão não se estende até a fáscia muscular.
Estágio IV
Caracteriza-se por extensa destruição de tecido, chegando a ocorrer lesão óssea, tissular,
muscular ou necrose.
Fatores que influenciam a cicatrização das feridas
Perfusão de Tecidos e Oxigenação:
Doenças que alteram o fluxo sangüíneo normal podem afetar a distribuição dos nutrientes das
células, assim como a dos componentes do sistema imune do corpo Essas condições prejudicam
a capacidade do organismo em transportar células de defesa e antibióticos administrados, o que
dificulta o processo de cicatrização. O fumo reduz a hemoglobina funcional e leva à disfunção
pulmonar o que reduz a aporte de oxigênio para as células e dificulta a cura da ferida.
Localização da Ferida:
Feridas em áreas mais vascularizadas e em áreas de menor mobilidade e tensão cicatrizam mais
rapidamente do aquelas em áreas menos irrigadas ou áreas de tensão ou mobilidade (como
cotovelos, nádegas, joelhos).
Corpo Estranho na Ferida:
Implantes de silicone, válvulas cardíacas artificiais, material de curativo, espícula de unha ou
qualquer outro corpo estranho pode retardar o processo de cicatrização, por serem inertes
Medicamentos:
Os corticosteróides, os quimioterápicos e os radioterápicos podem reduzir a cicatrização de
feridas, pois diminuem a resposta imune normal à lesão.
Eles podem interferir na divisão celular, agindo diretamente na produção de colágeno, além disso,
podem tornar a cicatriz mais frágil, aumentando a atividade da colagenase.
Nutrição:
Uma deficiência nutricional pode dificultar a cicatrização, pois deprime o sistema imune e diminui
a qualidade e a síntese de tecido de reparação. As carências de proteína e de vitamina C são as
mais importantes pois afetam diretamente a síntese do colágeno
Hemorragia:
O acúmulo de sangue propicia o acúmulo de células mortas que precisam ser removidas, bem
como o surgimento de hematomas e isquemia. Isso provoca dor e lentifica o processo de
cicatrização.
Edema e Obstrução Linfática:
Dificultam a cicatrização pois diminuem o fluxo sangüíneo e o metabolismo do tecido, facilitando o
acúmulo de catabólitos e produzindo inflamação.
Infecção:
A infecção ocorre quando há uma alta concentração bacteriana no local do tecido comprometido
(escara, necrose ou corpo estranho), é o comprometimento generalizado do paciente.
Idade do paciente:
O envelhecimento torna os tecidos menos elásticos e menos resistentes, o que dificulta a cura de
uma ferida.
Hiperatividade do paciente:
A hiperatividade dificulta a aproximação das bordas da ferida. O repouso favorece a cicatrização.
Curativos e procedimentos podológicos
Não existe o melhor produto ou aquele que possa ser utilizado durante todo o processo cicatricial
Devemos conhecê-los, pois cada um possui indicação e contra-indicação, beneficio e custo, o
importante é ponderar e utilizar o bom senso sempre.
Curativos com produtos apropriados para atender as seguintes situações
– Conter a drenagem da ferida
– Desbridar uma ferida
– Proteger a área de possíveis traumatismos
– Proteger uma ferida da contaminação
– Promover a boa cicatrização da ferida
Produtos
Solução fisiológica a 0,9%,Colagenages, Fibrinolisinas, Filme Transparente auto-adesivo,
Hidrogel, papaína e Fibra de alginato de cálcio e outros.
Exames – anamnese no atendimento podológico
A cada consulta deverá ser feita a inspeção dos pés para ser avaliada a presença de unha
encravada e/ou deformada, calosidades, fissuras, bolhas, úlceras e interdigitais, além de
inspecionar os calçados, verificando a presença de pontos de atrito ou pressão plantar excessiva
e desgaste irregular.
Dados do paciente: se já fez tratamento, medicamentos utilizados, alergia, antecedentes
familiares.
Digitopressão: compressão efetuada com os dedos, pro- vocando isquemia (Deficiência de
chegada de sangue a um determinado segmento do corpo ), localizada, é possível averiguar a
microcirculação dos pés.
Avaliação
– Até 2 segundos normal / pouco risco
– De 3 s a 5 segundos regular / médio risco
– De 6s a 9 segundos preocupante / grande risco
– Acima de 10 segundos grave / não tocar
Palpação
Inspeção e palpação, inspeção de unhas e estrutura, palpação dos pulsos arteriais tibial posterior
e pedioso.
Sensibilidade
E avaliação da sensibilidade protetora plantar utili-zando-se de monofilamento de 10g em 6
regiões do pé, em forma estática.
Técnicas podológicas
A intervenção deve ser praticada com instrumentais rigorosamente afiados, esterilizados e
descartáveis.
Faz-se assepsia em todo o pé e o uso de emoliente líqui-do (soro fisiológico morno c/ emoliente).
Usar como emoliente produtos que contenham na sua formulação agentes emolientes que
protejam a pele, evitando o ressecamento e os perigos que ocorre com produtos quimicos.
Sobre a ferida coloque uma camada de gaze estéril, ume-decida com o soro, em seguida
promova o desbridamento.
Devemos proceder com que não se exija esforço para o desbastamento, propiciando assim
menos risco de ferimentos.
Colegas podólogos para sua segurança solicita-se, quando houver dúvidas ao praticar uma
intervenção, procurar prévia avaliação e autorização médica por escrito.
Ortopodologia
É indicada a utilização de palmilhas e outros objetos que possam proteger as áreas de maior
pressão. Neste âmbito, a figura do podólogo c/ conhecimento em ortopodologia assume grande
importância.
Palmilhas ortopédicas de termomoldagem sob vácuo possuem uma ação mecânica importante na
medida que aumentam a superfície de apoio plantar, ela diminuem a pressão, o que em um
determinado número de patologias, vai levar a uma ajuda considerável. As palmilhas especiais
são úteis por distribuirem o peso do corpo por toda a superfície plantar, e não apenas em três
pontos, evitando as calosidades plantares
Ortoplastia
Órteses de silicone de fácil confecção para o profissional e de grande comodidade para o
paciente. Em poucos minutos pode-se moldar uma órtese corretiva e paliativa, que em alguns
casos permite ao paciente já sair do gabinete usando-a, aliviando-o da dor
Onicoorteses
Aparelhos metálicos, elástico, acrílica, e fibra de memória molecular, que são coladas à sobre a
lâmina ungueal e passam a fazer força de tração, como uma alavanca forçam a lâmina ungueal
em um sentido contrário, corrigindo sua curvatura.
O cuidado profissional, os programas de educação e o cuidado pessoal podem prevenir contra
possíveis problemas e melhorar a qualidade de vida das pessoas com diabetes.
Verifique se o profissional que vai cuidar dos seus pés é pessoa que procura evoluir através da
pesquisa de novas técnicas e estudos, pois assim, você sentirá segurança em saber que seus
pés estarão em mãos certas
‘A condição fundamental para o sucesso na área de Podologia, reside num único fator: gostar de
Podologia’
Bibliografia: Pesquisas na Internet. Livros e catálogos.
Profº Pdgo. Orlando Madella Jr Especialização hospitalar, em pés diabéticos
PÉ INFANTIL
O pé possui 26 ossos, 2 sesamóides, 114 ligamentos e 20 músculos. Todas essas partes estão
interligadas através de tecidos conjuntivos, vasos sangüíneos, e nervos, sendo todo esse
complexo revestido por camadas de pele.
Quando sadios, os pés garantem a sustentação e o deslocamento de nosso corpo, suportando
cargas enormes durante o caminhar, a corrida e o salto sem qualquer dor ou desconforto.
A estrutura do pé infantil é bastante frágil. Ao nascer, as deformidades dos pés estão relacionadas
à posição intra-uterina forçada. Apenas algumas pequenas porções do esqueleto do pé e
tornozelo estão ossificadas, sendo que sua maior parte é constituída por cartilagem.
Até os oitos mêses de idade, os ossos são relativamente largos e de contornos arredondados. O
bebê passa a maior parte do tempo deitado e nessa fase é aconselhável que esteja descalço em
casa ou quando a temperatura ambiente o permita.
A ossificação vai ter lugar até os seis anos de idade, quando atinge forma semelhante ao adulto.
A formação final tem lugar entre os 14 e 20 anos. As crianças até 2 anos devem ser estimuladas a
andar descalças, para exercitar a musculatura de seus pés.Quando chegam à idade escolar, a
maioria já sofre algum problema nessa parte do corpo, quase sempre estimulado pelo uso de
calçados inadequados.
Os calçados
O estudo do pé infantil tem sido, uma preocupação para algumas marcas de calçado infantil,
porque o uso de calçado inadequado pode provocar deformações permanentes.
O calçado deve ajustar-se corretamente no comprimento e na largura, acomodando os dedos em
posição natural, permitindo os movimentos do pé. Deve existir um pequeno espaço na frente,
escolha o tamanho de modo que entre a ponta do calçado e as pontas dos dedos haja pelo
menos l a 1,5 centímetros (uma polpa digital), para acompanhar o deslocamento do pé ao
caminhar.
É muito importante que os calçados tenham a forma dos pés e não que os pés se deformem para
caberem nos calçados.
Está demonstrado, sem sombra de dúvidas, que calçados apertados e pequenos causam
deformidades nos pés.
A forma deve ter um bom encaixe do calcanhar para segurar o pé dentro do calçado, evitando
fricções. Os ligamentos são bastante frouxos e elásticos, fazendo com que os pés tenham uma
mobilidade e flexibilidade muito grande. A criança que já caminha, precisa de uma sola um pouco
mais grossa, firme e um tanto flexível, para que ela possa sentir as irregularidades do chão. A
sensação destes estímulos é importante para desencadear os reflexos nervosos que vão ativar a
musculatura, melhorar o equilíbrio, a postura e o desempenho funcional dos pés. Um dos
problemas mais freqüentes é o chamado pé plano (pé-chato), que causa dificuldades no
movimento da criança. A criança tem tendência a formar o pé plano ( é uma debilidade dos
músculos e dos ligamentos que unem os ossos sobre os quais se apóia todo o corpo). Nas
crianças os arcos plantares surgem por volta dos dois anos, mas consideramos normal que
surjam até os 3 anos de idade. A partir desta idade, dizemos que a criança tem pés planos da
infância.Esperar que se estabeleça a tendência defeituosa para depois se corrigir, exigirá muito
mais tempo; a prevenção é o caminho certo. Saltos e saltinhos prejudicam o desenvolvimento dos
pés e da coluna vertebral. Evite os bicos finos, principais causadores de joanete e unha
encravada. Com sapatos de solado plano, o peso do corpo fica distribuído de maneira mais
uniforme pela ondulada extensão do pé. Com o salto alto, a pressão vai toda para o hálux, nome
científico para o popular dedão. O resultado pode vir em graus diversos. Cansaço e dor são os
mais costumeiros e fáceis de enfrentar. Mas há até quem acabe sofrendo de deformidades
ósseas, como joanete, ou de problemas na musculatura da coxa e na curvatura lombar. Sem falar
nos riscos de queda, lesões dos ligamentos e luxações no tornozelo, provocados pelo equilíbrio
precário do andar nas alturas. Mesmo os saltos femininos menores, podem causar transtornos.
Bem, os sapatos podem ser os nossos aliados num tratamento podológico ou podem acabar com
toda a nossa perícia e boa intenção em dar à pessoa o que existe de melhor em cuidados com os
pés.
Os sapatos foram feitos para agasalhar, acariciar os pés e jamais maltrata-los, os calçados
inadequados podem causar ou agravar problemas já existentes.
As meias
Quanto às meias, aconselho que as mude diariamente. Meias de algodão podem ajudar a manter
os pés secos porque absorvem a umidade. Meias de lã pesadas podem aumentar o suor. Se os
pés suam muito, troque as meias duas vezes ao dia.A meia deve ser 2 cm aproximadamente mais
comprida do que o pé.
O ambiente quente e úmido dentro dos sapatos, facilita e promove o crescimento bacteriano e
fúngico na pele e unhas dos pés. O odor resulta da multiplicação desses organismos. O
tratamento eficaz depende da eliminação desses agentes infecciosos. Assim, as medidas de
combate ao mau cheiro, como carvão ativado e desodorantes para os pés, não resolvem o
problema, pois não atingem sua causa primária.
O uso de tênis
Após praticar esporte, por exemplo, a maceração da epiderme, com a decomposição de células
epiteliais e de substâncias orgânicas do suor, além de provocar desagradável odor, vai causar
irritação cutânea e propiciar infecções, especialmente: micoses, eczemas, pé-de-atleta e
onicomicoses. A transpiração dos pés cria condições perfeitas para que os fungos se
desenvolvam dentro do tênis, principalmente quando este acaba ficando úmido e fechado no
armário após os exercícios diários ou finais de semanas, resultando mau cheiro ( chulé ) que,
mesmo sendo inconveniente, geralmente não recebe muita atenção.
Procedimento podológicos no pé infantil
Lembre-se o podólogo devidamente habilitado em seu exercício profissional tem certificado
legalmente reconhecido, termo de responsabilidade e alvará de funcionamento atualizado. Estes
registros devem estar expostos em quadros fixados na parede, dentro do gabinete podológico.
Faz uso de todos meios de biosegurança disponíveis, desinfecção e esterilização dos materiais
não descartáveis em estufas.
Minha técnica
Procuro em primeiro lugar aplicar a técnica do relacionamento com o paciente infantil, procurando
dar confiança no meu procedimento profissional. O importante é realizar um procedimento com o
mínimo de agressão ao paciente (palavras, gestos e ação de procedimento). A confiabilidade do
paciente infantil começa no dialogo, devemos procurar tirar o receio da roupa branca que usamos,
em conseqüência das ameaças dos pais à criança: ‘vou levar você para tomar uma injeção’.
Mostramos que não haverá injeção e dor no procedimento. Fazendo o paciente se descontrair.
Devemos tirar o medo da criança no primeiro atendimento, criar amizade e obter confiança. Evitar
comentários dos pais, como: ‘seja homem como seu pai’ ou ‘eu nunca tive medo’. A mãe fica aflita
com a dor que o filho possa estar sentindo, às vezes até cai no choro e desmaio. Não proíbo o
acompanhamento, até prefiro, mas não aceito as intromissões indevidas.Os pais devem se portar
uma vez chegando ao local de atendimento a fim de ser útil a seu filho e não perturbar assistência
podológica. O profissional precisa dá compreensão dos pais e espera deles todo apoio, não
tumultuando o momento do atendimento. Possuo entre os meus pacientes, filhos dos filhos de
pacientes que se tornaram pacientes quando eram crianças e hoje são pacientes ótimos e sem
medo, confiam no meu procedimento, pois antes de se tornarem pacientes já freqüentaram o meu
gabinete podológico na companhia dos pais.
Procedimento
Um grande número de problemas nas unhas resulta do trauma e da compressão que se aplica
sobre elas. Calçados muito curtos ou apertados, com uso exagerado em pés e dedos deformados
causam, sem qualquer dúvida, lesões nas unhas. As unhas são lâminas de queratina que
recobrem as falanges e originam-se da matriz ungueal. Muitos recém-nascidos têm unhas macias
que se dobram e encurvam facilmente. Porém, elas não são verdadeiramente encravadas porque
não entram na carne. As unhas do pé crescem lentamente e são, de modo geral, muito moles.
Não é preciso que fiquem tão curtas, cortá-las uma ou duas vezes ao mês é suficiente. Seu
crescimento é contínuo servindo como um elemento de proteção das pontas dos dedos.
PODOPATIAS MAIS COMUNS EM PÉ INFANTIL
Verruga plantar
São tumores epidérmicos de origem virótica, causada pelo vírus classificado como HPV –
Papiloma Vírus Humano. São agentes diminutos, contagiosos, e invisíveis. A Verruga Plantar,
geralmente, acontece em crianças por não terem o sistema imunológico completamente
desenvolvido, localizando-se nas áreas de maior pressão, apresentando-se amareladas, pouco
salientes, tendo à primeira vista aspecto de calosidade (vulgo ‘olho de peixe’). Causam dor
intensa, prejudicando o apoio do pé e dificultando o caminhar, podendo apresentar-se em um só
pé ou em ambos e por vezes, em quantidades maiores do que uma. Conselho útil para os pais,
evitar freqüentar piscinas ou qualquer
tipo de banho público, outro conselho, as partes comprometidas não devem entrar em contato
com outros tecidos sadios, assim, deve-se evitar o contato da verruga com os dedos ou mãos.
Pé de atheta ou frieira
É uma micose bastante comum, sendo que no verão, pelo calor e umidade, há possibilidade de
pioras ou recidivas. É mais comum no adulto, embora se tenha notado aumento na infância nos
últimos anos, provavelmente pelo uso de tênis e meias grossas que aumentam a sudorese e a
maceração dos pés.
As localizações mais comuns são as plantas dos pés e os espaços interdigitais dos três últimos
pododáctilos, sendo menos comprometidas as dobras das unhas e o dorso dos pés.
Bolhas
Acúmulo de fluído entre as camadas interna e externa da pele, devido ao excesso de fricção, uso
de calçado apertados, queimaduras ocasionadas pelo frio, calor ou muito sol, doenças na pele,
alergias e irritações na pele provocadas por agentes químicos. Evite furar as bolhas, pois isto
aumenta a possibilidade de infecção. Não mexa na bolha por 24 horas, para permitir que ela cure
por si só. Elas secarão e a pele se desprenderá em uma a duas semanas. Enquanto isto, proteja
a área colocando um anteparo, com uma abertura no centro, sobre a bolha.
Unha encravada
Os pacientes infantis que nos procura apresentam problemas de onicocriptose (unha encravada),
ocasionados geralmente, devido a Traumatismo ou Pressão.
O traumatismo é causado por: tropeções, quedas de objetos sobre a unha, corte incorreto da
unha feito com tesouras ou alicates, causando lesões. A pressão também ocasiona alguns
problemas, pois quando é exercida por meias (pequenas ou grossas, pressionam a pele das
bordas ungueais) ou por calçados (quando justos, estreitos, ou de ponta fina não só exercem
pressão sobre a pele como também sobre a placa
ungueal), resultam na penetração de uma espícula (pedaço de unha) no tecido circunjacente, em
geral, há infecção e formação de tecido de granulação exuberante (granuloma piogênico ou carne
esponjosa) avermelhada e dolorosa, que é composta por pequenos vasos capilares que recobre o
sulco ungueal, projetando-se sobre a lâmina ungueal. Essa granulação é muito sensível e quando
tocada rompe e sangra facilmente. Devemos proceder sem que haja esforço para o
desbastamento, propiciando assim menos risco de ferimentos. Atenção: A Legislação Brasileira
não permite ao Podólogo fazer cirurgias ou prescrever medicamentos injetáveis ou de uso interno.
Através da técnica denominada Espiculaectomia (remoção da parte da unha que está encravada),
usando instrumentais adequados, o podólogo é capaz de solucionar o problema facilmente.
Onicoortese
Na Podologia fazemos o uso de órteses para correção da lâmina ungueal com curvatura
acentuada ou encravada. A aplicação da órtese é indolor e proporciona excelentes resultados,
fazendo com que a lâmina deformada, volte ao formato normal. Em paciente infantil costumo
aplicar a Fibra de Memória Molecular é menos agressiva.
ALERTA
Senhores pais, não cortem os cantos das unhas (lâmina ungueal), pois assim, estarão
deformando e causando o encravamento das mesmas, sejam precavidos, procure um podólogo
para orientação do corte da extremidade distal da lâmina ungueal (onicotomia) logo após o 1º mês
do nascimento, a prevenção é importante para o crescimento correto das unhas.
Cuidados especiais merecem as crianças com alguma patologia e para qualquer lesão, devemos
estar atentos para sinais de infecção no decorrer do processo.
As podopatias (doenças dos pés) quando tratadas a tempo, são facilmente reprimidas por um
tratamento especializado, sob orientação de um PODÓLOGO. Para não ter complicações,
procure consultar-se com um profissional devidamente habilitado no exercício de suas atribuições.
Esses registros devem estar expostos em quadros afixados na parede, dentro do gabinete
podológico.
RACHADURAS
É verão sempre a mesma coisa, a mulher se produz inteira, roupas, cabelo, unhas das mãos e
pés esculpidas e decoradas, pele bronzeada, sapato fino, infelizmente esquece dos pés,
calcanhares com rachaduras e pele desidratada, o que primeiro chama a atenção é a aparência
dos mesmos que, geralmente, não condizem com o restante do corpo produzido. É horrível!
Relegado normalmente ao ultimo plano nos cuidados corporais, o pé pode revelar-se uma fonte
permanente de dores e saliências esteticamente desagradáveis.
Infelizmente as pessoas dão pouco valor a saúde dos pés. Elas não têm consciência de sua
importância no dia-a-dia. Não lhes atribuem os cuidados necessários, por acreditarem que estão
protegidos e escondidos pelos calçados.
Das podopatias (doenças nos pés) uma das que mais se destaca no sexo feminino,
principalmente, é a Rachadura no Calcanhar ou Fissura Calcânea (lesões lineares ou estreitas da
pele ).
Essa podopatia (doença nos pés) que aparece em qualquer situação climática, seja calor ou frio.
O pé contém 26 ossos, 2 sesamóides, 114 ligamentos e 20 músculos. Todas estas partes estão
interligadas por tecidos conjuntivos, vasos sangüíneos, nervos, sendo tudo isso revestido por
camadas de pele, que é um órgão que determina seus limites com o meio externo e exerce
diversas funções, como: defesa e proteção contra as funções sensoriais (calor, frio, pressão, dor e
tato). A pele é formada por três camadas: epiderme, derme e hipoderme, da mais externa para
mais profunda, respectivamente.
Quando a epiderme é agredida por fatores externos (atritos com calçados) ou falta de hidratação,
a mesma tem uma reação de engrossamento (acúmulo de queratose ), que surge como defesa
das camadas mais profundas, formando-se assim, calos ou hiperqueratose ( com ou sem
fissuras ).
Diversas empresas e laboratórios têm pesquisado e vêm lançando produtos no mercado nacional
com a proposta de auxiliar no tratamento das Fissuras Calcâneas e acelerar o processo cicatricial.
É comprovado que a utilização de produtos que mantém a hidratação na pele, auxiliam na
reparação tecidual. Se lembrarmos o fato de que 60% do organismo humano é composto por
água, fica simples compreender a importância desses cremes para a reparação tecidual.
Os pés são partes do corpo que têm suas camadas de peles com maior resistência do que em
outras partes, e são mais grossas devido ao peso do corpo que recai sobre os mesmos. Os pés
sustentam o corpo de maneira que podem sofrer inúmeras patologias (doenças) que devem ser
tratadas com especialistas (médicos e podólogos). O aparecimento de rachaduras ocorre por
varias causas: defeitos ortopédicos, hereditariedade, alterações climáticas, conseqüência de
psoríase, diabetes, doenças vasculares, micoses, agressões químicas, andar descalço e uso de
calçados abertos nos calcanhares (sandálias) etc.
As fissuras calcâneas podem variar em espessura; algumas lesam a pele apenas
superficialmente e outras podem até atingir tecidos profundos com sangramento devido ao
espessamento e endurecimento da camada externa da pele (hiperqueratose ) onde o tecido perde
a elasticidade e abre pela pressão ao se movimentar. As vezes atinge os nervos, presentes na
derme (segunda camada da pele) causando sangramento e a dor como se cortasse a pele com
navalha. Nos institutos de beleza as pedicures deve procurar remover pouco das queratoses o
que, geralmente não acontece.
Por serem leigas em podopatias e sem conhecimentos de biomecânica, em grande parte as
mesmas não conhecem o limite e deixam os calcanhares sem proteção, piorando por vezes a
podopatia.
Para hidratação de fissuras (rachaduras) do calcanhar podemos usar vários produtos hidratantes,
devemos evitar produtos que contem em sua fórmula o acido salicílico, não é recomendável em
portador da diabete, muitas vezes apresentam pele bastante seca, juntamente com diminuição da
sensibilidade (neuropatia periférica), os riscos de uma lesão tecidual são muito grandes e as
conseqüências, bastante graves.
Lembre se que fissura calcânea intensa por longo período, às vezes é sinal de doenças como
diabetes, etc… Dependendo do prognostico, o cliente é encaminhado a especialistas em
dermatologia, endocrinologia, ortopedia ou outras áreas médicas, pois assim poderá ser
diagnosticada a causa das fissuras calcâneas.
DICA: Desejando uma hidratação mais profunda, passar uma camada de creme e envolver com
filme de PVC por cerca de 10 minutos, ajuda acelera e intensifica a hidratação
Se a leitora deseja estar produzida dos pés a cabeça, recomendo a mudança de hábito,
controlando essas rachaduras com o uso diário do creme hidratante específico para fissuras e
ressecamento da pele. Então não se esqueça: Essas dicas farão com que você tenha um verão
de estrela!
UNHA
É uma produção cutânea formada de queratina compactada, chamada oniquina (dura) é formada
de proteína, enxofre, cistina, argina, água (7 a 16%), cálcio e ferro; sem elasticidade, translúcidas
e com pouca flexibilidade. Do ponto de vista embriológico, não nasce da superfície, mas sim do
interior da pele, inicialmente, a epiderme que dará origem à unha. Tem a funções de proteção,
preensão, agressão e sensibilidade.
Proteção: sendo uma lâmina dura e flexível, proteger as extremidades dos artelhos;
Preensão: para pegar principalmente pequenos objetos;
Agressão: arranhar, cortar, lascar, mascar (defesa);
Sensibilidade: tem seu papel na sensibilidade táctil da popa digital. A unha normal é transparente,
lisa, suave, permanecendo colada no leito e apresentando crescimento continuo no indivíduo
adulto. O crescimento das lâminas ungueal é, aproximadamente, 1mm por mês, demora para
crescer, ou seja, para ser completamente substituída, cerca de 6 meses, nas mãos, e cerca de 1
ano, nos pés. Em geral, desenvolve-se com mais rapidez nos jovens que nos idosos. Fatores que
interferem no crescimento da lâmina ungueal é a ma circulação sangüínea, vitaminas, proteínas e
mecânicos. A unha é dividida em nove partes:
1ª – Lâmina Ungueal é a própria unha, siituada sobre o leito ungueal. Sua consistência varia de
pessoa para pessoa e depende de fatores tanto genéticos como externos. Uma lâmina de células
queratinizadas compactada e com espessura variável de 0,5 a 0,75 mm.
2ª – Matriz Ungueal é o local onde se dá origem a unha. Chamada também de raiz da unha.
Formada pôr célula germinativas que vão se compactando em permanentes mitoses. A nutrição
da matriz é feita pôr pequenos vasos superficiais da derme.
3ª – Leito Ungueal é a porção do complexo imediatamente abaixo da lâmina. Formada pela derme
e epiderme e é fortemente aderido à lâmina e com grande quantidade de terminações nervosas
nesta área.
4ª – Eponíquio conhecido como cutícula. Liga a prega supra-ungueal à lâmina. Sua formação é de
queratina e tem a função de proteger a matriz ungueal da entrada de produtos químicos, agente
biológicos e outros. A retirada da abertura para entrada de infecção.
5ª – Lúnula é uma área de forma convexa, esbranquiçada, localizada junto ao eponíquio, e indica
a posição da matriz.
6ª – Hiponíquio é formado pôr uma fina camada da epiderme e faz a ligação entre o leito ungueal
e a polpa digital. Tem grande quantidade de terminações nervosa, tornando assim uma região
muito sensível.
7ª – Prega Supraungueal localizada antes do Eponíquio, com tamanho variável. É uma dobra de
pele epitelial sobre a matriz ungueal. É constantemente lesada com a retirada do eponíquio
(cutícula).
8ª – Prega Periungueal é a região localizada nas laterais da unha.
9ª – Sulco Ungueal está localizado ao longo de toda a lâmina, é uma estreita faixa de pele,
formada na junção da lamina com a prega periungueal.
A unha pode ser sede de diversas manifestações patológicas quer se trate de infecção devida a
micróbios ou a cogumelos ou se torne vitima de traumatismos diversos.
a) O mais simples consiste no hematoma subungueal, consecutivo a um choque. O tecido
subungueal particularmente comprimido, deixa pouco espaço para o extravasamento do sangue,
o que provoca o aparecimento de dor bastante intensa e ao mesmo tempo limita o volume do
hematoma
b) Corpo estranho subungueal por exemplo, uma farpa de madeira que penetre sob a unha e a
torna dolorosa por razão análoga à do hematoma: a reação inflamatória não encontra lugar para
se estabelecer.
c) O esmagamento será seguido por escurecimento da unha e depois por sua queda: ela
renascerá sempre, exceto em raros casos em que a matriz foi destruída pelo traumatismo.
d) A queda da unha ocorre em certos casos de alopecia. O deslocamento da unha acompanha
certas dermatose profissionais (lavadeiras, padeiros, açougueiros, químico, etc.).
e) As deformações da unha ocorrem nos dedos do pé de velhos.
f) A fragilidade da unha é sinal de má circulação, de desnutrição grave, assim como de infecção
por cogumelos.
g) O espigão não constitui doença da unha propriamente dita, mas rasgão da unha: mal curada, a
pane erosada desseca-se, dilacera-se, aprofunda-se, inflama-se e toma-se muito dolorosa
h) Manchas brancas ou leuconiquias são devidas á formação de bolhas de ar, após
microtraumatismo. Desaparecem espontaneamente com o crescimento da unha: alguns pacientes
são mais sujeitos a esta afecção que outros.
i) Unha encravada é uma alteração que atinge sobretudo os artelhos (geralmente o grande e. por
vezes, o segundo): por influência de fatores mecânicos (freqüentemente sapato muito apertado),
os dedos dos pés ficam imprensados uns contra os outros e as extremidades antero-laterais da
unha crescem para o interior da pele. Segue-se irritação, freqüentemente acompanhada de
inflamação dolorosa com eventual infecção.
O tratamento preventivo depende da habilidade do paciente ou de seu PODÓLOGO em cortar
corretamente as unhas.
Alerta: Não cortem os cantos das unhas (lâmina ungueal), pois assim, estarão deformando e
causando o encravamento das mesmas, sejam precavidos, procure um podólogo.
Procure um Podólogo para não ter complicações, procure consultar – se com um profissional
multidisciplinar devidamente habilitado no exercício de suas atribuições.
Fonte : Profº Orlando Madella Jr
UNHA ENCRAVADA
Há algumas décadas que o Pé é objeto de análise, investigação, diagnóstico e terapêutica de
variadas patologias que o afetam, motivo que originou o aparecimento de uma nova ciência na
área da saúde designada ‘Podologia’.
O termo Podologia origina-se do grego arcaico: o prefixo ‘Podos’, significa pé/pés e o sufixo
‘Logos’, tratado, estudo, conhecimento. Forma-se então o terno ‘Podologia’, que é o nome da
ciência que trata do estudo dos pés. Podólogo, termo obviamente com as mesmas origens,
designa a pessoa que aplica terapia nos pés, com estudo técnico-científico adequado,
aprofundado na anatomia, fisiologia, podopatias e conhecimento biomecânico dos pés. Através do
Decreto Lei de 1957, a profissão passou a ser considerado como ATIVIDADE AFINS DA
MEDICINA.
Vamos descrever a técnica de procedimento podológico em ESPICULAECTOMIA.
Deparo no dia-a-dia com pacientes que apresentam problemas graves em seus pés por descuido
ou desconhecimento em relação aos cuidados que se deve ter com eles.
O Podólogo através da técnica denominada Espiculaectomia (remoção da parte da unha que esta
encravada), usando instrumentais adequados, é capaz de solucionar o problema facilmente.
Onicocriptose é o nome científico que se dá a unha encravada ou unha incarnada (ungüis
incarnatus), resultante da penetração de uma espícula (pedaço de unha) no tecido circunjacente.
Em geral, há infecção e formação de tecido de granulação exuberante.
Obs.: Não confundir com Onicofose, que é a calosidade que se forma no sulco ungueal.
As principais causas da Onicocriptose são: Pressão e Traumatismo.
Pressão: é exercida por: Meias (quando pequenas ou grossas, pressionam a pele das bordas
ungueais); Calçados (quando justos, estreitos, ou de ponta fina não só exercem pressão sobre a
pele como também sobre a placa ungueal); Unhas Espessas (unhas grossas ocasionam pressão
sobre a pele ao mesmo tempo em que a pele também pressiona lâmina ungueal). Convexidade
exagerada da lâmina ungueal
Traumatismo: é causado por: Tropeções; Quedas de objetos sobre a unha; Corte incorreto da
unha feito com tesouras ou alicates, que causam lesões. Pressão ou Traumatismo na pele ou
ambas ao mesmo tempo, provocam um maior afluxo sangüíneo para o local, o que propicia um
adelgaçamento da pele do sulco ungueal e conseqüente ruptura da mesma, facilitando assim a
penetração de bactérias. Com a contaminação através das bactérias, surge inflamação e posterior
infecção com secreção purulenta o que origina o crescimento de granulação exuberante
(granuloma piogênico ou carne esponjosa) avermelhada e dolorosa, que é composta por
pequenos vasos capilares que recobre o sulco ungueal, projetando- se sobre a lâmina ungueal.
Essa granulação é muito sensível e quando tocada rompe e sangra facilmente.
No traumatismo o quadro clinico apresenta-se com maior rapidez pois existe, quase sempre, o
rompimento da pele do sulco ungueal, seguido de inflamação e infecção.
Há varias formas de resolver-se o problema da onicocriptose dos pododáctilos. Na Podologia usa-
se remover a parte encravada (espiculaectomia).
Retira-se no máximo 5% da lâmina ungueal comprometida. Imersão dos pés em banhos
emolientes e uso de antibióticos ou antiflamatórios são inúteis. É necessário remover a espicula
que está causando a infecção e a dor.
Procedimento podológico é feito primeiramente um inspeção cuidadosa do pé onde se procura
identificar a causa da podopatia, e a pesquisa de mais dados sobre a saúde do paciente, se já fez
tratamento, medicamentos utilizados, antecedentes familiares (alergia a medicamentos,
diabetes…etc).Digitopressão: compressão efetuada com os dedos, provocando isquemia
localizada, é possível averiguar a microcirculação dos pés. E avaliação da sensibilidade protetora
plantar utilizando-se de monofilamento para, posteriormente tomar-se medidas terapêuticas. Essa
intervenção não é um processo cirúrgico. A Legislação Brasileira não permite ao Podólogo fazer
cirurgias ou prescrever medicamentos injetáveis ou de uso interno.
Técnica podológica
A intervenção deve ser praticadas com instrumentais rigorosamente afiados, esterilizados e
descartáveis. A intervenção é feita sem anestésico injetável. O Podólogo experiente possui
técnica aperfeiçoada no manejo dos instrumentais cortantes, o que faz com que não se exija
esforço para o desbastamento, propiciando assim menos risco de dor e ferimentos. Essa técnica
faz com que a dor seja amenizada durante a intervenção. Faz-se assepsia em todo o pé. Faço
uso de emoliente líquido (soro fisiológico morno c/ emoliente). Em seguida, remoção da espícula
(pedaço de unha) que esta causando a dor e/ou infecção. Se houver sangramento (hemostasia)
usa-se fibra de alginato de cálcio e sódio promovem a hemóstase.
Atenção: Não utilizar bastões para coagulação de sangue, a não ser que se tenha um para cada
cliente. Os bastões podem ser dissolvidos em pequeno frasco com SF e usado com contonetes.
Curativo
É feito curativo usando-se PVPI ou colagenase ou clorafenicol ou mupirocima ou sulfato de
neomicina ou fibra de alginato de cálcio….etc. Usa-se mecha de algodão, cimento cirúrgico,
gases ou silicone para separar a lâmina ungueal do granulação exuberante.. Para acelerar a
cicatrização, pode-se aplicar solução de nitrato de prata.
Obs: Produtos com componentes alcoólicos também não são indicados em lesões por serem
citotóxicos, isto é, eles retardam o processo cicatricial por ‘matarem’ células de proliferação dos
tecidos .É comprovado que a utilização de produtos que mantém a umidade da lesão auxiliam na
proliferação celular e conseqüentemente na reparação tecidual. Se extrapolarmos para o fato de
que 60% do organismo humano é composto por água, fica simples compreender a importância
deste líquido para a proliferação celular.
O paciente deverá retornar para o segundo curativo após 48 horas, e assim sucessivamente até o
desaparecimento completo da infecção. Posterior à cicatrização, se necessário, prepara-se órtese
para a correção da lâmina ungueal (onicoórtese), para completa correção da mesma.
Para pessoas de alto risco, como exemplo diabéticos ou portadores de problemas circulatórios,
solicita-se prévias avaliação e autorização médica por escrito.
A Onicocriptose quando tratada a tempo e sob orientação de um PODÓLOGO especializado é
facilmente reprimida. Procedendo desta maneira estará evitando-se riscos incômodos, faltas ao
trabalho, angústia e dor.
O Podólogo atualizado e especializado em onicoórtese. Serve-se de aparelhos metálicos com
mola ou fibras de memória molecular, que são coladas à sobre a lâmina ungueal e passam a
fazer força de tração como uma alavanca, forçando a lâmina ungueal em um sentido contrário,
corrigindo sua curvatura.
Outra forma para resolver um problema de Onicocriptose é através de técnicas de intervenções
cirúrgicas feita na área Médica ou seja:
Técnicas baseadas na redução moderada da prega ungueal, quando a infecção surge de um só
lado da unha: Incisão dupla, de modo que extirpem em um só bloco a borda ungueal com
infecção, a parte encravada da placa ungueal e parte da matriz ( método do Dr. Du Vres,1944 ).
Técnicas de onicoectomia (extração total da lâmina em definitivo) geralmente quando apresenta
um quadro gravíssimo (método Dr. Jansey, 1955).
VERRUGAS
São tumores epidérmicos de origem virótica, causada pelo vírus classificado como HPV –
Papiloma Vírus Humano (HPV se multiplica dentro das células da camada espinhosa da
epiderme).
São agentes diminutos, contagiosos, e invisíveis. Excepcionalmente, são visíveis através de
microscopia óptica. Caracterizam-se por não terem metabolismo independente e terem
capacidade de reprodução apenas no interior de células hospedeiras. As verrugas podem ocorrer
em, praticamente, toda a superfície da pele inclusive nas mucosas e semi-mucosas onde
recebem o nome de condilomas. Por terem como causa um agente infeccioso, são consideradas
contagiosas. Incubação de 1 a 20 meses com a média de 9 meses
Onde pode acontecer a contaminação:
Piscina com água contaminada
Pisos contaminados (clube, banheiro, etc.)
Praias onde frequentam cães e gatos
Contato direto com as células virais
Situações de “stress”
Doenças que afetam o sistema imunológico
Uso de medicamentos imunodepressores e imunossupressores
TIPOS DE HPV
Existem basicamente quatro tipos de verrugas: a mais comum chamada vulgar parece uma
couve-flor (áspera e seca); a plana, pode passar despercebida, por ser quase da cor da pele; a
filiforme, lembra um pequeno chifre; e a genital, mais úmida e macia, chamada de ‘condiloma’.
Existem vários tratamentos para as verrugas, sendo os mais conhecidos aqueles que utilizam
agentes químicos cáusticos (ANF). O tratamento também pode ser cirúrgico, dependendo do tipo
de verruga e da localização da mesma.
A Verruga Plantar geralmente acontece em crianças, por não terem o sistema imunológico
completamente desenvolvido, localizando-se nas áreas de maior pressão, apresentando-se
amareladas, pouco salientes, tendo à primeira vista aspecto de calosidade (vulgo ‘olho de peixe’).
Causam dor intensa, prejudicando o apoio do pé e dificultando a marcha, podendo apresentar-se
em um só pé ou em ambos, e por vezes em quantidades maiores do que uma.
PROCEDIMENTOS
Quase sempre são recobertas por hiperqueratose, sendo necessário fazer o desbastamento com
bisturi de calosidade ou lâmina descartável de n° 21. O tecido conjuntivo que a rodeia, condensa-
se ao seu redor, seguramente, devido à pressão que a verruga exerce em seu seio, lamínulas
colágenas, que como as cápsulas constituem uma cesta dentro da qual a verruga se aninha. Após
o desbastamento nota-se por transparência a verruga em seu centro, com ponteados negros, que
representam os capilares que irrigam cada papila, trombosados em suas extremidades mais
superficiais. Esses capilares costumam sangrar abundantemente, sendo necessário uso de
medicamento hemostático. Em alguns casos as verrugas plantares multiplicam e disseminam-se
por toda a região ou agrupam-se formando amplas placas. Seu tamanho é muito variável,
oscilando entre uma cabeça de alfinete e um grosso barbante. O sinal mais constante e revelador
são a dor provocada pelas mais leves pressões. Tratamento compete ao Podólogo orientar aos
pacientes quando da necessidade de um acompanhamento médico, para um tratamento
multidisciplinar (tratamento podológico e médico).
Não devemos confundir Calo com Verruga Plantar.
O Calo Vascular e Neurovascular é formado por hiperqueratose com presença de núcleo de
formato cônico (não tem raiz), possui em seu interior vasos sangüíneos e terminações nervosas.
Apresenta-se com formação circular, amarelada, cujo volume varia entre um grão de lentilha ou
de milho com pequena depressão em sua parte central. Mal Perfurante: o diagnóstico errado de
um calo tomado como uma verruga plantar, o ferimento de um núcleo de calo ou uma calosidade
no pé de um diabético, isto porque com a diminuição da sensibilidade, as pessoas passam a não
ter a mesma sensibilidade de uma pessoa normal. O mal perfurante se caracteriza pelo
aparecimento de uma úlcera em una zona de apoio, com tendência a avançar em profundidade
até o osso, insensível e circundada por uma zona de anestesia A lesão chega – se após um
período de tempo mais ou menos longo em que o paciente foi portador de um calo indolor, sobre
o qual surgia posteriormente uma úlcera.
Obs: O tratamento errado pode provocar a iatrogenia (alteração patológica provocada no paciente
por um procedimento errôneo).
Para evitar complicações consulte um Podólogo devidamente habilitado, em seu exercício
profissional, com Certificado reconhecido e legal, Termo de Responsabilidade e Alvará de
Funcionamento atualizado. Esses registros devem estar expostos em quadros fixados na parede,
dentro do gabinete podológico.
Doença das Unhas
INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES
As unhas são anexos cutâneos que fazem parte do aparelho ungueal. Têm grande
importância na proteção das falanges distais, bem como função estética no mundo moderno,
principalmente para as mulheres. Além disto, a unha contribui para apreensão de objetos,
conferindo mais firmeza e melhor sensação tátil, e também ajudam a compor a estabilidade dos
dedos, permitindo uma deambulação adequada. Doenças que acometem as unhas podem ser
restritas ao aparelho ungueal ou fazer parte do acometimento de doenças sistêmicas,
necessitando pronto diagnóstico e tratamento.
O aparelho ungueal é formado pela dobra ungueal proximal, matriz, leito, hiponíquio,
dobras ungueais laterais e lâmina ungueal. A pele da falange distal dobra-se sobre ela mesma
constituindo a dobra ungueal proximal, que se adere à lâmina ungueal pela cutícula. Em seguida,
encontramos a matriz ungueal, que é responsável pela produção da lâmina ungueal, constituída
por células córneas anucleadas organizadas em um estrato compacto e duro. A matriz divide-se
em duas porções: a proximal e a distal. A matriz proximal é responsável pela produção das
camadas superiores da lâmina ungueal, enquanto a distal produz as inferiores. A lúnula tem o
formato de meia-lua com convexidade voltada para a extremidade distal, sendo a porção visível
da matriz. O leito ungueal encontra-se firmemente aderido à lâmina ungueal e também participa,
embora pouco, para a formação da mesma. Tem coloração rosada pela presença dos capilares
que nutrem o dedo e correm em paralelo em diversos níveis de profundidade. O leito termina no
hiponíquio, que dá origem à polpa digital. As dobras ungueais laterais delimitam e protegem
lateralmente a unha. O crescimento normal da unha é de, em média 1,8 a 4,5 mm/mês para os
dedos das mãos e, de 1/3 à metade desta velocidade para as unhas dos pés.
unhas de Lindsay (unhas meio a meio): são unhas nas quais a metade proximal é
normal e, a metade distal apresenta coloração marrom claro;
unhas de Terry: são unhas que apresentam leuconíquia aparente total com uma
faixa eritematosa distal, classicamente descrita em pacientes com cirrose hepática;
ACHADOS CLÍNICOS
A anamnese e o exame físico devem ser feitos de maneira completa em cada paciente,
pois é de grande auxílio no diagnóstico de várias patologias. Sugerimos ênfase em alguns pontos:
Alteração Causa
Traumas/iatrogênicas
Tumores
Vasculites
Insuficiência vascular/microinfartos
psoríase
Microtraumas
Onicomicose
Idade avançada
Paquioníquia congênita
Onicomicose
psoríase
Linfedema
Síndrome nefrótica
HIV
Tiroidopatias
Medicamentos
D-Penicilamina
AZT
Pneumopatias
Tuberculose
Derrame pleural
Bronquiectasia
Sinusopatias crônicas
Bronquite crônica
DPOC
Síndrome paraneoplásica
Carcinoma de laringe
Linfoma
Melanoma
Adenocarcinoma de endométrio
Carcinoma de bexiga
Cardiovasculares
Anemia
Doença coronariana
Metabólicas
Tireotoxicose
Hipotireoidismo
Outras
Policitemia vera
psoríase
líquen plano
Esclerodermia
Alopecia areata
Coiloníquia Traumas
Pulmonar
Neoplasias
Bronquite/bronquiectasia
Tuberculose
Pneumonia aguda
DPOC
Cardiovascular
Cardiopatias congênitas
Gastrintestinal
Colite ulcerativa
Neoplasias
Hepática
Cirrose
Outras
Sífilis
Pós-tireoidectomia
Mixedema
Hanseníase
Esclerodermia
Unilateral
Aneurisma de aorta
Tumor de Pancoast
Linfangite
Trauma
Traumas
Onicorrexe Idiopática
Sistêmicas
Doença tireoidiana
Anemia ferropriva
Locais
líquen plano
psoríase
Traumas
Inflamações e infecções
Doenças dermatológicas
psoríase
líquen plano
Alopecia areata
Dermatite atópica
Doenças bolhosas
Doenças sistêmicas
psoríase artropática
Dermatomiosite
Pitting Sífilis
Anemia
Cirrose hepática
Crioglobulinemia
Diabetes mellitus
Diálise
Discrasias sanguíneas
Doenças pulmonares
Doenças bolhosas
Eczema
Endocardite
Glomerulonefrite
HIV
Hipertensão arterial
Leucemia
Onicomicose
psoríase
Púrpuras
Poliarterite nodosa
Porfiria
Reações medicamentosas
Síndrome antifosfolípide
Tireotoxicose
Úlcera péptica
Vasculites
Leuconíquia Verdadeira
Doenças dermatológicas
Eritema polimorfo
Onicomicose
psoríase
Doenças cardiopulmonares
Infarto do miocárdio
Insuficiência cardíaca
Pneumonia
Doenças renais
Insuficiência renal
Glomerulonefrite
Doenças endócrino/metabólicas
Gota
Hipoproteinemias
Ciclo menstrual
Drogas/Envenenamento
Quimioterápicos
Chumbo
Monóxido de carbono
Trauma
Aparente
Linhas de Muercke
Unhas de Lindsay
Insuficiência renal
Unhas de Terry
Cirrose hepática
Insuficiência cardíaca
Diabetes mellitus
Tireotoxicose
Idiopática
Onicólise Dermatológicas
Traumas
Tumores
Onicomicose
psoríase
líquen plano
Sistêmicas
Amiloidose
Anemia
Bronquiectasia
Câncer de pulmão
Diabetes mellitus
Fenômeno de Raynaud
Gravidez
Isquemia periférica
LES
Pelagra
Pênfigo vulgar
Reação medicamentosa
Sífilis
Tireoidopatias
Mercúr
D-Penicilamina io
Sais
Unhas amarelas AZT de ouro
Fenoti
Prata azinas
Fenint
Azul-acinzentado Minociclina oína
Andró
Azul – marrom Antimaláricos Marrom genos
Hepari
Warfarina Banda vermelha na
Arsêni
Tetraciclina Branco (linhas de Mee) co
Hemorragias em Cetoconazol,
estilhaço Tetraciclina
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
No diagnóstico diferencial, pode-se abordar a investigação do acometimento ungueal
agrupando as alterações associadas a doenças sistêmicas (Tabela 3) ou a quadros puramente
dermatológicos (Tabela 4).
Doença Alterações
Cardiovasculares e hematológicas
Onicorrexe
Onicólise
Gastrintestinais
Metabólicas e hormonais
Braquioníquia
Crescimento lento
Onicorrexe
Hipotireoidismo Onicólise
Crescimento acelerado
Hipocratismo
Onicólise
Coiloníquia
Coloração amarelada
Hemorragias em estilhaço
Paroníquia
Onicomicose
Doenças renais
Unhas meio-a-meio
Linhas de Muehrcke
Linhas de Mee
Hemorragias em estilhaço
Doenças pulmonares
Reumatológicas
Sulcos longitudinais
Espessamento da lâmina
Hemorragias em estilhaço
Infartos periungueais
Infartos distais
Psicológicos
Baqueteamento
Sulcos transversais
Onicorrexe
Onicosquizia
Unhas amarelas
Leuconíquia
Melanoníquia estriada.
Pitting
Manchas salmão
Onicólise
Hemorragias em estilhaço
Hiperqueratose do leito
Paroníquia
psoríase Traquioníquia
Traquioníquia
Hiperqueratose do leito
Atrofia ungueal
Pitting superficial e regular
Onicomadese
Leuconíquia geométrica
Linhas de Beau
Traquioníquia
branca superficial;
O diagnóstico deve sempre ser confirmado pelo exame direto do raspado do material
subungueal ou pelo exame de um fragmento da lâmina ungueal (maior positividade). A cultura do
material, quando positiva, identifica o agente causador.
Paroníquia
A forma aguda é representada por eritema, edema, calor local, dor intensa e eventual saída
de secreção purulenta que se instala de maneira aguda no dedo acometido. Pode ser de origem
bacteriana (S. aureus e S pyogenes) ou viral (herpes simples). Deve ser abordada com cuidados
locais de limpeza, drenagem da secreção purulenta e eventuais corpos estranhos e, antibióticos
sistêmicos com espectro para Gram positivos. A forma crônica foi discutida anteriormente.
Unha encravada
É decorrente do trauma causado pelos cantos da lâmina ungueal que penetram nas dobras
ungueais laterais, com reação inflamatória em graus que variam de leve a exuberante.
Geralmente é acompanhada de dor muito intensa que dificulta ou até impede a deambulação. A
causa mais frequente é por corte inadequado da unha, traumas e calçados apertados. Pode ser
tratada conservadoramente com o isolamento da lâmina – para não lesar o granuloma – com
algodão ou tubos de equipo e cauterização elétrica ou química do granuloma com ou sem
curetagem. Em graus mais avançados, a conduta deve ser cirúrgica com exérese da porção
encravada da unha seguida de matricectomia química ou cirúrgica.
Verrugas virais
Dermatose muito comum, pode acometer os tecidos peri ou subungueais, causando
onicólise e deformidade da lâmina ungueal.
Psoríase
O acometimento ungueal pode ser um achado em pacientes com psoríase ou pode ser a
única forma de apresentação. Tem forte associação com a psoríase artropática. Geralmente
acomete várias unhas. Existe uma forma pustulosa, geralmente dolorosa e limitada a poucos
dedos.
Líquen plano
É uma condição que deve ser reconhecida precocemente, pois pode levar a cicatrizes
graves sem o tratamento adequado. Aproximadamente 10% dos pacientes com líquen plano
apresentam alterações ungueais, sendo muito comum o acometimento exclusivo do aparelho
ungueal. O pterígio, embora não seja patognomônico, é muito sugestivo de líquen plano e indica
fibrose na matriz ungueal, sem formação de lâmina nessa área cicatricial. Em casos graves, pode
causar anoníquia. O acometimento de todas as unhas não é raro e é chamado de síndrome das
20 unhas. Geralmente encontra-se apenas traquioníquia e a resolução costuma ser espontânea.
A presença de dor pode indicar o acometimento da matriz. O tratamento é feito com infiltração de
corticóides ou corticóides sistêmicos.
Alopecia areata
Alterações ungueais podem antecipar ou surgirem após a queda dos cabelos e indicam
acometimento da matriz pela doença. Aproximadamente 20% dos adultos e 50% das crianças
com alopecia areata apresentam alterações ungueais. O pitting é um dos achados mais
característicos e difere da psoríase pelas depressões serem menores, regulares e mais
superficiais. A síndrome das 20 unhas é freqüente e acredita-se que na maioria dos casos seja
devida à alopecia areata.
Melanoníquia estriada
O ponto mais importante é saber diferenciar as melanoníquias estriadas benignas das
sugestivas de melanoma. Nas bandas pigmentadas, também é válido o mnemônico ABCDE para
os sinais de alerta: bandas Assimétricas, Bordas laterais borradas ou irregulares, várias Cores ou
tonalidades, bandas com Diâmetro largo e, bandas que apresentem mudanças de suas
características na sua Evolução. Outro achado muito sugestivo de melanoma é a presença do
sinal de Hutchinson, que é a pigmentação dos tecidos periungueais. Também devem ser
suspeitadas lesões no polegar, indicador ou hálux, lesões únicas que surjam na idade adulta,
lesões únicas em indivíduos de fototipo elevado, história pessoal ou familiar de melanoma e
distrofia ungueal concomitante. Em casos duvidosos, as lesões devem ser biopsiadas.
Sinal de Hutchinson
EXAMES COMPLEMENTARES
Os exames complementares na propedêutica do aparelho ungueal devem ser direcionados
de acordo com as hipóteses diagnósticas. Sempre que houver dúvida, o paciente deve ser
encaminhado para avaliação do especialista e biopsiado, se necessário.
Onicomicose
psoríase
Doenças bolhosas
infectadas Tzanck
psoríase
Micológico direto
Radiografia
Ultra-sonografia com
Onicomicose ou sem Doppler
Traumas Tomografia
computadorizada
Onicólise sem Lesões tumorais
hiperqueratose (dolorosa ou Ressonância nuclear
não) Exostose óssea magnética
Colagenoses
psoríase
Paroníquia
Eczemas Capilaroscopia
periungueal
Onicomicoses por fungos
Eritema periungueal não dermatófitos Micológico direto
Epiluminescência
Drenagem
TRATAMENTO
O tratamento das onicopatias é aplicado na causa das alterações e, na grande maioria dos
casos, consiste de medicamentos tópicos, intralesionais, sistêmicos ou cirúrgicos. Parte
importante do tratamento são os cuidados gerais com as unhas.
Tabela 7: Cuidados gerais com as unhas
CONCLUSÕES
O aparelho ungueal é um espelho do que acontece local e sistemicamente no organismo.
Reconhecer as alterações das unhas é de fundamental importância para o diagnóstico das
doenças dermatológicas e sistêmicas, pois muitas vezes o exame das unhas é o único exame
“complementar” necessário.