Ferramenta de Estampo
Ferramenta de Estampo
Ferramenta de Estampo
Professores:
Ivar Benazzi Junior
Elpidio Gilson Caversan
TECNOLOGIA DE ESTAMPAGEM – ÍNDICE
1- INTRODUÇÃO
2- OPERAÇÕES DE CORTE
ELEMENTOS NORMALIZADOS
- Bases............................................................................................... pág 57
- Buchas de guia e Molas ................................................................. pág 58
- Colunas ......................................................................................... pág 58
EQUIPAMENTOS:
ANEXO I
APENDICE I
APENDICE II
APENDICE III
APENDICE IV
12 – BIBLIOGRAFIA.................................................................................................... pág 74
Estampagem é o conjunto de operações com as quais sem produzir cavaco submetemos uma
chapa plana a uma ou mais transformações com a finalidade de obtermos peças com geometrias
próprias. A estampagem é uma deformação plástica do metal.
Os estampos são compostos de elementos comuns a todo e quaisquer tipos de ferramentas
(base, inferior, cabeçote ou base superior, espiga, colunas de guia, placa de choque, placa guia,
parafusos e pinos de fixação, e outros) e por elementos específicos e responsáveis pelo formato da
peça a produzir (matriz e punções).
1- Espiga
2- Cabeçote da Ferramenta ou Base Superior
3- Placa de choque
4- Porta Punção
5- Punção
6- Colunas de guia
7- Buchas
8- Pinos de fixação
9- Parafusos
10- Extrator
11- Guia das chapas
12- Matriz
13- Base inferior
Outra definição dá-se por processos de conformação mecânica, realizado geralmente a frio, que
compreende um conjunto de operações, por intermédio das quais uma chapa plana é submetida a
transformações por corte ou deformação, de modo a adquirir uma nova forma geométrica.
• Corte
• Entalhe
• Puncionamento
• Recorte
• Transpasse
• Dobramento
• Repuxo
• Extrusão
• Cunhagem
• Forjamento à frio
Repuxo - Obtenção de peças ocas a partir de chapas ou placas planas devido à penetração do material
na matriz forçada pelo punção (Ex. lataria de automóvel, copo de filtro de óleo, etc).
Utilização de vanguarda – caixilharia, tubos sem costura, tubos de pasta de dente, cápsculas de
armamentos, etc.
Forjamento à frio – obtenção de formatos que alteram drasticamente a geografia do blanque, Ex:
cabeças de parafusos , esferas (processo inicial), calibragem (operação de redução de espessura do
material após repuxo),etc.
• Capacidade de Produção
• Baixo preço de Custo
• Intercambiabilidade
• Leveza e Solidez das Peças Obtidas
Na origem deste método estava baseado na prática adquirida e no empirismo. As ferramentas eram
fabricadas nas oficinas sem intervenção de qualquer assistência técnica. Atualmente a maioria das
oficinas possui um escritório técnico (engenharia) para estudos de ferramentaria.
Indústrias inteiras nasceram do mencionado processo de trabalho. As aplicações deste método de
fabricação de peças encontram-se nos setores mais variados, desde brinquedos até material de
transporte entre muitos outros.
As diferentes operações a que é submetido o metal, na matriz, podem ser subdivididas em duas
categorias:
1 – Separação da matéria;
2 – Modificação da forma do material.
A primeira categoria abrange todas as operações de corte: cisalhar, puncionar, recortar as sobras,
corte parcial, cortar, cortar na forma, repassar.
Na segunda categoria encontram-se:
a) Modificação simples da forma: Curvar, Dobrar, Enrolar totalmente, enrolar os extremos,
aplainar, estampar;
b) embutir e repuxar
B - Os Metais em Chapas
A maioria dos metais pode ser trabalhada sob forma de chapas. Nesta apostila, nos limitaremos á
citar os principais metais utilizados:
• Aço;
• Cobre;
• Alumínio;
• Níquel e suas ligas;
• Zinco;
• Metais Preciosos.
As chapas obtidas por laminação a frio devem ter uma espessura regular e um perfeito acabamento
superficial.
Para obter tais resultados é indispensável que os lingotes utilizados para a fabricação de “blooms”
e placas estejam isentos de defeitos, pois estes se transmitirão à chapa.
Estes defeitos são principalmente:
1) bolhas: furos produzidos na chapa, por inclusão de gás;
2) picadas: bolhas muito pequenas e muito numerosas; Estes defeitos, tornados mais ou menos
invisíveis, ao laminar, podem, após a decapagem, dar chapas arqueadas ou picadas;
3) bolsadas: vácuo central, criado pela contração; exige a eliminação das extremidades do lingote
antes da laminação;
4) fendas: produzidas durante o resfriamento do lingote ou devido a um forjado a tempeatura
muito baixa (defeito grave, difícil de se descobrir).
Para efetuar as distintas operações a que está sujeito o metal e, principalmente o repuxo, é
necessário que este seja homogêneo, maleável, dúctil, com grão suficientemente fino e com um bom
acabamento superficial.
As chapas caracterizam-se por:
Ao receber o material pedido, é preciso ter certeza de que o mesmo obedece às prescrições
exigidas.
As chapas devem ser verificadas conforme dentro dos limites de tolerância especificadas no pedido
e normas. Essas verificações serão efetuadas nas:
a) dimensões
- comprimento;
- largura;
- espessura.
b) características mecânicas
Verificação das Qualidades Mecânicas:
- Ensaio de Tração;
- Ensaio de Dureza;
- Dureza Rockwell;
- Dureza Shore.
c) qualidades tecnológicas
- Ensaio de Dobra;
- Ensaio de Embutimento;
- Máquina Ericksen;
- Máquina Guillery.
Fc = A c x cis
Obs: a folga excessiva das facas de corte pode conduzir em quebra da ferramenta de corte.
2ª fase: Cisalhamento
Obs: Para materiais mais moles, se utilizam facas de corte com ângulos de corte menores.
Deformação: Região 1
Um canto arredondado, no contorno em contato com um dos lados planos da chapa, e que
corresponde à deformação do material no regime plástico. Quanto mais duro for o material menor será
esta região.
Cisalhamento: Região 2
Uma faixa brilhante, ao redor de todo o contorno de corte,com espessura quase constante, e que
corresponde a um cisalhamento no metal cortado. Também é menor para materiais mais duros.
Ruptura: Região 3
Uma faixa áspera, devido à granulação do material,levemente inclinada que corresponde ao
trecho onde ocorreu o destacamento,visto que a área útil resistente vai diminuindo até que se dê a
separação total das partes.
Comentários:
Exercício:
Determinar qual é a força de corte (Fc) necessária para cortar uma chapa em uma guilhotina de facas
paralelas.
l = 30cm
e = 3mm
cis = 30kgf/mm²
Neste equipamento observa-se nas tiras muito finas um fenômeno conhecido como efeito “hélice”
em que a chapa tende a se enrolar.
Esta construção necessita um curso um pouco maior devido ao desalinhamento sendo isto uma
limitação.
e_ = tg (1)
x Ac = e² (3)
2.tg.
Ac = e.x (2)
2
Exercício:
Determinar qual é a força de corte (Fc) necessária para cortar uma chapa em kgf com uma guilhotina
de facas inclinadas.
l = 30cm
e = 3mm
= 8°
cis = 30 kgf / mm²
2 Fat Ft (1)
P = FN . cos (2) Obs : Valores típicos de = de 8° a 10°
Ft =FN . sen (3)
Fat = P. (4)
. . de (1) e (4)
2 Fat = 2P.
. 2 tg (5) tg -1 (2 ) (6)
. 2 P. Ft
2 FN.cos . FN.sen
2cos . sen
Exercícios:
1- Determinar qual é a máxima inclinação das facas para a mesma chapa do caso anterior, porém,
considerando faca inclinada, onde:
= 0,15 (aço/alumínio).
2 - Uma indústria deseja comprar uma tesoura guilhotina para cortar chapas de aço, cobre e
alumínio. Determinar a capacidade da tesoura e o ângulo de inclinação das facas, sabendo-se que as
espessuras máximas das chapas são:
Particularidades :
Um ângulo menor de implica em redução na resistência da faca.
A potência requerida aumenta para maiores ângulos de .
Ângulos típicos:
= 77 a 85 ° = 0 a 10° = 0 a 6° = 90°
Folga = Espessura
25
Obs : Folgas grandes podem provocar a quebra das facas.
Folgas pequenas provocam o rápido desgaste das arestas de corte.
2.2 – Puncionamento
É uma operação utilizada para se efetuar o corte de figuras geométricas por meio de punção e matriz
por impacto.
Fc = A c x cis
Fc = Força de corte
Onde cis = Tensão de cisalhamento do material (kgf/mm²)
Ac = Área de corte (secção resistiva de corte) = l . e
l = comprimento de corte ( mm) (Perímetro)
e = espessura de corte (mm)
Neste caso:
Segundo Oehler: (f = D - d)
____
f/2 = 0,005 . e . cis p/ e 3 mm
___
f/2 = (0,010.e - 0,015) . cis p/ e >3mm
Exercício:
Determinar as dimensões dos punções e matrizes para estampagem da arruela abaixo.
Calcular a força de corte e esquematizar o ferramental.
Material : Aço SAE 1020 cis = 28 kgf/mm²
Resolução:
Esquematizar o Ferramental:
Exemplo:
Determinar as diferentes disposições sobre a tira possíveis para cortar a peça acima. Utilize chapa de
aço padronizada de 2000x1000x1.
Calcular:
Cálculo de S : (S)
% de Utilização: (%U2)
% de Utilização: (%U1)
- Estampo com disposição normal (horizontalmente)
Cálculo de S : (S)
Número de peças por tira: (npt1) Número de peças por tira: (npt2)
Número de peças por chapa: (npc1) Número de peças por chapa: (npc2)
Cálculo de S : (S)
Número de peças por chapa: (npc1) Número de peças por chapa: (npc2)
B = largura da tira
a = avanço
n = número de peças
B = D + 2S
a+D+S
B= (D+S).sen60°+D+2S
a+D+S
n = [(l - (D + S) . sen30° + D + 2S)] . 2 + 2
D+S
B= (2D+2S).sen60°+D+2S
A=D+S
n = { [l-(D+2S)].3} + 2
D+S
W = 2,5 x D
Exemplo:
Resolução:
S= 1,5(0,4e+0,8) mm
S= 1,5.0,4+0,8 = s+1,8o mm
a =D+S
a =80+1,8
a =81,8 mm
B= D+2 s
B= 80+2.1,8
B= 83,6 mm
Cálculo de B para 2 carreiras
B=(D + s).sen60°+D+2S
B=(80+1,80)sen 60º+80+2.1,8
B= 154,5 mm
B= (2D+2S)sen60°+D+2S
B=(2.80+2.1,80)sen60°+80+2.1,80
B= 225,28 mm
n = l – D + 2S +1
D+S
n = 1000-80+2.1,80 +1
80+1,8
n = 2000-80+2.1,80 +1
80+1,8
n = [(1000-(81,8.sen30° +80+2.1,8).2] +2
80+1,8
n ={[ n-(D+2S)].3} +2
D+S
n ={ [1000-(80+2.1,8)].3} +2
80+1,8
n = 35 . 8 n = 280 peças
n = 2000-(83,16) .3 +2
81,8
n = 72 . 4
n = 288 peças
Xg = P1.x1+P2.x2+P3.x3+P4.x4
(P1+P2+P3+P4)
d1 10
d2 12
d3 14
x1 10
x2 30
x3 50
y1 50
y2 30
y3 10
XG = P1.X1+P2.X2+P3.X3
P1+P2+P3
P1 = L1.e. cis
P2 = L2.e. cis
P3 = L3.e. cis
XG = e. cis . (L1.X1+L2.X2+L3.X3)
XG = Li.Xi
Li
YG = Li.Yi
Li
Li XiLi YiLi
XG = Li.Xi
Li
Exemplo :
Não é válido calcular o CG em relação à área para figuras irregulares. Nestes casos
calculamos o CG em relação ao perímetro que é onde haverá corte.
Exemplo : Dividir sempre uma figura a ser puncionada em perímetros conhecidos localizando os
seus próprios centros de gravidade.
Determinar o CG do estampo :
XG =
YG = Li.Yi =
Li
YG =
O peso da parte superior é calculado sempre para este caso de uma maneira aproximada,
considerando-o até por estimativa. A letra “S” encontrada logo após a fórmula será o coeficiente de
segurança que adotaremos com sendo 2,5 a 3 para determinarmos a área do núcleo da rosca.
Depois que calcularmos a área do núcleo da rosca, podemos encontrar o diâmetro do mesmo
com a fórmula a seguir:
Obs: Alguns tipos de Ferramentas progressivas, de vários estágios e, ou de grande parte são fixadas
ao cabeçote superior através de grampos mecânicos (com parafusos)ou hidráulicas
Na figura anterior tem-se o caso de aproveitamento dos dois punções laterais marcadores de passo,
como cortadores do retalho lateral, e um terceiro de forma, para separação das peças, e corte do
retalho que se forma entre elas.
No exemplo da figura abaixo tem-se o aproveitamento dos punções marcadores de passo
como cortadores de retalho lateral. Para o destacamento das peças utilizou-se um jogo de facas
paralelas. Neste caso não houve formação de retalhos entre as peças.
Como dissemos anteriormente, nem sempre se utiliza sistematicamente corte de retalho. É o
caso de se rebobinar a lâmina cortada. Este método de alimentação com material bobinado
subentende que se deseje alta produção, e que o material e a sua espessura conferem a lâmina uma
certa flexibilidade que permita o desenrolamento da bobina e o bobinamento do retalho obtido com
certa facilidade.
Neste caso, geralmente, as peças produzidas são de pequena dimensão. A alta produção nos
obrigaria a colocar um alimentador automático na prensa. A bobina, a fim de se tornar plana, nos
obrigaria a utilizar uma estreitadora de chapas. O esquema de conjunto seria então indicado pela
figura abaixo (esquema de um conjunto utilizado em alta produção).
Quando a espessura, a largura e o material da lâmina, forem tais que um bobinamento se torne
incomodo, passa-se a utilizar, ainda que com produção elevada, um sistema de tiras obtidas numa
tesoura guilhotina.
Obs: É usado apenas um alimentador . A opção C1 é utilizada quando a fita é extremamente fina ou quando
se deseja manter a integridade da fita de retalho para uso posterior. Apenas neste caso é utilizado o
bobinador “E”.Caso não seja usado o retalho podemos “pica-lo” através de uma pequena guilhotina, para
facilitar o descarte como sucata.
No segundo caso a solução mais indicada seria cortar o retalho em secções curtas. O terceiro caso
impossibilita alternativa a não ser armazenar as pontas e sobras em containeres.
Vem desta maneira que os estampos deverão ser providos, em alguns casos de elementos que
possibilitam o corte da lâmina em pequenos retalhos, com finalidade de facilitar o transporte e o
armazenamento. Tais elementos recebem uma construção típica conforme o tipo de peça com que
esteja lidando.
Para melhorar a produção é necessário que a prensa seja alimentada com continuidade e a
chapa colocada em disposição correta. Para isto, existem dispositivos simples e complexos,com
funcionamento manual ou automático. Eles limitam o avanço da fita a cada golpe da prensa.
Limitadores centralizadores
Avanços Automáticos
São dispositivos mecânicos ou pneumáticos que funcionam com movimentos sincronizados com
as prensas utilizadas para estampar.
– Placas de choque
Para impedir que a punção penetre no cabeçote, coloca-se entre a cabeça do punção e o
cabeçote do estampo, uma placa de aço temperado com espessura máxima de 5 mm a 8mm. Outra
função é a distribuição da pressão da punção.
O Material é normalmente utilizado o aço SAE 1045 e levando um tratamento térmico não
obrigatório de HRC 45-48, não havendo necessidade de maior dureza para não torná-la quebradiça.
Podemos usar também uma única placa com o mesmo dimensionamento (largura e
comprimento) do porta punção, por haver um menor tempo de usinabilidade e/ou por motivos de
punções com geometrias mais complexas, para isso chamamos de placa de choque inteiriça.
Dimensionamento:
Pt = Fc Apc = Fc
Acp Pe
Onde:
- Punções
Em geral se o diâmetro da punção for bem superior à espessura da chapa, não há necessidade de se
fazer a verificação da resistência de compressão.
Para diâmetros próximos a espessura da chapa pode-se utilizar a seguinte regra prática:
Verificação 2: Flambagem
Alguns Valores de J
π !
"!
#$
#$
Porta-punção
( +
As réguas de guia ou guias laterais do produto tem como objetivo guiar convenientemente a
tira do produto dentro do estampo, sendo montadas numa distância entre si igual à largura da tira
mais um mínimo de folga que possibilite um deslizamento regular da tira que geralmente é cerca de
20% da espessura da chapa.
O material das réguas poderá ser SAE 1045 ou VND, sendo aconselhável o tratamento
térmico para HRC 45-48.
O dimensionamento das réguas de guia far-se-á de acordo com o que se deseja, por exemplo,
para a largura da régua dever-se-á levar em consideração o diâmetro da cabeça do parafuso de
fixação, sendo que esta largura deverá ter no mínimo 2,5 vezes este diâmetro já referido, e quando
tiver encosto móvel é determinada conforme o apoio deste.
O comprimento também deverá ser calculado segundo o bom senso, pois a régua deverá se
suficientemente comprida para guiar a tira. Recomendam-se guias com comprimento 2 vezes
superior à largura da tira. Esse dimensionamento seria a partir do punção até à parte da entrada da
tira.
A espessura da régua de guia é uma das partes mais delicadas deste elemento, porque
devemos considerar que, em um estampo fechado o intervalo existente entre a guia do punção e a
matriz deve ser considerado para espessura acima de 0,5 mm e que este intervalo será duas vezes a
espessura mínima da chapa menos 0,2 a 0,3, isto para evitar que possam entrar duas peças de uma
só vez no estampo e garantir também que não haja ruptura de punção.
Esta altura obedece as seguintes dimensões:
p/
p/
Em geral:
p/
p/
p/
p/
p/
p/
e = espessura da chapa
a = largura da tira
Caso esta régua seja temperada e acima de 400 mm de comprimento, é conveniente dividi-la
em segmentos para evitar empenamentos durante tratamento térmico.
Apoio da tira
É uma simples placa fabricada em material comum SAE 1010, fixada com parafuso não
sendo necessário colocar pinos. Quanto a usinagem, pode ser feita somente do lado em que a tira do
produto seja apoiada.
Geralmente tem largura igual ao somatório entre os elementos, régua guia e a largura do
produto. A espessura em geral é igual a 8 mm. O comprimento é determinado pelas réguas de guia.
Em estampos cujo produto tem espessura fina aplicamos um tipo de apoio formando um
túnel, que seria o apoio normal, e uma placa montada na parte superior, dando o intervalo nesta
montagem de 2 espessuras mínimas do produto.
A distância da placa guia á matriz, ou seja, o intervalo (i), depende da espessura da peça e da
régua guia como antes já foi observado.
Quando cortamos uma peça e não a retalhamos, com o decorrer das operações de corte o
retalho tende a enrolar, e para evitar isso venha a interferir no andamento do retalho, aliviamos
conforme o indicado.
O guia do punção pode ser simplificado utilizando enxertos, quando se tem punções com
perfil complexo ou quando se deseja reduzir a área que irá tocar a peça, deixando a parte mais
trabalhosa em usinagem para o enxerto.
A placa guia normalmente é fixa com o conjunto inferior do estampo e tem a utilidade
também de extrair o punção de dentro do furo cortado na operação. Temos também placas iguais á
placa guia, somente que são móveis e as denominaremos de sujeitadores prensa-chapas ou ainda de
extratores móveis, sendo que escolhemos a denominação conforme a função do elemento.
Para se calcular as molas, devemos conhecer a força de extração. Esta força é aquela que
tem o objetivo de extrair o punção de dentro do furo cortado, pois, quando furamos uma
determinada peça o furo pode prender o punção.
Para o entendimento, a extração é determinada com os pontos em que se dará interferência
na extração.
Então consideremos a força de extração (Fe):
Para cálculo do curso de trabalho desta, devemos considerar a “Fe” no ponto exato, onde
temos o ponto máximo de penetração do punção na matriz “c” que, geralmente, deixamos com
1mm. Também encontramos o ponto máximo de penetração do punção no extrator “b” que também
costumamos deixar 1 mm e finalizando temos o ponto onde a força de extração atinge o máximo
“a”, neste ponto, as molas devem ter força maior ou igual à força de extração.
Portanto, o curso de trabalho “f” das molas será a soma dos respectivos pontos, sendo que
no lugar de “a” acrescentamos a espessura da chapa, assim:
A mola ainda deve ser pressionada de 0,5 a 1 mm para que já inicie com uma pré-
compressão. Os cálculos devem ser verificados rigorosamente se as molas atingem o curso de
trabalho “f” mais a pré-compressão, assim como devem ser observados com o mesmo rigor, se no
ponto “a” tiverem força suficiente para extrair a peça.
Para determinarmos a capacidade da prensa devemos somar a “Fc” a todas as cargas das
molas quando estão totalmente comprimidas e, no final desta somatória, acrescentamos um
coeficiente de segurança de 10 a 30%, dependendo da máquina.
Por outro lado, podemos adquirir as molas no mercado, pois os fabricantes normalmente nos
informam todas as referências, tais como Ø do arame, Ø da mola, carga que pode suportar, curso,
etc., tendo disponível no mercado uma enorme série para ser escolhida de acordo com a situação.
Para efeito de conhecimento, temos a seguir as formulas para os cálculos das molas.
Onde:
Logo
I - Matrizes
Matrizes e punções constituem os elementos fundamentais das ferramentas. Na matriz está
recortado o formato negativo da peça a ser produzida. A matriz é fixada rigidamente sobre a base
inferida com parafusos, porta matriz ou outro meio, sempre de modo a formar um conjunto bem
sólido.
A matriz deverá ser confeccionada com material de alta qualidade e com acabamento finíssimo.
Características principais das matrizes de corte são:
T = espessura do talão
E = Espessura do material
Espessura retirada numa afiação (média) = 0,15 mm
Expectativa de peças produzidas entre afiações = 30000 a 40000 peças
A força de punção se distribui ao longo dos gumes de corte da matriz, de forma tal que se
esta não tiver espessura suficiente, acabará não resistindo aos esforços.
Espessura da Matriz:
F E
ton cm
kgf mm
F (ton) 10 15 20 30 50 90 120
C (mm) 9 - 10 12 - 13 14 - 15 17 - 18 21 - 23 29 - 30 34 - 35
2 a 3 . em OBS: Para matrizes inteiriças
Y (mm) ou encaixadas podemos
Z (mm) . e (e = espessura da chapa em mm) tomar 0,8 . em
Valores de :
Características:
1. Elevada resistência mecânica
2. Dureza elevada após tratamento térmico.
3. Resistência ao desgaste.
4. Resistência ao choque.
5. Boa temperatura e usinabilidade.
6. Indeformabilidade durante o tratamento térmico.
Tratamento térmico
Para o tratamento térmico dos punções e matrizes deve-se consultar o catálogo do fabricante. A
dureza dos punções deve ser a princípio na faixa de 56 a 62 HRC após o revenimento.
Colunas
5- EQUIPAMENTOS
- Fatec - So - Tecnologia de estampagem -
- 61 -
5.1 - Prensas
No trabalho dos metais em chapas, as máquinas usadas são denominadas “PRENSAS”.
A classificação destas máquinas é feita observando o funcionamento e os movimentos.
Em 1º lugar se distinguem:
- Prensas Mecânicas;
- Prensas Hidráulicas.
Em cada um destas categorias, os movimentos de que são dotadas essas prensas permitem
diferenciá-las em:
1- Prensas de simples ação, ou seja, com um só movimento (mais usual);
2- Prensas de dupla ação, ou seja, com dois movimentos;
3- Prensas de tripla ação.
Citaremos somente a de simples ação.
Para definir uma prensa devem ser indicadas as características que se seguem:
- tipo;
- força máxima em toneladas e trabalho;
- percursos;
- distância entre mesa e cabeçote;
- potência do motor;
- dimensões externas.
Ademais, o fabricante deve definir sempre as dimensões das fundações previstas para
instalação da máquina.
Prensas Mecânicas: Para prensas de pequena e média potência, pode ser executado em
ferro fundido, aço fundido ou em chapas de aço soldadas. Esta armação aberta por três lados,
permite a passagem lateral da fita. Possuem mancais na parte superior, guias verticais e uma
mesa para fixação das ferramentas. Os principais tipos são: balancim, fricção, excêntrica,
virabrequim, rótula.
Prensas Hidráulicas: estas se diferenciam somente das precedentes pelo comando do
cabeçote. São de uma ou várias colunas e a armação é de ferro fundido ou de chapas de aço
- Fatec - So - Tecnologia de estampagem -
- 62 -
soldadas. A vantagem destas prensas reside na facilidade existente para se regular a pressão do
óleo, o que permite utilizar somente a força necessária e que esta seja controlada.
Para se escolher uma prensa para uma determinada operação, devemos conhecer as
características das prensas de que dispõe. Para um trabalho a se realizar devem ser
determinados:
Estas especificações vão tomar a escolha mais fácil. A primeira permite que se determine a
força exigida da prensa. A segunda fixa a escolha entre uma prensa de comando direto ou com
aparelhos. A terceira permite assegurar a possibilidade de montagem das ferramentas.
Para a escolha de uma prensa, deve-se evidentemente ter em conta o tipo de trabalho a ser
executado.
Os trabalhos de corte podem ser realizados em todos os tipos de prensas de simples efeito.
As dobras deverão ser efetuadas em prensas excêntricas, prensas de fricção, ou em prensas
especiais para dobrar.
A escolha é mais delicada para trabalhos de embutição. As prensas de duplo efeito, com
mesa móvel, deverão ser utilizadas para trabalhos embutição cilíndrica profunda em chapas
finas.
As prensas hidráulicas permitem grandes pressões a grandes profundidades.
As prensas de simples efeito, providas de almofada pneumática, podem ser utilizadas como
prensas de embutir. Estas prensas permitem exercer grandes pressões de deformação e maior
produção.
C - Dispositivos de Proteção
As prensas são máquinas perigosas para as mãos dos operadores, por esta razão são empregados
diversos dispositivos para que se aumente a segurança, no trabalho.
Uma das mais simples é que se obrigue a utilizar as duas mãos para o comando, o que evita que
o operário deixe uma das mãos debaixo do cabeçote (bi-manual).
Nas grandes prensas, manejadas por vários operadores, dispositivos elétricos no comando
obrigam-lhes a utilizar as mãos na manobra.
Algumas prensas têm uma pantalha protetora, a qual deve ser descida, a fim de acionar a
máquina. Este movimento força o operário a retirar as mãos da zona perigosa.
5.6 - Dobradeira
,
Características técnicas
• Expansão do diâmetro manualmente acionada
• Suportes laterais para sustentação e guiamento do material
• Freio de inércia para controle do desbobinamento (modelo sem motorização)
• Acionamento por motorredutor (modelo com acionamento)
• Velocidade variável por inversor de freqüência
• Seletor para reversão do sentido de rotação
• Sensor eletrônico para controle de laço - “looping” (modelo com acionamento)
Acessórios opcionais
• Braço pneumático com rolo pressor
• Freio de inércia de atuação pneumática
• Controlador de laço por ultrasom ou sensores fotoelétricos
• Expansão hidráulica do mandril
• Carro transportador / elevador de bobinas
• Telas de proteção conforme PPRPS
• Rolos cônicos para guiamento lateral do material
Características técnicas
• Rolos puxadores para tracionamento do material
• Regulagem da pressão dos rolos tracionadores por molas
• Número de rolos endireitadores: (05) cinco ou (07) sete
• Ajuste individual da posição dos rolos endireitadores superiores
• Comando por inversor de freqüência
• Sensor eletrônico para controle do laço (“looping”)
• Seletor no painel para modo de operação “Automática / Manual”
• Guia fita na entrada / cesto de rolos na saída do material
Acessórios opcionais
• Abertura manual ou hidráulica do cabeçote endireitador (introdução da ponta)
• Controlador de laço por ultrasom ou sensores fotoelétricos
• Abertura pneumática para os rolos tracionadores
• Mesa articulada para introdução da ponta da bobina
• Rolo pré-endireitador para preparação
Anexo I
Aços ferramentas - Trabalho a quente
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Aços ferramenta - Trabalho a frio
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Aços rápidos
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Apêndice I
1. Estudo da Fita
1.1. Definir a posição ideal da peça na fita, com no mínimo:
2 estudos com inversão de corte e 2 sem inversão
1.2. Calcular o número de peças por chapa padronizada
1.3. Calcular a porcentagem de utilização da chapa (considerar o limitador de avanço)
1.3.1. Considerar peça real (com furos)
1.3.2. Considerar a peça bruta (desconsiderar furos)
3. Dimensionamento da Matriz
3.1. Calcular a folga entre punção e matriz
3.2. Efetuar o estudo da parede entre furos
3.3. Calcular a espessura do talão
3.4. Determinar a espessura, comprimento e largura da matriz
3.5. Determinar a vida útil de cada matriz
5. Espiga
5.1. Calcular o centro de gravidade do perímetro de corte
5.2. Sugerir tipo da espiga
5.3. Indicar a prensa adequada (fator segurança entre 10 e 20%)
P a r t e 2. D e s e n h o s
1. Apresentar uma pasta com desenhos em tamanho máximo A1
2. Fazer o desenho do conjunto (montagem) em 3 vistas se necessário
3. Fazer o detalhamento de todos os itens do ferramental
4. Punções e Matrizes deverão ter todas as especificações para fabricação. Considerar que esses elementos
operam em conjunto
5. Todos os elementos deverão apresentar: tolerâncias e acabamentos
Apêndice II
8 - Componentes Fundamentais de um Estampo
4. Pino de Guia
Sua função é fixar componentes do estampo que podem ter movimentos horizontais.
Material: Aço prata.
6. Régua de Guia
Sua função é guiar a tira durante o processo de estampagem.
Material: Aço SAE 1045 – não havendo obrigatoriedade de tratamento térmico com HRC 45-
48.
Para fitas de aço-mola ou de dureza elevada ou alimentação de alta velocidade, usar insertos
de metal-duro nas guias.
7. Chapa de Apoio
Sua função é apoiar a tira antes de entrar no estampo.
Material: SAE 1020.
Peça 1