Aula - 1 Introdução À Industria Do Petróleo

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INTRODUÇÃO À

INDUSTRIA DO
PETRÓLEO

INTRODUÇÃO À INDUSTRIA DO PETRÓLEO


OPERADOR DE SONDA NOTURNO - 83107
INSTRUTOR: HEBERT PENELUC
AULA 1 - PETRÓLEO
INTRODUÇÃO À INDUSTRIA DO PETRÓLEO

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OPERADOR DE SONDA NOTURNO - 83107
INSTRUTOR: HEBERT PENELUC
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1.1 Petróleo

Definição: Petróleo (do Latim, Petrus = pedra, Oleum = óleo) pode ser definido como
uma mistura complexa de hidrocarbonetos que se encontra na natureza preenchendo
os vazios das rochas porosas, cavernosas ou fendilhadas. Tal mistura pode se
apresentar no estado sólido, líquido ou gasoso, dependendo da sua composição da
pressão e temperatura sob as quais esteja confinada.
Hidrocarbonetos: A parte da Química Geral que estuda os hidrocarbonetos é
denominada de “Química Orgânica”, esses compostos são geralmente encontrados
nos organismos vivos. Os hidrocarbonetos (carbono + hidrogênio), constituintes da
mistura complexa denominada Petróleo.

1.1.1 Histórico

A história do petróleo no mundo abrange três fases distintas:


Fase Pré comercial, Fase Comercial e Fase Industrial.

1.1.2 Fase Pré Comercial

O Antigo Testamento faz referências ao emprego do uso do betume como está escrito:
Livro do Gênese capítulo 6º, versículo 14: “Então Deus disse a Noé: Constrói uma arca
de madeiras resinosas. Dividi-la-ás em compartimentos e calafetá-la-ás com betume
por fora e por dentro”. O petróleo era conhecido mesmo antes de Cristo. No EGITO,
escavações arqueológicas revelaram que as múmias eram envoltas em material
semelhante ao linho embebido em asfalto e, em seguida, revestidas de betume.
No JAPÃO, 600 anos A.C., o imperador TEUCHI recebia presentes de “terras
inflamáveis” e asfaltos. Na BAVÁRIA, em 1400 D.C., existia um produto medicinal
chamado “óleo de São Quirino” que era petróleo.

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Nos ESTADOS UNIDOS, desde 1600, o petróleo era conhecido dos índios que dele
faziam uso para curar mazelas, pintarem os corpos e queimar chamas em
homenagem aos deuses.

1.1.3 Fase Comercial

Tem início a partir de 1700 com o processo de mineração usado na obtenção. Isto
ocorreu na Alsácia, em Burma, na Rússia, onde era vendido para fins medicinais. Nos
Estados Unidos, até 1859 todos os poços obtidos foram perfurados acidentalmente,
pois eram feitas explorações para sal, surgiram então novas perfurações que foram
aumentando e também subindo a produção diária. As velas de cera, as lâmpadas de
óleo de baleia, a iluminação a vapor de carvão e gás pobre, foram substituídas por
lâmpadas alimentadas pelo petróleo, mais barato e de maior luminosidade chamado
“Kerosene”. Era a nova chama da civilização segundo Hager.

As perfurações se desenvolveram nos EE.UU. com o feito de Drake. O mesmo


aconteceu na Rússia, Japão, Alemanha, Romênia, etc.

1.1.4 Fase Industrial

Teve início depois de janeiro de 1901, quando no campo “Spindle Top”, Beaumont,
Texas, um poço jorrou descontrolado (“blow out”) durante nove dias com uma média
diária de vários barris, atingindo o jato a uma altura duas vezes maior que a torre usada
na perfuração do poço. Com essa descoberta, o petróleo que vinha sendo usado na
iluminação e lubrificação passou a ser industrializado, surgindo a “era dos
combustíveis líquidos”. Várias companhias se desenvolveram e os processos de
perfuração rotativa tiveram um grande incremento.

No Brasil, o interesse pela exploração de minerais oleiferos-minerais que contêm óleo


teve início em 1858, quando José Barros Pimentel obteve uma concessão para
explorar carvão mineral e xisto betuminoso para fabricar gás de iluminação, as
margens do Rio Maraú, na Bahia. A primeira referência ao petróleo ocorreu em 1864,
quando o cidadão inglês Thomas Denny Sargent obteve do governo imperial, uma
concessão para extrair turfa, petróleo e outros minerais em Ilhéus e Camamu, também
na Bahia. A primeira sondagem profunda com esse objetivo realizou-se na localidade
de Bofete SP, entre 1892 e 1896. Eugênio Ferreira Camargo, perfurou um poço de
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488m de profundidade do poço de Bofete foram extraídos dois barris de petróleo e
dele jorra, até hoje, água sulfurosa (água mineral).

A PETROBRÁS foi criada pela lei 2004 de 03/10/53,embora somente em agosto de


1954 tenha tomado a frente dos trabalhos.

1.1.5 Origem do Petróleo

Ainda é assunto de muita controvérsia científica a maneira pela qual o petróleo se


formou na natureza. Muitas teorias já foram estabelecidas por evidências de campo ou
de laboratório continuam em desacordo as autoridades do assunto.

O tipo de hidrocarboneto gerado, óleo ou gás, é determinado pela constituição da


matéria orgânica original e pela intensidade do processo térmico atuante sobre ela. A
matéria orgânica proveniente do fitoplâncton, quando submetida a condições térmicas
adequadas, pode gerar hidrocarboneto líquido. O processo atuante sobre a matéria
orgânica vegetal lenhosa poderá ter como conseqüência a geração de hidrocarboneto
gasoso.

Admitindo um ambiente apropriado, após a incorporação da matéria orgânica ao


sedimento, dá-se aumento de carga sedimentar e de temperatura, começando, então,
a delinear o processo que passa pelos seguintes estágios evolutivos ou transformação
termoquímica da matéria orgânica e a geração do petróleo:

DIAGÊNESE – Está na faixa de temperaturas mais baixas, até 65º C, predomina a


atividade bacteriana que provoca a reorganização celular e transforma a matéria
orgânica em querogênio. O produto gerado é o metano bioquímico ou biogênio.

CATAGÊNESE – É o incremento de temperatura, até 165º C, é determinante da


quebra das moléculas de querogênio e resulta na geração de hidrocarbonetos líquidos
e gasosos.

METAGÊNESE – É a continuação do processo, avançado até 210º C, propicia a quebra


das moléculas de hidrocarbonetos líquidos e sua transformação em gás leve.

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METAMORFISMO – Ultrapassando essas fases, a continuação do incremento de
temperatura leva à degradação do hidrocarboneto gerado, deixando como
remanescente grafite, gás carbônico e algum resíduo de gás metano.

1.1.6 Migração e Trapas do Petróleo


Com a acumulação do petróleo no subsolo o mesmo tende a subir para a superfície
devido a baixa densidade e do peso dos sedimentos sobre o mesmo. Após o processo
de geração é necessário que a migração tenha seu caminho interrompido por algum
tipo de armadilha geológica ou trapa. A movimentação do petróleo de uma rocha para
outra é chamada de migração primária e entre dois reservatórios de migração
secundária.
Depois de formado pela ação da natureza, o petróleo não se acumula na rocha em que
foi gerado – rocha matriz. Ele migra através dos poros das rochas sedimentares, levado
pelas pressões do subsolo, até encontrar uma rocha porosa, que seja arqueada ou
abobadada e cercada, por cima e pelos lados, de rochas impermeáveis, que o
aprisione formando a jazida. Encontrando esta armadilha, o petróleo está nas
condições ideais de vir a ser extraído quando o homem o encontrar.

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1.1.7 Rocha Reservatório ou Jazida
É a própria rocha sedimentar, geralmente calcário ou arenito, onde o petróleo ocupa
os poros, como uma esponja de borracha embebida em água. Jamais vamos encontrar
o petróleo formando lagos subterrâneos, como muita gente pensa. Na jazida, encontra-
se em geral gás natural – que ocupa as partes mais altas – petróleo e água salgada.

1.1.8 Exploração do Petróleo

Compreende três fases: Prospecção, Perfuração e Avaliação.

PROSPECÇÃO: A moderna exploração do petróleo utiliza grande conjunto de métodos


de investigação na procura das áreas onde essas condições básicas possam existir. A
geologia de superfície analisa as características das rochas na superfície e pode ajudar
a prever o seu comportamento a grandes profundidades. Os métodos geofísicos
tentam, através de sofisticados instrumentos, fazer uma radiografia do subsolo, que
traz valiosos dados, e permitem a escolha das melhores situações para a existência de
um campo petrolífero, tais como:

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1) AEROFOTOGRAMETRIA:
São câmaras fotográficas especiais montadas sob as asas do avião que registram os
afloramen os de camadas rochosas subterrâneas indicando sua direção, inclinação e
natureza.

2) SISMOGRAFIA:
Mede a velocidade e intensidade das ondas de choque que atravessam (refração) ou
se refletem (reflexão) nas diferentes camadas de rochas, em diversas profundidades.
Estas ondas de choque são provocadas por explosão na superfície e captadas por
instrumentos como o geofone e o sismógrafo.

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3) GRAVIMETRIA:
Determina as mínimas diferenças de intensidade e de direção que as rochas – de
diferentes densidades – causam no campo gravitacional da terra, em um ponto
determinado de superfície. O aparelho utilizado é o gravimetro, semelhante ao
dinamômetro, empregado para medir forças.

4) MAGNETOMETRIA:
Baseia-se nas variações locais do magnetismo terrestre. Essas variações são causadas
pela maior ou menor presença de magnetita (minério de ferro) nos diferentes tipos de
rocha.

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5) ELETRORESTIVIDADE:
Estuda as alterações que correntes elétricas produzidas na superfície sofrem, devido
as modificações na geologia do subsolo.

6) SATÉLITE:

Meio mais avançado, efetuado por meio de tecnologia.

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PERFURAÇÃO:
Depois de concluídos os estudos que caracterizam a fase de prospecção, inicia-se a
perfuração de um poço pioneiro. É a única maneira de se ter a certeza da existência
do petróleo. Se a perfuração for positiva, fazem-se estudos de avaliação e de
viabilidade econômica da exploração, em caso negativo, ela contribui com novos
dados para outras perfurações.

AVALIAÇÃO:
Encontrar petróleo não é o suficiente. É preciso saber se é uma jazida comercial ou se
apenas indícios de petróleo. Começam então os testes de avaliação da descoberta
que incluem análises de amostras das rochas, perfis elétricos e testes de formação e
produção.

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