Orientações Didático Metodológicas e Adequação Curricular
Orientações Didático Metodológicas e Adequação Curricular
Orientações Didático Metodológicas e Adequação Curricular
1. APRESENTAÇÃO
Com vistas a garantir a efetividade da proposta de Correção
de Fluxo e o respeito às suas especificidades, serão
apresentadas neste documento, orientações didático
metodológicas para direcionar o trabalho desenvolvido
nessas turmas. São diretrizes que versam sobre um conjunto
de temas relacionados à organização do trabalho pedagógico.
Essas orientações têm como objetivo que o trabalho nas turmas de Correção de Fluxo
seja desenvolvido, como um processo educacional que explore possibilidades de
desenvolvimento de atividades e estratégias diferenciadas, considerando os aspectos
socioemocionais dos estudantes.
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2. CONTEXTUALIZAÇÃO
A distorção idade/ano de escolaridade é uma realidade
presente nas escolas públicas do país e, não se trata de um
processo isolado, mas de um conjunto de fatores que refletem
nos resultados e na trajetória do estudante. Dentre esses
fatores podemos destacar o ingresso tardio na escola, o
abandono escolar e a reprovação que podem constituir um obstáculo para a formação da
cidadania e do desenvolvimento humano, acarretando prejuízos como evasão escolar,
impacto na autoestima e nas condições socioculturais e econômicas, entre outros.
Com o intuito de enfrentar tais defasagens e promover uma educação pública inclusiva,
tornou-se necessário pensar em estratégias que visem à correção do fluxo escolar por
meio de atendimento diferenciado, na forma de aceleração da aprendizagem, para que o
estudante tenha a oportunidade de desenvolver as competências e habilidades básicas
necessárias e, para que no ano seguinte, possa ser inserido nas turmas regulares.
Devido às especificidades do atendimento educacional aos adolescentes em
cumprimento de medida socioeducativa de internação, o estudante enquanto
matriculado nas escolas que funcionam em unidades socioeducativas, seguem em
turmas de Correção de Fluxo do Ensino Fundamental e/ou são inseridos em turmas
regulares do Ensino Médio.
3. PROPOSTA PEDAGÓGICA
Ao organizar o currículo que se estabelece em sala de
aula para atender o estudante em situação de distorção
idade/ano de escolaridade, os profissionais envolvidos
devem considerar pontos que potencializam o
desenvolvimento de um trabalho mais eficaz, como por
exemplo, a valorização dos saberes construídos por
esse estudante em outros espaços, articulação de tais conhecimentos prévios às
situações de ensino, a reorganização dos tempos de estudo e tempos de aprendizagem
e a exploração de múltiplas oportunidades por meio de variadas práticas de ensino.
Cabe aos profissionais que irão atuar nas turmas de Correção de Fluxo, com o apoio da
gestão e da coordenação pedagógica, pensar em ações que estimulem o engajamento
do estudante em seu próprio processo de aprendizagem e desenvolvimento,
possibilitando o exercício da autonomia, questão esta que favorece a autoestima e o
protagonismo.
4. ADEQUAÇÃO CURRICULAR
O Currículo Referência de Minas Gerais – CRMG contempla todas
as competências e habilidades definidas para o desenvolvimento
das aprendizagens essenciais que todo estudante deve adquirir
ao longo de sua trajetória pela Educação Básica no Estado.
Esse mapeamento não foi “corte proporcional das habilidades em relação ao tempo”,
portanto, a escolha de habilidades não foi aleatória. A priorização ocorreu seguindo os
critérios de relevância, pertinência, integração e viabilidade.
Dessa forma, para continuidade do ano letivo com o menor prejuízo possível no
aprendizado dos estudantes, foram selecionadas habilidades que contemplem as
aprendizagens focais para cada Componente Curricular e para cada Área de
Conhecimento; sua relevância para os dias atuais; as possibilidades interdisciplinares; a
progressão entre as habilidades dos anos anteriores, o próprio ano e para os anos
seguintes; e, que influenciam fortemente o desenvolvimento das Competências Gerais,
de área e/ou específicas.
Veja a seguir as Matrizes Curriculares - Correção Fluxo com sugestões para a prática
elaboradas para o Ensino Fundamental:
Áreas do Componentes
Pressupostos/Finalidade
Conhecimento Curriculares
Quadro elaborado a partir da Base Nacional Comum Curricular- BNCC e do Currículo Referência de Minas Gerais.
Áreas do Componentes
Pressupostos/Finalidade
Conhecimento Curriculares
Quadro elaborado a partir da Base Nacional Comum Curricular- BNCC e do Currículo Referência de Minas Gerais.
Áreas do Componentes
Pressupostos/Finalidade
Conhecimento Curriculares
Quadro elaborado a partir dos Componentes da Matriz Curricular Correção de Fluxo do Ensino Médio - Resolução SEE
Nº 4.657/2021, Base Nacional Comum Curricular - BNCC, Currículo Referência de Minas Gerais - CRMG e Fundação
Roberto Marinho.
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Serão apresentados conhecimentos que podem ser explorados pelo professor para
refletir e aperfeiçoar práticas já adotadas e orientar novas práticas relacionadas ao
tema. Partimos da premissa de que professores que refletem suas próprias ações no
intuito de identificar causas dos sucessos e insucessos de sua atuação, melhoram seu
desempenho junto aos estudantes.
Relacionamento Interpessoal
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Disciplina
Primeiras aulas
Ciclo do encaminhamento
Outra questão a ser pensada no trabalho com o conhecimento é o ritmo que será
estabelecido. O professor deve levar em consideração as diferenças existentes entre os
grupos de níveis socioeconômicos ou culturais diferentes e considerar cada vivência.
7. RECURSOS PEDAGÓGICOS
Os Recursos Pedagógicos que servirão de subsídio para o
professor no desenvolvimento de suas práxis serão os livros
didáticos utilizados na escola, as teleaulas gravadas e exibidas
na Rede Minas e os Planos de Estudos Tutorados -
PET considerando neles, os tópicos, textos e atividades
contemplados na proposta das Matrizes Curriculares que foram desenvolvidas pela
Fundação Roberto Marinho em parceria com o Instituto Reúna e que estão de acordo com
as competências e habilidades do Currículo Referência de Minas Gerais – CRMG e a Base
Nacional Comum Curricular - BNCC para o Ensino Médio.
utilizados além da sala de aula, outros espaços como biblioteca, laboratórios, salas
multimídias e/ou auditórios, quadras esportivas e pátios.
8. AVALIAÇÃO
A avaliação no contexto da Correção de Fluxo assume um papel
relevante no processo de ensino e aprendizagem. Historicamente
esteve ligada a uma concepção de educação centrada nos
procedimentos técnicos e na análise quantitativa dos resultados,
tendo frequentemente uma avaliação relacionada a um processo
classificatório. Em uma concepção de educação centrada no estudante, a avaliação será
parte de um processo que envolve o ensino e a aprendizagem.
Dito isto, verifica-se que a avaliação assume diferentes abordagens dado o momento de
trabalho e a situação de aprendizagem vivenciada, dentre elas destacamos
a diagnóstica e formativa.
A função formativa da avaliação sinaliza tanto para o professor quanto para o estudante
quais as habilidades consolidadas e quais as dificuldades encontradas ao longo do
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9. FORMAÇÃO PEDAGÓGICA
10. CONCLUSÃO
Os estudantes que irão compor as turmas de Correção de Fluxo estão diante de uma
proposta que tem potencial para proporcionar uma trajetória escolar de melhorias e
consequentemente, mais oportunidades para o exercício da cidadania. Para o alcance
desses resultados, destacamos o impacto significativo da prática pedagógica adotada
nessas turmas.
Para efetividade do trabalho desenvolvido junto aos estudantes, vale ressaltar que o
professor é figura central no desenvolvimento do processo educacional. Portanto, os
saberes construídos em sua trajetória são de fundamental relevância nesse percurso e
devem ser agregados às estratégias aqui apresentadas, contribuindo para a proposição
de ações pedagógicas apropriadas e superação dos desafios.
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12. REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.
Disponível em :
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Acesso em 06 set. 2020.
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