Relatorio - TL4

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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDALNE

FACULDADE DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA

ENGENHARIA ELÉCTRICA – LABORAL

Disciplina de Teoria de Circuitos

Trabalho Laboratorial N° 4

DETERMINAÇÃO EXPERIMENTAL DA INDUÇÃO


MÚTUA

Discente: Docentes:
Machocoro, Geronimo Fernando Andela Prof. Doutor Zacarias Chilengue
Eng°. José Manuel Chissico

Maputo, Junho de 2022


Índice
1. Introdução .............................................................................................................................. 1

2. Objectivos .............................................................................................................................. 1

3. Material utlizdados................................................................................................................. 1

4. Resumo teórico ...................................................................................................................... 2

4.1 Conceitos básicos ................................................................................................................ 2

4.2. Indutâncias mútuas em série e em conjunção ..................................................................... 2

4.3. Indutâncias mútuas em série e em oposição ....................................................................... 3

5. Primeiro método..................................................................................................................... 3

6. Segundo método..................................................................................................................... 6

7. Conclusão............................................................................................................................... 7

8. Referências bibliográficas ...................................................................................................... 8


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1. Introdução

A indutância mútua é o efeito causado quando dois enrolamentos, montados sobre o mesmo
núcleo, normalmente ferromagnético, tem seu núcleo atravessado por um fluxo magnético em
função da corrente de entrada na solenóide (indutor), induzindo assim uma força eletromotriz
no outro circuito. Segundo a lei de Faraday, a força induzida é proporcional à taxa de variação
no fluxo magnético que o atravessa. Como o fluxo é proporcional a corrente em um dos
circuitos, por conseguinte, a força eletromotriz deve ser proporcional à variação da corrente
também. Portanto, pode-se estabelecer a seguinte relação:

𝑑𝑖
𝜀 = −𝑀
𝑑𝑡

Sendo:

ε = Força eletromotriz

M = Indutância mútua (O sinal negativo deve-se a lei de Lenz), o valor de M depende da


geometria e do material empregado no circuito.

2. Objectivos

2.1. Objectivo geral

 Verificar na prática a teoria estabelecida para circuitos eléctricos acoplados


magneticamente.

2.2. Objectivos específicos

 Aprofundar os conhecimentos teóricos do comportamento de circuitos


electromagnéticos.
 Tomar conhecimento dos métodos de determinação experimentar da indução mútua.

3. Materiais utilizados

 1 Fonte de tensão sinusoidal.


 2 Bobinas (preferivelmente com núcleo ferromagnético) de 1000 espiras cada.
 3 Multímetros.
 1 Wattímetro.
 Rad de 100Ω.
2

 Fios de Ligação.

4. Resumo teórico

4.1 Conceitos básicos

Se um circuito contém uma indutância mútua (isto é, enrolamentos magneticamente


acoplados), o fluxo originado por um, abraça o outro, e regista-se uma f.e.m., de indução
mútua em cada enrolamento que deve ser levada em conta.

As bobinas em a) estão de tal modo acopuladas que os seus fluxos somam-se e em b) as


bobinas estão acopuladas de modo que os seus fluxos estão a contrariar-se um ao outro. O
sinal asterisco (ou um ponto) indica o início das bobinas.

Se as correntes numa indutância mútua estão a dirigir-se para (ou distanciar-se de) terminais
homólogos as bobinas componentes são referidas como sendo ligadas a somar ou em

conjunção.

No caso em que as correntes se dirigem para terminais diferentes, diz-se que as bobinas
estão em oposição.

4.2. Indutâncias mútuas em série e em conjunção


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4.3. Indutâncias mútuas em série e em oposição

5. Primeiro método

Para iniciá-lo faremos duas experiências. Utilizaremos esquemas 1 e 2 nos quais duas
bobinas são ligadas em série em conjugação e em oposição. Medimos a corrente e tensão
nos terminais das bobinas e a potência activa no circuito.

Das medidas obtemos:

Xconj. = ω ( L1 + L2 + 2M )

Xops. = ω ( L1+ L2 – 2M )

A diferença:

Xconj.– Xops. = 4ωM→M = Xconj. – Xops.⁄4ω


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Fig. Esquema eléctrico da ligação das bobinas em série

Tabela. Ligação de bobinas em série

Elemento I [A] U[V] P[W]


1 0,3 62,89 2
2 0,45 104.1 6
3 0,6 145,8 13
𝑈 𝑃1
Zeq1= 𝐼1 => Cos𝜑1 = 𝑈1×𝐼1

De forma que, Xeq1 = Zeq1*Senφ1


𝑈1 29 𝑃1 0,8
Zeq1 = = = 290Ω => Cosφ1 = 𝑈1×𝐼1 = 29×0,1 = 0.2750 => φ1= 73.986º
𝐼1 0,1

Então:
Xeq1 = Zeq1* Senφ1 = 290*Sen73.986º = 290*0.961 = 278.746Ω

Fig. Esquema eléctrico da ligação das bobinas em série com terminais invertidos da
segunda bobina
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Tabela. Ligação de bobinas em série com terminais invertidos da segunda bobina

Elemento I [A] U[V] P[W]


1 0,3 80,9 0,75
2 0,45 134,4 2,5
3 0,6 186,4 5

De forma que, Xeq1 = Zeq1*Senφ1


𝑈2 14 𝑃2 0,22
Zeq2 = = = 280Ω => Cosφ2 = 𝑈2×𝐼2 = 14×0,05 = 0.3143 => φ2 = 71,68º
𝐼2 0,05

Então:
Xeq2 = Zeq1* Senφ2 = 280*Sen71,68º = 280,808Ω

Conclusão: Como Xeq1 > Xeq2 → Xeq1 está em conjunção e Xeq2 está em oposição.
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6. Segundo método

I2R2 + I2jX2 + I1 jXM = - U2

𝑈2
I2 = 0 → X M = 𝐼1 U2 /I1

XM=ωM

𝑈2
M= ω
𝐼1

Fig. 3 Esquema eléctrico da ligação das bobinas


𝑈2 𝑋2
XM = ; M = 𝜔∗𝐼1
𝐼1

Correntes I1[A] U1[V] U2[V]


I = 0,3 0,3 48,13 30,95
I = 0,45 0,45 69,5 40,39
I = 0,6 0,6 88,1 46,26

𝑈1 9
XM1 = 𝐼1 = 0,025 = 360Ω
𝑋𝑀1 360
M1 = = = 45,8599H
2𝜋𝑓𝐿1 6,28∗50∗0,025

𝑈2 16
XM2 = = = 266.67Ω
𝐼2 0,06
𝑋𝑀2 266,67
M2 = = = 14,15H
2𝜋𝑓𝐿2 6,28∗50∗0,06

𝑈3 21
XM3 = = 0,099 = 212.12Ω
𝐼3
𝑋𝑀3 212,12
M3 = = = 6,823H
2𝜋𝑓𝐿3 6,28∗50∗0,099
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7. Conclusão

Segundo as experiências feitas conclui-se o que se diz na teoria, quando se ligam circuitos
eléctricos magneticamente verifica-se na prática. Isto é, a fenómenos magnéticos que surgem
criam indução magnética. Segundo as características observadas na experiência, e feito os
cálculos conclui-se que num circuito com as bobinas ligadas em oposição, o fluxo da indução
mútua diminui e, se forem ligadas em conjunção o fluxo da indução mútua aumenta o fluxo de
indução das bobinas. A dificuldade da realizacao precisa da experiência pode ter ocorrido em
função da qualidade dos materiais ou dos instrumentos de medição, osciloscópio e múltimetro
de bancada.
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8. Referências bibliográficas
 HAYT JR, William Hart., KEMMERLY, Jack E. Análise de circuitos em engenharia.
São Paulo: McGraw-Hill, 1975. 614 p.
 NILSON, James W., RIEDEL, Susan A. Circuitos Elétricos. Rio de Janeiro:LTC, ed.
5, 2003.
 BARTKOWIAK, Robert A. Circuitos eléctricos. Makron Books, 1994, São Paulo,
Brasil.

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