Cuidados Paliativos Sob A Perspectiva Dos Profissionais Da Saude TCC

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CURSO DE ENFERMAGEM

Tatiana Paranhos

CUIDADOS PALIATIVOS SOB A PERSPECTIVA DOS PROFISSIONAIS DA


SAÚDE

Santa Cruz do Sul


2016
Tatiana Paranhos

CUIDADOS PALIATIVOS SOB A PERSPECTIVA DOS PROFISSIONAIS DA


SAÚDE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de


Enfermagem da Universidade de Santa Cruz do Sul para
obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.

Orientador: Profª. Enfª. Ms. Maristela Soares de Rezende

Santa Cruz do Sul


2016
Tatiana Paranhos

CUIDADOS PALIATIVOS SOB A PERSPECTIVA DOS PROFISSIONAIS DA


SAÚDE

Esta monografia foi submetida ao Curso de Enfermagem da


Universidade de Santa Cruz do Sul para a obtenção do título de
bacharel em Enfermagem.

Foi aprovada em sua versão final em de dezembro de 2016

Profª. Enfª. Ms. Maristela Soares de Rezende

Professora Orientadora - UNISC

Profª. Enfª. Drª. Leni Dias Weigelt


Professora examinadora - UNISC

Profª. Enfª. Drª. Suzane Beatriz Frantz Krug


Professora examinadora – UNISC

Santa Cruz do Sul


2016
SUMÁRIO

1 ARTIGO ............................................................................................................................... 4
ANEXO A – Normas para publicação na Revista Eletrônica de Enfermagem ........... 13
ANEXO B – Parecer de aprovação da pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa ... 22
APÊNDICE A – Projeto de Pesquisa ............................................................................... 25
4

1 ARTIGO

CUIDADOS PALIATIVOS SOB A PERSPECTIVA DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE

Tatiana Paranhos¹
Maristela Soares de Rezende²

¹ Acadêmica de Enfermagem. Universidade de Santa Cruz do Sul, RS, Brasil. E-mail:


[email protected].
² Enfermeira. Mestre em Desenvolvimento Regional. Professora Adjunta do
Departamento de Enfermagem e Odontologia da Universidade de Santa Cruz do Sul, RS,
Brasil. E-mail: [email protected].

RESUMO
Objetivando identificar os enfrentamentos e as estratégias dos profissionais da saúde que
assistem pacientes que necessitam de cuidados paliativos, realizou-se uma pesquisa
qualitativa exploratória, entrevistando 20 profissionais da saúde atuantes num hospital
do Estado do Rio Grande do Sul. Os dados coletados foram submetidos à Análise de
Conteúdo. Identificou-se que os principais enfrentamentos dos entrevistados são o
desconhecimento do objetivo dos cuidados paliativos e a assistência centrada na cura,
gerando sentimento de impotência. Em relação as estratégias utilizadas, os sujeitos, a
pesar de enfatizarem o cuidado humanizado, referem fragmentar o cuidado, apoiar-se na
religiosidade e fazer psicoterapia fora da instituição. Entende-se que a formação
profissional biologicista, direcionada à cura dificulta vislumbrar a amplitude dos cuidados
paliativos que exigem ações de uma equipe de saúde multiprofissional qualificada, com
objetivo de tratamento comum e olhar diferenciado para o paciente e sua família,
centrando o cuidado na qualidade de vida, não na doença.
Descritores: Enfermagem de Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida; Cuidados
Paliativos; atitude frente à morte.

INTRODUÇÃO
A enfermagem tem como essência o cuidado integral de seus pacientes, e, na fase
terminal da doença, a exigência de habilidades e competências diferenciadas da equipe
de saúde é fundamental. Nessa fase da doença, são importantes os cuidados paliativos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, cuidados paliativos trata-se de uma
assistência multidisciplinar que busca proporcionar a qualidade de vida aos pacientes
sem perspectiva de cura. No entanto, a sua abrangência não envolve somente o alivio da
5

dor e de todos os sintomas da doença terminal, pois engloba também as dimensões


psicológicas, sociais e espirituais do paciente e de sua família(1-2).
Contudo, percebe-se que esta equipe, centrada na cura, apresenta dificuldade para
lidar com o processo de morte e terminalidade, haja vista a sua resistência para a
implementação de algumas medidas simples de terapêutica, ao compreender que estas
não irão curar. Essa postura pode estar relacionada ao enfrentamento do sentimento de
impotência e de fracasso por não conseguir proporcionar a cura aos seus pacientes(3).
A busca incessante e constante pela cura pode, muitas vezes, atrapalhar no
cuidado paliativo e se tornar um cuidado curativo. Entre muitos profissionais da saúde
existe a necessidade, de pensar que está fazendo algo pelo paciente, seja por meio de
intervenções cirúrgicas, medicações ou o uso de diversas novas tecnologias. É preciso,
no entanto, saber identificar o limite entre intervir para prolongar a vida e o sofrimento
em detrimento da qualidade de vida(4).
Sabe-se que existe uma carência na formação acadêmica dos profissionais da
saúde relacionada à morte, à terminalidade e aos cuidados paliativos, pois centra-se em
salvar vidas, resultando em uma dificuldade na atuação profissional. É necessário,
portanto, que se busque aperfeiçoamentos e qualificações constantemente para
desenvolver um cuidado holístico e apropriado à condição do indivíduo. O investimento
em capacitações, treinamentos se torna instrumento essencial para se alcançar a
excelência no cuidado paliativo.
Frente a isso, sentiu-se a necessidade de identificar, junto aos profissionais da
saúde que assistem pacientes que necessitam de cuidados paliativos, seus
enfrentamentos e estratégias na realização dessa assistência.

MÉTODOS
Essa pesquisa tem uma abordagem qualitativa, exploratória e descritiva. Foi
realizada em um hospital do interior do Estado do Rio Grande do Sul, em uma unidade de
internação aberta e outra de atendimento ambulatorial, que atende pacientes com
necessidades de cuidados paliativos. Os sujeitos do estudo foram profissionais da área da
saúde que obedeceram os seguintes critérios: ter realizado assistência com contato
direto e diário junto a pacientes que necessitam de cuidados paliativos; atuar na
instituição e nas unidades eleitas para o estudo, realizando essa assistência há, pelo
menos, seis meses; aceitar participar da pesquisa com a gravação em áudio das
entrevistas; e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido em duas vias.
Quanto aos critérios de exclusão, estes foram: ser profissionais da área da saúde, mas
não realizar assistência com contato direto e diária junto a pacientes que necessitam de
cuidados paliativos; profissionais que não atuem na instituição e nas unidades eleitas
para o estudo, profissionais afastados do serviço durante o período da coleta; que atuem
6

por menos de seis meses na instituição, realizando assistência com contato direto e
diário junto a pacientes que necessitam de cuidados paliativos, e não aceitarem
participar da pesquisa com a gravação em áudio das entrevistas.
Para dar suporte ao estudo e embasar a elaboração do instrumento de coleta,
realizou-se uma revisão bibliográfica. Posteriormente, foi encaminhado, junto ao projeto,
uma solicitação formal de desenvolvimento do estudo à instituição, explicando a
justificativa, a relevância, os objetivos e a metodologia, bem como ressaltando a
manutenção do anonimato tanto dos sujeitos quanto do hospital e do município.
Após a aprovação da instituição e do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), Protocolo
nº 1.640.727, ocorreu um contato com o responsável pela instituição para declarar e
apresentar o parecer favorável concedido pelo CEP, agendando o início preciso da coleta.
Para seleção dos sujeitos foram abordados cada um dos profissionais dos espaços
eleitos. Nesse momento, a coletadora apresentou-se aos sujeitos, os convidando a
participar da pesquisa, informando-os quanto ao objetivo, a relevância e a forma de
coleta, bem como que a sua participação ou não, neste estudo, não implicaria em riscos
ou prejuízos, sendo respeitados os seus costumes, sua religião, conceitos morais e
éticos, conforme preconiza a Resolução 466/12 que versa sobre a pesquisa com seres
humanos(5). Aos profissionais que aceitaram participar do estudo foi apresentado e lido
um Consentimento Livre e Esclarecido, o qual foi assinado em duas vias pelo
respondente e pelo pesquisador. Uma via permaneceu com o sujeito e outra
permanecerá guardada pelo pesquisador em local seguro por cinco anos.
Uma entrevista semiestruturada para coletar os dados foi aplicada,
individualmente, junto aos sujeitos. Essa entrevista apresentava em um roteiro geral de
perguntas, sendo que o entrevistador dispunha de autonomia para realizar outros
questionamentos que considerava necessário, porém que mantinham o foco no tema a
fim de atingir o objetivo do estudo(6).
A análise dos dados coletados foi realizada após a organização e transcrição das
entrevistas gravadas, realizando-se a interpretação a partir da análise de conteúdo. Esse
tipo de análise é realizado através de um conjunto de técnicas da comunicação,
buscando assim procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição de conteúdo das
mensagens. Valoriza indicadores qualitativos que permitem concluir conhecimentos
relativos as condições de produção e recepção dessas mensagens(7).
Para realizar o levantamento e a organização dos conteúdos, a análise de conteúdo
permite ao pesquisador trabalhar com os dados em três etapas, que são: a pré-análise,
caracterizada pela organização de todos os dados; a análise, propriamente dita, na qual
emergem as categorias; e a terceira etapa, o tratamento dos dados, que permite
interpretar e discutir os dados(7). Dessa forma, destacaram-se duas categorias: as
7

dificuldades com os pacientes em cuidados paliativos e estratégias utilizadas pelos


profissionais da saúde.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
De um total aproximado de 300 profissionais que atuam nos espaços da
investigação, foram selecionados, conforme os critérios predefinidos, 56. Destes, três
sujeitos não aceitaram participar do estudo e 22 não foram encontrados. Assim,
extenuando-se o período de coleta e, percebendo que as informações repetiam-se,
optou-se por encerrar as entrevistas quando atingiu-se o 20º entrevistado.
A idade dos sujeitos variou entre 25 e 57 anos, e a faixa etária que prevaleceu foi
entre 31 e 40 anos. Entrevistando-se enfermeiros, médicos, técnicos de enfermagem,
psicólogo e nutricionista, sendo que a maioria era constituída pela equipe de
enfermagem, e o sexo predominante foi o feminino. Em relação ao tempo de formação,
este oscilou entre 11 meses e 19 anos, sendo que a maioria está formada a mais de
cinco anos. Quanto às especializações, identificou-se que, entre aqueles que a possuíam,
esta estava direcionada à área de oncologia (6), mas também foram citadas
especializações em urgência e emergência (2), atenção básica (1), estomaterapia (1),
nutrição clínica (2), gestão hospitalar (1), cirurgia de cabeça e pescoço (1), cirurgia geral
(1), cirurgia urológica (1). Destaca-se, no entanto, que seis, integrantes da equipe de
enfermagem, não possuíam especialização. A maioria atua na unidade ambulatorial, em
relação ao tempo de contato com esses pacientes esse se concentro na faixa etária dos 8
meses a 5 anos.

As dificuldades com os pacientes em cuidados paliativos


Assistir pacientes com necessidades de cuidados paliativos é definida pela maioria
dos sujeitos entrevistados como um desafio. Entre as maiores dificuldades citadas está o
fato de deparar-se com a morte do paciente, mas fundamentalmente, no que diz respeito
ao profissional que assiste voltado para o aspecto curativo, gerando um sentimento de
impotência. Esses profissionais, reforçam que esse sentimento surge em decorrência do
desconhecimento quanto ao objetivo dos cuidados paliativos, resultando, por vezes, em
um cuidado fragmentado. A maneira em que são trabalhadas as perdas e o processo de
morte em pacientes paliativos é um desafio para a equipe de saúde, que, centrada na
cura e no modelo biologicista demonstra despreparo frente ao processo de finitude. Em
geral, poucos são os profissionais disponíveis e acessíveis para discutir e enfrentar este
contexto. Porém, se faz necessário adquirir habilidades para desenvolver cuidados que
interliguem o sofrimento, a dignidade e o apoio emocional(8).
O desconhecimento do profissional quanto aos cuidados paliativos é corroborado
em outros estudos(9) e ao longo do processo de finitude, é necessário que a equipe de
saúde amplie sua concepção e ressignifique o cuidado. Estes profissionais podem se
8

sentir despreparados por não saberem como agir quando o paciente questionar se irá
morrer. Normalmente, não sabe o que responder, mudam de assunto rapidamente,
desfocando da pergunta, deixando o paciente angustiado e em busca de uma resposta,
mesmo que esta não seja aquela que gostariam de ouvir. Muitos dos profissionais da
saúde, nesses momentos, se deparam com sentimentos de impotência, culpa, como se
lhes faltassem conhecimento. Dessa forma, entende-se a premência da instituição
valorizar um espaço para a equipe refletir, discutir, expor, seus medos, dificuldades,
permitindo um desenvolvimento e, ou fortalecimento em conjunto(10-11).
É complexo para os profissionais da saúde cuidar de pacientes em que a cura é
impossível e o objetivo é proporcionar dignidade e ausência de dor no momento da
morte. Ao cuidar de um paciente que está enfrentando o processo de finitude, é
importante lembrar que o mesmo precisa ter autonomia, ser respeitada a sua vontade,
bem como valorizar a relação e fortalecer a confiança entre paciente e equipe
multiprofissional. Sabe-se, também que a relação de trabalho entre a equipe influência
de maneira decisiva na assistência prestada ao paciente(10-11).
A formação acadêmica ainda é centrada no cuidado biologicista, sendo que a
atividade médica mantem o viés de combate à morte a todo custo. Nessa perspectiva, os
cuidado paliativos podem perder sua real identidade, melhorar a qualidade de vida desse
paciente. É importante, nesse momento, manter o foco na pessoa e não mais na doença.
Caso contrário, esses pacientes podem ser encaminhados tardiamente aos cuidados
paliativos, ou seja, quando estão em seu processo de finitude(12).
Observa-se que o modelo biomédico, culturalmente, muito forte, em geral, não
prioriza cuidados relacionados às questões dos planos emocional, espiritual e social. A
busca incansável pela cura e o prolongamento da vida independente de sua qualidade
denunciam a carência de especializações em cuidados paliativos para os profissionais da
saúde, comprometendo a assistência aos pacientes sem perspectiva de cura e aos seus
familiares, gerando uma dificuldade na compreensão da importância do processo
paliativo(12).
Porém, também foi destacado o quanto é gratificante cuidar de pacientes com
necessidades de cuidados paliativos, argumentando que lhes permite reflexões quanto á
vida e o assistir, lhes instiga a ser uma pessoa e um profissional melhor, podendo fazer a
diferença na vida desses pacientes. Esse sentimento é reforçado pelas manifestações de
gratidão dos pacientes e de seus familiares, na medida em que reconhecem a sua forma
de cuidar. Os profissionais buscam constantemente o prazer em sua assistência. Ao
comprometer-se e envolver-se com o cuidado do paciente e sua família, o profissional
pode encontrar sentimentos de satisfação e realização profissional. Nesse ínterim, surge
o reconhecimento dos assistidos o qual é gratificante ao profissional(4,13).
9

Estratégias utilizadas pelos profissionais da saúde


Para gerenciar os sentimentos de impotência, fracasso e culpa, que podem emergir
durante os cuidados aos pacientes no processo de finitude, a maioria dos sujeitos, a
pesar de enfatizar que pratica o cuidado de forma humanizada, relata estabelecer
estratégias como separar situações pessoais das profissionais, apoiar-se nos princípios da
religiosidade e fazer sessões de psicoterapia fora da instituição. Além disso, destacaram
que o desconhecimento do objetivo e das especificidades dos cuidados paliativos
instigam a uma assistência fragmentada, considerada um mecanismo de defesa.
Contudo, alguns acrescentaram também que essa assistência os mobiliza na busca de
conhecimentos quanto aos cuidados paliativos.
Entende-se que essa fragmentação, assim como tentar separar as situações
pessoais das profissionais, configuram-se, inconscientemente, como mecanismos de
defesa ou estratégias para suportar os sentimentos de fracasso e impotência na
assistência aos pacientes em que a cura não é possível. Dessa forma, o profissional
esquiva-se de um envolvimento no cuidado com o paciente e com a família, limitando-se
ao tratamento medicamentoso e medidas de conforto, comprometendo a qualidade da
assistência(10). Em contrapartida, alguns profissionais sentem-se realizados ao
permitirem-se aproximar do paciente e da família para lhes proporcionar um cuidado
centrado no conforto e específico para esse momento(14). Para os profissionais da saúde,
a psicoterapia assim como a religiosidade podem trazer conforto, facilitar o entendimento
dos processos de saúde-doença e de finitude, bem como permitem enfrentar de forma
mais estruturada as situações críticas(14-15). A formação básica do profissional da saúde
fragiliza o cuidado paliativo, pois coloca, à margem, discussões relacionadas ao processo
de finitude e o objetivo desse cuidados. Portanto, é importante a busca constante de
conhecimento sobre essa terapêutica a fim de melhor compreender o contexto do
paciente e de sua família e um mesmo direcionamento no cuidado para não colocar em
risco a qualidade da assistência à pacientes cuja cura não é possível (1,16).

CONCLUSÃO
Identificou-se, nesse estudo, que os principais enfrentamentos da maioria dos
profissionais da saúde que assistem pacientes que necessitam de cuidados paliativos, são
o desconhecimento do objetivo dessa forma de cuidar e a assistência centrada na cura.
Por conseguinte, ao assistirem esses pacientes, emergem sentimentos de impotência e
fracasso. Para suportar esse desafio, referem que, mesmo primando pelo cuidado
humanizado, estabelecem estratégias como separar situações pessoais das profissionais,
apoiar-se na religiosidade e fazer psicoterapia fora da instituição. A fragmentação do
cuidado também é citada como produto de uma assistência cujo o objetivo é
desconhecido.
10

A formação biologicista dos profissionais de saúde, centrada na cura, os


impossibilita vislumbrar a amplitude dos objetivos dos cuidados paliativos. Além disso,
produz sofrimento no trabalho e fragiliza a assistência. Para o desenvolvimento dos
cuidados paliativos, é necessária uma equipe de saúde multidisciplinar qualificada, com
um mesmo objetivo no tratamento, mas com um olhar diferenciado para o paciente e
sua família. Convém destacar que esses cuidados não estão relacionados à suspensão de
tratamentos ou medidas terapêuticas, mas vão para além do alívio da dor, uma vez que
visam melhorar a qualidade de vida, mantendo a dignidade do indivíduo no seu processo
de finitude. Portanto, tem como premissa básica contemplar as demandas do paciente e
de sua família também nos âmbitos psicosócioespiritual.
É importante salientar que, para ampliar os conhecimentos dos profissionais
quanto aos cuidados paliativos, a instituição pode inserir esse tema, no seu programa de
educação permanente, mantendo-o como eixo principal. Assim, poderá proporcionar
maior segurança aos seus profissionais, bem como qualificar sua assistência e beneficiar
seus usuários. Contudo, cabe também ao profissional, comprometido com o cuidado do
indivíduo e de sua família, respeitar os princípios humanísticos, buscar cursos para
aprimorar-se constantemente.

Entende-se que esse estudo poderá provocar os profissionais de saúde à reflexões


no que tange ao cuidado centrado na qualidade da vida, e não na doença; instigar a
busca para o aprimoramento da assistência junto à pacientes sem perspectiva de cura,
bem como contribuir para a valorização da assistência voltada para a integralidade do ser
humano.

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11

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Rev. Eletr. Interd. [Internet]. 2014 [acesso em: 30 nov. 2016];1(11):102-6.
13

ANEXO A – Normas para publicação na Revista Eletrônica de Enfermagem

Para a composição do texto a REE adota as normas de publicação "Requisitos


Uniformes" (Estilo Vancouver).
Os manuscritos submetidos devem ser redigidos em português, espanhol ou inglês.

ESTRUTURA DO ARTIGO

Os manuscritos devem ser estruturados de forma convencional, contemplando os


seguintes itens: introdução, métodos, resultados, discussão e conclusão. O conteúdo do texto
deve expressar contribuições do estudo para o avanço do conhecimento na área da
enfermagem. Recomenda-se a utilização de guias internacionais no preparo dos manuscritos.
Para a contagem do número de palavras deve-se desconsiderar o título, o resumo, as
ilustrações e as referências.

Introdução

Texto breve que apresente de forma clara e objetiva o problema estudado,


fundamentado em referencial teórico pertinente e atualizado. Deve ser enfatizada a relevância
da pesquisa, elaborada com base em lacunas do conhecimento que sustentem a justificativa.
Ao final, devem-se apresentar os objetivos da pesquisa.

Métodos

Definir tipo de estudo, local e período em que a pesquisa foi realizada. Apresentar
fonte de dados, delimitando, no caso da população estudada, os critérios para inclusão e
exclusão e seleção do número de sujeitos. Detalhar procedimentos de coleta e fundamentos da
análise de dados, incluindo o conteúdo dos instrumentos de coleta de dados. Pesquisas
realizadas no Brasil devem explicitar cuidados éticos, informando aplicação do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido para pesquisas com seres humanos e número de aprovação
da pesquisa em comitê de ética em pesquisa. Autores estrangeiros devem informar os
procedimentos adotados no país de origem da pesquisa.
14

Resultados

Devem ser apresentados de forma clara e objetiva, sem incluir interpretações ou


comentários pessoais. Resultados expressos em tabelas e figuras são encorajados, mas deve-se
evitar a repetição das informações em forma de texto. Em pesquisas quantitativas devem ser,
necessariamente, apresentados separadamente da discussão. Para pesquisas qualitativas o
autor pode optar, tendo em vista os desenhos metodológicos utilizados.

Discussão

Deve ser concebida a partir dos dados e resultados obtidos, enfatizando as inovações
decorrentes da investigação e evitando a repetição de informações apresentadas em seções
anteriores (introdução, método e resultados). Todos os resultados devem ser discutidos, tendo
como apoio em referencial teórico estritamente pertinente, atualizado e que permita identificar
diálogo com outras pesquisas já publicadas.

Conclusão

Texto articulado a partir dos objetivos do estudo, fundamentado nas evidências


encontradas com a investigação. Deve mostrar claramente o alcance do estudo por meio de
conclusões gerais que possam ser detalhadas e fundamentadas ao longo do item. Se
pertinente, podem ser apresentadas limitações identificadas e lacunas decorrentes da
realização da investigação. Generalizações, quando pertinentes, são incentivadas.

FORMATAÇÃO DO MANUSCRITO

• Formato .doc ou .docx;


• Papel tamanho A4;
• Margens de 2,5 cm;
• Letra tipo Verdana 10 pt, em todo o texto;
• Espaçamento 1,5 entre linhas em todo o texto;
• Parágrafos alinhados em 1,0 cm.
15

Título

Deve ser apresentado no idioma que foi escrito o texto na íntegra, em alinhamento
justificado, em negrito, conciso, informativo, com até 15 palavras. Usar maiúscula somente na
primeira letra do título. Não utilizar abreviações.

Autoria

Os autores devem ser identificados após o título, por ordem de autoria (se houver mais
de um), com credencial na sequência do nome. Devem constar as seguintes informações:
nome completo, formação universitária, titulação, instituição de origem e e-mail –
preferencialmente, institucional.
A autoria dos manuscritos deve expressar a contribuição de cada uma das pessoas
listadas como autor no que se refere à concepção e planejamento do projeto de pesquisa,
obtenção ou análise e interpretação dos dados, redação e revisão crítica.

Resumo

Deve ser apresentado na primeira página do trabalho, conter entre 100 e 150 palavras,
apenas no idioma que foi escrito o texto na íntegra. Quando da aprovação do artigo para a
publicação será solicitada a tradução para a versão do texto em inglês, quando este for
apresentado em português ou espanhol, ou para o português quando o idioma do texto original
for em espanhol ou inglês.

Descritores

Ao final do resumo devem ser apontados de 3 (três) a 5 (cinco) descritores que servirão
para indexação dos trabalhos. Para tanto os autores devem utilizar os “Descritores em
Ciências da Saúde” da Biblioteca Virtual em Saúde (http://decs.bvs.br/), usando o descritor
exato.
16

Siglas e abreviações

Para o uso de siglas e abreviações, os termos por extenso, correspondentes devem


preceder sua primeira utilização no texto, com exceção de unidades de medidas padronizadas.

Notas de rodapé

Devem ser indicadas por asteriscos, iniciadas a cada página e restritas ao mínimo
indispensável.

Ilustrações

São permitidas tabelas ou figuras (quadros, gráficos, desenhos, fluxogramas e fotos) que
devem estar inseridas no corpo do texto logo após terem sido mencionadas pela primeira vez.
As tabelas devem ser apresentadas conforme as Normas de Apresentação Tabular, da
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), disponível em:
http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv23907.pdf;
Os títulos de tabelas devem ser concisos e precisos indicando o local do estudo e ano a
que se referem os dados e apresentados acima da tabela.
Os títulos das figuras devem ser concisos e precisos, apresentados abaixo da figura;

Citações

Para citações “ipsis literis” de referências devem-se usar aspas na sequência do texto.
As citações de falas/depoimentos dos sujeitos da pesquisa devem ser apresentadas em estilo
itálico e na sequência do texto.

Referências

São permitidas até 25 referências em artigos originais e livre para artigos de revisão.
Devem representar e sustentar o estado da arte sobre o tema, ser atualizadas e procedentes,
preferencialmente, de periódicos qualificados.
17

Deve-se evitar o uso de dissertações, teses, livros, documentos oficiais e resumos em


anais de eventos. A exatidão das informações nas referências é de responsabilidade dos
autores.
Quando são enviadas fora das normas, acarretam em atraso o processo de avaliação do
manuscrito.
No texto devem ser numeradas consecutivamente, de acordo com a ordem em que
forem mencionadas pela primeira vez, identificadas por números arábicos sobrescritos entre
parênteses, sem espaços da última palavra para o parêntese, sem menção aos autores.
Ao fazer a citação sequencial de autores, separe-a por um traço ex. (1-3); quando
intercalados utilize vírgula ex. (2,6,11).
As regras de referência da REE têm como base as normas adotadas pelo Comitê
Internacional de Editores de Revistas Médicas (estilo Vancouver), publicadas no ICMJE -
Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals
(http://www.icmje.org/index.html).

Agradecimentos e Financiamentos

Agradecimentos e/ou indicação das fontes de apoio da pesquisa, devem ser informados
ao final do artigo.

EXEMPLOS DE REFERÊNCIAS

Orientações gerais

Nos artigos publicados em periódicos, o nome do periódico deve aparecer


preferencialmente abreviado. Os títulos abreviados devem ser obtidos na PubMed Journals
database ou o título abreviado usado na SciELO. Em referências com mais de seis autores a
expressão et al deve ser usada após o sexto autor.

Artigo publicado em periódico científico


Mussi CM, Ruschel K, Souza EN, Lopes ANM, Trojahn MM, Paraboni CC, et al. Visita
domiciliar melhora conhecimento, autocuidado e adesão na insuficiência cardíaca: ensaio
clínico randomizado HELEN-I. Rev Lat Am Enfermagem. 2013;21(esp):20-8
18

Artigo publicado em periódico científico, volume com suplemento


Mantovani C, Migon MN, Alheira FV, Del-Ben CM. Manejo de paciente agitado ou
agressivo. Rev Bras Psiquiatr [Internet].; 2010 [cited 2016 Mar 31];32 supl. 2:S96–103.
Available from: http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44462010000600006

Artigo pulicado em periódico científico, número com suplemento


Glauser TA. Integrating clinical trial data into clinical practice. Neurology. 2002;58(12 Suppl
7):S6-12.

Artigo publicado em periódico científico, número sem volume


Banit DM, Kaufer H, Hartford JM. Intraoperative frozen section analysis in revision total
joint arthroplasty. Clin Orthop. 2002;(401):230-8.

Artigo publicado em periódico científico, sem volume ou número


Outreach: bringing HIV-positive individuals into care. HRSA Careaction. 2002:1-6

Artigo publicado em periódico científico de língua inglesa


Pereira M, Lunet N, Azevedo A, Barros H. Differences in prevalence, awareness, treatment
and control of hypertension between developing and developed countries. J Hypertens.
2009;27(5):963-75.

Artigo publicado em periódico científico de língua espanhola


Montes SF, Teixeira JBA, Barbosa MH, Barichello E. Aparición de complicaciones
relacionadas con el uso del catéter venoso central de inserción periférica (PICC) en los recién
nacidos. Enferm. glob. [Internet]. 2011 [acesso em: 30 mar 2013];10(24). Disponível em:
http://dx.doi.org/10.4321/S1695-61412011000400001.

Artigo publicado em periódico científico de outras línguas


Hirayama T, Kobayashi T, Fujita T, Fujino O. [A case of severe mental retardation with
blepharophimosis, ptosis, microphthalmia, microcephalus, hypogonadism and short stature-
the difference from Ohdo blepharophimosis syndrome]. No To Hattatsu. 2004;36(3):253-7.
Japanese.
19

Artigo publicado em periódico científico, sem dados do autor


21st century heart solution may have a sting in the tail. BMJ. 2002;325(7357):184.

Artigo publicado em periódico científico eletrônico


Reis LN, Carmo BP, Miasso AI, Gherardi-Donato ECS. Probabilidade de internação
psiquiátrica e características sociodemográficas de portadores de depressão. Rev. Eletr. Enf.
[Internet]. 2013 [acesso em: 10 fev 2014];15(4):862-9. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.5216/ree.v15i4.18905.

Artigo aceito para publicação em periódico científico eletrônico


Santana FR, Nakatani AYK, Freitas RAMM, Souza ACS, Bachion MM. Integralidade do
cuidado: concepções e práticas de docentes de graduação em enfermagem do estado de Goiás.
Ciênc. Saúde coletiva. In press 2009.

Livro, com único autor


Demo P. Autoajuda: uma sociologia da ingenuidade como condição humana. 1st ed.
Petrópolis: Vozes; 2005.

Livro, com organizador, editor, compilador como autor


Brigth MA, editor. Holistic nursing and healing. Philadelphia: FA Davis Company; 2002.

Capítulo de livro
Medeiros M, Munari DB, Bezerra ALQ, Alves MA. Pesquisa qualitativa em saúde:
implicações éticas. In: Ghilhem D, Zicker F, editors. Ética na pesquisa em saúde: avanços e
desafios. Brasília: Letras Livres UnB; 2007. p. 99-118.

Livro, com autoria de instituição


Ministério da Saúde. Sistema Único de Saúde (SUS): princípios e conquista. Brasília (Brasil):
Ministério da Saúde, 2000. 44 p.

Livro com tradutor


Stein E. Anorectal and colon diseases: textbook and color atlas of proctology. 1st Engl. ed.
Burgdorf WH, translator. Berlin: Springer; c2003. 522 p.
20

Livro disponível em formato eletrônico


Ministério da Saúde. Por que pesquisa em saúde? Textos para tomada de decisão [Internet].
Brasília: Ministério da Saúde; 2007 [acesso em: 10 fev 2014]. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pesquisa_saude.pdf.

Monografia / Dissertação / Tese:


Pazzini LT. Caracterização genotípica de microrganismos isolados de infecções da corrente
sanguínea relacionadas a cateteres em recém-nascidos [monografia]. São Paulo: Unesp; 2010.

Trabalhos em anais de evento científico


Munari DB, Medeiros M, Bezerra ALQ, Rosso, CFW. The group facilitating interpersonal
competence development: a brazilian experience of mental health teaching. In: Proceedings of
the 16th International Congress of Group Psychotherapy [CD-ROM], 2006, São Paulo, Brasil.
p. 135-6.

Rice AS, Farquhar-Smith WP, Bridges D, Brooks JW. Canabinoids and pain. In: Dostorovsky
JO, Carr DB, Koltzenburg M, editors. Proceedings of the 10th World Congress on Pain, 2002,
San Diego, CA. Seattle (WA): IASP Press; c2003. p. 437-68.

Trabalhos em anais de evento científico, disponível na internet


Centa ML, Oberhofer PR, Chammas J. A comunicação entre a puérpera e o profissional de
saúde. In: Anais do 8º Simpósio Brasileiro de Comunicação em Enfermagem, 2002, São
Paulo, Brasil [Internet]. 2002 [acesso em: 10 fev 2014]. Disponível em:
http://www.proceedings.scielo.br/pdf/sibracen/n8v1/v1a060.pdf.

Trabalho apresentado em evento científico


Robazzi MLCC, Carvalho EC, Marziale MHP. Nursing care and attention for children victims
of occupational accident. Conference and Exhibition Guide of the 3rd International
Conference of the Global Network of WHO Collaborating Centers for Nursing & Midwifery,
2000, Manchester; UK. Geneva: WHO; 2000.

Base de dados online


Shah PS, Aliwalas LI, Shah V. Breastfeeding or breast milk for procedural pain in neonates.
2006 Jul 19 [acesso em: 10 fev 2014]. In: The Cochrane Database of Systematic Reviews
21

[Internet]. Hoboken (NJ): John Wiley & Sons, Ltd. c1999 – . Disponível em:
http://dx.doi.org/10.1002/14651858.CD004950.pub3. Record No.: CD004950.

Legislação
Resolução Nº 466 do Conselho Nacional de Saúde, de 12 de dezembro de 2012 (BR). Aprova
as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Diário
Oficial da União. 12 dez 2012.

Legislação, disponível na internet


Resolução Nº 466 do Conselho Nacional de Saúde, de 12 de dezembro de 2012 (BR)
[Internet]. Aprova as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres
humanos. Diário Oficial da União. 12 dez 2012 [acesso em: 10 fev 2014]. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html.

Matéria de jornal
Souza H, Pereira JLP. O orçamento da criança. Folha de São Paulo. 1995 maio 02; Opinião:
1º Caderno.

Artigo de jornal, disponível na internet


Deus J. Pacto visa o fortalecimento do SUS em todo estado de Mato Grosso. Diário de Cuiabá
[Internet]. 25 abr 2006 [acesso em: 10 fev 2014]. Saúde. Disponível em:
http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=251738.

Texto / Homepage da Internet


DATASUS [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2016 [acesso em: 18 fev. 2016].
Disponível em: http://www.datasus.gov.br.

Fundação Oswaldo Cruz. Pesquisa da Fiocruz Paraná confirma transmissão intra-uterina do


zika vírus [Internet]. 2016 [acesso em: 31 mar. 2016]. Disponível em:
http://portal.fiocruz.br/ptbr/content/pesquisa-da-fiocruz-parana-confirma-transmissao-intra-
uterina-do-zika-virus.
22

ANEXO B – Parecer de aprovação da pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa


23
24
25

APÊNDICE A – Projeto de Pesquisa

CURSO DE ENFERMAGEM

Tatiana Paranhos

CUIDADOS PALIATIVOS: DESAFIOS PARA OS PROFISSIONAIS DA SAÚDE

Santa Cruz do Sul


2016
Tatiana Paranhos

CUIDADOS PALIATIVOS: DESAFIOS PARA OS PROFISSIONAIS DA SAÚDE

Projeto de monografia apresentado à disciplina de Trabalho de


Conclusão I, para a elaboração da Monografia de Conclusão do
Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade de Santa
Cruz do Sul.

Orientador: Profª. Enfª. Ms. Maristela Soares de Rezende

Santa Cruz do Sul


2016
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 3
2 OBJETIVO GERAL ............................................................................................... 5
3 REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................. 6
3.1 Terminalidade e morte ........................................................................................... 6
3.2 A equipe de saúde que assiste pacientes com necessidades de cuidados
paliativos .................................................................................................................. 7
3.3 A família e o paciente com necessidades de cuidados paliativos ......................... 8
3.4 Comunicação e cuidados paliativos ....................................................................... 9
4 METODOLOGIA DA PESQUISA ....................................................................... 10
4.1 Tipo de pesquisa ...................................................................................................... 10
4.2 Local de pesquisa ..................................................................................................... 10
4.3 Sujeitos da pesquisa ................................................................................................ 11
4.4 Coleta ........................................................................................................................ 12
4.5 Análise de dados ...................................................................................................... 13
5 ESTRUTURA PROVISÓRIA DA MONOGRAFIA ........................................... 14
6 CRONOGRAMA .................................................................................................... 15
7 ORÇAMENTO ........................................................................................................ 16
REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 17
APÊNDICE A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ......................... 19
APÊNDICE B – Ofício de solicitação junto à Instituição .................................... 21
APÊNDICE C – Entrevista Semiestruturada ....................................................... 23
APÊNDICE D – Carta de Aceite ........................................................................... 24
3

1 INTRODUÇÃO

A abrangência dos cuidados paliativos não envolve somente o alivio da dor e todos os
sintomas da doença terminal, pois engloba também as dimensões psicológicas, sociais e
espirituais do paciente e de sua família (MACHADO et al, 2013). Sabendo que a enfermagem
tem como essência o cuidado integral de seus pacientes, ressalta-se que, na fase terminal da
doença, a exigência de habilidades e competências diferenciadas da equipe de saúde é
fundamental.
Contudo, percebe-se que esta equipe, centrada na cura, apresenta dificuldade para lidar
com o processo de morte e terminalidade, haja vista a sua resistência para a implementação de
algumas medidas simples de terapêutica, ao compreender que estas não irão trazer a cura.
Essa postura pode estar relacionada à necessidade de enfrentamento do sentimento de
impotência e de fracasso por não conseguir proporcionar a cura aos seus pacientes
(VASQUES et al, 2013).
A busca incessante e constante pela cura pode, muitas vezes, atrapalhar no cuidado
paliativo e se tornar um cuidado curativo. Essa conduta se deve pela necessidade de pensar
que está fazendo algo por ele, seja por meio de intervenções cirúrgicas, medicações ou o uso
de diversas novas tecnologias. Precisa-se, no entanto, saber identificar o limite de até quando
pode-se intervir e prolongar a vida e o sofrimento em detrimento da qualidade de vida
(SILVEIRA; CIAMPONE; GUITIERREZ, 2014).
Existe uma carência na formação acadêmica relacionado a morte, terminalidade e
cuidados paliativos, pois aprende-se a salvar vidas, resultando, em uma dificuldade na atuação
profissional. É necessário, portanto que se busque aperfeiçoamentos e qualificações
constantemente, para adquirir conhecimento e desenvolver um cuidado holístico e apropriado.
O investimento em capacitações, treinamentos se torna instrumento essencial para se alcançar
a excelência no cuidado paliativo.
Frente a isso sentiu-se a necessidade de realizar uma pesquisa qualitativa exploratória,
entrevistando, nos meses de setembro e outubro de 2016, profissionais da saúde, de um
hospital do interior do Estado do Rio Grande do Sul, que assistem pacientes que necessitam
de cuidados paliativos, para identificar seus enfrentamentos e estratégias na realização dessa
assistência.
Acredita-se que o maior impasse das equipes de saúde para proporcionar um
atendimento adequado aos pacientes com necessidades de cuidados paliativos seja a barreira
de proteção criada para evitar sentimentos de frustação e fracasso. Dessa forma, o profissional
4

esquiva-se de um envolvimento no cuidado com o paciente e com a família, limitando-se ao


tratamento medicamentoso e medidas de conforto, comprometendo a qualidade da assistência.
Em contrapartida, alguns profissionais sentem-se realizados ao permitirem-se aproximar do
paciente e da família para lhes proporcionar um cuidado centrado no conforto e específico
para esse momento (SALIMENA et al, 2013).
Entende-se que esse trabalho permitirá reflexões junto aos profissionais de saúde,
direcionando-os para o aprimoramento da assistência, na medida em que poderá
instrumentalizá-los para o cuidado, contribuindo para qualificação da assistência e
valorizando a integralidade humana.
5

2 OBJETIVO GERAL

Identificar os enfrentamentos e as estratégias dos profissionais de saúde que assistem


pacientes que necessitam de cuidados paliativos.
6

3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Terminalidade e morte

O processo de morte ainda é um tema muito complexo e pouco discutido, seja entre as
equipes de saúde ou mesmo na sociedade. Sabe-se que se trata de um processo estreitamente
influenciado pela cultura, crenças e mitos (ELIAS, 2001 apud RODRIGUES; ZAGO 2012).
Santana (2009) ressalta que no passado, a morte era vista como um processo natural, tanto que
ocorria nas residências. Porém, com o passar do tempo, essa tradição foi se perdendo, e a
família que antes ocupava o lugar de cuidadora, a passa delegar aos profissionais de saúde em
hospitais.
Acrescenta-se, ainda, que as condições socioeconômicas e a dificuldade de controle de
sintomas tornam-se obstáculos para a permanência do doente em seu lar, exigindo a
hospitalização. Assim, a tecnologia disponível nos hospitais gera uma dependência e
resistência sobre a morte, ocorrendo o prolongamento da vida. Essa tecnologia provoca uma
ilusão, como se todos os pacientes em cuidados paliativos pudessem ser curados, em
consequência a equipe acaba se distanciando do paciente. No entanto, é preciso lembrar de
acrescentar qualidade de vida aos dias e não dias a vida destes pacientes (QUINTANA 2006
apud SANTANA et al, 2009).
Outras vezes, a morte é vista como um incômodo, sendo ocultada, mascarada e
distanciada nos hospitais. Além disso, o crescimento tecnológico foi inversamente
proporcional à reflexão sobre o sentido da vida. Não é preciso desprezar a tecnologia nem
sequer tratar o paciente como um objeto, mantendo-o vivo mesmo que artificialmente, para
evitar a angustia de presenciar o sofrimento de pessoas no processo de finitude (SILVA,
2014).
Dessa forma, pode-se estar frente a uma ortotanásia, a qual é caracterizada como uma
forma de cuidar, porém não se exceder no tratamento, praticando medidas desproporcionais,
que não surtirão em benefícios, mas apenas prolongaram o processo de morte (XAVIER;
MIZIARA; MIZIARA, 2014).
Há também a distanásia, definida como o prolongamento do sofrimento, ocorrendo um
afastamento da morte e a tornando mais difícil e dolorosa, prolongando além do seu período
natural. Ocorre um aumento na sobrevivência, porém sem ter a qualidade de vida, sendo que o
paciente tem o direito de escolher entre submeter-se ou não a um tratamento. No código de
7

ética médica, o princípio da autonomia mantém o indivíduo como dono de sua própria vida,
podendo limitar as invasões a sua intimidade (XAVIER; MIZIARA; MIZIARA, 2014).
Temas relativos à terminalidade, ao processo de finitude e também aos cuidados
paliativos, são de extrema importância e precisam ser discutidos para melhor desempenho da
equipe. A elaboração do enfrentamento da morte e do luto é a etapa mais difícil para o
paciente e a família, pois a percepção da impossibilidade de cura é um momento muito
doloroso e a aceitação depende da conscientização da finitude humana. No sentido cultural, a
religião fornece respostas e sentido à vida de quem procura. A religiosidade permite que as
pessoas acreditem em uma força maior, com a crença que nada é por acaso (XAVIER;
MIZIARA; MIZIARA, 2014).

3.2 A equipe de saúde que assiste pacientes com necessidades de cuidados paliativos

A forma como são trabalhados as perdas e o processo de morte em pacientes, é um


desafio para a equipe de saúde, que ainda apresenta despreparo frente ao processo de finitude.
Em geral, poucas são as pessoas disponíveis e acessíveis para discutir e enfrentar este
contexto. Porém, se faz necessário e essencial adquirir habilidades de cuidados, que estejam
ligados a uma constante e relacionado ao sofrimento, dignidade e ao apoio emocional
(SANTANA et al, 2009).
É fundamental auxiliar o paciente em todas as fases do tratamento, orientando-o sem
coagir, sempre mostrando os benefícios e desvantagens, de uma forma clara e que
compreenda. Para implementar as ações paliativas, a equipe multiprofissional precisa ter a
sensibilidade e a capacidade, para identificar o sofrimento humano, encontrando estratégias
para o cuidado no processo de finitude, buscando a excelência na assistência. (SILVA, 2006
apud CARDOSO et al, 2013).
É complexo para os profissionais cuidar de pacientes em que a cura é impossível, e o
objetivo é focar-se em proporcionar dignidade e ausência de dor no momento da morte. Ao
cuidar de um paciente que está enfrentando o processo de finitude, é importante lembrar que o
mesmo precisa ter autonomia e respeitada a sua vontade, bem como valorizar a relação e
fortalecer a confiança entre paciente e equipe multiprofissional. Sabe-se, também que a
relação de trabalho entre a equipe influência de maneira decisiva na assistência prestada ao
paciente (RODRIGUES; ZAGO, 2012; CARDOSO et al, 2013).
8

Ao longo desse processo, é necessário que a equipe de saúde amplie sua concepção e
ressignifique o cuidado. Estes profissionais podem se sentir despreparados por não saberem
como agir quando o paciente questionar se irá morrer. Normalmente, não sabe o que
responder, mudam de assunto rapidamente, desfocando da pergunta, deixando o paciente
angustiado e em busca de uma resposta, mesmo que ruim. A maioria, nesses momentos, se
depara com sentimentos de impotência, culpa, como se lhes faltassem conhecimento. Dessa
forma, entende-se a premência de um espaço para a equipe refletir, discutir, expor, seus
medos, dificuldades, permitindo um desenvolvimento e, ou fortalecimento em conjunto
(RODRIGUES; ZAGO, 2012; CARDOSO et al, 2013).
Diversas vezes, a equipe prossegue com o pensamento de que esse paciente vai se
recuperar e alcançar a cura. Portanto, compreende-se este mecanismo como uma defesa, para
não encarar a realidade da situação (RODRIGUES; ZAGO, 2012).
É fundamental que os profissionais aceitem o processo de morte dos pacientes,
considerando-o não como uma falha, mas, sim, como sequência natural da vida, devendo a
tecnologia auxiliar, protegendo o indivíduo, possibilitando um tratamento digno e,
principalmente, respeitando o processo de finitude. É importante encarar a morte como um
processo natural da vida, como um ciclo que se fecha, para que ela ocorra da melhor forma
possível (RODRIGUES; ZAGO, 2012).

3.3 A família e o paciente com necessidades de cuidados paliativos

Para os pacientes com necessidades de cuidados paliativos, existem alguns desafios a


serem ultrapassados, sendo um destes o sentimento de raiva. Este caracteriza um estágio
dentro do processo de morrer, e é o momento em que o indivíduo expressa sua revolta e
intolerância pelas consequências causadas pela doença. A elaboração para o enfrentamento da
morte e do luto, são intensamente mais complexos para o paciente e sua família, ocasionando
muito sofrimento. Contudo, muitos pacientes apresentam dificuldades em expor seus medos e
angustias, exigindo uma assistência holística e humanizada, entendendo a morte como uma
fase própria da vida (CAPELLO et al, 2012).
A família faz parte do contexto de adoecimento, sendo que ocorre uma mudança no
cotidiano dessas pessoas. Portanto, é importante todos estarem juntos nos dias de aflição, no
momento da morte, seja no conforto do lar ou em um hospital. O apoio familiar é essencial,
auxiliando de maneira significativa no tratamento do paciente. Também a religiosidade e a
9

espiritualidade exercem papel de facilitadores no processo do enfrentamento da doença, pois


por meio de orações os doentes se sentem consolados e aliviados (CAPELLO et al, 2012).
O paciente e a família necessitam de atenção e cuidados, por uma equipe preparada e
devidamente qualificada, promovendo ações que possam diminuir a repercussão da doença,
assim possibilitando um tratamento de dignidade e amparo (CAPELLO et al, 2012).

3.4 Comunicação em cuidados paliativos

Uma ferramenta de extrema importância e relevância na prática de cuidados paliativos,


é a comunicação. Se for usada de forma efetiva, poderá contribuir significativamente no
tratamento do paciente, favorecendo acolher, empaticamente as necessidades do paciente e de
sua família, transmitindo confiança e segurança (ANDRADE; COSTA; LOPES, 2013).
Existem duas formas de comunicação, a verbal e a não verbal. A verbal pode permitir
desabafos do paciente e da família, possibilitando-os expor seus medos e angustias. Por outro
lado, por meio dessa linguagem os profissionais podem prestar esclarecimento, acalmá-los,
confortá-los e formar vínculo. A linguagem não verbal pode apresentar diferentes significados
e ser expressa no silencio do paciente, no olhar, nos gestos, no toque, no carinho e no
estabelecimento de medidas de conforto. É preciso que os profissionais de saúde utilizem-se
dos dois tipos de linguagem para transmitir segurança, demonstrar empatia, elogiar suas
contribuições perante os procedimentos dolorosos, prestando uma assistência adequada
(ANDRADE; COSTA; LOPES, 2013).
A comunicação pode ser a base para estabelecer um bom relacionamento interpessoal
com paciente e a família, propiciando-lhes a oportunidade de verbalizar suas preferencias, em
relação ao seu atendimento e auxilia-los na tomada de decisão. São diversos conflitos
existenciais que o paciente em fase terminal depara-se, sendo que algumas necessidades, nem
fármacos nem as diversas tecnologias podem supri-las. Cabe entender a comunicação como
uma forte aliada no tratamento, pois pode trazer sensação de conforto, proteção, consolo e paz
interior (ANDRADE; COSTA; LOPES, 2013).
10

4 METODOLOGIA DA PESQUISA

4.1 Tipo de pesquisa

Metodologia é a arte de conduzir o espírito na investigação da verdade, sendo realizado


por meio do estudo de métodos, técnicas e procedimentos, que poderão ser capazes de
possibilitar o alcance dos objetivos (LEOPARDI, 2002). Considerando-se a natureza do
estudo, definiu-se pelo método qualitativo, se fazendo muito efetivo para a busca da
compreensão de algum contexto social ou acontecimento.
Este método permite que se observe diversos elementos ao mesmo tempo em um grupo
pequeno, possibilitando um conhecimento aprofundado e uma explicação de comportamento
frente a um acontecimento ou fenômeno, valorizando as falas dos respondentes sem a
necessidade de quantificar essas informações, mas valorizar a sua subjetividade (VÍCTORIA;
KNAUTH; HASSEN, 2000; SAKS; ALLSOP, 2011).
Compreende-se que essa metodologia é procedente das informações das pessoas
diretamente relacionadas ao estudado, consequentemente estas não podem ser controladas e
generalizadas. Todavia, por ser uma experiência autentica de pessoas, não podem ser
suspeitas e tidas como não verdades. A pesquisa qualitativa vem sendo amplamente
empregada na área da saúde, por justamente ser conveniente para diversas áreas, temas e
problemas que não são bem conhecidos ou sem uma resposta adequada (LEOPARDI, 2002;
KERR; KENDALL, 2013).
A abordagem exploratória tem o intuito de desenvolvimento, esclarecimento, criar
novos conceitos e ideias, proporcionando uma visão geral, sendo que sua finalidade é
aumentar a familiaridade do pesquisador com um ambiente ou de determinado fato a ser
pesquisado (GIL,1999).

4.2 Local da pesquisa

Esta pesquisa será realizada em uma unidade de internação aberta e em serviço que
atende pacientes exclusivamente oncológicos de um hospital do interior do Estado do Rio
Grande do Sul. A unidade de internação tem uma capacidade de aproximadamente 30 leitos,
cuja média de ocupação está em torno de 90%. Quanto ao serviço de oncologia, este atende
por mês, em média, 1500 pacientes oncológicos ambulatoriais. Nestes dois espaços, atuam
profissionais de saúde, entre eles aproximadamente 50 técnicos de enfermagem, 250 médicos,
11

5 enfermeiros, dispondo, ainda, de psicólogos, nutricionistas e assistente social. A instituição


possui profissionais qualificados, equipamentos de alta tecnologia e serviços especializados
nas mais diversas áreas da medicina.

4.3 Sujeitos da pesquisa

Para constituir os sujeitos dessa pesquisa, foram adotados os seguintes critérios de


inclusão: ser profissional da área da saúde; ter realizado assistência com contato direto e
diário junto a pacientes que necessitam de cuidados paliativos; atuar na instituição e na
unidade de internação eleita para o estudo ou no serviço de oncologia desta instituição,
realizando essa assistência há, pelo menos, seis meses; aceitar participar da pesquisa com a
gravação em áudio das entrevistas; e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(APÊNDICE A) em duas vias. Quanto aos critérios de exclusão, estes serão: ser profissionais
da área da saúde, mas não realizar assistência com contato direto e diária junto a pacientes que
necessitam de cuidados paliativos; profissionais que não atuem na instituição e na unidade de
internação eleita para o estudo ou no serviço de oncologia desta instituição, profissionais
afastados do serviço durante o período da coleta; que atuem por menos de seis meses na
instituição, realizando assistência com contato direto e diário junto a pacientes que necessitam
de cuidados paliativos, e não aceitar participar da pesquisa com a gravação em áudio das
entrevistas.
Entende-se que esse estudo possa beneficiar não só os profissionais que prestam
assistência a pacientes em cuidados paliativos, mas também a instituição, ao identificar os
enfrentamentos e estratégias desses, durante essa prática, haja vista que poderá instigar
capacitações, trabalhando com a equipe sobre este tema, desenvolvendo métodos para cuidar
de forma mais plena. Logo, além de valorizar o trabalho em equipe, poderá fortalecer a equipe
de multiprofissionais que se dedica ao cuidado paliativo.
Sabendo-se que toda pesquisa tem um risco. Assim, a pesar de primar-se pela
privacidade e o anonimato dos envolvidos, pode ocorrer de forma remota, o risco de
exposição da instituição e dos sujeitos, pois alguma pessoa não participante da pesquisa,
visualizar a pesquisadora e o pesquisado durante a coleta de dados, poderá relacionar o
trabalho ao lê-lo, com os sujeitos e o local da pesquisa.
12

4.4 Coleta

Para dar suporte ao estudo e embasar a elaboração do instrumento de coleta realizou-se


uma revisão bibliográfica. Posteriormente, foi encaminhado, junto ao projeto, uma solicitação
formal (APÊNDICE B) de desenvolvimento do estudo à instituição, explicando-lhes a
justificativa, a relevância, os objetivos e a metodologia, ressaltando a manutenção do
anonimato tanto dos sujeitos quanto do hospital e do município.
Com a aprovação da instituição, o projeto de pesquisa foi enviado ao Comitê de Ética
em Pesquisa (CEP) para apreciação. Assim que aprovado por este Comitê, será iniciada a
coleta, sendo que antes haverá um contato com o responsável pela instituição para declarar e
apresentar o parecer favorável concedido pelo CEP e agendando o início preciso da coleta.
Para seleção dos sujeitos será necessário, a pesquisadora abordará cada um dos
profissionais dos espaços eleitos. Nesse momento, a coletadora ao apresentar-se aos sujeitos,
os convidará a participar da pesquisa, informando-os, quanto ao objetivo, a relevância e a
forma de coleta, enfocado que a sua participação ou não, neste estudo, não implicará em
riscos ou prejuízos, sendo respeitados os seus costumes, sua religião, conceitos morais e
éticos, conforme preconiza a Resolução 466/12 que versa sobre a pesquisa com seres
humanos. No entanto, tais informações não deverão influenciar nas respostas. Estes
profissionais que aceitarem participar, será apresentado e lido um Consentimento Livre e
Esclarecido, que deverá ser assinado em duas vias pelo respondente e pelo pesquisador, sendo
que uma via permanecerá com o sujeito e outra será guardada pelo pesquisador em local
seguro por cinco anos.
Será utilizada uma entrevista semi-estruturada (APÊNDICE C) para coletar os dados, de
forma individual junto aos sujeitos. Essa entrevista é baseada em um roteiro geral de
perguntas que não necessariamente são rígidas ou devem seguir uma ordem particular, sendo
que o entrevistador tem a autonomia de realizar outras perguntas que considere necessário,
porém que mantenha o foco no tema a fim de atingir o objetivo do estudo (SAMPIERI;
COLLADO; LUCIO, 2013).
A entrevista favorece a obtenção de diversas questões relacionadas à vida dos
entrevistados. Porém, caso os questionamentos não forem bem elaborados e, ou a postura do
entrevistador não for adequada, poderá o entrevistado se mostrar desmotivado bem como,
fornecer respostas sumárias ou não fidedignas (GIL, 1999). Dessa forma, este instrumento
após elaborado, será submetido a um teste para sua validação, possibilitando correções para
obtenção do objetivo proposto. Para tanto, será aplicado com dois sujeitos que obedeçam os
13

critérios de inclusão predeterminados anteriormente. Acrescenta-se que a entrevista constará


de sete questões que permitirão caracterizar os sujeitos investigados, e uma pergunta
abrangente referente ao tema, com pontos norteadores, a fim de atingir o objetivo proposto.
As respostas serão gravadas em áudio pelo entrevistador, sendo que após o seu término
será disponibilizada para ratificações e/ou retificações. Cada respondente receberá um
codinome, mantendo o seu anonimato e conferindo maior fidedignidade às informações.
Como se trata de um projeto de pesquisa de curso, tendo prazo máximo de entrega em
novembro de 2016, este será apresentado em banca examinadora do Curso de Enfermagem.
Após esta apresentação, os resultados serão entregues e apresentados na forma de relatório ao
responsável da instituição onde foi realizado o estudo. Pretende-se também elaborar artigos
para serem publicados em periódicos científicos da área. Ressalta-se que, essa pesquisa
poderá ser interrompida se, os sujeitos do estudo não aceitarem participar ou o responsável da
instituição suspendê-la.

4.5 Análise dos dados

A análise dos dados coletados será após a organização e transcrição das entrevistas
gravadas, sendo realizada a interpretação a partir da análise de conteúdo. Esse tipo de análise
é realizado através de um conjunto de técnicas da comunicação, buscando assim
procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição de conteúdo das mensagens. Valoriza
indicadores qualitativos que permitem concluir conhecimentos relativos as condições de
produção e recepção dessas mensagens (BARDIN, 2010).
Para realizar o levantamento e a organização dos conteúdos, a análise de conteúdo
permite ao pesquisador trabalhar com os dados em três etapas, que são: a pré-análise,
caracterizada pela organização de todos os dados; a análise, propriamente dita, na qual
emergem as categorias; e a terceira etapa, o tratamento dos dados, que permite interpretar e
discutir os dados (BARDIN, 2010).
14

5 ESTRUTURA PROVISÓRIA DA MONOGRAFIA

1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVO GERAL
3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 Terminalidade e morte
3.2 A equipe de saúde que assiste pacientes com necessidades de cuidados paliativos
3.3 A família e o paciente com necessidades de cuidados paliativos
3.4 Comunicação e cuidados paliativos
4 METODOLOGIA DA PESQUISA
4.1 Tipo de pesquisa
4.2 Local de pesquisa
4.3 Sujeitos da pesquisa
4.4 Coleta
4.5 Análise de dados
5 ESTRUTURA PROVISÓRIA DA MONOGRAFIA
6 CRONOGRAMA
7 ORÇAMENTO
REFERÊNCIAS
APÊNDICE A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
APÊNDICE B – Ofício de solicitação junto à Instituição
APÊNDICE C – Entrevista Semiestruturada
15

6 CRONOGRAMA

Atividade Ago/2016 Set/2016 Out/2016 Nov/2016 Dez/2016

Coleta X X
Revisão da Bibliografia X X X X
Metodologia X X X
Análise de Dados X X
Considerações Finais X X
Introdução X X
Resumo X
Abstract X
Apêndices X
Referências Bibliográficas X
Revisão Geral X
Apresentação X
16

7 ORÇAMENTO

TÍTULO DA PESQUISA: Cuidados paliativos: desafios para os profissionais da saúde


GESTOR FINANCEIRO: Tatiana Paranhos

Itens a serem Valor Unitário Valor Total Fonte


Quantidade
financiados R$ R$ Viabilizadora
Papel de ofício A4 200 - R$ 30,00 Tatiana Paranhos

Caneta 10 R$ 2,00 R$ 20,00 Tatiana Paranhos

Passagem ônibus 60 R$ 2,80 R$ 168,00 Tatiana Paranhos

Encadernação 5 R$ 4,00 R$ 20,00 Tatiana Paranhos

Impressão 200 R$ 0,15 R$ 30,00 Tatiana Paranhos

Borracha 4 R$ 1,75 R$ 7,00 Tatiana Paranhos

Lápis 5 R$ 2,50 R$ 12,50 Tatiana Paranhos

TOTAL R$ 287,50

______________________________ ___________________________
Tatiana Paranhos Maristela Soares de Resende
Gestor Financeiro Pesquisadora Responsável
17

REFERÊNCIAS

ANDRADE, C. G.; COSTA, S. F. G.; LOPES, M. E. L. Cuidados paliativos: a comunicação


como estratégia de cuidado para pacientes em fase terminal. Ciência & Saúde Coletiva, Rio
de Janeiro, v.18, n.9, p. 2523-2530, 2013. Disponível em:
<http://search.proquest.com/openview/6b313fd95570f14c1f2c0aba8bc5b43b/1.pdf?pq-
origsite=gscholar&cbl=2034998>. Acesso em: 29 abr. 2016.

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2010.

CARDOSO, D. H. et al. Cuidados paliativos na assistência hospitalar: a vivência de uma


equipe multiprofissional. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, v. 22, n. 4, p. 1134-1141,
2013.

CAPELLO, E.M.C.S. et al. Enfrentamento do paciente oncológico e do familiar/cuidador


frente à terminalidade de vida. J Health Sci Inst, v. 30, n. 3, p. 235-240, 2012.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 1999.

KERR, L. R. F. S.; KENDALL, C. A pesquisa qualitativa em saúde. Rev. Rene, Fortaleza, v.


14, n. 6, p. 1061-1063, 2013.

LEOPARDI, Maria Tereza. Metodologia da pesquisa na saúde. Florianópolis, 2ª ed, 2002.

MACHADO, J. H. et al. Paciente que requer cuidados paliativos: percepção de enfermeiras.


Enferm. Foco, v. 4, n. 2, p. 102-105, 2013. Disponível em:
<http://revista.portalcofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/534>. Acesso em: 17
mar. 2016.

RODRIGUES, I. G.; ZAGO, M. F. A morte e o morrer: maior desafio de uma equipe de


cuidados paliativos. Cienc. Cuid. Saúde, v. 11, supl. 1, p. 31-38, 2012. Disponível em:
<http://eduem.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/article/view/17050>. Acesso em: 29
abr. 2016.

SAKS, M.; ALLSOP, J. Pesquisa em saúde métodos qualitativos, quantitativos e mistos. São
Paulo: Roca, 2011.

SALIMENA, A. M. O. et al. Estratégias de enfrentamento usadas por enfermeiros ao cuidar


de pacientes oncológicos. Rev. Enferm. UFSM, Santa Maria, v. 3, n. 1, p. 8-16, 2013.

SAMPIERI, R. H.; COLLADO, C. F.; LUCIO, M. P. B. Metodologia de pesquisa. 5ª ed.


Porto Alegre: Penso, 2013.

SANTANA, J. C. B. et al. Cuidados paliativos aos pacientes terminais: percepção da equipe


de enfermagem. Bioetikos, São Camilo, v. 3, n. 1, p. 77 – 86. 2009.

SILVA, José Antonio Cordero da. O fim da vida: uma questão de autonomia. Nascer e
crescer – revista de pediatria do centro hospitalar do porto, v. 23, n. 2, p. 100-105, 2014.
Disponível em: <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?pid=S0872-
07542014000300010&script=sci_arttext&tlng=pt>. Acesso em: 29 abr. 2016.
18

SILVEIRA, M. H.; CIAMPONE, M. H. T.; GUITIERREZ, B. A. O. Percepção da equipe


multiprofissional sobre cuidados paliativos. Rev. Bras. Gerontol, Rio de Janeiro, v. 17, n. 1, p.
7-16, 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-
98232014000100007>. Acesso em: 17 mar. 2016.

VASQUES, T. C. S. et al. Percepção dos trabalhadores de enfermagem acerca de cuidados


paliativos. Revista Eletrônica de Enfermagem, Goiânia, v.15, n.3, p.772-779, 2013.

VÍCTORIA, C. G.; KNAUTH, D. R.; HASSEN, M. N. A. Pesquisa qualitativa em saúde:


uma introdução ao tema. Porto Alegre: Tomo Editorial, 2000.

XAVIER, M.S.; MIZIARA, C.S.M.G.; MIZIARA, I.D. Terminalidade da vida: questões


éticas e religiosas sobre ortotanásia. Saúde, Ética & Justiça, São Paulo, v. 19, n. 1, p. 26-34,
2014. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/sej/article/view/97135/0>. Acesso em: 22
abr. 2016.
19

APÊNDICE A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido aos profissionais de saúde


que assistem pacientes que necessitam de cuidados paliativos

Título da Pesquisa: Cuidados paliativos: desafio para os profissionais da saúde.

Em geral, a formação dos profissionais de saúde é centrada na cura, sendo que assistir
pacientes sem perspectiva de melhora pode significar um enfrentamento e exigir que os
profissionais estabeleçam estratégias para desenvolver essa assistência. Propõem-se assim,
identificar os enfrentamentos e as estratégias dos profissionais de saúde que assistem
pacientes que necessitam de cuidados paliativos. Para tanto, será realizada uma entrevista
cujas respostas serão gravadas em áudio, em um espaço reservado de um hospital do interior
do Estado do Rio Grande do Sul, nos meses de setembro e outubro de 2016.
Os sujeitos entrevistados serão profissionais da área da saúde; que tenham realizado
assistência com contato direto e diário junto a pacientes que necessitam de cuidados
paliativos; que atuem na instituição e na unidade de internação eleita para o estudo ou no
serviço de oncologia desta instituição, realizando essa assistência há, pelo menos, seis meses;
que aceitarem participar da pesquisa com a gravação em áudio das entrevistas e assinarem o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido em duas vias. Acredita-se que esse estudo
possa, na medida que desvelar os enfrentamentos e estratégias dos profissionais que prestam
assistência a pacientes em cuidados paliativos, trazer benefícios a esses profissionais e à
instituição, pois poderá instigar discussões, reflexões e capacitações referentes ao tema, bem
como desenvolver métodos para cuidar de forma mais plena. Logo, além de valorizar o
trabalho em equipe, poderá fortalecer a equipe de multiprofissionais e, consequentemente, a
própria instituição. Porém, a pesar de respeitar-se a privacidade e o anonimato dos
envolvidos, teme-se que, ainda que de forma remota, possa ocorrer a exposição da instituição
e dos sujeitos, se alguma pessoa não participante da pesquisa, visualizar a pesquisadora e o
investigado durante a entrevista, e, ao ler o trabalho, relacionar com os sujeitos e o local da
pesquisa.
Pelo presente Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, declaro que autorizo a
minha participação neste projeto de pesquisa, pois fui informado, de forma clara e detalhada,
livre de qualquer forma de constrangimento e coerção, dos objetivos, da justificativa, dos
procedimentos que serei submetido, dos riscos, desconfortos e benefícios, assim como das
alternativas às quais poderia ser submetido, todos acima listados.
20

Ademais, declaro que, quando for o caso, autorizo a utilização de minha imagem e voz
de forma gratuita pelo pesquisador, em quaisquer meios de comunicação, para fins de
publicação e divulgação da pesquisa.
Fui, igualmente, informado:
 da garantia de receber resposta a qualquer pergunta ou esclarecimento a
qualquer dúvida a cerca dos procedimentos, riscos, benefícios e outros assuntos
relacionados com a pesquisa;
 da liberdade de retirar meu consentimento, a qualquer momento, e deixar de
participar do estudo, sem que isto traga prejuízo à continuação de meu cuidado e
tratamento;
 da garantia de que não serei identificado quando da divulgação dos resultados e
que as informações obtidas serão utilizadas apenas para fins científicos vinculados ao
presente projeto de pesquisa;
 do compromisso de proporcionar informação atualizada obtida durante o
estudo, ainda que esta possa afetar a minha vontade em continuar participando;
 da disponibilidade de tratamento médico e indenização, conforme estabelece a
legislação, caso existam danos a minha saúde, diretamente causados por esta pesquisa;
 de que se existirem gastos adicionais, estes serão absorvidos pelo orçamento da
pesquisa.
O Pesquisador Responsável por este Projeto de Pesquisa é Profª Enfª Ms. Maristela
Soares de Rezende (Fone 05121090932), sendo que Tatiana Paranhos (Fone: 05198923735) é
outro pesquisador deste estudo.
O presente documento foi assinado em duas vias de igual teor, ficando uma com o
voluntário da pesquisa ou seu representante legal e outra com o pesquisador responsável.
O Comitê de Ética em Pesquisa responsável pela apreciação do projeto pode ser
consultado, para fins de esclarecimento, através do telefone: 051 3717 7680.
Data __ / __ / ____

___________________________ __________________________________
Nome e assinatura do Nome e assinatura do responsável pela
Voluntário obtenção do presente consentimento
21

APÊNDICE B – Ofício de solicitação junto à Instituição

Santa Cruz do Sul, _____ de _________ de 2016.

Sr. Diretor Médico Dr. Luiz Alberto Hauth

Cumprimentando cordialmente, solicitamos autorização para desenvolver um estudo


monográfico, orientado pela Profª Enfª Ms. Maristela Soares de Rezende, referente ao tema
cuidados paliativos, que será o trabalho de conclusão do curso.
O objetivo é identificar os enfrentamentos e as estratégias dos profissionais de saúde
que assistem pacientes que necessitam de cuidados paliativos. Será utilizado para a coleta de
dados uma entrevista semi-estruturada que será aplicada nos meses de setembro e outubro de
2016.
Em geral, os profissionais de saúde, centram-se na cura e apresentam dificuldades para
lidar com o processo de morte e terminalidade, haja vista a resistência para a implementação
de algumas medidas simples de terapêutica, ao compreender que estas não irão trazer a cura.
Essa postura pode estar relacionada à necessidade de enfrentamento do sentimento de
impotência e de fracasso por não conseguir proporcionar a cura aos seus pacientes. Além
disso, pode comprometer o cuidado paliativo.
Entende-se que esse trabalho poderá permitir reflexões junto aos profissionais de saúde,
direcionando-os para o aprimoramento da assistência, na medida em que poderá
instrumentalizá-los para o cuidado, contribuindo para qualificação da assistência e
valorizando a integralidade humana.
Comprometemo-nos em manter o anonimato do município, da instituição e dos
profissionais de saúde entrevistados, garantindo que não terão riscos e que serão mantidos
todos os preceitos éticos, legais, estabelecidos pela Resolução 466/12, que regulamenta a
pesquisa com seres humanos, durante e após o término do trabalho, respeitando valores
culturais, morais, sociais, religiosos e éticos, bem como os hábitos e costumes.
Assim, após o seu consentimento formal, pretende-se encaminhar o projeto ao Comitê
de Ética em Pesquisa para apreciação. Uma vez aprovado por esse Comitê, será iniciada a
coleta de dados.
Salientamos, no entanto, que estaremos à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas
que possam surgir.
22

Certos de sua compreensão, desde já agradecem,


Atenciosamente,

Tatiana Paranhos Maristela Soares de Rezende


Acadêmica do Curso de Graduação Professora Orientadora
de Enfermagem – UNISC Pesquisadora Responsável
23

APÊNDICE C – Entrevista Semiestruturada

DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS

Profissão:
Idade:
Sexo:
Tempo de formação profissional:
Especialização? Qual?
Setor de atuação:
Tempo que atua junto a pacientes com necessidades de cuidados paliativos:

QUESTÕES RELATIVAS AO TEMA:

1. Como é para você assistir pacientes com necessidades de cuidados paliativos?


Pontos norteadores:
 Dificuldades enfrentadas na assistência ao paciente com necessidades de cuidados
paliativos?
 Como “gerencia” os sentimentos ?
o Apresenta o sentimento de apego? Quando?
 Como lida com a morte desses pacientes?
 Estabelece estratégias para realizar o cuidado? Como as colocadas em prática?
 Entra em contato com a família?
o Se sim, como é a relação com a família?
 Motivação
 Desmotivação
24

APÊNDICE D – Carta de Aceite

Santa Cruz do Sul, _____ de _________ de 2016.

Ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP/UNISC)

Prezados Senhores,
Declaramos para os devidos fins conhecer o protocolo de pesquisa intitulado:
“CUIDADOS PALIATIVOS: DESAFIO PARA OS PROFISSIONAIS DA SAÚDE”,
desenvolvido pela acadêmica Tatiana Paranhos do Curso de Enfermagem, da Universidade de
Santa Cruz do Sul-UNISC, sob a orientação da professora Maristela Soares de Rezende, bem
como os objetivos e a metodologia de pesquisa e autorizamos o desenvolvimento no Hospital
Ana Nery.
Informamos concordar com o parecer ético que será emitido pelo CEP/UNISC,
conhecer e cumprir com a Resolução do CNS 466/12 e demais Resoluções Éticas Brasileiras.
Esta instituição está ciente das suas corresponsabilidades como instituição co-participante do
presente projeto de pesquisa e no seu compromisso do resguardo da segurança e bem estar dos
sujeitos de pesquisa nela recrutados, dispondo de infraestrutura necessária.
Atenciosamente,

_____________________________________________
Assinatura e carimbo do responsável institucional

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