Decreto Nº 09714-77

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 30

22/04/2022 16:34 www.mpsp.mp.

br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 0971…

Decreto Nº 9.714, de 19 de abril de 1977.

19/04/1977

                    

           Aprova
o Regulamento das Leis nº 898, de 18 de dezembro de 1975 e nº
1.172, de 17 de
novembro de 1976, que dispõe sobre o disciplinamento do uso
do solo para a proteção
aos mananciais da Região Metropolitana da Grande
São Paulo 

                    PAULO
EGYDIO MARTINS, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO
PAULO, no uso de suas atribuições
legais,

Decreta:

Artigo 1.º - Fica aprovado o Regulamento, anexo ao


presente decreto, das Leis
nº 898, de 18 de dezembro de 1975, e nº 1172, de 17
de novembro de 1976,
que dispõe sobre o disciplinamento do uso do solo para a
proteção aos
mananciais, cursos e reservatórios de água e demais recursos
hídricos de
interesse da Região Metropolitana da Grande São Paulo e sobre a
delimitação
das respectivas áreas, estabelecendo normas de restrição do uso do
solo
nessas áreas.

Artigo 2º - Este decreto entrará em vigor na data de


sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 19 de abril de 1977.

PAULO EGYDIO MARTINS

Pedro Tasinari Filho, Secretário da Agricultura

Francisco Henrique Fernando de Barros, Secretário de


Obras e do Meio
Ambiente

Roberto Cerqueira Cesar, Secretário dos Negócios


Metropolitanos

www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 09714-77.htm 1/30


22/04/2022 16:34 www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 0971…

Publicado na Secretaria do Governo para Coordenação


Administrativa, aos 19
de abril de 1977

Maria Angélica Galiazzi, Diretora da Divisão de Atos


Oficiais

REGULAMENTO A QUE SE REFERE O DECRETO Nº 9714, DE 19


DE ABRIL
DE 1977

Regulamento das Leis nº 898, de 18 de dezembro de


1975, e nº 1172, de 17 de
novembro de 1976, que dispõe sobre disciplinamento do
uso do solo para a
proteção aos mananciais, cursos e reservatórios de água e
demais recursos
hídricos de interesse da Região Metropolitana da Grande São
Paulo e sobre a
delimitação das respectivas áreas, estabelecendo normas de
restrição do uso
do solo nessas áreas.

TÍTULO I

Das Disposições Gerais

Artigo 1.º - O Sistema de Disciplinamento o Uso do


Solo para a Proteção aos
Mananciais, Cursos e Reservatórios de Água e demais
Recursos Hídricos de
Interesse da Região Metropolitana da Grande São Paulo
passa a ser regido na
forma prevista neste Regulamento.

Parágrafo único - O Sistema de Disciplinamento do Uso


do Solo referido no
«caput» deste artigo, integrante do Sistema de Planejamento
e Administração
Metropolitana, compreende os órgãos e entidades da
Administração Estadual
que, na forma do disposto neste Regulamento e demais
legislação em vigor,
exercem atividades normativas, de controle e de
fiscalização nas áreas de
proteção aos mananciais, cursos e reservatórios de
água e demais recursos
hídricos de interesse da Região Metropolitana da Grande
São Paulo.

Artigo 2º - São áreas de proteção e, como tais


reservadas, as referentes aos
seguintes mananciais, cursos e reservatórios de
água e demais recursos
hídricos de interesse da Região Metropolitana da Grande
São Paulo:

I - reservatório Billings;

www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 09714-77.htm 2/30


22/04/2022 16:34 www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 0971…

II - reservatório do Cabuçu, no Rio Cabuçu de Cima,


at a barragem no Município
de Guarulhos;

III - reservatórios da Cantareira, no Rio Cabuçu de


Baixo, at as barragens no
Município de São Paulo;

IV - reservatório do Engordador, at a barragem no


Município de São Paulo;

V - reservatório de Guarapiranga, at a barragem no


Município de São Paulo;

VI - reservatório de Tanque Grande, at a barragem no


Município de Guarulhos;

VII - Rios Capivari e Monos, at a barragem prevista


da SABESP, a jusante da
confluência do Rio Capivari com o Ribeirão dos Campos
no Município de São
Paulo;

VIII - Rio Cotia, at a barragem das Graças no


Município de Cotia;

IX - Rio Guaió, at o cruzamento com a Rodovia São


Paulo-Mogi das Cruzes, na
divisa dos Municípios de Poá e Suzano;

X - Rio Itapanhaú, at a confluência com o Ribeirão


das Redras, no Município de
Biritiba Mirim;

XI - Rio Itatinga, at os limites da Região


Metropolitana;

XII - Rio Jundiaí, at a confluência com o Rio Oropó,


exclusive, no Município de
Mogi das Cruzes;

XIII - Rio Juqueri, at a barragem da SABESP, no


Município de Franco da Rocha;

XIV - Rio Taiaçupeba, at a confluência com o


Taiaçupeba Mirim, inclusive, na
divisa dos Municípios de Suzano e Mogi das
Cruzes

XV - Rio Tietê, at a confluência com o Rio Botujuru,


no Município de Mogi das
Cruzes.

XVI - Rio Jaquari, afluente da margem esquerda do Rio


Paraíba, at os limites da
região Metropolitana;

XVII - Rio Biritiba, at a sua foz;

www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 09714-77.htm 3/30


22/04/2022 16:34 www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 0971…

XVIII - Rio Juquiá, at os limites da Região


Metropolitana.

Artigo 3º - Ficam delimitadas, como áreas de


proteção, as contidas entre os
divisores de água do escoamento superficial
contribuinte dos mananciais,
cursos e reservatórios de água a que se refere o
artigo anterior, conforme
lançamento gráfico constante da coleção de cartas
planialtimétricas, em escala
de 1:10.000, do levantamento aerofotogramétrico do
Sistema Cartográfico
Metropolitano, efetuado em 1974, registrado no
Estado-Maior das Forças
Armadas sob o nº 95-74, e cujos originais se encontram
autenticados e
depositados na Secretaria dos Negócios Metropolitanos, na forma
do disposto
no artigo 1.º da Lei nº 1.172, de 17 de novembro de 1976.

TÍTULO II

Das Atribuições

CAPÍTULO I

Disposição Preliminar

Artigo 4º - Cabe à Secretaria dos Negócios


Metropolitanos, unidade
coordenadora e operadora do Sistema de Planejamento e
Administração
Metropolitana, à Empresa Metropolitana de Planejamento da Grande
São Paulo
S.A. - EMPLASA, na qualidade de unidade técnica do referido Sistema,
à
Secretaria de Obras e do Meio Ambiente, através da Companhia Estadual de
Tecnologia de Saneamento Básico e de Defesa do Meio Ambiente - CETESB, e
à
Secretaria da Agricultura, a aplicação da Lei nº 898, de 18 de dezembro de
1975, da Lei nº 1.172, de 17 de novembro de 1976, deste Regulamento e das
demais normas deles decorrentes.

CAPÍTULO II

Das Atribuições da Secretaria dos Negócios


Metropolitanos

Artigo 5º - Entre as atribuições da Secretaria dos


Negócios Metropolitanos, para
a proteção aos mananciais, sem prejuízo das
demais competências
estabelecidas na legislação em vigor para outros fins,
incluem-se:

www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 09714-77.htm 4/30


22/04/2022 16:34 www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 0971…

I - estabelecer e executar planos e programas de


atividade relacionados com o
controle e fiscalização do uso do solo;

II - examinar e aprovar, previamente, os projetos e a


execução do arruamentos,
loteamentos, edificações, obras, reformas, ampliações
de edificações
existentes, instalações de estabelecimentos, alterações de uso,
bem assim
expedir a correspondente licença para a prática de atividades
agropecuárias,
hortifrutícolas, comerciais, industriais e recreativas nas áreas
de proteção,

III - examinar e aprovar, previamente, a alteração,


ampliação ou intensificação
dos processos produtivos de estabelecimentos
industriais, relacionados entre os
permitidos pela CETESB em áreas de proteção
aos mananciais,

IV -examinar e aprovar previamente os projetos de


obras públicas a serem
executados nas áreas de proteção, podendo acompanhar a
sua execução, e
estabelecer os requisitos mínimos para a implantação dessas
obras;

V -observar e fazer observar as disposições legais e


regulamentares relativas a
proteção aos mananciais, quando da elaboração,
implantação e adequação dos
planos de infraestrutura viária, de saneamento e de
recursos hídricos, de
implantação de equipamentos urbanos e de outras públicas
a serem executadas
naquelas áreas;

VI -aplicar, quando necessárias, as medidas exigidas


para a adaptação das
urbanizações, edificações e atividades existentes às disposições
legais
destinadas à proteção dos mananciais;

VII -examinar e aprovar pedidos de adaptação de


urbanizações, edificações e
atividades existentes ou exercidas anteriormente à
Lei nº 1.172, de 17 de
novembro de 1976;

VIII - conceder as bonificações previstas no artigo


17 da Lei nº 1.172, de 17 de
novembro de 1976, observadas as condições
estabelecidas nos seus
parágrafos;

IX - manifestar-se sobre a remoção indispensável da


cobertura vegetal, nos
casos mencionados nos incisos I e II, do artigo 19 da Lei
nº 1.172, de 17 de
novembro de 1976;

www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 09714-77.htm 5/30


22/04/2022 16:34 www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 0971…

X - examinar e aprovar projetos destinados a


assegurar a proteção dos corpos
de água contra o assoreamento e a erosão,
necessários a obras que exijam
movimentação de terra nas áreas de proteção;

XI - efetuar levantamentos, organizar e manter o


cadastramento dos imóveis
situados nas áreas de proteção;

XII - elaborar normas, especificações e instruções


técnicas relativas ao controle
e fiscalização do uso do solo nas áreas de
proteção;

XIII -verificar a aplicação e o cumprimento das


normas vigentes relativas às
densidades demográficas, processos e formas de uso
do solo;

XIV -estudar e propor aos Municípios, em colaboração


com os órgãos
competentes do Estado, as normas a serem observadas ou
introduzidas nos
Planos Diretores de Desenvolvimento Integrado (PDDDIs), no
interesse do
controle do uso do solo nas áreas de proteção;

XV - fiscalizar, nas áreas de proteção, a implantação


de projetos, atividades,
processos, alterações de uso, reformas e ampliações,
efetuando inspeções em
estabelecimentos, instalações e sistemas, objetivando o
cumprimento, pelas
entidades públicas e particulares, das normas previstas
neste Regulamento e na
legislação em vigor;

XVI -propor e estabelecer formas de colaboração com


outros órgãos ou
entidades da Administração direta ou indireta no controle e
fiscalização
necessários à proteção aos mananciais;

XVII - aplicar as sanções previstas neste


Regulamento, sem prejuízo daquelas
fixadas em leis especiais;

XVIII - tomar todas as medidas necessárias ao cumprimento


da legislação em
vigor para a proteção das áreas objeto deste Regulamento.

Parágrafo único - Os serviços técnicos necessários ao


cumprimento das
atribuições previstas neste Regulamento para a Secretaria dos
Negócios
Metropolitanos serão executados pela Empresa Metropolitana de
Planejamento
da Grande São Paulo S.A. - EMPLASA, unidade técnica do Sistema de
Planejamento e Administração Metropolitana, nos termos da Lei Complementar

www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 09714-77.htm 6/30


22/04/2022 16:34 www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 0971…


94, de 29 de maio de 1974, modificada pela Lei Complementar nº 144, de 22
de
setembro de 1976.

CAPÍTULO III

Das atribuições da Empresa Metropolitana de


Planejamento da Grande São
Paulo S.A. - EMPLASA

Artigo 6º - Entre as atribuições da EMPLASA para a


prestação dos serviços
técnicos a que se refere este Regulamento, sem prejuízo
das demais
competências previstas na legislação em vigor para outros fins,
incluem-se:

I - praticar todos os atos exigidos para adequação


dos projetos que lhe forem
apresentados às disposições regulamentares
referentes às áreas de proteção
aos mananciais;

II - expedir notificações aos interessados para o


cumprimento de exigências
relativas a projetos em exame;

III - expedir informações técnicas à Secretaria dos


Negócios Metropolitanos,
destinadas a instruir os processos de aprovação de
projetos;

IV - representar à Secretaria dos Negócios


Metropolitanos para a aplicação das
sanções previstas neste Regulamento,
praticando todas as atividades técnicas
necessárias à caracterização das
infrações.

Parágrafo único - Para o cumprimento das atribuições


previstas neste artigo, a
EMPLASA cobrará o preço correspondente aos serviços
técnicos executados,
na forma do disposto no artigo 23 deste Regulamento e,
quando for o caso, na
forma expressa em contrato.

CAPÍTULO IV

Das Atribuições da Secretaria de Obras e do Meio


Ambiente

Artigo 7º - Entre as atribuições da Secretaria de


Obras e do Meio Ambiente,
mediante parecer ou licença da Companhia Estadual de
Tecnologia de
Saneamento Básico e de Defesa do Meio Ambiente - CETESB, quanto
aos

www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 09714-77.htm 7/30


22/04/2022 16:34 www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 0971…

aspectos de proteção ambiental, sem prejuízo das demais competências


estabelecidas na legislação em vigor para outros fins, incluem-se:

I - manifestar-se sobre os projetos e a execução de


arruamentos, loteamentos,
edificações, obras, reformas, ampliações de
edificações existentes, instalações
de estabelecimentos, alterações de uso, bem
assim a prática de atividades
agropecuárias, hortifrutícolas, comerciais,
industriais e recreativas nas áreas de
proteção;

II - manifestar-se sobre a alteração ou


intensificação dos processos produtivos
de estabelecimentos industriais,
relacionados entre os permitidos pela CETESB
em áreas de proteção aos
mananciais.

CAPÍTULO V

Das Atribuições da Companhia Estadual de Tecnologia e


Saneamento Básico e
de Defesa do Meio Ambiente - CETESB

Artigo 8º - Entre as atribuições da CETESB, como


órgão delegado do Governo
do Estado de São Paulo, quanto aos aspectos de
proteção ambiental, sem
prejuízo das demais competências estabelecidas na
legislação em vigor para
outros fins, incluem-se:

I - emitir pareceres ou licenças para efeito das


manifestações previstas nos
incisos I e II, do artigo 7º deste Regulamento;

II - relacionar as indústrias permitidas para


exercerem atividades nas áreas de
proteção aos mananciais da Região
Metropolitana;

III - estabelecer limites à concentração de


nutrientes nos efluentes, nos casos
previstos no § 4º -, do artigo 23, da Lei
nº 1.172, de 17 de novembro de 1976;

IV - exigir dos usuários a redução de áreas


cultivadas, sempre que as condições
dos mananciais assim o impuserem, em razão
dos níveis de eutrofização,
toxidez e nocividade;

V - proibir, em comum acordo com a Secretaria da


Agricultura, o uso de
defensivos agrícolas, se os níveis de contaminação
verificados nos corpos de
água atingirem limites inaceitáveis;

www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 09714-77.htm 8/30


22/04/2022 16:34 www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 0971…

VI - estabelecer critérios para a determinação das


quantidades armazenáveis,
nas áreas de proteção, de quaisquer produtos químicos
que possam colocar em
risco a qualidade das águas, bem como fixar normas de
segurança para o
transporte, o armazenamento e a manipulação de tais produtos;

VII - representar à Secretaria dos Negócios


Metropolitanos para a aplicação das
sanções previstas neste Regulamento, sem
prejuízo da incidência de outras
previstas na legislação estadual sobre
proteção do meio ambiente do Estado de
São Paulo, contra agentes poluidores;

VIII - tomar todas as medidas necessárias ao


cumprimento da legislação em
vigor para a proteção das áreas objeto deste
Regulamento.

§ 1.º - A manifestação da CETESB, mencionada no


inciso I deste artigo, será
feita através de parecer, nos casos não
relacionados no artigo 57 do Decreto nº
8.468, de 08 de setembro de 1976. Nos
demais casos, a Licença de Instalação,
mencionada no citado artigo, substituirá
o parecer.

§ 2º - Para o cumprimento das atribuições previstas


neste artigo, a CETESB
cobrará o preço correspondente aos serviços técnicos
executados, na forma do
disposto nos artigos 24 ou 25 deste Regulamento, e,
quando for o caso, na
forma expressa em contrato.

CAPÍTULO VI

Das Atribuições da Secretaria da Agricultura

Artigo 9º - Entre as Atribuições da Secretaria da


Agricultura, sem prejuízo das
demais competências estabelecidas na legislação
em vigor, incluem-se:

I - aprovar, após prévia manifestação da Secretaria


dos Negócios
Metropolitanos, nos casos definidos nos incisos I e II, do artigo
19, da Lei nº
1.172, de 17 de novembro de 1976, a remoção indispensável da
cobertura
vegetal nas áreas de proteção;

II - defender e fomentar a cobertura vegetal nas


terras de propriedade do
Estado, situadas nas áreas de proteção definidas neste
regulamento;

www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 09714-77.htm 9/30


22/04/2022 16:34 www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 0971…

III - fornecer as dosagens admissíveis de


fertilizantes e defensivos agrícolas a
serem utilizados nas áreas de proteção;

IV - permitir, a seu critério, as culturas que exijam


uso intensivo de defensivos
agrícolas;

V - definir, em comum acordo com a CETESB, sobre o


uso ou proibição de
defensivos agrícolas, tendo em vista preservar os corpos de
água contra a
contaminação além de limites inaceitáveis.

TÍTULO III

Do processo de Aprovação e Licenciamento

CAPÍTULO I

Disposições Gerais

Artigo 10.º - Os projetos de arruamentos,


loteamentos, edificações, obras,
reformas, ampliações de edificações,
existentes, instalações de
estabelecimentos, alterações de uso bem assim a
prática de atividades
agropecuárias, hortifrutícolas, comerciais, industriais e
recreativas nas áreas de
proteção estão sujeitos à prévia manifestação
favorável da Secretaria de Obras
e do Meio Ambiente, mediante parecer ou
licença da CETESB, e à aprovação
ou licenciamento da Secretaria dos Negócios
Metropolitanos, após informação
técnica da EMPLASA.

§ 1.º - Os projetos e atividades que envolvam remoção


indispensável da
cobertura vegetal, a utilização de fertilizantes e defensivos
agrícolas, nas áreas
de proteção, dependerão também de aprovação da Secretaria
da Agricultura.

§ 2º - As obras referentes à infra-estrutura


sanitária e viária deverão atender os
requisitos mínimos estabelecidos nos
artigos 23, 24 e 25 da Lei nº 1172/76.

Artigo 11 - Nas áreas de proteção, o licenciamento


das atividades e a realização
das obras, referidas no artigo 10 deste
Regulamento, ficarão sujeitos às
seguintes exigências:

www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 09714-77.htm 10/30


22/04/2022 16:34 www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 0971…

I - destinação e uso da área perfeitamente


caracterizados e expressos nos
projetos e documentos submetidos à aprovação;

II - apresentação nos projetos de solução adequada para


a coleta, tratamento e
destino final dos resíduos sólidos, líquidos ou gasosos
produzidos pelas
atividades que se propõem a exercer ou desenvolver nas áreas;

III - apresentação nos projetos de solução adequada,


relativamente aos
problemas de erosão e de escoamento das águas, inclusive as
pluviais.

§ 1.º - O licenciamento das atividades


hortifrutícolas independerá de projetos
desde que o documento submetido à
aprovação contenha os demais requisitos
previstos neste artigo.

§ 2º - O licenciamento de atividades e a aprovação de


projetos por quaisquer
outros órgãos públicos dependerão do licenciamento ou de
prévia manifestação
da Secretaria de Obras e do Meio Ambiente, mediante parecer
da CETESB, e
de aprovação da Secretaria dos Negócios Metropolitanos, após
informação
técnica da EMPLASA, relativamente ao cumprimento dos incisos I a III
e § 1.º
deste artigo.

§ 3º - Dos documentos de aprovação e de licenciamento


constará,
obrigatoriamente que o uso de área só será admitido em conformidade
com a
legislação disciplinadora da proteção aos mananciais.

Artigo 12 - Os órgãos e entidades responsáveis por


obras públicas a serem
executadas nas áreas de proteção, deverão submeter
previamente os
respectivos projetos a Secretaria dos Negócios Metropolitanos
que estabelecerá
os requisitos mínimos para a implantação dessas obras, podendo
acompanhar
sua execução.

Artigo 13 - Os projetos apresentados deverão vir


acompanhados de todos os
documentos e elementos técnicos estabelecidos na forma
adequada e em
comum acordo pela EMPLASA e pela CETESB.

Artigo 14 - Os órgãos e entidades do Sistema de


Disciplinamento do Uso do
Solo para a Proteção aos Mananciais baixarão normas
internas, coordenando o
encaminhamento dos processos, no campo de suas
respectivas atribuições.

www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 09714-77.htm 11/30


22/04/2022 16:34 www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 0971…

CAPÍTULO II

Do Procedimento nos Órgãos e Entidades Para Aprovação


e Licenciamento

Artigo 15 - O interessado formulará à CETESB o pedido


para exame do projeto,
tendo em vista o cumprimento do disposto no artigo 10
deste Regulamento,
mediante:

I - apresentação dos memoriais, plantas, informações


e demais documentos
exigidos de conformidade com o artigo 14 deste Regulamento,
em 6 (seis) vias;

II - pagamento do preço estabelecido na forma dos


artigos 24 ou 25 deste
Regulamento, para exame técnico do projeto e expedição
do respectivo parecer,
ou

III - pagamento do preço e cumprimento das demais


condições estabelecidas no
Regulamento aprovado pelo Decreto nº 8.468 de 08 de
setembro de 1976, para
a concessão de licença.

16 - A CETESB, após o exame técnico pertinente,


emitirá o parecer ou a licença
que implicará a manifestação a que se refere o
parágrafo único do artigo 3º, da
Lei nº 898, de 18 de dezembro de 1975.

§ 1.º - O prazo para o exame técnico referido neste


artigo será o de 0 (trinta)
dias, ressalvado o disposto nos parágrafos
seguintes.

§ 2º - A CETESB poderá convocar o interessado,


pessoalmente ou através de
carta com "aviso de recebimento" (AR),
para cumprir exigências por ela
formuladas no curso do exame dos projetos.

§ 3º - Se o interessado não for localizado, ou se o


"aviso de recebimento" não
for devolvido no prazo de 10 (dez) dias a
contar da data de sua expedição na
imprensa oficial.

§ 4º - Se o interessado não atender às convocações


para cumprir as exigências
formuladas, no prazo de 15 (quinze) dias, os
projetos serão examinados no
estado em que se encontrarem e emitido o parecer
com base nos elementos
disponíveis.

www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 09714-77.htm 12/30


22/04/2022 16:34 www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 0971…

§ 5º - Efetuando o exame e expedido o parecer ou


licença, a CETESB reterá
uma das vias do projeto, encaminhará 3 (três) vias à
EMPLASA, e devolverá 2
(duas) vias ao interessado acompanhadas do parecer ou
licença.

§ 6º - Se o interessado atender à convocação referida


no parágrafo segundo, o
prazo fixado no parágrafo primeiro deste artigo será
interrompido, reiniciando-se
a partir da data do cumprimento das exigências
formuladas.

§ 7º - No caso de haver exigências de novos


documentos, estes deverão ser
apresentados à CETESB em 6 (seis) vias.

§ 8º - Nos casos previstos no artigo 60 deste


Regulamento, a CETESB
observará, para aprovação dos projetos, o disposto nos
parágrafos anteriores.

§ 9º - O decurso do prazo para exame técnico do


projeto não implica a sua
aprovação.

Artigo 17 - A EMPLASA, à vista do parecer favorável


ou licença da CETESB,
aguardará requerimento do interessado solicitando-lhe
exame técnico do projeto
e aprovação ou licenciamento pela Secretaria dos
Negócios Metropolitanos,
anexado ao requerimento as duas vias que lhe foram
entregues pela CETESB.

Parágrafo único - No caso da manifestação da CETESB


ser desfavorável, a
EMPLASA procederá os registros cabíveis, reterá uma das
vias e encaminhará
os documentos à Secretaria dos Negócios Metropolitanos para
arquivo.

Artigo 18 - O interessado, ao requerer o exame


técnico à EMPLASA, deverá
ainda:

I - apresentar os documentos exigidos na forma estabelecida


pela EMPLASA;

II - pegar o preço estabelecido na forma do artigo 23


deste Regulamento, para o
exame.

§ 1.º - O prazo para o exame técnico referido neste


artigo será de 30 (trinta)
dias, ressalvado o disposto nos parágrafos
seguintes.

§ 2º - A EMPLASA poderá convocar o interessado,


pessoalmente ou através de
carta com "aviso de recebimento" (AR),
para cumprir exigências por ela

www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 09714-77.htm 13/30


22/04/2022 16:34 www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 0971…

formuladas no curso do exame dos projetos

§ 3º - Se o interessado não for localizado, ou se o


"aviso de recebimento" não
for devolvido no prazo de 10 (dez) dias a
contar da data de sua expedição, a
convocação do interessado será feita através
de publicação de edital de
convocação na imprensa oficial.

§ 4º - Se o interessado não atender às convocações


para cumprir as exigências
formuladas, no prazo de 15 (quinze) dias, os
projetos serão examinados no
estado em que se encontrarem e emitida a
informação técnica com base nos
elementos disponíveis.

§ 5º - Se o interessado atender às convocações


referida no parágrafo segundo
deste artigo, o prazo fixado no parágrafo
primeiro será interrompido, reiniciando-
se a partir da data do cumprimento das
exigências formuladas.

Artigo 19 - Na hipótese prevista no parágrafo


primeiro do artigo 10, deste
Regulamento, a EMPLASA reterá uma das vias do
projeto e encaminhará as
restantes à Secretaria dos Negócios Metropolitanos,
com a informação técnica,
que após manifestar-se favoravelmente, no prazo de 5
(cinco) dias, as
encaminhará à Secretaria da Agricultura para a devida
aprovação, no prazo de
10 (dez) dias, observados os incisos I e II, do artigo
19 da Lei nº 1.172, de 17 de
novembro de 1976.

§ 1.º - Se a manifestação da Secretaria dos Negócios


Metropolitanos for
desfavorável esta comunicará o fato ao interessado, reterá
uma das vias e
devolverá as demais ao interessado.

§ 2º - Após a aprovação ou não da Secretaria da


Agricultura, esta reterá uma
das vias e encaminhará as demais, devidamente
visadas, à Secretaria dos
Negócios Metropolitanos.

§ 3º - No caso de não aprovação do projeto pela


Secretaria da Agricultura, a
Secretaria dos Negócios Metropolitanos comunicará
o fato ao interessado,
reterá 1 (uma) das vias e devolverá as restantes ao
interessado.

Artigo 20 - A Secretaria dos Negócios Metropolitanos,


à vista da manifestação
favorável da Secretaria de Obras e do Meio Ambiente,
mediante o parecer ou

www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 09714-77.htm 14/30


22/04/2022 16:34 www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 0971…

licença da CETESB, e da informação técnica da EMPLASA,


terá 15 (quinze)
dias para a aprovação do projeto, expedindo a respectiva
licença, se for o caso.

§ 1.º - Expressamente aprovado o projeto, a Secretaria


dos Negócios
Metropolitanos reterá uma das vias do projeto e entregará as
restantes
devidamente visadas ao interessado.

§ 2º - No caso de não aprovação, a Secretaria dos


Negócios Metropolitanos
reterá uma das vias, e devolverá as demais ao interessado,
juntamente com
uma declaração pertinente.

§ 3º - O decurso do prazo a que se refere o


"caput" deste artigo não implicará a
aprovação do projeto.

§ 4º - Os atos de aprovação e licenciamento no âmbito


da Secretaria dos
Negócios Metropolitanos serão levados a efeito por sua
Assessoria Técnica.

§ 5º - Da aprovação e licenciamento ou não, a


Secretaria dos Negócios
Metropolitanos dará conhecimento à EMPLASA e à CETESB
para fins de
registro em seus respectivos cadastros técnicos.

Artigo 21 - Se o interessado não atender às


convocações para cumprir
exigências formuladas pela Secretaria dos Negócios
Metropolitanos, no prazo
de 15 (quinze) dias, o projeto será arquivado, podendo
o interessado solicitar o
desarquivamento, satisfazendo aquelas exigências, ou
a simples devolução dos
documentos.

Artigo 22 - A Secretaria da Saúde ou os demais órgãos


públicos incumbidos da
aplicação da legislação sanitária do Estado somente
darão início ao exame dos
projetos a serem executados nas áreas de proteção, a
que se refere o artigo 2º
deste Regulamento, após a aprovação da Secretaria dos
Negócios
Metropolitanos e manifestação favorável da Secretaria de Obras e do
Meio
Ambiente, conforme o disposto no § 2º do artigo 6º , da Lei nº 898, de 18
de
dezembro de 1975.

CAPÍTULO III

Dos Preços para Exame Técnico dos Projetos           

www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 09714-77.htm 15/30


22/04/2022 16:34 www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 0971…

SEÇÃO I

Pela Emplasa         

Artigo 23 - O preço para o exame técnico dos projetos


a que se refere o artigo
10, deste Regulamento, será cobrado pela EMPLASA, em
função das seguintes
fórmulas:

I - para projetos de edificações:

P = 0,5 Aconde:

P = custo do exame expresso em UPC

AC = área total construída, mais a área ao ar livre


utilizada para o
armazenamento de materiais e para operações e processamentos
industriais.

II - para projetos de loteamentos e conjuntos residenciais


de habitações
unifamiliares:

P = 0,2 R. Ag onde:

P = custo do exame (preço) expresso em UPC

R = porcentagem da área a ser loteada

Ag = área total da gleba              

SEÇÃO II

PELA CETESB       

Artigo 24 - O preço para o exame técnico dos projetos


a que se refere o artigo
10 deste Regulamento, necessário à emissão de parecer
da CETESB, será por
esta cobrado de conformidade com as seguintes fórmulas:

I - para a prática de atividades agropecuárias e


hortifrutícolas:

P = F Aonde:

P = preço a ser cobrado em UPC

www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 09714-77.htm 16/30


22/04/2022 16:34 www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 0971…

F = valor fixo igual a 0,1

A = raiz quadrada da área total utilizável da


propriedade em metros quadrados

II - para projetos em geral e para a prática de


outras atividades:

P = F1 + F2 x Aonde:

P = preço a ser cobrado em UPC

F1 = valor fixo igual a 13

F2 = valor fixo igual a 0,3

A = raiz quadrada da área a ser construída em metros


quadrados

Artigo 25 - O preço para o exame técnico de projetos


de sistema de tratamento
e de disposição final das águas residuárias a que se
refere o artigo 60 e seus
parágrafos, deste Regulamento, será cobrado pela
CETESB em função da
seguinte fórmula:

P = F onde:

P = preço a ser cobrado em UPC

F = valor fixo igual a 30

TÍTULO IV

Da Fiscalização

Artigo 26 - A fiscalização do cumprimento do disposto


nas leis nº 898, de 18 de
dezembro de 1975, nº 1.172, de 17 de novembro de
1976, neste Regulamento e
demais normas deles decorrentes, será exercida por
agentes credenciados da
Secretaria dos Negócios Metropolitanos.

Parágrafo único - A fiscalização referida neste


artigo poderá, me diante
convênio, ser cometida a outros órgãos ou entidades da
Administração direta ou
indireta do Estado, bem como a órgãos da Administração
Municipal.

www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 09714-77.htm 17/30


22/04/2022 16:34 www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 0971…

Artigo 27 - No exercício da ação fiscalizadora ficam


asseguradas, aos agentes
credenciados da Secretaria dos Negócios
Metropolitanos, a entrada, a qualquer
dia ou hora, e a permanência pelo tempo
que se tornar necessário, em
estabelecimento públicos ou privados.

Parágrafo único - Os agentes, quando obstados, poderão


requisitar força policial
para o exercício de suas atribuições.

Artigo 28 - Cabe aos agentes credenciados:

I - efetuar vistorias em geral, levantamentos,


avaliações e inspeções;

II - verificar a ocorrência de infrações e propor as


respectivas sanções;

III - lavrar de imediato autos de inspeção ou de


infração, fornecendo cópia ao
interessado;

IV - intimar por escrito quaisquer pessoas físicas ou


jurídicas sujeitas as
disposições deste Regulamento e demais legislação e
normas referentes a
proteção aos mananciais, para prestarem esclarecimentos e
exibirem
documentos pertinentes, em local e data previamente fixados;

V - aplicar, quando expressamente autorizado pelo


Secretário dos Negócios
Metropolitanos as penalidades de advertência e de
multa.

TÍTULO V

Das Infrações e Penalidades

CAPÍTULO I

Da Aplicação das Sanções

Artigo 29 - Os infratores das disposições deste


Regulamento e demais
legislação e normas referentes ao disciplinamento do uso
do solo para a
proteção aos mananciais ficam sujeitos à aplicação das seguintes
sanções, pela
Secretaria dos Negócios Metropolitanos, sem prejuízo de outras
estabelecidas
em leis especiais:

www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 09714-77.htm 18/30


22/04/2022 16:34 www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 0971…

I - advertência, com prazo de at 30 (trinta) dias


para a regularização da situação,
nos casos de primeira infração, quando não
haja perigo iminente a saúde
pública;

II - multa de Cr$ 100,00 (cem cruzeiros) a Cr$


5.000,00 (cinco mil cruzeiros), por
dia, tendo em vista o patrimônio do agente
infrator, se não efetuada a
regularização dentro do prazo fixado no inciso
anterior:

a) pela execução de arruamento, loteamento,


edificação ou obra, sem
aprovação prévia da Secretaria dos Negócios
Metropolitanos;

b) pela prática de atividades agropecuárias,


comerciais, industriais e recreativas,
sem aprovação prévia da Secretaria dos
Negócios Metropolitanos;

c) pela execução de arruamento, loteamento edificação


ou obra e pela prática
de atividades agropecuárias, comerciais, industriais e
recreativas em desacordo
com os termos da aprovação ou com infração das
disposições deste
Regulamento e demais legislação e normas referentes ao
disciplinamento do
uso do solo para proteção aos mananciais;

III - interdição, nos casos de iminente perigo à


saúde pública e nos de infração
continuada;

IV - embargue e demolição da obra ou construção


executada sem autorização
ou aprovação, ou em desacordo com os projetos
aprovados, quando a sua
permanência ou manutenção contrariar as disposições
legais e regulamentares
relativas as disciplinamento do uso do solo para a
proteção aos mananciais ou
ameaçar a qualidade do meio ambiente, respondendo o
infrator pelas despesas
a que der causa.

§ 1.º - As penalidades de interdição, embargo ou


demolição poderão ser
aplicadas sem prejuízo daquelas objeto dos incisos I e II
deste artigo.

§ 2º - O prazo a que se refere o inciso I deste artigo


poderá ser, antes de seu
vencimento, mediante solicitação do interessado
devidamente fundamentada e
a critério da Administração, prorrogado pelo tempo
que esta determinar tendo
em vista o interesse público.

www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 09714-77.htm 19/30


22/04/2022 16:34 www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 0971…

§ 3º - Das decisões que concederem ou denegarem a


prorrogação referida no
parágrafo anterior, será dada ciência ao interessado,
na forma do parágrafo
único do artigo 35, deste Regulamento.

§ 4º - Para efeito do disposto no inciso II deste


artigo, considera-se patrimônio
do agente infrator o valor venal ou fundiário
dos imóveis implicados na
irregularidade apontada.

§ 5º - A multa a que se refere o inciso II deste


artigo será cobrada à razão de
0,1% (um décimo por cento) do valor do
patrimônio do agente infrator
estabelecido na forma do parágrafo anterior.

§ 6º - O valor da multa aplicável conforme o


parágrafo anterior não poderá ser
inferior a Cr$ 100,00 (cem cruzeiros) nem
superior a Cr$ 5.000,00 (cinco mil
cruzeiros), por dia, ou, no caso de
atividades hortifrutícolas, superior a Cr$
500,00 (quinhentos cruzeiros) por
dia.

§ 7º - A multa incidirá durante 60 (sessenta) dias


contados a partir da data da
lavratura do correspondente auto de infração,
caracterizando-se, a partir do
término desse prazo, a infração continuada.

§ 8º - Os limites do valor da multa referidos no § 6º


deste artigo serão
automaticamente reajustados mediante aplicação dos
coeficientes de
atualização monetária, na forma de legislação federal em vigor.

§ 9º - Os casos de iminente perigo à saúde pública ou


de ameaça a qualidade
do meio ambiente serão apurados pela Secretaria da Saúde
ou pela CETESB,
por si ou mediante representação da Secretaria dos Negócios
Metropolitanos.

§ 10.º - As sanções previstas neste artigo serão aplicadas


sem prejuízo da
cassação de licenciamento, a critério da Secretaria dos
Negócios
Metropolitanos, e da indenização, pelo infrator, dos danos que causar.

Artigo 30 - A aplicação de sanções às infrações ao


disposto neste Regulamento
e demais legislação e normas referentes ao
disciplinamento do uso do solo para
a proteção aos mananciais não impedirá a
incidência de outras penalidades por
ação da CETESB, nos termos da legislação
estadual sobre proteção do meio
ambiente do Estado de São Paulo contra agentes
poluidores.

www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 09714-77.htm 20/30


22/04/2022 16:34 www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 0971…

Artigo 31 - Responde pela infração quem de qualquer


modo a cometer,
concorrer para a sua prática, ou dela se beneficiar.

Artigo 32 - A aplicação da multa diária cessará


mediante comunicação escrita do
infrator de que foram tomadas as providências
exigidas.

§ 1.º - Se as providências exigidas demandarem prazo


para a sua efetiva
realização, o infrator deverá, juntamente com a comunicação,
submeter o
respectivo cronograma à aprovação da Secretaria dos Negócios
Metropolitanos.

§ 2º - Após a comunicação será feita uma inspeção por


agente credenciado,
retroagindo o termo final de aplicação da multa à data da
comunicação, se
constatada a veracidade da mesma.

Artigo 33 - No caso de resistência, a interdição, o


embargo ou a demolição
serão efetuados com requisição de força policial.

Artigo 34 - Todos os custos ou despesas decorrentes


da aplicação das

Sanções de interdição, embargo ou demolição correrão


por conta do infrator.

CAPÍTULO II

Da Formalização das Sanções

Artigo 35 - Constatada a irregularidade, será lavrado


o auto de infração, em três
vias, no mínimo, destinando-se a primeira ao
autuado e as demais à formação
do processo administrativo devendo aquele
instrumento basicamente conter:

I - nome da pessoa física ou jurídica autuada, com o


respectivo endereço;

II - fato constitutivo da infração e o local, hora e


data respectivos;

III - disposição legal ou regulamentar em que se


fundamenta a autuação;

IV - penalidade aplicada e, quando for o caso, prazo


para correção da
irregularidade;

V - assinatura da autoridade competente.

www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 09714-77.htm 21/30


22/04/2022 16:34 www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 0971…

Parágrafo único - O autuado tomará ciência do auto de


infração, pessoalmente,
por seu representante local ou preposto, ou por carta
registrada, servindo esta
como notificação para o cumprimento de suas
exigências.

Artigo 36 - A penalidade de advertência ou de multa


será aplicada por agente
credenciado da Secretaria dos Negócios Metropolitanos.

Artigo 37 - Para efeito de aplicação de multa, o


valor venal ou fundiário dos
imóveis implicados na irregularidade será apurado
mediante a apresentação
pelo infrator de documento hábil dele comprobatório.

Parágrafo único - Se o infrator não apresentar no


momento da lavratura do auto
de infração, ou no prazo de 5 (cinco) dias, o
documento referido no "caput"
deste artigo, o agente poderá arbitrar
o respectivo valor para a imposição da
multa, justificando o valor arbitrado à
autoridade imediatamente superior.

Artigo 38 - As penalidades de interdição, temporária


ou definitiva, embargo,
demolição ou cassação de licença serão aplicadas pelo
Coordenador da
Assessoria Técnica da Secretaria dos Negócios Metropolitanos,
por proposta de
seus órgãos competentes ou da Secretaria da Saúde ou da CETESB
ou, ainda,
da Secretaria da Agricultura.

CAPÍTULO III

Da Cobrança e do Recolhimento das Multas

Artigo 39 - As multas previstas neste Regulamento


deverão ser recolhidas pelo
infrator dentro de 20 (vinte) dias, contados da
notificação para recolhimento da
multa, sob pena de cobrança judicial.

Artigo 40 - A cobrança das multas aplicadas pela


Secretaria dos Negócios
Metropolitanos em decorrência deste Regulamento será de
responsabilidade da
instituição do Sistema de Crédito do Estado encarregada da
administração do
Fundo Metropolitano de Financiamento e Investimento (FUMEFI).

§ 1.º - O produto da arrecadação das multas


constituirá receita do Fundo
Metropolitano de Financiamento e Investimento
(FUMEFI).

www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 09714-77.htm 22/30


22/04/2022 16:34 www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 0971…

§ 2º - A instituição do Sistema de Crédito do Estado,


referida no «caput» deste
artigo, credenciará estabelecimentos bancários para
recolherem, em nome
daquela instituição e a favor do FUMEFI, as multas
aplicadas nos termos deste
Regulamento.

Artigo 41 - O não recolhimento da multa no prazo


fixado no artigo 39 deste
Regulamento, além de sujeitar o infrator à decadência
do direito de recurso,
acarretará sobre o débito:

I - correrão monetária do seu valor, a partir do mês


seguinte ao da notificação
para recolhimento da multa;

II - acréscimo de 1% (hum por cento) ao mês, a partir


do mês subsequente ao
de vencimento do prazo fixado para o recolhimento;

III - acréscimo de 20% (vinte por cento), quando


inscrito para cobrança
executiva.

§ 1.º - A correção monetária mencionada no inciso I


deste artigo será
determinada com base nos coeficientes de atualização adotados
pela Secretaria
da Fazenda para os débitos fiscais de qualquer natureza,
vigorantes no mês em
que ocorrer o pagamento do débito.

§ 2º - Os acréscimos referidos nos incisos II e III


deste artigo incidirão sobre o
valor do débito atualizado monetariamente nos
termos do inciso I.

Artigo 42 - Nos casos de cobrança judicial, a


instituição de crédito referida no
«caput» do artigo 40 deste Regulamento
encaminhará a relação das multas não
recolhidas no prazo fixado no artigo 39
deste Regulamento, devidamente
informada, à Secretaria dos Negócios
Metropolitanos, para que esta providencie
a inscrição da dívida e execução.

TÍTULO VI

Dos Recursos

CAPÍTULO I

Dos Incidentes Processuais

www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 09714-77.htm 23/30


22/04/2022 16:34 www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 0971…

Artigo 43 - Das exigências formuladas no curso do


exame ou aprovação dos
projetos, caberá recurso, devidamente fundamentado, no
prazo de 10 (dez)
dias, ao respectivo superior imediato de quem as formulou.

§ 1.º - A interposição do recurso de que trata este


artigo interromperá os prazos
para exame ou aprovação dos respectivos projetos.

§ 2º - Da decisão do recurso, a ser proferida no


prazo de 15 (quinze) dias, será
dada ciência ao interessado na forma do
parágrafo único do artigo 35 deste
Regulamento.

§ 3º - Provido o recurso, a entidade ou o órgão


recorrido providenciará
incontinenti o término do exame ou dos atos de
aprovação do projeto.

§ 4º - Negado provimento ao recurso, o interessado


deverá, no prazo que lhe for
assinado, cumprir as exigências formuladas.

CAPÍTULO II

Das Sanções Aplicadas

Artigo 44 - Os recursos interpostos em razão da


aplicação das sanções
previstas neste Regulamento não terão efeito suspensivo,
exceto os casos de
interdição, temporária ou definitiva, embargo, demolição ou
cassação de licença,
desde que não haja perigo iminente à saúde pública ou
ameaça à qualidade do
meio ambiente.

Parágrafo único - Os recursos de que trata este artigo


serão interpostos dentro
de 10 (dez) dias, contados da ciência do auto de
infração.

Artigo 45 - Os recursos, instruídos com todos os


elementos necessários ao seu
exame, deverão ser dirigidos ao Secretário dos
Negócios Metropolitanos.

Artigo 46 - Ao Coordenador da Assessoria Técnica da


Secretaria dos Negócios
Metropolitanos caberá pedido de reconsideração,
devidamente fundamentado,
no prazo de 10 (dez) dias, nos casos das sanções
aplicadas de acordo com o
artigo 38 deste Regulamento.

www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 09714-77.htm 24/30


22/04/2022 16:34 www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 0971…

Artigo 47 - Não serão conhecidos os recursos que


deixarem de vir
acompanhados de cópia autenticada da guia de recolhimento da
multa, quando
for o caso.

Parágrafo único - No caso de aplicação de multa, o


recolhimento a que se refere
este artigo deverá ser efetuado pela importância
pecuniária correspondente ao
período compreendido entre a data do auto de
infração e a da interposição do
recurso.

Artigo 48 - Os recursos serão decididos no prazo de


20 (vinte) dias a contar da
data de sua interposição, depois de ouvida, no
prazo de 5 (cinco) dias, a
autoridade que houver aplicado a sanção.

Artigo 49 - As restituições de multas recolhidas,


quando provido o recurso
apresentado, serão efetuadas, sempre, pelo valor
recolhido, sem quaisquer
acréscimos.

Parágrafo único - As restituições mencionadas neste


artigo deverão ser
requeridas ao órgão competente da instituição de crédito
encarregada da
cobrança da multa, através de petição, que deverá ser instruída
com:

I - nome do infrator e seu endereço;

II - número do processo administrativo a que se


refere a restituição pleiteada;

III - cópia da guia do recolhimento;

IV - comprovante do provimento do recurso


apresentado.

Artigo 50 - Nos casos de não provimento do recurso


apresentado, a multa
aplicada continuará a incidir normalmente a partir da data
da interposição do
recurso pelo infrator, sem prejuízo da fluência do prazo
referido no § 7º do artigo
29 deste Regulamento.

TÍTULO VII

Das Disposições Finais

Artigo 51 - Para as aprovações ou licenciamentos previstos


neste Regulamento,
o interessado fica obrigado a apresentar os títulos hábeis,
como definidos na lei

www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 09714-77.htm 25/30


22/04/2022 16:34 www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 0971…

civil, comprobatórios da propriedade, domínio útil ou


posse do terreno ou gleba
no qual será implantado o empreendimento.

Artigo 52 - Não será admitido, para efeito deste


Regulamento qualquer
parcelamento, divisão, desmembramento ou fracionamento de
qualquer terreno
ou gleba vinculado ao empreendimento, salvo se dele houver
prévia adaptação,
devidamente aprovada pela Secretaria dos Negócios Metropolitanos,
às
disposições deste Regulamento e demais legislação e normas referentes à
proteção aos mananciais.

§ 1.º - O interessado solicitará, mediante


apresentação de declaração da
Secretaria dos Negócios Metropolitanos e nos
termos da legislação pertinente, a
averbação no Registro de Imóveis da
vinculação ao empreendimento do terreno
ou gleba.

§ 2º - Somente após a averbação, comunicada pelo


interessado, mediante
certidão do Registro de Imóveis, que a Secretaria dos
Negócios Metropolitanos
expedirá a competente aprovação e licença a que se
refere o artigo 20.

§ 3º - Para o feito de desvinculação do


empreendimento em relação ao terreno
ou gleba, a Secretaria dos Negócios
Metropolitanos expedirá, mediante
solicitação do interessado e observados os
requisitos deste Regulamento, a
declaração pertinente.

§ 4º - A infração ao disposto neste artigo sujeitará


o infrator à aplicação das
sanções previstas neste Regulamento, sem prejuízo de
outras estabelecidas na
legislação vigente.

Artigo 53 - Para efeito da aplicação das normas deste


Regulamento, não se
permitirá a vinculação ao mesmo empreendimento de áreas de
terreno ou gleba
não contíguas, salvo quando separadas por vias públicas.

Artigo 54 - Na contagem dos prazos estabelecidos


neste Regulamento, excluir-
se-á o dia do início e incluir-se-á o do vencimento,
prorrogando-se este para o
primeiro dia útil, se recair em dia sem expediente.

Disposições Transitórias

www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 09714-77.htm 26/30


22/04/2022 16:34 www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 0971…

Artigo 55 - Para efeito do disposto no artigo 10 da


Lei nº 898-75, em cada área
de proteção, a Secretaria dos Negócios
Metropolitanos aplicará as medidas
necessárias à adaptação das urbanizações,
edificações e atividades existentes
ás disposições deste Regulamento e demais
legislação e normas referentes à
proteção aos mananciais.

§ 1.º - Considera-se adaptação o conjunto de medidas


efetivamente tomadas
pelos interessados, na conformidade com o estabelecido
pela Secretaria dos
Negócios Metropolitanos, para compatibilizar as
urbanizações, edificações ou
atividades existentes com as normas deste
Regulamento e demais legislação
referente à proteção aos mananciais.

§ 2º - As urbanizações, edificações e atividades


existentes ou exercidas
anteriormente à Lei nº 1172, de 17 de novembro de 1976,
gozarão de prazo
adequado para se adaptarem às exigências daquela lei ou procederem
a sua
transferência para outro local e, na impossibilidade de o fazerem,
poderão ser
suprimidas mediante indenização ou desapropriação.

§ 3º - O prazo referido no parágrafo anterior será


estabelecido para cada caso
pela Secretaria dos Negócios Metropolitanos.

Artigo 56 - A adaptação a que se refere o artigo


anterior será objeto de pedido
específico a ser submetido à aprovação da
Secretaria dos Negócios
Metropolitanos, mediante requerimento do interessado,
observando, no que
couber, o disposto no Título III deste Regulamento.

Parágrafo único - Não havendo iniciativa do


interessado e constatada a
necessidade de adaptação pela Secretaria dos
Negócios Metropolitanos, esta
determinará as medidas cabíveis a serem
executadas pelo interessado, fixando
prazo para sua efetivação.

Artigo 57 - Consideram-se existentes, para efeito


deste Regulamento, as
urbanizações, edificações e atividades cujos projetos de
viabilidade,
implantação, instalação ou execução, bem como, nos casos de
atividades
industriais, projetos de ampliação, alteração de uso ou
intensificação de
processo produtivo, já tenham sido aprovados pelos órgãos
competentes do
Estado ou dos Municípios, dentro do prazo de validade dos
respectivos alvarás,
at a data da publicação da Lei nº 1172/76.

www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 09714-77.htm 27/30


22/04/2022 16:34 www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 0971…

§ 1.º - São consideradas existentes, para efeito


deste Regulamento, as
urbanizações, edificações ou atividades, bem como, no
caso de atividades
industriais, as ampliações, alterações de uso ou
intensificação de processo
produtivo, cujos projetos de viabilidade, implantação,
instalação ou execução,
acompanhados dos respectivos pedidos de aprovação ou
licença, tenham sido
protocolados na CETESB ou na Secretaria dos Negócios
Metropolitanos at a
data da publicação da Lei nº 1172/76.

§ 2º - Poderão ainda ser consideradas existentes,


para efeito deste
Regulamento, a critério da Secretaria dos Negócios
Metropolitanos, as
atividades industriais cujos financiamentos, destinados a
prover projetos de
instalação, ampliação, alteração de uso ou intensificação de
processo produtivo,
tenham sido protocolados at a data da Lei nº 1172/76 e que
venham a ser
comprovadamente concedidos e liberados por órgãos e entidades de
crédito at
17 de novembro de 1977.

§ 3º - Para efeito da aplicação do disposto no


parágrafo anterior, exigir-se-á que
o financiamento seja expressamente
vinculado a empreendimento a ser
realizado no imóvel situado em área de
proteção e objeto do respectivo pedido
de aprovação.

§ 4º - Nos casos previstos no parágrafo anterior, os


interessados deverão ainda
comprovar os efetivos prejuízos decorrentes da não
utilização do financiamento
concedido.

§ 5º - O prazo para o pedido de aprovação da


adaptação dos empreendimentos
referidos no «caput» deste artigo, quando ainda
não implantados, será o da
validade do respectivo alvará de licença expedido
pelo órgão competente.

§ 6º - O prazo para o pedido de aprovação da


adaptação relativa às atividades
referidas no §2º deste artigo será o previsto
no respectivo cronograma de
investimento, aprovado pelo órgão ou entidade de
crédito que houver concedido
o financiamento.

Artigo 58 - No caso de loteamentos não aprovados


pelos órgãos competentes at
a data da publicação da Lei nº 1172/76, ou que por
qualquer forma se
encontrem irregularidades, cuja implantação já se tenha completada
ou esteja
em fase de execução na data da referida lei, a Secretaria dos
Negócios

www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 09714-77.htm 28/30


22/04/2022 16:34 www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 0971…

Metropolitanos coordenará junto aos órgãos estaduais competentes e aos


municípios interessados as providências necessárias à sua adaptação,
considerando os reflexos sociais decorrentes de situações já consolidadas.

§ 1.º - A adaptação prevista neste artigo implicará


também na obtenção pelo
interessado de aprovação do loteamento pelos órgãos
competentes.

§ 2º - Sem prejuízo das providências mencionadas no


«caput» deste artigo, a
Secretaria dos Negócios Metropolitanos poderá
determinar ao responsável pelo
loteamento clandestino as medidas necessárias a
sua adaptação.

Artigo 59 - No caso de atividades hortifrutícolas


exercidas nas áreas de
proteção, não licenciadas pelos órgãos competentes at a
data da publicação da
Lei nº 1172/76 ou que por qualquer forma se encontrem
irregulares, a Secretaria
dos Negócios Metropolitanos determinará as medidas
necessárias a sua
adaptação, considerando as respectivas condições de produção.

Parágrafo único - A adaptação prevista neste artigo


implicará também na
obtenção pelo interessado de licenciamento ou regularização
da atividade pelos
órgãos competentes.

Artigo 60 - As indústrias localizadas nas áreas de


proteção deverão apresentar à
CETESB no prazo máximo de 1 (um) ano, a partir da
data da publicação da Lei
nº 1172/76, projetos de disposição de seus efluentes
líquidos que prevejam,
prioritariamente, o seu afastamento para sistemas de
esgotos de bacias
protegidas.

§ 1.º - Na impossibilidade do afastamento referido


neste artigo, os projetos
deverão prever tratamento aprovado pela CETESB,
assegurada a disposição
dos efluentes nas áreas de 2.ª categoria.

§ 2º - As obras de disposição dos efluentes a que se


refere este artigo deverão
estar concluídas no prazo fixado pela CETESB para
cada caso, após a
aprovação, por esta, do respectivo projeto.

§ 3º - Na hipótese de ficar demonstrada a


impossibilidade de serem implantados
os sistemas de tratamento e disposição de
que trata este artigo, a CETESB

www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 09714-77.htm 29/30


22/04/2022 16:34 www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 0971…

poderá encomendar à Secretaria dos Negócios


Metropolitanos e desapropriação
da industria.                

www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_urbanismo_e_meio_ambiente/legislacao/leg_estadual/leg_est_decretos/Decreto nº 09714-77.htm 30/30

Você também pode gostar