Cesariana

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 3

Cesariana

As condições que implicam uma gravidez de risco mais elevado e que podem requerer um parto por
cesariana incluem:

● Hipoxia fetal ​– É a designação comum para situações de compromisso da oxigenação do


feto (​hipoxia fetal​). No decurso do parto, a monitorização electrónica contínua da
frequência cardíaca do feto pode apresentar padrões sugestivos da instalação de hipoxia
(padrões suspeitos ou não tranquilizadores) ou padrões manifestamente patológicos.
● Incompatibilidade feto-pélvica – Conjunto de situações em que existe uma desproporção
entre o tamanho do feto e as dimensões do canal de parto. Poder-se-ão incluir nesta rubrica
os casos de apresentações fetais anómalas (apresentação de face ou de espádua, por
exemplo), que impedem o correcto alinhamento do eixo fetal com o eixo do canal de parto.
● Apresentação pélvica – O bebé encontra-se “sentado”, isto é, em lugar da cabeça do feto
são as nádegas ou os pés a parte do corpo fetal a apresentar-se à entrada do canal de parto.
Em situações bem seleccionadas e com equipas obstétricas treinadas é possível o parto
vaginal nas apresentações pélvicas. No entanto, nos últimos anos a opção pela cesariana
tem constituído a norma.
● Gravidez múltipla – Diz-se das gestações de dois ou mais fetos. Em certos tipos de
gestações gemelares (dois fetos) é possível o parto por via vaginal, dependendo do tipo de
placenta e da apresentação do feto que estiver mais próximo do canal de parto. Nos casos
de gravidez com três ou mais bebés, opta-se quase invariavelmente pela realização de
cesariana.
● Placenta prévia – A placenta cobre parcialmente ou completamente a abertura do colo do
útero para o canal do parto o que, como é óbvio, impede a passagem do feto. O risco de
hemorragia materno-fetal grave é muito grande, pelo que se deverá sempre optar por uma
cesariana electiva antes daquela ocorrer ou por uma cesariana de emergência, se se iniciar
um sangramento significativo.
● Descolamento de placenta – Trata-se, em geral, de uma situação aguda não previsível,
que pode ocorrer antes ou, mais frequentemente, durante o trabalho de parto. A placenta
separa-se da parede uterina parcial ou totalmente antes do nascimento do feto, o que
implica elevadíssimo risco de morte perinatal.
● Prolapso do cordão umbilical ​– É uma emergência obstétrica rara que pode ocorrer antes
ou durante o trabalho de parto. Sucede quando, após rotura das membranas (“saco das
águas”), o cordão umbilical entra para a vagina à frente da apresentação fetal, sendo
comprimido por esta e, por consequência, o sangue deixa de fluir do feto para a placenta e
vice-versa. Nestas circunstâncias, será realizada uma cesariana de emergência para salvar a
vida do bebé.
● Cirurgia uterina anterior – Estão incluídos neste ponto determinados tipos de cesariana,
especialmente os que envolvem uma incisão uterina vertical, (também conhecida por
incisão clássica) ou duas ou mais cesarianas segmentares nos antecedentes da grávida.
Também outros tipos de cirurgia uterina anteriores, como remoção de miomas grandes ou
múltiplos, podem enfraquecer as paredes do útero, tornando-o mais susceptível a romper
com as contracções do trabalho de parto. Nestes casos deve ser efectuada uma cesariana
electiva.
● Doença materna – Em todos os casos de doença materna grave deve ser ponderada a via
do parto a eleger, sempre que possível em consonância com a opinião dos médicos que
tratam as grávidas dessas doenças (insuficiência renal, doenças cardíacas, diabetes tipo I,
patologia neurológica, grávidas transplantadas, etc.).
● Pré-eclâmpsia e eclâmpsia ​– Os sintomas incluem uma pressão arterial muito elevada,
proteinúria (perda de proteínas na urina) e, eventualmente, convulsões. A via do parto
deverá ser a vaginal, sempre que tal seja possível. A opção pela cesariana dependerá da
gravidade do quadro clínico, do tempo de gestação e da existência ou não do condições
para o parto vaginal.
● Infecção materna pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH) ou outras infecções ​–
Uma mãe com uma infecção pelo VIH com alta carga viral ou com lesões activas de
herpes que é submetida a uma cesariana antes de ocorrer a rotura das membranas (“bolsa
de águas”) tem uma menor probabilidade de transmitir a infecção ao bebé. Embora um
estudo tenha demonstrado que a cesariana pode reduzir a transmissão de hepatite C da mãe
para a criança, estes resultados são preliminares e a cesariana não é actualmente
recomendada.

Complicações de parto prolongado

Perigos para o feto:

● Hipoxia devido à diminuição do oxigênio que chega ao bebê.


● Hemorragia intracraniana.
● Aumento a probabilidade de necessidade de cesarianas e uso de fórceps ou extratores a vácuo.
● Riscos a longo prazo do bebê desenvolver lesões permanentes, como paralisia cerebral e
encefalopatia hipóxico-isquêmica (EHI)
● Arritmia

Perigos para a mãe:

● Infecções intra-uterinas
● Trauma e lesões (por exemplo: ruturas da parede vaginal).
● Hemorragia pós-parto.
● Infecção pós-parto.

Referências
-​​Reiter & Walsh, P.C. (s.d.). Prolonged Labor, Delayed C-Section, and Hypoxic-Ischemic Encephalopathy
(HIE). Obtido de American Baby & Child: Law Centers:
https://www.abclawcenters.com/practice-areas/prenatal-birth-injuries/traumatic-birth-injuries/prolonged-a
nd-arrested-labor/
-​​Macedo, C. V., & Graça, L. (2011 ). Cesariana. Obtido de Programa Harvard Medical School Portugal:
https://hmsportugal.wordpress.com/2011/08/03/cesariana/
-​​Johnson, T. C. (Agosto de 2018). Prolonged Labor. Obtido de WebMD:
https://www.webmd.com/baby/guide/prolonged-labor-causes-treatments#2

Você também pode gostar