Artigo Cientifico Proordem
Artigo Cientifico Proordem
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GOIÂNIA
2019
CÉLIO FERREIRA DA SILVEIRA
GOIÂNIA
2019
RESUMO
O presente artigo cientifico tem como tema a Exclusão da ilicitude pela legitima
defesa em direito próprio ou alheio, objetivando analisar sob a seara Penal os meios
as quais dão causa a excludente de ilicitude e as demais disposições legais
referentes ao tema. Com o estudo do direito Penal visando a analise simples e
complexa dos fatos, cuja a busca é de explicar e sanar dúvidas metódicas com
referência na explanação a legitima defesa como uma excludente nos casos
próprios e de terceiros. Faz-se uma abordagem dos instrumentos penais legais
dispostos na Lei para atribuir essas excludentes. Espera-se que a análise cientifica
proposta contribua não so com a explanação da narrativa como também com os
conflitos que se emerge diante o tema visto sua importância para sociedade e o
risco que se dá ao ter este como problema, visando a levar o entendimento correto
sua prioridade. As técnicas de pesquisa utilizada foram cientificas na modalidade
qualitativa, quantitativa e comparativa, onde foram adotados os tipos de abordagens
metodológicas: estudo bibliográfico e pesquisa histórica.
The present scientific articles has as its theme the exclusion of unlawfulness by
legitimate defense in its own or someone else’s right, others, aiming to analyzer
under a criminal law the means that cause penalty as the exclusion of unlawfulness
and other legal items related to the theme. With the stud of Criminal law, which
follows simple and complex analyzes of facts, which seeks to explain and resolve
methodical doubts with reference to the explanation of legitimate defense as an
exclusionary exclusion in the unique and specifc cases. It takes an approach to the
legal penal instruments provided by the law to assign these exclusives. It is hoped
that a proposed scientific analysis will contribute not only to an explanation of the
narrative but also to the conflicts that arise from the subject given its importance to
society and the risk that this problem may be caused by you; priority. As research
techniques used, qualitative, quantitative and comparative techniques were
developed, where the types of methodological approaches were adopted
bibliographic study and historical research.
RESUMO.......................................................................................................................3
SUMÁRIO......................................................................................................................5
INTRODUÇÃO..............................................................................................................6
1. Conceito Histórico...................................................................................................8
2. Legitima defesa e sua fundamentação jurídica......................................................9
3. Requisitos.............................................................................................................10
4. Legitima Defesa por direito próprio ou alheio.......................................................11
5. Excessos da Legitima defesa e meios necessários e estrito cumprimento de
dever legal...................................................................................................................12
6. Excludentes de Ilicitude........................................................................................14
Conclusão....................................................................................................................17
REFERÊNCIAS...........................................................................................................19
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INTRODUÇÃO
Mas diante de algumas situações a lei nos garante uma defesa. Está se dá
como legitima defesa que nosso código traz em seu art. 23 incisos II do código
penal.
Contudo apenas este fato lido a discussão dele é bem mais ampla do que se
imagina, pois, cada fato é muito delicado, sendo este um tema bem relevante a se
tratar.
1. Conceito Histórico
Diante doutrinadores como Damásio (2011, p.425) diz que ‘’A noção jurídica
da legítima defesa somente surgiu quando o Estado reclamou para si o castigo do
autor em face da prática de uma ofensa pública ou privada’’ diante disto que foi
dando o conceito de legitima defesa que vem sendo aprimorado desde os primórdios
da sociedade.
Então Masson explica que ‘‘o homem vem com a legitima defesa desde
sempre, que a reação da pessoa é praticamente involuntária sendo ela o
comportamento do ser humano de se defender e defender sua vida ou seus bens’’.
Sendo assim como diz o Bitencourt (2018, p.618) ‘‘A legítima defesa, um dos
institutos jurídicos mais bem elaborados através dos tempos, representa uma forma
abreviada de realização da justiça penal e da sua sumária execução’’. Diante o fato
descrito a legitima defesa chegou para impor a antijuridicidade falando que o ato
praticado deixa de ser crime com a exclusão da antijuridicidade, sendo a legitima
defesa vista, aprimorada, até chegarmos nos dias de hoje onde temos os conceitos
as características e tudo mais que se tem em vista para dar o conceito de legitima
defesa.
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a outrem como um ato licito desde de que não ultrapasse os limites que se impõe,
ele não configura crime.
Como explanado a defesa vem de dar a pessoa o meio para qual ela possa
repelir a injusta, atual ou iminente agressão sendo assim agindo conforme a lei nos
passa entrando a fundo na exclusão da ilicitude abarcado na legitima defesa.
3. Requisitos
Então todo bem que é tutelado pelo estado que sofrer ameaça ou for
agredido, este está sofrendo uma agressão, tendo em vista que este ato é humano
de violência tendo assim a caracterização de agressão.
Tendo em vista ainda que a agressão pode ser tanto injusta, atual ou
eminente, mas sempre lembrando para repelir determinada conduta tem que ser
observado os parâmetros jurisdicional.
A legitima defesa tem uma grande abrangência pois todos os bens jurídicos
podem ser protegidos desde ofensa a honra, lesões corporais leves e ainda bens
jurídicos de baixa relevância. Com isso Bitencourt, (2018, p.624) diz, ‘‘Qualquer bem
jurídico pode ser protegido pelo instituto da legítima defesa, para repelir agressão
injusta, sendo irrelevante a distinção entre bens pessoais e impessoais, disponíveis
e indisponíveis’’.
Diante disto se tem então a legitima defesa em direito próprio cuja não tem
muitas dificuldades de se observar pois a agressão injusta ou indevida se recai
contra a própria pessoa que se defende, contudo, os meios cuja se repele esta
ameaça devem ser tomados com a devida cautela pois seu excesso pode tirar a
excludente de ilicitude, como será observado no próximo tópico.
Como a vida é um bem de valor a ser resguardado, tem que ser ela
preservada na sua proporcionalidade, como diz Masson:
‘‘O meio necessário, desde que seja o único disponível ao agente para
repelir a agressão, pode ser desproporcional em relação a ela, se
empregado moderadamente. Imagine-se um agente que, ao ser atacado
com uma barra de ferro por um desconhecido, utiliza uma arma de fogo,
meio de defesa que estava ao seu alcance. Estará caracterizada a
excludente. Se o meio empregado for desnecessário, estará configurado o
excesso, doloso, culposo ou exculpante (sem dolo ou culpa), dependendo
das condições em que ocorrer’’. ( Masson, 2013, p.499)
Diante disso Bitencourt (2018, p.625) diz: ‘‘A configuração de uma situação
de legítima defesa está diretamente relacionada com a intensidade e gravidade da
agressão, periculosidade do agressor e com os meios de defesa disponíveis’’. Pois
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Como dito, não precisa ser exatamente proporcional de modo que a defesa
seja igual ao ataque e sim de modo que finalize a agressão indevida.
Com isso sempre devemos observar que terá que ser levado em
consideração o mínimo gravoso ao atacante que com isso Nucci diz: ‘‘são os
eficazes e suficientes para repelir a agressão ao direito, causando o menor dano
possível ao atacante”(Nucci, 2005.p. 229)
‘’ quem pratica uma ação em cumprimento de dever imposto pela lei não
comete crime. Ocorrem situações em que a lei impõe determinada conduta
e, em face da qual, embora típica, não será ilícita, ainda que cause lesão a
um bem juridicamente tutelado. Nessas circunstâncias, isto é, no estrito
cumprimento de dever legal, não constitui crimes a ação do carrasco que
executa a sentença de morte, do carcereiro que encarcera o criminoso, do
policial que prende o infrator em flagrante delito etc. Reforçando a licitude
de comportamentos semelhantes, o Código de Processo Penal estabelece
que, se houver resistência, poderão os executores usar dos meios
necessários para defenderem-se ou para vencerem a resistência’’
(BITENCOURT, 2008, p. 332)
aqueles que no estrito cumprimento do dever legal será vislumbrado pelo código
penal a excludente de ilicitude do tal ato, pois este tem o dever de agir.
O dever legal ele realmente exclui a ilicitude do devido ato que se praticou,
sendo assim ele mesmo cometendo algum crime como diz o código penal um fato
típico, será este desconsiderado pois o agente que tal o cumpre, o fez devido a seu
dever legal sendo assim uma determinação prevista por lei como nos dá o artigo 23
do código penal, caracterizando claramente a excludente de ilicitude pelo estrito
cumprimento do dever legal, mas sempre visando que mesmo no estrito
cumprimento do dever legal será punido o excesso.
6. Excludentes de Ilicitude
Sendo assim quando o agente age em algum desses 3 fatores ditos pelo
nosso código penal não será crime quando praticado tais atos, seja no estado de
necessidade ou legitima defesa ou no estrito cumprimento do dever legal,
imputando-se a eles a excludente de ilicitude. Não quer dizer que não seja ilícito, só
está falando que caso cometa tais atos, que sejam acobertados por esse artigo está
caracterizado a excludente de ilicitude. Caso aconteça a descaracterização da
ilicitude quem cometeu o ato será julgado normalmente.
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Ainda é possível que exista a hipótese das duas ao mesmo tempo quando
existe neste caso o estado de necessidade em decorrência da legitima defesa, com
relação a isso Masson Diz:
‘’É possível que uma mesma pessoa atue simultaneamente acobertada pela
legítima defesa e pelo estado de necessidade, quando, para repelir uma
agressão injusta, praticar um fato típico visando afastar uma situação de
perigo contra bem jurídico próprio ou alheio. Exemplo: “A”, para defender-se
de “B”, que injustamente desejava matá-lo, subtrai uma arma de fogo
pertencente a “C” (estado de necessidade), utilizando-a para matar o seu
agressor (legítima defesa) ’’ (Masson, 2013,p.506)
Neste caso a legitima defesa é tomada de forma que seja a última opção,
como diz Bitencourt:
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Como observado a reação de defesa seja própria ou terceira, ela vem com
atos lícitos e ilícitos. Lícitos diante a defesa proporcional e ilícitos diante o ataque
indevido. Mas ainda
‘’O exercício de um direito, desde que regular, não pode ser, ao mesmo
tempo, proibido pela ordem jurídica. Regular será o exercício que se
contiver nos limites objetivos e subjetivos, formais e materiais impostos
pelos próprios fins do Direito’’. (Bitencourt, 2018, p.632 p.633)
O entendimento diz que não deve ser proibido algo que foi imposto, sendo
assim punindo somente como sempre frisado neste, o abuso o excesso que aí sim
descaracteriza a excludente. Mas ainda vendo que o exercício deve ser regular do
direito.
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Conclusão
Diante tudo isso, a legitima defesa tem alguns requisitos para que assim se
torne uma excludente, e somente será determinado legitima defesa se capturar toda
essência que o código nos traz, pois existe requisitos para se observar, que então
destes se toma a legitima defesa. Sendo que a não observância pode
descaracterizar a legitima defesa.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Código de Processo Penal e Constituição Federal. 54. ed. São Paulo:
Saraiva, 2014.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal: parte geral. 12. ed. São
Paulo: Saraiva, 2008
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal: parte geral. 24. ed. São
Paulo: Saraiva, 2018
_______. Código Penal e Constituição Federal. 52. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
JUAREZ, Cirino dos Santos. Direito Penal, Parte Geral. Curitiba: Lumen Juris ICPC.
2008
JESUS, Damásio de. Direito Penal, Volume 1: Parte Geral. 32. Ed. Rev. E atual. -
São Paulo: Saraiva, 2011
Nucci, Guilherme de Souza. Manual de direito penal: parte geral: parte especial –
São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2005
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de direito penal: parte geral, parte especial. 6.
ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2009
MASSON, cleber. Direito penal esquematizado: parte geral (art. De 1 a 120)- vol.1/
Cleber Masson. - 08.ed.rev., atual. e ampl. - Rio de Janeiro: Forense; São Paulo:
MÉTODO, 2013.
ZAFFARONI, Eugenio Raúl; PIERANGELI, José Henrique. Manual de direito penal
brasileiro: parte geral. 11. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015