Apostila IOT Versão Final
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Internet Das
Coisas
SUMÁRIO
UNIDADE 1 – INTERNET DAS COISAS............................................................................
6 1 ENTENDENDO O
IOT................................................................................................... 6 1.1 Requisitos do
IOT...................................................................................................... 7 1.2 Áreas
principais do IoT.............................................................................................. 9
1.2.1 Domótica ............................................................................................................................9
1.2.2 Indústria 4.0....................................................................................................................11
1.2.3 Agrotech...........................................................................................................................12
1.2.4 Smart Cities .....................................................................................................................13
1.3 Cultura Maker......................................................................................................... 14
1.3.1 O Manifesto Maker ...........................................................................................................15
1.3.2 Os Makerspaces...............................................................................................................17
1.3.3 Placas de Prototipagem....................................................................................................19
UNIDADE 5 – ATUADORES.........................................................................................
136 7 TRABALHANDO COM ATUADORES
......................................................................... 136 7.1 Atuadores de ativação simples
com até 5V ............................................................ 137
7.1.1 Leds ...............................................................................................................................137
7.1.2 Emissor laser .................................................................................................................137
7.1.3 Vibracall.........................................................................................................................138
7.1.4 Buzzer ............................................................................................................................138
7.1.5 Relé ................................................................................................................................141
1 ENTENDENDO O IOT
O termo IoT (Internet of Things, ou
Internet das Coisas, em português),
foi criado por Kevin Aston e
apareceu pela primeira vez em uma
apresentação sua sobre as novas
tecnologias na empresa Procter &
Gamble, no ano de 1999. Porém,
passou a ser mais difundido a
partir de 2005 e popularizou-se a
partir de 2010.
Chamamos de IoT uma rede composta pelos mais diversos dispositivos que possuem a
capacidade de se comunicar, trocando informações em tempo real e tomando decisões a
partir daí (sejam esses dispositivos desde simples sensores até complexos assistentes de
voz). Uma característica importante é que eles não devem ter a comunicação e
funcionamento restritos a um conjunto limitado que compõe uma linha comercial ou
uma determinada marca. Um Chromecast aceita transmissões vindas de smartphones
Android mas também de iOS; a Alexa controla lâmpadas inteligentes da Amazon mas
também de outras marcas; um sensor de umidade do solo pode ser lido tanto por um
Arduino, quanto por um ESP32 ou um Raspberry PI; uma geladeira inteligente da LG
pode se comunicar com uma televisão inteligente da Samsung sugerindo a execução de
vídeos de receitas com algum dos ingredientes retirados dela pelo usuário. Quando
falamos de IoT, falamos de ampliar as possibilidades e não de limitá-las.
Essa troca de informações e as decisões tomadas, podem envolver tanto hardware
como software (Alexa, Siri, Google Lens, firmwares de controle de eletroeletrônicos
inteligentes, aplicações de smartphone para controle ou exibição de dados coletados).
Tudo isso tem como objetivo principal a automatização de tarefas (nas mais diversas
áreas), mas também a segurança e o lazer.
1.2.3 Agrotech
O Brasil é um dos maiores produtores mundiais e uma parcela considerável do PIB do
país vem da agricultura e da pecuária. De forma inacreditável, somente nos últimos anos
vemos uma modernização mais consistente nos processos de produção, plantio/colheita,
armazenagem e logística (geralmente limitada aos
grandes produtores com alta capacidade de
investimento) e muitas
vezes com o uso de soluções estrangeiras. Até
alguns anos atrás, IoT na agropecuária era
sinônimo de sistemas de monitoramento RFID
para controle de gado ou outros animais
através de tags ativas ou passivas. O cenário
vem mudando e cada vez mais os produtores
percebem as múltiplas possibilidades que o
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CURSOS TÉCNICOS – EIXO TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
IoT oferece para o meio rural. Hoje contamos com sistemas de pulverização e controle de
pragas com drones, sistemas para rastreamento de produtos desde a origem, silos
automatizados que controlam fatores ambientais (umidade, temperatura e composição do
ar) para maior durabilidade dos grãos e até silos conectados a bolsas de valores e
sistemas de regulagem de preços para informar a melhor hora de escoar a produção e o
valor total recebido com base no volume do silo (também automaticamente calculado por
sensores). E, felizmente, algumas tecnologias de baixo custo começaram a chegar no
pequeno produtor e no produtor familiar, como sistemas de rega automática (através de
decisões baseadas no tipo de planta e no monitoramento climático), controle de volume
de lençóis freáticos (para autorregular o gasto hídrico garantindo água por um maior
período), sistemas de detecção de pragas por imagem (inclusive apps para smartphone
com esse recurso), plataformas de compra automática de insumos, entre outros. Mas
chama atenção os dados da
pesquisa da AgTechGarage que
aponta que mesmo com
aproximadamente 13.000
startups registradas no
Brasil, menos de 300 são
voltadas
à tecnologia no setor agro. Ao
mesmo tempo, esse gap gera
uma
área com inúmeras
oportunidades
e a exploração, desenvolvimento e
implantação de tecnologias no
campo é uma das tendências nos
negócios nos próximos 10 anos.
Essas startups dividem-se entre
mais ou menos 20 áreas de atuação dentro do agronegócio, conforme o gráfico
apresentado na mesma pesquisa. Com isso, fica claro quanto o uso do IoT ainda tem a
crescer no Brasil.
1.2.4 Smart Cities
E se aplicarmos todos esses
recursos
da domótica, da indústria 4.0 e do
agrotech
para melhorar as nossas vidas na
cidade?
Esse é o conceito por traz das
Smart Cities:
cidades inteligentes planejadas
para fazer uso
das mais diversas tecnologias buscando a
desburocratização, agilidade na tomada de
decisões, eficiência energética, segurança,
saúde, bem-estar dos cidadãos e economia criando um ecossistema forte para as
Aprender – Você deve aprender a fazer. Sempre procurar aprender mais sobre sua criação. Você pode
se tornar um viajante ou mestre artesão, mas ainda aprenderá, desejará aprender e impulsionará o
aprendizado de novas técnicas, materiais e processos. Construir um caminho de aprendizagem
garante uma vida rica e recompensadora e, mais importante, permite compartilhar.
Equipamentos – Você deve ter acesso às ferramentas certas para cada projeto. Invista e desenvolva
acesso local às ferramentas de que você precisa para fazer o desejado. As ferramentas jamais foram
tão baratas, poderosas e fáceis de usar.
Divirta-se – Tenha bom humor diante do que está fazendo, e ficará surpreso, animado e orgulhoso do
que descobrir.
Participe – Junte-se ao Movimento Maker e alcance os que estão por perto. Juntos, vocês irão trocar
experiência, conhecimento e descobrirão a alegria de fazer. Realizem encontros, seminários, festas,
eventos, dias de fabricante, feiras, exposições, aulas e jantares com e para os outros makers em sua
comunidade.
1.3.2 Os Makerspaces
Provavelmente o movimento maker não teria tanta penetração na sociedade e não
seria acessível a tantas pessoas (independentemente de classe social), se não fossem os
makerspaces (espaços makers). Eles são espaços especialmente desenvolvidos e com toda
a infraestrutura necessária para que qualquer pessoa possa desenvolver os seus projetos.
São equipados com computadores, softwares para desenvolvimento, desenho e
modelagem, os mais diversos tipos de
ferramentas, acessórios, materiais,
maquinários fabris básicos (tornos e fresas
por exemplo) além
de modernos equipamentos como
impressoras
3D e máquinas de corte à laser. E o mais incrível:
são espaços abertos ao público, gratuitos e que
contam com monitores e voluntários capacitados
a auxiliar nas dúvidas, orientar, ensinar e
compartilhar conhecimentos. Basta levar o seu
material e o limite é a criatividade (aliás, muitos
destes espaços possuem diversos materiais gratuitos que poder ser utilizados pelos
usuários e levados para casa após construído o projeto, como placas de madeira e
acrílico, ferragens diversas e até mesmo alguns componentes eletrônicos).
Os makerspaces, mesmo sendo iniciativas que partiram de hobistas e entusiastas,
são considerados hoje, parte fundamental dos ecossistemas de inovação e criatividade
das cidades. Encontramos espaços deste tipo mantidos tanto por parcerias
colaborativas, quanto por iniciativas públicas, privadas ou PPPs (parcerias
público-privadas). Eles estão presentes no mundo todo, em todos os 193 países e no
Brasil em todas as principais cidades. Entre todas as iniciativas de incentivo, promoção
e qualificação dos Makerspaces, a mais conhecida é o FabLab, do Massachusetts
Institute of Technology (MIT). Qualquer makerspace pode se filiar à rede FabLab de forma
gratuita, desde que cumpra alguns requisitos mínimos (que vão desde as ferramentas
que devem possuir até o número mínimo de horas aberto para a comunidade). Assim
que ingressos na rede recebem, também de forma gratuita, acompanhamento,
treinamentos, licenças de software do MIT e parceiros e mentorias em relação à
marketing, captação de recursos, divulgação e parcerias estratégicas. O infográfico
abaixo, desenvolvido pelo FabLab de Nuremberg, na Alemanha, esquematiza o
funcionamento dos espaços makers em geral.
2 O QUE É ELETRÔNICA?
Se você realizar uma busca pelo termo “eletrônica”, certamente irá se deparar com uma
infinidade de conceitos distintos, alguns bastante técnicos, que tentam explicar e definir
esta importante área do conhecimento (considerada a terceira revolução tecnológica da
humanidade). Para simplificar, podemos dizer que “eletrônica” é a ciência que estuda
como controlar e como utilizar a energia elétrica em baixas correntes, aproveitando o
fluxo de elétrons para gerar fenômenos desejados em um dispositivo (através da
associação de componentes que possuem propriedades conhecidas). Estas palavras em
destaque serão importantes na compreensão dos conceitos posteriormente apresentados.
Observação: Não é intensão deste material e nem desta disciplina o aprofundamento nos
conceitos físicos que regem as leis da eletrônica, porém o entendimento básico dos
mesmos nos dá maiores condições de entendimento e contextualização. Portanto, nos
permitiremos aqui algumas simplificações, sacrificando o rigor técnico em favor da
didática.
Exemplo 1) Imagine que uma pilha A tem um ânodo com 10 elétrons excedentes (-10) e
um cátodo que tem uma deficiência de 10 elétrons (+10). Podemos dizer que a diferença
de potencial entre os dois pontos é de 20. Agora imagine uma pilha B que tem um ânodo
com 10 elétrons excedentes (-10) e um cátodo que tem uma deficiência de 40 elétrons
(+40). Podemos dizer que a diferença de potencial entre os dois pontos é de 50.
O que podemos avaliar dos dois exemplos?
• Ambas as pilhas transferirão uma carga máxima de 10 elétrons do ânodo para o
cátodo.
• Na primeira pilha, com o passar do tempo, o sistema vai entrando em equilíbrio de
carga pois os 10 elétrons excedentes do ânodo vão reduzindo a deficiência inicial
de elétrons do cátodo até que ele entre em equilíbrio. Isso faz com que os últimos
elétrons sejam atraídos por uma força muito fraca, pois a diferença de potencial
vai se aproximando de 0.
• Na segunda pilha, com o passar do tempo, por mais que os 10 elétrons do ânodo
vão compensando a deficiência do cátodo, eles não são suficientes para o equilíbrio
do mesmo visto que a deficiência inicial era muito grande e muito maior do que o
total de elétrons que o ânodo pode fornecer. Isso faz com que os últimos elétrons
ainda sejam atraídos por uma força muito grande.
• Claramente na segunda pilha, dada a força de atração (diferença de potencial) muito
maior (e que se mantém alta até o final), os elétrons serão movidos muito mais
rápido do ânodo para o cátodo. Assim, podemos dizer que a corrente elétrica é
maior no segundo exemplo pois são movidos mais elétrons por segundo do que no
primeiro exemplo. Percebemos, assim, que quanto maior a diferença de potencial
elétrico, maior é a capacidade de mover elétrons e, consequentemente, maior a
corrente elétrica possível.
Exemplo 2) Imagine agora duas pilhas iguais (pilha C e pilha D), com ânodos contendo
30 elétrons excedentes e cátodos com deficiência de 40 elétrons. A única diferença é que
no condutor da pilha D existe um obstáculo que dificulta a passagem dos elétrons.
O que podemos avaliar dos dois exemplos?
•A força inicial de atração dos elétrons pelo cátodo é igual na pilha C e na pilha D
(dada a igual carga de +40), assim como o total de elétrons livres (-30). Portanto,
ambas possuem a mesma diferença de potencial elétrico de 70.
• Apesar da mesma força (ddp), o obstáculo da pilha D vai fazer com que os elétrons
demorem mais tempo para moverem-se do ânodo para o cátodo. Deste modo, a
resistência que o obstáculo exerce sobre a passagem dos elétrons vai diminuir a
velocidade dos mesmos e a quantidade movida por segundo, criando uma corrente
elétrica menor apesar da mesma força (tensão) aplicada.
U=I.RI=U/RR=U/I
�� =��.����
Onde: ρ = resistividade do
A = área transversal (m2)
material (Ω.m) L = comprimento
(m)
�� =ρ . L
��=0,000000017 . 30
U
0,000001 = 0,51 ٠�� = ��=12
0,51 = 23,5 A
• Extensão do Luís
�� =ρ . L
��=0,000000017 . 30
U
0,0000025 = 0,20 ٠�� = ��=12
0,20 = 60,0 A
• Extensão do Lucas
�� =ρ . L
��=0,000000017 . 100
U
0,0000025 = 0,68 ٠�� = ��=12
0,68 = 17,7 A
0,183 = 5,46 Ω
3.1 Resistores
3.2 Capacitores
Os capacitores são componentes eletrônicos
3.3 Diodos
Um dos mais importantes componentes eletrônicos, os diodos
3.3.3 Outros
tipos de diodos especiais
Partindo deste princípio básico de funcionamento, os diodos podem ser
construídos a partir de diversos materiais e com diferentes configurações que podem
lhes dar uma infinidade de características diferentes que sejam úteis e encontrem
aplicabilidade. Entre os principais tipos de diodo, temos:
3.4 Transistores
Os transistores são
considerados, sem dúvida, como os
• À esquerda do transistor, temos um circuito ligado a ele através da Base (por onde
entrará a corrente de controle que ajustará a corrente permitida do lado direito
entre o Coletor e o Emissor);
• Entre a fonte de tensão deste circuito de controle e a Base do transistor temos um
resistor RB que é utilizado para regular a corrente de entrada da Base. Se sabemos
a tensão da fonte do circuito de controle (VB), ajustamos a resistência para gerar a
corrente de entrada desejada.
• Para o cálculo do valor do resistor que nos entregará a corrente de base desejada,
podemos utilizar a Primeira Lei de Ohm, I = U / R. Porém, o transistor se comporta
como um diodo e alimentação da base vai consumir parte desta tensão (algo em
Exemplo: Imagine que precisamos obter uma tensão de saída de 10 V com o LM317. A
primeira observação é que a tensão de entrada pode variar entre qualquer valor entre 13
V (por conta dos 3 V de perda) e 40 V (tensão máxima suportada na entrada). Para os
resistores, vamos “chutar” um valor para o R1 (240 Ω, por exemplo) e a partir daí
podemos encontrar o R2:
R2 = ( (Vajustada/1,25) – 1) . R1 = ( (10/1,25) – 1) . 240 = 7 . 240 = 1680 Ω = 1,680 KΩ
Assim, utilizando o transistor LM317 associado a um resistor de 240 Ω com um
resistor de 1,6 KΩ (o comercial mais próximo), garantimos uma tensão de 10V regulada
na saída. Porém, precisamos verificar a potência dos resistores e do transistor para
garantir a segurança da operação:
PR1 = 1,25 . 1,25 / R1 = 1,25 . 1,25 / 240 = 1,5625 / 240 = 0,0065 W (ou 6,5 mW)
PR2 = (Vajustada – 1.25) . (Vajustada – 1.25) / R2 = (10 – 1,25) . (10-1,25) / 1600
= 8,75 . 8,75 / 1600 = 0,0478 W = 47,8 mW
Plm317 = PR1 + PR2 = 0,0065 + 0,0478 = 0,0543 W (ou 54,3 mW)
Assim, verificamos que o transistor não necessita de um dissipador (pois não
atingiu o limite de 1W) e que resistores de 1/8 W (os mais comuns no mercado) atendem
com uma boa margem de segurança.
• Situação 1:
Carregador de 15 W → I = 15 / 110 = 0,14 A
Desktop com fonte de 300 W → I = 300 / 110 = 2,73 A
Monitor 21’ de 28 W → I = 28 / 110 = 0,25 A
Televisão 32’ de 65 W → I = 65 / 110 = 0,59 A
Playstation 3 de 55 W → I = 55 / 110 = 0,50 A
Ventilador pequeno de 40 W → I = 40 / 110 = 0,36 A
Nesta situação, a soma das correntes chega a um valor de 4,6 A. Deste modo, a
tomada de 10 A será suficiente para suportar a carga necessária, e com uma boa
margem de segurança, operando longe do seu limite máximo. A corrente máxima
que passará pela tomada (e pela extensão consequentemente), permitiria o uso de
um fio com seção transversal a partir de 0,5mm (que suporta até 6 A) tanto na
tomada quanto na extensão. Porém, mesmo que a corrente máxima não vá ser
atingida, geralmente dimensionamos como se fosse. Nesse caso, tomada e extensão
deveriam suportar 10 A e assim necessitam utilizar um fio de seção transversal a
partir de 0,75mm (que suporta exatamente 10 A, mas estaria no limite) ou um fio
com seção transversal a partir de 1,0mm (que suporta 12 A, tendo então uma
folga).
• Situação 2:
Carregador turbo power de 55 W → I = 55 / 110 = 0,5 A
Desktop gamer com fonte de 500 W → I = 500 / 110 = 4,5 A
Monitor 29’ de 68 W → I = 68 / 110 = 0,6 A
Televisão 58’ de 200 W → I = 200 / 110 = 1,8 A
Playstation 4 de 250 W → I = 250 / 110 = 2,3 A
Ventilador grande de 108 W → I = 108 / 110 = 1,0 A
Já nesta situação, mesmo com equipamentos “similares”, a soma das correntes
chega a um valor de 10,7 A. Deste modo, a tomada de 10 A será insuficiente para
suportar a carga necessária, sob risco de superaquecimento, derretimento e curto
circuito. Obviamente a escolha deverá ser pela tomada de 20 A. De forma análoga
ao exemplo anterior, se olharmos para a corrente máxima consumida pelos
equipamentos, seria necessário um fio com seção transversal mínima de 1,0mm
(suportando até 12 A, perto do limite de 10,7 A necessários) ou com seção
transversal mínima de 1,5mm (suportando até 15,5 A, com uma folga). Já se
5.2.6 Porta RX e TX
Os pinos digitais 0 e 1 do Arduino Uno, são dedicados às portas RX e TX. Elas são
portas de comunicação serial direta, capazes de enviar comandos e informações (TX =
Transmiter) ou de receber comandos e informações (RX = Receiver) que são interpretadas
pela placa. Isso permite desde a programação do Arduino por outro Arduino (como o Pro
Micro ou o LilyPad que não possuem entrada USB para carregar os códigos através do
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bootloader), de um sensor ou atuador pelo Arduino (configurar os parâmetros de uma
rede WiFi em um módulo ESP8266) ou mesmo para que Arduinos possam trocar
informações durante o funcionamento (mensagens, valores de variáveis, medições, etc).
A próxima janela aberta traz as informações da licença de uso. Após lê-la, caso aceite,
clique no botão “I Agree”. Posteriormente, na tela de seleção de componentes a serem
instalados, podemos deixar todos marcados, como já acontece por padrão, e clicar em
Next.
A próxima tela permite personalizar o local de instalação. Caso queira alterar o local
padrão, clique em Browse. Para confirmar o local, clique em Next.
Após a instalação concluída, será exibida a última janela, mostrando que a execução do
setup está completa. Basta então clicar em Close.
Para verificar se a instalação aconteceu de forma correta, localize o ícone do Arduino IDE
(ou pesquisa através das ferramentas de seu sistema operacional) e clique sobre ele.
TUDO CERTO! Agora finalmente temos a ferramenta necessária para iniciar a
programação das nossas placas Arduino.
A terceira e última configuração inicial é dizer à nossa IDE a pasta base utilizada
para o salvamento de nossos projetos. No Windows, por padrão, é criada uma pasta
Arduino dentro da pasta Documentos do usuário. Para alterar, basta clicar no menu
Arquivo e após na opção Preferências. Na janela aberta, podemos então alterar o
caminho.
Caso algum erro for encontrado no código durante a compilação (para conseguir
dar um exemplo, removemos propositalmente o ponto e vírgula do final do comando da
penúltima linha) a barra inferior se tornará laranja e dentro da área escura o erro
encontrado será indicado.
Após o carregamento do código para a placa, o mesmo já está pronto para começar
a ser executado pelo Arduino. Não importa se a alimentação se der via USB (como está
acontecendo), via conector de energia ou via pino Vin (utilizando fontes externas nestes
dois últimos casos): enquanto estiver em funcionamento, a placa está rodando o último
código carregado nela. E o interessante é que como essa memória que recebe o programa
não é uma memória volátil, não importa se o Arduino for desligado por dias. Ao voltar a
ser ligado, o código volta a ser executado pois está gravado dentro da placa.
Vamos testar então se esta execução está ocorrendo com sucesso. O comando
Serial.println utilizado no exemplo, faz com que o Arduino envie via Serial (para quem
estiver conectado através da USB a ele, neste caso, nosso PC), a mensagem “Testando
arduino”, em um loop que se repete a cada 1 segundo. A Arduino IDE possui uma
ferramenta que permite monitorar tudo que é recebido e enviado através da porta COM
(Serial). Então, através dela, se o código está sendo executado corretamente e mensagem
está sendo enviada com sucesso, conseguiremos visualizá-la. Esta ferramenta se chama