Princípios e Atributos Da Atenção Primária em Saúde
Princípios e Atributos Da Atenção Primária em Saúde
Princípios e Atributos Da Atenção Primária em Saúde
Módulo I:
Princípios e Atributos da Atenção
Primária em Saúde
Salvador
2016
Equipe responsável
Autores - 2010
Alessandra Martins dos Reis
Antonio Neves Ribas
Hêider Aurélio Pinto
João André Santos de Oliveira
Laíse Rezende Andrade
Leandro Domingues Barreto
Maria da Conceição da Silva Sampaio Rios
Maria do Carmo Campos dos Santos
Rafaela Cordeiro Freire
Revisão - 2014
Carla Pedra Branca Valentim Carvalho
Daiana Cristina Machado Alves
Fábio da Silva Oliveira
Lívia Lima Nogueira dos Santos
Maria Batista Costa
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Sumário
1. INTRODUÇÃO 04
3.5 Portfólio 12
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1. INTRODUÇÃO
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precárias das estradas. Muitas vezes procuram atendimento em municípios
vizinhos que ficam mais próximos da comunidade que a própria sede do
município.
Um grande problema no desenvolvimento da ESF é a rotatividade dos
profissionais de saúde, particularmente de médicos. Na área rural então nem se
fala.
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2.2 A Equipe da Unidade de Saúde da Família do Abacateiro, a Equipe do
NASF e a de Apoio Institucional
A equipe é formada por 04 ACS, 01 auxiliar de enfermagem, 01 médico,
01 enfermeira, 01 dentista, 01 auxiliar de saúde bucal, 01 recepcionista e 01
pessoa responsável pelos serviços gerais.
Roberta é dentista, especialista em saúde coletiva, costuma avaliar os
impactos do trabalho das equipes em que trabalha. Seu desejo é fazer mestrado
e doutorado e um dia ser professora universitária.
Pedro é um médico com cinco anos de formado. Ingressou na atenção
básica esperando em breve ser aprovado na residência de oftalmologia, mas
acabou adiando seus planos e trabalhando nos municípios da região em que seus
pais residem. Gosta de ficar próximo da família e tem se identificado em ser
médico de família e comunidade.
Fernanda é enfermeira, concursada pela prefeitura, profissional de saúde
que está há mais tempo no município. Sempre ativa nos projetos sociais do
município, participou das mobilizações para a implantação da USF.
José, Zélia, Juliana e Mauro são agentes comunitários de saúde e têm
projetos dos mais variados em relação ao seu trabalho. Começaram como ACS
na mesma época.
Maria é auxiliar de enfermagem e tem um grande desejo de continuar os
estudos fazendo uma faculdade de enfermagem, mas não conseguiu ainda pela
distância e por ser muito caro.
Josélia é auxiliar de saúde bucal, veio de uma cidade próxima a
Macaxeira. Ter chegado a ser “trabalhadora da saúde” é algo que dá muito
orgulho a ela e a toda a sua família.
Marilene está na função de recepcionista e assume junto com os ACS as
atribuições de apoio administrativo de toda a unidade. Marilene é uma
funcionária da FUNASA que está em desvio de função e está muito ansiosa para
se aposentar. Costuma ser ríspida e ter pouca paciência com a comunidade.
Léia é auxiliar de serviços gerais, às vezes ajuda na recepção. Por não
conhecer muito como funciona a ESF, acaba dando informações erradas à
população.
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Pedro e Roberta foram contratados recentemente pela FESF-SUS.
Fernanda e os outros profissionais já estavam na USF desde a inauguração.
A equipe do NASF e de apoio institucional foram implantadas após a
solicitação da própria equipe mínima da USF do Abacateiro por conta da
experiência vivenciada em outros municípios, por alguns profissionais.
Sandra e Roque são os professores de Educação Física, Mariana e Geane
são as fisioterapeutas, Miguel e Patrícia são nutricionistas, todos compõem o
NASF.
Geane atende enquanto fisioterapeuta da Atenção Primária.
Patrícia e Mariana já se conheciam anteriormente ao NASF e são sócias
em uma clínica particular na cidade.
Nathan e Ícaro vão esporadicamente à unidade e são Apoiadores
Institucionais.
Sandra é filha de dona Maria (doceira), tem um filhinho chamado Heitor e
mora na comunidade do Abacateiro.
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3. Módulo I – Atenção Primária à Saúde
Semana 1
Leitura da situação problema; 02 horas à distância
Leitura dos textos de apoio;
Alguns minutos na
Planejamento para a realização da atividade em USF para
serviço (agendar a pauta na reunião de equipe e planejamento da
Unidade 1
Marise percebe que seu filho mais novo de dois anos está quieto e sonolento
desde à tarde do dia anterior. São 9 horas da manhã e ele acordou a pouco, o que
causou estranhamento, pois ele costuma acordar cedinho todos os dias. Marise
resolveu não sair para fazer a faxina do dia quando percebeu que ele estava
tremendo de febre e não queria comer nada, só queria ficar deitado no sofá.
Resolve tentar passar no “postinho” – como a comunidade costuma se referir
a USF. Ela mora no ponto mais distante da comunidade do Abacateiro. Andou
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bastante para chegar à unidade. De longe, logo vê uma fila na entrada. Após
esperar uns 20 minutos com o filho no colo, Marise fica sabendo que a fila é apenas
para marcar exames solicitados pela equipe.
Marilene: “Perdeu a viagem. Seu ACS não te avisou que para passar aqui tem
que pegar a senha às 6 horas da manhã? Essa hora já acabou faz tempo. Agora só
amanhã!”.
Marise: “Mas o que eu faço? Meu filho está piorando!” Pergunta com tristeza.
Marilene: “Ah, tenta passar no hospital lá na cidade...”.
Marise respira fundo, está preocupada com o filho. Encontra na saída da Unidade a
ACS responsável pela sua microárea:
Marise: “Oi Zélia! Meu filho está doente e me falaram que não tem vaga
hoje, me ajude?!”.
Zélia : “Mas é assim mesmo Marise. Aqui só chegando cedo... por que você
não veio antes? Agora só amanhã. Nem adianta eu pedir pra alguém te atender, na
hora que acaba a senha, não tem conversa. Passe no hospital agora e volte amanhã
para marcar com a equipe”.
Marise vai para o ponto de ônibus e depois de oito quilômetros, chega ao
pequeno hospital da cidade. Depara-se com outra fila. Após aguardar uma hora na
fila, a consulta dura poucos instantes, não dá nem tempo de sentar... O médico
rapidamente prescreve um medicamento dizendo que uma simples febre é caso
para o postinho e questiona por que Marise foi para o hospital?
Já com uma forte dor de cabeça, cansada e desanimada, Marise logo desiste
de explicar sua tentativa anterior. Sai do hospital e vai a uma farmácia. Marise
chega em casa sem forças, e sem ânimo. O filho respira com dificuldades. Ela dá a
dose do remédio, coloca-o na cama e deita ao seu lado.
Após ler o caso, vamos estudar agora alguns princípios, atributos e conceitos
orientadores da Atenção Básica.
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Assim, a proposta é fazermos leitura dos seguintes materiais, disponíveis na
Biblioteca Virtual deste Módulo:
A leitura deste material é essencial para a crítica que queremos que você seja
capaz de fazer ao caso e para facilitar a discussão em equipe.
1 - Reserve o tempo para essa discussão com sua equipe na própria reunião
semanal da Equipe.
Aos R2 que não estão nas USF: Neste momento você não precisará participar desta
atividade na sua USF de origem e nem realizá-la no serviço que está atuando.
Quando retornar à USF, você deverá conhecer os produtos da atividade
desenvolvida e realizar uma análise e avaliação crítica de como essa atividade
produziu (ou não) mudanças nas práticas e na organização da Unidade de Saúde no
período entre a sua realização e a avaliação que você estará realizando. Esta
análise deverá ser postada no seu Portfólio no AVA e compartilhada com a equipe.
3.5 Portfólio
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A síntese da atividade realizada na reunião de equipe e suas reflexões
pessoais sobre o conteúdo e todo processo realizado com a equipe, deverão ser
postadas, individualmente, no portfólio do Ambiente Virtual de Aprendizagem
(http://ava.fesfsus.ba.gov.br) até a data final de realização deste Módulo.
ATENÇÃO! Lembre-se:
1 - Você tem 15 dias para concluir a leitura deste Módulo, a realização
da reunião para desenvolver a atividade em serviço e a postagem, no
portfólio, da síntese das discussões e reflexões.
2 – O quanto antes, disponibilize aos membros da sua equipe o material
do próximo Módulo (textos e situação problema). Em todos os Módulos, os
materiais deverão ser lidos antes da realização das atividades previstas.
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4. Bibliografia Complementar Recomendada
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