Resolução RDC #497, de 20 de Maio de 2021 - Dou - Imprensa Nacional
Resolução RDC #497, de 20 de Maio de 2021 - Dou - Imprensa Nacional
Resolução RDC #497, de 20 de Maio de 2021 - Dou - Imprensa Nacional
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que
lhe confere o art. 15, III e IV, aliado ao art. 7º, III e IV da Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e ao art. 53, VI,
§§ 1º e 3º do Regimento Interno aprovado pela Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 255, de 10 de
dezembro de 2018, resolve adotar a seguinte Resolução, conforme deliberado em reunião realizada em 20
de maio de 2021, e eu, Diretor-Presidente, determino a sua publicação.
CAPÍTULO I
Seção I
Objetivo
Seção II
Abrangência
Parágrafo único. A exigibilidade, para seus diferentes fins, do Certificado de Boas Práticas de
Fabricação ou do Certificado de Boas Práticas de Distribuição e/ou Armazenagem está disposta em
normas específicas da Anvisa e não é tratada nesta Resolução.
Seção III
Definições
III- Certificado de Boas Práticas de Fabricação (CBPF): documento emitido pela Anvisa atestando
que determinado estabelecimento cumpre com os requisitos técnicos de Boas Práticas de Fabricação,
dispostos na legislação em vigor, necessários à comercialização do produto;
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-rdc-n-497-de-20-de-maio-de-2021-322110518 1/8
11/03/2022 09:02 RESOLUÇÃO RDC Nº 497, DE 20 DE Maio DE 2021 - RESOLUÇÃO RDC Nº 497, DE 20 DE Maio DE 2021 - DOU - Imprensa Nacional
IX- forma farmacêutica: estado final de apresentação de uma preparação farmacêutica após
uma ou mais operações executadas, com ou sem a adição de excipientes, a fim de facilitar a sua utilização
em uma determinada via de administração;
X- insumo farmacêutico ativo biológico: trata-se dos insumos farmacêuticos ativos alérgenos,
anticorpos monoclonais, hemoderivados, microrganismos utilizados na produção de probióticos,
imunobiológicos e os insumos ativos obtidos a partir de fluidos biológicos ou tecidos de origem animal,
assim como os obtidos por procedimentos biotecnológicos;
XII- solicitante: pessoa jurídica legalmente constituída no Brasil que requer a Certificação de
Boas Práticas de Fabricação e/ou a Certificação de Boas Práticas de Distribuição e/ou Armazenagem à
autoridade competente.
CAPÍTULO II
§1º A solicitação de Certificação de que trata esta Resolução será indeferida quando houver
parecer técnico que ateste:
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-rdc-n-497-de-20-de-maio-de-2021-322110518 2/8
11/03/2022 09:02 RESOLUÇÃO RDC Nº 497, DE 20 DE Maio DE 2021 - RESOLUÇÃO RDC Nº 497, DE 20 DE Maio DE 2021 - DOU - Imprensa Nacional
I- relatório de inspeção emitido pela Anvisa ou pelos órgãos de Vigilância Sanitária Estaduais,
Distrital ou Municipais, conforme organização das ações de vigilância sanitária e competências exercidas
pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios;
III- relatório de auditoria válido, emitido por organismo auditor terceiro reconhecido pela Anvisa,
conforme regulamentação específica, sendo aplicável a estabelecimentos instalados no território nacional
e em outros países.
§3º A decisão quanto à Certificação de que trata o caput deve ser formalizada dentro do prazo
regulamentar aplicável à petição em questão, definido na resolução que estabelece a classificação de
riscos e os prazos para resposta aos requerimentos de atos públicos de liberação de responsabilidade da
Anvisa, conforme o disposto no caput do art. 3º e art. 10 do Decreto nº 10.178, de 18 de dezembro de 2019.
Art. 5º A análise das petições de Certificação é realizada de acordo com a ordem cronológica da
data de protocolo.
Parágrafo único. A Anvisa poderá estabelecer exceção ao disposto no caput deste artigo, com
objetivo de favorecer a eficiência e a otimização de recursos, quando a petição de Certificação se referir a:
II- um estabelecimento vinculado à outra petição que possua prazo para conclusão definido em
resolução específica.
Art. 7º Uma vez iniciado o processo de análise da petição de Certificação, o que configura
exercício do poder de polícia pela Anvisa, , não serão admitidos pedidos de alteração do local de inspeção
e de reaproveitamento de taxa para outros fins.
Art. 11. As solicitações de inclusão de novos itens ou de modificação nos Certificados de Boas
Práticas de Fabricação vigentes são possíveis, não alterando a data de validade do Certificado em vigor.
§1º Para fins do disposto no caput, consideram-se novos itens as inclusões de novas etapas
produtivas, formas farmacêuticas, classes de risco ou de insumos farmacêuticos ativos em uma
determinada linha de produção ou forma de obtenção já certificada.
§2º Para os casos dispostos no caput, em que forem permitidas as solicitações de inclusão,
estas devem ser realizadas via peticionamento de modificação ou acréscimo à Certificação vigente.
§3º O instrumento de inclusão disposto no caput não é aplicável aos casos em que o que se
pretende incluir exige novo peticionamento de Certificação.
CAPÍTULO III
Seção I
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-rdc-n-497-de-20-de-maio-de-2021-322110518 3/8
11/03/2022 09:02 RESOLUÇÃO RDC Nº 497, DE 20 DE Maio DE 2021 - RESOLUÇÃO RDC Nº 497, DE 20 DE Maio DE 2021 - DOU - Imprensa Nacional
Para Medicamentos
Art. 13. A Certificação de Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos será concedida para
cada estabelecimento, por linha de produção, contendo cada linha a descrição das formas farmacêuticas
certificadas em concordância com a versão vigente do Vocabulário Controlado de Formas Farmacêuticas,
Vias de Administração e Embalagens de Medicamentos publicado pela Anvisa.
§1º Quando o estabelecimento objeto da Certificação não for responsável por todas as etapas
de produção de uma determinada forma farmacêutica, o Certificado descreverá apenas os respectivos
intermediários ou etapas de produção pelos quais o estabelecimento é responsável.
§2º Linhas de produção restritas à embalagem secundária não terão as formas farmacêuticas
discriminadas no Certificado.
§4º Para fins do disposto no caput e para as diferentes finalidades a que se presta o Certificado
de Boas Práticas de Fabricação, se faz necessária a emissão de Certificados adicionais para diferentes
solicitantes de um mesmo estabelecimento fabril, a fim de que seja garantida a avaliação individual dos
produtos objeto da certificação.
Art. 14. As seguintes linhas de produção são definidas para a Certificação de Boas Práticas de
Fabricação de Medicamentos:
I- produtos estéreis;
Parágrafo único. A classificação em CTO somente se aplica quando restar comprovado que a
operação de um novo estabelecimento, linha produtiva ou produção de nova forma farmacêutica cumpre
com os requisitos de Boas Práticas de Fabricação necessários à fabricação em escala industrial.
Seção II
II- Certificação de Boas Práticas de Fabricação de Produtos para Saúde em outros países; e
III- Certificação de Boas Práticas de Distribuição e/ou Armazenagem de Produtos para Saúde
no País.
Art. 18. A Certificação de Boas Práticas de Fabricação de Produtos para Saúde será concedida
para cada estabelecimento, por linha de produção.
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-rdc-n-497-de-20-de-maio-de-2021-322110518 4/8
11/03/2022 09:02 RESOLUÇÃO RDC Nº 497, DE 20 DE Maio DE 2021 - RESOLUÇÃO RDC Nº 497, DE 20 DE Maio DE 2021 - DOU - Imprensa Nacional
§1º O Certificado deverá descrever para cada linha de produção as respectivas classes de risco
de produtos para as quais o estabelecimento encontra-se em conformidade com os requisitos
preconizados pelas normas vigentes de Boas Práticas.
§2º Não são passíveis de Certificação os produtos para saúde enquadrados nas classes I e II de
risco.
§3º Para fins do disposto no caput e para as diferentes finalidades a que se presta o Certificado
de Boas Práticas de Fabricação, se faz necessária a emissão de Certificados adicionais para diferentes
solicitantes de um mesmo estabelecimento fabril, a fim de que seja garantida a avaliação individual dos
produtos objeto da certificação.
Art. 19. As seguintes linhas de produção são definidas para a Certificação de Boas Práticas de
Fabricação de Produtos para Saúde:
Parágrafo único. A classificação em CTO somente se aplica quando restar comprovado que a
operação de um novo estabelecimento ou nova linha produtiva cumpre com os requisitos de Boas Práticas
de Fabricação necessários à fabricação em escala industrial.
Art. 21. A Certificação de Boas Práticas de Distribuição e/ou Armazenagem de Produtos para
Saúde será concedida para cada estabelecimento.
Seção III
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput e para as diferentes finalidades a que se presta o
Certificado de Boas Práticas de Fabricação, se faz necessária a emissão de Certificados adicionais para
diferentes solicitantes de um mesmo estabelecimento fabril, a fim de que seja garantida a avaliação
individual dos produtos objeto da certificação.
Art. 24. As seguintes linhas de produção são definidas para a Certificação de Boas Práticas de
Fabricação de Cosméticos, Produtos de Higiene Pessoal e Perfumes:
I- líquidos;
II- sólidos;
III- semissólidos; e
IV- aerossóis.
Seção IV
Para Saneantes
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-rdc-n-497-de-20-de-maio-de-2021-322110518 5/8
11/03/2022 09:02 RESOLUÇÃO RDC Nº 497, DE 20 DE Maio DE 2021 - RESOLUÇÃO RDC Nº 497, DE 20 DE Maio DE 2021 - DOU - Imprensa Nacional
Art. 26. A Certificação de Boas Práticas de Fabricação de Saneantes será concedida para cada
estabelecimento, por linha de produção.
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput e para as diferentes finalidades a que se presta o
Certificado de Boas Práticas de Fabricação, se faz necessária a emissão de Certificados adicionais para
diferentes solicitantes de um mesmo estabelecimento fabril, a fim de que seja garantida a avaliação
individual dos produtos objeto da certificação.
Art. 27. As seguintes linhas de produção são definidas para a Certificação de Boas Práticas de
Fabricação de Saneantes:
I- líquidos;
II- sólidos;
III- semissólidos; e
IV- aerossóis.
Seção V
Art. 29. A Certificação de Boas Práticas de Fabricação de Insumos Farmacêuticos Ativos será
concedida para cada estabelecimento, por forma de obtenção, contendo para cada uma destas os
respectivos insumos farmacêuticos ativos.
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput e para as diferentes finalidades a que se presta o
Certificado de Boas Práticas de Fabricação, não se faz necessária a emissão de Certificados adicionais para
diferentes solicitantes quando já houver Certificação vigente para o mesmo estabelecimento, a mesma
forma de obtenção e o mesmo insumo farmacêutico ativo, quando se tratar de insumos farmacêuticos
ativos obtidos por síntese química, fermentação clássica ou semissíntese.
Art. 30. Para fins de Certificação de Insumos Farmacêuticos Ativos, as formas de obtenção são
consideradas como as linhas de produção, dentre elas:
I- extração mineral;
II- vegetal;
V- semissíntese; e
VI - biológicos.
Parágrafo único. A classificação em CTO somente se aplica quando restar comprovado que a
operação de um novo estabelecimento ou nova linha produtiva cumpre com os requisitos de Boas Práticas
de Fabricação necessários à fabricação em escala industrial.
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-rdc-n-497-de-20-de-maio-de-2021-322110518 6/8
11/03/2022 09:02 RESOLUÇÃO RDC Nº 497, DE 20 DE Maio DE 2021 - RESOLUÇÃO RDC Nº 497, DE 20 DE Maio DE 2021 - DOU - Imprensa Nacional
Seção VI
Para Alimentos
Art. 34. A Certificação de Boas Práticas de Fabricação de Alimentos será concedida para cada
estabelecimento, por linha de produção.
§1º Para fins do disposto no caput e para as diferentes finalidades a que se presta o Certificado
de Boas Práticas de Fabricação, se faz necessária a emissão de Certificados adicionais para diferentes
solicitantes de um mesmo estabelecimento fabril, a fim de que seja garantida a avaliação individual dos
produtos objeto da certificação.
§2º No caso de palmito em conserva, as linhas de produção são definidas com base na espécie
do palmito e no tipo de embalagem do produto.
CAPÍTULO IV
Art. 35. Para a decisão quanto à Certificação de Boas Práticas de que trata este capítulo, no caso
de estabelecimentos localizados em países do MERCOSUL, exceto Brasil, cabe à Anvisa a emissão de
parecer técnico, com base nas diretrizes dispostas pela legislação existente no âmbito do MERCOSUL.
Art. 36. No caso de estabelecimentos localizados em território nacional ou em outros países fora
do MERCOSUL, a Certificação de que trata este capítulo deve ser concedida mediante parecer técnico,
que deve considerar os seguintes itens:
I- histórico de cumprimento das Boas Práticas pelo estabelecimento a ser Certificado, obtido
pela Anvisa a partir de seu banco de dados de inspeção;
II- histórico de desvios comprovados, queixas técnicas e/ou infrações sanitárias comprovadas
pelas autoridades competentes, obtido pela Anvisa em seus bancos de dados;
III- linhas de produção inalteradas e sem a inclusão de produtos de classes terapêuticas que
não possam ser produzidas na mesma área anteriormente inspecionada, conforme avaliação dos dados
apresentados pelo solicitante;
Parágrafo único. O parecer disposto no caput deste artigo pode considerar outros fatores
definidos por meio de matriz de risco.
Art. 37. Para que haja Certificação sem interrupção de continuidade com a Certificação em vigor,
a petição de Certificação de Boas Práticas deve ser protocolada no lapso temporal compreendido entre
270 (duzentos e setenta) e 180 (cento e oitenta) dias antes do vencimento do Certificado vigente.
Art. 38. Na hipótese dos artigos 36 e 37, avaliados os requisitos técnicos e de protocolo
dispostos nesta Resolução, deve a Anvisa manifestar-se quanto ao deferimento ou indeferimento da nova
certificação até a data de vencimento do Certificado.
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-rdc-n-497-de-20-de-maio-de-2021-322110518 7/8
11/03/2022 09:02 RESOLUÇÃO RDC Nº 497, DE 20 DE Maio DE 2021 - RESOLUÇÃO RDC Nº 497, DE 20 DE Maio DE 2021 - DOU - Imprensa Nacional
Art. 39. A ausência de manifestação, disposta no art. 38, enseja a publicação pela área técnica
da renovação automática do Certificado até a data de vencimento do Certificado vigente.
§1º A renovação automática do Certificado não exclui a possibilidade de sua análise e do seu
eventual cancelamento, igualmente automático, a qualquer momento, caso seja comprovado que o
estabelecimento não cumpre os requisitos de Boas Práticas necessários à comercialização do produto.
§2º Para fins do disposto no caput e ressalvados os casos do §1º deste artigo, considera-se
ausência de manifestação qualquer situação da petição de Certificação de Boas Práticas que não
determine a publicação do deferimento ou indeferimento em Diário Oficial da União até a data do
vencimento do Certificado vigente.
CAPÍTULO V
Art. 41. Será divulgada informação na página eletrônica da Anvisa referente à situação das
empresas quanto à Certificação de Boas Práticas e ao embasamento legal que motivou a decisão final
das petições de Certificação de Boas Práticas de Fabricação e de Certificação de Boas Práticas de
Distribuição e/ou Armazenagem.
Art. 43. Fica revogada a Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 39, de 14 de agosto de 2013,
publicada no Diário Oficial da União nº 157, de 15 de agosto de 2013, Seção 1, pág. 50.
Parágrafo único. O art. 41 passa a vigorar 06 (seis) meses após a vigência da norma.
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-rdc-n-497-de-20-de-maio-de-2021-322110518 8/8