Dever 2
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1. Dever das mães: p. 189 – Entre a Terra e o Céu, cap.6 – Num Lar Cristão
O orientador, profundo conhecedor de matemática, – continuou ela – disse-nos que o lar é como um
ângulo reto nas linhas do plano da evolução divina. A linha vertical é o sentimento feminino voltado para as
energias criadoras da vida. A linha horizontal é o sentimento masculino, trabalhando para o progresso de
todos. O lar é o encontro sagrado dessas duas linhas, homem e mulher, para o indispensável
entendimento. É como um templo onde a união espiritual deveria acontecer antes da união corporal.
NOSSO LAR, CAP.20.
a. mais santificada tarefa de renúncia pessoal, a mulher cristã acende a verdadeira luz para o caminho
dos filhos através da vida.
b. A mãe terrestre deve compreender, antes de tudo, que seus filhos, primeiramente, são filhos de Deus.
c. Desde a infância, deve prepará-los para o trabalho e para a luta que os esperam.
A ingratidão é um dos frutos mais diretos do egoísmo; ela revolta sempre os corações honestos; mas a
dos filhos para com os pais apresenta caráter ainda mais odioso; é, em particular, desse ponto de vista
que a vamos considerar, para lhe analisar as causas e os efeitos.
a. Depois de esgotar todos os recursos a bem dos filhos e da prática sincera de todos os processos
amorosos e enérgicos pela sua formação espiritual;
b. A dor tem possibilidades desconhecidas para penetrar os Espíritos, onde a linfa do amor não conseguiu
brotar;
c. pais estejam revestidos de suprema resignação, reconhecendo no sofrimento que persegue os filhos a
manifestação de uma bondade superior.
O apostolado das mães é o serviço silencioso com o Céu, em que apenas a Sabedoria Divina pode ajuizar com exatidão.
Ser mãe é ser anjo na carne, heroína desconhecida, oculta à multidão, mas identificada, pelas mãos de Deus.
Ele conhece o holocausto das mães sofredoras e desoladas e sustenta-lhes o ânimo através de processos maravilhosos de sua sabedoria
infinita, assim como alimenta a seiva recôndita das árvores benfeitoras.
Um instituto doméstico, em muitos casos, é cadinho purificador.
Aí dentro, as opiniões fervilham na contenda inútil das palavras, sem edificações úteis; velhos ódios surgem à tona das discussões e
sentimentos, que deveriam permanecer esquecidos para sempre, aparecem à superfície das situações, embora muitas vezes imanifestos nos
entendimentos verbais.
O que nos interessa, porém, é a nossa redenção.
O sacrifício é a nossa abençoada oportunidade de iluminação.
Sabemos, no entanto, que para o carinho maternal, o combate é intraduzível.
Na batalha sem sangue no coração.
No espinheiro ignorado.
Na dor que os olhos não visitam.
O devotamento feminino será sempre o manancial do conforto e da bênção.
Quando se interrompe o curso dessa fonte divina, ainda mesmo temporariamente, a vida do lar sofre ameaças cruéis.
As experiências no sexo masculino conferem à alma um senso maior de liberdade ante os patrimônios da vida, e o homem sente maior
dificuldade para apreciar as questões do sentimento como convém.
Para os que se confundem na enganosa claridade dos dias terrenos, a existência carnal é somente recurso a incentivar paixões e alegrias
mentirosas, todavia, para quantos fixem o problema da eternidade, com a crença renovadora no altar do espírito, a romagem planetária é divino
aprendizado para a redenção.
O lar terreno é a antecâmara do Lar Divino, quando lhe aproveitamos as bênçãos do trabalho santificante, porque, 17 na realidade, se o
martelo e o buril são os elementos que aprimoram a pedra, a dor e o serviço são as forças que nos aperfeiçoam a alma.
Trabalhar e sofrer são talvez os maiores bens que nossa alma pode recolher nos pedregulhos da Terra.
Toda dor é renascimento, toda renúncia é elevação e toda morte é ressurreição na verdade.
O Tesouro Divino não se empobrece e, para Deus, os filhos mais ricos são aqueles que canalizaram os recursos do serviço a bem de
todos, sem cristalizarem a fortuna amoedada nos cofres de ferro, que às vezes, cedo se convertem nos fantasmas de angústia, além do sepulcro.
Aqui, entendemos, com clareza mais ampla, o caminho da eternidade.
Mais vale semear rosas entre espinhos para a colheita do futuro, que nos inebriarmos no presente, com as rosas efêmeras dos enganos
terrestres, preparando a seara de espinhos na direção do porvir.
Não percamos o dia para que o tempo não nos desconheça.
A dificuldade é nossa bênção.
Amemos, trabalhando nas sombras de hoje, a fim de que possamos penetrar, em companhia do Amor, na divina luz do Amanhã.
Agar