Relatório de Aula Prática - Biologia II

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO

GRANDE DO NORTE
Unidade curricular: Biologia II
Docente: Viviane Ferreira de Medeiros

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA


Conteúdo: Extração de DNA

Discentes:
Hélder Pereira Sá Paixão
Hugo Césany da Silva Oliveira
Iasmin Vitória Oliveira Veríssimo
Marcelle Maria Bezerra Pires

São Gonçalo do Amarante - RN


Agosto de 2022
INTRODUÇÃO

Haja vista a importância da ampla compreensão acerca da forma com que a


hereditariedade se manifesta nos seres humanos ao entendimento do ramo cujo termo foi,
outrora, aplicado primeiramente pelo biólogo inglês William Bateson (1861-1926): a
genética. Sob essa perspectiva, trata-se da transferência de informação biológica de célula
para célula, de pai para filho, de geração para geração, enquanto estudo do comportamento
dos genes, as menores partes do DNA (ácido desoxirribonucleico) capazes de produzir
características nos organismos.

Dessa forma, uma vez que o material genético está localizado no núcleo dos
eucariontes e no citoplasma dos procariontes, controlando toda a atividade celular, quaisquer
informações sobre determinado organismo são encontradas no ácido nucleico cuja pentose é a
desoxirribose. A extração do DNA, sob os moldes esboçados abaixo, centralizou-se no
entendimento da estrutura genérica supracitada, a fim de compreender a importância de cada
etapa de obtenção do produto final e seus consequentes efeitos na estrutura vegetal a qual o
grupo expôs na prática.

Portanto, a atividade prática aqui referida, à medida que foi exposta aos estudantes
como forma de materializar conhecimentos inicialmente apresentados em sala de aula, tornou
possível a consolidação das vistas teóricas em metodologias eficientes e ativas ao
aprendizado da temática neste relatório.
OBJETIVOS

A experimentação teve como objetivo observar e analisar a estrutura de um DNA,


uma molécula que detém toda a informação genética de um ser, através da extração por meio
de um tomate aliado a outros ingredientes, descritos na metodologia experimental. Dessa
forma, a análise foi fundamentada com base no conhecimento adquirido durante as aulas,
possibilitando um maior entendimento e compreensão por parte dos alunos envolvidos.
Assim, por meio dos métodos descritos a seguir, será possível identificar a estrutura de DNA
de um tomate.
METODOLOGIA EXPERIMENTAL

Em relação à metodologia, os alunos foram instruídos sobre como usar os


instrumentos presentes no laboratório, sendo estes: beckers, funis, pipetas, macerador e pilão,
tubo de ensaio e bastão de ensaio. Além destes, foi fornecido detergente, sal, água quente e
água gelada para o experimento com a fruta.

O primeiro passo foi macerar a fruta dentro de um saco plástico e logo após separar
para outro recipiente, foi adicionada à massa do tomate no becker uma colher de sal e uma
de detergente, assim foi misturado cuidadosamente, evitando a espuma, durante 5-8 minutos.
Com a mistura pronta, o funil com o filtro de papel foi utilizado para transferir esta do
becker ao tubo de ensaio.
Terminada a filtragem, o tubo de ensaio foi posto em banho maria em recipiente com
água quente por 5 minutos e logo após foi movido a uma bacia com gelo, após 5 minutos foi
retirado e posto em descanso.
RESULTADOS E DISCUSSÕES

Em síntese, como consequência dos procedimentos indicados pela docente, foi-se


possível obter como resultado a extração das moléculas do DNA do tomate, o qual
apresentou-se como material de análise para o experimento da equipe. Basicamente, os
alunos separaram a fruta para seguir o roteiro indicado, logo, após reservarem o material de
estudo em um saco plástico, foi necessário macerar o tomate até que esse estivesse com
consistência homogênea e liberando líquido. Por conseguinte, a amostra foi submetida à
mistura do detergente e os demais componentes, de forma cuidadosa para evitar a formação
de espuma, e peneirada em um filtro de papel para posteriormente ser transferida para um
recipiente higienizado.

Após tais processos, o material presente no becker esteve exposto a duas distintas
temperaturas durante o intervalo de 30 minutos: características do contato com a água quente
e características do contato com a água com gelo, respectivamente. Em sequência, a
substância foi retirada e exposta ao álcool para que houvesse a precipitação do DNA devido a
sua baixa solubilidade neste solvente e, por consequência, as reações produzissem uma óptica
evidente e capaz de averiguar as fases das camadas moleculares do tomate. Em suma,
portanto, o experimento possibilitou que a equipe compreendesse a reação do material ao
maceramento, à lise dos tecidos e remoção de fragmentos e, por fim, à heterogeneidade
presente na sua composição. Ademais, os alunos aprenderam sobre o assunto do bimestre
através de um método mais elucidado e semelhante ao exposto no dia a dia.

Nas imagens abaixo, ainda, é possível observar algumas ilustrações que exemplificam
o supramencionado:
QUESTIONÁRIO

1. Qual o aspecto do DNA observado?


O DNA está na forma de cromatina, cujo aspecto observado é em forma de filamentos
sobre uma fase alcoólica e uma fase aquosa.

2. Qual a importância da maceração do fruto?


Basicamente, o processo de maceração é relevante para a extração do material do
fruto pois se responsabiliza por facilitar o contato entre a solução de lise - cuja
composição é formada por água, detergente e cloreto de sódio - e as células do
material em análise (neste caso, o tomate). Assim, tal mistura facilitará o
procedimento de remoção das proteínas e a consequente precipitação do DNA.

3. Qual a função da solução de lise? Exemplifique o papel do sal e do detergente.


A solução é responsável pelo rompimento da membrana plasmática e, a partir das
diferentes funções dos materiais que a compõem, pela desestabilização das demais
membranas do material.

Nesse caso, o sal tem a função de proporcionar um ambiente “favorável” para a


extração do DNA, isto é, neutraliza a carga negativa dos grupos fosfatos da molécula
através da adição de íons positivos. Como consequência, mantém as proteínas
dissolvidas no líquido extraído, bloqueando a sua precipitação associada com o DNA.

Por outro lado, o detergente permite a desestruturação das moléculas de lipídios das
membranas biológicas. Logo, a partir dessa ação, os lipídios tornam-se solúveis e,
posteriormente, são suprimidos juntamente com as proteínas. Em síntese, o detergente
penetra na disposição da membrana e isola as grandes moléculas de fosfolipídios, o
que acarreta na “destruição” da camada.

4. Qual é o papel do álcool?


Haja vista que o DNA não é solúvel em água nas condições apresentadas no
experimento, sa função é evidenciada durante a precipitação do material genético,
visto que, graças à imiscibilidade das substâncias citadas, foi possível a visualização
das moléculas de DNA devido à baixa densidade do álcool em comparação com a
água. O DNA, portanto, flutuou na superfície da água e o álcool facilitou a sua
observação.

5. Por que você não consegue ver a dupla hélice do DNA extraído?

Não é possível visualizar a dupla hélice do DNA pois tal estrutura genômica está em
forma de cromatina, ou seja, uma formação de moléculas de DNA das células do
material exposto ao experimento associadas com proteínas histonas e cromossômicas
não-histonas, cuja estrutura, durante os processos celulares, divide-se em eucromatina
e heterocromatina. Além disso, a estrutura microscópica desse ácido nucleico não
permite a visualização a olho nu, sendo possível, no entanto, a observação de um
aglomerado de cadeias de DNA.

6. Considerando os procedimentos da extração do DNA genômico você espera


obtê-lo sem quebras mecânicas ou químicas? Justifique.

Não;

Os processos de lise mecânica e química foram essenciais para a obtenção da


estrutura observada no final dos experimentos pelos estudantes. Sem eles, os objetivos
inicialmente traçados para a aula prática seriam inutilizados, tendo em vista que,
desde a etapa de lise (processo inicial da extração) até o procedimento de eluição,
verifica-se a quebra da célula aos quais foram explicitados.
CONCLUSÕES

Conclui-se, portanto, que a aula prática possibilitou maior entendimento acerca da


extração de DNA em frutas e sua visualização através dos métodos utilizados. Ainda, em
consequência à explicação da docente sobre os procedimentos a serem realizados no
laboratório de biologia do IFRN, os alunos obtiveram discernimento para executar a prática.
Assim, foi-se possível executar as ações descritas no material recebido a fim de obter o
resultado esperado.
Destarte, os procedimentos realizados, de maneira correta, possibilitaram aos
discentes alcançarem o objetivo. Assim, os resultados obtidos, além de auxiliarem na
compreensão da teoria aplicada, estimularam os discentes no processo prático.
REFERÊNCIAS

DOS SANTOS, Ariel Souza; JAMBEIRO, Ariadene Ferreira. Métodos de Extração de


DNA–Possibilidades metodológicas. Acesso em: 01 de ago de 2022;

FRACETO, L. F. Abordagem química na extração de DNA de tomate. Química Nova na


Escola, n. 25, p. 43-45, 2007. SUART, R. C. Acesso em: 06 de ago de 2022;

GONÇALVES, T. M. Extraindo o DNA de vegetais: uma proposta de aula prática para


facilitar a aprendizagem de Genética no Ensino Médio. Revista Educação Pública, v. 21, n.
15, 2021. Acesso em: 04 de ago de 2022.

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