Apostila - Literatura Infanto Juvenil
Apostila - Literatura Infanto Juvenil
Apostila - Literatura Infanto Juvenil
Infanto Juvenil
Professora Especialista Paula Regina Dias de Oliveira
Professora Mestre Greicy Juliana Moreira
Diretor Geral
Gilmar de Oliveira
Diretor Administrativo
Eduardo Santini
UNIFATECIE Unidade 3
Web Designer Rua Pernambuco, 1.169,
Thiago Azenha Centro, Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
UNIFATECIE Unidade 4
FICHA CATALOGRÁFICA BR-376 , km 102,
Saída para Nova Londrina
FACULDADE DE TECNOLOGIA E
CIÊNCIAS DO NORTE DO PARANÁ.
Paranavaí-PR
Núcleo de Educação a Distância; (44) 3045 9898
MOREIRA, Greicy Juliana.
OLIVEIRA, Paula Regina Dias de.
www.fatecie.edu.br
Literatura Infanto Juvenil.
Greicy. Juliana Moreira.
Paula. Regina Dias de Oliveira.
Paranavaí - PR.: Fatecie, 2020. 102 p.
As imagens utilizadas neste
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária livro foram obtidas a partir
Zineide Pereira dos Santos. do site ShutterStock
AUTORAS
UNIDADE I....................................................................................................... 5
A Literatura Infanto-Juvenil
UNIDADE II.................................................................................................... 25
A Literatura Infanto-Juvenil
UNIDADE III................................................................................................... 53
Ensino da Literatura Infanto-Juvenil
UNIDADE IV................................................................................................... 73
Prática Pedagógica e Literatura Infanto-juvenil
UNIDADE I
A Literatura Infanto-Juvenil
Professora Especialista Paula Regina Dias de Oliveira
Plano de Estudo:
• Conceito
• Aspectos históricos
• Especificidade
Objetivos de Aprendizagem:
Ao final desta unidade você será capaz de:
• Apresentar e discutir alguns conceitos de literatura infanto juvenil, discutir suas concep-
ções, promover a compreensão crítica no que se refere a literatura infanto juvenil.
• Apresentar uma introdução à História da Literatura Infanto juvenil, bem como compreen-
der o seu desenvolvimento desde a Idade Medieval até os dias atuais.
• Discutir algumas questões acerca dessa literatura, a relação entre o leitor e o texto, além
das suas características e especificidades.
5
INTRODUÇÃO
Nos dias atuais, formar leitores literários tem se tornado um grande desafio, pois
circulam em nossa sociedade discursos variados e muitas são as formas de expressão, e
o texto literário tem tentado se manter ativo em meio a essa imensa variedade de textos.
Mais afinal, o que é a literatura? O que a diferencia dos demais gêneros e por que ela é tão
importante na formação da criança e do adolescente?
Falar um pouco sobre a importância dos textos literários, seu conceito, sua história
e especificidades é um dos objetivos desta unidade, pois a literatura infanto juvenil exerce
uma função importante na formação, cultural social e educativa da criança e do adolescente.
Assim, abordaremos primeiramente o conceito e com base nele, para após tra-
çarmos um percurso histórico mostrando suas transformações desde a Idade Média até a
Idade Contemporânea. Com base em uma visão crítica e pedagógica deste gênero falare-
mos sobre suas especificidades e suas características e o impacto que ela produz no leitor.
Espero com esse percurso, contribuir para seus estudos no que se refere a co-
nhecer e compreender a importância da literatura infanto juvenil na formação pedagógica,
social e cultural dos estudantes e na formação de futuros leitores.
O texto a seguir inicia com uma intenção de se realizar um passeio pela imaginação
que permeia a Literatura Infanto-juvenil. Para tanto, é preciso conhecer alguns conceitos
básicos sobre Literatura. Os primeiros conceitos se referem a Arte e a Literatura, seguidos
da Literatura para crianças e adolescentes.
Ao falar-se em Literatura, logo se remete ao ato de ler, a interação entre o leitor
e um texto literário. Todavia, a obra de arte literária vai além de uma simples leitura, pois
possui especificidades e características que outros textos não possuem. É importante
ressaltar aqui que a discussão que permeia o conceito de Literatura, suas singularidades e
especificidades não são fáceis. Diversas correntes teóricas tentaram defini-las, porém não
obtiveram sucesso, pois são discussões que ocorreram em sentidos diferentes, sociedades
e épocas distintas.
A Literatura expressa uma experiência humana, porém de maneira específica e
isso dificilmente poderá ser definido com exatidão. Cada época produziu e compreendeu a
literatura do seu jeito. E conhecer esse jeito, é conhecer a singularidade de cada momento
histórico da caminhada humana, bem como a sua evolução no decorrer desse período.
(COELHO, 2000).
Assim percebe-se que a Literatura está em constante modificação, e que ao longo
do tempo desenhou-se uma linha que demonstra esse vai e vem que nas palavras de Coe-
lho 2000, (p.14)“se reflete nas definições que o fenômeno literário recebeu desde Platão e
Aristóteles no século IV a.C., os quais deram início a discussão do tema”.
Corroborando com os estudos até aqui, Souza se refere a literatura como uma das
possibilidades de utilização e exploração da linguagem e da ficção, ou seja, pela capacida-
de que o indivíduo tem de criar um universo ficcional por meio do fenômeno literário. Neste
sentido, pressupõe-se que a autora define a obra literária como uma construção interna, o
qual há um domínio da linguagem e do seu criador, no entanto, não se pode esquecer que
o que dá corpo à obra literária é a interação que se dá entre o texto e o leitor por meio da
leitura. É o leitor que atribui o significado àquilo que antes era apenas um amontoado de
sinais gráficos que foram impressos em uma folha de papel.
SAIBA MAIS
A Literatura Infantil está destinada, como o nome diz, ao público infantil com faixa
etária entre dois e dez anos de idade. Essas obras precisam ser de fácil leitura e enten-
dimento pela criança que a lê, além disso deve despertar o interesse e, principalmente
estimular a imaginação da criança.
Criados por professores e pedagogos no final do século no final do século XVII, os
primeiros livros infantis tinham como objetivo apenas criar hábitos e valores. Hoje, além
desses objetivos, a leitura deve apresentar uma outra visão da realidade, ou seja, a diversão
e o lazer, que são importantes fatores no que se refere ao desenvolvimento psicossocial do
leitor.
Neste sentido pode-se dizer que a Literatura Infantil de acordo com Aguiar (2001,
Apud Costa, 2007), trata-se de um “objeto cultural. São histórias ou poemas que ao longo
dos séculos cativam as crianças. Alguns livros nem foram escritos para elas, mas passaram
a ser considerados literatura infantil (p.16)”.
Abaixo pode-se verificar algumas características das obras literárias destinadas as
crianças, bem como suas características e exceções:
Apesar de ser possível verificar que as obras literárias possuem algumas caracte-
rísticas em comum, elas também possuem algumas exceções, como temas não apropria-
dos para tais faixas etárias, livros que retratam guerras, que abordam fatos como crimes e
vícios.
Essas obras especificamente, possuem entre oitenta a cem páginas, ou seja, são
relativamente pequenas, além disso, contam com estímulos visuais, a linguagem e a escrita
são simples e as histórias são retratadas de maneira clara. Em alguns casos possuem ca-
ráter didático, explicando ao leitor regras e comportamentos sociais, e geralmente contam
com um final feliz.
Ademais, pode-se então considerar que a literatura infantil, apesar de estar associa-
da a criança, é aquela que vai ao encontro das necessidades do leitor e que se identificam
com ele, não sendo necessariamente desenvolvida somente para atender ao público infantil.
Ela deve ser considerada como uma arte e deleite, e deve ir além da intenção pedagógica e
didática ou como um estímulo ao hábito da leitura, ela deve despertar a criança que existe
em cada um de nós por meio do imaginário e da fantasia.
A Literatura Juvenil é aquela obra destinada ao público com faixa etária entre dez e
quinze anos de idade. Essas obras costumam incluir temas e fatores que podem despertar
REFLITA
Fonte: PALO, Maria José; OLIVEIRA, Maria Rosa D. Literatura Infantil: Voz de Criança. 4 Ed. São Paulo:
Ática, 2006.
Da mesma forma, Lajolo e Zilberman, ainda pressupunham que por ter apenas ca-
ráter formador da moral burguesa e por constituir uma atividade que era realizada somente
dentro dos lares daquela época, a valorização da família serviu como principal incentivo da
leitura como sendo apenas uma prática social, ou seja, “ser leitor, papel que, como pessoa
física, exercemos, é função social, para a qual se canalizam ações individuais, esforços
coletivos e necessidades econômicas” (LAJOLO; ZILBERMAN, 1999, p.14). Este contexto
histórico define qual o papel a criança deve assumir na sociedade, bem como o avanço da
burguesia demonstrando assim, a função da literatura infantil na Idade Média.
Lajolo e Zilberman (1999) ainda definem a família como centralizadora, que forta-
lecem o Estado e que dá privilégios a criança a tendo como merecedora de uma atenção
especial, que possui status próprio, o qual sobre elas recaem as preocupações com a
religião, saúde e educação.
Essa definição se origina da estrutura social rígida que existia na Idade Média e
que era caracterizada pela divisão das classes sociais, onde o poder era centralizado nas
propriedades, em que a linhagem hierárquica existente não dava voz a família nuclear.
Somente alguns séculos após o período medieval é que a burguesia passa a ganhar força
e a partir daí é que começam as transformações na sociedade moderna.
Assim, de acordo com Zilberman (1987),
A entidade designada como família moderna é um acontecimento do Século
das Luzes. Os diferentes historiadores coincidem na afirmação de que foi
ao redor de 1750 que se assistiu à complementação de um processo que
principiou no final da Idade Média, com a decadência das linhagens e a des-
valorização dos laços de parentesco, e culminou com a conformação de uma
unidade familiar unicelular, amante da privacidade e voltada a preservação
das ligações efetivas entre pais e filhos. (p.5).
Diante do exposto acima pode-se perceber que essa nova configuração é a prin-
cipal responsável pelas transformações que aconteceram entre a Idade Média e Moderna,
em que, mudam-se não só as relações sociais mais também a subjetividade do indivíduo
em detrimento de um modo de vida que antes não existia e o qual a partir dele emerge um
novo sujeito.
É a partir do século 18 que, com a ascensão da burguesia a situação da criança
passa por mudanças, o qual a infância começa a ser valorizada. Há então a separação
entre a vida pública e o setor privado, entre a família e o setor de negócios. A infância e a
idade adulta passam a ser fases diferentes da vida, opondo-se casa e trabalho, preparando
Como é a escola que faz essa ligação entre a criança e o mundo, cabe a ela decidir
e apresenta-lo de forma adequada, selecionando e filtrando os aspectos que consideram
mais importantes ao indivíduo em formação, bem como informar a criança de que maneira
ela deve se portar diante deste mundo e o que a sociedade espera dela.
Os primeiros textos de literatura infanto juvenil surgiram dentro deste contexto, com
base em adaptações folclóricas e de textos da literatura adulta, constituindo- se o gênero
literário, porém como fruto de interesses pedagógicos para fins educativos, culminado que
as primeiras obras literárias para o público infanto-juvenil chamaram mais a atenção dos
REFLITA
Leitura e Oralidade:
As obras de Literatura infanto juvenil buscam o resgatar a oralidade na escritura, indo
desta forma ao encontro da narração. A fala é natural ao ser humano e já existia antes
mesmo da descoberta da escrita. Expressões faciais e corporais, além dos gestos eram
importantes recursos da comunicação oral e permitiam a troca de informações e senti-
mentos entre os interlocutores de maneira mais direta. Palo e Oliveira (2001) relatam
que “[...] o discurso oral cria uma cena múltipla (verbal e não verbal) e inclusiva, na qual,
o que menos conta é o que se diz, já que tudo está no modo como se diz e, mais ainda,
na tensão dialética entre o dito e o calado; entre aquilo que a fala articula e a gestualida-
de desarticula e ega. Sua vida faz-se na fugacidade do presente, instante em que tudo
está não estando. Discurso precário, um quase discurso, sempre em disponibilidade
para incorporar um novo dado em risco com o acaso.” (p.44) Neste sentido, oralidade é,
um aspecto característico e fundamental do texto literário infanto juvenil.
É possível perceber no texto da autora que ela apresenta a leitura literária como
uma forma de resistência cultural, além disso ela ainda enfatiza não só o saber mais também
o prazer. Demonstrando assim o caráter individual e social da literatura. A capacidade de
refletir e criticar desenvolvida por meio da leitura é o que torna o indivíduo um ser ativo na
transformação social, além disso a leitura o prepara para interpretar a sua realidade social de
maneira mais aprofundada e em contrapartida pode prepará-lo para ser atuante e consciente
no seu dia a dia. Em estudos realizados sobre a literatura juvenil, é aceitável que a “literatura
tem a capacidade de dar [aos adolescentes] um lugar no mundo, algo tangível em que eles
podem se apegar enquanto passam pelas suas próprias versões dos processos de transição
presentes em cada [livro].” (BICKMORE; YOUNGBLOOD, 2014, p.262, tradução livre).
O adolescente por sua vez, como um sujeito que está em fase de transição deve ter
sua passagem entre a infância e vida adulta concebida de maneira satisfatória. A literatura
neste contexto tem como função auxiliar o adolescente no enfrentamento dos conflitos
decorrentes desta fase, mostrando a ele que não é o único a enfrentar tais dificuldades e
que é possível superá-las. Para o adolescente o interesse pelo conteúdo é um diferencial
na escolha de um livro, seja ele em seu aspecto educacional ou apenas por diversão, o que
pressupõe que a necessidade de que os temas literários abordados sejam diversificados.
Diante disso, as temáticas propostas para essa faixa etária precisam apresentar um
equilíbrio, não ser muito sério, de difícil interpretação, nem muito simples, ou irrelevante.
Esses aspectos devem ser considerados principalmente se a leitura estiver relacionada às
experiências do adolescente leitor. Mas como acontece a resolução dos conflitos existentes,
uma vez que a literatura pressupõe como objetivo a promoção do aprendizado?
O que se percebe nessas narrativas é que conflitos são encerrados definitivamente
onde os finais são mais tradicionais. Todavia aquele modelo de conclusão em que se vê
somente a tomada de decisão e um encorajamento a mudança não é possível saber se
Você sabia que literatura infantil surgiu no século XVII com Fenélon (1651-1715),
justamente com a função de educar moralmente as crianças. O texto abaixo retirado de um
artigo publicado na revista UNIVEM, retrata um pouco dessa história, o que vem comple-
mentar os nossos estudos no que se refere a literatura infanto-juvenil em seus aspectos
históricos no que se refere ao uso da literatura infantil como foco na moral e na formação
adulta do indivíduo.
Fonte: SILVA, Aline Luiza da. A trajetória da Literatura Infantil: Da Origem Histórica e do Conceito Mercadoló-
gico ao Caráter Pedagógico da Atualidade. REGRAD – Revista Eletrônica de Graduação – UNIVEM. v. 2 - n.
2 - jul/dez – 2009. Disponível em: <http://revista.univem.edu.br/index.php/REGRAD/article/viewFile/234/239>
LIVRO
• A sociedade literária e a torta de casca de batata
• Mary Ann Shaffer, Annie Barrows
• Editora Rocco, 2009.
• A sociedade literária e a torta de casca de batata conta a história
de Juliet Ashton, uma escritora em busca de um tema para seu
próximo livro. Ela acaba encontrando-o na carta de um desconhe-
cido de Guernsey, Dawsey Adams, que entra em contato com a
jornalista para fazer uma consulta bibliográfica. Começa aí uma
intensa troca de cartas a partir da qual é possível identificar o
gosto literário de cada um e o impacto transformador que a guerra
teve na vida de todos. As correspondências despertam o interesse
de Juliet sobre a distante localidade e narram o envolvimento dos
moradores no clube de leituras – a Sociedade Literária e a Torta
de Casca de Batata –, além de servirem de ponto de partida para o
próximo livro da escritora britânica. O clube, criado antes de existir
de fato, foi formado de improviso, como um álibi para proteger
seus membros dos alemães. O que nenhum dos integrantes da
Sociedade imaginava era que os encontros pudessem aproximar
os vizinhos, trazer consolo e esperança e, principalmente, auxiliar
a manter, na medida do possível, a mente sã. As reflexões e as
discussões a respeito das obras os livraram dos pensamentos
sobre as dificuldades que enfrentavam e ainda serviram para apro-
ximar pessoas de classes e interesses tão díspares, de pescador
a frenólogo, de dona de casa a enfermeira. Instigada pela força
dos depoimentos, a jornalista decide visitar Guernsey, onde a con-
vivência com as pessoas que conheceu por cartas e a descoberta
sobre as experiências dos ilhéus lhe dão uma nova perspectiva.
A viagem proporciona à escritora mais do que material para seu
livro. Guernsey oferece a chance de recomeçar após a Guerra,
fazer amizades sinceras e encontrar o amor – em suas diversas
formas. O que ela encontra por lá, e as relações que trava, mudam
sua vida para sempre. Em 2018 o livro ganha versão para cinema
estrelada por Lily James, Michiel Huisman e Mathew Goode.
FILME/VÍDEO
• A Livraria.
• 2017.
• A viúva Florence Green, interpretada pela atriz Emily Mortimer,
chega a um pequeno vilarejo no litoral da Inglaterra, na década de
1950, com objetivo de abrir uma livraria. Mas, ela não contava que
seu sonho fosse afrontar pessoas poderosas do lugar, e ainda,
o preconceito de uma população inteira em relação ao hábito da
leitura. O filme tem uma linda fotografia e os diálogos quase soam
desnecessários diante dos sentimentos que parecem correr ape-
nas pelos olhos dos atores. No elenco, também estão Bill Nighy
e Patricia Clarkson.
Plano de Estudo:
• Relação entre cultura e literatura
• A formação do leitor
• Leitura e conceito de letramento
Objetivos de Aprendizagem:
• Compreender a relação entre a cultura e a literatura, como forma conhecimento, mais
também como uma função social na formação do indivíduo;
• Entender algumas questões relacionadas ao uso da literatura infantil na escola, como
aspectos fundamentais na formação do leitor;
• Relembrar os conceitos de letramento, e entendê-lo como caminho para uma adequada
escolarização e formação de leitores em idade escolar.
25
INTRODUÇÃO
Caro leitor,
A arte está presente a séculos na vida do homem, seja qual for sua forma de apre-
sentação. Por meio dos livros, das músicas, enfim, ela é vista como um fazer, como um
conjunto de atos e situações que transformam. Ela é um produto oferecido pelo homem,
porém influenciado pela cultura. Essa arte também pode ser expressa por meio de textos
escritos, o que denominamos de literatura.
A literatura é responsável por transformar a experiências dos discursos em obras
literárias. Mais qual a relação que se estabelece entre a cultura e a literatura? E como essa
relação pode contribuir para a formação do leitor e na sua formação social?
Nos tópicos a seguir discutiremos um pouco sobre esses questionamentos, bus-
cando compreender essa relação, em seguida conheceremos alguns dos aspectos que
compreendem a cultura, bem como a importância da cultura na escola e da literatura de
cordel como forma de ensino-aprendizagem da língua materna.
Estudaremos algumas questões que estão relacionadas ao uso da literatura infantil
na escola, como a contação de histórias e a iniciação a leitura, que são alguns dos aspectos
fundamentais na formação do leitor.
E para finalizarmos nossos estudos, discutiremos sobre o letramento literário e qual
o seu objetivo na formação de futuros leitores, também relembraremos alguns conceitos
de letramento literário e traremos algumas sugestões metodológicas sobre como trabalhar
este assunto em sala de aula para uma escolarização correta do texto literário.
Esperamos que este estudo o ajude a ampliar seus conhecimentos sobre a im-
portância da literatura em sala de aula, além do papel que a escola deve exercer nesse
processo de ensino-aprendizagem para que a prática da leitura, ao mesmo instigante e
prazerosa para o aluno.
Então, vamos começar?
Fonte: AZEVEDO, Ricardo. Cultura popular, literatura e padrões culturais. 2008. Disponível em: <<http://
www.ricardoazevedo.com.br/>>. Acesso em: 30 jun. 2020.
Mesmo que muitas vezes desprezadas pelo modelo de cultura oficial, a cultura
popular é conhecida em seu discurso pelo vínculo que possui com a oralidade, sendo
marcada pela transmissão feita de maneira informal e espontânea através do boca a boca,
essa cultura ainda é chamada de cultura é a chamada empírica, uma vez que o Brasil é
um país muito abrangente, marcada pela diversidade cultural, com costumes e crenças
diferentes. Diferente do texto escrito - cultura oficial - que por estar fixado, o seu discurso
escrito pode atravessar o tempo.
Além disso, o discurso do texto deve ser mais complexo, seguir uma ordem, ser
esclarecedor e, também prever alguns questionamentos do possível leitor. Em síntese, po-
de-se dizer que tanto o discurso escrito quanto o discurso oral possuem objetivos diferentes,
exigem diferentes estratégias de pensamento, bem como seguem a modelos construtivos
diferentes. (AZEVEDO, 2008).
Cultura é um termo com muitíssimos significados. A seguir três dos mais importantes:
Fonte: PROENÇA FILHO, D. A linguagem literária. 8 ed. rev. São Paulo: Ática, 2009. (Série Princípios).
Neste sentido fica claro que a linguagem está presente em todos os lugares, e
oportuniza contatos, interação, aprendizagem, conhecimento, e por meio dela os indivíduos
se tornam humanizados. A poesia contida na literatura desenvolve no aluno a sensibilidade
e o caráter humanizador, daí a sua importância na escola. Considerando a função cultural
social que a arte e a obra literária exercem na vida do indivíduo, é necessário escolher
um gênero literário que revele essa diversidade cultural existente no Brasil, com intuito de
respeitar tais diferenças. (AUGUSTI; SILVA, 2016)
No Brasil, a literatura ou poesia de cordel como é chamada, é uma manifestação
cultural muito importante por suas características. Composta por poemas escritos, em
formato de músicas ou mesmo vídeos que enfatizam a cultura/literatura nordestina, são ca-
pazes de despertar nos alunos o interesse pela leitura literária e o respeito pela diversidade.
Esse gênero carrega consigo expressões e histórias que estão relacionadas com a cultura
popular e por suas peculiaridades literárias, em relação a outros gêneros não literários.
(AUGUSTI; SILVA, 2016).
Diante disso fica evidente a importância do uso da literatura de cordel no ambiente
escolar, mais para isso é preciso repensar o processo de ensino-aprendizagem e as meto-
dologias utilizadas, tanto no que se refere a sua história quanto ao seu modelo ideológico,
sem que haja paradigmas em relação ao caráter literário. A finalidade da literatura de cordel
deve ser a de levar o aluno a compreender e reconhecer a função social do cordel enquanto
linguagem literária na formação do leitor. Sendo assim, compreende-se que:
[...] crescemos como leitores quando somos desafiados por leituras progres-
sivamente mais complexas. Portanto, é papel do professor partir daquilo que
o aluno já conhece para aquilo que ele desconhece, a fim de proporcionar o
crescimento do leitor por meio da ampliação de seus horizontes de leitura.
(COSSON, 2006, p. 35)
Tal desafio é pertinente, uma vez que possibilita por meio da diversidade de textos
literários, uma ação didática que é sobremaneira necessária para a formação do leitor
amadurecido.
De acordo com Bordini; Aguiar (1993, p. 86), uso da literatura de cordel como méto-
do de ensino em que se reconhece a função social do gênero, enfatiza a comparação entre
o familiar e o novo, entre o próximo e o distante no tempo e no espaço por meio de cinco
etapas a seguir:
Iniciaremos nossa conversa com uma questão muito comum em nossa área, que
é “como formar um leitor”? Na área da educação alguns questionamentos referentes a
formação de um leitor, são fundamentais. O trabalho que o professor vai exercer e as
escolhas que ele pode fazer ajudarão na compreensão do seu trabalho.
O professor é responsável por escolher a obra que seja apropriada ao leitor infantil,
escolher recursos metodológicos que sejam mais efetivos e que estimulem tanto a leitura,
quanto a compreensão das obras, em que os alunos consigam verbalizar o que aprendeu.
(ZILBERMAN, 1982, p.26 apud COSTA, 2007). Porém para que o professor consiga al-
cançar esses objetivos é preciso que ele esteja habilitado para isso. E isso acontecerá no
ensino superior.
Costa (2007, p. 41-42), ainda menciona alguns fatores que são necessários a essas
habilidades,
[...]como o conhecimento de um acervo literário representativo; o domínio de
critérios estéticos de modo a discernir quais são as obras de valor; conhecer
Você sabia que ler desenvolve o cognitivo, amplia vocabulário, ativa o senso crítico
e estimula a percepção intelectual? Além disso, favorece a inserção do indivíduo na
sociedade, onde os textos escritos estão acima dos textos verbais, ou seja, a leitura o
capacita a exercer sua cidadania. Porém nem sempre foi assim:
“Do ponto de vista histórico, a situação de desigualdade entre elementos alfabetizados e
analfabetos produziu uma relação de domínio dos primeiros sobre os segundos, que se
acrescentou a todas as outras formas de dominação social. Já a Revolução Francesa de
1789 postulará a abertura de escolas públicas com o fim de levar as letras até o povo, de
modo a promover uma maior igualdade social” (BORDINI; AGUIAR 1993, p.10).
Ainda neste contexto histórico , surgiu a escola pública, porém as diferenças sociais
permaneceram, uma vez que a escola constituiu um caráter dominador e da elite, fazen-
do com que os menos favorecidos permanecessem excluídos e não tivessem acesso a
essa cultura, o que acontece até os dias atuais, pois muitos ainda continuam sem aces-
so e excluídos da sociedade.
Fonte: BORDINI, Maria da Glória; AGUIAR, Vera Teixeira. Literatura: a formação do leitor (alternativas
metodológicas). 2.ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.
Sobre o hábito da leitura, Bamberger (2000, p. 24-25 apud COSTA 2007, p. 45-54),
diz que para a formação do leitor é importante:
Nos dias atuais, os livros infantis são bem proveitosos, pois vem repleto de ilustra-
ções e textos escritos, permitindo a criança que ainda não está alfabetizada a convivência
com os livros através das imagens que estes oferecem. A leitura dessas imagens leva a
criança a entrar no universo da leitura mesmo que não verbalmente. Daí a importância
de estimular esse comportamento na criança pois ele irá prepará-la para os textos mais
complexos que ela terá contato futuramente.
● O leitor passa a ler melhor e assimilar mais rápido o conteúdo à medida que vai
ganhando prática e autonomia na leitura.
● Levar em consideração que cada texto requer uma desenvoltura diferente é um
fator importante na prática pedagógica que deve adequar a escolha dos textos
de acordo com os objetivos que desejam alcançar.
Assim, exercitar a leitura em voz alta é importante, pois ela exige do leitor entonação
vocal e interpretação, mais sempre levando em consideração a importância de realizar uma
leitura prévia a fim de se familiarizar com o conteúdo.
Se a leitura for realizada pela criança, o professor deve prepará-la para que realize
a interpretação em voz alta da forma mais adequada possível. Deve-se evitar improvisos,
erros e defeitos de prosódia e dicção e balbucios que comprometem a qualidade da ento-
nação. (COSTA, 2007).
É válido ressaltar que não se deve utilizar a leitura silenciosa ou em voz alta como
parâmetro para a avaliação do domínio da ortografia, ela deve ser, na verdade, um exercício
que desperte prazer no leitor.
Neste sentido, o professor, deve ter consciência de que para que seu trabalho
com o texto literário seja efetivo, ele deve ter sua sensibilidade em relação às obras bem
apuradas e desenvolvidas. Deve conhecer as obras, quais são mais apropriadas, quando
foram publicadas, quantas edições possuem, além de conhecer um pouco da história dos
autores. Ele também precisa ter um conhecimento detalhado sobre as funções que a litera-
tura possui, de forma que por meio desses conhecimentos saiba como utilizar cada texto.
Ademais, é importante que o professor que ensina a literatura e a prática da leitura
esteja ciente dos interesses dos alunos, conheça os livros infantis da atualidade, sem deixar
de lado os clássicos da literatura infantil, tenha consciência filosófica, seja desprovido de
preconceitos, goste de textos que promovam a emancipação e sejam inovadores. Devem
ser bons leitores, ter conhecimento e uma formação sólida das letras, ter fundamentação
Neste tópico destacaremos o letramento literário, o qual tem como objetivo a for-
mação de futuros leitores que sejam críticos, que possam compreender a literatura em
seu contexto, e para que isso aconteça é importante que o aluno seja inserido no mundo
da literatura. Será apresentado também os conceitos de letramento literário, bem como
algumas sugestões sobre como trabalhar este assunto em sala de aula para uma escola-
rização correta do texto literário. Não obstante, a literatura é um recurso importante para a
educação e ler serve como uma base para o início e o fim do letramento literário.
Soares reforça ainda que o letramento é aquilo que a pessoa faz com as habilidades
da leitura e da escrita em um determinado contexto, e também como essas habilidades vão
se relacionar com as necessidades, com os valores e as práticas sociais de determinado
indivíduo. (SOARES, 2004). Desta forma, é válido ressaltar que o letramento é uma prática
social não sendo apenas um processo pessoal.
Ainda de acordo com o autor, “recentemente, porém, a tendência tem sido no rumo
de uma consideração mais ampla de letramento como uma prática social e numa perspec-
tiva transcultural.” (STREET, 2014, p. 17).
Desta forma finalizamos nossos estudos sobre os conceitos de letramento na visão
dos três autores citados verificando a importância de compreendermos o letramento como
algo que vai além da leitura e da escrita, mas como uma prática social que faz parte da
formação social dos alunos.
Um dos fatores que tem contribuído para uma má formação dos leitores em fase
escolar é a escolarização inadequada da literatura neste ambiente. Soares (2006), abre
uma discussão sobre essa escolarização e traz exemplos de como acontece e mostra
caminhos que podem levar a mudanças que são possíveis e necessárias neste contexto.
A autora ainda divide as instâncias de escolarização em três níveis, conforme demonstra o
quadro a seguir:
Quando se trata de leitura literária, muitos se enganam com o fato de achar que
a leitura é somente prazer. As pessoas não nascem gostando ou não de ler. Essa é uma
habilidade que deve ser despertada no indivíduo.
Em sala de aula, é comum ver os professores utilizando os gêneros literários ape-
nas como pretexto para ensinar alguns aspectos gramaticais da língua (COSSON, 2006).
Infelizmente isso é um erro, pois a literatura deveria ser vista com prioridade nas escolas.
Mas para que isso aconteça é necessário repensar o conceito de literatura, e torná-lo uma
prática significativa de ensino-aprendizagem, considerando também seu valor e a função
social que ela exerce na vida do leitor.
Visando melhorar a prática do ensino da literatura no ambiente escolar, estudiosos
mostram o letramento literário, como sendo uma forma mais amplas do ensino da literatura
(SILVA; SILVEIRA, 2011). Autores como Paulino (1998), define que, embora passem pela
escola, o letramento literário ainda é uma apropriação pessoal de práticas de leitura e
escrita, assim como os outros tipos de letramento. Neste tipo de letramento, muitas vezes
não são cobradas as habilidades de escrita literária, por serem constituídas apenas como
escolhas individuais (PINHEIRO, 2006).
Formar um leitor literário consiste em torná-lo alguém que saiba escolher as suas
leituras e que aprecie as construções e significações verbais que compõe as obras literárias,
além de saber usar estratégias de leituras que sejam adequadas a esses textos, aceitar
o pacto ficcional proposto, reconhecer as marcas linguísticas, entre outras características
que são específicas das obras literárias. (PAULINO,1998).
Cosson (2006) apresenta algumas estratégias que visam contribuir com o desen-
volvimento do letramento literário na escola, e que serão elencadas a seguir:
● Ele vê a leitura como objetivo principal desse tipo de letramento;
● A leitura deve ser discutida, questionada e analisada;
● Essa proposta consiste em uma sequência básica e uma sequência expandida
de letramento literário.
Olá leitor,
Chegamos ao final de mais uma unidade de estudos do nosso material.
Em nosso passeio pelo mundo da cultura literária foi possível responder aos ques-
tionamentos realizados na introdução desta unidade, onde compreendemos que a literatura
é fruto da existência de uma cultura e que se não houver cultura, não há literatura. Também
ficou claro que a cultura está intrinsecamente relacionada ao homem e sociedade e que lei-
tura é um ato social, é uma atividade peculiar ao sujeito contemporâneo e que está presente
em seu cotidiano. Verificamos que a cultura é um termo com muitíssimos significados e é
rica em diversidade e a escola é um lugar onde se pode vislumbrar a diversidade cultural.
Em seguida no tópico II, discutimos sobre a formação do leitor, o trabalho que o pro-
fessor vai exercer nesse processo de formação do aluno, e as habilidades que o professor
precisa ter para desenvolver de forma satisfatória o seu papel. Abordamos alguns aspectos
importantes para a formação do hábito da leitura na visão de Richard Bamberger. Também
discutimos sobre a qualidade empregada na literatura infantil brasileira, o uso do lúdico e o
descompromisso textual, que são fatores que torna mais prazerosa a experiência da leitura.
No tópico III, foi possível relembrar sucintamente sobre o conceito de letramento.
Destacamos o letramento literário e a sua importância na formação dos futuros leitores.
Apresentamos também os conceitos de letramento literário como sendo uma forma mais
amplas do ensino da literatura. Foram apresentadas também, algumas estratégias que
podem contribuir com o desenvolvimento do letramento literário na escola e que privilegiem
a formação literária por meio da leitura.
E para finalizarmos nossos estudos, verificamos a importância do professor en-
quanto mediador do conhecimento para que o objetivo de formar o aluno enquanto leitor
literário aconteça de forma satisfatória e que o aluno precisa entender que a escola vai
ensinar o que ele precisa saber para se tornar um cidadão autônomo, participativo e crítico
garantindo assim seu espaço na sociedade.
Assim sendo, espero com esse material desenvolvido com muito carinho e dedica-
ção tenha conseguido contribuir para o seu conhecimento e sua formação enquanto futuro
profissional.
Bons estudos e até a próxima unidade!
Fonte: MASCARENHA, Denise dos Anjos. A literatura como forma de registro da cultura popular brasileira:
cantorias, crenças e aforismos em grande sertão: veredas. II Seminário de Pesquisa da Faculdade de Ciên-
cias Sociais. Goiânia: 2011. Disponível em: <<https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/253/o/Denise_dos_An-
jos_Mascarenha.pdf>>. Acesso em: 30 jun. 2020.
LIVRO
• Título: Armazém do Folclore.
• Autor: Ricardo Azevedo.
• Editora: Ática, 2019.
• Sinopse: As histórias do rico repertório da cultura popular
brasileira ganham ainda mais fluência e brilho com o texto e as
ilustrações de Ricardo Azevedo, que pesquisa o tema há mais de
20 anos. Neste “armazém”, as crianças encontram quadras popu-
lares, contos, adivinhas, brincadeiras com palavras e muito mais.
LIVRO
• Título: A Moreninha.
• Autor: Joaquim Manuel de Macedo.
• Editora: Ática.
• Sinopse: o romance A Moreninha é um clássico da nossa
literatura e representa a narrativa romântica com características
nacionais. Publicado em 1844, o Romantismo, como grande
parte dos movimentos literários, tinha força na Europa. A obra
de Joaquim Manuel de Macedo dá os primeiros passos para o
Romantismo tipicamente brasileiro. A obra mostra os costumes e
a organização da sociedade que se formava no século XIX no Rio
de Janeiro: os estudantes de medicina, os bailes, a tradição da
festa de Sant’Ana, o flerte das moças etc. Também está presente
a cultura nacional, através da lenda da gruta, em que o choro de
uma moça que se apaixonou por um índio e não foi correspondida
se transforma na fonte que corre na gruta.
FILME/VÍDEO
• Título: Memórias Póstumas.
• Ano: 2001.
• Sinopse: o filme mostra a vida de Brás Cubas, contada por ele
mesmo depois de sua morte. Entre as adaptações que o texto
sofreu nessa produção, há um fator temporal. É como se o pro-
tagonista tivesse saído da tumba para contar sua história no ano
2000.
Plano de Estudo:
● Narrativa infanto-juvenil.
● Trabalho com gêneros textuais por meio da literatura.
● Principais autores – Monteiro Lobato, Pedro Bandeira, Ruth Rocha e Ziraldo.
Objetivos de Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar as características da narrativa infanto-juvenil.
● Fundamentar as acepções referentes ao trabalho com gêneros textuais por meio
da literatura.
● Apresentar informações sobre a vida e obra dos principais autores brasileiros de
literatura infanto-juvenil.
53
INTRODUÇÃO
Seja muito bem-vindo(a) à unidade III. Agora, vamos viajar pelo encantador mundo
do “Ensino da literatura infanto-juvenil.
Nossa primeira parada será para desvendar as especificidades do gênero em
questão, além de refletir sobre a relevância do trabalho com literatura em sala de aula e o
despertar do gosto pela leitura literária.
No decorrer desse delicioso passeio, percorreremos os caminhos relacionados ao
trabalho com os gêneros textuais por meio da literatura.
Na última parada, vamos adentrar ao mundo dos principais autores de literatura
infanto-juvenil, como por exemplo, Monteiro Lobato, Pedro Bandeira, Ruth Rocha e Ziraldo
e então, conhecer um pouco sobre a biografia deles. Depois, vamos mergulhar nas mais
diversas obras e personagens criados por esses renomados e consagrados autores brasi-
leiros.
Embarque nessa maravilhosa viagem comigo e conheça mais sobre literatura
infanto-juvenil, estudante!!!
Estudante, olá!
Olá, estudante!
Nesse último tópico da unidade III, vamos nos aventurar pelo mundo dos principais
autores brasileiros de literatura infanto-juvenil.
No primeiro momento, vamos navegar pela vida e obra de Monteiro Lobato e des-
vendar particularidades desse escritor tão importante, cujos textos são atuais e despertam
e encantam crianças, jovens e adultos.
Depois, nossa parada será pelo maravilhoso mundo da vida e obra de Pedro Ban-
deira, um autor contemporâneo, que faz a cabeça da garotada.
Por último, passearemos pelo mundo mágico de uma das autoras mais querida e
conhecida pelas crianças e jovens, a encantadora Ruth Rocha.
E então, aluno(a), venha comigo e aventure-se nesse mundo de riquezas literárias.
José Bento Renato Monteiro Lobato, (1882-1948), paulistano, estudou direito Fa-
culdade de São Paulo e casou com Maria Pureza Natividade. Tinha uma vida financeira
favorável, por causa das fazendas herdadas de seu pai, isso possibilitou a sua quase total
dedicação ao ofício de escritor.
Caro(a) aluno(a), para finalizar nossa viagem por esse mundo de fantasia e cria-
tividade lobatiano, preparei uma relação, em ordem alfabética, com os principais títulos
publicados por ele para satisfazer sua curiosidade:
3.4 Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto, artista mineiro com muitos predicados, nasceu em 1932. Desde
a infância seu dom pelo desenho já era conhecido e com seis anos um de seus desenhos
foi publicado no jornal Folha de Minas. Fez faculdade de Direito na Universidade Federal
de Minas Gerais. Trabalhou no jornal a Folha da manhã e depois na revista O Cruzeiro. Ar-
tista, escritor, chargista e colunista, seus trabalhos sempre foram conhecidos e populares.
Contudo, foi apenas em 1960, ao publicar a revista “Turma do Pererê”, que houve a sua
3. Cinema: Monteiro Lobato nas grandes telas: a produtora Clube Filmes iniciou, em
2019, a produção de um longa-metragem sobre a trama lobatiana “Sítio do Pica-
pau Amarelo”. Um filme dirigido por Fabrício Bittar, que também assina o roteiro em
parceria com André Catarinacho. O a previsão de estreia é 2020. O diretor, em entre-
vista, enfatizou o poder imaginativo das tramas: “É uma boneca que fala, um sabugo
de milho que vira visconde. As histórias estimulam a imaginação para transformar
essas fantasias em realidade”, pontua, revelando que a previsão de lançamento do
filme é para 2020, conforme informações do site Reino Literário (2019). Click no link
para saber mais: http://www.reinoliterariobr.com.br/2019/01/news-clube-filmes-vai-
-produzir-filme-do.html.
REFLITA
1. “Questão racial em obra de Monteiro Lobato volta a ser discutida pelo STF” (2020).
Disponível em: https://www.migalhas.com.br/quentes/326485/questao-racial-em-
-obra-de-monteiro-lobato-volta-a-ser-discutida-pelo-stf
2. “A polêmica de Monteiro Lobato em sítio do picapau amarelo: homem de seu tempo
ou racismo explícito?” Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/
reportagem/polemica-de-monteiro-lobato-em-sitio-do-picapau-amarelo-homem-de-
-seu-tempo-ou-racismo-explicito.phtml.
3. “Obra infantil de Monteiro Lobato é tão racista quanto o autor, afimar historiadora”.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2019/02/obra-infantil-de-
-monteiro-lobato-e-tao-racista-quanto-o-autor-afirma-autora.shtml.
E, então, aluno (a), após realizar as leituras propostas e refletir sobre o tema, qual é a
sua opinião:
“O racismo nas obras de Monteiro Lobato, é uma situação pontual e/ou desapro-
pria a leitura para crianças e adolescentes?
Aluno (a),
Chegamos ao fim dessa unidade III. Durante nossa viagem, percorremos caminhos
para conhecer o co contextualização e especificidades do gênero narrativa infanto-juvenil.
Depois, dialogamos sobre a importância de trabalhar, na escola, a leitura literatura
alinhada aos gêneros discursivos para uma melhor formação de leitores proficientes. Além
disso, salientamos o poder colaborativo dessa prática para acionar as mais variada áreas
do conhecimento do aluno, favorecendo o exercício do pensamento crítico e reflexivo dele.
Soma-se a esses fatores a fundamental necessidade de o educador preparar suas aulas
alinhadas às exigências da educação 4.0 e as normativas da BNCC, promovendo por meio
de Metodologias Ativas e das Ferramentas Pedagógicas Digitais a autonomia e criticidade
dos seus alunos.
Por fim, no último tópico, passeamos pelo maravilhoso mundo dos autores brasi-
leiros de literatura infanto-juvenil mais renomados: Monteiro Lobato, Pedro Bandeira, Ruth
Rocha e Ziraldo. Nesse momento, podemos conhecer um pouquinho sobre a vida e obra
de cada um dele, bem como as especificidades de suas obras. Mas sobretudo, e mais
importante, salientamos a importância da obra de cada um para a propagação da leitura
literária e desenvolvimento do hábito da leitura.
Caro(a) aluno, futuro professor de língua materna, desejamos que ao final desse
estudo, os assuntos aqui abordados contribuem significativamente para a formação de um
professor leitor, ciente da importância da leitura literária, em especial da LIJ, no contexto
do escolar. Além disso, que os temas desenvolvidos auxiliem as suas práticas didático-pe-
dagógicas. Em suma, salientamos que o todo educador é um eterno aluno e caçador de
novos conhecimentos. Sejamos sempre “eternos aprendizes”
Um abraço!!!!
Olá, estudante!
LIVRO
• Título: Introdução à literatura infantil e juvenil atual.
• Autor: Teresa Colomer / Tradução de Laura Sandroni
• Editora: Global, 2017
• Sinopse: A proposta da autora para esse livro foi produzir uma
espécie de manual sobre literatura infanto-juvenil. Para tanto,
primeiramente, dialogou sobre a função da literatura. Depois,
apresentou os aspectos relacionados à mediação. Na sequência,
apontou as características desse gênero e, por último, os critérios
de seleção. Além disso, fez reflexões sobre as produções literárias
e ainda, sugeriu atividades práticas para o trabalho com literatura.
Para finalizar, ela apresentou relações de obras adequadas para
diversos níveis educacionais.
FILME/VÍDEO
• Título: Como estrelas na terra
• Ano: 2007
• Sinopse: Ótimo filme, para pensar e refletir sobre a prática pe-
dagógica. Esse filme indiano relata a história do menino Ishaan,
disléxico, que sofria com a repressão do pai e o bullying na escola,
porque não conseguia aprender e não era motivado pelos profes-
sores extremamente tradicionalistas e conservadores. Tudo muda
quando um novo professor consegue enxergar e diagnosticar a
dificuldade desse aluno. ELE utiliza, então, diversas estratégias e
métodos colaborativos para despertar o interesse de Ishaan pela
escola.
WEB
● A Monteiro Lobato projetos Culturais, website tem como obje-
tivo apresentar informações e divulgar toda a obra de Lobato,
mantendo, cada vez mais vivos, no imaginário do nosso povo,
a fantasia e os ideais do criador da literatura infantil brasileira.
Link do site: http://www.monteirolobato.com/direitos-autorais.
Plano de Estudo:
● Conceitos e Definições sobre Projetos em literatura infanto-juvenil
● Campos de estudo da literatura como recurso de aprendizagem da leitura e da
escrita
● Tipos de Recursos didático para narração de histórias
Objetivos de Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar os Projetos em literatura infanto-juvenil desenvolvidos em
sala de aula.
● Dialogar sobre a importância do trabalho da literatura como recurso de aprendizagem
da leitura e da escrita.
● Compreender a utilização dos diversos recursos utilizados para contar histórias:
manuais e tecnológicos.
73
INTRODUÇÃO
Acadêmico(a), olá!!!
Seja muito bem-vindo(a)!!! Chegamos à última unidade do nosso livro sobre Lite-
ratura Infanto Juvenil, a unidade IV – Prática Pedagógica e Literatura Infanto-Juvenil.
Agora, nosso diálogo será mais específico, abordaremos assuntos relacionados às
prática pedagógicas e o ensino de literatura infanto-juvenil em sala de aula.
Para iniciarmos, vamos mergulhar no mundo dos projetos em literatura infanto-juve-
nil. Para tanto, apresentaremos informações sobre os pilares da Educação 4.0, Metodologias
Ativas, normativas da Base Nacional Comum Curricular -BNCC para desenvolvimentos de
Projetos Pedagógicos e para ilustrar disponibilizamos exemplos de experiências aplicadas
com alunos da educação básica.
Depois, entenderemos a função da literatura como recurso de aprendizagem da
leitura e da escrita e com intuito de justificar a importância dessa prática recorremos às
acepções teóricas do letramento literário e da escolarização da leitura leitura em sala de
aula. Além disso, para acrescentar conhecimentos, disponibilizamos exemplos de práticas
pedagógicas de sucesso, aplicadas por educadores durante as aulas de língua materna.
Por fim, para maximizar seu aprendizado, vamos conhecer exemplos de diversos
recursos didáticos (manuais e tecnológicos) utilizados para narração de histórias literárias.
Então, embarque comigo nesta jornada e desvende um mundo cheio de novas
descobertas!!!
Estudante, tudo muda o tempo todo no mundo e com a educação não é diferente,
pois ela não é obsoleta. A LDB 9394/1996, como é sabido, alterou os parâmetros da educa-
ção e contribuiu significativamente para as transformações das práticas pedagógicas dos
educadores brasileiros. Contudo, vivemos em constantes mudanças sociais e um futuro
Estudante, mas por que é preciso repensar o papel do professor no século XXI? E
ainda, por que os pilares da E4 estão relacionados ao contexto desta unidade?
Autor renomado, que publicou diversos artigos e livros sobre o assunto, assevera
que houve mudanças significativas relacionadas a plasticidade cerebral de jovens (geração
Y e Z) imersos na cultural digital, como por exemplo, o pouco tempo de atenção produtiva
durante as aulas quando comparado aos alunos de outras gerações. Nesse sentido, os
pilares que sustentam a E4 apontam interconexões, que direcionam para novas práticas
pedagógicas, em especial auxiliam o professor de língua portuguesa ao desenvolver pro-
jetos literários para motivar os alunos e conduzi-los a novos conhecimentos sociais como
também científicos (CARVALHO NETO, 2017).
Para ampliar nossos horizontes sobre esse novo contexto educacional, na sequên-
cia, vamos entender o que são Metodologias Ativas e o porquê de utilizar essas novas
metodologias em sala de aula, especificamente nas aulas de literatura, com essa geração
4.0.
De acordo com o que foi exposto, as metodologias ativas fazem com que o aluno
participe ativamente do seu processo de aprendizagem, desenvolve habilidades e caracte-
rísticas para a vida em sociedade e ainda, prepara o estudante para o mundo do trabalho.
Além disso, é possível também explorá-las para incentivar a leitura literária. Assim, os
projetos literários, essenciais para a formação e o desenvolvimento dos alunos, podem ser
desenvolvidos por meio desses métodos ativos e ainda com recursos tecnológicos.
Com intuito de aprofundar os conhecimentos, na sequência, vamos dialogar mais
especificamente sobre “Projetos em Literatura”.
Caro aluno(a), como disseminar a literatura em sala de aula por meio de projetos é
o nosso diálogo nesse momento.
Os projetos literários utilizados como prática pedagógicas e aplicados no decorrer
das aulas de língua materna estabelecem diálogos, integram diferentes saberes por meio
da interdisciplinaridade com as diversas áreas do conhecimentos. O trabalho interdiscipli-
nar é uma proposta pedagógica transversal e integradora e está entre um dos dez planos
Olá, aluno(a)!
Chegamos ao segundo tópico da unidade IV. Agora, o nosso objetivo será dialogar
sobre a “literatura como recurso de aprendizagem da leitura e da escrita”.
Já falamos, em outros momentos, sobre a importância da leitura literária para a
formação do leitor competente, então, aqui, nosso objetivo é direcionar nossos olhares
para as práticas de ler e escrever, exercícios essenciais para o fortalecimento da cidadania,
utilizando a literatura como recurso.
No entanto, precisamos salientar, como já dissemos anteriormente, que o trabalho
com a literatura proporciona riqueza pedagógica e faz a diferença na vida do aluno, contudo
não pode ser essa sua única função, porque a literatura tem o papel essencial de levar
o estudante a extrapolar os muros da escola, ir além e viajar por mares nunca antes
navegados.
A literatura é um instrumento essencial de transformação e formação de leitores,
uma vez que, dentre muitas funções possibilita a expansão do conhecimento e leva o aluno
a refletir “de um modo geral, a literatura amplia e enriquece a nossa visão da realidade de
um modo específico, permite ao leitor a vivência intensa e ao mesmo tempo a contemplação
crítica das condições e possibilidades de existência humana” (CUNHA, 2006, p. 57).
== Letramento Literário: Esta prática tem como objetivo promover uma interven-
ção na leitura de poemas na escola, proporcionar autonomia na elaboração de
sentidos das leituras na perspectiva do letramento literário significativo e iniciar
a formação de uma comunidade de leitores pela socialização de experiências.
Para saber mais, dê um click: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/implemen-
tacao/praticas/caderno-de-praticas/ensino-fundamental-anos-finais/149-letra-
mento-literario-na-escola-o-texto-poetico-no-processo-de-ensino-aprendiza-
gem?highlight=WyJsZWl0dXJhIiwiZXNjcml0YSJd
== Crônicas digitais: a multimodalidade na escolarização da literatura: Este
trabalho consiste no relato de uma experiência voltada à sistematização de me-
canismos favorecedores da leitura do texto literário e da produção de crônicas
digitais. Para saber mais, dê um click: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/
implementacao/praticas/caderno-de-praticas/ensino-medio/81-cronicas-digi-
tais-a-multimodalidade-na-escolarizacao-da-literatura?highlight=WyJsZWl0dX-
JhIiwiZXNjcml0YSJd
== Nas rodas do saber: uma prática inovadora no desenvolvimento do gosto pela
leitura: Promover o hábito da leitura nos alunos, bem como o gosto pela litera-
tura por meio das tecnologias de informação e comunicação. Para saber mais,
dê um click: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/implementacao/praticas/
caderno-de-praticas/ensino-medio/
Olá, acadêmico(a)!!!
Chegamos ao último tópico da unidade IV. Quem lê viaja e para finalizar nossa
viagem sobre esse vasto mundo da leitura literária em sala de aula, mais especificamente
sobre as práticas pedagógicas utilizadas para trabalhar a literatura sem desfazer da sua
função social.
Então, agora, para finalizar, conheceremos os mais variados “recursos didático
para narração de histórias”, em sala de aula.
● Varal de histórias: faça um varal e pendure trechos, imagens, capa do(s) livro(s)
que serão narrados;
● Mala de histórias: apresente uma mala decorada e dentro coloque objetos e
fantoches que fazem parte do contexto da história a ser contada naquele dia.
Dê asas à imaginação dos seus alunos.
● Avental/painél de histórias: No decorrer da narração, retire do avental persona-
gens e objetos confeccionados com materiais diversos (EVA, reciclados, etc)
e construa, em um painel, uma ilustração que resume a ideia principal da obra
literária.
● Teatro de fantoches: Construa fantoches com os mais variados recursos e utili-
ze-os para ilustrar sua narração.
● Histórias Sonoras:
● Storymap: Esta ferramenta ajuda a contar histórias com fotos, textos e vídeos;
● Timeline: Com esta ferramenta, você pode processar datas e eventos de plani-
lhas; Quando sua história for cronológica, tente a Linha do tempo.
● Sway: Um gerenciador de layouts e apresentações extremamente poderoso.
Conte histórias por meio de vídeos, textos, áudio, tweets, quase tudo que você
quiser. É fácil incorporar conteúdo de diversas mídias e formatos;
● Canva: Esse não é bem novidade mas ainda é um dos apps mais úteis da lista.
A ferramenta permite arrastar e soltar com facilidade para projetar rapidamente
peças gráficas e apresentações de mídia social.
● Steller: Com este aplicativo você pode contar uma história nas mídias sociais
através de fotos, vídeos e textos. Uma alternativa para se criar público e enga-
jamento, além de também ser possível criar histórias com um design lindo.
● IZI.Travel: Pensar em histórias acessíveis se tornou uma obrigação para qual-
quer criador de conteúdo e isso é ótimo. Incluir pessoas com deficiência (neste
caso, visual) não só inclui essas pessoas a um mundo cada vez mais digital
e híbrido como também cria oportunidades de novas combinações transmídia
e possibilidades de storytelling. Nesta ferramenta, combine áudio com texto e
imagens
Aluno (a), a partir do que foi exposto, entendemos que o papel do professor é de
extrema importância para mediar esse processo de despertar o hábito da leitura literária e
formar leitores competentes. Portanto, os recursos para contação de histórias manuais e
tecnológicos apresentados auxiliam nessa seara e contribuem efetivamente para o sucesso
das práticas pedagógicas propostas.
REFLITA
Olá, estudante!
LIVRO
• Título: Letramento Literário: teoria e prática
• Autor: Rildo Cosson
• Editora: Contexto, 2006
• Sinopse: Este livro foi escrito especificamente para professores
que desejam trabalhar com literatura em sala, pois apresenta infor-
mações sobre o letramento literário e ainda, apresenta informações
sobre como estimular o hábito além das práticas já conhecidas.
FILME/VÍDEO
• Título: O Sorriso de Mona Lisa
• Ano: 2003
• Sinopse: Katherine Watson é uma recém-formanda da UCLA que
foi contratada, em 1953, para lecionar História da Arte na prestigio-
sa Wellesley College, uma escola só para mulheres. Determinada
a confrontar valores ultrapassados da sociedade e da instituição,
Katherine inspira suas alunas tradicionais, incluindo Betty e Joan,
a mudarem a vida das pessoas como futuras líderes que serão.
• Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=aM1129Il3mg
WEB
• Café Literário – um ciclo com dez webinars, que apresenta bate
papo sobre literatura, formação de leitores e experiências dentro e
fora da sala de sala).
• Link do site: https://redes.moderna.com.br/cafe-literario-moderna/
AUGUSTI, Rosyane Aparecida Leite; SILVA, Carlos da. A cultura popular na escola: literatura de
cordel e o ensino da língua materna. Os desafios da Escola Pública Paranaense na perspectiva
do professor PDE. Versão online v.1. Cadernos PDE. 2016. Disponível em: <<http://www.diaadiae-
ducacao.pr.gov.br/>>. Acesso em: 30 jun. 2020.
AZEVEDO, Ricardo. Cultura popular, literatura e padrões culturais. 2008. Disponível em:
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Caro(a) estudante!
De acordo com o exposto, esperamos que essa disciplina coaduna com sua for-
mação acadêmica e motive, você, na busca incessante por novos conhecimentos, pois
os conceitos teóricos aqui abordados são importantes, porém não são únicos neste vasto
universos de possibilidade que o trabalho com a leitura literária possibilita. Portanto, faze-
mos um convite às novas descobertas e possíveis reflexões sobre o papel do professor e a
formação do leitor competente.
Um grande abraço!!!