Apostila de Quimica Engenharia2016
Apostila de Quimica Engenharia2016
Apostila de Quimica Engenharia2016
MANUAL DE PRÁTICAS
QUÍMICA APLICADA A ENGENHARIA
TERESINA – PI
SUMÁRIO
Teste da chama 17
Soluções 19
Equilíbrio Químico 24
CONDUTA NO LABORATÓRIO
Apesar do grande desenvolvimento teórico da Química, ela continua a ser uma ciência
eminentemente experimental; daí a importância das aulas práticas de Química. A
experiência treina o aluno no uso de métodos, técnicas e instrumentos de laboratório e
permite a aplicação dos conceitos teóricos aprendidos.
O laboratório químico é o lugar privilegiado para a realização de experimentos, possuindo
instalações de água, luz e gás de fácil acesso em todas as bancadas. Possui ainda local especial
para manipulação das substâncias tóxicas, denominado capela, que dispõe de sistema próprio de
exaustão de gases. O laboratório é um local onde há um grande número de substâncias que
possuem os mais variados níveis de toxicidade e periculosidade. Este é um local bastante vulnerável
a acidentes, desde que não se trabalhe com as devidas precauções. Abaixo, apresentamos alguns
cuidados que devem ser observados, para a realização das práticas, de modo a minimizar os riscos
de acidentes.
Não se entra num laboratório sem um objetivo específico, portanto é necessária uma
preparação prévia ao laboratório: O que vou fazer? Com que objetivo? Quais os princípios químicos
envolvidos nesta atividade?
Durante a realização dos experimentos são necessárias anotações dos fenômenos
observados, das massas e volumes utilizados, do tempo decorrido, das condições iniciais e finais do
sistema. Um caderno deve ser usado especialmente para o laboratório. Este caderno de laboratório
possibilitará uma descrição precisa das atividades de laboratório. Não confie em sua memória, tudo
deve ser anotado.
Após o experimento vem o trabalho de compilação das etapas anteriores através de um
relatório. O relatório é um modo de comunicação escrita de cunho científico sobre o trabalho
laboratorial realizado.
Pré-Laboratório
1. Estude os conceitos teóricos envolvidos, leia com atenção o roteiro da prática e tire todas as
dúvidas.
1. Obtenha as propriedades químicas, físicas e toxicológicas dos reagentes a serem utilizados.
Essas instruções são encontradas no rótulo do reagente.
Pós-Laboratório
1. Lave todo o material logo após o término da experiência, pois conhecendo a natureza do
resíduo pode-se usar o processo adequado de limpeza.
2. Guarde todo o equipamento e vidraria. Guarde todos os frascos de reagentes, não os deixe
nas bancadas ou capelas. Desligue todos os aparelhos e lâmpadas e feche as torneiras de
gás.
Medidas de Segurança Relativa a Operações Específicas
O laboratório é um local de trabalho sério; portanto, evite brincadeiras que dispersem sua
atenção e de seus colegas.
O cuidado e a aplicação de medidas de segurança são responsabilidade de cada indivíduo.
Cada um deve precaver-se contra perigos devido a seu próprio trabalho e ao dos outros.
Consulte o professor sempre que tiver dúvidas ou ocorrer algo inesperado ou anormal.
Faça apenas a experiência prevista; qualquer atividade extra não deve ser realizada sem a
prévia consulta ao professor.
Serão exigidos de todos os estudantes e professores o avental (bata), luvas e sapatos
fechados. A não observância desta norma gera roupas furadas por agentes corrosivos,
queimaduras, manchas, etc.
Planeje o trabalho a ser realizado;
Ao se retirar do laboratório, verifique se há torneiras (água ou gás) abertas. Desligue todos os
aparelhos, deixe todos os equipamentos limpos e lave as mãos;
Os alunos não devem tentar nenhuma reação não especificada pelo professor. Reações
desconhecidas podem causar resultados desagradáveis.
É terminantemente proibido fumar, comer ou beber nos laboratórios;
Não se deve provar qualquer substância do laboratório, mesmo que inofensiva.
Não deixar livros, blusas, etc., jogadas nas bancadas. Ao contrário, colocá-los longe de onde
se executam as operações;
Ao verter um líquido de um frasco, evitar deixar escorrer no rótulo, protegendo-o devidamente;
Em caso de derramamento de líquidos inflamáveis, produtos tóxicos ou corrosivos, tome as
seguintes providências:
Interrompa o trabalho;
Advirta as pessoas próximas sobre o ocorrido.
Solicite ou efetue a limpeza imediata.
Alerte seu supervisor.
Verifique e corrija a causa do problema.
Não utilize materiais de vidro quando trincados.
Coloque todo o material de vidro inservível no local identificado como "sucata de vidro";
Não jogue caco de vidro em recipiente de lixo.
Use luvas de amianto sempre manusear peças de vidro que estejam quentes.
Use protetor facial e luvas de pelica quando agitar solventes voláteis em frascos fechados.
Não utilize frascos Dewar de vidro sem que estejam envolvidos em fitas adesivas ou
invólucros apropriados.
Não deixe frascos quentes sem proteção sobre as bancadas do laboratório.
Coloque os frascos quentes sobre placas de amianto;
Não use "frascos para amostra" sem certificar-se de que são adequados aos serviços a
serem executados e de que estejam perfeitamente limpos.
Nunca inspecione o estado das bordas dos frascos de vidro com as mãos sem fazer uma
inspeção prévia visual.
Tome cuidado ao aquecer recipiente de vidro com chama direta. Use sempre que possível,
uma tela de amianto.
Não pressurize recipientes de vidro sem consultar seu supervisor sobre a resistência dos
mesmos.
BIBLIOGRAFIA
CAPA: Deve conter o nome da instituição, com subordinação até professor (parte superior);
título do trabalho; nome dos autores e por fim cidade e ano de realização do trabalho.
TÍTULO: uma frase sucinta, indicando a idéia principal do experimento.
ÍNDICE: Enumeração das principais divisões e sub-divisões do trabalho.
RESUMO: um texto de cinco linhas, no máximo, resumindo o experimento efetuado, os
resultados obtidos e as conclusões a que se chegou.
INTRODUÇÃO: um texto, apresentando a relevância do experimento, um resumo da teoria em
que ele se baseia e os objetivos a que se pretende chegar.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA: Análise feita pelos autores do que foi pesquisado sobre o assunto
em questão. O trabalho não deve limitar-se a aquisição e redação de fragmentos bibliográficos.
Deve-se também apresentar o mecanismo das reações, quando este for conhecido.
PARTE EXPERIMENTAL: um texto, descrevendo a metodologia empregada para a realização
do experimento. Geralmente é subdividido em duas partes: Materiais e Reagentes: um texto,
apresentando a lista de materiais e reagentes utilizados no experimento, especificando o
fabricante e o modelo de cada equipamento, assim como a procedência e o grau de pureza
dos reagentes utilizados; Procedimento: Relatar o que foi executado na prática, de forma
impessoal (voz passiva no tempo passado). O texto, descreve de forma detalhada e ordenada
as etapas necessárias à realização do experimento.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: um texto, apresentando resultados na forma de dados
coletados em laboratório e outros resultados, que possam ser calculados a partir dos dados.
Todos os resultados devem ser apresentados na forma de tabelas, gráficos, esquemas,
diagramas, imagens fotográficas ou outras figuras. A seguir, apresenta-se uma discussão
concisa e objetiva dos resultados, a partir das teorias e conhecimentos científicos prévios sobre
o assunto, de modo a se chegar a conclusões.
CONCLUSÃO: um texto, apresentando uma síntese sobre as conclusões alcançadas.
Enumeram-se os resultados mais significativos do trabalho. Não se deve apresentar nenhuma
conclusão que não seja fruto da discussão.
REFERÊNCIAS: Livros, artigos científicos e documentos citados no relatório devem ser
indicados a cada vez que forem utilizados. Recomenda-se a formatação das referências
segundo norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
FORMATAÇÃONão há uma determinação quanto ao formato do texto na página. No entanto
são usuais as seguintes características:
o Papel formato A4;
o Margens de 3,0 cm na parte superior e no lado esquerdo e de 2,0 na inferior e no lado
direito;
o Espaço entre linhas de 1,5 cm;
o Fonte: Times New Roman, tamanho 12.
PRATICA 1
UTENSÍLIOS DE LABORATÓRIO: VIDRARIA
Esta prática tem por objetivo identificar e conhecer as aplicações dos principais utensílios do
laboratório químico.
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30
40
50
PRATICA 2
A INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA: EXPERIMENTO DA QUEIMA DA VELA
Você se julga um bom observador? Certamente que sim. Entretanto há muito mais a
OBSERVAR, além daquilo que nos chama a atenção à primeira vista. Observar exige:
De posse de seus resultados e conclusões, o passo seguinte é a DIVULGAÇÃO. Isso implica
em transmitir as informações computadas, de forma completa, organizada, clara e objetiva,
fundamentada em um domínio de conhecimento formal, usando uma linguagem especializada: a
linguagem científica. Não se deve usar gírias, parágrafos longos ou idéias alheias, e sempre citar as
fontes de consulta (REFERENCIAS) usadas para elaboração de seu relatório.
Com o propósito de exercitar a INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA, PRINCIPALMENTE A
OBSERVAÇÃO E DESCRIÇÃO, sugerimos descrever um objeto bastante familiar: UMA VELA
ACESA.
TITULO: Observação e descrição científica
OBJETIVO: Observar, registrar e descrever um objeto de uso cotidiano.
MATERIAL E REAGENTES: Vela, fósforo, béquer de 1000 mL
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
1. Examine atentamente a vela que se encontra em sua bancada. Anote o máximo de observações
durante 5 a 10 minutos.
2. Acenda a vela. Observe-a durante o mesmo período de tempo do item anterior. Anote o máximo
de observações possíveis nesta condição.
3. Emborque sobre a vela acesa um béquer vazio. O que aconteceu? Anote as modificações
ocorridas com este procedimento.
4. Acenda a novamente a vela, passe o seu dedo uns cinco centímetros acima da chama. Tente
passar o dedo pelo meio da chama. Sopre levemente a chama. Anote as observações nesta
operação.
QUESTÕES
1. Quais as condições que você utilizou para controle nesta experiência?
2. Como pode variar estas condições?
3. Por que as anotações das observações durante a experiência são fundamentais. Por que não
fazê-las depois?
4. As suas observações são suficientes para indicar: a composição da vela, seu estado físico ou
mudança de estado, o produto da queima, características organolépticas. Faça um relato.
5. Que tempo leva a vela para apagar-se quando se emborca sobre ela o béquer? Como você
descreve o interior do béquer após este procedimento?
6. Há presença de líquidos, fumaça, vapor enquanto a vela está sendo examinada? Onde e
quando? Qual a forma, cor e calor da chama? Seu dedo sobre e através da chama permitiu
deduzir o quê?
7. Qual o papel do pavio da vela?
8. Baseado apenas em suas observações e anotações faça uma descrição da vela (apagada e
acesa).
PRATICA 3
MEDIDAS DE MASSA, VOLUME E DENSIDADE
OBJETIVOS
1) Manipular corretamente a vidraria disponível para determinação de volume.
2) Analisar a exatidão dos recipientes volumétricos.
3) Relacionar as medidas de massa e volume com uma propriedade específica de
substâncias.
4) Sequenciar um dado experimento e verificar precisão de medidas.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
1) Meça 5 mL de água utilizando uma bureta (ou pipeta graduada), existente na sua bancada.
Transfira a água para uma proveta e anote o volume. Repita o procedimento, transferindo
a água para um béquer. Repita todo o procedimento, utilizando 40 mL de água. Discuta as
diferenças de volume observadas com as diferentes vidrarias.
PÓS-LABORATÓRIO
BIBLIOGRAFIA
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
a) Adicionar uma mistura gelo-água em um béquer de 600mL, Colocar o termômetro no
sistema água-gelo e anotar a temperatura como o ponto de fusão da água.
b) Adicionar água no béquer o suficiente para encher cerca de 2/3 de sua capacidade.
c) Adicionar algumas bolinhas de vidro, a fim de evitar a formação brusca de bolhas de vapor,
durante o aquecimento ( ver o desenho da montagem).
d) Anotar de 1 em 1 minuto a temperatura da água e quando a temperatura permanecer
constante considerar esta temperatura como o ponto de ebulição do líquido. Anotar a pressão
atmosférica local.
OBS.: Em Teresina a pressão atmosférica oscila em torno de 1004,8 a 1110,5 hPa, qual a
pressão em mmHg ?
e) Fazer um gráfico de temperatura versus tempo e analisar o resultado obtido.
Questionário
1) Cite duas razões por que seu termômetro pode não indicar 100º C para ponto de ebulição
da água. Como seria a forma da curva obtida para o processo de aquecimento da água pura
durante a ebulição?
2) De que forma o ponto de ebulição pode ser usado para separar duas substâncias?
3) Comente seus pontos de ebulição, quando forem aquecidos em Teresina.
PRATICA 5
TESTE DA CHAMA
1. Objetivo:
- Identificar alguns metais através de sua radiação visível
2. Introdução:
Uma das mais importantes propriedades dos elétrons é que suas energias são
"quantizadas", isto é, um elétron ocupa sempre um nível energético bem definido e não um valor
qualquer de energia. Se no entanto um elétron for submetido a um fonte de enrgia adequada
(calor, luz, etc. ), pode sofrer uma mudança de um nível mais baixo para outro de energia mais
alto (excitação). O estado excitado é um estado meta-estável (de curtíssima duração) e, portanto,
o elétron retorna imediatamente ao seu estado fundamental. A energia ganha durante a excitação
é então emitida na forma de radiação visível do espectro eletromagnético que o olho humano é
capaz de detectar. Como o elemento emite uma radiação característica, ela pode ser usada como
método analítico.
Em geral, os metais, sobretudo os alcalinos e alcalinos terrosos são os elementos cujos
elétrons exigem menor energia para serem excitados; por isso foram escolhidos sais de vários
destes elementos para a realização deste experimento.
3. Material e Reagentes:
4. Procedimento Experimental:
5. Questionário:
1. Em que se fundamenta o teste da Chama ?
2. O teste da chama pode ser aplicado a todos os metais ?
3. Grande parte da iluminação de Teresina é feita com lâmpadas a vapor de sódio. Por que elas
apresentam coloração amarela ?
4. Qual a diferença entre "espectro eletromagnético" e "espectro atômico" ?
6. Bibliografia:
VOGEL, A.. "Química Analítica Qualitativa Elementar" Editora Mestre Jou, São Paulo1978.
RUSSEL, J. B. "Química Geral" Ed. Mc Graw-Hill do Brasil Ltda., São Paulo, 1982.
PRATICA 6
SOLUÇÕES
OBJETIVOS
Preparar soluções de concentrações diferentes.
Efetuar operações e medidas com balança analítica, pipetas e balão volumétrico.
Efetuar diluição de soluções.
Medir pH de soluções com papel indicador e com o pHmetro.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
A – Importância.
São utilizadas diariamente como produtos essenciais. Exemplos: Bebidas, cosméticos, remédios,
detergentes etc. que se apresentam sob forma de soluções ou de dispersões coloidais.
Grande parte das reações químicas realizadas em laboratório ocorre com o uso de soluções.
B – Preparação de soluções.
Método direto – Utiliza-se como soluto uma substância primária padrão. Este tipo de soluto se
caracteriza;
- por ser de fácil obtenção, purificação, dessecação e conservação;
- por apresentar impurezas facilmente detectáveis;
- por não ser higroscópico ou eflorescente;
- por ser bastante solúvel.
Exemplo:
Na2CO3 , Na2C2O4 , K2Cr2O7 , H2C2O4
Para preparar soluções por este método pesa-se o soluto em balança analítica. O volume é
medido em balão volumétrico (volume exato)
Como resultado, obtém-se uma solução de concentração perfeitamente conhecida.
Observação: precisão nas medidas, leituras, pesagens... é de grande importância, pois erros
nestas operações acarretam uma solução cuja concentração não é exata
- Estáveis;
- De concentração constante e perfeitamente conhecida.
M1V1 = M2V2
Com isto podemos efetuar diluição de soluções.
EXPERIMENTO
A – Materiais e reagentes
Balão volumétrico de 10 ml
Vidro de relógio Cu(NO3)2 (0,2 mol/L)
Copo de béquer de 10 ml HCl (1 mol/L)
Bastão de vidro Fe(NO3)3 (0,2 mol/L
Pisseta com água destilada CuSO4 (1 mol/L)
Funil de vidro NH4OH (3 mol/L)
Pipeta volumétrica de 10 ml H2SO4 (0,2 mol/L)
Pipeta graduada de 10 ml K2CrO4 (0,2 mol/L)
Papel indicador universal NaOH ( 3,0 mol/L)
B – Procedimento
1ª parte: Preparação da solução(quando soluto for solido)
Cada grupo receberá do professor uma solução a preparar.
Sabido o volume de solução a preparar e sua concentração, calcular a massa de soluto
necessária. Ver as indicações contidas no rótulo do mesmo, como: densidade, pureza, mol...,
a partir dos quais se efetuam os referidos cálculos.
Pesar a massa calculada.
Num copo de béquer dissolver inicialmente o soluto em alguns mililitros de água. Após,
transferir este conteúdo para o balão volumétrico. Enxaguar o copo de béquer com água
destilada várias vezes e transferir novamente o conteúdo para o balão. Agitar para
homogeneizar a solução. Completar o volume do balão, seguindo as técnicas de leitura.
Acondicionar a solução obtida.
QUANDO O SOLUTO FOR LIQUIDO.
Sabido o volume de solução a preparar e sua concentração, calcular o volume de soluto
necessário. Ver as indicações contidas no rótulo do mesmo, como: densidade, pureza, mol...,
a partir dos quais se efetuam os referidos cálculos.
Medir com pipeta o volume calculado.
Adicionar o volume do soluto em um balão volumétrico contendo um pouco de água
destilada. Completar o volume do balão, seguindo as técnicas de leitura. Acondicionar a
solução obtida.
BIBLIOGRAFIA
1. Experimentos em Química, Rosito,B. , Ferraro, C. , Remor, C. , Costa, I. , Albuquerque,
R. Ed. Sulina Vol.2 1981.
2. Aulas práticas de química, Oliveira, E.A. Ed. Moderna, 1993.
3. Química Geral, Russel J.B., Ed. McGraw-Hill, 1982.
PRÁTICA 7
EVIDÊNCIAS DA OCORRÊNCIA DE REAÇÕES QUÍMICAS:
I) INTRODUÇÃO
II)
O termo reação química, refere-se ao reagrupamento dos átomos entre a substâncias de
um dado sistema. Ela é representada esquematicamente por uma equação química, que dá
informações qualitativas e quantitativas. A equação escrita deve fornecer a descrição da
reação que ocorre, quando os reagentes são misturados. Para escrever uma reação química,
é necessário conhecer a fórmula dos reagentes e dos produtos. Para se chegar a tal
informação é preciso observar o curso da reação tentando a identificação dos produtos,
através de observação e/ou análise química.
Em primeiro lugar deve-se deduzir se houve uma reação química ao colocar em contato
duas ou mais substâncias. Obtêm-se evidencias de reação química no laboratório quando
aparecem diferenças perceptíveis e significativas entre o estado inicial e o estado final,
estados estes que correspondem respectivamente aos reagentes antes de serem colocados
em contato e o que resulta após. É possível utilizar-se critérios qualitativos e quantitativas
para detectar esta mudança. Critérios qualitativos são baseados em observações
macroscópicas utilizando os órgãos dos sentidos (exceto pelo paladar).
III) OBJETIVOS
1) Utilizar evidências experimentais para concluir sobre a ocorrência de uma reação
química;
2) Classificar reações químicas;
3) Representar reações através de uma equação química.
IV) REAGENTES
Cu(NO3)2 (0,2 mol/L) HCl (1 mol/L)
Fe(NO3)3 (0,2 mol/L) CuSO4 (1 mol/L)
NH4OH (3 mol/L) H2SO4 (0,2 mol/L)
K2CrO4 (0,2 mol/L) NaOH ( 3,0 mol/L)
V) PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL.
Atenção: Use somente 1 mL de cada reagente.
a) Mudança de Cor:
a.1. Misture em um tubo de ensaio, solução 0,2 mol/L de Cu(NO3)2 e 0,2 mol/L de
Fe(NO3)3. Observe bem os reagentes antes de serem colocados em contato e o
que resulta após. faça uma anotação de todas as observações.
a.2. Em um terceiro tubo de ensaio, repita o procedimento com Cu(NO3)2 0,0 mol/L e
NH4OH 3,0 mol/L.
c) Tipos de Reação
Repita o procedimento usado nos itens a e b com os seguintes reações
c.1) NaHCO3 + HCl 1,0 mol/L
c.2) Prego de ferro + CuSO4 1,0 mol/L
c.3) H2SO4 2,0 mol/L + NaOH 3,0 mol/L
Observe as mudanças ocorridas e identifique as reações abaixo:
VI) PÓS-LABORATÓRIO
1) No item a do procedimento experimental, discuta as evidências observadas nos
sistemas e conclua sobre ocorrência de reação química.
2) Complete as reações do item c do procedimento experimental e enquadre-as de
acordo com a classificação.
VII) Bibliografia
1) BACCAN, N., GODINHO, O.E.S., ALEIXO, L.M., STEIN, E. Introdução a
semimicroanálise qualitativa, Editora da UNICAMP, Campinas – SP, 1987.
2) VOGEL, A. I; Química analítica qualitativa, 5a edição, Editora mestre jou – SP, 1982.
PRATICA 8
EQUILÍBRIO QUÍMICO
OBJETIVOS
Desenvolver o conceito de equilíbrio químico;
Caracterizar o estado de equilíbrio de sistemas químicos;
Reconhecer alguns fatores que influenciam no equilíbrio químico.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Os íons cromato (CrO4–2) conferem uma coloração amarelada à solução aquosa,
enquanto que os íons dicromato (Cr2O7–2) conferem uma coloração alaranjada. Em solução,
estes dois íons existem em equilíbrio:
PARTE EXPERIMENTAL
A – Material
Pipetas Pasteur
Proveta de 10 mL
Solução de ácido clorídrico (HCl) 1 mol/L
Solução de cromato de potássio (K2CrO4) 0,1 mol/L
Solução de dicromato de potássio (K2Cr2O7) 0,1 mol/L
Solução de hidróxido de sódio (NaOH)1 mol/L
Papel indicador universal de pH
Suporte para tubos de ensaio
Tubos de ensaio
B - Procedimento
a) Coloque 2 mL de solução de dicromato de potássio 0,1 mol/L em um tubo de ensaio e 2
mL de solução de cromato de potássio 0,1 mol/L em outro tubo de ensaio. Anote a
coloração e o pH de cada solução.
b) Adicione solução de hidróxido de sódio 1 mol/L, gota a gota, usando pipeta Pasteur, ao
tubo de ensaio contendo a solução de dicromato de potássio, até a mudança de
coloração. Anotar o pH em que ocorre a mudança de coloração.
c) Adicione solução de ácido clorídrico 1 mol/L, gota a gota, usando pipeta Pasteur, ao tubo
de ensaio contendo a solução de cromato de potássio, até a mudança de coloração.
Anotar o que ocorreu. Anotar o pH em que ocorre a mudança de coloração
REFERÊNCIAS
KOTZ, J.C.; TREICHEL Jr., P. Química e Reações Químicas. v.2, Rio de Janeiro: LTC Editora
S.A., 2002. Caps.16 e 17.
PRATICA 9
COMPORTAMENTO DO COBRE SÓLIDO IMERSO EM SOLUÇÃO DE
NITRATO DE PRATA
No laboratório você vai determinar a massa de uma amostra de nitrato de prata sólido e
com ela preparar uma solução aquosa. Você vai também determinar a massa de um pedaço de
fio de cobre, colocá-lo na solução aquosa de nitrato de prata e observar o seu comportamento.
A observação é uma parte importante de todo trabalho científico, portanto use de máximo
cuidado e atenção nesta hora. Não é somente através dos sentidos que se faz observação (por
exemplo cor, aspecto externo, quente ou frio ao tato, etc.), porém há aquelas em que se efetuam
medidas. Determinando a massa do fio de cobre ao término da experiência e pesando tanto os
reagentes como os produtos, você poderá investigar quantitativamente a mudança ocorrida.
Procedimento
Procure executar o procedimento da forma mais cuidadosa possível. Pequenos detalhes,
aparentemente insignificantes a princípio, podem determinar o sucesso ou o fracasso de um
experimento. Anote todas as observações que realizar durante todas as etapas do procedimento.
Tome especial cuidado com a coleta de dados quantitativos, caso contrário você não terá
condições de chegar a alguma conclusão coerente.
a) Pegue um pedaço de fio de cobre, use uma lixa e faça o polimento até a superfície
ficar brilhante. Enrole-o como uma bobina ao redor de um tubo de ensaio grande ou
uma caneta grossa. Deixe cerca de 7 cm sem enrolar para servir como cabo. Estique
um pouco a bobina para que haja um pouco de espaço entre as espiras. Determine a
massa da bobina a melhor precisão permitida pela balança. Descreva no caderno o
aspecto inicial do fio de cobre.
b) Anote os dados do rótulo do frasco de nitrato de prata no Caderno. Abra o frasco e,
com uma espátula limpa, transfira entre 2,5 a 3 g do reagente no béquer pesado
anteriormente. Anote esta massa com toda a precisão que a balança permitir. Não
abandone o frasco aberto, nem deixe a balança e a bancada sujas de reagente.
c) Adicione água destilada até cerca de metade da altura do béquer. Agite levemente
com um bastão de vidro até que todos os cristais de nitrato de prata tenham dissolvido
(Fig. 2). Descreva no Caderno o aspecto inicial da solução preparada. Cuidado: o
nitrato de prata, sólido ou em solução, reage com a pele deixando uma mancha
escura que desaparece em alguns dias.
d) Dobre a haste do fio de cobre formando um gancho para prendê-la na borda do
béquer, ficando a bobina mergulhada na solução de nitrato de prata. Observe tudo o
que se passa durante alguns minutos e anote. Compare com os aspectos iniciais do
fio de cobre e da solução de nitrato de prata.
e) Cubra o béquer (com vidro de relógio, filme plástico ou papel alumínio) e guarde-o em
local indicado pelo professor até o dia seguinte.
f) Use um horário livre no dia seguinte para cumprir os itens (g) e (h) a segui.
g) Abra o armário e retire cuidadosamente o seu béquer. Coloque-o na bancada e
observe atentamente. Anote todas as mudanças percebidas e que você achar
relevantes.
h) Sacuda um pouco a bobina para desprender os cristais aderentes. Lave-a com um
jato de água para soltar os últimos cristais. Deixe secar a bobina prendendo-a na
borda do béquer pendurando-a para fora do copo. Retorne o arranjo ao armário e
deixe para continuar na próxima aula.
i) No início da próxima aula pese a bobina que já deve estar seca. Adicione 5 mL de
uma solução diluída de nitrato de prata fornecida pelo professor, agite levemente e
aguarde alguns minutos até que todas as partículas de cobre tenham desaparecido.
Processo de filtração
O professor fará demonstração sobre esta operação, observe antes de executá-la.
Enquanto aguarda o esfriamento da suspensão, determine a massa do papel de filtro. Dobre-o
conforme indicado (Fig. 1). Coloque-o no funil e umedeça com um pouco de água destilada. Filtre
a suspensão conforme indicado na Fig. 2. O filtrado (o líquido que atravessou o papel de filtro)
deve ser recolhido em um béquer, no entanto ele será utilizado numa outra experiência. Lave o
sólido contido no papel de filtro com duas ou três pequenas porções de água. Deixe o sólido
escorrer bem e apresentar aparência de seco. Transfira o papel de filtro contendo o sólido, com
cuidado para que não ocorra perda (transferência quantitativa), para uma placa de Petrim. Leve
a placa de Petrim até a estufa de secagem determinada pelo professor. Deixe o sólido secar pelo
tempo recomendado pelo professor. Enquanto espera a secagem do sólido faça as anotações
de tudo o que foi visto e faça os cálculos da quantidade de sólido estimada caso você tivesse
100% de rendimento da reação de precipitação.
Referências bibliográficas
CLELLAN, A. L. Mc. Química: uma Ciência Experimental, 5ª Ed., Vol. 1. São Paulo: EDART
Livraria Editora, 1976. p. 176-178.
COTTON, F. A.; LYNCH, L. D.; MACEDO, H. Curso de Química. Rio de Janeiro: Forum Editora,
1968.p. 265-268.
CLELLAN, A. L. Mc. Guia do Professor para Química: uma Ciência Experimental. Lisboa:
Fundação Calouste Gulbekian, s.d. p. 77-81.
PRATICA 10
DESTILAÇÃO SIMPLES: SEPARANDO ÁLCOOL DO VINHO
INTRODUÇÃO
Destilação é uma técnica geralmente usada para remover um solvente, purificar um líquido
ou para separar os componentes de uma mistura de líquidos, ou ainda separar líquidos de
sólidos. Ela se baseia na diferença de temperatura de ebulição dos componentes dos materiais.
Durante o aquecimento da mistura, é separado, primeiramente, o líquido de menor P.E
(ponto de ebulição), depois o líquido de P.E intermediário e sucessivamente até o líquido de P.E
maior. Durante o aquecimento, as substâncias entram em ebulição de acordo com a temperatura
atingida, então, evaporam. Depois, por refrigeração, voltam ao estado inicial e podem ser
recolhidas. Trata-se de um processo largamente utilizado na sociedade em que vivemos. É por
meio dela, por exemplo, que se produzem a cachaça (que é o resultado da destilação do caldo
de cana fermentado) e a água destilada. Nas refinarias, é pela destilação que se separam as
diferentes substâncias encontradas no petróleo, com gás butano, gasolina, querosene, óleo
diesel etc.
Há dois métodos de destilação: a simples e a destilação fracionada. A destilação simples
é uma técnica usada na separação de um líquido volátil de uma substância não volátil. Não é
uma forma muito eficiente para separar líquidos com diferença de pontos de ebulição próximos.
A destilação fracionada é o método utilizado para separar misturas homogêneas, do tipo líquido
(petróleo, água e álcool).
Na destilação fracionada, os líquidos são separados através de seus pontos de ebulição,
desde que eles não sejam muito próximos.
Materiais:
Bico de Bunsen Termômetro Vinho
Béquer Erlenmeyer
Obs.: O balão de destilação pode ser substituído por uma jarra de cafeteira elétrica, que resiste
ao aquecimento, e o condensador por uma mangueira enrolada dentro de uma garrafa
descartável de refrigerante tipo PET. Use sua criatividade para construir alguns desses
materiais, mas tenha sempre muito cuidado. Dê preferência ao uso do aquecimento com
manta elétrica, e vez do bico de bunsen, porque o vapor de álcool pode escapar do
sistema e provocar um incêndio.
Questionário
1. Por que a destilação simples não é usada na separação de líquidos de ponto de ebulição
relativamente próximos?
2. É possível separar álcool do vinho por decantação?
3. O vinho é uma solução?
4. Qual a temperatura de ebulição do vinho nesta destilação? Justifique com base em seus
conhecimentos.
5. A temperatura de ebulição do etanol será a mesma? Justifique.
6. Qual a propriedade física utilizada para separar substâncias por meio da destilação?
7. Que propriedade específica pode ser usada para separar o álcool do vinho? Justifique.
8. Por que, no início da destilação, o balão deve estar cheio a dois terços de sua capacidade?
9. Por que é perigoso aquecer um composto orgânico em uma aparelhagem totalmente
fechada?
10. Qual a função da pedra de porcelana porosa, pedra pomes ou bolinhas de vidro em uma
destilação?
11. Por que a água do condensador deve fluir em sentido contrário à corrente dos vapores?
12. Por que misturas azeotrópicas não podem ser separadas por destilação?
13. Diferenciar destilação simples de destilação fracionada.
14. Qual a diferença entre um condensador de Liebig e um condensador de bola?
15. Como fonte de aquecimento pode-se utilizar manta ou banho maria, banho de óleos e bico
de Bunsen. Quando se deve usar cada um desses sistemas? Justifique.
PRATICA Nº 11
DETERMINAÇÃO DO PONTO DE FUSÃO
I- MATERIAL E REAGENTES :
Vidro de relógio Agitador p/ banho
Termômetro Ureia
II - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
a) Preparo do tubo capilar:
Ligar o bico de bunsen.
Aqueçer na chama do bico de bunsen, uma das extremidades do tubo capilar fazendo um
movimento de rotação nesse tubo, até que apareça um pequeno nódulo - NESSE MOMENTO O
CAPILAR DEVERÁ ESTAR FECHADO.
b) Situação problema:
Determinar o ponto de fusão do ureia, do Ácido salicílico e da mistura de Ácido salicílico e
ureia na proporção 1:1. Resfriar um pouco o banho antes de nova determinação.
IV - QUESTIONÁRIO :
1. Que se entende por ponto de fusão? Com que finalidade é usado?
2. Procurar na bibliografia indicada o ponto de fusão do α-naftol, do ácido benzóico.
Comparar com os resultados obtidos.
3. Por que se recomenda que a determinação do ponto de fusão seja realizada inicialmente
com o α-naftol e não com o ácido benzóico?
4. Tendo em vista a estrutura molecular do α-naftol, do ácido benzóico, apresentar uma
explicação para as diferenças de seus pontos de fusão.
5. De acordo com o ponto de fusão pesquisado, qual deveria ser a temperatura em que o
ácido benzóico passaria do estado líquido para o sólido ou seja qual seria o ponto de
solidificação o ácido benzóico?
V - BIBLIOGRAFIA:
VOGEL, A. I., Química orgânica: análise orgânica qualitativa. 3. ed, Rio de Janeiro, Ao Livro
Técnico SA, 1981. v. 1.
Phisical Chemistry HANDBOOK, 57 th Edition.