Avaliação Origem e Formação Da Lingua Portuguesa

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE RORAIMA

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL-UAB


SEGUNDA LICENCIATURA EM LETRAS
DISCIPLINA: ORIGEM E FORMAÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA
PROFESSOR: DR. HUARLEY MATEUS DO VALE MONTEIRO
DISCENTE: GRACIETE BARROS SILVA POLO: PACARAIMA

AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA (100 Pts)

PACARAIMA-RR
OUTUBRO/2021
QUESTÕES

1- OBSERVE: (5,0 PTS): RESUMO DOS TEXTOS “BRASIL: 500 ANOS DA


LÍNGUA PORTUGUESA” E A ÚLTIMA FLOR DO LÁCIO (OLAVO BILAC).

No que concerne ao texto Brasil: 500 anos da Língua Portuguesa” Castim


identifica e traz considerações acerca das etapas da gênese da língua
portuguesa, ressaltando que desde o latim vulgar falado pelos individuos no
império romano até as contribuições das versões clássicas literárias eram
direitos de uma minoria.
Neste sentido, o autor ainda adverte que o latim vulgar era considerado um
código para os agricultores, escravos, sapatereiros, soldados, etc, ganhando
diversos nomes, tais como “sermo quotidianus, rusticus, plebeius”, entre outros,
de modo que até hoje a língua é chamada de diferentes nomenclaturas: Língua
portuguesa, língua espanhola, língua francesa, língua italiana, língua
romena e tantas outras.
Assim sendo, considerando a literatura dedicada à história linguística do
Brasil, a expressão língua geral é polissêmica, sendo empregada para designar
a língua falada.
No que se refere ao segundo texto de autoria de Olavo Bilac, observa-se
que o poeta, com a metáfora “Última flor do Lácio”, refere-se ao fato de que a
língua portuguesa ter sido a última língua neolatina formada a partir do latim
vulgar, falado pelos soldados da região italiana do Lácio. Uma vez que o latim
vulgar falado pelos soldados, camponeses e camadas populares era diferente do
latim clássico, que consequentemente era empregado pelas classes superiores.
Portanto, vale mencionar que para Bilac a língua portugesa apesar dos
entraves, continuavca a ser bela mesmo sendo originada nas camadas
populares e num linguagem simples.

2. CONSIDERANDO O PARENTESCO ENTRE AS LÍNGUAS, DEFINA


LÍNGUAS ROMÂNICAS E DÊ EXEMPLOS. (5,0 pts).

As línguas românicas, também conhecidas como línguas neolatinas latinas,


ou colectivamente como romance ou romanço, são idiomas que integram o vasto
conjunto das línguas indo-europeias que se originaram da evolução do latim.
Assim sendo, todos os territórios dominados pelos países de fala românica,
como a América do Sul, parte do Canadá, alguns países da África e da
Ásia, onde vemos o português, o espanhol e o francês como línguas oficiais até
hoje. Portanto, os dialetos que chamamos de romances têm seu nome
derivado da expressão latina romanice fabulare, ou “falar à maneira dos
românicos”, em oposição a expressões já consagradas, como latine loqui,
“falar latim”, que era o modo como os romanos do período clássico se referiam
à sua própria língua.

3. RESPONDA: (10 pts)

“Qual seria o resultado de tal aplicação? Seria possível reconstituir todas


as protolínguas? Se sim, o que isso nos mostraria? Teriam todas as
línguas uma mesma origem? Ou talvez não haja parentesco entre as
protolínguas e a linguagem surgiu em momentos, lugares e com
estruturas diferentes nos vários grupos humanos?” (GONÇALVES 2010, p.
17).

De acordo com Gonçalves (2010) as perguntas acima são importantes,


contudo muito complexas e qualquer resposta a elas seria nada mais do que
especulação. De modo que os defensores da hipótese de que todas as línguas
descenderam de uma mesma língua ancestral são chamados de
monogenistas; em oposição aos monogenistas estão os poligenistas, que
defendem a ideia de que as línguas não tiveram um único ancestral. Portanto,
o método comparativo é central para a linguística histórica, uma vez aue
todas as línguas existentes atualmente que têm parentes possuem uma
história que as classifica em famílias linguísticas.

4- CRIE UM RESUMO DO ÍTEM “2.1 BREVÍSSIMA HISTÓRIA DO LATIM”


(GONÇALVES 2010, P. 21) (5,0 PTS).

O latim era a língua falada na região central da Itália, chamada de Lácio,


durante o primeiro milênio antes de Cristo e que, juntamente com o Império
Romano deu origem às chamadas línguas românicas, entre elas, o português.
O latim foi, por um longo período, a língua oficial e representante do poder
de Roma. De modo que a língua latina foi dividida em períodos, os quais se
ligam, de certo modo, à história política de Roma.
Neste sentido observou-se nos textos que entre os séculos VI e IV o latim
era relativamente uniforme, sendo utilizada por camponeses, com forte influência
do indo-europeu. Ressalta-se ainda que um dos principais fatores de
divulgação do latim foi o exército. Assim, podemos dizer que a língua grega
manifestou-se em todas as fases, levando-nos a refletir sobre a formação da
língua portuguesa e o quanto é necessário o resgate histórico para o
conhecimento e reconhecimento de fatos linguístico.

5- O QUE CARACTERIZA O TERMO “ROMÂNIA” E “PANROMÂNIA”? (10


pts).

O termo romanus foi usado originalmente como sinônimo de habitante da


cidade de Roma. Com a expansão do império, o termo passou a significar
“aquele que não é bárbaro”, ou seja, todos os não estrangeiros. Ressalta-se
com a queda do Império Romano o conceito de România passou, então, a ser
mais cultural e linguístico do que geopolítico.
Já o termo Panromânia é caracterizado como a uniformidade das línguas
românicas que se deve a determinados fenômenos de inovação, ou seja, é vista
como a duração da romanização nos territórios conquistados.

6-DEFINA “ SUBSTRATO, SUPERESTRATO E ADSTRATO NAS LÍNGUAS


ROMÂNICAS” (GONÇALVES 2010, P. 44). (10 PTS).

Os fenômenos externos que favorecem a dialetação do latim vulgar e


consequentemente a formação das línguas românticas denomina-se: Substrato,
Superestrato e Adstrato.
Assim sendo, a substrato são as marcas linguísticas do povo vencido
deixadas na língua de maior prestígio, ou seja, é o nome que se dá à língua de
um povo que é abandonada em proveito de outra que a ela se impõe,
geralmente como consequência de uma conquista política. O adstrato é toda
língua que vigora ao lado de outra (bilinguismo), num territorio dado, e que nela
interfere como manancial permanente de emprestimos.
Superstrato é o nome que se dá à língua que sofre influências de outras
linguas sobre a primitiva, que, todavia se mantém.
7- EM RELAÇÃO À PENÍSSULA IBÉRICA, APONTE ALGUMAS
CARACATERÍSTICAS QUE DIFERENCIAM O CATALÃO DO
CASTELHANO. (10 pts).

O catalão é uma língua derivada do chamado pan-ibero-romance, o romance


falado na Península Ibérica que, por volta do século X, ainda era relativamente
uniforme ao longo da península. Asim sendo, a relação Em virtude de suas
características linguísticas, bem como de sua história. Portanto, o catalão foi
considerado por vários romanistas como uma língua pertencente ao grupo das
línguas galo-românicas, mas hoje é considerada como parte do grupo das ibero-
românicas.
As principais características desta língua são: Diferentemente do espanhol, o
catalão não ditonga as vogais e o breves latinas; assim como o provençal, o
catalão perde o e e o o átonos finais. Já o castelhano foi uma das principais
línguas faladas no norte da península durante o período da reconquista, e o
desenvolvimento da retomada dos territórios conquistados pelos árabes suas
caracteristicas principais são: Ditongação do e e do o latinos; palatalização em
sonorização das oclusivas surdas intervocálicas e posterior fricativização, etc.

8- VERIFIQUE O FRAGMENTO A SEGUIR E, A PARTIR DELE, ENCONTRE


O SUBSTRATO, ADSTRATO E SUPERESTRATO: (10 pts).

“O castelhano se firmou como o dialeto principal entre os dialetos restantes


principalmente por causa da literatura produzida ao longo dos séculos XIV a XVI. Mas
foi especialmente o século XVII, chamado siglo de oro, que viu grandes autores como
Miguel de Cervantes, autor de Don Quijote, Lope de Vega e Calderón de La Barca, autores
de peças teatrais desenvolverem a língua espanhola literária a um nível de excelência antes
inalcançado. Também por causa da expansão territorial decorrente da colonização das
Américas, no século XVI, o castelhano foi levado para as colônias, onde convive como língua
oficial em todos os países da América Latina, com exceção do Brasil. Nas Américas, o
castelhano entrou em contato com as línguas indígenas, como o guarani, no Paraguai, o
quéchua, no Peru, Bolívia e Equador, e o nauatl, no México, enriquecendo-se em cada um
desses países de maneira diferente. Hoje em dia, o espanhol europeu e os espanhóis latino-
americanos apresentam diferenças decorrentes dos séculos de desenvolvimento e
empréstimos, mas ainda se mantêm como uma só língua.” (GONÇALVES 2010, p. 44).

Substrato: Também por causa da expansão territorial decorrente da


colonização das Américas, no século XVI, o castelhano foi levado para as
colônias, onde convive como língua oficial em todos os países da América
Latina, com exceção do Brasil.
Adstrato: O castelhano se firmou como o dialeto principal entre os dialetos
restantes principalmente por causa da literatura produzida ao longo dos séculos
XIV a XVI. Mas foi especialmente o século XVII, chamado siglo de oro, que viu
grandes autores como Miguel de Cervantes, autor de Don Quijote, Lope de Vega
e Calderón de La Barca, autores de peças teatrais desenvolverem a língua
espanhola literária a um nível de excelência antes inalcançado.
Superestrato: Nas Américas, o castelhano entrou em contato com as línguas
indígenas, como o guarani, no Paraguai, o quéchua, no Peru, Bolívia e Equador, e
o nauatl, no México, enriquecendo-se em cada um desses países de maneira
diferente.

9-QUAL A IMPORTÂNCIA DO “MOVIMENTO DE RECONQUISTA” PARA A


AFIRMAÇÃO DA PENÍSSULA IBÉRICA COMO ESPAÇO DE FORMAÇÃO DA
LÍNGUA PORTUGUESA? (5,0pts).

O movimento de reconquista para a afirmação da Península Ibérica como


espaço de formação da Língua Portuguesa, é visto como um movimento que
levou os reinos católicos para o sul, juntamente com suas línguas, expandindo
assim o mapa geopolítico e linguístico da península, já que os reinos cristãos de
Portugal conquistaram seus territórios repovoando o local e ampliando os limites
de seus reinos, ocasionando assim grandes mudanças populacionais e
reestabelecendo as monarquias.
Neste sentido, podemos dizer que o Movimento da Reconquista possibilitou
que os dialetos românicos fossem ampliados em outras fronteiras, e
consequentemente nas fronteiras finais da língua portuguesa, espanhola, entre
outras.
Desta feita, podemos dizer que além dos movimentos linguísticos
esboçados, a Reconquista foi um período muito importante para o
estabelecimento das unidades políticas da península, como o Estado monárquico
de Portugal, é um dos momentos mais importantes da história de Portugal,
ascendendo principalmente às alianças políticas.

10-QUAL A DIFERENÇA ENTRE O PORTUGUÊS ARCÁICO E O PORTUGUÊS


CLÁSSICO? (5,0 pts).

Podemos dizer que o português arcaico apresenta uma série de


características linguísticas, se originando através da mistura entre os dialetos
árabes e do latim, trazido à Península Ibérica durante a invasão muçulmana.
Ressalta-se ainda que o português arcaico abrange o período que vai do
nascimento da língua portuguesa, ou seja, fins do século XII e início do século
XIII, até o início das grandes navegações portuguesas. Já o português clássico
tem início por volta de 1415 e consolida-se na obra “Os Lusíadas” de Camões,
repleto de inovações e consolidações na língua portuguesa.

11-EXPLIQUE AS FASES DO PORTUGUÊS FALADO NO BRASIL? (10 pts).

Já sabemos que o português originou-se do latim vulgar, que foi introduzido


na península Ibérica pelos conquistadores romanos. Neste sentido, as fases do
português falado no Brasil de acordo com a periodização de Noll (2008)
corresponde a:
a) 1500 a 1550: fase inicial, traslado da língua portuguesa para o Brasil;
b) 1550 a 1700: fase formativa, surgimento e fixação de algumas das
características marcantes do português do Brasil;
c) 1700 a 1800: fase diferenciadora, nesta fase acentuam-se as diferenças entre o
português falado dos dois lados do Atlântico e começa o reconhecimento do
português brasileiro;
d) 1800 a 1950: fase de desenvolvimento da escrita e do ensino, nesta fase há
implantação de políticas de ensino no Brasil e da publicação de documentos
diretamente em território nacional;
e) De 1950 até o presente: fase de nivelamento, através dos meios de
comunicação, como rádio e televisão, e do avanço da urbanização, ocorre certa
homogeneização do português no território brasileiro.

12.QUAL A ÚNICA CIDADE BRASILEIRA QUE AINDA É FALANTE DO


NHEENGATU? (5,0 pts).

O nheengatu foi a língua usada pelos jesuítas para a catequese e também


pelos portugueses na conquista e nas relações com os habitantes do Norte do
Brasil. Diferentemente da língua geral paulista, o nheengatu continua vivo até hoje
e é uma das línguas oficiais da cidade de São Gabriel da Cachoeira, no estado do
Amazonas, que tem por base as línguas do tronco tupi.
13-QUAL O IMPACTO DA “MEDIDA CIVILIZATÓRIA” EFETIVADA POR
MARQUÊS DE POMBAL PARA USO DA LÍNGUA PORTUGUESA NO BRASIL?
(5,0 pts).

A “Medida Civilizatória” efetivada por Marques de Pombal tinha por objetivo,


entre outras coisas que os índios pagassem impostos e que fossem todos de
fato convertidos ao Cristianismo. Em meio aos absurdos da medida, o diretório
passou-se a se expressa em relação à língua.
Mediante a esses fatos o diterório passa a estabelecer nas suas respectivas
Povoaçoens o uso da Lingua Portugueza, não consentindo que meninos e meninas
fossem para a escola, ocasionando assim altas taxas de analfabetismo,
principalmente entre mulheres.

14-RELACIONE VINTE (20) PALAVRAS DE ORIGEM AFRICANAS E


INDIGENAS QUE FAZEM PARTE DA LÍNGUA PORTUGUESA FALADA NO
BRASIL. (5,0 pts).

As palavras indígenas que até hoje são usadas na língua portuguesa são:
Biju, cipó, guará, paca, pajé, tatu, mandioca, tucano, caju, canindé, jacaré, aipim,
arara, jaguar, entre muitas outras.
Já as palavras africanas que até hoje são usada na língua portuguesa são:
Dengo, cafuné, caçula, moleque, fubá, dendê, quintanda, cachaça, axé, cuica,
muvuca, cachimbo, abadá, etc.

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