Resenha Do Livro Amizade A Chave para A Evangelização - Modelo SPN
Resenha Do Livro Amizade A Chave para A Evangelização - Modelo SPN
Resenha Do Livro Amizade A Chave para A Evangelização - Modelo SPN
Disciplina: Evangelização
Professor: Sérgio Lyra
Aluno: Kylven Costa Guedes
Turma: T1
09 de Junho de 2014
1. Argumento Central
Apresentar o evangelismo por amizade como sendo o método mais eficaz de evangelização, utilizando,
para isso, soluções práticas para que o cristão e a igreja atraiam, pela beleza do amor de Cristo, a
humanidade não remida para a Graça de Deus.
2. Pontos Valiosos
Esta obra merece destaque entre as literaturas que tratam do tema Evangelização, por preencher uma
lacuna na teologia prática da missão da igreja, apontando a amizade como estratégia natural para a
pregação das Boas Novas de Cristo.
Joseph Aldrich foi bastante feliz ao utilizar vários esquemas ilustrativos, tabelas, fluxogramas, modelos,
pirâmides, entre outras interações gráficas, para explanar suas ideias no decorrer do livro. Isto facilita a
assimilação do conteúdo, como também a memorização de aspectos importantes de sua argumentação.
Ao ler esta obra ninguém pode reclamar de sua aplicabilidade. O autor não se cansa de explorar um sem
número de esquemas práticos para significar seu conteúdo.
A linguagem é bastante clara, objetiva e interativa.
3. Deficiências e Objeções
Talvez uma possível crítica que se possa fazer seja em relação à expectativa do leitor de entrar de fato
no assunto “amizade”, anunciado em seu título, o que vem acontecer de modo mais específico e prático
na terceira e última parte do livro.
4. Ideias Principais
A evangelização do mundo, segundo Joseph Aldrich, é a prioridade máxima na agenda de Deus, e que a
estratégia mais eficiente não é através de um evangelismo de confronto (conversas com um estranho),
mas é através de relacionamentos interpessoais de amizade.
São citadas cinco principais dificuldades que têm atrapalhado a eficiência da evangelização: o excesso
de relacionamentos; o ritmo acelerado da vida; a prática de modelos evangelísticos defeituosos;
barreiras culturais; e a falta de credibilidade dos cristãos.
O autor traz a ideia da beleza da noiva de Cristo (a Igreja que se torna sem ruga ou mácula, pelo amor
de Deus) como sendo uma estratégia divina para atrair a humanidade não remida para junto dela, em
um convívio santificador, produzindo transformação de vidas, pela Graça do Senhor.
Joseph Aldrich faz um alerta sobre o perigo de se utilizar padrões de um cristianismo cultural, e não
bíblico, para tomar decisões de não se relacionar com as pessoas no mundo, ou de não se envolver com
determinadas atividades. Ele mostra que o cristão não pode assumir uma postura radicalmente
assimiladora da cultura, mas também não deve se isolar num legalismo, porque em ambas as atitudes
ele estará deixando de ser sal e luz do mundo.
Segundo o autor, o intuito da evangelização não é apenas libertar as pessoas do inferno, mas também
suprir necessidades básicas do ser humano: fisiológicas, de segurança, de amor e afeição, de estima, de
auto-atualização. Por isso, “a tese deste livro é que um cristão torna-se Boas Novas à proporção que
Cristo ministra através da sua disposição em servir”. (p. 73)
A igreja local é apresentada como um centro de aprendizado, de comunhão salutar, de adoração coletiva
responsiva e como uma agência de desenvolvimento de discípulos comprometidos com a missão. Ela
deixa de ser igreja quando é marcada pela hipocrisia, racionalismo, impureza ou legalismo.
Seus líderes, por sua vez, são, na visão do autor, imbuídos de qualidades que evidenciem um bom
caráter ético e moral, e uma forma especial de tratar as pessoas. Neste sentido, o pastor é colocado
como a referência condutora da liderança do corpo na evangelização, como aquele que tem um estilo de
vida de fé, ao ser autêntico, diligente no manuseio da Palavra e na edificação de seus liderados,
dedicado às famílias, e que planeje bem sua vida, seja organizado e saiba remir o tempo.
Na parte final do livro, a terceira parte, o autor concentra seus esforços para apresentar propostas
práticas de evangelismo, a partir de reuniões de estudos bíblicos evangelísticos no lar, voltadas para os
não-cristãos, inclusive para os vizinhos, trazendo, no segundo parágrafo da página 170, um conjunto de
regras básicas que devem gerir as reuniões, dentre elas: usar linguagem clara; evitar discussões
secundárias que fujam do foco salvífico (Cristo); não insistir em decisões prematuras; dar mais atenção
aos não-cristãos, etc.
O livro ressalta a importância dos cristãos em cultivarem uma amizade verdadeira com os não-cristãos,
programando passeios, jantares divertidos e outros compromissos sociais de lazer, compartilhando
interesses comuns, como esportes e atividades diversas, presenteando-lhes com livros, etc.
Este cenário de amizade e confiança abre as portas para o tão esperado momento de compartilhar as
palavras do evangelho, que pode iniciar com perguntas sobre a “opção” religiosa do amigo, propiciando
uma oportunidade de apresentar o evangelho de Cristo.
O autor encerra sua obra encorajando os cristãos a continuar junto ao seu amigo, novo convertido, para
acompanha-lo prazerosamente no seu crescimento.
A evangelização não deve ser uma atividade “especial” a ser realizada numa hora determinada, mas
deve ser constante e natural, vivenciada em todas as esferas da vida humana.