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PGRSS Hu 2015

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FICHA TÉCNICA

Direção Geral Vice Diretor


Prof. Carlos Alberto Justo da Silva Prof.ª Maria de Lourdes Rovaris

Direção de Administração
Bel. Nélio Francisco Schmitt

Coordenação Geral
Drª Ivete Ioshiko Masukawa

Elaborado em 2011, com base nas orientações da ANVISA


Drª Maria Léa Campos
Luiz Carlos Pereira

1ª Revisão Técnica – Agosto/2013


2ª Revisão Técnica – Setembro/2014
3ª Revisão Técnica – Julho/2015
Eunice Maria Hirt – Enfermeira Responsável Técnica pelo PGRSS/HU

Colaboração Técnica
Mercedes Caroline Sales Ferber - Eng.ª Sanitarista e Ambiental
Bolsistas: Graduandos do Curso de Engenharia Sanitária da UFSC;
Aluno do Curso Técnico em Saneamento do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).

Arte Fotos
Celysa Hirt Rosa Luiz Carlos Pereira
Matheus Pinheiro Massaut
3

SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................................................5
2. OBJETIVO DA EQUIPE DO PGRSS DO HU......................................................................................................6
2.1OBJETIVO GERAL.......................................................................................................................................6
2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ............................................................................................................................. 6
3. ASPECTOS BÁSICOS DO GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS.........................................................................7
3.1 CONCEITOS..............................................................................................................................................7
3.2 ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DO PGRSS...............................................................................................7
3.2.1 Responsável Técnico.........................................................................................................................7
3.2.2 Grupo de Traqbalho em Gestão de Resíduos (GTGR).......................................................................8
3.2.3 Equipe do SCIH Responsável pela Execução do PGRSS.....................................................................8
3.3 RESPONSABILIDADE PELO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS....................................................................8
4. LEGISLAÇÃO SOBRE O RSS............................................................................................................................9
4.1 FEDERAL..................................................................................................................................................9
4.2 ESTADUAL..............................................................................................................................................10
4.3 MUNICIPAL............................................................................................................................................10
5. CARACTERIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO.................................................................................................10
5.1 IDENTIFICAÇÃO......................................................................................................................................10
5.2 ESTRUTURA ADMINISTRATIVA..............................................................................................................11
5.3 CLASSIFICAÇÃO......................................................................................................................................12
5.4 CARACTERIZAÇÃO FÍSICA.......................................................................................................................12
5.5 ESTATÍSTICA DE ATENDIMENTO.............................................................................................................13
5.6 NÚMERO POPULACIONAL.....................................................................................................................14
5.7 CARACTERIZAÇÃO DOS ASPECTOS AMBIENTAIS...................................................................................14
5.7.1 Abastecimwento de Água..............................................................................................................14
5.7.2 Efluentes Líquidos..........................................................................................................................15
5.7.3 Emissões Gasosas..........................................................................................................................15
6. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS..................................................................................................................16
6.1 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS-RDC ANVISA 306/2004.......................................................................16
6.2 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS GERADOS NO HU................................................................................19
6.2.1 Análise Quantitativa dos Resíduos.................................................................................................21
7. MANUSEI DOS RESÍDUOS...........................................................................................................................22
7.1 MINIZAÇÃO DA GERAÇÃO......................................................................................................................22
7.2 SEGREGAÇÃO E ACONDICIONAMENTO..................................................................................................22
7.3 IDENTIFICAÇÃO......................................................................................................................................24
7.4 GERENCIAMENTO INTERNO...................................................................................................................26
7.4.1 Coleta Interna I...............................................................................................................................26
7.4.2 Tratamento Interno.........................................................................................................................26
7.4.3 Armazenamento Temporário..........................................................................................................27
7.4.4 Coleta Interna II..............................................................................................................................28
7.4.5 Armazenamento Externo................................................................................................................30
7.5 GERENCIAMENTO EXTERNO...................................................................................................................33
7.5.1 Coleta Externa.................................................................................................................................33
7.5.1.1 Resíduo Infectante e Químico...............................................................................................33
7.5.1.2 Resíduo Comum....................................................................................................................34
7.5.1.3 Resíduo Orgânico...................................................................................................................35
7.5.1.4 Resíduo Reciclado..................................................................................................................35
7.5.1.5 Logística Reversa...................................................................................................................36
7.5.2 Disposição Final..............................................................................................................................37
8. PLANO DE AÇÃO..........................................................................................................................................39
4

8.1 MAPEAMENTO DE RISCO.......................................................................................................................39


8.1.1 Riscos Associados aos RSS............................................................................................................39
8.2 MEIOS DE PREVENÇÃO DE RISCOS.......................................................................................................41
8.2.2 Procedimentos Seguros de Trabalho............................................................................................42
8.2.1.1 Gerais...................................................................................................................................42
8.2.1.2 Específicos...........................................................................................................................42
8.3 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO.............................................................................................................43
8.3.1 Segregação e Acondicionamento..................................................................................................43
8.3.1.1 Física....................................................................................................................................44
8.3.1.2 Procedimento Operacional Padrão (POP)............................................................................44
8.3.1.3 Capacitação.........................................................................................................................44
8.3.2 Armazenamento Interno...............................................................................................................44
8.3.2.1 Física....................................................................................................................................44
8.3.2.2 Procedimento Operacional Padrão (POP)............................................................................45
8.3.2.3 Capacitação.........................................................................................................................45
8.3.3 Coleta Interna II e Transbordo.......................................................................................................45
8.3.3.1 Física....................................................................................................................................45
8.3.3.2 Procediemnto Operacional Padrão (POP)............................................................................45
8.3.3.3 Capacitação.........................................................................................................................45
8.3.4 Armazenamento Externo..............................................................................................................45
8.3.4.1 Física....................................................................................................................................45
8.3.4.2 Procedimento Operacional Padrão (POP)............................................................................46
8.3.4.3 Capacitação.........................................................................................................................46
8.4.5 Coleta Externa e Destino Final......................................................................................................46
9. CONTEÚDO DAS CAPACITAÇÕES.................................................................................................................47
9.1 SEGREGAÇÃO........................................................................................................................................47
9.1.1 Admissinal e Periódico para Servente de Limpeza....................................................................... .47
9.1.2 Admissional e Periódico para Profissionais da Saúde, servidores, estagiários e alunos................47
9.2 TRATAMENTO INTERNO E ARMAZENAMENTO EXTERNO......................................................................47
9.2.1 Admissional e Periódico para funcionários do transporte interno.............................................. 47
9.3 TRANSPORTE EXTERNO........................................................................................................................ 48
9.3.1 Periódico para funcionários das Empresas de Coleta e Transporte Externo..................................48
10. MONITORAMENTO PARA CONTROLE E INDICADORES........................................................................... 48
11. PLANO DE CONTIGÊNCIA......................................................................................................................... 50
12. CONTROLE DE ANIMAIS SINANTRÓPICOS................................................................................................50
13. BIBLIOGRAFIA............................................................................................................................................51
14. ANEXOS.....................................................................................................................................................52
Organograma.............................................................................................................................................52
POP Descarte Resíduos do HU...................................................................................................................53
Certidão de Responsabilidade Técnica......................................................................................................53
5

1. INTRODUÇÃO

Inaugurado em 1980 atende a comunidade local, do Estado de Santa Catarina, turistas e


visitantes de Florianópolis, sem distinção. O atendimento prioritário de ambulatório consolidou-se,
permitindo que o HU se estruturasse em quatro áreas. Centro Obstétrico e as unidades de neonatologia em
1995.
As diretrizes estabelecidas como forma de guia são: Missão - “preservar e manter a vida,
promovendo a saúde, formando profissionais, produzindo e socializando conhecimentos, com ética e
responsabilidade social.” Visão - “Ser um centro de referência em alta complexidade, com excelência no
ensino, pesquisa, assistência e gestão, pautado na integralidade de atenção a saúde e no trabalho
interdisciplinar.” Valores - “Qualidade; Humanização; Ética; Publico e gratuito; Inovação; Valorização,
qualificação e competência profissional; Compromisso Social; Articulação ensino, pesquisa, extensão e
assistência; Construção e socialização do conhecimento; Respeito aos princípios do SUS: integralidade,
universalidade, equidade, resolutividade.”.
O “centro nervoso” do HU é o seu atendimento de emergência 24 horas que atinge a média de
400 pacientes por dia. Há uma grande demanda da população, que vê-lo como centro de atendimento
público e gratuito de elevado nível de competência técnica e atendimento humanizado. O HU é também
referência estadual em patologias complexas, com grande demanda na área de câncer e cirurgia de grande
porte, nas diversas especialidades, além disso pesquisas são desenvolvidas, por sua equipe, como a que
testa a eficácia da vacina contra o HPV (human papiloma vírus).
Frente a isto, o hospital apresenta uma geração contínua e inesgotável de resíduos que
requerem soluções técnicas e ambientalmente seguras de coleta, tratamento e disposição final.
Conforme literatura, só uma pequena parte destes resíduos necessita de cuidados especiais.
Sendo que uma adequada segregação diminui significativamente a quantidade de RSS contaminados,
impedindo a contaminação do total dos resíduos gerados.
O Programa de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) pretende contribuir
para desenvolver na comunidade do HU uma mentalidade voltada para a preservação ambiental, através da
discussão e conscientização em torno dos resíduos gerados por esta comunidade. Além de: racionalizar o
consumo de material, diminuir a quantidade de resíduos gerados, instrumentalizar as pessoas para
aderirem ao programa de coleta seletiva, prevenir e reduzir os riscos à saúde e/ou ao meio ambiente.
Por ser um programa que visa a minimização de resíduos, se pauta no princípio dos 3 Rs:
Redução de consumo e desperdício, Reutilização e Reciclagem.
6

2. OBJETIVOS DA EQUIPE DO PGRSS DO HU

2.1. OBJETIVO GERAL

Minimizar a produção de resíduos gerados no âmbito do Hospital Universitário e proporcionar


aos resíduos gerados um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos
trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais, do meio ambiente, pautado no
princípio dos 3Rs: Redução de consumo e desperdício, Reutilização e Reciclagem.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Através da equipe de trabalho que compõem o Plano de Gerenciamento dos Resíduos do


Hospital Universitário, visa-se:

• Informar a comunidade do HU quanto aos procedimentos corretos de gerenciamento dos RSS e as


implicações deste na preservação ambiental;
• Racionalizar o consumo de material, evitando desperdícios;
• Minimizar a geração de resíduos na fonte;
• Adequar a segregação na origem;
• Controlar e reduzir acidentes de trabalho;
• Reduzir o volume e toxicidade na geração dos resíduos;
• Maximizar a segregação dos resíduos recicláveis;
• Maximizar os programas de reúso e reciclagem;
• Instrumentalizar as pessoas para aderirem ao programa de coleta seletiva;
• Promover a educação ambiental e sanitária;
• Prevenir e reduzir os riscos à saúde e/ou ao meio ambiente
• Ensinar soluções corretas do gerenciamento dos RSS e seus tratamentos ambientais pós-geração;
• Realizar uma abordagem científica e técnica das práticas do dia a dia da gestão dos resíduos;
• Cumprir a legislação vigente (RDC 306/04 e CONAMA 358/05).
• Fornecer infraestrutura adequada para que possa-se depositar os resíduos de forma adequada.
• Garantir que os resíduos gerados tenham uma correta disposição final, além de armazenamentos
intermediários;
7

3. ASPECTOS BÁSICOS DO GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS

3.1 CONCEITOS:

a) Plano de Gerenciamento de Resíduo do Serviço de Saúde (PGRSS): É o documento que aponta e


descreve as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos, observadas suas características e riscos, no
âmbito dos estabelecimentos, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação,
acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem como as ações
de proteção à saúde e ao meio ambiente.

b) Resíduos de Serviços de Saúde (RSS): são os resíduos gerados por estabelecimentos de assistência
médica ou de ensino e pesquisa, voltados à saúde humana e à veterinária. Igualmente todo aquele gerado
por prestadores de assistência médica, odontológica, laboratorial, farmacêutica e instituições de ensino e
pesquisa médica; relacionados tanto à população humana quanto veterinária que, possuindo potencial de
risco, em função da presença de materiais biológicos capazes de causar infecção, produtos químicos
perigosos, objetos perfurocortantes efetiva ou potencialmente contaminados, e mesmo rejeitos
radioativos, requerem cuidados específicos de acondicionamento, tratamento e disposição final.

c) Gerenciamento dos RSS: Conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de


bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e
proporcionar aos resíduos gerados um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando a proteção dos
trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente.

d) Gerenciamento de Risco: é o controle de forma mais eficiente dos riscos aos quais os trabalhadores
estão expostos durante o desempenho das tarefas, a fim de assegurar a saúde, prevenir acidentes, bem
como minimizar impactos ambientais.

3.2 ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DO PGRSS

3.2.1 RESPONSÁVEL TÉCNICO


✔ Nome: Eunice Maria Hirt
✔ Profissão: Enfermeira – Especialista em Gestão dos Serviços de Enfermagem, Mestre em Enfermagem;
✔ Registro Profissional: COREN/SC 56189;
8

✔ Certidão de Responsabilidade Técnica: nº 5911;


✔ Setor: Serviço de Controle de infecção Hospitalar (SCIH);
✔ Responsabilidade: Elaborar, implementar, coordenar a execução e assegurar a manutenção do PGRSS e
a aplicação das respectivas normas de segurança.
✔ Telefone: (48) 3721-8292

✔ E-mail: [email protected]

3.2.2 GRUPO DE TRABALHO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS (GTGR) :


Institucionalizado pelo Diretor-Geral do HU pela Portaria Nº 319/2013/DG/HU, de 18 de dezembro
de 2013, doravante denominado GTGR, tem com o objetivo de minimizar os impactos ambientais gerados
pelos resíduos sólidos relacionados às atividades hospitalar. Este grupo tem como principal função deliberar
sobre questões pertinentes a gestão de resíduos, sendo formado por um representante dos seguintes
serviços:
✔ Farmácia: Itamar Domingos
✔ Direção Administrativa: Paulo Peixoto Portella
✔ Assistência Social: Maria Aparecida Ferreira Nunes
✔ Almoxarifado: Aline Huber da Silva
✔ Coordenadoria de Manutenção e Serviço gerais: Edson
✔ Coordenadoria de Suprimentos: Heloísa Cristina Martins Amaral
✔ Responsável Técnico pelo PGRSS e Presidente do GTGR: Eunice Maria Hirt

3.2.3 EQUIPE DO SCIH RESPONSÁVEL PELO EXECUÇÃO DO PGRSS:


✔ Ivete Ioshiko Musukawa, Médica – Especialista em Infectologia, Mestre em Medicina; Chefe do SCIH e
Presidente da CCIH;
✔ Eunice Maria Hirt: Enfermeira Responsável Técnica pela Coordenação de Gestão de Resíduos, e
Presidente do GTGR;
✔ Luiz Henrique Gonçalves: Técnico Administrativo Responsável pelo Controle de Animais Sinantrópicos;
✔ 02 Bolsistas Graduandos do Curso de Engenharia Sanitária da Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC);
✔ 01 Bolsista do Curso Técnico Integrado de Saneamento – IFSC;

✔ Responsabilidade da Equipe: Garantir a execução do PGRSS e as normas de manejo.


9

3.3 RESPONSABILIDADE PELO GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS:

A responsabilidade é atribuída a todos que fazem parte da cadeia pelo gerenciamento dos
resíduos, desde a geração até a disposição final.

a) Direção-Geral
• Responsabilidade: Assegurar que os RSS sejam manuseados de forma a garantir a segurança do pessoal,
dos pacientes, da comunidade e do meio ambiente.
• Responsável: Diretor-Geral Prof. Carlos Alberto Justo da Silva
b) Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH)
• Responsabilidade: Fazer chegar a administração as recomendações para a prevenção de infecções
relacionadas com os RSS, fazendo com que as normas e procedimentos sejam aplicados de acordo com
estas recomendações. Participar da aprovação dos métodos de manejo dos RSS.
• Responsáveis:
Chefe do SCIH – Drª Ivete Ioshiko Musukawa – Presidente
Diretora de Enfermagem: Profª Eliane Matos
Diretora de Medicina: Drª Heda Mara Schmidt
Enfermeiro do SCIH: Gilson de Bitencourt Vieira
Farmacêutico: Patrick Barcelos Gaspareto
Diretor Administrativo: Bel. Nélio Francisco Schmitt
Microbiologista: Mara Cristina Scheffer
Epidemiologista: Profº Paulo Fontoura Freitas
Serviço de Saúde Ocupacional – Drª Janaina Luz Narciso Schiavon
d) Divisão de Saúde e Segurança do Trabalho – DSST
• Responsabilidade: Garantir a saúde ocupacional dos trabalhadores envolvidos e de monitorar os riscos
existentes no processo.
• Responsável: Equipe do setor.
e) Diretoria de Administração:
• Responsabilidade: Garantir que as normas de manejo dos resíduos sejam executadas.
• Responsáveis:
Diretor Administrativo
Chefe da Coordenadoria de Manutenção e Serviços Gerais
Chefe da Coordenadoria de Administração
Chefe da Coordenadoria Auxiliar de Pessoal
f) Diretoria de Enfermagem:
• Responsabilidade: Orientar a equipe de enfermagem sobre as normas corretas de manejo dos resíduos,
auxiliar e garantir a execução do PGRSS.
• Responsáveis:
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Diretora Enfermagem
Chefe do Núcleo Gerencial de Enfermagem Médica
Chefe do Núcleo Gerencial de Enfermagem Cirúrgica
Chefe da Divisão de Enfermagem em Emergência e Ambulatório
Chefe da Divisão de Enfermagem em Atendimento Interno
Chefe do Núcleo Gerencial De Enfermagem Saúde, Criança, Adolescente E Mulher
g) Diretoria de Medicina
• Responsabilidade: Orientar a equipe de medicina sobre as normas corretas de manejo dos resíduos,
auxiliar e garantir a execução do PGRSS.
• Responsáveis:
Diretor de Medicina
Chefe de Divisão de Clínica Médica
Chefe de Divisão de Clínica Cirúrgica
Chefe de Divisão de Pediatria
Chefe de Divisão de Tocoginecologia
h) Diretoria de Apoio Assistencial
• Responsabilidade: Orientar a equipe de enfermagem sobre as normas corretas de manejo dos resíduos,
auxiliar e garantir a execução do PGRSS.
• Responsáveis:
Diretor de Apoio
Chefe de Divisão de Apoio Assistencial
Chefe de Divisão de Diagnóstico Complementar

4. LEGISLAÇÃO SOBRE RSS

4.1 FEDERAL:

1. A preocupação com os resíduos sólidos, no Brasil, iniciou-se em 1954, com a Lei Federal no 2.312,
art. 12: “a coleta, o transporte e o destino final do lixo, deverão processar-se em condições que não tragam
inconvenientes à saúde e ao bem-estar públicos”. Em 1961, com a publicação do Código Nacional de Saúde
– Decreto 49.974-A, art. 40. Em 1979, com a Portaria MINTER nº 53, de 01/03/1979. Em 1988, com a
promulgação da Constituição Federal, a questão dos resíduos sólidos foi relacionada nos art. 23 e 30. Mais
recentemente foi aprovada a lei Nº 13.305 de 2010, que institui a Política Nacional dos Resíduos Sólidos
(PNRS).

2. Na área da saúde, foi aprovada a RESOLUÇÃO Nº 5 DO CONAMA, em 05/08/93, que dispõe sobre o
gerenciamento dos resíduos sólidos de serviços de saúde. A RESOLUÇÃO – RDC Nº 15 de março de 2012,
que dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para a saúde e dá outras
providências.

3. RDC Nº 306, DE 7 DE DEZEMBRO DE 2004, RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA da ANVISA, que


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dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.

4. RESOLUÇÃO Nº 358, DE 29 DE ABRIL DE 2005 que dispõe sobre o tratamento e a disposição final
dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências.

5. Normas relativas ao controle dos resíduos de serviços de saúde, no âmbito da Associação Brasileira
de Normas Técnicas:

➢ NBR 10.004, de setembro de 1987 – Classifica os resíduos sólidos quanto aos riscos potenciais ao meio
ambiente e à saúde pública.
➢ NBR 7.500, de setembro de 1987 – determina os símbolos de riscos e o manuseio para o transporte e
armazenamento de materiais.
➢ NBR 9.190, de dezembro de 1985 – classificação de sacos plásticos para acondicionamento de lixo.
➢ NBR 9.191, de dezembro de 1993 – especificação de sacos plásticos para acondicionamento de lixo.
➢ NBR 12.807, de janeiro de 1993 – estabelece a terminologia dos RSS.
➢ NBR 12.809, de fevereiro de 1993 – determina os procedimentos de manuseio dos RSS.
➢ NBR 12.810, de janeiro de 1993 – normatiza os procedimentos de coleta de RSS. (REFORSUS, 2001).

4.2 ESTADUAL

1. Resolução Normativa 001/98/DUS/SES.

4.3 MUNICIPAL

2. Lei nº 3.549/91 - Disciplina a coleta, destinação e tratamento do lixo.

5. CARACTERIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

5.1 IDENTIFICAÇÃO
1. Razão Social: Hospital Universitário Prof. Polydoro Ernani de São Thiago
2. Nome Fantasia: Hospital Universitário – HU
3. Natureza: Público
4. Endereço: Campus Universitário S/N – Caixa Postal: 6199 CEP: 88040-970 – Trindade – Florianópolis –
Santa Catarina; Fone: (48) 3721-9000 – FAX: (48) 3721-3014

5. Horário de Funcionamento:
Ambulatorial: das 07:00 às 19:00 horas/dia
Atendimento Emergência: 24 h/dia

6. Referência em: Hospital de Ensino, Pesquisa e Assistência, sendo também referência estadual em
patologias complexas, clínicas e cirúrgicas;
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7. Capacidade de Atendimento: 35.000 pacientes/mês


8. Município: Florianópolis/SC (421.240 habitantes – censo 2010)
9. Responsável Técnico pelo Estabelecimento: Diretor-Geral Prof. Carlos Alberto Justo da Silva;

5.2 ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

A estrutura administrativa é organizada em cinco diretorias (Direção-Geral, Diretoria de Medicina,


Diretoria de Enfermagem, Diretoria de Operacional Assistencial e Diretoria Administrativa), assessorias, 08
(oito) divisões, departamentos e vários serviços assistenciais e operacionais. A hierarquia do HU podem ser
vistas nos organogramas apresentados no Anexo I.

DIRETORIA DE MEDICINA (DM)


Divisão de Clínica Médica (DCM) Divisão de Clínica Cirúrgica (DCM) Divisão de Pediatria Divisão de Tocoginecologia
Serviço De Pediatria Clínica Serviço De Ginecologia E
Serviço de Cardiologia (CAR) Serviço De Cirurgia Geral (GER)
(PED) Obstetrícia (GOB)
Serviço De Neonatologia
Serviço de Endocrinologia (END) Serviço De Proctologia (PRO)
(NED)
Serviço de Nefrologia (NEF) Serviço De Anestesiologia (ANE)
Serviço de Medicina Interna (MIN) Serviço De Ortopedia E Traumatologia (ORT)
Serviço de Saúde Pública(SSP) Serviço De Cirurgia Vascular (VAS)
Serviço de Atenção a Saúde do Campus
Serviço De Urologia (URO)
(SASC)
Serviço de Emergência (EMG) Serviço De Oftalmologia (OFT)
Serviço De Otorrinolaringologia E Cir. Cab.
Serviço de Terapia Intensiva (UTI)
Pescoço (OTO)
Serviço de Pneumologia(PNE) Serviço De Cirurgia Plástica (SCP)
Serviço de Neurologia(NEU)
Serviço de Gastroenterologia (GAS)
Serviço de Hematologia(HEM)
DIRETORIA DE ENFERMAGEM (DE)
13

DIVISÃO DE ENF. EM EMERG. E AMBULATÓRIO (DEEA) DIVISÃO DE ENF. EM ATEND. INTERNO (DEAI)
Serviço De Enfermagem Ambulatorial Serviço de Enfermagem de Emergência Serviço Enf. Da Clínica Serviço Enf. Do Centro De
(AMB) (EMG) Neonatológica Terapia Intensiva (UTI)
Seção Enfermagem Intercorrência Serviço Enf. Da Clín. Ginec. E Serviço Enf. Do Centro De Trat.
Médicas Triagem Obst. Dialítico (CTD)
Serviço Enf. Da Clínica Serviço Enf. Da Clínica Cirúrgica
Seção De Enfermagem Materno Infantil
Obstétrica (COAC) – 1 (CCR1)
Serviço Enf. Do Centro Serviço Enf. Da Clínica Cirúrgica
Obstétrico (CO) – 2 (CCR2)
Serviço Enf. Da Clínica Serviço Enf. De Centro
Pediátrica Cirúrgico (CC)
Serviço Enf. Da Clínica
Centro De Esterilização (CE)
Médica I
Serviço Enf. Da Clínica Serviço Enf. Da Clínica Médica
Médica II III
DIRETORIA DE APOIO ASSITENCIAL (DAA)
Divisão De Apoio Assistencial (DVAA) Divisão De Diagnóstico Complementar (DCDC)
Serviço De Farmácia (FAR) Serviço de Hemoterapia (SHMT)
Serviço de Psicologia (PSI) Seção de Hemoterapia (SEHT)
Serviço Social (SOC) Serviço de Anatomia Patológica (SAP)
Serviço de Prontuário do Paciente (SPP) Serviço de Análises Clínicas (SEAC)
Seção de Arquivo e Estatística (ARE) Seção de Análises Clínicas (SEAC)
Serviço de Nutrição e Dietética (NTD) Serviço de Radiologia (SRX)

5.3 CLASSIFICAÇÃO

O hospital atua na Área de ensino, pesquisa e assistência. Na área de assistência atua nos três
níveis: o básico, o secundário e o terciário. O HU é também referência estadual em patologias complexas,
clínicas e cirúrgicas, com grande demanda na área de câncer e cirurgia de grande porte, nas diversas
especialidades.

5.4 CARACTERIZAÇÃO FÍSICA

1. Área Total Do Terreno: 50.000 m².


2. Área Total Construída: 32.000m².
3. Quantidade De Prédios:
• 01 prédio principal com 7 blocos;
• 5 anexos: DMSG, Creche, Seção de Capacitação Técnica e Serviço de Hemoterapia e AAHU, Grêmio.
4. Número De Pavimentos:
• Prédio Principal: 05;
• DMSG: 02;
• Creche: 01;
• Seção de Capacitação Técnica: 02
• Serviço de Hemoterapia e AAHU: 02
• Grêmio: 02
5. Número de Leitos Ativos: 240
14

5.5 ESTATÍSTICA DE ATENDIMENTO

Tabela 1: Distribuição de Atendimentos


Atendimentos Quantidade Média Mensal
Consultas Ambulatoriais 130030 10836
Número de Internações 8840 737
Atendimentos na Emergência 83326 6944
Cirurgias Realizadas Centro Cirúrgico 2907 242
Cirurgias Ambulatoriais 4713 393
Partos 1525 127
Outros Procedimentos Obstétricos 354 30
Fonte: Setor de Estatística do Hospital Universitário (HU).

Tabela 2: Distribuição Número Internações por Unidade


Internações por Unidade – 2013

MÉD. DIAR.
TAXA Ocup. (%) MÉD. PERM. INTERN. MÉD. LEITO VAGO MÉD. PAC. DIA PACIENTE DIA NÚMERO LEITOS
87.72 14,2 1,25 2,48 17,7 6459 20
87.39 10,75 2,03 3,15 21,85 7974 25
91.59 12,61 0,45 0,63 6,32 2308 7
70.56 13,13 3,73 6,26 45,87 16741 65
82.26 5,88 4,09 5,16 23,99 8578 29
74.02 6,01 3,59 7,58 21,59 7881 29
78.60 5,94 7,69 12,74 45,59 16639 58
91.66 1,83 4,95 0,81 9,03 3295 10
52.71 0,59 4,5 2,36 3,64 962 5
71.78 2,16 1,97 1,71 4,31 1572 6
88.09 11,56 0,49 0,78 5,73 2093 7

83.48 1,82 11,92 5,66 21,7 7922 26


52.67 4,6 2,29 9,47 10,53 3845 20
52.67 4,6 2,29 9,47 10,53 3845 20
82.26 2,12 10,19 4,61 21,54 7863 26
89.55 6,16 2,03 1,47 12,54 4576 14
87.38 2,8 12,22 6,08 34,08 12439 39
75.85 6,51 24,22 53,83 157,77 57586 208

Fonte: Setor de Estatística do Hospital Universitário (HU)

5.6. NÚMERO POPULACIONAL

A população do HU, em torno de 20.000 mil pessoas mês, incluindo servidores, pacientes,
clientes, acompanhantes, professores, alunos de graduação de diferentes cursos, alunos de cursos técnicos
e visitantes. Destes 13.000 são de usuários dos serviços. Gerando cerca de 1.000 Kg de resíduos por dia.
15

Tabela 3: Dados Populacionais do HU

Nº Populacional % da População do HU
HU
População Permanente Funcionário Permanente 1.337 60,72 %
FAPEU 144 6,54 %
Bolsistas 202 9,17 %
Residentes Médicos 99 4,49 %
Residentes Multiprofissionais 76 3,45 %
Terceirizado 344 15,62 %
População Flutuante Taxa de Ocupação 372.69 29,70%
Nº de Consultas 130.030 10,36%
Nº de Internações 8.840 0,70%
Nº de Exames 743.251 59,23%
Fonte: Setor de Divisão Auxiliar de Pessoal do Hospital Universitário (HU)

Tabela 4: Quantificação de Pessoal por Diretoria


Secretarias Direção 13
Diretoria Administrativa 140
Diretoria de Enfermagem 596
Diretoria de Medicina 274
Diretoria de Apoio Assistencial 293
Fonte: Setor de Divisão Auxiliar de Pessoal do Hospital Universitário (HU)

5.7. CARACTERIZAÇÃO DOS ASPECTOS AMBIENTAIS

5.7.1 Abastecimento de Água:

1. O sistema de abastecimento rede pública – CASAN;


2. O HU possui uma caixa d'água (cisterna), onde esta é distribuída para:
Bombeiro;
Caldeira;
Hospital;

3. Não há aplicação de produtos químicos na água para o abastecimento. A aplicação de antioxidante


SPARTRIL B (composto de Hidróxido de Potássio e Sulfito de Sódio) adicionado somente na água da
caldeira, com a finalidade de decantar os sais presentes na água. Este produto não compromete a saúde
dos funcionários e não ocasiona danos aos equipamentos, pois está dentro da dosagem estabelecida
pela RDC ANVISA Nº 8, de 06 de março de 2013.

4. Controle interno da qualidade da água: O controle é semestral, e a análise mais recente foi realizada em
08 de março pela empresa “Laboratório Biológico”: A coleta de material é feita no ponto de entrada (a
montante do abastecimento) e no ponto de saída da cisterna. A unidade de internação para Tratamento
16

Dialítico e o Centro de Esterilização de Materiais possuem sistema de filtração.

5.7.2 Efluentes Líquidos:


• Possui rede de esgoto ligada à rede coletora pública – CASAN, a qual é a responsável pelo tratamento
externo; Conforme previsto no item 13.3.1 da RDC ANVISA 306/2004 (ANVISA, 2004, pg 19.).
• A CASAN, através de suas Unidades de Recuperação Ambiental – Estações de Tratamento de Esgoto – ETE
´s, realiza um amplo trabalho de coleta e tratamento de efluentes, transformando os poluentes indesejáveis
em líquidos com níveis menores ou iguais aos padrões exigidos pela legislação vigente. O objetivo maior é a
despoluição. Os dejetos captados pela CASAN, passam por um tratamento e depois, retornam para o rio ou
para o mar, com até 98% de pureza.

5.7.3 Emissões Gasosas:


• O HU conta com duas caldeiras tipo Flamotubular. Nessas caldeiras, os gases quentes provenientes da
queima do combustível, passam por tubos imersos em água. Os tubos aquecem a água, formando vapor.
Estes gases gerados são constantemente analisados pela empresa J. MENEGASSI Engenharia LTDA;
• Os gases produzidos – a caldeira produz o SO2 (dióxido de Enxofre – de origem artificial resultante da

queima de combustível fósseis como o diesel) na concentração de 280 mgSO 2 /Nm 3. Concentração esta,
sendo abaixo do que preconiza a Resolução CONAMA nº382 de 26/12/2006, que Estabelece os limites
máximos de emissão de poluentes atmosféricos para fontes fixas.
• Com relação a manutenção periódica da caldeira, esta segue o padrão definido pela NR 13 – Caldeiras e
Vasos de pressão. O sistema de caldeira possui sistema de captação e lançamento dos gases e material
particulado, provenientes da combustão, para fora da área de operação atendendo às normas ambientais
vigentes equipadas com filtro para a fumaça. O HU não gera o NOx (óxidos de nitrogênio), e a emissão de
Particulado está dentro do padrão.
• Os óleos BDF tipo 1; Disel; Fluidoil A; Spartril B utilizados na operação da caldeira retornam para a
Empresa responsável pelo abastecimento – RUDIPEL RUDINICK.

6. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS

Os resíduos de serviços de saúde são diferenciados dos demais resíduos urbanos por
necessitarem de um gerenciamento específico, pois alguns destes podem possuir alto grau de
periculosidade. Os resíduos são diferenciados em cinco principais grupos distintos de acordo com a RDC
306 – Grupo A; Grupo B; Grupo C; Grupo D e Grupo E. De maneira geral o HU não produz resíduos do Grupo
17

A2, A5, bem como, do Grupo C.

6.1 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS - RDC ANVISA 306/2004

1. GRUPO A: Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características, podem
apresentar risco de infecção. Este grupo é subdividido em 5 grupos – A1 a A5. Porém serão descritos apenas
os subgrupos dos resíduos gerados pelo HU, a saber:
GRUPO A1:
✔ Culturas e estoques de microrganismos resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto os
hemoderivados; meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de
culturas; resíduos de laboratórios de manipulação genética;
✔ Resíduos resultantes de atividades de vacinação com microrganismos vivos ou atenuados, incluindo
frascos de vacinas com expiração do prazo de validade, com conteúdo inutilizado, vazios ou com restos do
produto, agulhas e seringas; Os resíduos provenientes de campanha de vacinação e atividade de vacinação
em serviço público de saúde; Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com
suspeita ou certeza de contaminação biológica por agentes Classe de Risco 4;
✔ Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por contaminação ou por
má conservação, ou com prazo de validade vencido, e aquelas oriundas de coleta incompleta;
✔ Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e materiais
resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma livre;

GRUPO A3
✔ Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais virtais, com peso
menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 cm ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não
tenham valor científico ou legal e não tenha havido requisiçã pelo paciente ou famliares.
GRUPO A4
✔ Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores;
✔ Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de equipamento médico-
hospitalar e de pesquisa, entre outros similares;
18

✔ Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções,


provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes Classe de Risco 4,
e nem apresentem relevância epidemiológica e risco de disseminação, ou microrganismo causador de
doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja
desconhecido ou com suspeita de contaminação com príons;
✔ Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro procedimento de
cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo;
✔ Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenham sangue
ou líquidos corpóreos na forma livre;
✔ Peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de procedimentos cirúrgicos ou
de estudos anatomopatológicos ou de confirmação diagnóstica;
✔ Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais não submetidos a
processos de experimentação com inoculação de microrganismos, bem como suas forrações; cadáveres de
animais provenientes de serviços de assistência;
✔ Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão.
✔ Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, com peso
menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20
semanas, que não tenham valor científico ou legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou seus
familiares.

2. GRUPO B: Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao
meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e
toxicidade.
a. Produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos; imunossupressores;
digitálicos; imunomoduladores; antirretrovirais, quando descartados por serviços de saúde, farmácias,
drogarias e distribuidores de medicamentos ou apreendidos e os resíduos e insumos farmacêuticos dos
Medicamentos controlados pela Portaria MS 344/98 e suas atualizações.
b. Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfetantes; resíduos contendo metais pesados; reagentes para
laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes; solventes; tintas; lâmpadas; pilhas e baterias.
c. Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas.
d. Demais produtos considerados perigosos, conforme classificação da NBR 10.004 da ABNT (tóxicos,
corrosivos, inflamáveis e reativos).
19

3. GRUPO D: Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio
ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. Resíduo comum e os recicláveis.
➢ Papel de uso sanitário, fralda, absorvente higiênico,
➢ Resíduo de gesso proveniente de assistência à saúde;
➢ Peças descartáveis de vestuários,
➢ Material utilizado em antissepsia e hemostasia de venóclises,
➢ Material de curativo em incisão cirúrgica limpa ou livre de sangue/secreção na sua forma livre;
➢ Luvas, máscaras, aventais descartáveis, gaze, chumaços livre de sangue/secreção na sua forma livre;
➢ Equipo de soro e outros similares não classificados como A1 e A4;
➢ Frasco de soro sem presença de resíduos químicos;
➢ Equipo de soro e outros similares com validade vencida;
➢ Vidros sem resíduos químicos;
➢ Sobras de alimento e do preparo de alimentos;
➢ Resto alimentar do refeitório;
➢ Resto alimentar de paciente,
➢ Resíduos provenientes das áreas administrativas;
➢ Resíduos de varrição, flores, podas e jardim;

4. GRUPO E: Materiais perfurocortantes ou escarificantes, contendo ou não contaminação biológica.


➢ Lâmina de bisturi;
➢ Ampolas de vidro (medicamentos);
➢ Ponta perfurante do equipo;
➢ Lâmina do barbeador;
➢ Agulhas;
➢ Mandril de cateteres intravenoso ou arterial;
➢ Dispositivos intravenosos (escalpe);
➢ Todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubo de coleta, placa de Petri);
➢ Brocas, limas endodônticas;
➢ Pontas diamantadas;
➢ Lancetas;
➢ Micropipetas;
➢ Lâminas e lamínulas;
➢ Pregos;
➢ Tesoura;

6..2 O DIAGNÓTICO SITUACIONAL DOS RESÍDUOS DO HU

Com base na RDC 306/2004, foi realizado um estudo analítico dos resíduos produzidos no HU.
As unidades geradoras de resíduos são muito numerosas. Para descrevermos de forma adequada e sintética
o resultado da avaliação qualitativa dos resíduos, alguns setores foram agrupados de acordo com as
atividades neles exercidas, já que observou-se que os tipos de resíduos produzidos são semelhantes. Segue
abaixo as especificidades dos serviços detalhadas.
20

6.2.1 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS GERADOS NO HU:

a. No andar térreo, a maioria das unidades está relacionada a atividades administrativas, de manutenção
ou técnicos. Do segundo andar ao quarto andar, as unidades são predominantemente assistenciais, onde
se localizam unidades de internação especializadas de assistência. A maioria dos serviços apresenta
também áreas de apoio e de atividades didáticas.

b. Os setores considerados como exclusivamente administrativos são: Direção-Geral, Diretoria de


Medicina, Diretoria de Enfermagem, Diretoria Administrativa, Secretaria das Diretorias, Almoxarifado, Seção
de Registro e Controle, Serviço de Controle Financeiro, Núcleo de Engenharia Biomédica, Divisão Auxiliar de
Pessoal, Seção de Capacitação Técnica, Divisão de Administração, Telefonia, Setor de Compras, Seção de
Internação, Secretaria da Fonoaudiologia, Portaria e Vigilância, Setor de Preparo e Licitação, Setor de
transporte, Consultórios, Serviço Social, Associação dos Médicos, Capela, Serviço de faturamento, Serviço
de Controle de Material, Serviço de Psicologia, Serviço de Prontuário de Paciente, Seção de Arquivo e
estatística, Serviço de Atenção a Saúde do Campo, Comissão de Educação Permanente, Comissão
Permanente de Material, Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, Serviço de Controle de Infecção
Hospitalar, Grupo de Trabalho em Gestão de Resíduos, Sala de leitura, Departamento de Clínica Médica,
Departamento de Clínica Cirúrgica, Departamento de Pediatria, Departamento de Tocoginecologia,
Recepção dos Funcionários e Visitas, Divisão de Enfermagem em Emergência e Ambulatório, Divisão de
Enfermagem em Atendimento Interno, Secretaria do Serviço de nutrição e Dietética, Secretaria do Serviço
de Radiologia, Secretarias dos ambulatórios (áreas A, B, C), Secretaria do Serviço de Anatomia Patológica,
Divisão de Manutenção de Serviços Gerais, Núcleo de Vigilância Epidemiológica, Biblioteca, Associação
Amigos do HU e Xerox.

c. Os setores considerados essencialmente técnicos são: Laboratório de Análise Clínicas, Seção de


Hemoterapia, Laboratório de Imunologia, Serviço de Endoscopia, Serviço de Radiologia, Serviço de
Patologia, Central de Esterilização, Serviço de Broncoscopia, Banco de Leite; Proctologia; Colonoscopia;
Urologia; Farmácia; Serviço de Processamento de Roupas; Centro de informação Toxicológica; Citogenética,
Caldeira e Informática.

d. Os serviços considerados como predominantemente assistenciais são: Emergência Adulto e Pediátrica;


Centro Cirúrgico; Centro Obstétrico; Cirurgia Ambulatorial; Unidades de Internação Médica, Cirúrgica,
Ginecológica e Pediátrica; Unidade de terapia Intensiva Adulto e Neonatal; Berçário; Alojamento Conjunto;
21

Oftalmologia; Otorrinolaringologia; Odontologia; Sala de Vacinação; Sala de Curativo; Sala de Teste Alérgico;
Hemodinâmica; Cardiologia; Setor de Quimioterapia; Unidade de Tratamento Dialítico; Diabete;
Ginecologia; Ortopedia.
e. Os serviços considerados como de manutenção são: marcenaria, hidráulica, elétrica, alvenaria, ar-
condicionado/refrigeração, limpeza, predial, mecânica e pintura.

Como praticamente todos os setores apresentam banheiro, este foi considerado como local
específico de geração de resíduos. Desta forma, todos os corredores de circulação comum de todos os
andares foram considerados como unidades. Locais de preparo e consumo de alimentos, como as copas
existentes em muitos setores, serão descritos em conjunto com aqueles do Setor de Nutrição e Dietética,
Refeitório e Lactário. Como os setores de manutenção geram resíduos específicos da construção civil,
varrição e poda, foram considerados como unidades de manutenção.
O diagnóstico foi realizado por unidade geradora, abaixo se encontra uma tabela resumo dos
resíduos gerados em cada setor do hospital de forma geral.

Grupos Resíduos
Unidade Geradora Grupo A1 Grupo A3 Grupo A4 Grupo B Grupo D Grupo E
Centro Cirúrgico X X X X X
Centro Obstétrico X X X X X
Unidade Terapia Intensiva X X X
Neonatologia X X X
Unidade Internação Cirúrgica I e II X X X
Unidade Tratamento Dialítico X X X
DCC X X X X
Unidade de Internação Médica I e II X X X X
CME X X
Unidade Internação Pediátrica X X X
Unidade Internação Ginecológica X X X
Alojamento Conjunto X X X
CIAM (central aleitamento materno) X
Cirurgia Ambulatorial X X X X
Emergência Adulto e Pediátrica X X X
Laboratório de Análises Clínicas X X X X X
Lavanderia X X X X
Patologia X X X X X
Endoscopia X X X X
Hemoterapia X X X X X
Quimioterapia X X X X
Odontologia X X X X
SASC X X
Radiologia X X X
22

Grupo A1 Grupo A3 Grupo A4 Grupo B Grupo D Grupo E


Unidade Geradora
Caldeira X X
Setores Administrativos X
Corredores X
Banheiros X
Copas, refeitório, Serviço
de Nutrição e Dietética, X
Lactário
Manutenção X X X
Farmácia X X X
Internação e Triagem
X X X X
Ginecológica
AAHU X
Almoxarifado X X
Hemodinâmica X X X
Cardiologia X X
Ambulatórios A, B, C X X X X
Ambulatório Pediatria X X X X X
Oftalmologia, Proctologia,
X X X
Urologia, Colonoscopia,
Otorrinolaringologia X X
NUPAIVA X X X X
Projeto HPV X X X X
Broncoscopia X X X
CIT X X X
Citogenética X X
Núcleo de Engenharia
X
Clínica

6.2.1 ANÁLISE QUANTITATIVA DOS RESÍDUOS


Tabela 6: Quantidade mensal de Resíduos Coletados por Grupo

GRUPOS RESÍDUOS PESO – MÉDIA ESTIMADA


A e E – Infectantes 3.098,00 Kg/mês
B – Risco Químico 109,93 Kg/mês
D – Comum (Rejeito) 12.536,20 Kg/mês
D – Orgânico 13.418,70 Kg/mês
D – Reciclável Papel 3.291,90 Kg/mês
Plástico 182,70 Kg/mês
Fonte: Eng. Mercedes Ferber.

7. MANUSEIO DOS RESÍDUOS

O manejo dos RSS no âmbito dos estabelecimentos de saúde deve obedecer a critérios
23

técnicos e sanitários e contemplar os aspectos de minimização na geração, segregação, acondicionamento,


identificação, coleta e transporte interno, armazenamento temporário, tratamento interno,
armazenamento externo, coleta e transporte externo, tratamento externo e disposição final.

7.1 MINIMIZAÇÃO DA GERAÇÃO

A geração de resíduos deve ser mantida a níveis mínimos praticáveis de volume, pois, além de
minimizar os riscos de exposição a agentes perigosos presentes em algumas frações, há redução dos custos
para o gerenciamento. Para minimizar o resíduo gerado estamos refazendo o processo de caracterização
das lixeiras quanto a quantidade, tamanho e função. No momento apresentamos o quantitativo de lixeiras
existentes no HU, a saber: 233 lixeiras para resíduos comuns; sendo 58 para resíduos recicláveis, e 62 para
resíduos infectantes.

7.2 SEGREGAÇÃO E ACONDICIONAMENTO

1. Segregação: Operação que deve ser feita no próprio ponto de geração e de acordo com as características
físicas, químicas, biológicas e radiológicas do resíduo, estado físico (sólido e líquido) e forma química.
Devem-se sempre observar as exigências de compatibilidade química dos resíduos entre si para que
acidentes sejam evitados. É salutar informar que apresentamos problemas com a segregação dos resíduos
nas fontes geradoras, principalmente nas unidades de internações, entre o que é infectante comum e
reciclado e quanto ao tipo de acondicionamento do resíduo.

2. Acondicionamento: É a colocação do resíduo em embalagens adequadas para coleta, transporte,


armazenamento e disposição finais seguros. Deve ser de acordo com o tipo do resíduo e os limites de
enchimento devem ser obedecidos 2/3 da capacidade. Os resíduos sólidos
são acondicionados em saco plástico contido em recipiente (lixeira)
confeccionado com material lavável, resistente à punctura, ruptura e
vazamento, com tampa provida de sistema de abertura sem contato manual,
com cantos arredondados e resistente ao tombamento. O HU padronizou
lixeiras nos seguintes tamanhos: 15, 25, 50 e 75 litros, com diferentes funções .

Os recipientes de acondicionamento existentes nas salas de cirurgia, nas salas de parto, nas
salas cirúrgicas do Setor de Cirurgia Ambulatorial e do Setor de Hemodinâmica não necessitam de tampa
para vedação, conforme legislação.
Os resíduos produzidos são acondicionados nos seguintes sacos:
24

Grupo A1: São armazenados em saco plástico específico para autoclavagem. Se descaracterizado os
resíduos são acondicionados em saco preto, se não, em saco branco leitoso. Os resíduos perfurocortantes
acondicionados em caixas específicas, mesmo que descaracterizado é encaminhado como resíduo do Grupo
E.

Grupo A3: As peças anatômicas (membros) do ser humano são armazenadas sob refrigeração até o
momento da coleta externa, sendo embaladas primeiramente em saco preto e após acondicionadas em
saco vermelho conforme legislação.

Grupo A4: São armazenados em saco branco leitoso conforme RDC 306/04, identificados conforme NBR
7.500 da ABNT. Quando órgãos e tecidos são armazenados em recipientes providos com tampa de rosca e
são encaminhados ao serviço de anatomia patológica para exame e após tratamento em formaldeído, após
3 meses são acondicionados em saco branco leitoso.

Grupo B: As lâmpadas são armazenados na embalagem original Resolução CONAMA n° 275/04/01. Os


resíduos químicos líquidos são acondicionados em galões reaproveitados da Lavanderia (sabão e
amaciante) ou nas suas embalagens originais. Os resíduos sólidos contaminados por produto químico são
acondicionados em saco laranja ou em caixas de papelão parda conforme legislação. Os resíduos
quimioterápicos e fármacos são acondicionados em caixas de papelão laranja e/ou saco laranja. As
pilhas/baterias são armazenadas em galões reaproveitados de outros produtos.
Grupo D: Os recicláveis são armazenados em saco plástico azul-claro. Os rejeitos em saco plástico preto. Os
orgânicos em bombonas.

Grupo E: Contaminados ou não por material biológico são armazenados em recipientes amarelos rígidos,
resistentes a punctura, ruptura e vazamento, com tampa e identificação de acordo com a NBR 13853/97.
Igualmente os perfurocortantes contaminados por produto químico são armazenados em recipientes
laranjas rígidos, resistentes a punctura, ruptura e vazamento, com tampa e identificação.

Os sacos contendo resíduos após coleta interna I são armazenados em contentores nas
seguintes cores:
25

3. Resíduos da Construção Civil: São definidos como Resíduos Sólidos de Construção Civil (RCC) aqueles
provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes
da preparação e da escavação de terrenos, tais como:
tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos,
rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e
compensados, forros, argamassa, gesso, telhas,
pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação
elétrica etc., comumente chamados de entulhos de
obras. Para o descarte desse material é feito locação de
caixas brooks, sendo exigido da empresa responsável
pela coleta certificado de destinação final do resíduo.

7.3 IDENTIFICAÇÃO
Devem-se utilizar rótulos (símbolos e expressões) para identificar os recipientes de acondicionamento,
carros de transporte interno e externo, salas e abrigos de resíduos (locais de armazenamento). A
identificação das lixeiras e contentores foi padronizada, sendo utilizados etiquetas adesivas conforme
modelos abaixo.
26

Como forma de segurança e atendendo a legislação padronizamos etiquetas adesivas de


identificação para:

a) Peças Anatômicas (membros Humanos)

b) Resíduo Químico

Igualmente como forma de acompanhar a eficácia do Plano de Gerenciamento de Resíduos


implantamos a identificação de todos os sacos de lixo e caixas para perfurocortante e/ou resíduo químico
por unidades geradoras de resíduo, por meio de etiquetas adesivas, como
exemplo a seguir:
c) Saco de lixo/caixa

Clínica Médica
27

Após a segregação e acondicionamento, os resíduos são submetidos ao gerenciamento interno


que pode ser subdividido em três etapas principais, o Tratamento Interno, a Coleta Interna I, a Coleta
Interna II.

7.4 GERENCIAMENTO INTERNO

7.4.1 Coleta Interna I

Nessa fase os sacos com resíduos são recolhidos das unidades e/ou setores pela funcionária da
higienização e limpeza lotada no setor e transportados para os armazenamentos temporários, por meio de
um carro auxiliar de limpeza. Não há horário preestabelecido para essa coleta, sendo a primeira no início da
manhã (7 h) e as demais quando os sacos atingem 2/3 de sua capacidade.

7.4.2 Tratamento Interno

Todos os resíduos do Grupo A1 gerados no HU, descritos abaixo, são acondicionados de


maneira compatível com o processo de tratamento por autoclavagem nos setores geradores e
encaminhados ao Laboratório de Análises Clínicas onde encontra-se a autoclave. Após o tratamento
havendo descaracterização física os resíduos são acondicionados em saco preto e encaminhados ao aterro
sanitário. Não havendo descaraterização são acondicionados em saco branco leitoso encaminhado para o
aterro sanitário onde será co-disposto em vala séptica. Os sacos são substituídos sempre que atingirem 2/3
de sua capacidade.

a) Os resíduos resultantes de atividades de vacinação com microrganismos vivos ou atenuados, incluindo


frasco de vacinas com expiração do prazo de validade, com conteúdo inutilizado, vazios ou com restos do
produto;
b) As bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por contaminação ou por
má conservação ou com prazo de validade vencido, ou aquelas oriundas de coleta incompleta;
c) Os cartões de teste, utilizados nos exames laboratoriais, possuem 5 poços para as análises. Após o
procedimento, os poços são vedados e o cartão é autoclavado para o reúso, até que todos os orifícios
tenham sido aproveitados. Então, o material é submetido novamente ao tratamento antes de ser
descartado.
d) Os tubos de teste biológicos utilizados no Centro de Material e Esterilização, quando positivados são
autoclavados antes do destino final.
A autoclave situa-se no Laboratório de Análises Clínicas, e tem as seguintes especificações
28

técnicas:
· Fábrica: Fable 104 CBT;
· Ano: 1978;
· Categoria (NR 13): V;
· Classe Fluído: C;
· Grupo Potencial de Risco: 5;
· P.M.T.A (Kgf/cm): 1,5/128.

O procedimento de autoclavagem consiste em manter o material contaminado em contato


com vapor de água, a uma temperatura elevada, durante período de tempo suficiente para destruir
potenciais agentes patogênicos ou reduzi-los a um nível que não constitua risco. O processo de
autoclavagem inclui ciclos de compressão e de descompressão de forma a facilitar o contato entre o vapor e
os resíduos. (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2006).
Com relação aos resíduos do Grupo B:
a) O setor de radiologia em 2014 iniciou com a Radiologia Digital abolindo os reveladores e fixadores.
b) O glutaraldeido 2% utilizado no serviço de endoscopia, cardiologia e hemodinâmica é neutralizado por
meio de mistura de água + bissulfito de sódio, após coloca-se o glutaraldeido, deixa-se descansar por 10
minutos, após produto está em condições de descarte na rede de esgoto.
c) Os resíduos líquidos ácidos provenientes dos testes do Sistema Axsym são neutralizados com solução de
hidróxido de sódio 1M antes da adição de solução desinfetante. Os esgotos dos equipamentos devem ser
tratados com água sanitária (solução aquosa de hipoclorito de sódio com concentração de 2,0 a 2,5%)
devidamente registrada na ANVISA de modo que a solução final do resíduo atinja uma concentração de
0,5% de hipoclorito de sódio. Deve-se aguardar pelo menos 2 horas antes do descarte. Após o tratamento,
estes resíduos são considerados do Grupo D pela Resolução da ANVISA nº 306 e podem ser lançados no
esgoto comum, de acordo com as instruções do fornecedor dos reagentes (Abbott Laboratórios do Brasil
Ltda).
d) O serviço de Farmácia, quando necessário realiza tratamento de neutralização do iodopovidona, por
meio da reação de redução do Iodo (I 2) a Iodeto (2I-) utilizando-se o agente redutor Tiossulfato de Sódio,
após a solução é descartada na rede de esgoto.

7.4.3 Armazenamento Temporário

O armazenamento temporário é o local onde os resíduos, por um curto tempo, ficam


armazenados em contentores para então serem enviados para o armazenamento externo, onde os mesmos
29

serão posteriormente recolhidos pelas empresas responsáveis da coleta externa. O armazenamento


temporário existe nas seguintes unidades de internação/serviços: CM II, UIC I e II, CC, Neonatologia,
Alojamento Conjunto, Pediatria, Ambulatório e Lavanderia.
O armazenamento temporário dos resíduos de sobras alimentares fica numa sala apropriada
na área externa do serviço de nutrição e dietética.
Entretanto não há espaço físico para o armazenamento temporário dentro de todas as
unidades por questões estruturais, ficando alguns contentores nos corredores.

7.4.4 Coleta Interna II

Os horários da Coleta Interna II coincidiam com o horário de alimentação dos pacientes e com a
entrega de roupa limpa, sendo necessário uma melhor distribuição dos horários, conforme tabela abaixo:

Elevador de Serviço Elevador Social


MANHÃ TARDE NOITE MANHÃ TARDE NOITE
07:00 Roupa Suja e Lixo 13:00 19:00 07:30 CAFÉ 21:00 CEIA
07:15 Roupa Suja e Lixo 13:15 19:15 08:30 CAFÉ 22:15 CEIA
07:30 Roupa Suja e Lixo 13:30 19:30
07:45 Limpeza elevador 13:45 19:45 17:30 JANTAR
08:00 Roupa Limpa 14:00 19:30 18:00 JANTAR
08:15 Roupa Limpa 14:15 Nutrição – Lanche 19:45
08:30 Roupa Limpa 14:30 Nutrição – Lanche 20:00 11:00 ALMOÇO
08:45 Nutrição 14:45 Nutrição – Lanche 20:15 12:00 ALMOÇO
09:00 Nutrição 15:00 20:30
09:15 15:15 Nutrição 20:45 ** Somente a Nutrição
09:30 Nutrição – Colação 15:30 Nutrição 21:00 Lixo
09:45 Nutrição – Colação 15:45 21:15 Lixo Legenda:
10:00 Nutrição – Colação 16:00 Lixo 21:30 Lixo Sobe roupa e refeição
10:15 16:15 Lixo 21:45 Limpeza Elevador Desce roupa e louças sujas
10:30 Roupa Suja e Nutrição 16:30 Lixo 22:00
10:45 Roupa Suja e Nutrição 16:45 22:15 Nutrição
11:00 Lixo 17:00 Limpeza Elevador 22:30 Nutrição
11:15 Lixo 17:15
11:30 Lixo 17:30 Roupa Limpa
11:45 Limpeza elevador 17:45 Roupa Limpa
12:00 18:00 Roupa Limpa
12:15 Nutrição 18:15 Nutrição
30

A coleta interna II para os resíduos químicos – Grupo B é realizada uma vez ao dia, as 15:00 horas.
Alguns setores, como o Laboratório de Análises Clínicas e Anatomia Patológica, geradores de grande
quantidade de resíduo químico líquido, a coleta é feita conforme a geração do resíduo, sendo solicitada
pelos setores.
Na coleta interna II os resíduos são transportados do armazenamento temporário, por meio de
contentores e são encaminhados a área de transbordo, que se dá por uma das portas laterais no corredor
principal do hospital, ao lado da Emergência Adulto, onde apenas os funcionários responsáveis pelos
resíduos possuem permissão a entrada.
Nesta área, existe uma plataforma de cimento, com a finalidade de facilitar o
acondicionamento contentores. Em um segundo momento estes são transportados em uma míni
caminhonete movida a gasolina para o armazenamento externo. Há também um portão com identificação
de local restrito para evitar entrada de pessoas no recinto.
Antes do transporte todo o resíduo dos Grupos A, E, B e D são pesados em uma balança
mecânica de 300 kg da marca CAUDURO. Futuramente será adquirido uma balança digital para um
resultado mais preciso; Essa pesagem ocorre todos os dias na parte da manhã e a tarde. As informações da
pesagem são transferidas diariamente a equipe da Gestão de Resíduos, onde os dados são armazenados no
banco de dados informatizado para controle e fiscalização.

O Transbordo ou estações de transferência são instalação recomendada quando é grande a


distância a ser percorrida pelos resíduos até o ponto de disposição final, não havendo beneficiamento
algum ou tratamento do resíduo nessa operação. Abaixo imagem representando o caminho percorrido
atualmente (linha rosa) e o caminho que será percorrido (linha azul) quando o novo abrigo estiver
construído.
31

7.4.5 Armazenamento Externo

É a contenção temporária de resíduos em área específica, denominada “ABRIGO DE


RESÍDUOS”, durante o aguardo da coleta externa, para a destinação visando ao tratamento ou à disposição
final. Deve ter identificação na porta e os sacos de resíduos devem permanecer dentro dos contêineres
devidamente identificados.
Os aspectos construtivos do abrigo de resíduos dos grupos A, D e E devem obedecer a RDC nº
306/2004, RDC nº 50/2002, RDC nº 307/2002 e RDC nº 189/2003 da ANVISA, além das normas locais,
quando existentes. O estabelecimento gerador de RSS (geração semanal de resíduos não exceda a 700L e a
diária não exceda a 150L) pode optar pela instalação de um abrigo reduzido exclusivo, construído de acordo
com a RDC nº 306/2004.
A armazenagem dos resíduos químicos deve ser de acordo com a NBR 12.235 da ABNT. A
identificação “ABRIGO DE RESÍDUOS QUÍMICOS” deve ser afixada em local de fácil visualização e conter
sinalização de segurança, com símbolo baseado na norma NBR 7500 da ABNT. As regras de compatibilidade
química devem ser seguidas também no local de armazenamento.
Alguns aspectos do abrigo de resíduos do grupo A, grupo D e grupo E:
a. Local de fácil acesso à coleta externa.
b. Piso e paredes revestidos de material liso, impermeável, lavável e de fácil higienização.
c. Aberturas para ventilação de, no mínimo, 1/20 da área do piso e com tela de proteção contra insetos.
d. Porta com abertura para fora, tela de proteção contra roedores e vetores e de largura compatível com os
32

recipientes de coleta externa.


e. Pontos de iluminação e de água, tomada elétrica, canaletas de escoamento de águas servidas
direcionadas para a rede de esgoto do EAS e ralo sifonado com tampa que permita a sua vedação.
f. Área coberta para higienização dos contêineres e equipamentos com piso e paredes lisos, impermeáveis,
laváveis;
g. Pontos de iluminação e tomada elétrica; ponto de água, preferencialmente quente e sob pressão;
canaletas de escoamento de águas servidas direcionadas para a rede de esgoto e ralo sifonado provido de
tampa que permita a sua vedação.

No HU os resíduos que passam pela Coleta Interna II são encaminhados para o


Armazenamento Externo. O abrigo dos resíduos é dividido em duas pequenas áreas de 20 m². No ambiente
da esquerda são armazenados os resíduos infectantes, perfurocortantes e químicos, na direita são
depositados os resíduos comuns. As portas de ferro foram trocadas por
portas de alumínio com fechamento por cadeados, porém não há
abertura para propiciar uma circulação de ar adequada. O local possui
paredes e piso de azulejo o que dificulta a limpeza e proporciona a
criação de fungos no rejunte, as “janelas” são de tijolos vazados e
possuem tela de proteções acopladas para evitar a entrada de pequenos
animais, ficando localizadas a dois metros do chão. Há infiltração em todo o teto, com presença de mofo e
fungos; não há iluminação interna ficando a iluminação apenas na parte externa do abrigo. A rampa
existente facilita a quebra dos contentores, pois sua altura não é compatível aos carros de coleta.
Houve avaliação do local pelo Serviço de Manutenção da UFSC conjuntamente com a
Engenheira Ambiental da Prefeitura do Campus, onde foi aprovado reforma do abrigo que constará das
seguintes alterações: Separação dos Resíduos Infectantes e Químicos, o interior do abrigo (teto, parede e
chão) será revestido conforme preconiza a legislação, também sendo previsto as adequações no abrigo dos
resíduos químicos, a contenção de líquidos em caso de acidentes. Inclui ainda na referida reforma a
construção de uma plataforma para o abrigo dos resíduos do grupo D – rejeito. Ao lado do abrigo será
construída uma área de lavação provisória e finalmente calçadas e rampas. A reforma citada é paliativa até
a construção do novo abrigo. O armazenamento externo dos resíduos recicláveis está sendo feito em um
contêiner, o qual substituiu a antiga casa para a reciclagem de resíduos que foi construída em 1999 e
localizava-se em frente ao abrigo de resíduos A, B, E e D comum. Segue foto que ilustra a situação atual e
passada, respectivamente.
33

A seguir a planta baixa da idealização do novo abrigo contemplando todos os tipos de


resíduos, banheiros, vestiário, lavação e área de guarda para contentores, realizado pelo estudante de
Engenharia Sanitária e Ambiental Matheus Pinheiro Massaut, Enf(a). Eunice Maria Hirt e Dr(a) Ivete
Masukawa. Entre outras alterações, é prevista a
adequação do projeto quanto as questões relativas a
sustentabilidade tais como: reaproveitamento da água
da chuva, captação de energia solar e aquecimento
natural da água. Atualmente encaminhamos solicitação
de avaliação ambiental do terreno onde encontra-se o
atual abrigo para posterior construção visto que o atual
encontra-se próximo a um córrego. A área total para
abrigar os resíduos foi calculada prevendo o crescimento
do HU para 10 anos.

Figura 1: Planta Baixa Casa dos Resíduos

Terreno novo abrigo


34

7.5 GERENCIAMENTO EXTERNO

O Gerenciamento Externo estrutura que denomina quais são os procedimentos tomados para
a destinação final dos resíduos gerados no estabelecimento, como o gerador do resíduo é responsável
destes até sua destinação final, o hospital tem o dever de garantir que os serviços contratados ou ainda os
métodos utilizados como destinação final dos resíduos são seguros, tanto para a sociedade em geral como
para o meio ambiente.

7.5.1 Coleta Externa

7.5.1.1 Resíduo Infectante e Químico:

O recolhimento dos resíduos infectantes e químicos, realizado pela empresa Proactiva Meio
Ambiente Brasil, ocorre por volta das dez horas (10:00 h) de segunda a sexta. Os resíduos produzidos nos
finais de semana são coletados na segunda-feira, e no caso de feriados, a coleta realiza-se no próximo dia
útil.
O veículo utilizado para a coleta possui sistema de basculamento hidráulico e compressor. O
funcionário responsável pelo recolhimento utiliza luvas, máscara e botas para a sua proteção individual.

Figura 8 – Coleta de Resíduos Pela Empresa Proactiva

A distância do hospital até o local de disposição final dos resíduos é de aproximadamente 50


km, e o custo para o transporte, tratamento e disposição final de resíduo infectante é de 2.000 reais por
tonelada. Os resíduos químicos são armazenados em galões e coletados pela mesma empresa,
representando o mesmo custo. A coleta dos químicos é realizada apenas na primeira quinta-feira do mês,
através de um caminhão-baú. O funcionário responsável pelo recolhimento utiliza luvas, máscara e botas
35

para a sua proteção individual. Após a coleta, os resíduos são armazenados temporariamente na empresa,
localizada a 50 km do hospital. Então, são dispostos no aterro industrial de Joinville.

7.5.1.2 Resíduo Comum:

Os resíduos comuns são responsabilidades da Prefeitura Municipal, e são coletados pela


COMCAP – Companhia de Melhoramentos da Capital. A coleta ocorre diariamente por volta das 16 horas,
com exceção dos finais de semana e feriados. O caminhão utilizado possui sistema de basculamento
hidráulico e compressor.

Figura 9: Coleta de Resíduos pela COMCAP

A distância do hospital até o local de disposição final de resíduos é de aproximadamente 50


km. Este material não representa nenhum custo para o hospital. O custo para a Prefeitura Municipal é de 98
reais por tonelada de resíduo.
A seguir, estão sintetizadas as informações sobre as licenças ambientais das empresas,
concedidas pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (FATMA), para a realização da coleta de resíduos.

Empresa CNPJ Licença de Operação Endereço Responsável(nome, registro)


Proactiva 50.668.722/0019-16 LAO nº 790/2007 Escritório: Fernanda Vanhoni
Coleta e Transporte Rua Madalena Barbi, 197 – CREA/SC 62443-5
Rodoviário de Centro – Florianópolis. Fone:
Resíduos do Grupo 3324-0056;
A, E e B Aterro: BR 101, km 178 –
36

Areias de Cima Biguaçu;


Fone: 3296-2114;
50.668.722/0019-16 LAO nº 790/2007 Escritório: Carlos Alberto Pessanha
Depósito Temporário Rua Madalena Barbi, 197 – Gonzaga
de Resíduos Centro – Florianópolis. Fone: CREA/SC 16450
Proactiva Industriais perigosos, 3324-0056;
não perigosos e Aterro: BR 101, km 178 –
inertes; Areias de Cima Biguaçu;
Fone: 3296-2114;
LAO nº 022/08
COMCAP Coleta e Transporte Rua 14 de julho, 375 Estreito
82.511.825/001-35 Ronaldo Brito Freire
de Resíduos do Florianópolis CEP: 88075-010
grupo D
Servioeste LAO nº 10011
Coleta e Transporte
Soluções 03.392.348/0001-60
de Resíduos do
Ambientais Grupo A/E
Rua: Henri Dunant, 1383 –
Gambro do Torre B – 12º andar – Cj.
52.427.549/0001-60
Brasil ltda 1202, Santo Amaro, São
Paulo - SP

7.5.1.3 Resíduo Orgânico:

Atualmente o campo de compostagem foi desativado pela UFSC. Sendo assim, os resíduos
orgânicos estão sendo coletados pela COMCAP e encaminhados ao aterro sanitário. Entretanto, a Gestão de
Resíduos da UFSC busca a cooperação com o Projeto Composto Social Olimpo, que é parceiro do Programa
Lixo Zero 2020. O projeto, idealizado pela Associação Catarinense de Supermercados (Acats), é executado
pelo Enfermeiro Edison José Miranda e visa a recuperação de dependentes químicos a partir de trabalhos
com compostagem. O pátio de compostagem situa-se no município de São Pedro de Alcântara, à 31 km de
Florianópolis.

7.5.1.4 Resíduos Reciclados

Materiais recicláveis são aqueles que após sofrerem uma transformação física ou química
podem ser reutilizados no mercado, seja sob a forma original ou como matéria-prima de outros materiais
para finalidades diversas. Para reciclar um material é necessário que haja um processo de seleção prévia,
isto é, a separação do lixo comum em papel, plástico, vidro, metal.
O HU recicla: papel, papelão, plástico, alumínio, cobre, pilhas e baterias, tôner de impressora,
eletrônicos. A reciclagem e o encaminhamento dos resíduos é realizada nos diversos setores, porém não de
forma institucionalizada, mas por iniciativa dos próprios funcionários dos setores geradores. Ainda não há
37

uma caracterização efetiva dos resíduos recicláveis gerados por setor, dificultando seu destino final.
Algumas iniciativas têm se destacado pelos resultados gerados:

✔ Campanha “faça seu papel, não encha o saco” – onde se procura separar as folhas de ofício/A4 para
que a reciclagem seja desenvolvida da maneira mais efetiva e consciente.

✔ Reaproveitamento do não tecido SMS (TNT): confecção de sacolas retornáveis, propé para paciente,
bota cano curto e longo para funcionário do preparo de quimioterápicos, máscara de fixação, luva de
banho, forro das caixas para campanha descrita acima.

Sacolinha para uso no carro

✔ Baixa dos tecidos do enxoval hospitalar: propé.


✔ Sobra de tecido do enxoval hospitalar: suporte para aviamentos/tesouras na sala de costura, necessaire
para o Serviço Social colocar o kit higiene para pacientes, bolsas pequenas para médicos residentes do CC e
CO (celular e carteira), puxa-saco, porta escala, porta dreno de sucção para pacientes, porta bolsa de
diurese para pacientes.

✔ Galões vazios de amaciante, detergente, sabonete – descarte de produtos químicos.


✔ Galões vazios de reagentes – descarte de produtos químicos.
✔ Álcool 70% vencido – na limpeza de mobiliário das salas administrativas.
✔ Verso da folha de papel A4 – usada para rascunho, impressão no verso, blocos de recados.

O resíduo recolhido pela empresa de higienização é feita por 4 funcionários que fazem a
separação por tipo de material.

7.5.1.5 Logística Reversa: É entendida como instrumento de desenvolvimento econômico e


social caracterizado pelo conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a
restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros
ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. Igualmente é uma obrigatoriedade
das instituições estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos
38

após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos
resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes.
O HU está iniciando com a logística reversa de forma tímida. No momento, os dializadores e
linhas adquiridos, por meio de licitação, da empresa GAMBRO DO BRASIL LTDA, fazem parte dessa logistica.
Dessa forma, os dializadores após o uso são recolhidos pela empresa SERVIOESTE SOLUÇÕES AMBIENTAIS
contratada pela Gambro.

7.5.2 Disposição Final

Os resíduos infectantes são encaminhados ao Aterro Sanitário que utiliza a técnica de Vala
Séptica, assim como os comuns que são aterrados normalmente. O aterro sanitário é operado pela empresa
Proactiva Meio Ambiente Brasil, e encontra-se em operação desde 1990. Situa-se às margens da BR 101, no
município de Biguaçu (bairro Tijuquinhas), aproximadamente a 50 km da cidade de Florianópolis. Possui,
em sua entrada, guarita e balança rodoviária para 60 toneladas. A impermeabilização de base realiza-se
através de dupla camada de PEAD – Polietileno de alta Densidade.
Conforme define a NBR 8.419/1984, aterro sanitário é a técnica de disposição de resíduos
sólidos urbanos no solo, sem causar danos à saúde pública e à sua segurança, minimizando os impactos
ambientais. O método utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área
possível e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de
cada jornada de trabalho, ou a intervalos menores, se necessário. O projeto deve contemplar todas as
instalações fundamentais ao bom funcionamento e ao necessário controle sanitário e ambiental durante o
período de operação e fechamento do aterro.

Figura 12 – Aterro Sanitário de Tijuquinhas

Os resíduos químicos são enviados para o aterro industrial da empresa Momento Engenharia,
39

localizado em Blumenau – SC. O aterro industrial localiza-se a 160 km de distância para do armazenamento
temporário deste grupo de resíduos, realizado pela Proactiva. A distância em relação ao hospital é de 200
km.
Quadro 7: Empresas Coleta Resíduo Químico

Empresa CNPJ Licença de Operação Endereço Responsável


Rua: Dos Bororós 875 –
Catarinense LAO nº 71.60.03 e 71.60.04
Distrito Industrial – Joinville Maurício Basso
Engenharia 03.720.956/0001-56 Tratamento e Disposição de
– SC CREA 106771-2
Ambiental SA resíduos industriais classe I e II
Fone:
LAO nº 7051/2011
Tratamento e/ou Disposição Final Rua: Paulo Litzemberger
Momento
de Resíduos de Atividades 1400- Distrito Industrial Vila Tamely Cristine Floriani
Engenharia 83899526000182
Industriais de Classe I Itoupava-Blumenal-SC CRQ 13302680
Ambiental S.A
Fone: (47) 3717-1414

Escritório:
Rua Madalena Barbi, 197 –
Centro – Florianópolis. Fone:
Proactiva Meio LAO nº 1020/2007 José Luiz Piccoli
50.668.722/0019-02 3324-0056;
Ambiente Brasil Aterro Sanitário CREA/SC 7977-5
Aterro: BR 101, km 178 –
LTDA
Areias de Cima Biguaçu;
Fone: 3296-2114;
LAO nº 41876 Rua: Ilnah Pacheco S. de
Transporte de Resíduos para Oliveira 261 – Cidade
Mega Reciclagem de 9019967929
serem Descontaminados e Industrial – Curitiba – Paraná
Materiais LTDA
Reciclados Fone: (41) 3268-6030

Tabela 7: Destino Final dos Resíduos

GRUPO RESÍDUO DISPOSIÇÃO FINAL MÉDIA MENSAL EMPRESA


A Resíduo Biológico Vala séptica 2.900 Kg/mês Proactiva
B Produtos químicos Aterro industrial 12 galões Proactiva
D Comum Aterro sanitário 20.000 Kg/mês COMCAP
Mega Reciclagem da
D Lâmpadas Processamento 40 unidades
Materiais LTDA
D Pilhas e baterias Processamento 100 kg

1. Pilhas e Baterias: são recolhidos pela empresa ABINEE Associação Brasileira da Indústria Elétrica
Eletrônica não havendo comercialização. Esse recolhimento faz parte do programa de Logística Reversa
de pilhas e baterias da empresa.

2. Papelão, plástico e papel: são vendidos para empresa intermediária que faz a coleta e o
encaminhamento para o destino final. O lucro da venda é dividido entre os funcionários da empresa de
higienização que fazem a separação dos resíduos. Não há atualmente nenhum contrato formal entre o
HU e a empresa RPM Sucatas que faz a coleta.

3. Prata RX: era coletada pela empresa Reciclagem Comércio de Prata Sul.
4. Outros resíduos recicláveis (eletrônicos, tôner, óleo de cozinha): falta identificar o fluxo e todas as
40

empresas que fazem a coleta para firmar parceria dentro do que é recomendado pela legislação. No
momento a Empresa Imprimato Suprimento para Impressão coleta os tôneres. O óleo de cozinha é
coletado pela Nodirtyenv sendo transformado em biodiesel. Frasco pequenos de medicamentos sem
risco ao meio ambiente são doados a laboratórios de pesquisa da UFSC/SC.

5. Materiais de redes de cabeamento estruturado: o HU participa do programa Green IT da empresa


Furukawa. Esse programa é uma solução sustentável que tem o objetivo de racionalizar a utilização de
recursos não-renováveis com o tratamento de resíduos provenientes do descarte de produtos de
cabeamento estruturado. O programa consiste na permuta de sobras de cabos eletrônicos e de energia
(independente do fabricante) por cabos novos da marca Furukawa. A Transportadora Transjói faz a
coleta externa e encaminha para a Furukawa.

Quadro 9: Empresas Coleta Resíduos Reciclados

Empresa CNPJ Endereço


Furukawa Industrial S/A 51.775.690/0001-91 Rua Hasdrubal Bellegard, 820.
CIC-Curitiba – PR
CEP: 81.460-120
Reciclagem e Comércio de Prata 07.504.804/0001-77 Rua: Neri Odilson Cardoso, nº 88,
Sul LTDA – ME Biguaçú - SC
Nodirtyenv Serviços e Comércio 13.528.272/0001-00 Rua: Padre João Batista Réus, 1423,
LTDA ME Caminho Novo-Palhoça – SC
CEP: 88132-300

8. PLANO DE AÇÃO

8.1 MAPEAMENTO DE RISCO – Em construção

Elaborar um fluxograma específico documentando os seguintes aspectos:


a. Atividades envolvidas;
b. Produtos e equipamentos envolvidos;
c. Recursos humanos envolvidos;
d. Riscos existentes;
e. Danos possíveis (acidentes, doenças, agravos, incidentes);
f. Medidas de controle necessárias;
g. Medidas de controle existentes.

8.1.1 Riscos Associados aos Resíduos do Serviço de Saúde


41

O manuseio dos resíduos envolve risco potencial de acidente, principalmente para os


profissionais que atuam na coleta, no transporte, no tratamento e na disposição final dos resíduos. O
potencial de risco dos RSS aumenta quando os mesmos são manuseados de forma inadequada ou não são
apropriadamente acondicionados e descartados, especialmente em situações que favorecem a penetração
de agentes de risco no organismo. Os principais riscos a que os trabalhadores do HU e da empresa de
higienização estão sujeitos são:

• RISCO BIOLÓGICO: Considera-se risco biológico a probabilidade da ocorrência de um evento


adverso em virtude da presença de um agente biológico. Os pré-requisitos necessários para o
desenvolvimento de uma doença infecciosa são: presença do agente infeccioso; número suficiente do
agente; hospedeiro suscetível; porta de entrada do agente no hospedeiro, que deve estar presente ou ser
criada. Na literatura, há registros de muitos acidentes envolvendo resíduos perfurocortantes (criação da
porta de entrada) com sangue e outros fluidos orgânicos (possíveis presença e concentração do agente
infectante), envolvendo tanto o pessoal da atenção à saúde como o da limpeza e coleta dos resíduos,
muitas vezes, com baixa resistência e sem imunização.

• RISCO FÍSICO: Exposição dos profissionais a agentes físicos como, por exemplo, as temperaturas
extremas durante o abastecimento manual das unidades de tratamento térmico, ruído, vibração, radiação
não ionizante, iluminação deficiente ou excessiva e umidade.

• RISCO QUÍMICO: Exposição dos profissionais a agentes químicos, como poeiras, névoas, vapores,
gases, mercúrio, produtos químicos em geral e outros. Os principais causadores desse risco são:
quimioterápicos (citostáticos, antineoplásicos, etc.), amalgamadores, desinfetantes químicos (álcool,
glutaraldeido, hipoclorito de sódio, ácido peracético, clorexidina, etc.) e os gases medicinais (óxido nitroso e
outros). A exposição aos resíduos químicos perigosos mal acondicionados ou submetidos a tratamento em
instalações inadequadas também é danosa à saúde do trabalhador e da população do entorno da área de
tratamento. O risco químico pode ser minimizado utilizando-se equipamentos de proteção individuais
adequados para o manuseio de produtos químicos, inclusive os desinfetantes, de acordo com boas práticas
a fim de garantir a manutenção da saúde e a segurança das pessoas, além de evitar impactos ao meio
ambiente.

• RISCO ERGONÔMICO: Causado por agentes ergonômicos, como postura incorreta, levantamento
42

transporte manual de cargas e ritmo de trabalho e cargas excessivas, que podem resultar em transtornos
músculo-articulares diversos. No manuseio dos resíduos esse risco é oriundo de esforço repetitivo no
recolhimento e atividades de limpeza e higienização; trabalho na posição de pé e transporte manual de
cargas; Para minimizar o risco ergonômico, são recomendadas as seguintes ações:

a) Organizar o ambiente de trabalho;


b) Planejar a frequência da coleta interna dos resíduos;
c) Promover capacitações permanentes da equipe de limpeza.

• RISCO DE ACIDENTE: Exposição da equipe a agentes mecânicos perfurocortantes: escalpes,


seringas, bisturis e tesouras são, constantemente, encontrados junto aos lençóis e roupas de centro
cirúrgico nas lavanderias (como não deveriam estar no meio dessas roupas, acabam causando ferimento
nos profissionais de saúde que trabalham no local). Para minimizar o risco de acidentes, devem ser
observadas as seguintes recomendações:

a) Adquirir equipamentos de proteção individual de qualidade, com desenhos respeitando a ergonomia e


em número suficiente para a utilização do pessoal da limpeza;
b) Segregar e acondicionar corretamente os resíduos, principalmente os que podem resultar em danos ao
trabalhador que faz a higienização e coleta;
c) Instalar extintores de incêndio obedecendo ao preconizado pela NR-23 e capacitar a equipe para sua
utilização;
d) Realizar manutenção preventiva e corretiva da estrutura física da sala e do abrigo de resíduos, incluindo
instalações hidráulicas e elétricas, dos recipientes de acondicionamento, do carro de coleta interna e,
também, dos contêineres de armazenamento;
e) Implantar o programa de prevenção de riscos ambientais, de acordo com a NR-9.

Outros riscos são:


• Abrigo de resíduos com espaço físico subdimensionado ou arranjo físico inadequado;
• Acesso inadequado ao abrigo de resíduos pelo pessoal da coleta externa, contêineres sem
condições de uso;
• Perigo de incêndio ou explosão de equipamentos de tratamento de resíduos;
• Ausência de EPI;
• Agulhas no chão e improvisações diversas.

8.2 MEIOS DE PREVENÇÃO DE RISCOS

Procedimentos seguros de trabalho devem ser apresentados em treinamentos de segurança


como técnica para levantamento e transporte de cargas, pausas para relaxamento muscular; Treinamento
admissional e periódico de biossegurança e segurança e saúde no trabalho; Fornecimento, manutenção e
treinamento para o uso dos seguintes equipamentos de proteção individual:
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LOCAL RISCO EPI NECESSÁRIO


– Risco biológico: presença de agentes – Luvas PVC
biológicos. – calçado fechado
Coleta interna – gorro
– Risco químico: exposição aos produtos – máscara semifacial
químicos – uniforme
– Risco biológico: presença de agentes – Luvas PVC
biológicos. –Botas PVC e solado antiderrapante
Transporte interno – gorro
– Risco químico: exposição aos produtos – máscara semifacial
químicos – uniforme
– Risco biológico: presença de agentes – Luvas de borracha
Transporte externo (do biológicos. –Botas PVC e solado antiderrapante
armazenamento – gorro
temporário – Risco químico: exposição aos produtos – máscara semifacial
para o abrigo externo) químicos – uniforme
– Vestimenta para chuva com velcro
– Risco biológico: presença de agentes – Luvas PVC
biológicos. – calçado fechado
Coleta Externa – gorro
– Risco químico: exposição aos produtos – máscara semifacial
químicos – uniforme

Com relação ao contrato da atual empresa de limpeza que presta serviços ao HU é


interessante salientar que na cláusula segunda, item 13 do contrato de prestação de serviços conforme
descrito no Edital do Pregão n° 12/HU/2005 diz que a contratada se obriga a “fornecer pessoal treinado e
qualificado para o serviço de limpeza, assim como realizar reciclagens periódicas com acompanhamento e
avaliação pela contratante.”.

Quadro 11: Programa de Prevenção de Riscos

8.2.1 Procedimentos seguros de trabalho:

8.2.1.1 Gerais:

Para diminuir o risco de transmissão de doenças por sangue e fluidos orgânicos, a Gestão de
Resíduos conjuntamente com o SCIH/HU adotou as seguintes orientações a serem seguidas, a saber,
orienta:
44

a. Não reencapar, entortar, quebrar ou retirar manualmente as agulhas das seringas;


b. Colocar os recipientes coletores para o descarte de material perfurocortantes próximo ao local onde é
realizado o procedimento;
c. Descartar todo resíduo perfurocortantes e abrasivo, inclusive os que não foram usados, em recipiente
exclusivo, resistente à perfuração e com tampa, sem ultrapassar o limite de 2/3 da capacidade total;
d. Fornecer equipamentos de proteção individual (EPI) ao pessoal da higienização e coleta dos resíduos,
exigindo o seu uso correto;
e. Seguir as orientações do PGRSS e da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH);

8.2.1.2 Específicos a Equipe de Manuseio dos Resíduos:

1. Das proibições:

➢ Desenvolver seu trabalho sem utilizar os equipamentos de proteção individual adequado para suas
atividades;
➢ Deixar de zelar pela guarda e conservação adequada dos equipamentos de proteção individual e
coletivos;
➢ Desenvolver atividades fora de sua função, salvo quando receber ordem de serviço;
➢ Desenvolver atividades de manutenção de máquinas e equipamentos;
➢ Transportar manualmente carga superior a 20 kg;
➢ Alterar processos de trabalho sem estudo acompanhado pela segurança do trabalho e comissão de
controle de infecção hospitalar da UFSC;
➢ Deixar de zelar pela higiene nas instalações sanitárias;
➢ Ultrapassar a capacidade de 2/3 de volume dos sacos de lixo;
➢ Misturar classes de resíduos.

2. Das Obrigações:

➢ Submeter-se aos exames médicos previstos no Programa de Controle Médico e Saúde ocupacional –
PCMSO;
➢ Colaborar com a empresa na aplicação das Normas Regulamentadoras de Saúde e Segurança do
Trabalho;
➢ Trabalhar com zelo visando a saúde ocupacional, segurança do trabalho, qualidade ambiental e
45

qualidade dos produtos;


➢ Comunicar imediatamente a sua supervisão toda a condição de risco no trabalho ou alteração de
processo, falha em máquinas, fator humano ou qualquer condição que comprometa o bom
desempenho da produção;
➢ Comunicar à sua supervisão distúrbios em sua saúde ou da saúde de colega de trabalho;

➢ Comunicar acidentes de trabalho à sua supervisão e à comissão de controle de infecção hospitalar.


POP orientando procedimento está disponível no site do HU, página da CCIH.

8.3 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO completo está no anexo 03. Abaixo segue apenas uma
pequena amostragem pontuais do que necessita ser efetivado.

8.3.1 Segregação e Acondicionamento:

8.3.1.1 Física

• Adoção de lixeiras com tampa, acionadas por pedal;


• Utilização das cores preconizadas pela RDC 33 para os sacos e diferenciação também das lixeiras;
• Utilização da caixa descarpak pequena, com removedor de agulha, na bandeja de procedimentos;
• Adoção de carrinho tipo contêiner para resíduos químicos da quimioterapia e armazenar
conjuntamente com os demais resíduos químicos para recolhimento acionado pela Gestão
Ambiental.

8.3.1.2 Procedimento Operacional Padrão – POP

No POP consta o objetivo, as responsabilidades, as etapas do gerenciamento de resíduos, bem


como, a descrição de como deve ser o manuseio resíduos. Até o presente momento, os setores de
Quimioterapia, Serviço de Anatomia Patológica e Serviço de Farmácia já tiveram seu documento
apresentado, gerando uma capacitação para os funcionários e usuários de tais unidades.

• Elaborar o POP sobre descarte de resíduos no HU;


• Elaborar os POP específicos dois demais setores;
46

8.3.1.3 Capacitação

• Capacitação admissional para todos os profissionais, inclusive estagiários e alunos;


• Capacitação in loco para os profissionais do setor, de maneira periódica: semestral;
• Informativos;
• Cartazes;

8.3.2 Armazenamento interno

8.3.2.1 Física

• Reforma dos expurgos dotando os mesmos de ponto de água e revestimento cerâmico de parede e
piso (estes expurgos serão mantidos para limpeza e roupa suja);
• Construção de um expurgo para cada andar/área exclusiva para RSS;
• Uso de contentores plásticos tipo contêiner para os resíduos comuns e infectantes, exclusivos do
andar;
8.3.2.2 Procedimento Operacional Padrão – POP

• Os sacos de lixo deverão ser amarrados e armazenados por categoria nos contêineres, nunca
excedendo a 2/3 do saco, somente na hora da coleta, quando o profissional de limpeza do setor
traz até sua área o carrinho de transporte.
• Deverá ser recolhido primeiramente o resíduo comum e, após levar o carrinho até o expurgo do
andar/área, repetir o procedimento para o resíduo infectante;
• Deverá ser prevista a limpeza dos expurgos de maneira periódica.

8.3.2.3 Capacitação

• Treinamento admissional para o pessoal de limpeza;


• Treinamento periódico semestral para o pessoal de limpeza.

8.3.3 Coleta interna II/Transbordo

8.3.3.1 Física

• Adequação dos carrinhos de transporte;


• Eliminação do armazenamento temporário do corredor, com a adoção de uma coleta que recolha
os resíduos diretamente na origem, pela equipe de recolhimento de resíduos;
47

• Rever novo local para a área de transbordo.

8.3.3.2 Procedimento Operacional Padrão – POP

• Definir que o carrinho nunca retorne ao hospital sem passar por lavação;
• Obedecer aos horários de coleta dos resíduos.

8.3.3.3 Capacitação

• Admissional para o pessoal de transporte interno;


• Periódico semestral para o pessoal de transporte interno.

8.3.4 Armazenamento Externo

Atualmente estamos conjuntamente com o setor de engenharia estudando um novo projeto


dentro das normas legais (estrutural, hidráulico, elétrico, saneamento e de sinalização) e estão sendo
analisadas alternativas locacionais para o abrigo, além da busca de suporte financeiro através de
instituições governamentais ou empresas privadas.

8.3.4.1 Procedimento Operacional Padrão – POP

• Incluir a necessidade de lavação do abrigo e do contêiner após a coleta externa;


• Destinar os dois funcionários para o manuseio dos resíduos reciclados conforme consta no
contrato, a fim de fazer a segregação conforme o tipo do material e armazenagem dos mesmos.
• Institucionalizar a coleta de frascos de soro sem produto químico, conforme orientação da vigilância
sanitária do município de Santa Catarina.

8.3.4.2 Capacitação

• O pessoal responsável pelo abrigo é o mesmo do transporte interno e já estará capacitado;


• Promover capacitação in loco do pessoal da empresa externa com respeito às prescrições do HU.
• Continuar investindo nas práticas de divulgação da reciclagem, principalmente do papelão, do papel
branco (campanha “faça seu papel, não encha o saco”);

8.4.5 Coleta Externa/Destino Final


48

Atualmente estamos fazendo levantamento de todas as empresas que fazem coleta,


principalmente dos materiais reciclados, para unificar e fazer os contratos devidos e averiguar
licenciamentos e o destino final desses resíduos.

Quadro 12: 3 Rs

9. CONTEÚDOS DAS CAPACITAÇÕES

9.1 SEGREGAÇÃO

9.1.1 Admissional e Periódico para Servente de Limpeza/Resíduos:


• Riscos biológicos presentes no trabalho de limpeza e conservação de ambientes hospitalares;
• Meios de proteção – Equipamento de Proteção Individual (EPI) e Equipamento de Proteção Coletiva
(EPC);
• Uso correto dos EPI
• Classes de resíduos e sua destinação (cores dos sacos e meios de acondicionamento e transporte);
• Infecção hospitalar;
• Levantamento e transporte manual de cargas;
• Pausas para descanso muscular;
49

9.1.2 Admissional (Sala de Aula) e Periódico (In Loco) para Profissionais da Saúde, Estagiários e
Alunos:
• Riscos biológicos presentes no trabalho em serviços de saúde;
• Meios de proteção – Equipamento de Proteção Individual (EPI) e Equipamento de Proteção Coletiva
(EPC);
• Uso correto dos EPI;
• Classes de resíduos e sua destinação (cores dos sacos e meios de acondicionamento e transporte);
• Infecção hospitalar;

9.2 TRANSPORTE INTERNO E ARMAZENAGEM EXTERNA

9.2.1 Admissional e Periódico para Pessoal de Transporte Interno e Armazenagem Externa:


• Riscos biológicos presentes no trabalho em serviços de saúde;
• Meios de proteção – Equipamento de Proteção Individual (EPI) e Equipamento de Proteção Coletiva
(EPC);
• Uso correto dos EPI
• Classes de resíduos e sua destinação (cores dos sacos e meios de acondicionamento e transporte);
• Infecção hospitalar;
• Método de transporte e reposição de contentores;
• Método de lavação/higienização dos contentores;
• Método de armazenagem externa (para todas as classes de RSS);
• Método de descarregamento nos caminhões de transporte externo;
• Método de lavação/higienização da unidade de armazenamento externo de RSS;

9.3 TRANSPORTE EXTERNO

9.3.1 Periódico para os Profissionais das Empresas de Coleta e Transporte Externo:


• Riscos biológicos presentes nos RSS;
• Meios de proteção seguros no trabalho – Equipamento de Proteção Individual (EPI) e Equipamento
de Proteção Coletiva (EPC);
• Uso correto dos EPI;
• Infecção hospitalar;
• Método de descarregamento nos caminhões de transporte externo;
50

10. MONITORAMENTO PARA CONTROLE E INDICADORES

O monitoramento visa checar e avaliar periodicamente se o PGRSS está sendo executado


conforme o planejado, consolidando as informações por meio de indicadores e eventualmente elaborando
relatórios, de forma a melhorar a qualidade, eficiência e eficácia, aprimorando a execução e corrigindo
eventuais falhas.
Os resíduos devem ser quantificados anualmente, conforme preconizado na RDC nº 306/2004
da ANVISA (Itens 4.2.2 e 4.2.3 do Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de
saúde), assim como a taxa de acidentes com resíduos perfurocortantes em profissionais da limpeza.
A ANVISA exige, no mínimo, o monitoramento dos seguintes indicadores:

1. Taxa de acidentes com resíduos perfurocortantes


2. Variação da geração de resíduos
3. Variação da proporção de resíduos do grupo A
4. Variação da proporção de resíduos do grupo B
5. Variação da proporção de resíduos do grupo C
6. Variação da proporção de resíduos do grupo D
7. Variação da proporção de resíduos do grupo E
8. Variação do percentual de resíduos encaminhados para a reciclagem
9. Pessoas capacitadas em gerenciamento de resíduos
10. Custo com RSS

A ANVISA para facilitar a execução da elaboração dos indicadores sugeriu a seguinte tabela que
consta do modelo 12, na página 94 do Manual de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde da
ANVISA.
Quadro 13: Indicadores
ITEM A SER AVALIADO INDICADORES RESULTADOS
Acidente com perfurocortantes Taxa de Acidente com perfurocortantes em profissionais de limpeza
Total de acidentes com perfurocortantes em profissionais de limpeza
Total de acidentes
Geração de Resíduos Variação da Geração de Resíduos
Total de resíduos gerados no período:
Total de resíduos gerados atualmente
Resíduo do Grupo A Variação da proporção dos resíduos do grupo A
Total de resíduos do grupo A gerados
51

Total de resíduos gerados


Resíduo do Grupo B Variação da proporção dos resíduos do grupo B
Total de resíduos do grupo B gerados
Total de resíduos gerados
Resíduo do grupo C Variação da proporção dos resíduos do grupo C
Total de resíduos do grupo C gerados
Total de resíduos gerados
ITEM A SER AVALIADO INDICADORES RESULTADOS
Resíduo do grupo D Variação da proporção dos resíduos do grupo D
Total de resíduos do grupo D gerados
Total de resíduos gerados
Resíduo do Grupo E Variação da proporção dos resíduos do grupo E
Total de resíduos do grupo E gerados
Total de resíduos gerados
Resíduos Recicláveis Variação da proporção dos resíduos recicláveis
Total de resíduos recicláveis gerados
Total de resíduos gerados
Pessoas capacitadas em Variação do percentual de pessoas capacitadas em gerenciamento de
gerenciamento de resíduos resíduos
Total de pessoas capacitadas em gerenciamento de resíduos
Total de pessoas capacitadas
Custo com o RSS Variação da proporção de custo com RSS
Custos do gerenciamento do RSS
Custo do gerenciamento total

O PGRSS do Hospital Universitário ainda não sofreu nenhum tipo de avaliação, pois o plano
está sendo implantado. Porém, como forma de otimizar a elaboração dos indicadores solicitamos junto ao
Serviço de Informática a elaboração de um sistema de dados exclusivo para o gerenciamento.

11. PLANO DE CONTINGÊNCIA

Os responsáveis pelo gerenciamento de resíduos no estabelecimento devem estar capacitados


para enfrentar situações de emergência e de acidentes e implementar, a tempo, as medidas previstas. O
plano de contingência do HU está em fase de elaboração. Entenda-se por situações de emergência toda e
quaisquer alterações que impeçam o perfeito funcionamento do fluxo dos resíduos de serviço de
saúde, desde a sua geração até a destinação final, levando-se também em consideração todos os
insumos envolvidos (equipamentos e recursos humanos).
Segundo orientações da Anvisa o plano de contingência deve constar de instruções e
procedimentos visando minimizar ou eliminar as consequências dessas situações. Deverão constar:

1. Isolamento da área em emergência e notificação à autoridade responsável;


52

2. Identificação do produto ou resíduo perigoso;


3. Reembalagem em caso de ruptura de sacos ou recipientes;
4. Procedimentos de limpeza da área de derramamento e proteção do pessoal;
5. Alternativas para o armazenamento e o tratamento dos resíduos em casos de falhas no
equipamento respectivo de pré-tratamento;

6. Alternativas de coleta e transporte externos e de disposição final em casos de falhas no sistema


contratado.

12. CONTROLE DE ANIMAIS SINANTRÓPICOS

O HU possui contrato com a empresa BIOVETOR Serviços Especializados LTDA ME: Alvará
23023; Licença Ambiental LAO nº 078/2010 e Registro CRQ XIII nº 04731. Os controles, bem como, as
medidas preventivas estão descritas no Programa de Gerenciamento de Controle de Animais Sinantrópicos
e Silvestres do HU.
53

13. BIBLIOGRAFIA

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10.004 – Resíduos Sólidos. Classificação. Rio de
Janeiro, Brasil, 1987b, 63p.

_______. NBR 7.500 – Símbolos de Risco e Manuseio para o transporte e armazenamento de materiais.
ABNT, Rio de Janeiro, Brasil, 1987c, 81p.

_______. NBR 8.419 – Apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos.
Procedimentos. Rio de janeiro, 1992.

_______. NBR 9.190 – Classificação de sacos plásticos para acondicionamento de lixo. Rio de Janeiro. 1985.

_______. NBR 9.191 – Especificação dos sacos plásticos para acondicionamento de lixo. Rio de Janeiro,
2000.

_______. NBR 9.259 – Agulha Hipodérmica estéril e de uso único. Rio de Janeiro, 1997.

_______. NBR 10.157 – Aterros de resíduos perigosos – Critérios para projetos, construção e operação.
Procedimentos. Rio de Janeiro, 1987.

_______. NBR 12.807 – Terminologia dos resíduos de serviços de saúde. Rio de Janeiro, 1993.

_______. NBR 12.808 – Resíduos de Serviços de Saúde. Classificação. Rio de Janeiro, 1993.

_______. NBR 12.809 – Manuseio dos resíduos de serviços de saúde. Rio de Janeiro, 1993.

_______. NBR 12.810 – Coleta de resíduos de serviços de saúde. Rio de Janeiro, 1993.

_______. NBR 13.853 – Coletores para resíduos não-perigosos. Critérios para projetos, implantação e
operação. Procedimentos. Rio de Janeiro, 1997. BERTUSSI FILHO, L.A. Apostila do Curso de Resíduos de
Serviços de Saúde. Florianópolis, 2002.

BRASIL. Lei Federal no 8.080 de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção,
proteção e recuperação da saúde. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 20 set. 1990.

______. Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – RSS. REFORSUS, Brasília, 2001, 91p.

______. Resolução no 283 de 12 de julho. Dispõe sobre o tratamento e a destinação final dos resíduos dos
serviços de saúde. CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente, Brasília, 2001, 4p.

______. Resolução RDC nº 306, de 7 de dezembro de 2004 – Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o
gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Brasília, 2004.

______. RESOLUÇÃO CONAMA nº 358/2005 – Dispõe sobre o tratamento a destinação final dos resíduos dos
serviços de saúde. Brasília, 2005.
54

14. ANEXOS

ORGANOGRAMA

Quadro 1: Legenda do Organograma da Direção Geral do HU

DIREÇÃO GERAL
DG: Direção Geral VD: Vice-Direção
SCIH: Serviço de Controle de Infecção Hospitalar AD: Assistente da Direção
DA: Diretoria da Administração DAA: Diretoria de ApoioAssistencial
DM: Diretoria de Medicina DM: Diretoria de Medicina
DIREÇÃO ADMINISTRATIVA
SAAD: Serviço de Apoio Administrativo das Diretorias NEC: Núcleo de Engenharia Biomédica
REC: Seção de Registro e Controle DAP: Divisão Auxiliar de Pessoal
DEI: Serviço de Educação Infantil CAT: Seção de Capacitação Técnica
SCF: Serviço de Controle Financeiro DAD: Divisão de Administração
COP: Serviço de Compras AT: Serviço de Faturamento
AMX: Serviço de Almoxarifado CMP: Serviço de Controle de Materiais
DMSG: Divisão de Manutenção de Serviços Gerais NF: Serviço de Informática
ZEV: Serviço de Zeladoria e Vigilância RO: Serviço de Processamento de Roupa
MAN: Serviço de Manutenção COT: Serviço de Comunicação e Transporte
MAP: Serviço de Manutenção Predial
55

POP – Descarte Resíduo do HU

SERVIÇO DE PROCEDIMENTO GRUPO DE


CONTROLE DE OPERACIONAL PADRÃO TRABALHO EM
INFECÇÃO GESTÃO DE
POP
HOSPITALAR RESÍDUOS

Hospital Universitário DATA DA CRIAÇÃO 32


CÓDIGO - HU019 Profº Polydoro Ernani de Páginas
São Thiago 05/2015

TÍTULO DESCARTE DE RESÍDUOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

NOME CARGO ASSINATURA

Enfª Responsável Técnica do


AUTORIA Eunice Hirt
PGRHU

Enfª Responsável Técnica do


REVISÃO Eunice Hirt
PGRHU

Ivete Médica Chefe do SCIH e


AUTORIZAÇÃO
Masukawa Presidente da CCIH

POP SUBSTITUÍDO PERIODICIDADE DATA IMPLEMENTAÇÃO DATA DA REVISÃO


Nenhum 1 ano
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ANOTAÇÃO RESPONSABILIDADE TÉCNICA

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