2020 - Liberação Diafragmática Manual

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ISSN 2318-5104 | e-ISSN 2318-5090

CADERNO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE


Physical Education and Sport Journal
[v. 18 | n. 3 | p. 111-116 | 2020]
DOI: http://dx.doi.org/10.36453/2318-5104.2020.v18.n3.p111

ARTIGO DE REVISÃO

Aplicabilidade clínica das técnicas de liberação manual diafragmática:


uma revisão sistemática
Clinical applicability of manual diaphragmatic release techniques: a systematic review

Dulce Marieli Danieli, Fabíola de Almeida Gomes, Bruna Eibel, William Dhein
Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG), Caxias do Sul/RS, Brasil

HISTÓRICO DO ARTIGO RESUMO


Recebido: 17 julho 2020 INTRODUÇÃO: O diafragma é o principal músculo respiratório e desempenha um papel importante na
Revisado: 04 setembro 2020 respiração e na regulação fisiológica. Uma terapia que visa melhorar essas condições referentes ao diafragma,
Aprovado: 30 setembro 2020 é a técnica de liberação manual diafragmática.
OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi verificar a aplicabilidade clínica das técnicas manuais de liberação
diafragmática e identificar as principais técnicas, populações investigadas, variáveis avaliadas e seus desfechos.
PALAVRAS-CHAVE: MÉTODOS: Foram pesquisadas as seguintes bases de dados: PubMed, Scielo e Science Direct, com os descritores
Diafragma; Manipulações “Diaphragm [Mesh]” e “Musculoskeletal Manipulations [Mesh]” com seus correspondentes no mesmo idioma.
Musculoesqueléticas; Foram incluídos ensaios clínicos randomizados, não randomizados, estudos semi, quase-experimentais e
Liberação Diafragmática. estudos pilotos ou de caso, que abordaram técnicas de liberação manuais diafragmáticas.
RESULTADOS: Há variadas técnicas de liberação diafragmática, sendo as mais mencionadas: normalização
dos pilares do diafragma, alongamento e estiramento do diafragma, relaxamento dos pilares do diafragma.
KEYWORDS: Além disso, as técnicas de liberação diafragmática vêm sendo associadas a protocolos de terapia manipulativa
Diaphragm; osteopática (TMO). As principais populações estudadas foram de pacientes saudáveis, com lombalgia,
Manipulations Musculoskeletal; cervicalgia, osteoartrite, asmáticos, doença pulmonar obstrutiva crônica, constipados, cardiopatas e com
Diaphragmatic Release. refluxo gastroesofágico. Os principais desfechos avaliados são variáveis musculoesqueléticas (dor, flexibilidade,
amplitude, espessura diafragmática), variáveis cardiorrespiratórias (pressão inspiratória/expiratória máxima
(PImax e Pemax), mobilidade torácica, frequência cardíaca e respiratória), qualidade de vida e disfunções
gastrointestinais/gastroesofágicas.
CONCLUSÃO: A aplicabilidade clínica das técnicas de liberação diagramática está sendo investigada associado
com outras técnicas osteopáticas, em protocolos de TMO em pacientes saudáveis, pneumopatas, cardiopatas,
gestantes, em cicatriz pós-cirúrgica, constipados, com refluxo gastroesofágico, osteoartrite, cervicalgia e com
lombalgia. Evidencia-se: diminuição ou eliminação das dores musculoesqueléticas, aumento da flexibilidade,
ADM, Pimáx e Pemáx, aumento da mobilidade torácica, aumento da qualidade de vida, diminuição do inchaço
e dor abdominal e sem efeito em cardiopatas.

ABSTRACT
BACKGROUND: The diaphragm is the main respiratory muscle and plays an important role in breathing and
physiological regulation. A therapy that aims to improve these conditions regarding the diaphragm, is the
manual diaphragmatic release technique.
OBJECTIVE: The aim of this study was to verify the clinical applicability of manual diaphragmatic release
techniques and searching the main techniques, population, evaluated variables and outcomes.
METHODS: The following electronic databases were searched: PubMed, Scielo and Science Direct, with the
descriptors “Diaphragm [Mesh]” and “Musculoskeletal Manipulations [Mesh]” with their correspondents in the
same language. There were included randomized clinical trial, non-randomized clinical trials, semi and quasi-
experimental studies and pilot or case studies, which addressed manual diaphragmatic release techniques.
RESULTS: There are various diaphragmatic release techniques, the most mentioned are: normalization of the
diaphragm pillars, stretching of the diaphragm, relaxation of the diaphragm pillars and protocols for osteopathic
manipulative therapy (OMT) for the diaphragm. The main populations studied were healthy patients, with
low back pain, asthmatics, chronic pulmonary obstructive disease, constipated, cardiac patients and with
gastroesophageal reflux. The main outcomes assessed are musculoskeletal variables (pain, flexibility, range of
motion, diaphragmatic thickness), cardiorespiratory variables (maximal inspiratory/expiratory pressure (MIP
and MEP), chest mobility, heart and respiratory rate), quality of life and gastrointestinal/ gastroesophageal
disorders.
CONCLUSION: The clinical applicability of diagrammatic release techniques is being investigated in association
with other osteopathic techniques, in protocols of OMT in healthy subjects, patients with lung diseases, heart
disease, pregnant women, scar tissue, constipated, with gastroesophageal reflux, osteoarthritis, cervicalgia
and with low back pain. There is evidence of reduction and elimination of musculoskeletal pain, increased
MIP, increased chest mobility, increase on health quality, decrease of bloating and abdominal pain related to
constipation and decrease of reflux symptoms.

Direitos autorais são distribuídos a partir da licença Creative Commons


(CC BY-NC-SA - 4.0)
DANIELI, D. M. et al.
112 Aplicabilidade clínica das técnicas de liberação manual diafragmática: uma revisão sistemática

INTRODUÇÃO em diferentes populações. Dessa forma o objetivo deste estudo


é verificar a aplicabilidade clínica das técnicas manuais de libe-
ração diafragmática, através de revisão sistemática da literatura
O diafragma é o principal músculo respiratório e desempe- pelas bases de dados Pubmed/Medline, Scielo e Science Direct/
nha um papel importante na respiração e na relação ventilação/ Elsevier. Desmembrando este objetivo, pretende-se responder:
perfusão (ÁLVAREZ et al., 2014). Contribui no aumento dos di- 1) Quais são as diferentes técnicas de liberação diafragmática
âmetros da caixa torácica na inspiração e gera um movimento descritas na literatura? 2) Quais as populações (patologias e/ou
crânio-caudal de suas cúpulas durante a contração diafragmá- saudáveis) que vem sendo tratadas? 3) Quais as principais vari-
tica (MACÍAS et al., 2018; NAIR et al., 2019). Além disso, au- áveis avaliadas? 4) Quais os resultados (desfechos encontrados)
xilia em vários processos como expectoração, vômito, degluti- após a aplicação das técnicas de liberação diagramática?
ção, micção e defecação. Favorece o retorno venoso, linfático
e possibilita o funcionamento adequado das vísceras torácicas MÉTODOS
e abdominais, acima e abaixo do diafragma, respectivamen-
te. Ademais, o diafragma é indispensável na manutenção das A revisão sistemática foi realizada seguindo as recomenda-
alterações posturais e influencia na percepção da dor, a qual ções de Preferred Reporting Items for Systematic Review and
encontra-se diminuída na apneia inspiratória, pois induz à re- Meta-analysis - PRISMA (MOHER et al., 2009). ensaios clínicos
distribuição sanguínea, que provavelmente correlaciona-se à randomizados, não randomizados, estudos semi, quase-expe-
resposta dos barorreceptores e à redução da percepção da dor rimentais, estudos piloto e de caso e de caso que abordaram
(BORDONI et al., 2016). técnicas de liberação manual para o diafragma respiratório/ab-
Durante a inspiração, a pressão abdominal aumenta e a dominal e seus efeitos em variáveis musculoesqueléticas, venti-
torácica diminui, pela compressão das vísceras abdominais. A latórias, neurológicas e sistêmicas de indivíduos saudáveis e ou
pressão abdominal determina-se pela mecânica torácica, ab- com patologias/lesões. Necessariamente os artigos deveriam
dominal e respiratória, além da força muscular respiratória. O abordar técnicas manuais diafragmáticas isoladamente ou in-
diafragma também possui papel fundamental na estabilidade cluídas em protocolos de intervenção. Foram excluídos estudos
dinâmica da coluna, no decorrer de movimentos com grande que não apresentassem técnicas de liberação diafragmática, re-
amplitude (MARIZEIRO et al., 2017). visões de literatura e revisões sistemáticas.
Quanto às disfunções que podem afetar o diafragma, são Foram pesquisadas as seguintes bases de dados (desde seu
mencionadas a mudança no parênquima muscular (MARIZEIRO início até maio de 2020): PubMed, Scielo e Science Direct nas
et al., 2017), a hiperatividade muscular (LEONES-MACÍAS et al., línguas portuguesa, espanhola e inglesa. A busca compreendeu
2018) e redução do diâmetro transverso (ROCHA et al., 2015) os descritores “Diaphragm [Mesh]” com seus correspondentes
que podem ocasionar mudanças nos padrões respiratórios e no mesmo idioma, e “Musculoskeletal Manipulations [Mesh]”
prejudicar a inter-relação entre o diafragma e os demais siste- também com seus correspondentes. Foram levados em conta
mas corporais (ÁLVAREZ et al., 2014). Alterações no parênquima artigos completos publicados em periódicos e artigos subme-
favorecem alteração na relação força-comprimento, levando a tidos aceitos. A busca completa utilizada no PubMed pode ser
uma diminuição na produção de força, aumento da rigidez da observada no Quadro 1.
parede torácica, dificultando sua expansão, a qual pode ocasio-
Os títulos e resumos de todos os artigos apresentados pela
nar redução da função respiratória (MARIZEIRO et al., 2017).
estratégia de busca foram avaliados por duas investigadoras
Tratando-se da disfunção por hiperatividade muscular, acredi-
(D.D.M. e G.F.A.). Todos os resumos que não forneciam infor-
ta-se que ocorra uma diminuição do comprimento muscular
mações suficientes sobre os critérios de inclusão e exclusão, fo-
reduzindo mobilidade (LEONES-MACÍAS et al., 2018). Quanto a
ram analisados através de seus textos completos. Divergências
redução do diâmetro transverso, tais aspectos podem ser de-
foram sanadas em comum acordo e em caso de necessidade um
correntes de aderências no diafragma, pelo desuso e hiperinsu-
terceiro investigador (WD) era consultado. Os seguintes dados
flação (DPOC) consequentemente gerando também diminuição
dos estudos foram observados: autores, ano, título, desenho,
da mobilidade e excursão (NAIR et al., 2019). Dessa forma, con-
amostra, técnica diafragmática utilizada, variáveis e desfechos
siderando a relação do diafragma com outros sistemas corpo-
encontrados.
rais, tais alterações podem induzir a má postura, estresse exces-
sivo nas articulações, tendões e ligamentos na região torácica e Quadro 1. Estratégia de busca do PubMed.
lombar (MACÍAS et al., 2018).
Estratégia Termos
Considerando as disfunções diafragmáticas, técnicas de libe-
“Diaphragm” [Mesh] OR “Diaphragms” OR “Respiratory Diaphragm”
ração miofascial vem sendo utilizadas com o intuito de alongar e #1 OR “Diaphragm, Respiratory” OR “Diaphragms, Respiratory” OR “Res-
diminuir aderências nos tecidos, normalizando o comprimento piratory Diaphragms”
das fibras musculares e promover maior efetividade na contra- “Musculoskeletal Manipulations” [Mesh] OR “Manipulations, Muscu-
ção (MARIZEIRO et al., 2017) e excursão diafragmática (ÁLVA- loskeletal” OR “Manipulation Therapy” OR “Manipulative Therapies”
OR “Manipulative Therapy” OR “Therapies, Manipulative” OR “The-
REZ et al., 2014). Além disso, ainda pode-se considerar efeitos rapy, Manipulative” OR “Therapy, Manipulation” OR “Manipulation
#2
neurofisiológicos relacionado ao estímulo de proprioceptores e Therapies” OR “Therapies, Manipulation” OR “Reflexology” OR “Bo-
dywork” OR “Bodyworks” OR “Rolfing” OR “Craniosacral Massage”
mecanoreceptores de diâmetro largo promovendo inibição no- OR “Massage, Craniosacral” OR “Manual Therapies” OR “Manual
ciceptiva na comporta da dor (SALVADOR et al., 2018) Therapy” OR “Therapies, Manual” OR “Therapy, Manual”

Apesar dos objetivos terapêuticos descritos, na literatura di- #3 #1 AND #2

versas técnicas são nomeadas e descritas de forma diferente e

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Aplicabilidade clínica das técnicas de liberação manual diafragmática: uma revisão sistemática 113

RESULTADOS Populações, variáveis e desfechos

A busca inicial identificou 1.019 artigos (Figura 1), dos quais As técnicas de liberação diafragmática foram aplicadas em
48 estudos foram selecionados através da leitura dos títulos e diversas populações e situações: em saudáveis, pacientes com
resumos e analisados detalhadamente. Foram considerados dor lombar crônica, osteoartrite de joelho, cervicalgia, consti-
incluídos 15 estudos para a revisão sistemática. Os demais 33 pados, com disfunções gastrointestinais, cicatriz no pós-cirúrgi-
estudos foram excluídos após a seleção, por não se adequarem co de abdome, asmáticos, escaras, gestantes com dor lombar,
aos critérios de elegibilidade descritos na metodologia deste síndrome de Prader-Willi, sedentários, doença pulmonar obs-
estudo. trutiva crônica (DPOC), pós-menopausa com hipotireoidismo e
em pacientes com insuficiência cardíaca. Sendo investigada a
Na Tabela 1 estão apresentados todos os estudos analisa-
aplicação exclusiva de técnicas de liberação diafragmática so-
dos, com suas respectivas características, como: autores, título mente em pacientes com DPOC, asmáticos, em sedentárias e
e desenho, população e tamanho da amostra, técnicas utiliza- em pacientes com cervicalgia. Não foram encontrados estudos
das, desfechos e principais resultados. Foram incluídos 10 en- com aplicação de técnicas em pacientes neurológi-cos.
saios clínicos randomizados, 2 estudos pilotos randomizados, 2
relatos de caso e 1 estudo quase-experimental. Tratando de variáveis musculoesqueléticas, cinco estudos
enfatizaram a dor como variável de melhora, após a aplicação de
técnicas diafragmáticas. Jardine et al. (2012) aplicaram protoco-
lo TMO com normalização do diafragma torácico em pacientes
com osteoartrose de joelho, sugerindo que o tratamento oste-
opático associado com a utilização da liberação e normalização
diafragmática influenciou o fluxo sanguíneo arterial do fêmur.
Salvador et al. (2018) interviram em 66 pacientes com dor lom-
bar crônica não específica com protocolo TMO em dois grupos,
sendo, um dos grupos incluindo técnicas de liberação diafrag-
ma e o outro com técnica diafragmática sham. Os participantes
do grupo que recebeu as técnicas diafragmáticas melhoraram
significativamente quando comparado ao grupo sham na dor
lombar e incapacidade, demonstrando a importância de incluir
técnicas diafragmáticas em pacientes em dor lombar crônica.
Licciardone et al. (2010) estudaram 144 gestantes até a 30ª
semana de gestação com dor lombar, utilizaram protocolo TMO
para cervical, torácica, lombar, clavículas, caixa torácica e dia-
Figura 1. Fluxograma dos estudos incluídos.
fragma. Os autores observaram que a terapia osteopática retar-
dou ou interrompeu as dores nas costas no terceiro trimestre
de gravidez, entretanto, não descreveram especificamente qual
Técnicas de liberação diafragmática foi a técnica utilizada. McCoss et al. (2016) utilizaram a libera-
ção miofascial diafragmática em 17 indivíduos com cervicalgia,
São várias as nomenclaturas e formas de aplicação das téc- ocorrendo hipoalgesia da região cervical imediatamente após
nicas de liberação diafragmática, podendo ser denominadas aplicação da técnica. Em sedentárias, Marizeiro et al. (2018)
como: “liberação diafragmática”, “normalização dos pilares do abordaram 75 mulheres aplicando duas técnicas de liberação
diafragma”, “balanceamento dos diafragmas”, “normalização manual diafragmática. A intervenção resultou em melhora da
do diafragma torácico”, “liberação miofascial do diafragma”, mobilidade da parede torácica e aumento da flexibilidade da
“alongamento do diafragma”, “terapia manipulativa osteopáti- cadeia muscular posterior. Houve aumento na amplitude de
ca ou protocolo OMT para diafragma”, “tratamento dos pilares movimento na região lombar, exceto no movimento de flexão.
diafragmáticos”, “tratamento indireto de cúpulas diafragmáti- Também, não houve efeito na PiMax e PeMax. Estes estudos
cas”, “elevação do diafragma”, “relaxamento dos pilares do dia- (MARIZEIRO et al., 2018; McCOSS et al., 2016) se destacam por
fragma”, “estiramento diafragmático”, “técnica funcional de ba- utilizarem exclusivamente técnicas de liberação diafragmática.
lanceamento do diafragma”, “alongamento de fibra muscular”, Tratando-se da variável dor cicatricial, duas pacientes pós-
“equilíbrio dos três diafragmas”, “liberação posterior funcional -cirúrgicas de abdômen foram submetidas a um protocolo TMO
aplicada ao diafragma” - encontradas nos estudos seleciona- englobando: liberação miofascial diafragmática e pélvica, técni-
dos para esta pesquisa. A maioria dos estudos abordados nesta cas de liberação direta da cicatriz e manipulações diretas para
pesquisa, associaram técnicas de liberação diafragmática com estruturas viscerais. Obteve-se como resultado, melhora na
outras técnicas osteopáticas manuais em protocolos de trata- mobilidade cicatricial e diminuição do limiar de pressão de dor
mento (BELWAUX et al., 2017; DINIZ et al., 2014; JARDINE et al., abdominal (KELLY et al., 2019). Sonberg et al. (2009) estudaram
2012; KELLY et al., 2019; LICCIARDONE et al., 2010; SALVADOR 18 pacientes pós-menopausa com histórico de hipotireoidismo
et al., 2018, SMITH; BERKOWITZ, 2015; SONBERG et al., 2009; e queixa musculoesquelética. Os autores associaram liberação
THOMAZ et al., 2017). posterior funcional aplicada ao diafragma com outras técnicas
Os demais estudos (LEONES-MACÍAS et al., 2018, MANCINI osteopáticas para coluna cervical e torácica, estimulação da
et al., 2019, MARIZEIRO et al., 2018, McCOSS et al., 2016, NAIR glândula tireoide e abordagem craniana. A terapêutica resultou
et al., 2019; ROCHA et al., 2015), utilizaram apenas técnicas de em diminuição das dores musculoesqueléticas e na interferên-
liberação diafragmática. A descrição das técnicas pode ser visu- cia da dor na qualidade de vida nas participantes que faziam
alizada nos arquivos suplementares deste artigo. tratamento farmacológico concomitante para hipotireoidismo.

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Tabela 1. Características, autores, ano, desenho, amostra, técnica diafragmática, variáveis e desfechos dos estudos incluídos na revisão sistemática.
Autores (ano) Título e desenho Amostra Técnicas Variáveis Desfechos 114
Belwaux et al. Osteopathic management of chronic constipation in Protocolo TMO incluindo liberação
21 mulheres constipadas. Dor e disfunção gastrointestinal. Diminuição da dor abdominal e inchaço.
(2017) women patients: Results of a pilot study. do diafragma.
Protocolo de TMO, com 4 técnicas:
redução da hérnia hiatal, norma-
Qualitative Evaluation of Osteopathic Manipulative
Diniz et al. Homem com refluxo lização dos pilares do diafragma, Disfunção gastroesofágica: refluxo Diminuição dos sintomas de refluxo gastroesofági-
Therapy in a Patient With Gastroesophageal Reflux
(2014) gastroesofágico. a normalização do esfíncter por e qualidade de vida. co, azia e melhora na qualidade de vida.
Disease: A Brief Report. recuo, e balanceamento dos
diafragmas.
The effect of osteopathic manual therapy on the Dor musculoesquelética, amplitu- Aumento do fluxo sanguíneo arterial do fêmur no
DANIELI, D. M. et al.

Jardine et al. 30 indivíduos com osteoartri- Protocolo TMO incluindo normali-


vascular supply to the lower extremity in individuals de de movimento (ADM) e fluxo grupo diafragma. Ambos os grupos diminuíram
(2012) te (2 grupos). zação e liberação do diafragma.
with knee osteoarthritis: A randomized trial. sanguíneo. dor e aumentaram ADM.
Liberação miofascial diafragmática
Soft tissue mobilization techniques in treating A mobilidade cicatricial aumentou e o limiar de
Kelly et al. e pélvica, técnicas de liberação Dor musculoesquelética e mobili-
chronic abdominal scar tissue: A quasi-experimental 2 mulheres com escaras. pressão de dor diminuiu após as quatro sessões
(2019) direta da cicatriz e manipulações dade de tecidos moles.
single subject design. de tratamento com terapia manual.
diretas para estruturas viscerais.
Leones-Macías et al. Effects of manual therapy on the diaphragm in 32 indivíduos asmáticos Pimáx, flexibilidade e mobilidade Aumento da Pimáx, flexibilidade e mobilidade da
Alongamento do diafragma.
(2018) asthmatic patients: A randomized pilot study. (2 grupos). torácica. caixa torácica.
Osteopathic manipulative treatment of back pain and Protocolo TMO para: cervical, to- A terapia manipulativa osteopática retardou
Licciardone et al. 144 mulheres grávidas até a
related symptoms during pregnancy: A randomized rácica, coluna vertebral lombar, cla- Dor musculoesquelética. ou interrompeu as dores lombares no terceiro
(2010) 30ª semana.
controlled trial. vículas, caixa torácica e diafragma. trimestre de gravidez das gestantes.
Ultrasound Evaluation of Diaphragmatic Mobility
Mancini et al. and Contractility After Osteopathic Manipulative Técnica dos pilares diafragmáticos Mobilidade e espessura diafrag- As técnicas osteopáticas melhoraram o movimen-

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66 indivíduos saudáveis. e tratamento indireto de cúpulas to diafragmático, mas não a espessura muscular
(2019) Techniques in Healthy Volunteers: A Prospective, mática.
diafragmáticas. diafragmática em participantes saudáveis.
Randomized, Double-Blinded Clinical Trial.
Immediate effects of diaphragmatic myofascial Aumento da mobilidade da torácica, flexibilidade
Técnica de elevação do diafragma e Mobilidade torácica, flexibilidade,
Marizeiro et al. release on the physical and functional outcomes in da cadeia posterior e aumento da ADM, exceto
75 mulheres sedentárias. técnica de relaxamento dos pilares amplitude de movimento e PeMax
(2018) sedentary Women: A randomized placebo- control- para flexão. Não houve influência nas pressões
do diafragma. e PiMax.
led trial. respiratórias.
Preliminary evidence of Regional Interdependent Ocorreu efeito hipoalgésico imediatamente após
McCoss et al. Inhibition, using a ‘Diaphragm Release’ to specifically 17 indivíduos com cervicalgia. Liberação miofascial diafragmática. Dor musculoesquelética. a liberação diafragmática, na coluna cervical, mas
(2016) induce an immediate hypoalgesic effect in the não no ombro.
cervical spine.
Comparison of diaphragmatic stretch technique and 20 pacientes clinicamente Técnica de estiramento diafrag- A técnica de estiramento diafragmático e a técnica
Nair et al. manual diaphragm release technique on diaphrag- Mobilidade torácica e expansão
estáveis com DPOC leve e mático e a técnica de liberação de liberação manual aumentou a excursão e a
(2019) matic excursion in chronic obstructive pulmonary torácica.
moderado. manual do diafragma. expansão diafragmática.
Aplicabilidade clínica das técnicas de liberação manual diafragmática: uma revisão sistemática

disease: A randomized crossover trial.


The Manual Diaphragm Release Technique Improves Mobilidade torácica; pressões Melhora na mobilidade diafragmática, aumento
Rocha et al. Diaphragmatic Mobility, Inspiratory Capacity and Técnica de liberação manual
20 adultos com DPOC. respiratórias e capacidade de da distância no teste de caminhada de 6 minutos
(2015) Exercise Capacity in People With Chronic Obstructive diafragmática. exercício. e PeMax e PiMax.
Pulmonary Disease: A Randomized Trial.
Osteopathic Manipulative Treatment Including 66 pacientes (2 grupos) diag- Protocolo TMO em dois grupos Dor (SF-MPQ, VAS) incapacidade

Caderno de Educação Física e Esporte, Marechal Cândido Rondon, v. 18, n. 3, p. 111-116, set./dez. 2020.
Salvador et al. Specific Diaphragm Techniques Improves Pain and Houve melhora no grupo TMO com técnicas de
nosticados com dor lombar (com técnicas diagramáticas e (RMQ e ODI), medos, ansiedade e
(2018) Disability in Chronic Nonspecific Low Back Pain: A diafragma em todas as variáveis avaliadas.
crônica não específica. sham). catastrofização da dor.
Randomized Trial.
As técnicas osteopáticas manuais
foram aplicadas para região cervi- Houve melhora na disfunção intestina com a
Smith; Berkowitz Osteopathic approach to chronicconstipation in Mulher com Síndrome de cal, torácica, abdominal e lombar; Disfunção gastrointestinal. associação medicamentosa e o protocolo TMO na
(2015) Prader-Willi Syndrome: A case report. Prader-Willi. incluindo liberação miofascial síndrome de Prader-Willi.
diafragmática.
Can osteopathy help women with a history of hypo- Protocolo TMO na coluna cervical, O tratamento osteopático diminuiu as dores mus-
Sonberg et al. 18 mulheres pós menopausa Dor musculoesquelética e interfe-
thyroidism and musculoskeletal complaints? Outco- torácica, costelas, diafragma e culoesqueléticas e interferência da dor em mulhe-
(2009) com hipertiroidismo. rência da dor na vida.
me of a preliminary, prospective, open investigation. postos reflexos. res na pós-menopausa com hipotireoidismo.
22 indivíduos (homens e Uma única sessão não alterou significativamente
Thomaz et al. Osteopathic manual therapy in heart failure patients: Protocolo TMO com abordagem Frequência respiratória (FR) e
mulheres) com Insuficiência as variáveis hemodinâmicas dos pacientes com
(2017) A randomized clinical trial. craniana, miofascial e visceral. frequência cardíaca (FC).
Cardíaca. insuficiência cardíaca.
DANIELI, D. M. et al.
Aplicabilidade clínica das técnicas de liberação manual diafragmática: uma revisão sistemática 115

Tratando-se de variáveis cardiorrespiratórias, estudos utili- Como limitações deste estudo, citam-se a grande variabili-
zaram técnicas diafragmáticas em pacientes pneumopatas. Le- dade de nomes e aplicações encontrados nos artigos científicos
ones-Macías et al. (2018) interviram em 32 pacientes asmáticos abordando diferentes técnicas e em grande maioria associadas
com a técnica de alongamento diafragmático, melhorando va- a protocolos TMO, levando consequentemente a uma dificulda-
riáveis respiratórias como pressão inspiratória máxima (Pimáx) de em desenvolver relações e comparações entre as aplicações.
mensurada com aparelho manovacuômetro, e mobilidade da Também citamos como limitação, a falta de uma avaliação da
caixa torácica, além da flexibilidade. Rocha et al. (2015) abor- qualidade metodológica dos estudos, devido à grande variabili-
daram 20 pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica dade entre eles. O estudo limitou-se a pesquisar artigos apenas
(DPOC) com a técnica de liberação manual diafragmática, ocor- em três bases de dados: Science Direct, Scielo e PubMed, o que
rendo aumento da mobilidade diafragmática, capacidade respi- pode acarretar omissão de estudos de outras bases de dados.
ratória (pressões respiratórias, PiMax e PeMax) e no teste de ca- Apesar das limitações, o estudo nos traz indícios das técnicas de
minhada de 6 minutos. Nair et al (2019) constataram aumento liberação diafragmática que vem sendo descritas na literatura,
da excursão e expansão diafragmática. Pode-se observar que se bem como, variáveis avaliadas e os desfechos encontrados após
tratando de variáveis cardiorrespiratórias a literatura investiga aplicação de técnica de liberação diafragmática manual em di-
apenas a aplicação de técnicas diafrag-máticas, sem associação
ferentes populações.
a outras técnicas manuais.
Um estudo com 22 pacientes cardiopatas com insuficiência CONCLUSÃO
cardíaca (IC) utilizaram um protocolo TMO craniano, miofascial
e visceral incluindo as técnicas de liberação miofascial diafrag-
A aplicabilidade clínica das diferentes técnicas de liberação
mática e de equilíbrio das tensões diafragmáticas. Porém, não
diagramática está sendo investigada na literatura associado a
ocorreram benefícios para variáveis hemodinâmicas, como fre-
pro-tocolos de terapia manipulativa osteopática (TMO) em in-
quência respiratória (FR) e frequência cardíaca (FC), em apenas
uma sessão (THOMAZ et al., 2017). divíduos saudáveis e pacientes com patologias variadas, tais
como: cons-tipação, refluxo gastroesofágico, tecido cicatricial,
Três estudos aplicaram técnicas diafragmáticas, sob o en- osteoartrite de joelho, gestantes com dor lombar, síndrome de
foque das disfunções gastrointestinais. O artigo de Belwaux et Prader-Willi, dor lombar crônica, pós-menopausa, hipotireoidis-
al. (2017), aplicou-se protocolo TMO que incluiu a liberação do
mo e insuficiência cardíaca. Além disso, vem sido investigada de
diafragma em 21 mulheres constipadas, e obtiveram diminui-
forma isolada em pacientes com DPOC, asmáticos, em sedentá-
ção da dor abdominal e inchaço nas participantes. Diniz et al.
rias e pacientes com cervicalgia. Pode-se identificar uma grande
(2014) utilizaram protocolo TMO incluindo a normalização dos
variabilidade de técnicas diafragmáticas bem como de proto-
pilares diafragmáticos em um participante com doença do reflu-
xo gastroesofágico, ocorrendo melhora dos sintomas do refluxo, colos TMO. Apesar de algumas serem semelhantes, todas são
azia e melhora da qualidade de vida. Ainda, Smith e Berkowitz descritas de forma di-vergente e possuem diferenças entre si.
(2015) abordaram uma participante com Síndrome de Prader- Os principais desfechos avaliados foram dor, flexibilidade,
-Willi – é uma síndrome genética causada pela perda de fun- amplitude de movimento, incapacidade, variáveis cardiorrespi-
ção dos genes paternos do cromossomo 15; caracterizando-se ratórias como frequência cardíaca, frequência respiratória, Pi-
por atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, hipotonia, máx, Pemáx, excursão diafragmática, espessura diafragmática,
obesidade e ainda constipação intestinal – nesta participante mobilidade torácica e disfunção gastrointestinal e gastroeso-
foi aplicado protocolo TMO para as regiões cervical, torácica, fágica. Os resultados após a aplicação das técnicas são: dimi-
lombar, abdominal, pélvica e sacral. Esse protocolo incluiu libe- nuição ou eliminação das dores musculoesqueléticas, aumento
ração miofascial torácica, contribuindo como terapia adjuvante da flexibilidade, amplitude de movimento, da Pimáx e Pemáx,
para constipação nessa síndrome. Mancini et al. (2019) aplica- aumento da mobilidade torácica, melhora na qualidade de vida,
ram duas técnicas diafragmáticas sugerindo redução de refluxo diminuição do inchaço e dor abdominal relacionado à consti-
gastroesofágico pelo equilíbrio funcional do músculo diafragma. pação ou refluxo e sem efeito em pacientes com insuficiência
O presente estudo tem uma visão ampla, buscando identifi- cardíaca.
car as diferentes técnicas, variáveis, populações e os desfechos
através da aplicação de técnicas de liberação diafragmáticas. REFERÊNCIAS
A grande maioria dos estudos abordaram técnicas de terapia
manual associado com técnicas de liberação diafragmática em ÁLVAREZ, F. J. G.; VALENZA, M. C.; MARTOS, I. C.; SÁNCHEZ, I. T.; DEMET,
terapias manipulativas osteopáticas, enquanto apenas seis uti- G. V. Effects of a diaphragm stretching technique on pulmonary function in
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tes com cervical-gia. Considerando todos os estudos, pode-se ATS/ERS. American Thoracic Society/European Respiratory Society. State-
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observar diversas investigações em populações diferentes, pos- Critical Care Medicine, New York, v. 166, n. 4, p. 518-624, 2002.
sibilitando que a aplicabilidade das técnicas diafragmáticas seja BARR, K. P.; GRIGGS, M.; CADBY, T. Lumbar stabilization: core concepts and
ampla. Portanto, o fisioterapeuta deve avaliar qual a melhor current literature, Part 1. American Journal of Physical Medicine & Rehabi-
técnica a ser utilizada de acordo com uma avaliação detalhada litation, San Juan, v. 84, n. 6, p. 473-80, 2005.
na população que está intervindo, bem como, as variáveis inves- BELVAUX, A.; BOUCHOUCHA, M.; BENAMOUZIG, R. Osteopathic manage-
tigadas para auxiliar na avaliação da evolução do paciente. Cha- ment of chronic constipation in women patients. Results of a pilot study.
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ma a atenção que não foi encontrado nenhum artigo que utili- 5, p. 602-11, 2017.
zou estas técnicas em paci-entes neurológicos, portanto, novas
BLACK, L. F.; HYATT, R. E. Maximal respiratory pressures: normal values and
investigações com esta população são necessárias para verificar relationship to age and sex. The American Review of Respiratory Disease,
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