Higiene Ocupacional

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 53

HIGIENE OCUPACIONAL

Crisleide Maria da Silva Nascimento Acioly

Curso Técnico em Segurança do Trabalho


Educação a Distância
2020
HIGIENE OCUPACIONAL
Crisleide Maria da Silva Nascimento Acioly

Curso Técnico em Segurança do Trabalho

Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa

Educação a Distância

Recife

1.ed. | Marc. 2020


Professor(es) Autor(es) Catalogação e Normalização
Crisleide Maria da Silva Nascimento Acioly Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129)

Revisão Diagramação
Audennille Marinho de Almeida Jailson Miranda
Crisleide Maria da Silva Nascimento Acioly
Vera Lúcia Arcanjo Coordenação Executiva
George Bento Catunda
Coordenação de Curso Renata Marques de Otero
Raísa Rení Lima Andrade Manoel Vanderley dos Santos Neto

Coordenação Design Educacional Coordenação Geral


Deisiane Gomes Bazante Maria de Araújo Medeiros Souza
Maria de Lourdes Cordeiro Marques
Design Educacional
Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger Secretaria Executiva de
Helisangela Maria Andrade Ferreira Educação Integral e Profissional
Izabela Pereira Cavalcanti
Jailson Miranda Escola Técnica Estadual
Roberto de Freitas Morais Sobrinho Professor Antônio Carlos Gomes da Costa

Descrição de imagens Gerência de Educação a distância


Sunnye Rose Carlos Gomes
Março, 2020
Sumário
Introdução .............................................................................................................................................. 6

1.Competência 01 | Analisar as Condições de Higiene e Organização do Ambiente de Trabalho,


Avaliando os Riscos Ocupacionais para a Segurança e Saúde do Trabalho. ........................................ 11

1.1 Agentes ambientais .................................................................................................................................. 11

1.2 Agentes físicos .......................................................................................................................................... 13

1.2.1 Ruído ...................................................................................................................................................... 14

1.2.2 Vibrações ............................................................................................................................................... 19

1.2.3 Pressões anormais ................................................................................................................................. 21

1.2.4 Temperaturas extremas......................................................................................................................... 23

1.2.5 Radiações ............................................................................................................................................... 26

1.2.6 Umidade ................................................................................................................................................. 29

1.3 Riscos químicos ........................................................................................................................................ 30

1.4 Agentes biológicos .................................................................................................................................... 32

1.5 Riscos de acidentes (mecânicos) .............................................................................................................. 34

1.6 Riscos ergonômicos .................................................................................................................................. 35

2.Competência 02 | Estabelecer Ações Preventivas e Corretivas para a Promoção da Higiene e


Organização do Trabalho ..................................................................................................................... 38

2.1 Gestão da Higiene Ocupacional ............................................................................................................... 38

2.1.1 Antecipação .................................................................................................................................... 38

2.1.2 Reconhecimento ............................................................................................................................. 39

2.1.3 Avaliação ......................................................................................................................................... 40

2.1.4 Controle .......................................................................................................................................... 40

2.2 Tipos de análise ......................................................................................................................................... 42

2.3 Instrumentação ......................................................................................................................................... 43

Conclusão ............................................................................................................................................. 50
Referências ........................................................................................................................................... 51

Minicurrículo do Professor ................................................................................................................... 52


Introdução
Olá Estudante!
Neste momento iniciamos mais uma etapa do nosso curso com a disciplina de Higiene
Ocupacional. Desejamos que você seja bem-vindo!
Antes de tudo, vale salientar a importância desse tema bastante relevante na nossa
atuação como profissional de Segurança do trabalho, e a partir disso você entenderá o porquê deste
conteúdo ser levado em consideração na sua formação profissional! Portanto...Dedique-se!
As doenças ocupacionais cada vez mais, de forma silenciosa, têm vitimado gravemente
inúmeros trabalhadores, incapacitando-os para a atividade laboral e até mesmo causando sua morte.
E o que é mais grave diante esse cenário?
Em grande maioria, as doenças que acometem os trabalhadores, tais como: câncer, perda
auditiva, problemas psicológicos, entre outras, passam despercebidas quanto ao nexo causal (termo
que será explicado no decorrer da disciplina), sendo assim, acabam não sendo associadas a atividade
desenvolvida pelo trabalhador.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho – OIT, os infortúnios, ou seja, os
acontecimentos desastrosos ocupacionais matam mais de 2,3 milhões de pessoas por ano, e as
doenças ocupacionais se aproximam de 160 milhões.
Dados preocupantes, não é mesmo?
Pois bem... posso afirmar que a situação pode ser ainda pior! Isto porque estamos falando
de casos registrados! Vale salientar que segundo a Organização Pan-americana de
Saúde/Organização Mundial da Saúde - OPAS/OMS, na América Latina, as notificações das doenças
ocupacionais correspondem a 5% do total, ou seja, os números são bem mais alarmantes que o
divulgado.
Para que essa situação seja revertida, cabe a nós como profissionais da área fazermos
nossa parte. Você deve estar se perguntando: De que forma?
Existem métodos e ações preventivas, que se forem bem escolhidas e aplicadas no
ambiente laboral reduzirão significativamente esses dados.
Esse é o objetivo da Higiene Ocupacional, que traz como resultado não apenas o bem-
estar do trabalhador (principal foco), mas também impacta de forma positiva nas questões
ambientais de forma direta.

6
Mas de fato... o que é a tão falada Higiene Ocupacional?
A Higiene Ocupacional, também chamada de Higiene do Trabalho consiste na ciência que
atua nos estudos do ambiente laboral, bem como a prevenção de doenças causadas por ele. Esta
prevenção é dada por meio da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos agentes
ambientais. No Brasil, passou a ser reconhecida como ciência praticada profissionalmente no ano de
2014, isto porque só neste período houve a sua inserção na Classificação Brasileira de Ocupações -
CBO.
Mas será que esse reconhecimento foi tardio?
Da Antiguidade a Idade Média, o termo “trabalho”, remetia a algo negativo, apresentando
sofrimento e castigo para os que o desempenhavam. Mas se você parar para pensar, até os dias de
hoje, nós mesmos usamos o termo: “determinada coisa dá muito trabalho... ou mesmo... isto é muito
trabalhoso”. Como se algo que desse muito trabalho fosse negativo não é mesmo?
Pois bem, a palavra “trabalho” é originada do vocábulo latino tripaliu – advindo de um
instrumento utilizado para tortura formado por três (tri) paus (paliu).
É de nosso conhecimento que na Inglaterra, no período da Revolução Industrial, o regime
de trabalho era extremamente pesado, chegando muitas vezes a dezesseis horas por dia, em
condições precárias, não sendo levada em consideração o bem-estar do trabalhador. Porém, no
decorrer dos anos, começaram a surgir algumas preocupações relativas a saúde dos trabalhadores e
a partir disto, iniciativas passaram a ser tomadas.
No ano de 1556 Georg Bauer, pesquisador alemão, desenvolveu uma obra denominada
“Dos Metais”, na qual era apresentado o drama vivido pelos trabalhadores que atuavam em minas
subterrâneas. Na obra, Bauer descreveu ações preventivas a partir da ventilação local.
Em 1700, Bernardino Ramazzini publicou na Itália, o livro “As doenças dos trabalhadores”
esta obra apresentava as doenças originadas dentro do ambiente laboral. Vale ressaltar que
Ramazzini tem grande destaque na Higiene Ocupacional por ter praticado e ensinado grandes lições,
dentre elas:
• A relevância do bom atendimento, levando em consideração a dignidade e o
respeito com todos os trabalhadores, sem levar em consideração a sua condição
social;

7
• A importância de conhecer a profissão do trabalhador, sabendo como a mesma é
desenvolvida diariamente;
• A necessidade de se realizar visitas aos locais e trabalho;
• A importância de dialogar com o trabalhador, conhecendo assim suas queixas e
necessidades;
• Abordar e analisar de forma coletiva e comparativa, levando em consideração as
ligações entre o mundo do trabalho e o meio ambiente do entorno.

Nos Estados Unidos, em 1910 a doutora Alice Hamilton apresentou a preocupação


relacionada com as doenças ocupacionais, levando em consideração a avaliação dos agentes, bem
como o seu controle.
Já no ano de 1914 foi criada a National Institute of Occupational Safety and Health
(NIOSH), que é a agência federal dos EUA responsável pela realização de pesquisas e produção de
recomendações para a prevenção de lesões e doenças relacionada com o trabalho.
Atualmente sua metodologia de avaliação da exposição ocupacional é utilizada
mundialmente.

Caro estudante, observe que estes fatos mundiais que apresentam grande
relevância na história da higiene ocupacional se deram em um intervalo de
tempo bastante considerável!

Em 1938 foi criada a American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH),


trata- se de uma Associação dos Higienistas do Governo Americano que desenvolve pesquisas
relacionadas aos Limites de Exposição Ocupacional e em 1939 foi criada a American Industrial
Hygienists Association (AIHA) que trabalha no fornecimento de recursos e informações aos
profissionais de Higiene Industrial e Saúde Ocupacional.
Em 1987 foi criada a International Occupational Hygiene Association (IOHA), dedicada ao
desenvolvimento da higiene ocupacional.
Chegando ao Brasil, foi criada no ano de 1966 a Fundação Jorge Duprat Figueiredo de
Segurança e Medicina do Trabalho - FUNDACENTRO, que se deu como um compromisso do país

8
diante da Organização Internacional do Trabalho com o objetivo de investir em Segurança e Medicina
do Trabalho, tendo o início de suas atividades apenas no ano de 1969.
No ano de 1978, através da Portaria nº 3.214 surgiram as conhecidas Normas
Regulamentadoras sobre segurança e medicina do Trabalho.
O ano de 1992 é marcado pela introdução do mapa de riscos, tornando possível a
participação dos trabalhadores no reconhecimento dos riscos bem como na avaliação qualitativa dos
ambientes de trabalho. E em 1994 foi criada a Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais
(ABHO).
No decorrer deste tempo, o simples fato de se associar um risco ambiental com sua
consequência, ou seja, uma doença desenvolvida naquele ambiente, foi o ponto inicial para que se
desenvolvesse de forma prática a Higiene Ocupacional!
Interessante não é mesmo?
Foram citados acima os principais pontos que culminaram no desenvolvimento desta
ciência e sua história pode ser acompanhada com melhor detalhamento na biblioteca da
FUNDACENTRO onde o acesso é gratuito a partir do link a seguir:

Introdução à Higiene Ocupacional


http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-
digital/download/Publicacao/131/Introdu%C3%A7%C3%A3o_HigieneOcupacion
al-pdf

Então Estudante, o que você acha de se aprofundar no conteúdo da Higiene Ocupacional


adquirindo conhecimentos relativos a ela? Tais Conhecimentos irão lhe proporcionar o
desenvolvimento de uma visão crítica, a qual será o diferencial em sua atuação profissional. Não
podemos tratar do que não conhecemos não é verdade? Conhecer sobre os agentes ambientais e os
riscos presentes na atividade desenvolvida pelo trabalhador será fundamental para lhe direcionar a
ação a ser tomada!
Vamos adiante!
Nossa disciplina será trabalhada por um período de duas semanas, e na primeira delas
você irá aprender a: Analisar as Condições de Higiene e Organização do Ambiente de Trabalho,
avaliando os Riscos Ocupacionais para a Segurança e Saúde do Trabalho.

9
Já na segunda semana, o conteúdo que será apresentado lhe dará condições de
Estabelecer Ações Preventivas e Corretivas para a Promoção da Higiene e Organização do Trabalho.
Percebeu quão grande será sua responsabilidade como profissional da área de
segurança?
Pois bem, este será o momento de solidificar sua base de conhecimentos!

ATENÇÃO!
Não esqueça que a sua participação no AVA é fundamental. Nossa equipe
de professores estará sempre disponível para esclarecer as possíveis duvidas, nos
canais de comunicação (Fóruns, chats e mensagens diretas). Vamos nessa? Este é
o momento de buscar o diferencial para sua vida profissional!

Bons Estudos!

10
Competência 01

1.Competência 01 | Analisar as Condições de Higiene e Organização do


Ambiente de Trabalho, Avaliando os Riscos Ocupacionais para a Segurança
e Saúde do Trabalho.

1.1 Agentes ambientais

O chamado agente ambiental, o qual estudaremos detalhadamente adiante, poderá estar


presente ou não no ambiente laboral. Em alguns casos, podem ser identificados diversos agentes em
um mesmo ambiente, porém não necessariamente serão um risco para a saúde do trabalhador.
Dentro do que a legislação estabelece, para efeito da NR-9, que trata do Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, o seu item 9.1.5 rege que:
“São considerados riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos que, em
função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, forem capazes de
causar dano à saúde do trabalhador.”

E os riscos Ergonômicos e de Acidentes? Apesar de não mencionados como


agentes ambientais devem sim serem levados em consideração no ambiente
laboral.

A NR 9, que trata dos agentes ambientais, passou por recente atualização e pode ser
consultada na íntegra no link a seguir:

NR 9 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS


https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-09-
atualizada-2019.pdf

Antes de prosseguirmos com nosso conteúdo, apesar de ser um termo bastante utilizado,
saiba que é incorreto afirmar que Agentes Ambientais é o mesmo que Riscos Ambientais. Você sabe
diferenciar os termos “agente” e “ risco”?
Entenda...

11
Competência 01

Um agente passa a ser um risco, quando é capaz de causar danos à saúde do


trabalhador.
Portanto, se estiver abaixo de concentração e/ou intensidade permitidas, ele é
apenas um agente presente no ambiente laboral.

Vamos exemplificar de forma prática...


Digamos que eu trabalhe em uma sala de produção de conteúdo para Educação à
Distância, neste ambiente só há bancadas e computadores, e ao chegar no meu local de trabalho
percebo que o ambiente está ruidoso pois meus colegas estão eufóricos, conversando e um tom
elevado sobre os últimos acontecimentos.
O agente ruído existe? Sim. A intensidade produzida por ele é capaz de causar dano a
minha saúde? Não. O tempo que estou exposto a esse ruído irá me causar dano? Não
Na prática, no ambiente ocupacional, deve ser considerado também um termo bastante
utilizado: Susceptibilidade individual. Mas o que isso quer dizer?
Podemos dizer que é susceptível, o trabalhador que apresenta características particulares
que podem fazer que o mesmo sofra os efeitos da exposição ao trabalho. De que forma isto pode
ocorrer?
Exemplificando mais uma vez com o agente ruído:
Conforme poderá ser visto adiante, a NR 15 estabelece que um trabalhador pode se expor
a 85 dB durante sua jornada de 8 horas sem que haja dano a sua saúde, porém há trabalhadores mais
sensíveis que podem ter sua saúde afetada a essa exposição e outros que suportarão uma pressão
sonora maior sem que haja dano algum.
Vale ressaltar a importância de exames médicos ocupacionais, com o intuito de investigar
a fundo a capacidade individual do trabalhador para a realização de suas atividades.
A NR 15, que é de extrema importância para o desenvolvimento da Higiene Ocupacional,
passou por recente atualização através da Portaria SEPRT nº 1.359, de 09 de dezembro de 2019, e
pode ser vista na íntegra a partir do link a seguir:

12
Competência 01

NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES


https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-atualizada-
2019.pdf

Antes mesmo de detalharmos o conteúdo relativo aos agentes ambientais, é necessário


que você conheça alguns termos que fará parte do seu cotidiano. Esses termos serão indispensáveis
para a realização das avaliações de riscos na gestão da Higiene Ocupacional. São eles:

• Nexo causal: É o termo que trata de uma relação de causa e efeito, na


segurança do trabalho, seria entre a ação do agente e o resultado desta
ação, ou seja, o acidente ou doença ocupacional.
• Limite de Tolerância: Este termo se refere ao intervalo de concentração
ou intensidade (máxima ou mínima), tendo relação com a natureza e o
tempo de exposição a determinado agente, que não causará danos ao
trabalhador, durante sua vida laboral.
• Valor Teto: É aquele que em nenhum momento seu limite poderá ser
ultrapassado, isto é, caso seja realizada uma avaliação durante toda a
jornada de trabalho não se aceita que este valor seja excedido em
hipótese alguma. Este termo é muito utilizado para exposição a agentes
químicos.
• Nível de ação: Trata-se do valor, onde acima do qual devem ser iniciadas
as ações preventivas, com intuito de impedir que as exposições aos
agentes excedam aos limites estabelecidos.

1.2 Agentes físicos

Conforme descrito na NR- 09, são considerados agentes físicos as diversas formas de
energia a que os trabalhadores podem estar expostos em seu ambiente laboral, tais como: ruídos,

13
Competência 01

vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes
e umidade. Este tipo de agente é representado pela cor verde no mapa de riscos.

1.2.1 Ruído
O ruído é considerado um dos agentes físicos mais comuns encontrado no ambiente
laboral. Por este motivo e pelo fato de que os danos causados à saúde dos trabalhadores expostos
são elevados, passou a ser um fator de grande relevância para higienistas e profissionais que atuam
na segurança e saúde do trabalhador, sendo dada uma atenção especial a este tipo de agente.
Mas na verdade, o que é o tão falado “ruído”? Para um melhor entendimento, partiremos
de conceitos básicos.

• O som é definido como uma variação da pressão atmosférica sensível ao


ouvido.
• Som audível é aquele que o Ser Humano é capaz de ouvir, através da
captação de vibrações com frequências compreendidas entre os 20 Hz e
os 20.000 Hz (hertz).

Agora que você sabe o que é um “som” ficará mais fácil compreender o que é um ruído!
Ruído é um conjunto de sons não coordenados, não havendo relação harmônica entre si.
Por este motivo nos causam incômodo e desconforto, sendo assim considerado indesejável. Podem
ser classificados como:

• De impacto: conforme apresentado no anexo Nº 2 da NR 15, e a Norma de Higiene


Ocupacional -NHO 01 da FUNDACENTRO, este tipo de ruído apresenta picos de energia
acústica com duração inferior a um segundo, e intervalos superiores a um segundo. Ex.: bate
estacas na fundação de uma obra.

• Contínuo ou intermitente: Neste tipo de ruído, quando há intervalos, este se dá com


duração inferior a um segundo, sendo quase imperceptível, por isso é denominado
contínuo. Ex.: martelete pneumático na revitalização de uma estrada.

14
Competência 01

Conforme apresentado anteriormente, o ouvido humano tem capacidade de detectar um


intervalo muito grande dessas vibrações, que se convertidas em pressão sonora, apresenta uma
variação de 20 μ Pa até 200 Pa (Pascal), o que inviabiliza a produção de instrumentos que mensure
esta pressão sonora.
Este fato justifica a utilização de uma escala logarítmica de relação de grandezas, para a
medição dessa pressão, o chamado decibel (dB), unidade que será bastante utilizada por você, ao
tratar de ruídos no ambiente de trabalho durante sua atuação profissional. A utilização desta escala
é bastante comum, sendo estabelecida até pela própria norma NR 15.
Está constante no Anexo Nº1 da referida norma os Limites de Tolerância para exposição
ao ruído contínuo ou intermitente, conforme apresentada a seguir, levando em consideração o
tempo diário de exposição, em função dos níveis de ruído existentes. Esses níveis serão medidos em
dB (A), que significa resposta lenta.

NÍVEL DE RUÍDO dB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL


85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 45 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora 45 minutos
98 1 hora 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos

15
Competência 01

106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos

Tabela 1: Limites de Tolerância para ruído contínuo ou intermitente.


Fonte: ENIT - Disponível em: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-atualizada-
2019.pdf
Descrição da Imagem: a imagem apresenta uma tabela de valores contendo duas colunas. Na primeira delas consta o
valor em dB (nível de ruído), e na segunda estão relacionados os valores de máxima exposição diária permissível em
minutos, para cada nível de ruído constante na primeira coluna.

Conforme estabelecido na referida NR os tempos de exposição do trabalhador aos níveis


de ruído não devem em hipótese alguma exceder os limites de tolerância fixados no quadro
apresentado.
Vale ressaltar ainda que para os valores intermediários encontrados será considerada a
máxima exposição diária permissível relativa ao nível imediatamente mais elevado, ou seja, se o
trabalhador estiver exposto a 99 dB (valor intermediário entre 98 e 100 dB que consta no quadro),
devemos considerar que ele está exposto a 100dB e que o máximo permitido é uma exposição de 1
hora. Ficou entendido?
Mas o que são 100 dB? Como ter uma noção da intensidade de ruído se não tenho
equipamentos de medição disponíveis a todo momento? E 85 dB é um ruído elevado em nosso
cotidiano? A imagem a seguir, certamente vai lhe deixar surpreso (a), pois este valor é atingido
facilmente em nosso dia a dia.

16
Competência 01

Figura 1: Identificação dos níveis de ruído.


Fonte: http://www.cochlea.org/po/ruido
Descrição da imagem: A imagem apresenta uma escala com graduação de intensidade de ruído, que vai desde ao ruído
sem risco (representado pela cor verde) ao ruído que causa lesão irreversível (representado pela cor vermelho escura).
Quanto maior a intensidade do ruído a escala apresenta a variação de cores do mais leve ao mais intenso (verde,
amarela, vermelha e vermelha escura). Ao lado esquerdo desta escala estão apresentadas ações cotidianas
correspondentes a esses níveis de ruído, com imagens na seguinte ordem de cima para baixo: sirene, discoteca, fone no
ouvido, pista com veículos, sala de aula com alunos, boca representado fala.

Destaco ainda o uso de fones de ouvido, item que se tornou indispensável em nossa rotina
e está no limiar de som lesivo! Quem de nós não aprecia uma boa música? Conforme pode ser
conferido na imagem apresentada, o uso desse item pode trazer uma pressão sonora aos nossos
ouvidos de até 100 dB (lembrando que este é um valor estimado, ou seja, há equipamentos que
possuem maior potência atingindo a valores mais elevados).

17
Competência 01

Preocupante não é mesmo? Imagine você, em sua atuação profissional se deparar com a
queixa de um funcionário em relação à perda auditiva? Como comprovar se esta perda está
relacionada ao trabalho desenvolvido ou ao uso de fones de ouvido no caminho de casa? Mais
preocupante ainda não é?
Pois bem, a partir desse exemplo ressalto que toda doença relatada deve ser muito bem
investigada antes mesmo de se chegar a um diagnóstico! Utilizando ainda o mesmo exemplo, no caso
da perda auditiva apresentada é necessário avaliar se há um nexo causal com a atividade
desenvolvida, por exemplo: verificar se realmente o ambiente é ruidoso, observar se os demais
trabalhadores que desenvolvem a mesma atividade apresentam queixas, verifica se o trabalhador
que apresenta queixa cumpre as medidas de segurança estabelecidas (uso de EPI corretamente,
quando aplicável), verificar a evolução dos exames periódicos, entre outras.
Há danos, causados por esse tipo de exposição que pode ser irreversível, incapacitando o
trabalhador permanentemente para a realização de suas atividades.
Vale a pena que você confira o material complementar disposto no AVA, onde estão
apresentados os danos causados à saúde do trabalhador em decorrência da exposição ao ruído,
danos estes que vão bem mais além de perdas auditivas, como muitos nem imaginam.

Atenção!
Se durante a jornada de trabalho o trabalhador ficar exposto a dois ou mais
períodos de exposição a ruído de diferentes níveis, os seus efeitos devem ser
considerados de forma combinada!
De que maneira podemos calcular a forma combinada de exposição ao ruído?
Você verá a seguir que este é um cálculo bastante simples, basta que você esteja
atento aos valores dos ruídos e do tempo de exposição a ele.
Valos lá então!

Considere:
C: como o tempo total que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído específico,
T: como a máxima exposição diária permissível a este nível.

Assim sendo temos:

18
Competência 01

C₁/ T₁ + C₂ / T₂ + C₃/ T₃ ... + Cn/ Tn

Se a soma das frações acima exceder a unidade, ou seja, apresentar valor que ultrapasse
o número 1, a exposição estará acima do limite de tolerância.

Exemplo: Um grupo de profissionais que atuam em uma montadora de automóveis


trabalham expostos diariamente a variados níveis de ruído, isto porque há momentos no decorrer da
jornada em que todo maquinário está em funcionamento.
Para verificar se os trabalhadores estão em condições insalubre, o profissional da área de
segurança do trabalho decidiu avaliar o ambiente monitorando essas variações, o mesmo chegou à
conclusão que os trabalhadores estão a:
• 2 horas de trabalho expostos a 86 dB
• 3horas expostos a 90 dB
• 1 hora expostos a 100 dB
• 2horas expostos a 88 dB

Então, as condições de trabalho neste setor avaliado são insalubres? O que acha de pôr
em prática esse novo conhecimento e postar sua resposta no nosso fórum? Vamos
exercitar! Aguardo você lá!

1.2.2 Vibrações
A vibração no ambiente laboral é bem mais comum do que imaginamos, estando presente
em inúmeras atividades. Certamente quando paramos para pensar na presença desse agente nos
vem à mente atividades desenvolvidas pelos operadores de máquinas (marteletes, compactadores,
moto serra).

19
Competência 01

Pois bem, você já analisou a atividade do motorista de transporte coletivo? Será que
aquela posição que o mesmo atua, próximo ao motor do veículo, tocando no câmbio para passagem
de marcha durante todo o expediente o expõe a vibração?
Na maioria das vezes as vibrações quando ocorrem de forma discreta e rápida, podem
passar despercebidas no ambiente de trabalho, fato considerado grave, pois a exposição contínua às
vibrações, em casos onde não há o devido controle dos riscos nem a proteção adequada, pode causar
graves danos à saúde do trabalhador, dentre eles: doenças vasculares, neurológicas e musculares.
Mas o que é a vibração?
A vibração é um movimento oscilatório, ou seja, para frente e para trás, movimento este
característico da maioria das máquinas e equipamentos. Este agente é classificado em:

• Vibração de corpo inteiro (VCI): É caracterizada por incidir sobre todo o corpo do
trabalhador, esteja ele sentado, em pé ou deitado. Geralmente ocorrem em atividades com
máquinas pesadas.
• Vibração localizada ou Vibração em Mãos e Braços (VMB): É caracterizada por afetar uma
determinada região do corpo do trabalhador, como em membros superiores e inferiores.
Este tipo de vibração atinge principalmente mãos, braços e ombros, geralmente ocorrem
em atividades desenvolvidas com o uso de ferramentas manuais.

A exposição a esse agente traz consequências no organismo humano e estas possuem


ligação com quatro fatores que são:

• Pontos de aplicação no corpo,


• Frequência das oscilações,
• Aceleração das oscilações e,
• Duração da atividade.

Vale salientar que nenhum trabalhador se expõe à vibração de forma passiva, como
acontece com a exposição ao ruído, por exemplo. Neste caso obrigatoriamente o contato faz parte
da ação. Pessoas que utilizam maquinário pesado, no decorrer de suas atividades são as mais
atingidas, estando propícias a sentir dores no corpo a princípio, tendo posterior evolução a problemas
degenerativos.

20
Competência 01

Para que sejam minimizados os danos causados pela vibração no ambiente laboral,
algumas técnicas podem ser utilizadas com o intuito de medir as vibrações causadas pelo
equipamento em uso e o respectivo impacto que este causa a saúde do trabalhador. Tendo estas
informações em mãos, a empresa terá condições de montar seu plano de ação com o intuito de
reduzir estes danos.
Mas de que forma você como profissional da área de segurança do Trabalho pode
contribuir?
Uma medida preventiva bastante comum é a utilização de ferramentas que possuem
controle de impacto e luvas antivibração, trata-se de uma luva bastante robusta e resistente, com
poder de absorção dos impactos causados por vários tipos de vibração. Este tipo de luva, diminui a
exposição ao agente por ser produzida em fibra sintética, e possuir diversos gomos para absorver os
impactos da vibração.
Outra medida preventiva de grande eficiência é a destinação de um período para o
descanso e massagens nos dedos e braços, bem como a submissão dos trabalhadores a treinamentos
que proporcione o uso correto de máquinas e equipamentos. É necessário também orientar o
trabalhador a:
• Não utilizar força além da necessária para operação do equipamento,
• Evitar o contato direto da máquina com a pele,
• Adotar uma postura adequada na realização da atividade,
• Não trafegar com velocidade superior a indicada,
• Realizar as manutenções periódicas nos equipamentos.
Pois bem, você como profissional atuante na área de Segurança deve estar sempre
atento! Conforme dito anteriormente, muitas vezes esse agente acaba passando despercebido, e isto
é algo que não pode ocorrer em hipótese alguma.

1.2.3 Pressões anormais


A NR 15 estabelece normas e procedimentos a serem seguidos para a realização de
trabalhos sob pressões anormais. Estas recebem este nome por divergir em valor da pressão
atmosférica, que é nossa referência como condições “normais”, essa variação pode ser apresentada
acima ou abaixo da referência, classificando este agente da seguinte maneira:

21
Competência 01

a) Pressão Hiperbárica

Ocorre quando o trabalhador desenvolve suas atividades abaixo do nível do mar, tais
como: atividades de mergulho, serviços metroviários (em casos onde estes são subterrâneos),
escavação de minas, construção civil (trabalhos em tubulões), entre outros. Vale salientar que,
quanto maior for a profundidade, maior será a pressão exercida sobre o trabalhador.
Este tipo de ambiente, pressurizado, interfere nos gases presentes em nosso organismo,
os quais acabam se dissolvendo no sangue e nos tecidos, exigindo assim que haja uma manobra de
descompressão ao término da atividade. Esta descompressão varia de acordo com o tempo de
exposição do trabalhador bem como o nível de pressão sofrido por ele, podendo ser um processo
bem demorado.
Após esta manobra, é necessário que o trabalhador permaneça em observação médica
no local de trabalho por um período de no mínimo duas horas.

O vídeo apresentado é intitulado como: Oxigenoterapia Hiperbárica. Vale a


pena conferir no link abaixo.
https://www.youtube.com/watch?v=h9NyCRU2aUo

b) Pressão Hipobárica
Ocorre quando o trabalhador está exposto a pressões menores que a pressão
atmosférica. Esta exposição se dá em atividades que demandem determinada altitude, tais como:
atividades de pilotos de avião, paraquedista, alpinista, astronautas, entre outros. Quanto mais alto
estiverem, menor será a pressão exercida sobre eles.
Quanto maior a altitude, menor a concentração de oxigênio respirável, reduzindo a
quantidade de oxigênio recebido pelos tecidos corporais, o que chamamos de hipóxia. Em resposta a
esse processo, na tentativa de estabilização, nosso organismo acaba gastando maior energia por
adotar medidas compensatórias de adaptação, uma das consequências diante disto é o aumento da
frequência respiratória, o que pode trazer efeitos nocivos ao organismo, tais como: irritabilidade,

22
Competência 01

redução da capacidade motora e sensitiva, interferências no sono, fadiga muscular, hemorragias


oculares (retina), edemas cerebrais e pulmonares.
Você pode verificar no material complementar disposto, outros danos causados por este
tipo de agente tais como: Barotrauma, Embolia traumática entre outros. Vale a pena conferir!
Em atividades onde os trabalhadores possam estar expostos a esses agentes, é necessário
que o empregador siga os princípios básicos em prol da proteção do trabalhador, dispostos no anexo
Nº 6 da NR 15, onde estão estabelecidos os limites de tolerância bem como as ações que devem ser
levadas em consideração.

1.2.4 Temperaturas extremas

O agente ambiental temperatura extrema, que engloba o calor e o frio, pode trazer
diversos riscos para a saúde e o bem-estar do trabalhador, desta maneira acaba interferindo em seu
desempenho. Por este motivo é fundamental que o empregador invista em um ambiente que seja
agradável e que possa preservar a qualidade de vida do funcionário.
A própria NR17 em seu item 17.5.1, estabelece que:
“As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às características
psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado”.

a) Exposição ao calor

Não é nada fácil e nem saudável para um trabalhador que desenvolve diariamente suas
atividades tendo que lidar com altas temperaturas. Anualmente inúmeros funcionários apresentam
problemas de saúde relacionados a exposição ao calor excessivo que, em alguns casos, podem levar
ao óbito do trabalhador.
Atividade como fundição de metais, laminação a quente, operação de fornos, atividades
em minas, lavanderias, esterilização de materiais hospitalares, cozinhas industriais, entre outros. Vale
ressaltar que os trabalhadores que atuam ao ar livre, expostos ao sol, como é o caso da atividade da
construção civil, manutenção e limpeza de galerias entre outros, estão susceptíveis a desenvolver
doenças relacionadas ao calor. Este calor pode ser:
• Produzido: Aquele que se dá pelo esforço físico. Ex.: transportar carga manualmente.

23
Competência 01

• Recebido: Aquele que ocorre através de fonte de calor no trabalho. Ex.: operar forno
em indústria de vidro.
Quando este calor excede ao que é dissipado pelo organismo, a tendência é que haja o
aumento da temperatura corporal, levando o trabalhador a um quadro de hipertermia, ou seja o
aumento da temperatura interna do organismo.

Você sabia?
Quando nosso cérebro detecta a hipertermia, nosso organismo passa a lutar para
que o equilíbrio corporal seja mantido e se adapte a esta situação.

Em busca do equilíbrio corporal, nosso organismo responde com diversas reações, uma
delas é a vasodilatação periférica, que é dada pela expansão dos vasos sanguíneos, proporcionando
uma melhor troca térmica entre o corpo e o meio, realizada através da circulação sanguínea. Além
dessa reação, podemos citar também a ativação das glândulas sudoríparas, aquelas que são
responsáveis pela produção do suor.
De acordo com a própria NR 17 a temperatura ideal, que traga conforto ao trabalhador
deve estar no intervalo de 20° C a 23° C, para o desenvolvimento das atividades em lugares fechados
tais como escritórios, laboratórios, entre outros. Por outro lado, a ISO 9241/2011 determina que a
melhor temperatura fica no intervalo de 20° C a 24° C no verão e de 23° C a 26° C no inverno.
A NR 15, a qual estabelece critérios para a caracterização das atividades ou operações
insalubres que decorrem da exposição ao calor em ambientes fechados ou ambientes com fonte
artificial de calor, apresenta em seu anexo III a temperatura máxima permitida de acordo com o nível
de dificuldade da atividade desenvolvida, sendo elas classificadas como: leves, moderadas e pesadas.
Você como profissional da área de Segurança do trabalho deve aderir medidas de
controle com o intuito de impedir que os trabalhadores se exponham a altas temperaturas. Dentre
essas podemos citar: adotar sistema de rodízio, descanso em locais com temperatura ambiente, uso
de equipamentos adequados, monitoramento do trabalho do colaborador e realização de exames
médicos regulares.

24
Competência 01

Para avaliar o ambiente laboral é necessária a utilização de termômetros específicos, que


iremos estudar na segunda competência. Com o uso destes termômetros é possível a determinação
do Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo, o chamado IBUTG.
A sobrecarga térmica que o trabalhador está exposto pode ser avaliada pelo IBUTG
conforme disposto na NR-15.

• O IBUTG para ambientes internos (sem carga solar) é calculado a partir da medição
de duas temperaturas: Tbn e Tg

IBUTG = 0,7 Tbn + 0,3 Tg

Onde:
Tbn - Termômetro de bulbo úmido natural
Tg - Termômetro de globo

• O IBUTG para ambientes externos (com carga solar) é calculado a partir de três
medições: Tbn e Tg, que já conhecemos, e a Tbs.

IBUTG = 0,7 Tbn + 0,2 Tg + 0,1 Tbs

Onde:
Tbs - Termômetro de bulbo seco
O IBUTG calculado considera o tipo de atividade desenvolvida, sendo avaliada por classe
ou por tarefa (quantificando a tarefa em kcal/h).

Parece complicado determinar esse IBUTG não é mesmo?


Então vamos ver na prática como calcular e interpretar essas informações?
Entenda esse cálculo em nossa vídeo aula.

25
Competência 01

b) Exposição ao frio

Ambientes extremamente frios apresentam um risco potencial à saúde dos


trabalhadores, causando: desconforto, doenças ocupacionais e acidentes, podendo levar o
trabalhador a óbito.
O setor da agroindústria tem maior destaque, por ser mais comum a exposição a este
agente, nas atividades realizadas em: câmaras frigoríficas, embalagem de alimentos (cortes de carne,
frango e pescado), trabalho portuário (manuseio de cargas congeladas), floriculturas entre outros.
A proteção para o trabalhador que desenvolve suas atividades em ambientes frios tem
por principal objetivo manter sua temperatura corporal, que deve ser mantida por volta dos 36°C /
37°C, pois as lesões mais severas causadas pelo frio acontecem em decorrência da perda excessiva
de calor, a chamada hipotermia. Entenda, o corpo ao chegar a temperatura de:
• 35°C – Ocorre o início de hipotermia, causando calafrios e forte apatia no indivíduo.
• 30°C – O funcionamento do coração fica comprometido, reduzindo os batimentos
para 1 ou 2 por minuto, causando a perda total do raciocínio por falta de oxigenação
no cérebro.
• 20°C – O organismo entra em falência devido a redução do metabolismo, cessando
as atividades cardíacas e cerebrais.

A perda do calor, causa uma série de problemas nos casos em que os trabalhadores não
estão preparados para estas atividades (temperaturas extremas). As extremidades (pés e mãos) são
as principais áreas afetadas, mas esta exposição pode afetar também o sistema respiratório e a pele.
O anexo IX da NR 15 estabelece que as atividades realizadas em interior de câmaras
frigoríficas, ou em condições similares, expondo os trabalhadores ao frio (sem a devida proteção)
serão consideradas insalubres.

1.2.5 Radiações

A Radiação é um processo físico que emite e propaga a energia, entre dois pontos no
espaço ou no meio material. Ao se utilizar a radiação é liberada a radioatividade em sua volta,

26
Competência 01

podendo expor o trabalhador a esse agente. O uso da radiação se estende a diversos segmentos tais
como: medicina, indústria, agricultura e geração de energia.
A radiação pode ser classificada em Radiação ionizante (conforme disposto no anexo V
da NR 15), e Radiação não ionizante (conforme disposto no anexo VII da NR 15).

a) Radiação Ionizante:

Se caracteriza por apresentar poder de penetração na matéria de acordo com seu tipo e
energia, possuindo poder de remover parte do átomo. Exemplos de radiação ionizante:
a. Raio X: atravessa o corpo humano;
b. Radiação alfa (α): bloqueadas por uma folha de papel;
c. Radiação beta (β): bloqueadas por uma camada de alumínio;
d. Radiação gama (γ): bloqueadas por uma camada de chumbo ou concreto;

Os danos causados por este tipo de radiação podem ter efeitos imediatos, como
queimaduras e vômitos. Podem também apresentar-se ao longo do tempo, que é o caso da
infertilidade e da leucemia, por exemplo.
Em alguns casos, o organismo tem a capacidade de se regenerar diante dos danos
eliminando as células modificadas, porém nos casos em que a exposição à radiação é muito elevada,
a taxa de renovação é insuficiente, o que dá origem a vários problemas. Vale salientar que a gravidade
das consequências por exposição à radiação está associada ao tipo, quantidade e tempo de
exposição, isto porque quanto maior tempo de exposição, maior o risco de danos severos.
Inicialmente, as consequências pela exposição à radiação em excesso surgem em fração
de horas, dentre elas podemos destacar: náuseas, vômitos, dores de cabeça, diarreia e sensação de
fraqueza. Estes podem ser sintomas passageiros, porém podem reaparecer com maior intensidade
após dias e com o passar do tempo, surgirão consequências mais graves, dentre elas:
• Queimaduras na pele;
• Cataratas;
• Síndrome cerebral, podendo levar à morte;
• Sonolência, convulsões, incapacidade de andar e coma;
• Doenças do sangue, sendo mais comum a leucemia;

27
Competência 01

• Infertilidade, falta de menstruação e diminuição do apetite sexual;


• Câncer e Doenças congênitas.

Quando houver suspeita de exposição a um elevado nível de radiação ionizante, visto que
essa exposição é imperceptível, recomenda-se que o trabalhador busque ajuda profissional para dar
início ao tratamento adequado. A NR-15 estabelece Limites de Tolerância para a exposição à radiação
ionizante, que é calculada em dose, e representa a quantidade de energia absorvida pelo organismo.
O Limite de Tolerância é dado pelos Máximos Admissíveis de Dose Anuais, ou seja, são os
valores de doses que o trabalhador poderá ficar exposto por um período de um ano, sem que isso
resulte em danos à sua saúde.

b) Radiação não ionizante:

Se caracteriza por ser menos energética, não têm capacidade de danificar o material
genético, além disso não apresenta poder de penetração, ou seja, age principalmente sobre a
superfície. Podemos identificar as radiações não ionizantes em nosso cotidiano, como por exemplo:
Radiação ultravioleta (radiação solar), Radiação Infravermelho, Radiofrequência, Lasers, Micro-
ondas, smartphones, etc.
Este tipo de radiação, apesar de ser menos agressiva, quando comparada com as
ionizantes, podem comprometer à saúde do trabalhador dentre elas destacamos a radiação solar e
radiação UV emitida em serviços de solda, que podem acarretar alguns danos, dentre estes podemos
destacar:
• Envelhecimento precoce da pele;
• Câncer de pele;
• Lesões na pele e nos olhos, quando não se utilizam as devidas proteções;
• Cansaço físico

As atividades onde os trabalhadores estão expostos às radiações não ionizantes, sem a


devida proteção, segundo a NR-15, serão contempladas com o adicional de insalubridade de acordo
com laudo de inspeção realizada no local de trabalho.

28
Competência 01

1.2.6 Umidade

Conforme disposto no anexo X na NR 15, as atividades realizadas em locais que


apresentem alagamentos ou situações onde haja excesso de umidade, capazes de trazer danos à
saúde dos trabalhadores, serão consideradas insalubres, a partir de laudo de inspeção realizada no
local de trabalho.
Podemos destacar algumas atividades em que o trabalhador não tem como encontrar um
cenário diferente, são essas: Atividades em Lavanderias, Lava Jato, Frigoríficos, Cozinhas, Atividade
pesqueira, etc.
O agente umidade pode se constituir por si só um fator de risco para o trabalhador, porém
ainda pode apresentar efeitos combinados com outros fatores de risco, que é o caso do frio e da
eletricidade. Além disso, no ambiente laboral, a presença desse agente propicia o surgimento de
fungos, bactérias e microrganismos que se proliferam rapidamente, originando os agentes biológicos
patogênicos. Trabalhos desenvolvidos em ambientes úmidos sem a devida proteção, pode expor o
trabalhador a:
• Riscos de queda,
• Doenças do aparelho respiratório,
• Doenças de pele,
• Doenças circulatórias.

Você, como profissional da área de Segurança, é responsável pelas medidas de controle


a serem tomadas, com o intuito de reduzir essa exposição do trabalhador ao referido agente, mas de
que forma isso pode ser feito?

Em sua atuação como Técnico de Segurança do Trabalho, que ação você


tomaria para que o trabalho desenvolvido em ambiente úmido não causasse
dano ao trabalhador? Poste sua resposta no nosso fórum de dúvidas e
discussões? Vamos exercitar! Aguardo você lá!

29
Competência 01

1.3 Riscos químicos

A exposição ao agente químico no ambiente laboral é caracterizada pelo contato do


trabalhador com determinadas substâncias, compostos ou produtos considerados tóxicos. No mapa
de riscos, este tipo de agente é representado pela cor vermelha. Esses produtos podem penetrar no
organismo do trabalhador por:
• Via respiratória, ou seja, quando o produto é inalado;
• Via cutânea, quando o produto é absorvido pelo organismo através da pele;
• Via digestiva, quando o indivíduo ingere o produto.

Independente da forma de contaminação, o certo é que a ação causa agravos à saúde.


Outra forma de exposição ao químico ocorre quando há presença de substâncias que reduzem a
concentração de oxigênio em um determinado ambiente, o que pode causar a morte do trabalhador
por asfixia, isto porque a presença de oxigênio no ar fica insuficiente.
Alguns exemplos de agentes químicos são:
Particulados sólidos:

• Poeiras: destacando as poeiras minerais, como é o caso da sílica, que provoca a


silicose; asbesto, que provoca asbestose; manganês e seus compostos; a poeira do
bagaço da cana-de-açúcar; Lixamento de madeira; Jateamento de areia; Fabricação
de vidros; entre outras.
• Fibras: de acordo com a NHO-04, as fibras são longos e finos filamentos de um
material. Um exemplo de fibra seria a do amianto, a fibra do algodão entre outras.

Particulados líquidos:
• Neblinas: A neblina é a suspensão de partículas líquidas formadas pela condensação
do vapor de uma substância que é líquida na temperatura natural.
• Névoas: as névoas são pequenas gotículas que ficam em suspensão no ar, geralmente
encontradas por operações com uso de spray. Exemplos de névoas são pinturas a
base de pistola e aplicação de agrotóxicos.

30
Competência 01

Gasosos:
• Gases: Os gases se caracterizam por em temperatura ambiente, se apresentarem em
estado gasoso. São exemplos de gases: Monóxido de carbono; Gás carbônico;
amônia, Gás de cozinha.
• Vapores: são resultados de evaporação de um líquido ou sólido, podemos dizer que
ocorre da mesma forma que a água é transformada em vapor.
• Fumos metálicos: São liberados em processos de fundição de metais (fumaça) em
serviços de solda e corte de chapas à quente por exemplo.

Os gases e vapores tem classificação de acordo com a sua ação sobre o organismo
humano, podendo ser:
Irritantes: quando em contato direto, causam inflamação nos tecidos, tais como: a pele,
a conjuntiva ocular e as vias respiratórias.
Anestésicos: este efeito anestésico ocorre pela ação depressiva sobre o sistema nervoso
central. Ao serem introduzidas no organismo pela via respiratória, estas substancias alcançam o
pulmão, em seguida a corrente sanguínea e a partir daí distribuída para o resto do corpo.
Asfixiantes: são aqueles que apresentam a capacidade de deslocar o oxigênio da
atmosfera ambiente fazendo com que menos oxigênio seja inalado nos pulmões. Isso diminui a
chegada de oxigênio aos órgãos vitais.
Os agentes químicos causam consequências como: dores de cabeça, irritação, doenças
pulmonares que podem se agravar com o passar do tempo levando o trabalhador à morte.
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho - OIT, há registros de mais de 11
milhões de substâncias químicas, resumindo-se em cerca de 6.000 novos produtos anualmente.
As consequências decorrentes da exposição aos agentes químicos podem ser:
pneumoconioses, transtornos gastrointestinais, câncer, anemia entre outros.
Na NR 15 em seu anexo Nº13, está disposta uma relação de atividade e operações que
envolvem produtos químicos considerados insalubres, essa conclusão se deu em decorrência de
inspeção realizadas no local de trabalho. O grau de insalubridade também está definido no referido
anexo.

31
Competência 01

1.4 Agentes biológicos

Os chamados agentes biológicos compreendem todas as categorias de microrganismos


patogênicos, ou seja, que causam doenças, que é o caso de: vírus, bactérias, parasitas, protozoários,
fungos e bacilos. No mapa de riscos, este agente é representado pela cor marrom.
Em diversas atividades profissionais os trabalhadores podem estar expostos a tal risco,
como por exemplo, quem atua em: indústrias de alimentação, atividade hospitalar, limpeza pública
(coleta de lixo), tratamento de esgoto, atividades de laboratórios, cemitérios, contato com animais,
etc.
Inúmeras são as doenças profissionais provocadas por micro-organismos, dentre elas
podemos destacar: tuberculose, brucelose, malária e febre amarela.
Mas você lembra o que são doenças profissionais?

Doenças profissionais são aquelas inerentes a profissão do trabalhador.


Por exemplo: Um digitador pode desenvolver uma LER pela atividade de
digitação.

Para que essas doenças possam ser classificadas como doenças profissionais, é necessário
que o trabalhador se exponha a estes micro-organismos.
Diante disso, é necessário que sejam tomadas medidas preventivas, para que assim as
condições de higiene e segurança nos setores de trabalho sejam adequadas.

Os agentes biológicos afetam a saúde humana, foco de nosso estudo, mas você
sabia que estes agentes também podem atingir as plantas e os animais? E estes
sendo atingidos podem se tornar hospedeiros das doenças.

Podemos classificar agentes biológicos da seguinte maneira:

32
Competência 01

• Classe de risco 1: apresentam baixo risco para o trabalhador e para a comunidade.


Exemplos: Lactobacillus spp. e Bacillus subtilis.
• Classe de risco 2: apresentam risco moderado para o trabalhador e limitado para a
comunidade. Exemplos: Schistosoma mansoni e vírus da rubéola.
• Classe de risco 3: apresenta alto risco para o trabalhador e moderado para a
comunidade. Exemplos: Bacillus anthracis e Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV).
• Classe de risco 4: são os que apresentam alto risco tanto para o trabalhador quanto
para a comunidade. Exemplos: vírus Ebola e vírus da varíola.

É importante conhecermos as vias de transmissão do agente biológico, que é o trajeto


feito da fonte de exposição até o hospedeiro. Esta transmissão pode ocorrer de duas formas,
conforme apresentado a seguir:

• Direta – ocorre quando a transmissão do agente biológico não é intermediada por


veículos ou vetores. Exemplo: gotículas contaminadas em contato com a mucosa dos
olhos;
• Indireta – ocorre quando a transmissão do agente biológico é dada por meio de
veículos ou vetores. Exemplo: transmissão através do contato com perfuro cortantes,
luvas, instrumentos, vestimentas, água, alimentos e superfícies contaminadas.

A entrada do agente no organismo pode ser por via cutânea, via parenteral (quando há
inoculação intravenosa, subcutânea), pelo contato direto com mucosas, por via respiratória e por via
oral. Ressaltamos a importância da identificação destas vias de transmissão, pois é esta informação
que irá determinar as medidas de proteção a serem adotadas.
Vale salientar, caro estudante, que cada local de trabalho tem sua particularidade em
termos de precauções a serem tomadas, e estas devem ser adequadas ao ambiente laboral, porém,
independente da atividade desenvolvida, a principal medida de segurança é a pratica constante da
higiene. A utilização de EPI’s também é fundamental, dede que estejam de acordo com a classificação
de risco do local.

33
Competência 01

Ainda ressaltamos que: para que haja um eficaz gerenciamento do risco é necessário que
o trabalhador passe por treinamento específico ao setor de atuação.
Os riscos que iremos abordar a seguir, mecânicos e ergonômicos, não são considerados
riscos ambientais de acordo com a definição disposta na NR 9, conforme apresentada anteriormente,
porém pelo fato de o trabalhador está exposto, deve SIM ser contemplado no PPRA, visto que o
mesmo precisa estar articulado as demais NR’s, nas quais são tratados esses riscos (NR 10 – risco de
choque elétrico, NR 12 – acidentes com máquinas e equipamentos, NR 35 - acidentes com trabalho
em altura, NR 17 – ergonomia, entre outras normas), então vamos conhecer esses riscos?

1.5 Riscos de acidentes (mecânicos)

O Risco de acidentes está condicionado ao ambiente de trabalho quando este apresenta


potencial de causar um dano imediato, seja material ou pessoal, aos trabalhadores que estão
expostos. No mapa de riscos, este risco é representado pela cor azul.
Sabemos que grande são os danos causados pelos acidentes, e por este motivo é
fundamental que o profissional de segurança do trabalho conheça quais as situações de riscos, além
disso, saber identificá-las no ambiente laboral.
Vale salientar que inúmeras são as situações que expõe o trabalhador a riscos de
acidentes, e estas são referentes a: condições ambientais de insegurança, fator pessoal de
insegurança e ato abaixo dos padrões de segurança.
Vamos conhecer melhor cada uma delas?

• Condições ambientais de insegurança:

É a famosa Condição Insegura, onde os riscos de acidentes estão associados à condição do


ambiente laboral, que o tornam perigoso. Sua identificação é dada por simples observação sendo, na
maioria dos casos, de fácil eliminação. Ex.: espaço e circulação inadequados; Materiais e /ou equipamentos
que apresentam defeitos; Existência de agentes que podem levar a acidentes (Ruído, temperatura ou
iluminação inadequadas, entre outros); Falta de organização e limpeza no ambiente laboral; falta de
proteção Coletiva ou individual; entre outras. Observe que situações como estas podem gerar perigo ao
trabalhador, surgindo assim, o risco de acidentes.

34
Competência 01

• Fator pessoal de insegurança:

O Risco de acidentes não se resume as Condições Ambientais de Insegurança, em muitos


casos, também ocorre em decorrência de características pessoais dos trabalhadores, o que pode
potencializar as chances de ocorrência de acidentes é o que chamamos de Fator Pessoal de
Insegurança.
Vamos entender melhor esse assunto?

Conforme disposto na NBR 14280, que trata sobre o Cadastro de acidente do trabalho -
Procedimento e classificação, o fator pessoal de insegurança está relacionado ao comportamento do
trabalhador, comportamento este que pode resultar na ocorrência do acidente ou mesmo no Ato
abaixo dos padrões de segurança. Exemplo: Falta de conhecimento ou experiência (quando o
trabalhador não está apto para atuar em determinada atividade); Desajustamento físico (quando o
trabalhador apresenta deficiência visual, doença degenerativa, deficiência auditiva, entre outras);
Desajustamento emocional ou mental (quando o trabalhador apresenta comportamento agressivo,
distúrbios emocionais entre outros).

• Ato abaixo dos padrões de segurança:


O famoso “ Ato Inseguro”, ocorre quando o trabalhador contraria um preceito de
segurança, seja por ação ou omissão. Podemos exemplificar da seguinte maneira:
Um ato inseguro por ação ocorre quando o trabalhador, conscientemente, faz algo
quando não deveria fazer, ou mesmo faz de maneira diferente do que deveria ser feito. Exemplo:
operar uma empilhadeira em velocidade acima do permitido.
Já o ato inseguro por Omissão ocorre quando o trabalhador, conscientemente deixa de
fazer algo que deveria ser feito. Exemplo: Utilizar o equipamento de segurança que lhe foi fornecido.

1.6 Riscos ergonômicos

O Risco ergonômico está relacionado a todo e qualquer fator que venha a interferir nas
características psicofislológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde no

35
Competência 01

desenvolvimento de suas atividades laborais. No mapa de riscos, este risco é representado pela cor
amarela.
A norma que trata especificamente este tipo de risco é a NR 17, que apresenta o título
Ergonomia e tem por objetivo estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de
trabalho aos trabalhadores, de modo que lhe proporcione um máximo de conforto, segurança e além
disso um desempenho eficiente em suas atividades laborais.
Podemos exemplificar como risco ergonômico atividades que envolvam: levantamento
de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, postura inadequada de trabalho,
iluminação inadequada, jornadas de trabalho prolongadas entre outros. O empregador deverá ter a
preocupação em adequar a empresa ergonomicamente, ou seja, alocar o trabalhador em postos de
trabalho que sejam compatíveis com suas condições físicas e mentais, além de dispor de ferramentas
de trabalho adequadas, o que permitirá a realização de tarefas com o menor desgaste ao organismo.
Os riscos ergonômicos podem trazer sérios danos à saúde do trabalhador, interferindo no
seu desempenho no ambiente laboral. As medidas preventivas relacionada aos riscos ergonômicos
não é só uma exigência da legislação trabalhista brasileira, e sim uma necessidade que deve ser levada
a sério! Para que isso aconteça, a legislação exige que seja feita a Análise Ergonômica do Trabalho
(AET). Sobre este tema, você irá estudar de forma detalhada ainda neste módulo.

36
Competência 01

Figura 2: Quadro resumo dos riscos que podem ser encontrados no ambiente laboral.
Fonte: http://ambientesst.com.br
Descrição: A imagem apresenta um quadro contendo 5 colunas, onde cada uma representa o risco com sua respectiva
cor, sendo da esquerda para a direita: Grupo 1 verde (risco físico), Grupo 2 vermelho (risco químico), Grupo 3 marrom
(risco biológico), Grupo 4 amarelo (risco ergonômico), Grupo 5 azul (risco de acidentes). Nas respectivas linhas estão
representados os agentes que se enquadram em cada grupo.

Pois bem, caro estudante, finalizamos aqui o conteúdo desta primeira semana de estudos.
Saiba que o entendimento do que foi apresentado será fundamental para uma melhor compreensão
do conteúdo que será abordado na nossa segunda semana de estudos! Portanto, caso ainda haja
dúvidas, nossa equipe de professores estará sempre disponível a esclarecê-las. Sigamos adiante!

37
Competência 02

2.Competência 02 | Estabelecer Ações Preventivas e Corretivas para a


Promoção da Higiene e Organização do Trabalho
O principal objetivo do profissional que trata da higiene ocupacional no ambiente
laboral é o de promover a segurança e saúde do Trabalhador, sendo necessário para isso a realização
de ações preventivas, ou seja, antecipando-se aos riscos e ameaças no ambiente de trabalho, para
que a ação seja tomada em sua causa base, a fim de evitá-los futuramente.
Você certamente já utilizou ou mesmo se deparou com o termo: “Melhor prevenir que
remediar! ” Não é mesmo? Pois bem esta expressão está corretíssima!
A ação de prevenção trata do conjunto de medidas que tem por finalidade de evitar ou
retardar a ocorrência de um fato considerado indesejado. Já as chamadas ações corretivas são
relacionadas aos reparos dos danos ocorridos e tem por objetivo tentar voltar ao estado anterior,
que em muitos casos acaba não sendo possível. Um exemplo bem pertinente seria a ocorrência de
um acidente, mas imagine se esse for um acidente fatal?
Então, diante dessas definições o melhor mesmo é prevenir não é verdade?
Vejamos adiante a importância de atuar profissionalmente levando em consideração as
ações preventivas em sua rotina de trabalho.

2.1 Gestão da Higiene Ocupacional

As chamadas fases da Higiene Ocupacional estão previstas na própria NR 9, que trata do


Programa De Prevenção De Riscos Ambientais – PPRA, como etapas a serem cumpridas no seu
desenvolvimento, ou seja, uma hierarquia a ser seguida no levantamento dos riscos. São elas:

2.1.1 Antecipação

A fase de antecipação de riscos é considerada a etapa mais importante, isto porque, nela
é possível identificarmos os agentes ambientais que os trabalhadores poderão estar expostos. Nesta
fase as medidas de controle são implantadas, antes mesmo do agente estar presente no ambiente
laboral.

38
Competência 02

Mas de que forma isto poderá ser realizado?


Digamos que em determinada empresa o Engenheiro Químico responsável decide
substituir um produto que está sendo utilizado no processo industrial. Tomada esta decisão, é
necessário comunica-la ao setor de Segurança do Trabalho para que este novo produto seja avaliado.
Suponhamos que nesta análise chega-se à conclusão que este produto contém agentes altamente
tóxicos para a saúde do trabalhador. O que fazer neste caso?
Uma alternativa é que a empresa opte por um produto que em sua composição haja um
agente menos nocivo à saúde. Esta medida se enquadra na fase de antecipação.

2.1.2 Reconhecimento

Sabemos que nem sempre é possível se antecipar aos riscos. Em alguns casos acabamos
nos deparando com novas situações dentro da organização, onde a alternativa que resta é a de
reconhecê-los. Nesta fase de reconhecimento devemos identificar os riscos ambientais, analisando
quais efeitos que eles poderão trazer a saúde dos trabalhadores.
Vale salientar a importância de utilizar um método de avaliação adequado para o
reconhecimento dos riscos, pois é a partir destas ferramentas de análise que iremos identificar a
necessidade de implantar ações com o intuito de eliminar, neutralizar ou controlar os possíveis
agentes presentes.
De que forma podemos realizar este reconhecimento?
Em casos onde o processo produtivo está em andamento, iniciamos com a fase de
identificação, onde se avaliam todas as ações desenvolvidas. Mas como fazê-la de forma eficiente?
O profissional de segurança deve buscar informações relacionadas a atividade
desenvolvida, assim como: a identificação dos produtos utilizados, subprodutos, suprimentos,
resíduos produzidos, procedimentos seguidos, máquinas, equipamentos e ferramentas utilizados.
A partir dessas informações, o profissional de segurança terá condições de realizar as
inspeções "in loco", a fim de verificar tanto as condições operacionais, como os postos de trabalho.
Feito isso, as atividades poderão ser avaliadas. Estas avaliações se dão a partir de entrevista aos
trabalhadores, pois ninguém melhor que eles para descrever as atividades diárias desenvolvidas não
é mesmo? A partir dessas informações é possível elaborar o relatório onde se caracterizam os riscos
encontrados

39
Competência 02

2.1.3 Avaliação

Esta fase tem por objetivo, diante a presença do agente, avaliar sua concentração ou
intensidade. A avaliação irá determinar a exposição a partir do tempo que o trabalhador fica exposto
a determinada intensidade ou concentração de um agente nocivo.
Nesta etapa são utilizados os equipamentos que avaliam os riscos de forma quantitativa,
dentre eles podemos destacar: dosímetro, decibelímetro, bomba gravimétrica, luxímetro,
termômetros, equipamentos estes que serão apresentados adiante.

2.1.4 Controle

Sendo a última fase, após realizar o reconhecimento e a avaliação dos riscos, é chegado
o momento de propor as medidas de controle adequadas as atividades desenvolvidas. Vale salientar
a importância de ser levado em consideração a ordem em que essas medidas de controle devem ser
implantadas.

a) Controle na fonte – É considerada a primeira e melhor forma de se controlar um agente. O


controle na fonte, ou seja, na causa base do problema, refere-se à substituição de materiais
e/ou produtos, manutenção de máquinas, modificação de processos, entre outros.

Ex: No meu processo produtivo existe um maquinário ruidoso. Para realizar o controle na fonte
é necessário que se realize manutenção na máquina, enclausuramento (isolamento deste
equipamento a fim de reduzir o ruído causado por ele), ou mesmo substituição por uma
máquina mais moderna e consequentemente mais silenciosa.

b) Controle na trajetória– Ocorre quando não for possível o controle na fonte, o controle na
trajetória se dá no trajeto entre a fonte e o receptor.

Ex: Para o mesmo caso do maquinário ruidoso, uma alternativa para o controle na trajetória
seria a utilização de barreiras na transmissão do ruído, como por exemplo: barreiras isolantes,
neste caso, a construção de uma parede se enquadraria neste tipo de controle.

40
Competência 02

c) Controle no receptor – Este tipo de controle, trata-se de uma ação direta no trabalhador, e só
devem ser implantadas quando as tentativas de medidas de controle utilizadas anteriormente
forem inviáveis, insuficientes ou em situações emergenciais.

Ex: Treinamento, campanhas de proteção auditiva, fornecimento de EPI’s, rodízio de


tarefas, entre outras.

Vale salientar a importância de respeitar a ordem estabelecida para a implantação destas


medidas de controle, muitas vezes, ignorada pelos profissionais de segurança do trabalho. Levando-
os a propor medidas de proteção individual, como se fosse a melhor das alternativas. Pode até ser a
mais prática, porém o certo é que as medidas de controle na fonte oferecem maior proteção e
eficácia.

41
Competência 02

Figura 3: Síntese das etapas da gestão de higiene ocupacional.


Fonte: http://culturaprevencionista.com
Descrição: A imagem mostra as 4 etapas da gestão de Higiene Ocupacional, numeradas e associadas a uma imagem
(dentro de um círculo). Sendo o número 1 a imagem de um semáforo em ponto de atenção, correspondendo a etapa de
antecipação. O número 2 a imagem de uma lupa correspondendo a etapa de reconhecimento. O número 3 um
equipamento de medição que corresponde a etapa avaliação e por fim, o número 4 com um EPI (proteção respiratória)
que corresponde a etapa Controle.

2.2 Tipos de análise

Em nossa atuação profissional na área de segurança do trabalhado, iremos nos deparar


com a necessidade de realização de algumas avaliações de no ambiente laboral. Estas podem ser
classificadas como avaliações ou análises qualitativa e quantitativa.
A avaliação qualitativa é realizada a partir de uma inspeção no local de trabalho a fim de
identificar algum agente de risco, não sendo necessário o uso de equipamento de medição, e sim, a
observação no local a ser avaliado. Uma conversa com os profissionais envolvidos também é válida
nesta identificação.
Na avaliação quantitativa, há necessidade do uso de equipamentos de medição, para que
assim o agente possa ser mensurado.
Conforme está disposto na NR 9, em situações em que não haja parâmetros a serem
seguidos, dispostos na NR 15, o ideal é que se utilize a ACGIH, que apresenta parâmetros a serem
seguidos, sendo assim, o controle do agente de risco ficará mais fácil.

A ACGIH é uma associação privada de profissionais de higiene ocupacional


com sede nos Estados Unidos da América.
Tem por objetivo promover a proteção de trabalhadores expostos a fatores
de riscos ambientais.

42
Competência 02

Em nossa vídeoaula você entenderá de forma prática sobre esta


temática! Portanto, pause a leitura e assista o vídeo. Vale a pena conferir!

2.3 Instrumentação

Após conhecer os riscos ambientais (químicos e físicos), é necessário conhecer os


equipamentos de medição que serão utilizados na quantificação dos mesmos. Vale ressaltar que
esses equipamentos são ferramentas fundamentais na elaboração de programas de prevenção nas
organizações, são eles:

• PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais),


• PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional),
• PCA (Programa de Conservação Auditiva) e
• PPR (Programa de Proteção Respiratória).
Dentre os equipamentos utilizados para a realização de tais programas de prevenção, é
importante que você conheça os principais deles que são:

• Anemômetro: este equipamento tem por objetivo realizar a medição da velocidade


do ar bem como a direção do vento, sua utilização se dá nas avaliações de trabalhos
em áreas abertas. Os anemômetros podem ser classificados em algumas categorias,
como por exemplo: anemômetros de concha, de hélice, de rotação, de tubo de
pressão e de ultrassom, entre outros.

43
Competência 02

Figura 4: Anemômetros de hélice e de concha.


Fonte: https://www.instrubras.com.br e https://www.pce-instruments.com
Descrição da imagem: Na imagem consta a representação de dois anemômetros, o da esquerda trata-se de um
equipamento de hélice, na cor branca possuindo visor e hélices na cor preta. Já o equipamento da direita trata-se de um
anemômetro de concha, possui cor cinza, com visor azul e conchas na cor preta.

• Decibelímetro: Este equipamento tem por finalidade a medição da pressão sonora


que o trabalhador está exposto. Por ser um equipamento considerado simples,
fornece leitura imediata dos níveis de ruído presente no ambiente. Alguns modelos
dispõem de memória para armazenamento dos dados, sendo assim é possível a
criação de um histórico de medições realizadas.

Figura 5: Decibelímetro digital.


Fonte: https://www.gamainstruments.com.br
Descrição da Imagem: A imagem apresentada mostra um decibelímetro na cor branca com visor branco e esponja de
proteção de extremidade superior na cor preta.

44
Competência 02

• Dosímetro: Assim como o decibelímetro, o dosímetro é utilizado para medir o nível


de pressão sonora a qual o profissional está submetido. A dosimetria funciona a partir
da fixação do equipamento na vestimenta do trabalhador, nas proximidades do
ouvido, durante sua jornada de trabalho, possibilitando uma avaliação ainda mais
precisa quando comparado ao decibelímetro.

Figura 6: Utilização de dosímetro.


Fonte: https://wandersonmonteiro.wordpress.com
Descrição da imagem: As imagens apresentadas consistem no seguinte. No lado esquerdo está sendo mostrado um
trabalhador de camisa manga longa na cor azul e capacete branco, o mesmo está utilizando um dosímetro preso ao
bolso de sua camisa com o captador de som nas proximidades de seu ouvido. Do lado direito está apresentada a
imagem ampliada do dosímetro na cor branca com captador de som na cor preta.

Conforme apresentado anteriormente, o decibelímetro e o dosímetro possuem


a mesma finalidade: Medição da pressão sonora recebida pelo trabalhador no
ambiente laboral.
Você sabe quais as principais diferenças entre estes 2 equipamentos? O que
Você acha de bater um papo lá no fórum de dúvidas e discussões? Te aguardo
lá!

• Luxímetro: Este equipamento tem por finalidade medir a iluminância, isto é, a luz
distribuída em uma superfície ou área dentro do ambiente laboral. O luxímetro
transforma a luz captada, seja ela natural ou artificial, em corrente elétrica, sendo
apresentada em seu visor.

45
Competência 02

Figura 7: modelos de Luxímetro


Fonte: https://www.tecnoferramentas.com.br
Descrição da Imagem: As imagens apresentadas são as seguintes: A esquerda está apresentado um luximetro com
fotocélula à parte do equipamento, a direita a fotocélula é acoplada ao equipamento. Ambos são na cor preta com
detalhes na cor azul e visor branco.

• Higrômetro: Este equipamento tem por finalidade medir a umidade relativa do ar,
verificando as condições nos ambientes fechados, onde a umidade em altos níveis
poderia causar danos.

Figura 8: Higrômetro.
Fonte: https://www.highmed.com.br
Descrição da Imagem: A imagem apresenta um higrômetro nas cores preta e branca e visor branco.

• Monitor de IBUTG (Índice de Bulbo Úmido e Termômetro de Globo): Também


conhecido como medidor de stress térmico, este equipamento permite a avaliação

46
Competência 02

do calor e calcula de forma automática o IBUTG interno e externo (aquele que


aprendemos a calcular anteriormente de forma manual), indicando separadamente
as temperaturas de bulbo úmido, bulbo seco, e de globo.

Figura 9: medidor de stress térmico.


Fonte: https://www. unimetro.com.br
Descrição da imagem: A imagem apresenta um equipamento de medidor de estresse, sendo composto por uma caixa
vermelha com visor digital, contendo em sua parte superior um termômetro de globo (globo na cor preta), um
termômetro de bulbo seco e outro de bulbo úmido acoplados.

• Explosímetro: trata-se de um equipamento de medição utilizado para avaliar a


presença de misturas inflamáveis ou explosivas na atmosfera. Seu funcionamento se
dá da seguinte maneira: o aparelho coleta os gases contidos no ambiente e os
mantém em contato direto com um filamento aquecido, o qual irá queimar esses
gases, sendo assim é possível determinar a presença de agentes perigosos. Este
equipamento tem grande utilidade em avaliação de atividades realizadas nos espaços
confinados, gerando apenas resultados quantitativos. Isto significa que pode detectar
presença e concentração de um gás ou vapor inflamável, porém não diferencia um
elemento específico que possa haver na composição da amostra analisada.

47
Competência 02

Figura 10: Explosímetro


Fonte: www.solucoesindustriais.com.br
Descrição da imagem: A imagem apresenta um explosímetro, equipamento retangular na cor amarela, com visor
digital.

• Medidores de vibração: são equipamentos destinados a avaliar a intensidade das


vibrações nos braços, mãos e corpo do trabalhador, durante a realização de suas
atividades. Com ele é possível mensurar as vibrações localizadas e as que são
produzidas em máquinas de grande porte.

Figura 11: Medidor digital de vibração


Fonte: https://www.solucoesindustriais.com.br
Descrição da imagem: na imagem está sendo representada a utilização de um medidor de vibração onde o mesmo está
sendo segurado pelo profissional. Equipamento na cor cinza com visor digital. O equipamento está acoplado a uma
máquina que produz vibração.

48
Competência 02

Percebeu a variedade de equipamentos que são necessários para a realização de uma


avaliação quantitativa? Saiba que estes são apenas alguns dos principais utilizados.
A realização dessas análises, possibilita definir as medidas de proteção e as ações
preventivas a serem inseridas no ambiente laboral, com o intuito de promover a saúde e o bem-estar
do trabalhador.
Vale salientar que o investimento em treinamentos de equipes, adoção de EPIs e a
inserção de pausas para descanso e rodízios de atividades, também são ações que promovem uma
gestão mais inteligente da higiene ocupacional.

49
Conclusão
Estimado Estudante,
Finalizamos nossa disciplina de Higiene ocupacional, após o estudo de duas
competências, esperamos ter contribuído com seu aprendizado!
O conteúdo abordado no decorrer destas duas semanas, sem dúvidas, será de grande
relevância para sua atuação profissional. Certamente o que foi trabalhado contribuiu para o despertar
de uma visão crítica e mais criteriosa no que diz respeito as condições do ambiente laboral, o que lhe
permitirá uma maior facilidade na identificação dos riscos, bem como nas medidas a serem tomadas,
as quais você como profissional de segurança será responsável!
Não se limite ao que foi fornecido no e-book, vídeo aulas, fóruns e chats! Avance, busque
pela informação, procure sempre atualizar-se e seja ousado! Um bom profissional precisa estar
atento e aberto a mudanças, desta forma, você certamente fará diferença na vida das pessoas!

“Eu não posso mudar o mundo, mas posso mudar a vida de alguém”.
Mário Fortuna
Pense nisso!
Profª. Crisleide Nascimento.

50
Referências

Ambiente Saúde e Segurança do trabalho - Riscos de Acidentes – Saiba quais são e como identificá-
los. Disponível em: < http://ambientesst.com.br/riscos-de-acidentes/ >Acesso em: 10 de fevereiro de
2020.

AMBIENTEC - Vibração Ocupacional: o que é? E quais suas implicações? Disponível em:


<https://www.ambientec.com/vibracao-ocupacional-o-que-e-e-quais-suas-implicacoes/ >Acesso
em: 10 de fevereiro de 2020.

Associação Nacional de Medicina do trabalho – ANAMT. Vibração ocupacional pode causar sérios
danos à saúde do trabalhador. Disponível em:
<https://www.anamt.org.br/portal/2018/01/18/vibracao-ocupacional-pode-causar-serios-danos-a-
saude-do-trabalhador/> Acesso em: 12 de dezembro de 2019.

BASTOS.C.S.P. Cartilha Sobre exposição ocupacional ao frio. Disponível em:


<https://ovigilantesanitario.files.wordpress.com/2016/01/cartilha-sobre-exposic3a7c3a3o-
ocupacional-ao-frio-atualizada.pdf> Acesso em: 15 de fevereiro de 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento


do Complexo Industrial e Inovação em Saúde. Classificação de risco dos agentes biológicos /
Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento do
Complexo Industrial e Inovação em Saúde. – 3. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2017. 48 p.

BRASIL. Norma Regulamentadora. NR 15 – Atividades e operações Insalubres. Disponível em:


<https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-atualizada-2019.pdf>
Acesso em: 30 de janeiro de 2020.

BRASIL. Norma Regulamentadora. NR 17 – Ergonomia. Disponível


em:<https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-17.pdf> Acesso em: 10
de fevereiro de 2020.

BRASIL. Norma Regulamentadora. NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Disponível


em: < https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-09.pdf> Acesso em: 30
de janeiro de 2020.

FIOCRUZ. Riscos Biológicos. Disponível em:


<http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/riscos_biologicos.html >Acesso em: 12 de
dezembro de 2019.

51
Minicurrículo do Professor

Crisleide Maria da Silva Nascimento Acioly

Mestre em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE.


Engenheira Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal Rural de Pernambuco –
UFRPE.
Técnica de Segurança do Trabalho pela Escola Técnica Almirante Soares Dutra - ETE EASD.
Técnica em Saneamento Ambiental pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco -
CEFET-PE.

52

Você também pode gostar