Modulo 8 - Rev.05

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Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL

Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no


Sistema Elétrico Nacional – PRODIST

Módulo 8 – Qualidade da Energia Elétrica

Instrumento de aprovação pela


Revisão Motivo da Revisão Data de vigência
ANEEL
Primeira versão aprovada
0 Resolução Normativa nº 345/2008 De 31/12/2008 a 31/12/2009
(após realização da AP 014/2008)
Revisão 1
1 Resolução Normativa nº 395/2009 De 01/01/2010 a 31/21/2010
(após realização da AP 033/2009)
Revisão 2
2 Resolução Normativa nº 424/2010 De 01/01/2011 a 05/09/2011
(após realização da AP 046/2010)
Revisão 3
3 (após realização da 2ª Etapa da AP Resolução Normativa nº 444/2011 De 06/09/2011 a 31/01/2012
046/2010)
Revisão 4
4 Resolução Normativa nº 469/2011 De 01/02/2012 a 31/12/2014
(após realização da AP 064/2011)
Revisão 5
5 Resolução Normativa nº 602/2014 01/01/2015
(após realização da AP 093/2013)
Procedimentos de Distribuição

MÓDULO 8 – QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA

SEÇÃO 8.0 – INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 3


1 OBJETIVO .................................................................................................................................... 3
2 ABRANGÊNCIA ............................................................................................................................ 3
3 CONTEÚDO .................................................................................................................................. 3
4 DAS ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO ........................................................................................ 4
SEÇÃO 8.1 – QUALIDADE DO PRODUTO ........................................................................................ 5
1 OBJETIVO .................................................................................................................................... 5
2 TENSÃO EM REGIME PERMANENTE ......................................................................................... 5
3 FATOR DE POTÊNCIA ............................................................................................................... 21
4 HARMÔNICOS ............................................................................................................................ 22
5 DESEQUILÍBRIO DE TENSÃO ................................................................................................... 24
6 FLUTUAÇÃO DE TENSÃO ......................................................................................................... 26
7 VARIAÇÃO DE TENSÃO DE CURTA DURAÇÃO ...................................................................... 29
8 VARIAÇÃO DE FREQUÊNCIA ................................................................................................... 31
ANEXO I: Faixas de Classificação de Tensões – Tensões de Regime Permanente ................... 33
SEÇÃO 8.2 - QUALIDADE DO SERVIÇO ........................................................................................ 36
1 OBJETIVO .................................................................................................................................. 36
2 CONJUNTO DE UNIDADES CONSUMIDORAS ......................................................................... 36
3 SISTEMA DE ATENDIMENTO ÀS RECLAMAÇÕES DOS CONSUMIDORES ........................... 38
4 INDICADORES DE TEMPO DE ATENDIMENTO ÀS OCORRÊNCIAS EMERGENCIAIS .......... 38
5 INDICADORES DE CONTINUIDADE DO SERVIÇO DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA
ELÉTRICA ........................................................................................................................................ 43
6 INDICADORES DE CONTINUIDADE PARA TRANSMISSORAS DETENTORAS DE DIT E
DISTRIBUIDORAS ACESSADAS POR OUTRAS DISTRIBUIDORAS ............................................ 59
ANEXO I: Limites de Continuidade Individual ............................................................................... 68
ANEXO II: Lista de Fatos Geradores .............................................................................................. 73
SEÇÃO 8.3 – DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS ................................................................................ 75
Procedimentos de Distribuição

Assunto: Seção: Revisão: Data de Vigência: Página:


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SEÇÃO 8.0 – INTRODUÇÃO

1 OBJETIVO

1.1 Estabelecer os procedimentos relativos à qualidade da energia elétrica - QEE, abordando a


qualidade do produto e a qualidade do serviço prestado.

1.2 Para a qualidade do produto, este módulo define a terminologia, caracteriza os fenômenos,
parâmetros e valores de referência relativos à conformidade de tensão em regime
permanente e às perturbações na forma de onda de tensão, estabelecendo mecanismos
que possibilitem à ANEEL fixar padrões para os indicadores de QEE.

1.3 Para a qualidade dos serviços prestados, este módulo estabelece a metodologia para
apuração dos indicadores de continuidade e dos tempos de atendimento a ocorrências
emergenciais, definindo padrões e responsabilidades.

2 ABRANGÊNCIA

2.1 Os procedimentos de qualidade de energia elétrica definidos neste módulo devem ser
observados por:

a) consumidores com instalações conectadas em qualquer classe de tensão de distribuição;


b) produtores de energia;
c) distribuidoras;
d) agentes importadores ou exportadores de energia elétrica;
e) transmissoras detentoras de Demais Instalações de Transmissão – DIT;
f) Operador Nacional do Sistema – ONS.

2.2 Os procedimentos de qualidade de energia elétrica definidos neste módulo se aplicam aos
atendimentos realizados por Microssistema Isolado de Geração e Distribuição de Energia
Elétrica – MIGDI e Sistemas Individuais de Geração de Energia Elétrica com Fontes
Intermitentes – SIGFI, exceto o que estiver disposto em Resolução específica.

3 CONTEÚDO

3.1 O módulo é composto de 4 (quatro) seções:

a) Seção 8.0 - INTRODUÇAO;

b) Seção 8.1 - QUALIDADE DO PRODUTO, define a terminologia, caracteriza os fenômenos e


estabelece os parâmetros e valores de referência relativos à conformidade de tensão em
regime permanente e às perturbações na forma de onda de tensão;

c) Seção 8.2 - QUALIDADE DO SERVIÇO, estabelece os procedimentos relativos aos


indicadores de continuidade e dos tempos de atendimento;
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Introdução 8.0 5 01/01/2015 4 de 76

d) Seção 8.3 - DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS, trata do planejamento do processo de


implantação dos indicadores de qualidade do produto da energia elétrica.

4 DAS ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO

4.1 Foram alterados os itens 2.2 da Seção 8.0; 2.1, 2.3, 2.6.1.4, 2.6.1.5, 2.6.2.1, 2.7.1.2, 2.7.2.1,
2.7.2.2, 2.8.1, 2.8.3, 2.8.6, 2.9.1, 2.10.1, 2.11, 2.12.1, 2.12.1.1, 2.12.1.3, 2.12.3.1, 2.12.3.3,
2.12.3.4, 2.12.3.6, 2.13.1, 2.13.2 e 2.13.4 da Seção 8.1; Tabelas 4 a 11 do Anexo I da
Seção 8.1; 1.3, 5.11.6.7, 6.1.5.1, 6.1.5.2 e 6.1.6 da Seção 8.2; Tabela I do Anexo I e Tabela
do Anexo II da Seção 8.2.

4.2 Foram inseridos os itens 2.1.1, 2.6.1.3.1, 2.6.2.2, 2.7.1.5 (e respectivos subitens), 2.8.2.1,
2.8.3.1, 2.8.3.2, 2.9.1.1, 2.10.1.1, 2.12.2, 2.12.2.1, 2.12.3.2, 2.12.3.5 e da Seção 8.1; Tabela
12 do Anexo I da Seção 8.1; e 5.6.3.5 (e respectivos subitens) e 5.6.3.6 da Seção 8.2.

4.3 Foram excluídos os itens 2.8.7, 2.8.8, 2.12.2.2, 2.12.2.3 e 2.12.2.5 da Seção 8.1.
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SEÇÃO 8.1 – QUALIDADE DO PRODUTO

1 OBJETIVO

1.1 Esta seção caracteriza os fenômenos de QEE, estabelece os critérios de amostragem, os


valores de referência e os procedimentos relativos à qualidade do produto.

1.2 Os aspectos considerados da qualidade do produto em regime permanente ou transitório


são:

a) tensão em regime permanente;


b) fator de potência;
c) harmônicos;
d) desequilíbrio de tensão;
e) flutuação de tensão;
f) variações de tensão de curta duração;
g) variação de frequência .

1.3 As definições relativas à qualidade do produto constam no Módulo 1 – Introdução.

2 TENSÃO EM REGIME PERMANENTE

2.1 São estabelecidos os limites adequados, precários e críticos para os níveis de tensão em
regime permanente, os indicadores individuais e coletivos de conformidade de tensão
elétrica, os critérios de medição, de registro e dos prazos para compensação ao
consumidor, caso as medições de tensão excedam os limites dos indicadores.

2.1.1 A tensão em regime permanente deve ser acompanhada em todo o sistema de distribuição,
devendo a distribuidora dotar-se de recursos e técnicas modernas para tal
acompanhamento, atuando de forma preventiva para que a tensão em regime permanente
se mantenha dentro dos padrões adequados, conforme definições desta Seção.

2.2 O termo “conformidade de tensão elétrica” refere-se à comparação do valor de tensão


obtido por medição apropriada, no ponto de conexão, em relação aos níveis de tensão
especificados como adequados, precários e críticos.

2.3 A tensão em regime permanente deve ser avaliada por meio de um conjunto de leituras
obtidas por medição apropriada, de acordo com a metodologia descrita para os indicadores
individuais e coletivos, nas seguintes modalidades:

a) eventual, por reclamação do consumidor ou por determinação da fiscalização da ANEEL;

b) amostral, por determinação da ANEEL, de acordo com sorteio realizado para cada trimestre;
e
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c) ininterrupta, por meio do sistema de medição de que trata a Resolução Normativa n°


502/2012;

2.4 A conformidade dos níveis de tensão deve ser avaliada nos pontos de conexão à Rede de
Distribuição, nos pontos de conexão entre distribuidoras e nos pontos de conexão com as
unidades consumidoras, por meio dos indicadores estabelecidos neste Módulo.

2.5 Caracterização dos fenômenos e parâmetros.

2.5.1 Com relação aos valores de referência:

a) os valores de tensão obtidos por medições devem ser comparados à tensão de referência, a
qual deve ser a tensão nominal ou a contratada, de acordo com o nível de tensão do ponto
de conexão;

b) os valores nominais devem ser fixados em função dos níveis de planejamento do sistema
de distribuição de modo que haja compatibilidade com os níveis de projeto dos
equipamentos elétricos de uso final;

c) para cada tensão de referência, as leituras a ela associadas classificam-se em três


categorias: adequadas, precárias ou críticas, baseando-se no afastamento do valor da
tensão de leitura em relação à tensão de referência.

2.5.2 Com relação à regulação das tensões contratadas:

2.5.2.1 Com relação às tensões contratadas pelos acessantes da Rede Básica, devem ser
obedecidos os Procedimentos de Rede.

2.5.2.2 Com relação às tensões contratadas entre distribuidoras:

a) a tensão a ser contratada nos pontos de conexão com tensão nominal de operação igual ou
superior a 230 kV deverá ser a tensão nominal de operação do sistema no ponto de
conexão;

b) a tensão a ser contratada nos pontos de conexão com tensão nominal de operação inferior
a 230 kV deverá situar-se entre 95% (noventa e cinco por cento) e 105% (cento e cinco por
cento) da tensão nominal de operação do sistema no ponto de conexão.

2.5.2.3 Com relação às tensões contratadas junto à distribuidora:

a) a tensão a ser contratada nos pontos de conexão pelos acessantes atendidos em tensão
nominal de operação superior a 1 kV deve situar-se entre 95% (noventa e cinco por cento) e
105% (cento e cinco por cento) da tensão nominal de operação do sistema no ponto de
conexão e, ainda, coincidir com a tensão nominal de um dos terminais de derivação
previamente exigido ou recomendado para o transformador da unidade consumidora;

b) no que se refere ao disposto na alínea “a”, poderá ser contratada tensão intermediária entre
os terminais de derivação padronizados, desde que em comum acordo entre as partes;
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c) a tensão a ser contratada nos pontos de conexão pelos acessantes atendidos em tensão
igual ou inferior a 1 kV deve ser a tensão nominal do sistema.

2.5.3 Com relação à regulação das tensões de atendimento:

a) a tensão de atendimento, para as tensões contratadas referidas nos itens 2.5.2.1 e 2.5.2.2,
devem ser classificadas de acordo com as faixas de variação da tensão de leitura, conforme
Procedimentos de Rede ou conforme Tabelas 1, 2 e 3 do Anexo I desta seção e
contemplada no Acordo Operativo a ser firmado entre os agentes;

b) as tensões de atendimento referidas na alínea “a” do item 2.5.2.3, devem ser classificadas
de acordo com as faixas de variação da tensão de leitura, conforme tabelas 1, 2 e 3 do
Anexo I desta seção;

c) as tensões de atendimento referidas na alínea “c” do item 2.5.2.3, devem ser classificadas
de acordo com as faixas de variação da tensão de leitura, conforme tabelas 4 a 11
constantes do Anexo I desta seção.

2.6 Instrumentação e metodologia de medição.

2.6.1 Obtenção das leituras.

2.6.1.1 As leituras devem ser obtidas por meio de equipamentos que operem segundo o princípio
da amostragem digital.

2.6.1.2 Os equipamentos de medição devem atender os seguintes requisitos mínimos:

a) taxa amostral: 16 amostras/ciclo;


b) conversor A/D (analógico/digital) de sinal de tensão: 12 bits;
c) precisão: até 1% da leitura.

2.6.1.3 Os equipamentos de medição devem permitir a apuração das seguintes informações:

a) valores calculados dos indicadores individuais;


b) tabela de medição;
c) histograma de tensão.

2.6.1.3.1 As alíneas “b” e “c” não se aplicam à medição ininterrupta.

2.6.1.4 A medição de tensão deve corresponder ao tipo de ligação da unidade consumidora,


abrangendo medições entre todas as fases e o neutro fornecidos no ponto de conexão.
Caso o neutro não seja fornecido pela distribuidora no ponto de conexão, a medição de
tensão deve ser realizada entre as fases.

2.6.1.5 As medições devem ser efetuadas no ponto de conexão da unidade consumidora, salvo
nas seguintes situações:
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a) quando a instalação do equipamento de medição no ponto de conexão vier a comprometer


a segurança do equipamento e de pessoas, ou apresentar impossibilidade técnica, tal
instalação poderá ser realizada no ponto de derivação da rede da distribuidora com o ramal
de ligação da unidade consumidora, ficando a cargo da distribuidora a estimativa da queda
de tensão no ramal de ligação, caso em que deverá ser disponibilizado ao consumidor o
memorial de cálculo da referida estimativa;

b) quando a medição para fins de faturamento for realizada por meio de medidores lacrados,
denominados encapsulados, cujos circuitos de corrente e de tensão não sejam acessíveis
ou para as unidades consumidoras conectadas no SDMT com equipamentos de medição
instalados em tensões do SDBT, a instalação do equipamento de medição de tensão
poderá ser realizada no lado secundário do transformador de potência, considerando-se a
relação de transformação;

c) para unidades consumidoras conectadas no SDAT com equipamentos de medição


instalados em tensões do SDMT, a instalação do equipamento de medição de tensão
poderá ser realizada no lado secundário do transformador de potência, considerando-se a
relação de transformação;

d) quando a medição de tensão for ininterrupta, o local de instalação do sistema de medição


de que trata a Resolução Normativa nº 502/2012 deve seguir o disposto em resolução
específica.

2.6.2 Critérios de expurgo no conjunto de leituras.

2.6.2.1 Na ocorrência de variações temporárias de tensão ou de interrupções de longa duração, o


intervalo de medição de 10 (dez) minutos deverá ser expurgado e substituído por igual
número de leituras válidas.
2.6.2.2 O expurgo de intervalos com variações momentâneas de tensão é opcional.

2.6.3 Classificação das leituras.

2.6.3.1 A tensão de atendimento associada às leituras deve ser classificada segundo faixas em
torno da tensão de referência (TR), conforme Figura 1:
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TR + ADSUP + PRSUP

TR + ADSUP

TR

TR – ADINF

TR – ADINF – PRINF

Figura 1 – Faixas de Tensão em Relação à de Referência

onde:

a) Tensão de Referência (TR);


b) Faixa Adequada de Tensão (TR – ADINF, TR + ADSUP);
c) Faixas Precárias de Tensão (TR + ADSUP, TR + ADSUP + PRSUP ou TR – ADINF – PRINF, TR –
ADINF);
d) Faixas Críticas de Tensão (>TR + ADSUP + PRSUP ou <TR – ADINF – PRINF).

2.6.3.2 As unidades consumidoras com instalações conectadas em tensão nominal igual ou


superior a 230 kV deverão ter as faixas de tensão classificadas de acordo com os
Procedimentos de Rede ou em observância aos valores estipulados em regulamentação.

2.7 Indicadores individuais e coletivos.

2.7.1 Indicadores individuais.

2.7.1.1 O conjunto de leituras para gerar os indicadores individuais deverá compreender o registro
de 1008 (mil e oito) leituras válidas obtidas em intervalos consecutivos (período de
integralização) de 10 minutos cada, salvo as que eventualmente sejam expurgadas
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conforme item 2.6.2. No intuito de se obter 1008 (mil e oito) leituras válidas, intervalos
adicionais devem ser agregados, sempre consecutivamente.

2.7.1.2 Os indicadores individuais mensais de todos os consumidores com medição ininterrupta


devem ser armazenados por no mínimo 5 (cinco) anos, para efeito de fiscalização da
ANEEL.

2.7.1.3 Os valores eficazes devem ser calculados a partir das amostras coletadas em janelas
sucessivas. Cada janela compreenderá uma seqüência de doze ciclos (0,2 segundos) a
quinze ciclos (0,25 segundos).

2.7.1.4 Após a obtenção do conjunto de leituras válidas, quando de medições oriundas por
reclamação ou amostrais, devem ser calculados o índice de duração relativa da
transgressão para tensão precária (DRP) e o para tensão crítica (DRC) de acordo com as
seguintes expressões:

nlp
DRP  100  %
1008

nlc
DRC  100  %
1008

onde nlp e nlc representam o maior valor entre as fases do número de leituras situadas nas
faixas precária e crítica, respectivamente.

2.7.1.5 Os indicadores DRP e DRC serão associados a um mês civil.

2.7.1.5.1 Para as unidades consumidoras com medição ininterrupta, será observado o seguinte
procedimento:

a) cada conjunto de 1008 leituras válidas compõe um indicador DRP e um DRC;


b) são considerados todos os conjuntos de 1008 leituras válidas cujo período de apuração
tenha sido encerrado no respectivo mês civil;
c) os valores de DRP e DRC a serem considerados para o mês civil correspondem à média
dos valores calculados dentre todos os conjuntos de 1008 leituras válidas.

2.7.1.5.2 Para as medições eventuais ou amostrais, o mês civil de referência da medição de tensão
será aquele no qual se deu o término da medição de 168 horas.

2.7.1.6 Para agentes com instalações conectadas à Rede Básica, os indicadores DRP e DRC
deverão ser calculados de acordo com os critérios estabelecidos nos Procedimentos de
Rede.

2.7.2 Indicadores coletivos.


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2.7.2.1 Com base nas medições amostrais efetuadas, será calculado o Índice de Unidades
Consumidoras com Tensão Crítica (ICC), utilizando a seguinte fórmula:

100%
NC
ICC 
NL

onde:
NC = total de unidades consumidoras com DRC, não nulo; e
NL = total de unidades consumidoras objeto de medição.

2.7.2.2 Para a determinação de Índices Equivalentes por Consumidor, devem ser calculados o
índice de duração relativa da transgressão para tensão precária equivalente (DRPE) e o
índice de duração relativa da transgressão para tensão crítica equivalente (DRCE), de
acordo com as seguintes expressões:

DRPE  
DRPi
%
NL

DRC E  
DRCi
%
NL

onde:
DRPi = duração relativa de transgressão de tensão precária individual da unidade
consumidora (i);
DRCi = duração relativa de transgressão de tensão crítica individual da unidade
consumidora (i);
DRPE = duração relativa de transgressão de tensão precária equivalente;
DRCE = duração relativa de transgressão de tensão crítica equivalente;
NL = total de unidades consumidoras objeto de medição.

2.8 Dos critérios de medição amostral.

2.8.1 A distribuidora deve manter atualizadas em arquivo eletrônico as seguintes informações


relativas ao cadastro de todas as unidades consumidoras atendidas em tensão inferior a 69
kV:

a) código identificador da unidade consumidora, que deve equivaler ao constante da BDGD


informado pela distribuidora, conforme disposto no Módulo 6 do PRODIST;
b) unidade federativa a qual pertence a unidade consumidora;
c) código do conjunto ao qual pertence a unidade consumidora;
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d) classe da unidade consumidora, conforme estabelecido em resolução específica;

2.8.2 Com base no cadastro a que se refere o item 2.8.1, a distribuidora deve realizar sorteio de
amostra das unidades consumidoras para fins de medição no mês de setembro de cada
ano, por meio de critério estatístico aleatório, conforme instrução disponibilizada no
endereço eletrônico da ANEEL.

2.8.2.1 Quando a unidade consumidora sorteada possuir medição ininterrupta, os valores de DRP
e DRC a serem informados à ANEEL devem ser calculados como a média dos valores
mensais apurados no respectivo trimestre.

2.8.3 A relação das unidades consumidoras da amostra definida será enviada em quantitativos
trimestrais às distribuidoras, com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias em relação à
data de início das medições, acrescida de uma margem de segurança para contornar
eventuais problemas de impossibilidade de medição.

2.8.3.1 A distribuidora deve registrar de forma individual os motivos que comprovem a


impossibilidade da medição, para fins de fiscalização da ANEEL.

2.8.3.2 A distribuidora deverá comunicar ao consumidor, por meio de comunicação auditável, que a
unidade consumidora será objeto de medição de tensão amostral conforme determina o
Módulo 8 do PRODIST, informando ao consumidor o seu direito ao recebimento de uma
compensação, caso haja violação dos limites dos indicadores DRP e DRC.

2.8.4 As distribuidoras devem efetuar, para cada uma das unidades consumidoras pertencentes a
cada amostra, dentro do trimestre correspondente, medição dos valores eficazes da tensão
com período de observação mínimo de 168 horas consecutivas totalizando 1008 leituras
válidas. A partir destas medições devem ser calculados os índices coletivos.

2.8.5 Fica a critério da distribuidora definir, com base no quantitativo trimestral, o número de
unidades consumidoras a serem medidas em um determinado mês.

2.8.6 As medições em cada trimestre abrangerão, no mínimo, a dimensão da amostra definida na


tabela seguinte:

Tabela 1 - Tabela da Dimensão da Amostra Trimestral


Número total de unidades Dimensão da amostra com a
Dimensão da amostra
consumidoras da margem de segurança
(unidades consumidoras)
distribuidora (unidades consumidoras)
N  10.000 26 30
10.000 < N  30.000 36 42
30.000 < N  100.000 60 66
100.000 < N  300.000 84 93
300.000 < N  600.000 120 132
600.000 < N  1.200.000 156 172
1.200.000 < N  2.000.000 210 231
2.000.000 < N  3.000.000 270 297
N > 3.000.000 300 330
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2.9 Do registro dos dados de medições amostrais.

2.9.1 A distribuidora deverá manter registro em sistema informatizado do processo específico da


unidade consumidora, contendo obrigatoriamente os seguintes dados:

a) código identificador da unidade consumidora ou do ponto de conexão medido, que deve


equivaler ao constante da BDGD informada pela distribuidora, conforme disposto no Módulo
6 do PRODIST;
b) período de observação utilizado (ano, mês, dia, hora e minuto inicial e final);
c) valores apurados de DRP e DRC;
d) valores máximo e mínimo das tensões de leitura;
e) tabela de medição com todas as 1008 leituras válidas e com os registros de intervalos
expurgados do período de medição;
f) histograma de tensão, por unidade de tensão nominal, com o intervalo de 0,8 p.u a 1,20 p.u.
e com uma discretização mínima de 40 (quarenta) intervalos;
g) coordenadas geográficas da unidade consumidora ou coordenadas geográficas dos postes
da rede de distribuição a que estiverem vinculadas as unidades consumidoras;
h) tipo de ligação e fases do circuito de baixa tensão (A, B ou C) nas quais a unidade
consumidora está conectada;
i) justificativas e memorial de cálculo da estimativa de queda de tensão no ramal da unidade
consumidora, quando da medição fora do ponto de conexão.

2.9.1.1 As alíneas “d”, “e” e “f” não se aplicam às medições ininterruptas.

2.9.2 Deverão ser registrados também, caso existam, os seguintes dados:

a) providências para a regularização e data de conclusão;


b) período da nova medição;
c) histograma de tensão e tabela de medição apurados após a regularização.

2.9.3 Os dados deverão estar disponibilizados, em meio magnético ou ótico, por período mínimo
de 5 (cinco) anos, para fins de fiscalização da ANEEL e consulta dos consumidores.

2.10 Do envio dos indicadores obtidos da medição amostral.

2.10.1 A distribuidora deve enviar à ANEELos valores dos indicadores individuais (DRP e DRC)
obtidos das medições amostrais trimestrais, de acordo com os prazos constantes do Módulo
6 do PRODIST.

2.10.1.1 Na hipótese de a distribuidora realizar mais de uma medição em determinada unidade


consumidora, visando aferir a regularização do nível de tensão violado na primeira
medição, os valores dos indicadores individuais DRP e DRC a serem enviados para a
ANEEL devem ser os resultantes da primeira medição.

2.10.2 Os indicadores devem ser apurados por meio de procedimentos auditáveis que contemplem
desde a medição da tensão até a transformação dos respectivos dados em indicadores.
Procedimentos de Distribuição

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2.10.3 O indicador coletivo (ICC) será calculado pela ANEEL quando do envio dos indicadores
individuais pela distribuidora.

2.10.4 Os indicadores individuais (DRP e DRC) deverão ser identificados por unidade consumidora.

2.11 Estabelecimento dos limites para os indicadores.

2.11.1 O valor da Duração Relativa da Transgressão Máxima de Tensão Precária - DRPM fica
estabelecido em 3% (três por cento).

2.11.2 O valor da Duração Relativa da Transgressão Máxima de Tensão Crítica - DRCM fica
estabelecido em 0,5% (cinco décimos por cento).

2.12 Procedimentos de gestão da qualidade da tensão.

2.12.1 Quando da reclamação do consumidor que não possua a medição ininterrupta, associada à
qualidade da tensão de regime permanente no ponto de conexão, a distribuidora deve:

a) solicitar no mínimo as seguintes informações:

i. identificação da unidade consumidora;


ii. dia(s) da semana e horário(s) em que o problema foi verificado;
iii. meio de comunicação auditável de preferência do consumidor, dentre os oferecidos pela
distribuidora, para recebimento das informações relativas ao processo de reclamação,
devendo constar a opção de comunicação por escrito.

b) efetuar inspeção técnica até o ponto de conexão da unidade consumidora para avaliar a
procedência da reclamação, em dia cuja característica da curva de carga é equivalente à do
dia em que o problema foi verificado, respeitando o horário informado pelo consumidor, a
qual deve incluir a medição instantânea no ponto de conexão do valor eficaz de duas
leituras, com um intervalo mínimo de 5 (cinco) minutos entre elas;

c) caso seja comprovado na inspeção técnica que a reclamação é improcedente, comunicar ao


consumidor o resultado da medição de que trata a alínea “b”, no prazo máximo de 15
(quinze) dias a partir da reclamação, devendo informar sobre o direito do consumidor de
solicitar a medição de 168 horas, o qual deve ser exercido no prazo de 5 (cinco) dias,
prestando as informações conforme estabelece a alínea “i” e informando o valor a ser
cobrado pelo serviço, caso o resultado da medição não apresente valores nas faixas de
tensão precária ou crítica;

d) comprovada a procedência da reclamação com base na medição instantânea e a


impossibilidade da regularização do nível de tensão durante a inspeção técnica, instalar
equipamento de medição, no ponto de conexão, para averiguar o nível de tensão de
atendimento, devendo apurar os indicadores DRP e DRC conforme definido no item 2.7.1, e
prestando as informações conforme estabelece a alínea “i”;

e) quando a distribuidora adotar providências para a regularização dos níveis de tensão


durante a inspeção técnica, efetuar medição instantânea no ponto de conexão do valor
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eficaz de duas leituras, com um intervalo mínimo de 5 (cinco) minutos entre elas,
comunicando ao consumidor o resultado da medição e as providências tomadas para
regularização, no prazo máximo de 15 (quinze) dias a partir da reclamação;

f) caso seja comprovada a regularização de tensão a partir da medição de que trata a alínea
“e”, informar, no comunicado ao consumidor, o seu direito de solicitar a medição de 168
horas, o qual deve ser exercido no prazo de 5 (cinco) dias, prestando as informações
estabelecidas na alínea “i” e informando o valor a ser cobrado pelo serviço, caso o resultado
da medição não apresente valores nas faixas de tensão precária ou crítica;

g) informar ao consumidor, nos comunicados citados nas alíneas “c” e “e”, a data e o horário
da medição instantânea, os valores de tensão medidos, as faixas de valores adequados,
precários e críticos para aquela unidade consumidora e o direito do consumidor de receber
uma compensação caso haja violação dos limites de DRP e DRC;

h) caso o resultado da medição referenciada na alínea "e" apresente valores nas faixas de
tensão precária ou crítica, instalar equipamento de medição no ponto de conexão, para
averiguar o nível de tensão de atendimento, devendo apurar os indicadores DRP e DRC
conforme definido no item 2.7.1 e prestar as informações conforme estabelece a alínea “i”;

i) informar ao consumidor, com antecedência mínima de 48 horas da realização da medição


pelo período mínimo de 168 horas, a data e o horário da medição de tensão, seu direito de
acompanhar a instalação do equipamento de medição, a faixa de valores adequados para
aquela unidade consumidora, o direito do consumidor de receber uma compensação caso
haja violação dos limites de DRP e DRC e o prazo de entrega do laudo técnico do resultado
da medição, o qual deverá ser de 30 (trinta) dias a partir da reclamação, devendo fornecer
os resultados completos das medições obtidas;

j) O prazo de 48 horas mencionado na alínea “i” poderá ser reduzido, desde que haja a
concordância expressa do consumidor;

k) organizar registros, em arquivos individualizados, das reclamações sobre não-conformidade


de tensão, incluindo número de protocolo, datas da reclamação do consumidor e aviso da
distribuidora ao reclamante sobre a realização da medição de tensão, data e horário das
medições instantâneas e os valores registrados, período da medição de 168 horas e valores
máximo e mínimo das tensões de leitura;

l) deverão ser registrados também o conjunto das leituras efetuadas, inclusive com os
intervalos expurgados, valores apurados de DRP e DRC, valor do serviço pago pelo
consumidor, providências para a regularização e data de conclusão, período da nova
medição, data de comunicação ao consumidor do resultado da apuração, memorial de
cálculo da estimativa de queda de tensão quando da medição fora do ponto de conexão,
valor da compensação e mês de pagamento.

2.12.1.1 Os dados de que tratam as alíneas k e l deverão estar disponibilizados, em meio


magnético ou ótico, por período mínimo de 5 (cinco) anos, para fins de fiscalização da
ANEEL e consulta dos consumidores.
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2.12.1.2 Para agentes detentores de instalações conectadas à Rede Básica, os critérios de


medição para averiguar o nível de tensão de atendimento deverão obedecer àqueles
definidos nos Procedimentos de Rede.

2.12.1.3 A seguir é apresentado o fluxograma do processo de medição de tensão por reclamação


do consumidor que não possua a medição ininterrupta, conforme procedimento definido no
item 2.12.1.
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FLUXOGRAMA DO PROCESSO DE MEDIÇÃO DE TENSÃO POR RECLAMAÇÃO DO CONSUMIDOR SEM MEDIÇÃO ININTERRUPTA

NÃO

Informar o resultado da Informar ao consumidor


Realizar inspeção
medição conforme alíneas sobre o direito de solicitar a O consumidor
técnica, com medição A reclamação é medição de 168h e o valor a
“c” e “g”, no prazo máximo opta pela me-
instantânea, conforme procedente? NÃO ser cobrado, caso não haja SIM
de 20 dias da reclamação dição de 168h?
alínea “b” leituras precárias ou críticas

SIM
SIM
INÍCIO
Informar o resultado da
Reclamação do Providências Realizar medição medição conforme alíneas
consumidor: para Regularização
instantânea, conforme “e” e “g”, no prazo máximo
SIM comprovada?
Solicitar informações NÃO regularização? alínea “e” de 20 dias da reclamação
conforme alínea “a”

NÃO

Prestar as informações da
alínea “i”, com antecedência
mínima de 48 horas da
medição de 168h

Entregar laudo com o Efetuar a compensação ao Organizar os registros


Realizar a medição de resultado completo das consumidor até a de acordo com as
168h, apurando os Limites de DRP alíneas “k” e “l”.
medições, no prazo máximo ou DRC regularização.
indicadores DRP e DRC de 30 dias da reclamação SIM PROCESSO
violados?
FINALIZADO

NÃO
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2.12.2 Quando da reclamação do consumidor que possua a medição ininterrupta, associada à


qualidade da tensão de regime permanente no ponto de conexão, a distribuidora deve:

a) solicitar no mínimo as seguintes informações:

i. identificação da unidade consumidora;


ii. dia(s) da semana e horário(s) em que o problema foi verificado.
iii. meio de comunicação auditável de preferência do consumidor, dentre os oferecidos pela
distribuidora, para recebimento das informações relativas ao processo de reclamação,
devendo constar a opção de comunicação por escrito.

b) efetuar inspeção técnica até o ponto de conexão da unidade consumidora para avaliar a
procedência da reclamação, em dia cuja característica da curva de carga é equivalente à do
dia em que o problema foi verificado, respeitando o horário informado pelo consumidor, a
qual deve incluir a medição instantânea no ponto de conexão do valor eficaz de duas
leituras, com um intervalo mínimo de 5 (cinco) minutos entre elas, e a leitura dos valores de
DRP e DRC das últimas quatro medições armazenadas no medidor;

c) caso seja comprovado na inspeção técnica que a reclamação é improcedente, isto é,


quando a medição instantânea estiver na faixa adequada e as quatro últimas medições
armazenadas no medidor não apresentarem DRP ou DRC acima dos limites, comunicar ao
consumidor o resultado da medição de que trata a alínea “b”, no prazo máximo de 15
(quinze) dias a partir da reclamação;

d) comprovada a procedência da reclamação com base na medição instantânea ou nas quatro


últimas medições armazenadas no medidor, e na impossibilidade da regularização do nível
de tensão durante a inspeção técnica, comunicar ao consumidor o resultado da medição de
que trata a alínea “b”, as providências a serem tomadas pela distribuidora e o prazo
estimado para a regularização de tensão, no prazo máximo de 15 (quinze) dias a partir da
data da reclamação;

e) quando a distribuidora adotar providências para a regularização dos níveis de tensão


durante a inspeção técnica, efetuar medição instantânea no ponto de conexão do valor
eficaz de duas leituras, com um intervalo mínimo de 5 (cinco) minutos entre elas,
comunicando ao consumidor o resultado da medição e as providências tomadas para
regularização, no prazo máximo de 15 (quinze) dias a partir da reclamação;

f) informar ao consumidor, nos comunicados citados nas alíneas “c”, “d” e “e”, a data e o
horário da medição instantânea, os valores de tensão medidos, as faixas de valores
adequados, precários e críticos para aquela unidade consumidora e o direito do consumidor
de receber uma compensação caso haja violação dos limites dos indicadores DRP e DRC
apurados mensais;

g) caso o resultado da medição referenciada na alínea "e" apresente valores nas faixas de
tensão precária ou crítica, comunicar ao consumidor o resultado da medição de que trata a
alínea “b”, as providências a serem tomadas pela distribuidora e o prazo estimado para a
regularização de tensão, no prazo máximo de 15 (quinze) dias a partir da data da
reclamação;
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h) organizar registros, em arquivos individualizados, das reclamações sobre não-conformidade


de tensão, incluindo número de protocolo, data da reclamação do consumidor, data e
horário das medições instantâneas e os valores registrados;

i) deverão ser registrados também os valores apurados de DRP e DRC das últimas quatro
medições armazenadas no medidor na data da medição instantânea, providências para a
regularização e data de conclusão, data de comunicação ao consumidor do resultado da
medição, valor da compensação e mês de pagamento;

2.12.2.1 Os dados de que tratam as alíneas “h” e “i” deverão estar disponibilizados, em meio
magnético ou ótico, por período mínimo de 5 (cinco) anos, para fins de fiscalização da
ANEEL e consulta dos consumidores.

2.12.3 Procedimentos para regularização.

2.12.3.1 Caso as medições de tensão indiquem valor de DRP superior ao DRPM, ou valor de DRC
superior ao DRCM, estabelecidos no item 2.11 desta seção, a distribuidora deverá
regularizar a tensão de atendimento, sem prejuízo do pagamento de compensação de que
trata o item 2.13 e das sanções cabíveis pela fiscalização da ANEEL.

2.12.3.2 A regularização do nível de tensão para o caso de medição ininterrupta será comprovada
quando os valores de DRP e DRC mensais de que trata o item 2.7.1.5 forem inferiores aos
valores de DRPM e DRCM.

2.12.3.3 A regularização do nível de tensão, para os casos de medição eventual ou amostral, deve
ser comprovada por nova medição, obedecendo ao mesmo período de observação, e o
resultado final comunicado, por escrito, ao consumidor, no prazo de até 30 (trinta) dias
após o término da nova medição.

2.12.3.4 Será considerado como mês da efetiva regularização do nível de tensão, para os casos de
medição eventual ou amostral, aquele correspondente ao término da nova medição e que
apresente valores de DRP e DRC inferiores aos valores de DRPM e DRCM.

2.12.3.5 Quando a regularização do nível de tensão ocorrer no mesmo mês em que foi constatada
a violação, para os casos de medição eventual ou amostral, o consumidor fará jus à
compensação de que trata o item 2.13, referente a este mês, para a qual deverão ser
considerados os indicadores DRP e DRC obtidos da medição que constatou a violação.

2.12.3.6 Até 2015, as áreas ou sistemas da distribuidora que apresentarem impossibilidade técnica
de regularização dos níveis de tensão no prazo máximo de 90 dias deverão ser relatadas e
justificadas pela distribuidora formalmente à ANEEL, que poderá aprovar, por meio de
resolução específica, indicação das providências a serem adotadas e novos prazos
necessários para a efetiva regularização.
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2.13 Compensação aos Consumidores.

2.13.1 A distribuidora deve compensar os titulares das unidades consumidoras que estiveram
submetidas a tensões de atendimento com transgressão dos indicadores DRP ou DRC e os
titulares daquelas atendidas pelo mesmo ponto de conexão.

2.13.2 Para o cálculo da compensação deve ser utilizada a seguinte fórmula:

 DRP  DRPM   DRC  DRCM  


Valor   .k1   .k 2 .EUSD
 100   100  

onde:
k1 = 0, se DRP ≤ DRPM;
k1 = 3, se DRP > DRPM;
k2 = 0, se DRC ≤ DRCM;
k2 = 7, para unidades consumidoras atendidas em Baixa Tensão, se DRC > DRCM;
k2 = 5, para unidades consumidoras atendidas em Média Tensão, DRC > DRCM;
k2 = 3, para unidades consumidoras atendidas em Alta Tensão, DRC > DRCM;
DRP = valor do DRP expresso em %, apurado na última medição;
DRPM = 3 %;
DRC = valor do DRC expresso em %, apurado na última medição;
DRCM = 0,5 %;
EUSD = valor do encargo de uso do sistema de distribuição correspondente ao mês de
referência da última medição.

2.13.3 A compensação deverá ser mantida enquanto o indicador DRP for superior ao DRP M e/ou o
indicador DRC for superior ao DRCM.

2.13.4 O valor da compensação deverá ser creditado na fatura de energia elétrica do consumidor,
apresentada no prazo máximo de dois meses subsequentes ao mês civil de referência da
última medição que constatou a violação.

2.13.5 Nos casos onde o valor integral ou o crédito remanescente ultrapasse o valor da fatura
mensal, o valor da compensação a ser creditado na fatura do consumidor poderá ser
parcelado, limitado às 2 (duas) faturas subsequentes, ou pago em moeda corrente.

2.13.6 A compensação devida ao consumidor, conforme critério estabelecido neste item, não isenta
a distribuidora de responder por outras perdas e danos causados pelo serviço inadequado
de energia elétrica.
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2.13.7 Os critérios de compensação definidos neste item se aplicam aos suprimentos entre
distribuidoras e aos agentes com instalações conectadas à Rede Básica, devendo, nesse
último caso, obedecer aos Procedimentos de Rede.

2.13.8 No caso de inadimplência do consumidor, desde que em comum acordo entre as partes, o
valor da compensação poderá ser utilizado para deduzir débitos vencidos.

2.13.9 No caso de produtores de energia e agentes importadores ou exportadores de energia


elétrica com instalações conectadas à rede de distribuição, ou no caso de distribuidora que
acesse o sistema de outra distribuidora, as compensações associadas à não conformidade
dos níveis de tensão deverão ser estabelecidas nos respectivos Contratos de Conexão ao
Sistema de Distribuição (CCD).

3 FATOR DE POTÊNCIA

3.1 Metodologia de medição.

3.1.1 Os registros dos valores reativos deverão ser feitos por instrumentos de medição
adequados, preferencialmente eletrônicos, empregando o princípio da amostragem digital e
aprovados pelo órgão responsável pela conformidade metrológica.

3.1.2 O valor do fator de potência deverá ser calculado a partir dos valores registrados das
potências ativa e reativa (P, Q) ou das respectivas energias (EA, ER), utilizando-se as
seguintes fórmulas:
P EA
fp  ou
P Q
2 2
EA  ER 2
2

3.1.3 O controle do fator de potência deverá ser efetuado por medição permanente e obrigatória
no caso de unidades consumidoras atendidas pelo SDMT e SDAT e nas conexões entre
distribuidoras, ou por medição individual permanente e facultativa nos casos de unidades
consumidoras do Grupo B com instalações conectadas pelo SDBT, observando do disposto
em regulamentação.

3.1.4 O resultado das medições deverá ser mantido, por período mínimo de 5 (cinco) anos, em
arquivo na distribuidora.

3.2 Valores de referência.

3.2.1 Para unidade consumidora ou conexão entre distribuidoras com tensão inferior a 230 kV, o
fator de potência no ponto de conexão deve estar compreendido entre 0,92 (noventa e dois
centésimos) e 1,00 (um) indutivo ou 1,00 (um) e 0,92 (noventa e dois centésimos)
capacitivo, de acordo com regulamentação vigente.

3.2.2 Para unidade consumidora com tensão igual ou superior a 230 kV os padrões deverão
seguir o determinado no Procedimento de Rede.
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3.2.3 Para unidade produtora de energia, o fator de potência deve estar compreendido entre os
valores estabelecidos nos Procedimentos de Rede.

3.3 Definição de excedentes reativos.

3.3.1 O excedente reativo deve ser calculado com o auxílio de equações definidas em
regulamento especifico da ANEEL.

4 HARMÔNICOS

4.1 As distorções harmônicas são fenômenos associados com deformações nas formas de
onda das tensões e correntes em relação à onda senoidal da frequência fundamental.

4.2 A seguir são estabelecidas a terminologia, a metodologia de medição, a instrumentação e


os valores de referência para as distorções harmônicas.

4.3 Terminologia.

4.3.1 A tabela a seguir sintetiza a terminologia aplicável às formulações do cálculo de valores de


referência para as distorções harmônicas.

Tabela 2 – Terminologia.
Identificação da Grandeza Símbolo

Distorção harmônica individual de tensão de ordem h DITh%

Distorção harmônica total de tensão DTT %

Tensão harmônica de ordem h Vh

Ordem harmônica H

Ordem harmônica máxima Hmáx

Ordem harmônica mínima Hmin

Tensão fundamental medida V1

4.3.2 As expressões para o cálculo das grandezas DITh% e DTT % são:

Vh
DITh %  100
V1
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hmáx

V
h2
h
2

DTT  100
V1

4.4 Metodologia de medição.

4.4.1 Os sinais a serem monitorados devem utilizar sistemas de medição cujas informações
coletadas possam ser processadas por meio de recurso computacional.

4.4.2 A capacidade de armazenamento dos sistemas de medição deve atender os requisitos de


banco de dados do protocolo de medição a ser definido pela ANEEL.

4.4.3 Para os sistemas elétricos trifásicos, as medições de distorção harmônica devem ser feitas
através das tensões fase-neutro para sistemas estrela aterrada e fase-fase para as demais
configurações.

4.5 Instrumentação.

4.5.1 Os instrumentos de medição devem observar o atendimento aos protocolos de medição e às


normas técnicas vigentes.

4.5.2 O espectro harmônico a ser considerado para fins do cálculo da distorção total deve
compreender uma faixa de frequências que considere desde a componente fundamental até,
no mínimo, a 25ª ordem harmônica (hmin = 25).

4.5.3 Os TPs utilizados em um sistema trifásico devem ter as mesmas especificações e suas
cargas devem corresponder a impedâncias semelhantes, e serem conectados em Y – Y
aterrado, independentemente do tipo ou classe de tensão. Para os casos sem conexão à
terra podem ser utilizados arranjos para os TPs do tipo V.

4.6 Valores de referência.

4.6.1 Os valores de referência para as distorções harmônicas totais estão indicados na Tabela 3 a
seguir. Estes valores servem para referência do planejamento elétrico em termos de QEE e
que, regulatoriamente, serão estabelecidos em resolução específica, após período
experimental de coleta de dados.

Tabela 3 – Valores de referência globais das distorções harmônicas totais


(em porcentagem da tensão fundamental)
Tensão nominal do Distorção Harmônica Total de Tensão
Barramento (DTT) [%]
VN  1kV 10
1kV  VN  13,8kV 8
13,8kV  VN  69kV 6
69kV  VN  230kV 3
Procedimentos de Distribuição

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4.6.2 Devem ser obedecidos também os valores das distorções harmônicas individuais indicados
na Tabela 4 a seguir.

Tabela 4 - Níveis de referência para distorções harmônicas individuais de tensão (em percentagem
da tensão fundamental)
Ordem Distorção Harmônica Individual de Tensão [%]
Harmônica Vn ≤1 kV 1 kV < Vn ≤ 13,8 kV 13,8 kV < Vn ≤ 69 kV 69 kV < Vn < 230 kV
5 7,5 6 4,5 2,5
7 6,5 5 4 2
11 4,5 3,5 3 1,5
13 4 3 2,5 1,5
Ímpares não
17 2,5 2 1,5 1
múltiplas de 3
19 2 1,5 1,5 1
23 2 1,5 1,5 1
25 2 1,5 1,5 1
>25 1,5 1 1 0,5
3 6,5 5 4 2
9 2 1,5 1,5 1
Ímpares
15 1 0,5 0,5 0,5
múltiplas de 3
21 1 0,5 0,5 0,5
>21 1 0,5 0,5 0,5
2 2,5 2 1,5 1
4 1,5 1 1 0,5
6 1 0,5 0,5 0,5
Pares 8 1 0,5 0,5 0,5
10 1 0,5 0,5 0,5
12 1 0,5 0,5 0,5
>12 1 0,5 0,5 0,5

5 DESEQUILÍBRIO DE TENSÃO

5.1 O desequilíbrio de tensão é o fenômeno associado a alterações dos padrões trifásicos do


sistema de distribuição.

5.2 A seguir são estabelecidas a terminologia, a metodologia de medição, a instrumentação e


os valores de referência para o desequilíbrio de tensão.

5.3 Terminologia.

5.3.1 A Tabela 5 a seguir apresenta a terminologia aplicável às formulações de cálculo do


desequilíbrio de tensão.
Procedimentos de Distribuição

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Qualidade do Produto 8.1 5 01/01/2015 25 de 76

Tabela 5 – Terminologia

IDENTIFICAÇÃO DA GRANDEZA SÍMBOLO

Fator de desequilíbrio FD
Magnitude da tensão de seqüência negativa (RMS) V-
Magnitude da tensão de seqüência positiva (RMS) V+
Magnitudes das tensões trifásicas de linha (RMS) Vab, Vbc e Vca

5.3.2 A expressão para o cálculo do desequilíbrio de tensão é:

V
FD%  100
V

5.3.3 Alternativamente, pode-se utilizar a expressão abaixo, que conduz a resultados em


consonância com a formulação anterior:

1  3  6
FD%  100
1  3  6

sendo:
Vab 4  Vbc 4  Vca 4

V ab
2
 Vbc 2  Vca 2  2

5.4 Metodologia de medição.

5.4.1 Os sinais a serem monitorados devem utilizar sistemas de medição cujas informações
coletadas possam ser processadas por meio de recurso computacional para medição das
tensões trifásicas.

5.4.2 A capacidade de armazenamento dos sistemas de medição devem atender os requisitos de


banco de dados do protocolo de medição a ser definido pela ANEEL.

5.4.3 De forma a eliminar possíveis efeitos das componentes de seqüência zero, as medições
devem ser realizadas para as tensões fase-fase.

5.5 Instrumentação.

5.5.1 Os instrumentos de medição devem observar o atendimento aos protocolos de medição e às


normas técnicas vigentes.
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Qualidade do Produto 8.1 5 01/01/2015 26 de 76

5.6 Valores de referência.

5.6.1 O valor de referência nos barramentos do sistema de distribuição, com exceção da BT, deve
ser igual ou inferior a 2%. Esse valor serve para referência do planejamento elétrico em
termos de QEE e que, regulatoriamente, será estabelecido em resolução específica, após
período experimental de coleta de dados.

6 FLUTUAÇÃO DE TENSÃO

6.1 Introdução.

6.1.1 A flutuação de tensão é uma variação aleatória, repetitiva ou esporádica do valor eficaz da
tensão.

6.1.2 A determinação da qualidade da tensão de um barramento do sistema de distribuição


quanto à flutuação de tensão tem por objetivo avaliar o incômodo provocado pelo efeito da
cintilação luminosa no consumidor, que tenha em sua unidade consumidora pontos de
iluminação alimentados em baixa tensão.

6.1.3 A seguir são estabelecidas a terminologia, a metodologia de medição, a instrumentação e os


valores de referência para a flutuação de tensão.

6.2 Terminologia.

6.2.1 A tabela a seguir sintetiza a terminologia aplicável às formulações de cálculo da sensação


de cintilação:

Tabela 6 – Terminologia.

Identificação da Grandeza Símbolo

Severidade de Curta Duração Pst

Severidade de Longa Duração Plt

Valor diário do indicador Pst que foi superado em apenas 5


PstD95%
% dos registros obtidos no período de 24 hs

Valor semanal do indicador Plt que foi superado em apenas


5 % dos registros obtidos no período de sete dias completos PltS95%
e consecutivos.

Fator de Transferência FT

6.2.2 As expressões para o cálculo Pst e Plt são:


Procedimentos de Distribuição

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Qualidade do Produto 8.1 5 01/01/2015 27 de 76

Pst  0,0314P0,1  0,0525P1  0,0657 P3  0, 28P10  0,08P50

onde:

Pi (i = 0,1; 1; 3; 10; 50) corresponde ao nível de sensação de cintilação que foi ultrapassado
durante
i % do tempo, obtido a partir da função de distribuição acumulada complementar, de acordo
com o procedimento estabelecido nas Normas IEC (International Electrotechnical
Commission): IEC 61000-4-15. Flickermeter – Functional and Design Specifications.

Figura 2 – Distribuição Acumulada Complementar da Sensação de Cintilação.

Complementarmente, o indicador Plt corresponde a um valor representativo de doze


amostras consecutivas de Pst, como estabelecido pela expressão a seguir:

1 12
Plt    Psti 
3
3
12 i 1

6.3 Metodologia de medição.

6.3.1 Para a obtenção dos níveis de severidade de cintilação, associados à flutuação de tensão,
definidos pelos indicadores Pst e Plt, utilizam-se os procedimentos estabelecidos nos
documentos da IEC. Estes valores são derivados da medição e processamento das tensões
dos barramentos, traduzidas em níveis de sensação de cintilação luminosa, com posterior
classificação em faixas de probabilidade de ocorrência.
Procedimentos de Distribuição

Assunto: Seção: Revisão: Data de Vigência: Página:


Qualidade do Produto 8.1 5 01/01/2015 28 de 76

6.3.2 De acordo com as orientações das normas, o indicador Pst representa a severidade dos
níveis de cintilação luminosa associados à flutuação de tensão verificada num período
contínuo de 10 (dez) minutos.

6.3.3 De modo semelhante, a grandeza Plt expressa a severidade dos níveis de cintilação
luminosa associados à flutuação de tensão verificada num período contínuo de 2 (duas)
horas, através da composição de 12 valores consecutivos de Pst.

6.3.4 Ao longo de 24 horas de medição deve ser obtido um conjunto de valores de Pst que,
devidamente tratado, conduzirá ao PstD95%. Ao final de uma semana de medição
considera-se como indicador final o maior valor dentre os sete valores encontrados.

6.3.5 De modo análogo, obtém-se ao longo de uma semana de registro um conjunto de valores
representativos de Plt, o qual, tratado estatisticamente, deve ser conduzido ao valor de
PltS95%.

6.4 Instrumentação.

6.4.1 Os instrumentos de medição devem observar o atendimento aos protocolos de medição e às


normas técnicas vigentes.

6.4.2 O processo de medição deve ser realizado com o medidor ajustado para o nível de tensão
correspondente, em baixa tensão.

6.5 Valores de referência.

6.5.1 A Tabela 7 a seguir fornece os valores de referência a serem utilizados para a avaliação do
desempenho do sistema de distribuição quanto às flutuações de tensão. Observa-se a
delimitação de três faixas para classificação dos indicadores estabelecidos: valor adequado,
valor precário e valor crítico. Esses valores servem para referência do planejamento elétrico
em termos de QEE e que, regulatoriamente, serão estabelecidos em resolução específica,
após período experimental de coleta de dados.

Tabela 7 – Valores de Referência


Valor de Referência PstD95% PltS95%
Adequado < 1 p.u. / FT < 0,8 p.u. / FT
Precário 1 p.u. – 2 p.u. / FT 0.8 – 1.6 p.u. / FT
Crítico > 2 p.u. / FT > 1,6 p.u. / FT

6.5.2 O FT deve ser calculado pela relação entre o valor do PltS95% do barramento do sistema de
distribuição e o valor do PltS95% do barramento da tensão secundária de baixa tensão de
distribuição eletricamente mais próximo.

6.5.3 Para os casos em que os FT entre os barramentos envolvidos não sejam conhecidos
através de medição, a Tabela 8 a seguir fornece valores típicos a serem aplicados para a
avaliação da flutuação de tensão nos barramentos do sistema de distribuição.
Procedimentos de Distribuição

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Qualidade do Produto 8.1 5 01/01/2015 29 de 76

Tabela 8 - Fatores de Transferência


Tensão Nominal do Barramento FT
Tensão do barramento ≥ 230 kV 0,65
69 kV  Tensão do barramento < 230 kV 0,8
Tensão do barramento  69 kV 1,0

6.5.4 Violações dos indicadores PstD95% ou PltS95% fora da faixa adequada devem ser objeto
de acompanhamento e de correção por parte dos agentes responsáveis.

7 VARIAÇÃO DE TENSÃO DE CURTA DURAÇÃO

7.1 Variações de tensão de curta duração são desvios significativos no valor eficaz da tensão
em curtos intervalos de tempo.

7.2 As variações de tensão de curta duração são classificadas de acordo com a tabela a seguir.

Tabela 9 - Classificação das Variações de Tensão de Curta Duração


Amplitude da tensão
Classificação Denominação Duração da Variação (valor eficaz) em relação à
tensão de referência
Interrupção
Inferior ou igual a três
Momentânea de Inferior a 0,1 p.u
segundos
Tensão
Variação Afundamento Superior ou igual a um
Superior ou igual a 0,1 e
Momentânea de Momentâneo de ciclo e inferior ou igual
inferior a 0,9 p.u
Tensão Tensão a três segundos
Elevação Superior ou igual a um
Momentânea de ciclo e inferior ou igual Superior a 1,1 p.u
Tensão a três segundos
Interrupção Superior a três
Temporária de segundos e inferior a Inferior a 0,1 p.u
Tensão três minutos
Variação Afundamento Superior a três
Superior ou igual a 0,1 e
Temporária de Temporário de segundos e inferior a
inferior a 0,9 p.u
Tensão Tensão três minutos
Elevação Superior a três
Temporária de segundos e inferior a Superior a 1,1 p.u
Tensão três minutos

7.3 Terminologia.

7.3.1 A tabela a seguir sintetiza a terminologia aplicável às variações de tensão de curta duração.
Procedimentos de Distribuição

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Qualidade do Produto 8.1 5 01/01/2015 30 de 76

Tabela 10 – Terminologia.

Identificação do Distúrbio Sigla

Variação de Tensão de Curta Duração VTCD

Interrupção Momentânea de Tensão IMT

Afundamento Momentâneo de Tensão AMT

Elevação Momentânea de Tensão EMT

Interrupção Temporária de Tensão ITT

Afundamento Temporário de Tensão ATT

Elevação Temporária de Tensão ETT

7.4 Metodologia de medição.

7.4.1 Além dos parâmetros duração e amplitude já definidos, a severidade da VTCD, medida entre
fase e neutro, de determinado barramento do sistema de distribuição é também
caracterizada pela frequência de ocorrência. Esta corresponde à quantidade de vezes que
cada combinação dos parâmetros duração e amplitude ocorrem em determinado período de
tempo ao longo do qual o barramento tenha sido monitorado.

7.4.2 O indicador a ser utilizado para conhecimento do desempenho de um determinado


barramento do sistema de distribuição com relação às VTCD corresponde ao número de
eventos agrupados por faixas de amplitude e de duração, discretizados conforme critério
estabelecido a partir de levantamento de medições.

7.4.3 Num determinado ponto de monitoração, uma VTCD é caracterizada a partir da agregação
dos parâmetros amplitude e duração de cada evento fase-neutro. Assim sendo, eventos
fase-neutro simultâneos são primeiramente agregados compondo um mesmo evento no
ponto de monitoração (agregação de fases).

7.4.4 Os eventos consecutivos, em um período de três minutos, no mesmo ponto, são agregados
compondo um único evento (agregação temporal).

7.4.5 O afundamento ou a elevação de tensão que representa o intervalo de três minutos é o de


menor ou de maior amplitude da tensão, respectivamente.
Procedimentos de Distribuição

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Qualidade do Produto 8.1 5 01/01/2015 31 de 76

7.4.6 A agregação de fases deve ser feita pelo critério de união das fases, ou seja, a duração do
evento é definida como o intervalo de tempo decorrido entre o instante em que o primeiro
dos eventos fase-neutro transpõe determinado limite e o instante em que o último dos
eventos fase-neutro retorna para determinado limite.

7.4.7 As seguintes formas alternativas de agregação de fases podem ser utilizadas:

a) agregação por parâmetros críticos - a duração do evento é definida como a máxima duração
entre os três eventos fase-neutro e o valor de magnitude que mais se distanciou da tensão
de referência;

b) agregação pela fase crítica - a duração do evento é definida como a duração do evento
fase-neutro de amplitude crítica, ou seja, amplitude mínima para afundamento e máxima
para elevação.

7.4.8 Afundamentos e elevações de tensão devem ser tratados separadamente.

7.5 Instrumentação.

7.5.1 Os instrumentos de medição devem observar o atendimento aos protocolos de medição e às


normas técnicas vigentes.

7.6 Valores de referência.

7.6.1 Não são atribuídos padrões de desempenho a estes fenômenos.

7.6.2 As distribuidoras devem acompanhar e disponibilizar, em bases anuais, o desempenho das


barras de distribuição monitoradas. Tais informações poderão servir como referência de
desempenho das barras de unidades consumidoras atendidas pelo SDAT e SDMT com
cargas sensíveis a variações de tensão de curta duração.

8 VARIAÇÃO DE FREQUÊNCIA

8.1 O sistema de distribuição e as instalações de geração conectadas ao mesmo devem, em


condições normais de operação e em regime permanente, operar dentro dos limites de
frequência situados entre 59,9 Hz e 60,1 Hz.

8.2 As instalações de geração conectadas ao sistema de distribuição devem garantir que a


frequência retorne para a faixa de 59,5 Hz a 60,5 Hz, no prazo de 30 (trinta) segundos após
sair desta faixa, quando de distúrbios no sistema de distribuição, para permitir a
recuperação do equilíbrio carga-geração.

8.3 Havendo necessidade de corte de geração ou de carga para permitir a recuperação do


equilíbrio carga-geração, durante os distúrbios no sistema de distribuição, a frequência:

a) não pode exceder 66 Hz ou ser inferior a 56,5 Hz em condições extremas;


Procedimentos de Distribuição

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Qualidade do Produto 8.1 5 01/01/2015 32 de 76

b) pode permanecer acima de 62 Hz por no máximo 30 (trinta) segundos e acima de 63,5 Hz


por no máximo 10 (dez) segundos;

c) pode permanecer abaixo de 58,5 Hz por no máximo 10 (dez) segundos e abaixo de 57,5 Hz
por no máximo 05 (cinco) segundos.
Procedimentos de Distribuição

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Qualidade do Produto 8.1 5 01/01/2015 33 de 76

ANEXO I: Faixas de Classificação de Tensões – Tensões de Regime Permanente

Tabela 1 – Pontos de conexão em Tensão Nominal igual ou superior a 230 kV


Faixa de Variação da Tensão de Leitura
Tensão de Atendimento (TA) (TL) em Relação à Tensão de Referência
(TR)
Adequada 0,95TR  TL  1,05TR
0,93TR  TL<0,95TR ou
Precária
1,05TR<TL  1,07TR
Crítica TL<0,93TR ou TL>1,07TR

Tabela 2 – Pontos de conexão em Tensão Nominal igual ou superior a 69 kV e inferior a 230 kV


Faixa de Variação da Tensão de Leitura
Tensão de Atendimento (TA) (TL) em Relação à Tensão de Referência
(TR)
Adequada 0,95TR  TL  1,05TR
0,90TR  TL<0,95TR ou
Precária
1,05TR<TL  1,07TR
Crítica TL<0,90TR ou TL>1,07TR

Tabela 3 – Pontos de conexão em Tensão Nominal superior a 1 kV e inferior a 69 kV


Faixa de Variação da Tensão de Leitura
Tensão de Atendimento (TA) (TL) em Relação à Tensão de Referência
(TR)
Adequada 0,93TR  TL  1,05TR
Precária 0,90TR  TL<0,93TR
Crítica TL<0,90TR ou TL>1,05TR

Tabela 4 – Pontos de conexão em Tensão Nominal igual ou inferior a 1 kV (220/127)


Faixa de Variação da Tensão de Leitura
Tensão de Atendimento (TA)
(Volts)
Adequada (202  TL  231)/(117  TL  133)
(191  TL<202 ou 231<TL  233)/
Precária
(110  TL<117 ou 133<TL  135)
Crítica (TL<191 ou TL>233)/(TL<110 ou TL>135)

Tabela 5 – Pontos de conexão em Tensão Nominal igual ou inferior a 1 kV (380/220)


Faixa de Variação da Tensão de Leitura
Tensão de Atendimento (TA)
(Volts)
Adequada (350  TL  399)/(202  TL  231)
(331  TL<350 ou 399<TL  403)/
Precária
(191  TL<202 ou 231<TL  233)
Crítica (TL<331 ou TL>403)/(TL<191 ou TL>233)
Procedimentos de Distribuição

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Qualidade do Produto 8.1 5 01/01/2015 34 de 76

Tabela 6 – Pontos de conexão em Tensão Nominal igual ou inferior a 1 kV (254/127)


Faixa de Variação da Tensão de Leitura
Tensão de Atendimento (TA)
(Volts)
Adequada (234  TL  267)/(117  TL  133)
(221  TL<234 ou 267<TL  269)/
Precária
(110  TL<117 ou 133<TL  135)
Crítica (TL<221 ou TL>269)/(TL<110 ou TL>135)

Tabela 7 – Pontos de conexão em Tensão Nominal igual ou inferior a 1 kV (440/220)


Faixa de Variação da Tensão de Leitura
Tensão de Atendimento (TA)
(Volts)
Adequada (405  TL  462)/(202  TL  231)
(383  TL<405 ou 462<TL  466)/
Precária
(191  TL<202 ou 231<TL  233)
Crítica (TL<383 ou TL>466)/(TL<191 ou TL>233)

Tabela 8 – Pontos de conexão em Tensão Nominal igual ou inferior a 1 kV (208/120)


Faixa de Variação da Tensão de Leitura
Tensão de Atendimento (TA)
(Volts)
Adequada (191  TL  218)/(110  TL  126)
(181  TL<191 ou 218<TL  220)/
Precária
(104  TL<110 ou 126<TL  127)
Crítica (TL<181 ou TL>220)/(TL<104 ou TL>127)

Tabela 9 – Pontos de conexão em Tensão Nominal igual ou inferior a 1 kV (230/115)


Faixa de Variação da Tensão de Leitura
Tensão de Atendimento (TA)
(Volts)
Adequada (212  TL  242)/(106  TL  121)
(200  TL<212) ou (242<TL  244)/
Precária
(100  TL<106 ou 121<TL  122)
Crítica (TL<200 ou TL>244)/(TL<100 ou TL>122)

Tabela 10 – Pontos de conexão em Tensão Nominal igual ou inferior a 1 kV (240/120)


Faixa de Variação da Tensão de Leitura
Tensão de Atendimento (TA)
(Volts)
Adequada (221  TL  252)/(110  TL  126)
(209  TL<221 ou 252<TL  254)/
Precária
(104  TL<110 ou 126<TL  127)
Crítica (TL<209 ou TL>254)/(TL<104 ou TL>127)
Procedimentos de Distribuição

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Qualidade do Produto 8.1 5 01/01/2015 35 de 76

Tabela 11 – Pontos de conexão em Tensão Nominal igual ou inferior a 1 kV (220/110)


Faixa de Variação da Tensão de Leitura
Tensão de Atendimento (TA)
(Volts)
Adequada (202  TL  231)/(101  TL  116)
(191  TL<202 ou 231<TL  233)/
Precária
(96  TL<101 ou 116<TL  117)
Crítica (TL<191 ou TL>233)/(TL<96 ou TL>117)

Tabela 12 – Faixas aplicadas às tensões nominais inferiores a 1 kV para formação das Tabelas 4 a 11
Faixa de Variação da Tensão de Leitura
Tensão de Atendimento (TA)
(TL) em Relação à Tensão Nominal (TN)
Adequada 0,92TN  TL  1,05TN
0,87TN  TL<0,92TN ou
Precária
1,05TN<TL  1,06TN
Crítica TL<0,87TN ou TL>1,06TN
Procedimentos de Distribuição

Assunto: Seção: Revisão: Data de Vigência: Página:


Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 36 de 76

SEÇÃO 8.2 - QUALIDADE DO SERVIÇO

1 OBJETIVO

1.1 Estabelecer procedimentos relativos à qualidade do serviço prestado pelas distribuidoras


aos consumidores e às distribuidoras acessantes.

1.2 Estabelecer procedimentos relativos à qualidade do serviço prestado pelas transmissoras


detentoras de Demais Instalações de Transmissão – DIT aos consumidores e distribuidoras.

1.3 Definir indicadores e padrões de qualidade de serviço de forma a:

a) fornecer mecanismos para acompanhamento e controle do desempenho das distribuidoras


e das transmissoras detentoras de Demais Instalações de Transmissão - DIT;

b) fornecer subsídios para os planos de reforma, melhoramento e expansão da infraestrutura


das distribuidoras;

c) oferecer aos consumidores parâmetros para avaliação do serviço prestado pela


distribuidora.

2 CONJUNTO DE UNIDADES CONSUMIDORAS

2.1 O conjunto de unidades consumidoras é definido por Subestação de Distribuição – SED.

2.1.1 A abrangência do conjunto deve ser as redes MT à jusante da SED e de propriedade da


distribuidora.

2.1.2 SED que possuam número de unidades consumidoras igual ou inferior a 1.000 devem ser
agregadas a outras, formando um único conjunto.

2.1.3 SED com número de unidades consumidoras superior a 1.000 e igual ou inferior a 10.000
podem ser agregadas a outras, formando um único conjunto.

2.1.4 A agregação de SED deve obedecer ao critério de contiguidade das áreas.

2.1.5 É vedada a agregação de duas ou mais SED cujos números de unidades consumidoras
sejam superiores a 10.000.

2.1.6 Mediante aprovação da ANEEL, poderão formar diferentes conjuntos SED que atendam a
áreas não contíguas, ou que atendam a subestações MT/MT cujas características de
atendimento sejam muito distintas da subestação supridora, desde que nenhum dos
conjuntos resultantes possua número de unidades consumidoras igual ou inferior a 1.000.
Na segunda hipótese, a fronteira dos conjuntos deverá corresponder à entrada da
subestação MT/MT.
Procedimentos de Distribuição

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Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 37 de 76

2.1.7 Poderão ser divididas, mediante aprovação da ANEEL, SED com redes subterrâneas e
aéreas, devendo os conjuntos resultantes possuir número de unidades consumidoras
superior a 1.000.

2.2 Para as redes MT das distribuidoras que não possuam subestação com primário em AT, o
conjunto deve ser composto pelas redes em MT de sua propriedade até o ponto de conexão
com o agente supridor.

2.3 Todas as unidades consumidoras atendidas em BT e MT deverão estar classificadas no


mesmo conjunto de unidades consumidoras da subestação que as atendam, quando da
aprovação de conjuntos por meio de resolução específica.

2.3.1 As unidades consumidoras ligadas após a aprovação dos conjuntos de unidades


consumidoras deverão ser classificadas de acordo com a área geográfica de abrangência
dos conjuntos vigentes.

2.4 A ANEEL, a qualquer momento, poderá solicitar à distribuidora a revisão da configuração


dos conjuntos de unidades consumidoras.

2.5 Havendo alteração permanente na configuração do sistema que acarrete mudança nos
conjuntos, a distribuidora deverá propor revisão da configuração dos conjuntos de unidades
consumidoras, quando do estabelecimento dos limites anuais dos indicadores de
continuidade disposto no item 5.10 desta seção.

2.6 Casos particulares em que a aplicação da regra definida no item 2.1 crie conjuntos
desuniformes serão avaliados pela ANEEL.

2.7 Os conjuntos serão caracterizados pelos seguintes atributos:

a) área em quilômetros quadrados (km2);


b) extensão da rede MT, segregada em urbana e rural, em quilômetros (km);
c) energia consumida nos últimos 12 meses, segregada pelas classes residencial, industrial,
comercial, rural e outras classes, em megawatt-hora (MWh);
d) número de unidades consumidoras atendidas, segregadas pelas classes residencial,
industrial, comercial, rural e outras classes;
e) potência instalada em kilovolt-ampère (kVA);
f) padrão construtivo da rede (aérea ou subterrânea);
g) localização (sistema isolado ou interligado).

2.7.1 A área do conjunto corresponde à área que abrange os transformadores de distribuição


próprios e os particulares constantes do plano de incorporação da distribuidora, assim como
a subestação supridora das redes MT, devendo a soma de todas as áreas dos conjuntos
corresponder à área de concessão ou permissão da distribuidora. Nos casos de interseção
entre conjuntos, deve-se proporcionalizar esta área de acordo com a extensão da rede MT
de cada conjunto na área de interseção.
Procedimentos de Distribuição

Assunto: Seção: Revisão: Data de Vigência: Página:


Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 38 de 76

2.7.2 A extensão de rede MT deve computar as redes próprias da distribuidora e as redes


particulares constantes do plano de incorporação da distribuidora, excetuando-se as redes
das cooperativas de eletrificação rural, devendo ser segregada entre urbana e rural.

2.7.3 A energia consumida corresponde ao consumo verificado nos últimos 12 meses (ano móvel)
pelas unidades consumidoras atendidas em MT ou BT, excluindo-se o consumo de
cooperativas de eletrificação rural e de outras distribuidoras, devendo ser segregada pelas
classes residencial, industrial, comercial, rural e outras classes. A classificação deve ser
adotada de acordo com o estabelecido em regulamentação específica.

2.7.4 O total de unidades consumidoras atendidas corresponde ao número de unidades


consumidoras faturadas no período de apuração e atendidas em MT ou BT, devendo ser
segregada pelas classes residencial, industrial, comercial, rural e outras classes. A
classificação deve ser adotada de acordo com o estabelecido em regulamentação
específica.

2.7.5 A potência instalada corresponde à soma das potências unitárias nominais de todos os
transformadores cuja tensão secundária seja menor ou igual a 1 kV, inclusive os de
propriedade particular constantes do plano de incorporação da distribuidora, excetuando-se
os transformadores pertencentes às cooperativas de eletrificação rural.

2.7.6 O padrão construtivo deve ser classificado, de acordo com a predominância das redes MT,
como aéreo ou subterrâneo.

3 SISTEMA DE ATENDIMENTO ÀS RECLAMAÇÕES DOS CONSUMIDORES

3.1 A distribuidora deverá dispor de sistemas ou mecanismos de atendimentos emergenciais,


acessíveis aos consumidores, para que estes apresentem suas reclamações quanto a
problemas relacionados ao serviço de distribuição de energia elétrica, sem prejuízo do
emprego de outras formas de sensoriamento automático da rede.

3.2 As características do atendimento telefônico que a distribuidora deverá dispor estão


estabelecidas em resolução específica.

4 INDICADORES DE TEMPO DE ATENDIMENTO ÀS OCORRÊNCIAS EMERGENCIAIS

4.1 O atendimento às ocorrências emergenciais deverá ser supervisionado, avaliado e


controlado por meio de indicadores que expressem os valores vinculados a conjuntos de
unidades consumidoras.

4.2 Será avaliado o tempo médio de preparação, indicador que mede a eficiência dos meios de
comunicação, dimensionamento das equipes e dos fluxos de informação dos Centros de
Operação.
Procedimentos de Distribuição

Assunto: Seção: Revisão: Data de Vigência: Página:


Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 39 de 76

4.3 Será avaliado o tempo médio de deslocamento, indicador que mede a eficácia da
localização geográfica das equipes de manutenção e operação.

4.4 Será avaliado o tempo médio de execução, indicador que mede a eficácia do
restabelecimento do sistema de distribuição pelas equipes de manutenção e operação.

4.5 Indicadores de tempo de atendimento.

4.5.1 A distribuidora deverá apurar os seguintes indicadores:

a) Tempo Médio de Preparação (TMP), utilizando a seguinte fórmula:


n

 TP(i)
TMP  i 1
n

b) Tempo Médio de Deslocamento (TMD), utilizando a seguinte fórmula:

 TD(i)
TMD  i 1
n

c) Tempo Médio de Execução (TME), utilizando a seguinte fórmula:

 TE(i)
TME  i 1

d) Tempo Médio de Atendimento a Emergências (TMAE), utilizando a seguinte fórmula:

TMAE = TMP + TMD + TME

e) Percentual do número de ocorrências emergenciais com interrupção de energia (PNIE),


utilizando a seguinte equação:

NIE
PNIE  100
n

onde:

TMP = tempo médio de preparação da equipe de atendimento de emergência, expresso em


minutos;
Procedimentos de Distribuição

Assunto: Seção: Revisão: Data de Vigência: Página:


Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 40 de 76

TP = tempo de preparação da equipe de atendimento de emergência para cada ocorrência


emergencial, expresso em minutos;
n = número de ocorrências emergenciais verificadas no conjunto de unidades
consumidoras, no período de apuração considerado;
TMD = tempo médio de deslocamento da equipe de atendimento de emergência, expresso
em minutos;
TD = tempo de deslocamento da equipe de atendimento de emergência para cada
ocorrência emergencial, expresso em minutos;
TME = tempo médio de execução do serviço até seu restabelecimento pela equipe
atendimento de emergência, expresso em minutos;
TE = tempo de execução do serviço até seu restabelecimento pela equipe de atendimento
de emergência para cada ocorrência emergencial, expresso em minutos;
TMAE = tempo médio de atendimento a ocorrências emergenciais, representando o tempo
médio para atendimento de emergência, expresso em minutos;
PNIE = percentual do número de ocorrências emergenciais com interrupção de energia
elétrica, expresso em %;
NIE = número de ocorrências emergenciais com interrupção de energia elétrica.

4.5.2 O período de apuração dos indicadores será mensal, correspondente aos meses do ano
civil.

4.6 Ocorrências emergenciais.

4.6.1 A coleta de dados para o cálculo dos indicadores deverá considerar todas as ocorrências
emergenciais, inclusive as correspondentes ao Dia Crítico e aquelas decorrentes de
natureza improcedente, tais como: defeito interno nas instalações das unidades
consumidoras e endereço da reclamação não localizado pelas equipes de atendimento de
emergência.

4.6.2 Na apuração dos indicadores não deverão ser considerados os atendimentos realizados
pelas equipes de atendimento de emergência aos seguintes casos:

a) solicitações de serviços em redes de iluminação pública;


b) serviços de caráter comercial, tais como: reclamação de consumo elevado, substituição
programada de medidores, desconexão e reconexão;
c) reclamações relativas ao nível de tensão de atendimento;
d) reclamações relativas à interrupção de energia elétrica em razão de manutenção
programada, desde que previamente comunicada de acordo os procedimentos definidos
nesta Seção;
e) interrupção em situação de emergência.

4.7 Procedimentos de apuração, registro, armazenamento e envio dos dados.


Procedimentos de Distribuição

Assunto: Seção: Revisão: Data de Vigência: Página:


Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 41 de 76

4.7.1 Os dados relativos às ocorrências emergenciais deverão ser apurados por meio de
procedimentos auditáveis, contemplando desde a coleta dos dados das ocorrências até a
transformação dos mesmos em indicadores.

4.7.2 A distribuidora deverá registrar para todas as ocorrências emergenciais, no mínimo, as


seguintes informações:

a) número de ordem da ocorrência;


b) data (dia, mês e ano) e horário (horas e minutos) do conhecimento da ocorrência;
c) identificação da forma do conhecimento da ocorrência (por meio de registro automático do
sistema de supervisão da distribuidora ou por meio de informação ou reclamação do
consumidor ou de terceiros);
d) data (dia, mês e ano) e horário (horas e minutos) da autorização para o deslocamento da
equipe de atendimento de emergência;
e) data (dia, mês e ano) e horário (horas e minutos) da chegada da equipe de atendimento de
emergência no local da ocorrência;
f) descrição da ocorrência: fato gerador, de acordo com o Anexo II desta seção;
g) coordenada geográfica do poste ou estrutura mais próxima do local da ocorrência ou,
quando não identificado o local, do dispositivo de proteção que operou;
h) data (dia, mês e ano) e horário (horas e minutos) do restabelecimento do atendimento.

4.7.3 Para efeito de registro do instante do conhecimento da ocorrência emergencial prevalecerá


a primeira informação independentemente da origem da percepção.

4.7.4 As informações relativas de cada ocorrência emergencial deverão ser armazenadas, em


formulários próprios, por um período mínimo de 5 (cinco) anos, para uso da ANEEL e dos
consumidores, e estar disponibilizadas em meio magnético ou digital.

4.7.5 A distribuidora deverá enviar à ANEEL, até o último dia útil do mês subsequente ao período
de apuração, os valores mensais dos indicadores TMP, TMD, TME, NIE e n, relativos a cada
conjunto de unidades consumidoras da respectiva área de atuação.

4.8 Fluxograma do processo.

4.8.1 O fluxograma do processo de apuração e avaliação dos tempos das ocorrências


emergenciais está apresentado a seguir:
Procedimentos de Distribuição

Assunto: Seção: Revisão: Data de Vigência: Página:


Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 42 de 76

FLUXOGRAMA DO PROCESSO DE APURAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS TEMPOS DAS OCORRÊNCIAS EMERGENCIAIS

Até o último dia útil do mês Após o mês seguinte a


Mês de Apuração seguinte a Apuração apuração
Necessidade
de Avaliação
dos Apuração e
indicadores de Expurgo de Cálculo Avaliação Envio dos
Coleta de dos dados para a Continuação do
Distribuidora tempo das Ocorrências Registro e
Dados Indicadores ANEEL processo
ocorrências não Armazenamento
emergenciais Consideradas de tempo

Recebimento Avaliação do
ANEEL
dos Desempenho da
Indicadores Distribuidora

Dados das Ocorrências Indicadores: Arquivo de Avaliação do


Produtos Ocorrências Emergenciais TMP Dados das Desempenho
Gerados Emergenciais para Cálculo TMD Ocorrências da Distribuidora
dos TME Emergenciais
Indicadores TMAE
PNIE
Procedimentos de Distribuição

Assunto: Seção: Revisão: Data de Vigência: Página:


Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 43 de 76

5 INDICADORES DE CONTINUIDADE DO SERVIÇO DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA


ELÉTRICA

5.1 Por meio do controle das interrupções, do cálculo e da divulgação dos indicadores de
continuidade de serviço, as distribuidoras, os consumidores e a ANEEL podem avaliar a
qualidade do serviço prestado e o desempenho do sistema elétrico.

5.2 Nesta seção são estabelecidos os indicadores de continuidade do serviço de distribuição de


energia elétrica quanto à duração e frequência de interrupção.

5.3 Os indicadores deverão ser calculados para períodos de apuração mensais, trimestrais e
anuais, com exceção do indicador DICRI, que deverá ser apurado por interrupção ocorrida
em dia crítico.

5.4 Indicadores de continuidade individuais.

5.4.1 Deverão ser apurados para todas as unidades consumidoras, os indicadores de


continuidade a seguir discriminados:

a) Duração de Interrupção Individual por Unidade Consumidora ou por Ponto de Conexão


(DIC), utilizando a seguinte fórmula:

n
DIC   t (i)
i 1

b) Frequência de Interrupção individual por Unidade Consumidora ou por Ponto de Conexão


(FIC), utilizando a seguinte fórmula:

FIC = n

c) Duração Máxima de Interrupção Contínua por Unidade Consumidora ou por Ponto de


Conexão (DMIC), utilizando a seguinte fórmula:

DMIC = t(i) max

d) Duração da interrupção individual ocorrida em dia crítico por unidade consumidora ou ponto
de conexão (DICRI), utilizando a seguinte fórmula:

DICRI = tcrítico

onde:

DIC = duração de interrupção individual por unidade consumidora ou por ponto de conexão,
expressa em horas e centésimos de hora;
FIC = frequência de interrupção individual por unidade consumidora ou ponto de conexão,
expressa em número de interrupções;
Procedimentos de Distribuição

Assunto: Seção: Revisão: Data de Vigência: Página:


Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 44 de 76

DMIC = duração máxima de interrupção contínua por unidade consumidora ou por ponto de
conexão, expressa em horas e centésimos de hora;
DICRI = duração da interrupção individual ocorrida em dia crítico por unidade consumidora
ou ponto de conexão, expressa em horas e centésimos de hora;
i = índice de interrupções da unidade consumidora no período de apuração, variando de 1 a
n;
n = número de interrupções da unidade consumidora considerada, no período de apuração;
t(i) = tempo de duração da interrupção (i) da unidade consumidora considerada ou ponto de
conexão, no período de apuração;
t(i) max = valor correspondente ao tempo da máxima duração de interrupção contínua (i), no
período de apuração, verificada na unidade consumidora considerada, expresso em horas e
centésimos de horas;
tcrítico = duração da interrupção ocorrida em dia crítico.

5.5 Indicadores de continuidade de conjunto de unidades consumidoras.

5.5.1 Deverão ser apurados para cada conjunto de unidades consumidoras os indicadores de
continuidade a seguir discriminados:

a) Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC), utilizando a seguinte


fórmula:

Cc

 DIC(i)
i 1
DEC 
Cc

b) Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC), utilizando a


seguinte fórmula:

Cc

 FIC (i)
FEC  i 1
Cc

onde:

DEC = duração equivalente de interrupção por unidade consumidora, expressa em horas e


centésimos de hora;
FEC = frequência equivalente de interrupção por unidade consumidora, expressa em
número de interrupções e centésimos do número de interrupções;
i = índice de unidades consumidoras atendidas em BT ou MT faturadas do conjunto;
Cc = número total de unidades consumidoras faturadas do conjunto no período de
apuração, atendidas em BT ou MT.
Procedimentos de Distribuição

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Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 45 de 76

5.6 Apuração dos indicadores.

5.6.1 Os indicadores de continuidade de conjunto de unidades consumidoras e individuais


deverão ser apurados considerando as interrupções de longa duração.

5.6.2 Apuração dos indicadores coletivos.

5.6.2.1 Para apuração dos indicadores DEC e FEC deverão ser consideradas as interrupções de
longa duração, devendo ser segredadas nos seguintes indicadores:

i. DECxp e FECxp – DEC ou FEC devido a interrupção de origem externa ao sistema de


distribuição e programada, não ocorrida em dia crítico;
ii. DECxn e FECxn – DEC ou FEC devido a interrupção de origem externa ao sistema de
distribuição e não programada, não ocorrida em dia crítico;
iii. DECip e FECip – DEC ou FEC devido a interrupção de origem interna ao sistema de
distribuição e programada, não ocorrida em dia crítico;
iv. DECind e FECind – DEC ou FEC devido a interrupção de origem interna ao sistema de
distribuição, não programada e não expurgável.

5.6.2.2 Na apuração dos indicadores DEC e FEC devem ser consideradas todas as interrupções,
admitidas apenas as seguintes exceções:

i. falha nas instalações da unidade consumidora que não provoque interrupção em


instalações de terceiros;
ii. interrupção decorrente de obras de interesse exclusivo do consumidor e que afete somente
a unidade consumidora do mesmo;
iii. interrupção em situação de emergência;
iv. suspensão por inadimplemento do consumidor ou por deficiência técnica e/ou de segurança
das instalações da unidade consumidora que não provoque interrupção em instalações de
terceiros, previstas em regulamentação;
v. vinculadas a programas de racionamento instituídos pela União;
vi. ocorridas em dia crítico;
vii. oriundas de atuação de esquemas de alívio de carga solicitado pelo ONS.

5.6.2.3 Para efeito do inciso vi do item anterior, dia crítico deve ser considerado conforme definido
no Módulo 1 – Introdução.

5.6.2.4 A distribuidora deverá registrar em formulários próprios as interrupções relacionadas no


item 5.6.2.2, para fins de fiscalização da ANEEL.

5.6.2.5 As interrupções de que tratam os incisos iii, v e vi do item 5.6.2.2 deverão ser descritas em
detalhes, com a identificação dos locais ou áreas atingidas, fornecendo uma avaliação
Procedimentos de Distribuição

Assunto: Seção: Revisão: Data de Vigência: Página:


Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 46 de 76

pormenorizada da impossibilidade de atendimento, incluindo, para o inciso iii, uma


estimativa da duração da impossibilidade de cumpri-las.

5.6.2.6 Não serão consideradas as interrupções provenientes da transmissora ou distribuidora


acessada como interrupção em situação de emergência.

5.6.2.7 Das interrupções descritas no item 5.6.2.2, deverão ser apurados os seguintes
indicadores:

i. DECine e FECine – DEC ou FEC devido a interrupção de origem interna ao sistema de


distribuição, não programada e ocorrida em situação de emergência;
ii. DECinc e FECinc – DEC ou FEC devido a interrupção de origem interna ao sistema de
distribuição, não programada, ocorrida em dia crítico e não ocorrida nas situações descritas
nos incisos iii, v e vii do item 5.6.2.2;
iii. DECino e FECino – DEC ou FEC devido a interrupção de origem interna ao sistema de
distribuição, não programada e ocorrida nas situações descritas nos incisos v e vii do item
5.6.2.2;
iv. DECipc e FECipc – DEC ou FEC devido a interrupção de origem interna ao sistema de
distribuição, programada, ocorrida em dia crítico;
v. DECxpc e FECxpc – DEC ou FEC devido a interrupção de origem externa ao sistema de
distribuição, programada, ocorrida em dia crítico;
vi. DECxnc e FECxnc – DEC ou FEC devido a interrupção de origem externa ao sistema de
distribuição, não programada, ocorrida em dia crítico.

5.6.2.8 A estratificação das interrupções de longa duração nos indicadores apresentados


anteriormente pode ser visualizada na Figura 1. Os indicadores de cor cinza não compõem
os indicadores DEC e FEC.

Figura 1 – Estratificação das interrupções de longa duração.

5.6.3 Apuração dos indicadores individuais.

5.6.3.1 Na apuração dos indicadores DIC e FIC não serão consideradas as interrupções previstas
no item 5.6.2.2.
Procedimentos de Distribuição

Assunto: Seção: Revisão: Data de Vigência: Página:


Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 47 de 76

5.6.3.2 Na apuração do indicador DMIC, além das interrupções referidas no item 5.6.2.2, também
não deverão ser consideradas aquelas oriundas de desligamentos programados, desde
que sejam atendidas as seguintes condições:

a) os consumidores sejam devidamente avisados;


b) o início e o fim da interrupção estejam compreendidos no intervalo programado.

5.6.3.3 Na apuração do indicador DICRI não serão consideradas as interrupções previstas no item
5.6.2.2, com exceção do inciso vi.

5.6.3.4 Na apuração do indicador DICRI de unidade consumidora atendida em AT, deve-se


considerar os dias críticos apurados para o conjunto de unidades consumidoras de sua
localização geográfica.

5.6.3.5 A apuração das interrupções de curta e de longa duração é realizada por meio dos
sistemas de medição ininterrupta de que trata a Resolução Normativa nº 502/2012, quando
esses forem disponíveis.

5.6.3.5.1 Considera-se que há interrupção sempre que a tensão de fornecimento for igual ou inferior
a 70% (setenta por cento) da tensão nominal.

5.6.3.5.2 A apuração dos indicadores de continuidade individuais deve considerar, obrigatoriamente,


as interrupções de longa duração registradas pelo sistema de medição ininterrupta.

5.6.3.5.3 Admite-se diferença entre os valores registrados pela medição ininterrupta e os valores
dos indicadores efetivamente apurados se ocorrer uma das situações previstas no item
5.6.2.2. A razão da divergência deve ser justificada ao consumidor no momento da
apresentação da apuração.

5.6.3.6 Nas unidades consumidoras em que não houver sistema de medição ininterrupta, os
registros de início e término da interrupção devem corresponder às informações mais
precisas dentre todas aquelas disponíveis na distribuidora, considerando, inclusive, as
medições ininterruptas de outras unidades consumidoras.

5.7 Aviso de interrupções.

5.7.1 A distribuidora deverá avisar a todos os consumidores da respectiva área de concessão ou


permissão sobre as interrupções programadas, informando a data da interrupção e o horário
de início e término, observando os seguintes procedimentos:

a) unidades consumidoras atendidas em tensão superior a 1 kV e inferior a 230 kV, com


demanda contratada igual ou superior a 500 kW: os consumidores deverão receber o aviso
por meio de documento escrito e personalizado, com antecedência mínima de 5 (cinco) dias
úteis em relação à data da interrupção;

b) unidades consumidoras atendidas em tensão inferior a 69kV que prestem serviço essencial:
os consumidores deverão receber o aviso por meio de documento escrito e personalizado,
com antecedência mínima de 5 (cinco) dias úteis em relação à data da interrupção;
Procedimentos de Distribuição

Assunto: Seção: Revisão: Data de Vigência: Página:


Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 48 de 76

c) unidades consumidoras atendidas em tensão superior a 1 kV e inferior a 230 kV com


demanda contratada inferior a 500 kW e unidades consumidoras atendidas em tensão igual
ou inferior a 1 kV e que exerçam atividade comercial ou industrial: os consumidores deverão
receber o aviso por meio de documento escrito e personalizado, com antecedência mínima
de 3 (três) dias úteis em relação à data da interrupção, desde que providenciem o cadastro
da unidade consumidora na distribuidora para receberem esse tipo de serviço;

d) outras unidades consumidoras: os consumidores deverão ser avisados por meios eficazes
de comunicação de massa, informando a abrangência geográfica ou, a critério da
distribuidora, por meio de documento escrito e personalizado, com antecedência mínima de
72 (setenta e duas) horas em relação ao horário de início da interrupção.

5.7.2 As unidades consumidoras não listadas no Módulo 1 – Introdução que prestam serviço
essencial ou as que por alterações de suas características vierem a prestar serviços
essenciais poderão solicitar à distribuidora esta condição, para recebimento dos avisos de
interrupções.

5.7.3 Nas unidades consumidoras onde existam pessoas usuárias de equipamentos de autonomia
limitada, vitais à preservação da vida humana e dependentes de energia elétrica, os
consumidores deverão ser avisados da interrupção de forma preferencial e obrigatória, por
meio de documento escrito e personalizado, com antecedência mínima de 5 (cinco) dias
úteis em relação à data da interrupção, desde que efetuem o cadastro da unidade
consumidora na distribuidora para receberem esse tipo de serviço.

5.7.4 A distribuidora poderá utilizar outros meios de comunicação para a divulgação das
interrupções programadas, desde que pactuados com o consumidor, devendo nesses casos
manter registro ou cópia das divulgações para fins de fiscalização da ANEEL.

5.7.5 A distribuidora deverá manter e disponibilizar, por no mínimo 5 (cinco) anos, os registros das
interrupções emergenciais e das programadas, discriminando-as em formulário próprio.

5.8 Período de apuração e cálculo dos indicadores de continuidade.

5.8.1 O período de apuração das interrupções ocorridas nos conjuntos de unidades consumidoras
será mensal, e os indicadores devem ser apurados de acordo com o especificado no item
5.5.

5.8.2 Os indicadores globais se referem a um agrupamento de conjuntos de unidades


consumidoras, podendo se referir a uma distribuidora, município, estado, região ou ao Brasil.

5.8.3 O valor do indicador de continuidade, trimestral ou anual, de cada conjunto, será calculado
de acordo com as seguintes equações:

3 3

 DECn  Ccn   FEC n  Cc n 


DECTRIM  n 1
FEC TRIM  n 1

Cc MED _ TRIM Cc MED _ TRIM


Procedimentos de Distribuição

Assunto: Seção: Revisão: Data de Vigência: Página:


Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 49 de 76

12 12

 DECn  Ccn   FEC n  Ccn 


DEC ANUAL  n 1
FEC ANUAL  n 1

Cc MED _ ANUAL Cc MED _ ANUAL

onde:

DECn = valor mensal do DEC apurado no mês n, com 2 (duas) casas decimais;
FECn = valor mensal do FEC apurado no mês n, com 2 (duas) casas decimais;
DECTRIM = valor do DEC no período de apuração trimestral, com 2 (duas) casas decimais;
FECTRIM = valor do FEC no período de apuração trimestral, com 2 (duas) casas decimais;
DECANUAL = valor do DEC no período de apuração anual, com 2 (duas) casas decimais;
FECANUAL = valor do FEC no período de apuração anual, com 2 (duas) casas decimais;
Ccn = número de unidades consumidoras do conjunto faturadas e atendidas em BT ou MT
informado no mês n;
CcMED_TRIM = média aritmética do número de unidades consumidoras atendidas em BT ou
MT, faturadas no período trimestral, com 2 (duas) casas decimais;
CcMED_Anual = média aritmética do número de unidades consumidoras atendidas em BT ou
MT, faturadas no período anual, com 2 (duas) casas decimais.

5.8.4 O valor do indicador de continuidade global será:

 DEC  Cc  i i
DECMENSAL  i 1
M

 Cc
i 1
i

 DEC 
M

TRIM _ i  Cc MED _ TRIM _ i


DECTRIM  i 1
M

 Cc
i 1
MED _ TRIM _ i

 DEC 
M

ANUAL _ i  Cc MED _ ANUAL _ i


DEC ANUAL  i 1
M

 Cc
i 1
MED _ ANUAL _ i
Procedimentos de Distribuição

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Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 50 de 76

 FEC i  Cci 
FEC MENSAL  i 1
M

 Cc
i 1
i

 FEC 
M

TRIM _ i  Cc MED _ TRIM _ i


FEC TRIM  i 1
M

 Cc
i 1
MED _ TRIM _ i

 FEC 
M

ANUAL _ i  Cc MED _ ANUAL _ i


FEC ANUAL  i 1
M

 Cc
i 1
MED _ ANUAL _ i

onde:

DECi = valor mensal do DEC, do conjunto i, com 2 (duas) casas decimais;


FECi = valor mensal do FEC, do conjunto i, com 2 (duas) casas decimais;
DECMENSAL = valor mensal global do DEC, no mês de referência, com 2 (duas) casas
decimais;
FECMENSAL = valor mensal global do FEC, no mês de referência, com 2 (duas) casas
decimais;
DECTRIM = valor trimestral global do DEC, no trimestre de referência, com 2 (duas) casas
decimais;
FECTRIM = valor trimestral global do FEC, no trimestre de referência, com 2 (duas) casas
decimais;
DECTRIM_i = valor do DEC, trimestral do conjunto i, com 2 (duas) casas decimais;
FECTRIM_i = valor do FEC, trimestral do conjunto i, com 2 (duas) casas decimais;
DECANUAL_i = valor do DEC, anual do conjunto i, com 2 (duas) casas decimais;
FECANUAL_i = valor do FEC, anual do conjunto i, com 2 (duas) casas decimais;
DECANUAL = valor anual global do DEC, no ano de referência, com 2 (duas) casas decimais;
FECANUAL = valor anual global do FEC, no ano de referência, com 2 (duas) casas decimais;
Cci = número de unidades consumidoras faturadas e atendidas em BT ou MT do conjunto i,
no mês de referência;
CcMED_TRIM_i = média aritmética do número de unidades consumidoras faturadas e atendidas
em BT ou MT do conjunto i, com 2 (duas) casas decimais, para o período trimestral;
CcMED_Anual_i = média aritmética do número de unidades consumidoras faturadas e atendidas
em BT ou MT do conjunto i, com 2 (duas) casas decimais, para o período anual;
Procedimentos de Distribuição

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Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 51 de 76

M = número total de conjuntos considerados para o cálculo do indicador global.

5.8.5 Indicador de desempenho global de continuidade

5.8.5.1 O indicador de desempenho global de continuidade é um indicador com periodicidade


anual, calculado de acordo com as seguintes etapas:

a) cálculo dos indicadores anuais globais DEC e FEC da distribuidora, tanto dos valores
apurados quanto dos limites;

b) cálculo do desempenho relativo anual para os indicadores DEC e FEC, que consiste na
razão do valor apurado pelo limite dos indicadores;

c) cálculo do desempenho relativo global, que consiste na média aritmética simples entre os
desempenhos relativos anuais dos indicadores DEC e FEC, com duas casas decimais; e

d) apuração do indicador de desempenho global de continuidade, obtido após a ordenação, de


forma crescente, dos desempenhos relativos globais das distribuidoras.

5.8.5.2 A ANEEL publicará em abril de cada ano o indicador de desempenho global de


continuidade das concessionárias de distribuição, podendo dividi-las em grupos, para
melhor classificação das mesmas.

5.9 Fluxograma do processo de apuração.

5.9.1 A seguir é apresentado o fluxograma do processo de apuração e avaliação dos indicadores


de continuidade:
Procedimentos de Distribuição

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Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 52 de 76

FLUXOGRAMA DO PROCESSO DE APURAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS INDICADORES DE CONTINUIDADE

Mês de apuração Até o último dia útil do mês seguinte a Após o mês seguinte
apuração de apuração

Necessidade Apuração e
de Avaliação Expurgo de Cálculo dos Avaliação Envio dos
Distribuidora Coleta de Continuação do
dos Interrupções Indicadores Registro e dados para a
Dados processo
Indicadores não de Armazenamento ANEEL
de Consideradas Continuidade
Continuidade

Recebimento
dos indicadores Avaliação do
coletivos (DEC desempenho
ANEEL e FEC) da
distribuidora

Dados das Dados de Indicadores:


Produtos Interrupções Interrupções DEC e FEC Arquivo de Avaliação e
Gerados Programadas para Cálculo DIC, FIC, Dados das divulgação do
e Acidentais dos DMIC e interrupções desempenho
Indicadores DICRI da distribuidora
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Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 53 de 76

5.10 Limites de continuidade do serviço.

5.10.1 Para estabelecer os limites dos indicadores de continuidade, as distribuidoras devem,


conforme estabelecido no Módulo 6, enviar à ANEEL os atributos físico-elétricos de todos os
seus conjuntos.

5.10.2 No estabelecimento dos limites de continuidade para os conjuntos de unidades


consumidoras será aplicado o seguinte procedimento:

a) seleção dos atributos relevantes para aplicação de análise comparativa;

b) aplicação de análise comparativa, com base nos atributos selecionados na alínea “a”;

c) cálculo dos limites para os indicadores DEC e FEC dos conjuntos de unidades
consumidoras de acordo com o desempenho dos conjuntos; e

d) análise por parte da ANEEL, com a definição dos limites para os indicadores DEC e FEC.

5.10.3 Os valores dos limites anuais dos indicadores de continuidade dos conjuntos de unidades
consumidoras serão disponibilizados por meio de audiência pública e serão estabelecidos
em resolução específica, de acordo com a periodicidade da revisão tarifária da distribuidora.

5.10.4 Os valores estabelecidos para o período até a próxima revisão tarifária serão publicados por
meio de resolução específica e entrarão em vigor a partir do mês de janeiro do ano
subsequente à publicação, devendo propiciar melhoria do limite anual global de DEC e FEC
da distribuidora.

5.10.5 Quando um conjunto for subdividido ou reagrupado, deverão ser definidos limites de
continuidade considerando-se o histórico dos conjuntos que deram origem à nova formação.

5.10.6 Os limites dos indicadores de continuidade individuais (DIC, FIC e DMIC) para as unidades
consumidoras deverão obedecer aos valores estabelecidos nas tabelas 1 a 5 do Anexo I
desta seção, de acordo com a localização e com a tensão contratada.

5.10.6.1 Para efeito de enquadramento dos limites de continuidade individuais, considera-se


unidade consumidora situada em área não urbana aquela unidade com atendimento
efetuado pela distribuidora fora do limite de zona urbana definida por lei municipal.

5.10.6.2 Os limites dos indicadores DIC e DMIC são vinculados ao limite anual do indicador DEC,
enquanto os limites do indicador FIC são vinculados aos limites anuais do indicador FEC.

5.10.6.3 Poderão ser fixados limites de continuidade que propiciem melhor qualidade dos serviços
prestados ao consumidor, quando da celebração de contratos de fornecimento e de uso do
sistema de distribuição, observando-se as responsabilidades estabelecidas em legislação.
Procedimentos de Distribuição

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Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 54 de 76

5.10.7 O limite do indicador DICRI para as unidades consumidoras atendidas em MT e BT deverá


corresponder ao maior valor estabelecido para o indicador DMIC nas tabelas 2 a 5 do Anexo
I desta seção, de acordo com a localização e com a tensão contratada.

5.10.8 O limite do indicador DICRI para as unidades consumidoras atendidas em AT deverá


corresponder ao maior valor estabelecido para o indicador DMIC na Tabela 2 do Anexo I
desta seção.

5.11 Compensações.

5.11.1 No caso de violação do limite de continuidade individual dos indicadores DIC, FIC e DMIC
em relação ao período de apuração (mensal, trimestral ou anual), a distribuidora deverá
calcular a compensação ao consumidor acessante do sistema de distribuição, inclusive
àqueles conectados em DIT, e efetuar o crédito na fatura, apresentada em até dois meses
após o período de apuração.

5.11.2 No caso de violação do limite de continuidade individual do indicador DICRI, a distribuidora


deverá calcular a compensação ao consumidor acessante do sistema de distribuição,
inclusive àqueles conectados em DIT, e efetuar o crédito na fatura, apresentada em até dois
meses após o mês de ocorrência da interrupção.

5.11.2.1 A distribuidora deverá efetuar uma compensação ao consumidor para cada interrupção
ocorrida em dia crítico que superar o limite do indicador DICRI.

5.11.3 Nos casos onde o valor integral ou o crédito remanescente ultrapasse o valor da fatura
mensal, o valor da compensação a ser creditado na fatura do consumidor ou da distribuidora
acessante poderá ser parcelado, limitado às 2 (duas) faturas subsequentes, ou pago em
moeda corrente.

5.11.4 No caso de inadimplência do consumidor ou da distribuidora acessante, desde que em


comum acordo entre as partes, o valor da compensação poderá ser utilizado para deduzir
débitos vencidos.

5.11.5 No cálculo do valor da compensação serão utilizadas as seguintes fórmulas:

a) Para o DIC:

 DICv  EUSDmédio
Valor    1 DICp   kei
 DICp  730

b) Para o DMIC:

 
 DMICv  EUSDmédio
Valor    1 DMICp   kei
 DMICp  730
 
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c) Para o FIC:

 
 FICv  EUSDmédio
Valor    1 DICp   kei
 FICp  730
 

d) Para o DICRI:

 
 DICRIv  EUSDmédio
Valor    1 DICRIp   kei
 DICRIp  730
 

onde:

DICv = duração de interrupção por unidade consumidora ou por ponto de conexão,


conforme cada caso, verificada no período considerado, expressa em horas e centésimos
de hora;
DICp = limite de continuidade estabelecido no período considerado para o indicador de
duração de interrupção por unidade consumidora ou por ponto de conexão, expresso em
horas e centésimos de hora;
DMICv = duração máxima de interrupção contínua por unidade consumidora ou por ponto
de conexão, conforme cada caso, verificada no período considerado, expressa em horas e
centésimos de hora;
DMICp = limite de continuidade estabelecido no período considerado para o indicador de
duração máxima de interrupção contínua por unidade consumidora ou por ponto de
conexão, expresso em horas e centésimos de hora;
FICv = frequência de interrupção por unidade consumidora ou por ponto de conexão,
conforme cada caso, verificada no período considerado, expressa em número de
interrupções;
FICp = limite de continuidade estabelecido no período considerado para o indicador de
frequência de interrupção por unidade consumidora ou por ponto de conexão, expresso em
número de interrupções e centésimo do número de interrupções;
DICRIv = duração da interrupção individual ocorrida em dia crítico por unidade consumidora
ou ponto de conexão, expressa em horas e centésimos de hora;
DICRIp = limite de continuidade estabelecido para o indicador de duração da interrupção
individual ocorrida em dia crítico por unidade consumidora ou ponto de conexão, expresso
em horas e centésimos de hora;
EUSDmédio = média aritmética dos encargos de uso do sistema de distribuição
correspondentes aos meses do período de apuração do indicador;
730 = número médio de horas no mês;
kei = coeficiente de majoração cujo valor deve ser fixado em:
Procedimentos de Distribuição

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i. 15 (quinze), para unidade consumidora ou ponto de conexão atendidos em Baixa Tensão;


ii. 20 (vinte), para unidade consumidora ou ponto de conexão atendidos em Média Tensão;
iii. 27 (vinte e sete), para unidade consumidora ou ponto de conexão atendidos em Alta
Tensão.

5.11.6 Critérios para aplicação das compensações.

5.11.6.1 Para unidades consumidoras com CCD e distribuidoras conectadas ao sistema de


distribuição, as compensações associadas às violações dos limites de continuidade DIC,
FIC, DMIC e DICRI por ponto de conexão, deverão ser estabelecidas nos respectivos
contratos, obedecendo aos critérios deste Módulo.

5.11.6.2 No caso de compensação ao consumidor ou à distribuidora, referente à violação do DIC ou


FIC, deverão ser observados os critérios a seguir:

5.11.6.3 quando da violação dos limites trimestral ou anual, o montante a ser compensado deverá
ser calculado proporcionalmente, multiplicando-se o resultado obtido da fórmula de cálculo
da compensação pelo quociente entre a soma dos valores apurados dos indicadores
mensais que não foram violados e o valor apurado do indicador trimestral ou anual.

5.11.6.4 quando os limites trimestrais ou anuais tiverem sido violadas e os valores mensais
apurados não violados forem nulos, a compensação referente ao período de apuração
trimestral ou anual, deverá corresponder à diferença dos montantes calculados para essa
compensação e os montantes mensais de cada indicador já creditados ao consumidor ou à
distribuidora;

5.11.6.5 quando todos os limites dos indicadores mensais de uma unidade consumidora ou
distribuidora tiverem sido violadas em um trimestre ou em um ano, e as compensações
mensais já tenham sido devidamente creditadas, as compensações referentes aos
períodos de apuração trimestral ou anual deverão corresponder à diferença dos montantes
calculados para essas compensações e os montantes mensais de cada indicador já
creditados aos consumidores ou à distribuidora.

5.11.6.6 Para efeito de aplicação de eventual compensação, quando da violação dos limites
estabelecidos, deverão ser consideradas as seguintes situações:

5.11.6.7 o valor mínimo da compensação no caso de violação do limite do indicador de


continuidade individual será R$ 0,01 (um centavo de real);

5.11.6.8 o valor máximo da compensação, associada à violação do limite do indicador de


continuidade individual, será:
i. 10 (dez) vezes o valor do “EUSDmédio”, no caso de violação de limite mensal;
ii. 30 (trinta) vezes o valor do “EUSDmédio”, no caso de violação de limite trimestral;
iii. 120 (cento e vinte) vezes o valor do “EUSDmédio”, no caso de violação de limite
anual.
Procedimentos de Distribuição

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5.11.6.9 quando ocorrer violação do limite de mais de um indicador de continuidade individual DIC,
FIC e DMIC, no período de apuração, deverá ser considerado, para efeito de
compensação, aquele indicador que apresentar o maior valor de compensação, após
aplicação dos critérios definidos no item 5.11.6.

5.11.6.10 quando ocorrer violação do indicador DICRI, a compensação deverá ser realizada
sem prejuízo das compensações a serem pagas por violação dos indicadores DIC, FIC e
DMIC, podendo inclusive haver compensação referente a mais de uma violação do limite
do indicador DICRI no mesmo mês. Nesse caso, a compensação a ser paga é a soma das
compensações calculadas para cada violação.

5.12 Procedimentos de coleta, armazenamento e envio dos indicadores de continuidade e


compensações realizadas.

5.12.1 A coleta e armazenamento dos dados de interrupções devem atender as seguintes


diretrizes:

a) os dados das interrupções de longa duração e os indicadores deles provenientes deverão


ser mantidos na distribuidora por período mínimo de 5 (cinco) anos, para uso da ANEEL e
dos consumidores;

b) para cada conjunto afetado por interrupções de longa duração deverão ser registradas as
seguintes informações:

i. número de unidades consumidoras do conjunto em cada mês da apuração;


ii. código de identificação do conjunto;

c) para cada interrupção de longa duração ocorrida no conjunto deverão ser registradas as
seguintes informações:

i. fato gerador;
ii. data, hora e minutos do início e restabelecimento da interrupção;
iii. número de unidades consumidoras atingidas pela interrupção;
iv. código de identificação de cada unidade consumidora;
v. nível de tensão onde o fato gerador foi verificado.

d) o fato gerador deverá ser classificado para fins de coleta e armazenamento de acordo com
o Anexo II desta seção.

e) esses dados deverão estar disponíveis em meio digital e relacionados ao código de


identificação de cada unidade consumidora;

f) as exceções tratadas no item 5.6.2.2 deverão ter seus devidos registros comprobatórios
armazenados na distribuidora por período de 5 (cinco) anos, para uso da ANEEL e dos
acessantes;

g) na hipótese de ocorrer compensação de valores ao consumidor, a distribuidora deverá


manter registro, em formulário próprio, para uso da ANEEL, com os seguintes dados:
Procedimentos de Distribuição

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Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 58 de 76

i. nome do consumidor favorecido;


ii. endereço da unidade consumidora;
iii. tensão contratada;
iv. enquadramento da unidade consumidora em área urbana e não-urbana, utilizado para fins
de classificação dos limites de indicadores individuais.
v. nome do conjunto ao qual pertence a unidade consumidora, caso exista;
vi. período (mês, trimestre, ano) referente à constatação da violação;
vii. valor do EUSDmédio considerado no cálculo da compensação;
viii. importância individual da compensação;
ix. valores apurados dos indicadores violados.

h) a distribuidora deve possuir a certificação do processo de coleta dos dados e de apuração


dos indicadores individuais e coletivos, com base nas normas da Organização Internacional
para Normalização (International Organization for Standardization) ISO 9000.

5.12.2 Envio dos indicadores de continuidade.

5.12.2.1 A distribuidora deverá enviar à ANEEL os valores apurados dos indicadores DEC e FEC
para cada conjunto de unidades consumidoras, conforme disposto no Módulo 6.

5.12.2.2 Em caso de racionamento de energia elétrica, a distribuidora deverá apurar e enviar à


ANEEL os valores dos indicadores de continuidade de duas formas distintas: considerando
o efeito do racionamento sobre os valores finais dos indicadores e desconsiderando o
referido efeito.

5.12.2.3 Os valores apurados dos indicadores DEC e FEC devem ser enviados pela distribuidora à
ANEEL de forma segregada em:

i. DECxp e FECxp;
ii. DECxn e FECxn;
iii. DECip e FECip;
iv. DECind e FECind.

5.12.2.4 As interrupções expurgáveis devem ser segregadas para envio à ANEEL em:

i. DECine e FECine;
ii. DECinc e FECinc;
iii. DECino e FECino;
iv. DECipc e FECipc;
v. DECxpc e FECxpc;
vi. DECxnc e FECxnc.

5.13 Informação dos indicadores aos consumidores.


Procedimentos de Distribuição

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Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 59 de 76

5.13.1 Os sistemas ou mecanismos de atendimento deverão disponibilizar informações e


esclarecimentos sobre os indicadores de continuidade de fornecimento de energia elétrica
para todos os conjuntos de consumidores.

5.13.2 A distribuidora deverá informar na fatura dos consumidores as informações referentes aos
indicadores de continuidade individuais, conforme estabelecido em regulamento específico,
além das seguintes informações:

a) o direito do consumidor de solicitar à distribuidora a apuração dos indicadores DIC, FIC,


DMIC e DICRI a qualquer tempo;

b) o direito do consumidor de receber uma compensação, caso sejam violados os limites de


continuidade individuais relativos à unidade consumidora, para apuração mensal, trimestral
e anual.

5.13.2.1 As informações listadas no item 5.13.2 e a eventual compensação de que tratam os itens
5.11.1 e 5.11.2 devem corresponder ao mesmo período de apuração, e ser informadas em
até dois meses após o referido período.

5.13.3 A distribuidora deverá informar por escrito, em até 30 (trinta) dias, sempre que solicitados
pelo consumidor, as seguintes informações:

i. os indicadores individuais discriminados no item 5.4.1;


ii. o valor do EUSDmédio; e
iii. as datas e horários de inicio e fim das interrupções ocorridas na unidade consumidora,
detalhando inclusive aquelas que foram expurgadas, relativas ao último período de
apuração mensal, trimestral ou anual.

5.13.3.1 Para os indicadores DIC e FIC, deverão ser apurados e informados aos consumidores os
valores apurados e os respectivos limites mensais, trimestrais e anuais referentes ao
último ano civil, bem como os valores mensais e trimestrais, até o mês subsequente à sua
apuração, do ano em curso.

5.13.3.2 Para o indicador DMIC deverão ser apurados e informados aos consumidores os valores
apurados e os respectivos limites mensais referentes ao último ano civil, bem como os
valores mensais, até o mês subsequente à sua apuração, do ano em curso.

5.13.3.3 Para o indicador DICRI deverão ser apurados e informados aos consumidores os valores
apurados e os respectivos limites referentes ao último ano civil, bem como os valores
apurados, até o mês subsequente à sua apuração, do ano em curso.

6 INDICADORES DE CONTINUIDADE PARA TRANSMISSORAS DETENTORAS DE DIT E


DISTRIBUIDORAS ACESSADAS POR OUTRAS DISTRIBUIDORAS

6.1 Disposições gerais.


Procedimentos de Distribuição

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Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 60 de 76

6.1.1 A qualidade do serviço prestado pelas DIT ou por distribuidoras acessadas por outras
distribuidoras é avaliada por meio de procedimentos para controle, registro, apuração e
publicação dos indicadores de continuidade.

6.1.2 A qualidade do serviço deve ser garantida pelo acessado, sendo avaliada através de
indicadores e limites de continuidade para os pontos de conexão, observados os aspectos
de duração e frequência de interrupção.

6.1.3 Os indicadores de continuidade devem ser calculados para períodos de observação


mensais, trimestrais e anuais.

6.1.4 Os indicadores de continuidade devem ser apurados para todos os pontos de conexão,
observada a definição descrita no item 5.4 desta seção.

6.1.5 As compensações em razão de violação dos limites de continuidade dos pontos de conexão
são aplicadas da seguinte forma:

6.1.5.1 As compensações calculadas devido à violação dos limites de continuidade dos pontos de
conexão de distribuidoras ou unidades consumidoras em DIT são descontadas no reajuste
tarifário anual da transmissora acessada.

6.1.5.2 As compensações pagas devido à violação dos limites de continuidade dos pontos de
conexão dos acessos de distribuidoras a outras distribuidoras são contabilizadas em conta
específica, e serão descontadas da receita requerida da distribuidora acessante, de acordo
com regulamento específico.

6.1.6 A ultrapassagem do limite de compensação anual referido no item 6.5.2.2 pode ser
caracterizada como descumprimento das disposições regulamentares relativas à qualidade
dos serviços de energia elétrica para fins de fiscalização, sujeita a aplicação de penalidade
conforme regulamentação específica.
Procedimentos de Distribuição

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Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 61 de 76

6.2 Apuração dos indicadores de continuidade.

6.2.1 Os indicadores de continuidade dos pontos de conexão devem ser apurados considerando
as interrupções de longa duração.

6.2.2 Na apuração dos indicadores de continuidade DIC e FIC dos pontos de conexão não são
consideradas as situações descritas a seguir:

i. falha nas instalações de responsabilidade do acessante que não provoque interrupção


em outros pontos de conexão;
ii. desligamento de interesse exclusivo do acessante e que afete somente os pontos de
conexão abrangidos pela solicitação;
iii. desligamento por inadimplemento do acessante ou por deficiência técnica e/ou de
segurança das instalações sob responsabilidade do acessante que não provoque
interrupção em outros pontos de conexão;
iv. interrupção motivada por caso fortuito ou de força maior, a ser comprovada
documentalmente pelo acessado;
v. atuação de esquemas de alívio de carga, oriundas das instalações do acessado,
solicitado pelo ONS;
vi. implantação de ampliações e reforços propostos pelo ONS e aprovados pela ANEEL,
somente nos períodos em que forem feitos os desligamentos efetivamente
necessários para implantação do empreendimento;
vii. eventos oriundos de instalações da Rede Básica, que afetar diretamente o
desempenho do ponto de conexão suprido por concessionária de transmissão
detentora de DIT;
viii. período de até 3 (três) minutos necessário para realizar o religamento manual de
linhas de transmissão cujo religamento automático esteja desativado por solicitação
da distribuidora.

6.2.3 Na apuração do indicador de continuidade DMIC dos pontos de conexão não são
consideradas, além daquelas referidas no item 6.2.2, as interrupções motivadas por eventos
oriundos das instalações do acessado em razão de desligamentos programados,
devidamente comunicados aos acessantes, e com início e fim da interrupção compreendidos
no intervalo programado.

6.3 Procedimento de apuração dos indicadores de continuidade.

6.3.1 A comunicação da ocorrência do evento ao acessado é de responsabilidade da distribuidora


acessante, devendo seguir os procedimentos estabelecidos no Módulo 4 do PRODIST.

6.3.2 No caso de não se dispor de mecanismos de supervisão que possibilitem identificar o


momento exato da ocorrência da interrupção, os quais devem ser utilizados
preferencialmente, a comunicação da ocorrência ao acessado define o momento em que a
interrupção foi iniciada.

6.3.3 Os agentes interessados em realizar programação de interrupção devem observar as


disposições contidas no Módulo 4 do PRODIST, inclusive quanto aos prazos e condições.
Procedimentos de Distribuição

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Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 62 de 76

6.3.4 O período de apuração das interrupções constitui o espaço de observação da ocorrência


das interrupções, e corresponde aos períodos de definição civil mensal, trimestral ou anual.

6.3.5 Para o caso dos pontos de conexão em DIT e dos pontos de conexão entre distribuidoras, o
processo de apuração deve ser:

i. a distribuidora acessante deve contabilizar as interrupções ocorridas, gerando o


Relatório dos Indicadores de Continuidade, o Relatório das Interrupções e o Relatório
de Cálculo das Compensações discriminados por ponto de conexão, inclusive no que
tange aos eventos programados e eventuais interrupções não contabilizadas no
indicador;
ii. a distribuidora acessante deve encaminhar os Relatórios mencionados, em versão
preliminar, discriminados por ponto de conexão, para o acessado, até o 10º dia útil
após o término do período de apuração;
iii. o acessado deve encaminhar à distribuidora acessante os Relatórios mencionados,
em versão final, com eventuais ajustes baseados nas informações disponíveis em
seus sistemas, até o 20º dia útil após o término do período de apuração.

6.3.5.1 Os relatórios devem conter a listagem das interrupções com o detalhamento das
ocorrências, a apuração dos indicadores correspondentes e, quando aplicável, o cálculo
das compensações.

6.3.5.2 Os relatórios devem ser emitidos mensalmente, com a apuração dos indicadores mensais,
trimestrais ou anuais.

6.4 Limites dos indicadores de continuidade.

6.4.1 Os limites dos indicadores de continuidade dos pontos de conexão estão definidos na
Tabela 1, conforme a tensão contratada.

Tabela 1 – Limites dos indicadores de continuidade anuais,


trimestrais e mensais por ponto de conexão e tensão contratada.
DIC FIC DMIC
(horas) (interrupções) (horas)
A T M A T M M
Categoria 1
1,30 0,98 0,65 2,00 1,50 1,00 0,49
TC ≥ 230 kV
Categoria 2
2,62 1,97 1,31 2,66 2,00 1,33 1,08
230 kV > TC ≥ 138 kV
Categoria 3
3,94 2,96 1,97 3,34 2,51 1,67 1,50
138 kV > TC ≥ 69 kV
Categoria 4
5,24 3,93 2,62 4,00 3,00 2,00 2,28
69 kV > TC ≥ 1 kV
TC – Tensão contratada do ponto de conexão
A – Limites anuais
T – Limites trimestrais
M – Limites mensais
Procedimentos de Distribuição

Assunto: Seção: Revisão: Data de Vigência: Página:


Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 63 de 76

6.5 Compensação.

6.5.1 No caso de haver violação dos limites de continuidade dos pontos de conexão em relação
ao período de apuração, o acessado deve calcular a compensação devida, e:

i. para o caso dos pontos de conexão em DIT, armazenar e enviar à ANEEL os valores
calculados, conforme estabelecido no item 6.6.5, para fins de desconto na receita da
transmissora; ou
ii. para o caso dos pontos de conexão entre distribuidoras, efetuar o pagamento à
distribuidora acessante em até dois meses após o período de apuração, na fatura
mensal devida pela distribuidora acessante, sendo que, em caso desta compensação
superar o valor da fatura mensal, esta poderá ser parcelada, limitada a 2 (duas)
faturas subsequentes.

6.5.2 O cálculo da compensação dos pontos de conexão em DIT deve observar a seguinte
formulação:

 DICv  DICp 
VBdic     RDIT  kei
 DICp 
 FICv  FICp 
VBfic     RDIT  kei
 FICp 
 DMICv  DMICp 
VBdmic     RDIT  kei
 DMICp 

onde:

VBdic = valor bruto da compensação em razão de ultrapassagem correspondente ao


indicador DIC no ponto de conexão, verificado no período considerado, expresso em moeda
corrente;
VBfic = valor bruto da compensação em razão de ultrapassagem correspondente ao
indicador FIC no ponto de conexão, verificado no período considerado, expresso em moeda
corrente;
VBdmic = valor bruto da compensação em razão de ultrapassagem correspondente ao
indicador DMIC no ponto de conexão, verificado no período considerado, expresso em
moeda corrente;
DICv = valor apurado do DIC do ponto de conexão, verificado no período considerado,
expresso em horas e centésimos de hora;
DICp = valor limite do DIC do ponto de conexão, estabelecido no período considerado,
expresso em horas e centésimos de hora;
FICv = valor apurado do FIC do ponto de conexão, verificado no período considerado,
expresso em número de interrupções;
Procedimentos de Distribuição

Assunto: Seção: Revisão: Data de Vigência: Página:


Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 64 de 76

FICp = valor limite do FIC do ponto de conexão, estabelecido no período considerado,


expresso em número de interrupções;
DMICv = valor apurado do DMIC do ponto de conexão, verificado no período considerado,
expresso em horas e centésimos de hora;
DMICp = valor limite do DMIC do ponto de conexão, estabelecido no período considerado,
expresso em horas e centésimos de hora;
RDIT = receita das Demais Instalações de Transmissão - DIT interrompidas que estejam
associadas ao ponto de conexão, verificado no período considerado, expresso em moeda
corrente;
kei = coeficiente de majoração, com valor de 0,5 (cinco décimos).

6.5.2.1 O valor da "RDIT" corresponde à parcela equivalente ao duodécimo da soma das Receitas
Anuais Permitidas (RAP) das Demais Instalações de Transmissão - DIT interrompidas sob
responsabilidade da transmissora, associadas ao ponto de conexão verificado no período
considerado, devendo ser obtido da seguite forma:

RAPcomp  MUSTcont N RAPexcl i


RDIT  
MUSTtotal  NPCC i 1 NPCE i

onde:

RAPcomp = Parcela correspondente a um doze avos da Receita Anual Permitida das


Demais Instalações de Transmissão - DIT de uso compartilhado com mais de uma
distribuidora relacionada ao ponto de conexão desligado;
MUSTcont = Montante de Uso do Sistema de Transmissão contratado pela distribuidora
afetada pelo desligamento para acessar as Demais Instalações de Transmissão - DIT de
uso compartilhado com mais de uma distribuidora relacionada ao ponto de conexão
desligado;
MUSTtotal = Montante de Uso do Sistema de Transmissão total contratado por todas as
distribuidoras para acessar as Demais Instalações de Transmissão - DIT de uso
compartilhado com mais de uma distribuidora relacionada ao ponto de conexão desligado;
NPCC = Quantidade de Pontos de Conexão da distribuidora afetada pelo desligamento que
se conectam diretamente às Demais Instalações de Transmissão - DIT de uso
compartilhado com mais de uma distribuidora relacionada ao ponto de conexão desligado;
RAPexcli = Parcela correspondente a um doze avos da Receita Anual Permitida de um
determinado conjunto de Demais Instalações de Transmissão - DIT de uso exclusivo que
são compartilhadas por uma mesma quantidade de Pontos de Conexão relacionada ao
ponto de conexão desligado; ;
NPCEi = Quantidade de Pontos de Conexão da distribuidora afetada pelo desligamento que
compartilham um mesmo conjunto de Demais Instalações de Transmissão - DIT de uso
exclusivo relacionada ao ponto de conexão desligado;
Procedimentos de Distribuição

Assunto: Seção: Revisão: Data de Vigência: Página:


Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 65 de 76

i = determinado conjunto de Demais Instalações de Transmissão - DIT de uso exclusivo


relacionada ao ponto de conexão desligado que compartilham a mesma quantidade de
pontos de conexão da distribuidora afetada pelo desligamento;
N = quantidade total de conjuntos de Demais Instalações de Transmissão - DIT de uso
exclusivo relacionada ao ponto de conexão desligado que compartilham a mesma
quantidade de pontos de conexão da distribuidora afetada pelo desligamento.

6.5.2.2 O valor líquido devido de compensação, associada à violação do limite do indicador de


continuidade do ponto de conexão, corresponde ao maior valor bruto encontrado dentre os
indicadores aplicáveis ao período de apuração, e é limitado à:

i. no caso de violação de limite mensal, a 50% do valor da “RDIT”;


ii. no caso de violação de limite trimestral, ao valor correspondente a diferença positiva
entre 50% (cinqüenta por cento) do somatório da “RDIT” correspondente ao trimestre
e o somatório dos valores líquidos devidos mensais correspondente ao trimestre;
iii. no caso de violação de limite anual, ao valor correspondente a diferença positiva entre
50% (cinqüenta por cento) do somatório da “RDIT” correspondente ao ano e o
somatório dos valores líquidos devidos mensais e trimestrais.

6.5.3 O cálculo da compensação dos pontos de conexão entre distribuidoras deve observar a
seguinte formulação:

 DICv    EUSDmédio 
VBdic    1  DICp     kei
 DICp    730 
 FICv    EUSDmédio 
VBfic    1  DICp     kei
 FICp    730 
 DMICv    EUSDmédio 
VBdmic    1  DMICp     kei
 DMICp    730 

onde:

VBdic = valor bruto da compensação em razão de ultrapassagem correspondente ao


indicador DIC no ponto de conexão, verificado no período considerado, expresso em moeda
corrente;
VBfic = valor bruto da compensação em razão de ultrapassagem correspondente ao
indicador FIC no ponto de conexão, verificado no período considerado, expresso em moeda
corrente;
VBdmic = valor bruto da compensação em razão de ultrapassagem correspondente ao
indicador DMIC no ponto de conexão, verificado no período considerado, expresso em
moeda corrente;
DICv = valor apurado do DIC do ponto de conexão, verificado no período considerado,
expresso em horas e centésimos de hora;
Procedimentos de Distribuição

Assunto: Seção: Revisão: Data de Vigência: Página:


Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 66 de 76

DICp = valor limite do DIC do ponto de conexão, estabelecido no período considerado,


expresso em horas e centésimos de hora;
FICv = valor apurado do FIC do ponto de conexão, verificado no período considerado,
expresso em número de interrupções;
FICp = valor limite do FIC do ponto de conexão, estabelecido no período considerado,
expresso em número de interrupções;
DMICv = valor apurado do DMIC do ponto de conexão, verificado no período considerado,
expresso em horas e centésimos de hora;
DMICp = valor limite do DMIC do ponto de conexão, estabelecido no período considerado,
expresso em horas e centésimos de hora;
EUSDmédio = média aritmética do encargo de uso do sistema de distribuição associado ao
ponto de conexão, verificado no período considerado, expresso em moeda corrente;
730 = número de horas médio mensal;
kei = coeficiente de majoração, com valor de 27 (vinte e sete).

6.5.3.1 Quando for calculado um valor bruto de compensação a ser paga em razão de
ultrapassagem de um determinado indicador trimestral ou anual para um ponto de
conexão, deve ser apurada como valor líquido a diferença positiva entre o valor bruto
calculado do trimestre ou ano e a soma das compensações mensais correspondentes ao
período e indicador já ressarcidas à distribuidora acessante.

6.5.3.2 O valor líquido devido no caso das compensações mensais corresponde ao maior valor
bruto encontrado dentre os indicadores aplicáveis ao período de apuração.

6.5.3.3 O valor líquido devido no caso das compensações trimestrais e anuais corresponde ao
maior valor líquido encontrado dentre os indicadores aplicáveis ao período de apuração.

6.5.3.4 O valor líquido devido de compensação, associada à violação do limite do indicador de


continuidade do ponto de conexão, será limitada à:

i. 5 (cinco) vezes o valor do “EUSDmédio” associado ao ponto de conexão, no caso de


violação de limite mensal;
ii. 8 (oito) vezes o valor do “EUSDmédio” associado ao ponto de conexão, no caso de
violação de limite trimestral;
iii. 20 (vinte) vezes o valor do “EUSDmédio” associado ao ponto de conexão, no caso de
violação de limite anual.

6.6 Procedimentos para armazenamento, registro, publicação e envio de informações.

6.6.1 Os processos relativos ao registro dos eventos, apuração dos indicadores e apuração das
compensações devem ser realizados por meio de procedimentos auditáveis, contemplando
desde a coleta dos dados de interrupção até o seu respectivo processamento quando da
apuração dos indicadores e compensações.
Procedimentos de Distribuição

Assunto: Seção: Revisão: Data de Vigência: Página:


Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 67 de 76

6.6.2 Os dados de interrupção, dos indicadores de continuidade e de compensação devem ser


mantidos por um período mínimo de 5 (cinco) anos, para uso da ANEEL, do ONS e dos
acessantes.

6.6.3 Os acessados devem organizar e disponibilizar os dados das interrupções, em meio


magnético ou digital, discriminando pelo menos o seguinte:

i. identificação da interrupção;
ii. datas (dia, mês e ano) e horários (hora, minuto e segundo) do início e do término da
interrupção;
iii. datas (dia, mês e ano) e horários (hora, minuto e segundo) programadas para o início
e término da interrupção, quando couber;
iv. pontos de conexão envolvidos;
v. fato gerador da interrupção, conforme Anexo II;
vi. agente responsável pelo pedido de desligamento, quando couber; e
vii. observações gerais quanto ao restabelecimento.

6.6.4 Os acessados devem organizar e disponibilizar os indicadores de continuidade, em meio


magnético ou digital, discriminando pelo menos o seguinte:

i. identificação do ponto de conexão, da tensão contratada e do acessante;


ii. período de apuração;
iii. valor apurado dos indicadores DIC, FIC e DMIC;
iv. valor do “EUSDmédio” considerado no cálculo da compensação, para pontos de
conexão entre distribuidora;
v. valor do “RDIT” considerado no cálculo da compensação, para pontos de conexão em
DIT; e
vi. valor da compensação paga, quando couber.

6.6.5 Os indicadores de continuidade e os valores pagos ou calculados de compensação devido à


ultrapassagem dos limites nos pontos de conexão devem ser enviados à ANEEL conforme
disposto no Módulo 6.
Procedimentos de Distribuição

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Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 68 de 76

ANEXO I: Limites de Continuidade Individual

Tabela 1
Sistema Limite de Continuidade por Unidade Consumidora
Unidades Consumidoras com Faixa de Tensão Contratada
Tensão ≥ 69 kV
DIC FIC DMIC
(horas) (interrupções) (horas)
Anual Trim. Mensal Anual Trim. Mensal Mensal
Interligado 5,00 3,00 2,00 5,00 3,00 2,00 1,50
Isolado 6,00 4,00 3,00 6,00 4,00 3,00 2,50
Procedimentos de Distribuição

Assunto: Seção: Revisão: Data de Vigência: Página:


Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 69 de 76

Tabela 2
Faixa de variação Limite de Continuidade por Unidade Consumidora
dos Limites Anuais Unidades Consumidoras situadas em áreas urbanas
de Indicadores com Faixa de Tensão Contratada: 1 kV < Tensão < 69 kV
de Continuidade
DIC FIC DMIC
dos Conjuntos
(horas) (interrupções) (horas)
(DEC ou FEC)
Anual Trim. Mensal Anual Trim. Mensal Mensal
1 11,25 5,62 2,81 6,48 3,24 1,62 2,36
2 11,68 5,84 2,92 6,93 3,46 1,73 2,39
3 12,12 6,06 3,03 7,37 3,68 1,84 2,41
4 12,55 6,27 3,13 7,82 3,91 1,95 2,44
5 12,99 6,49 3,24 8,27 4,13 2,06 2,46
6 13,43 6,71 3,35 8,71 4,35 2,17 2,49
7 13,86 6,93 3,46 9,16 4,58 2,29 2,52
8 14,30 7,15 3,57 9,61 4,80 2,40 2,54
9 14,73 7,36 3,68 10,05 5,02 2,51 2,57
10 15,17 7,58 3,79 10,50 5,25 2,62 2,60
11 15,61 7,80 3,90 10,95 5,47 2,73 2,62
12 16,04 8,02 4,01 11,40 5,70 2,85 2,65
13 16,48 8,24 4,12 11,84 5,92 2,96 2,68
14 16,91 8,45 4,22 12,29 6,14 3,07 2,71
15 17,35 8,67 4,33 12,74 6,37 3,18 2,74
16 17,79 8,89 4,44 13,18 6,59 3,29 2,76
17 18,22 9,11 4,55 13,63 6,81 3,40 2,79
18 18,66 9,33 4,66 14,08 7,04 3,52 2,82
19 19,09 9,54 4,77 14,52 7,26 3,63 2,85
20 19,53 9,76 4,88 14,97 7,48 3,74 2,88
>20 e ≤22 19,97 9,98 4,99 15,42 7,71 3,85 2,91
>22 e ≤24 20,84 10,42 5,21 16,31 8,15 4,07 2,98
>24 e ≤26 21,71 10,85 5,42 17,20 8,60 4,30 3,04
>26 e ≤28 22,58 11,29 5,64 18,10 9,05 4,52 3,10
>28 e ≤30 23,45 11,72 5,86 18,99 9,49 4,74 3,17
>30 e ≤32 24,33 12,16 6,08 19,88 9,94 4,97 3,24
>32 e ≤34 25,20 12,60 6,30 20,78 10,39 5,19 3,31
>34 e ≤36 26,07 13,03 6,51 21,67 10,83 5,41 3,38
>36 e ≤38 26,94 13,47 6,73 22,57 11,28 5,64 3,45
>38 e ≤40 27,81 13,90 6,95 23,46 11,73 5,86 3,52
>40 e ≤45 29,34 14,67 7,33 25,02 12,51 6,25 3,55
>45 e ≤50 31,52 15,76 7,88 27,26 13,63 6,81 3,80
>50 e ≤55 33,70 16,85 8,42 29,49 14,74 7,37 4,06
>55 e ≤60 35,88 17,94 8,97 31,72 15,86 7,93 4,34
>60 e ≤65 38,06 19,03 9,51 33,96 16,98 8,49 4,64
>65 e ≤70 40,24 20,12 10,06 36,19 18,09 9,04 4,96
>70 e ≤80 43,51 21,75 10,87 39,54 19,77 9,88 5,47
>80 e ≤90 47,87 23,93 11,96 44,01 22,00 11,00 6,23
>90 e ≤100 52,23 26,11 13,05 48,48 24,24 12,12 7,10
>100 e ≤110 56,59 28,29 14,14 52,95 26,47 13,23 8,07
>110 e ≤120 60,95 30,47 15,23 57,42 28,71 14,35 9,17
>120 63,13 31,56 15,78 59,65 29,82 14,91 9,77
Procedimentos de Distribuição

Assunto: Seção: Revisão: Data de Vigência: Página:


Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 70 de 76

Tabela 3
Faixa de variação Limite de Continuidade por Unidade Consumidora
dos Limites Anuais Unidades Consumidoras atendidas por sistemas isolados
de Indicadores ou situadas em áreas não-urbanas
de Continuidade com Faixa de Tensão Contratada: 1 kV < Tensão < 69 kV
dos Conjuntos DIC FIC DMIC
(DEC ou FEC) (horas) (interrupções) (horas)
Anual Trim. Mensal Anual Trim. Mensal Mensal
1 31,98 15,99 7,99 15,49 7,74 3,87 4,32
2 32,62 16,31 8,15 15,96 7,98 3,99 4,39
3 33,26 16,63 8,31 16,43 8,21 4,10 4,46
4 33,90 16,95 8,47 16,90 8,45 4,22 4,53
5 34,54 17,27 8,63 17,37 8,68 4,34 4,60
6 35,18 17,59 8,79 17,84 8,92 4,46 4,67
7 35,82 17,91 8,95 18,31 9,15 4,57 4,74
8 36,46 18,23 9,11 18,78 9,39 4,69 4,81
9 37,10 18,55 9,27 19,25 9,62 4,81 4,88
10 37,74 18,87 9,43 19,72 9,86 4,93 4,95
11 38,38 19,19 9,59 20,19 10,09 5,04 5,02
12 39,02 19,51 9,75 20,66 10,33 5,16 5,09
13 39,66 19,83 9,91 21,13 10,56 5,28 5,16
14 40,30 20,15 10,07 21,60 10,80 5,40 5,24
15 40,94 20,47 10,23 22,07 11,03 5,51 5,31
16 41,58 20,79 10,39 22,54 11,27 5,63 5,38
17 42,22 21,11 10,55 23,01 11,50 5,75 5,45
18 42,86 21,43 10,71 23,48 11,74 5,87 5,52
19 43,50 21,75 10,87 23,95 11,97 5,98 5,59
20 44,14 22,07 11,03 24,42 12,21 6,10 5,66
>20 e ≤22 44,78 22,39 11,19 24,90 12,45 6,22 5,73
>22 e ≤24 46,06 23,03 11,51 25,84 12,92 6,46 5,87
>24 e ≤26 47,34 23,67 11,83 26,78 13,39 6,69 6,01
>26 e ≤28 48,61 24,30 12,15 27,72 13,86 6,93 6,15
>28 e ≤30 49,89 24,94 12,47 28,66 14,33 7,16 6,29
>30 e ≤32 51,17 25,58 12,79 29,60 14,80 7,40 6,43
>32 e ≤34 52,45 26,22 13,11 30,54 15,27 7,63 6,57
>34 e ≤36 53,73 26,86 13,43 31,48 15,74 7,87 6,72
>36 e ≤38 55,01 27,50 13,75 32,42 16,21 8,10 6,86
>38 e ≤40 56,29 28,14 14,07 33,36 16,68 8,34 7,00
>40 e ≤45 58,53 29,26 14,63 35,01 17,50 8,75 7,24
>45 e ≤50 61,73 30,86 15,43 37,36 18,68 9,34 7,60
>50 e ≤55 64,92 32,46 16,23 39,71 19,85 9,92 7,95
>55 e ≤60 68,12 34,06 17,03 42,06 21,03 10,51 8,30
>60 e ≤65 71,32 35,66 17,83 44,42 22,21 11,10 8,65
>65 e ≤70 74,52 37,26 18,63 46,77 23,38 11,69 9,01
>70 e ≤80 79,32 39,66 19,83 50,30 25,15 12,57 9,54
>80 e ≤90 85,71 42,85 21,42 55,00 27,50 13,75 10,24
>90 e ≤100 92,11 46,05 23,02 59,70 29,85 14,92 10,95
>100 e ≤110 98,50 49,25 24,62 64,41 32,20 16,10 11,65
>110 e ≤120 104,90 52,45 26,22 69,11 34,55 17,27 12,36
>120 108,10 54,05 27,02 71,46 35,73 17,86 12,71
Procedimentos de Distribuição

Assunto: Seção: Revisão: Data de Vigência: Página:


Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 71 de 76

Tabela 4
Faixa de variação Limite de Continuidade por Unidade Consumidora
dos Limites Anuais Unidades Consumidoras com
de Indicadores Tensão Contratada ≤ 1 kV situadas em áreas urbanas
de Continuidade
DIC FIC DMIC
dos Conjuntos
(horas) (interrupções) (horas)
(DEC ou FEC)
Anual Trim. Mensal Anual Trim. Mensal Mensal
1 16,00 8,00 4,00 11,20 5,60 2,80 2,09
2 16,47 8,23 4,11 11,45 5,72 2,86 2,18
3 16,95 8,47 4,23 11,70 5,85 2,92 2,26
4 17,43 8,71 4,35 11,95 5,97 2,98 2,35
5 17,91 8,95 4,47 12,20 6,10 3,05 2,43
6 18,38 9,19 4,59 12,45 6,22 3,11 2,52
7 18,86 9,43 4,71 12,70 6,35 3,17 2,60
8 19,34 9,67 4,83 12,95 6,47 3,23 2,69
9 19,82 9,91 4,95 13,20 6,60 3,30 2,77
10 20,30 10,15 5,07 13,45 6,72 3,36 2,86
11 20,77 10,38 5,19 13,70 6,85 3,42 2,94
12 21,25 10,62 5,31 13,95 6,97 3,48 3,03
13 21,73 10,86 5,43 14,20 7,10 3,55 3,11
14 22,21 11,10 5,55 14,45 7,22 3,61 3,20
15 22,69 11,34 5,67 14,70 7,35 3,67 3,29
16 23,16 11,58 5,79 14,95 7,47 3,73 3,37
17 23,64 11,82 5,91 15,20 7,60 3,80 3,46
18 24,12 12,06 6,03 15,45 7,72 3,86 3,54
19 24,60 12,30 6,15 15,70 7,85 3,92 3,63
20 25,08 12,54 6,27 15,96 7,98 3,99 3,71
>20 e ≤22 25,89 12,94 6,47 16,47 8,23 4,11 3,80
>22 e ≤24 27,48 13,74 6,87 17,42 8,71 4,35 3,97
>24 e ≤26 29,06 14,53 7,26 18,37 9,18 4,59 4,14
>26 e ≤28 30,65 15,32 7,66 19,32 9,66 4,83 4,31
>28 e ≤30 32,23 16,11 8,05 20,28 10,14 5,07 4,48
>30 e ≤32 33,82 16,91 8,45 21,23 10,61 5,30 4,65
>32 e ≤34 35,40 17,70 8,85 22,18 11,09 5,54 4,82
>34 e ≤36 36,99 18,49 9,24 23,13 11,56 5,78 4,99
>36 e ≤38 38,57 19,28 9,64 24,08 12,04 6,02 5,16
>38 e ≤40 40,16 20,08 10,04 25,04 12,52 6,26 5,33
>40 e ≤45 42,93 21,46 10,73 26,70 13,35 6,67 5,63
>45 e ≤50 46,89 23,44 11,72 29,08 14,54 7,27 6,05
>50 e ≤55 50,86 25,43 12,71 31,46 15,73 7,86 6,48
>55 e ≤60 54,82 27,41 13,70 33,84 16,92 8,46 6,90
>60 e ≤65 58,78 29,39 14,69 36,22 18,11 9,05 7,33
>65 e ≤70 62,74 31,37 15,68 38,60 19,30 9,65 7,75
>70 e ≤80 68,68 34,34 17,17 42,17 21,08 10,54 8,39
>80 e ≤90 76,61 38,30 19,15 46,93 23,46 11,73 9,24
>90 e ≤100 84,53 42,26 21,13 51,69 25,84 12,92 10,09
>100 e ≤110 92,46 46,23 23,11 56,45 28,22 14,11 10,94
>110 e ≤120 100,38 50,19 25,09 61,21 30,60 15,30 11,80
>120 104,34 52,17 26,08 63,59 31,79 15,89 12,22
Procedimentos de Distribuição

Assunto: Seção: Revisão: Data de Vigência: Página:


Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 72 de 76

Tabela 5
Faixa de variação Limite de Continuidade por Unidade Consumidora
dos Limites Anuais Unidades Consumidoras com
de Indicadores Tensão Contratada ≤ 1kV situadas em áreas não-urbanas
de Continuidade
DIC FIC DMIC
dos Conjuntos
(horas) (interrupções) (horas)
(DEC ou FEC)
Anual Trim. Mensal Anual Trim. Mensal Mensal
1 36,00 18,00 9,00 28,00 14,00 7,00 4,57
2 36,57 18,28 9,14 28,29 14,14 7,07 4,67
3 37,15 18,57 9,28 28,59 14,29 7,14 4,77
4 37,73 18,86 9,43 28,89 14,44 7,22 4,87
5 38,30 19,15 9,57 29,19 14,59 7,29 4,97
6 38,88 19,44 9,72 29,49 14,74 7,37 5,07
7 39,46 19,73 9,86 29,79 14,89 7,44 5,17
8 40,03 20,01 10,00 30,09 15,04 7,52 5,28
9 40,61 20,30 10,15 30,39 15,19 7,59 5,38
10 41,19 20,59 10,29 30,69 15,34 7,67 5,48
11 41,76 20,88 10,44 30,98 15,49 7,74 5,58
12 42,34 21,17 10,58 31,28 15,64 7,82 5,68
13 42,92 21,46 10,73 31,58 15,79 7,89 5,78
14 43,49 21,74 10,87 31,88 15,94 7,97 5,88
15 44,07 22,03 11,01 32,18 16,09 8,04 5,98
16 44,65 22,32 11,16 32,48 16,24 8,12 6,08
17 45,22 22,61 11,30 32,78 16,39 8,19 6,19
18 45,80 22,90 11,45 33,08 16,54 8,27 6,29
19 46,38 23,19 11,59 33,38 16,69 8,34 6,39
20 46,96 23,48 11,74 33,68 16,84 8,42 6,49
>20 e ≤22 47,79 23,89 11,94 34,16 17,08 8,54 6,59
>22 e ≤24 49,42 24,71 12,35 35,10 17,55 8,77 6,79
>24 e ≤26 51,05 25,52 12,76 36,04 18,02 9,01 6,99
>26 e ≤28 52,68 26,34 13,17 36,98 18,49 9,24 7,20
>28 e ≤30 54,31 27,15 13,57 37,92 18,96 9,48 7,40
>30 e ≤32 55,94 27,97 13,98 38,86 19,43 9,71 7,60
>32 e ≤34 57,57 28,78 14,39 39,80 19,90 9,95 7,80
>34 e ≤36 59,20 29,60 14,80 40,74 20,37 10,18 8,01
>36 e ≤38 60,83 30,41 15,20 41,69 20,84 10,42 8,21
>38 e ≤40 62,45 31,22 15,61 42,63 21,31 10,65 8,41
>40 e ≤45 65,30 32,65 16,32 44,27 22,13 11,06 8,76
>45 e ≤50 69,38 34,69 17,34 46,62 23,31 11,65 9,27
>50 e ≤55 73,45 36,72 18,36 48,98 24,49 12,24 9,77
>55 e ≤60 77,52 38,76 19,38 51,33 25,66 12,83 10,28
>60 e ≤65 81,59 40,79 20,39 53,68 26,84 13,42 10,79
>65 e ≤70 85,66 42,83 21,41 56,03 28,01 14,00 11,29
>70 e ≤80 91,77 45,88 22,94 59,56 29,78 14,89 12,05
>80 e ≤90 99,92 49,96 24,98 64,26 32,13 16,06 13,06
>90 e ≤100 108,06 54,03 27,01 68,97 34,48 17,24 14,07
>100 e ≤110 116,20 58,10 29,05 73,67 36,83 18,41 15,08
>110 e ≤120 124,35 62,17 31,08 78,38 39,19 19,59 16,09
>120 128,42 64,21 32,10 80,73 40,36 20,18 16,60
Procedimentos de Distribuição

Assunto: Seção: Revisão: Data de Vigência: Página:


Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 73 de 76

ANEXO II: Lista de Fatos Geradores

Origem Tipo Causa Detalhe


Para melhoria
Alteração
Para ampliação
Programada
Corretiva
Manutenção
Preventiva
Poluição
Corrosão
Queima ou Incêndio
Inundação
Meio ambiente Erosão
Árvore ou Vegetação
Descarga Atmosférica
Animais
Vento
Vandalismo
Abalroamento
Roubo
Acidente
Interna
Objeto na Rede
Não Terceiros Defeito cliente afetando outros
programada
Ligação Clandestina
Empresas de serviços públicos ou suas
contratadas
Defeito interno não afetando outras unidades
consumidoras
Interferência de terceiros
Erro de operação
Falha operacional Serviço mal executado
Acidente
Subtensão
Sobretensão
Sobrecarga
Próprias do sistema Desligamento para manutenção emergencial
Desligamento por segurança
Falha de material ou equipamento
Não identificada
Procedimentos de Distribuição

Assunto: Seção: Revisão: Data de Vigência: Página:


Qualidade do Serviço 8.2 5 01/01/2015 74 de 76

Origem Tipo Causa Detalhe


Alívio de carga -
Não classificada -
Programada
Externa Não
Programada
Procedimentos de Distribuição

Assunto: Seção: Revisão: Data de Vigência: Página:


Disposições Transitórias 8.3 5 01/01/2015 75 de 76

SEÇÃO 8.3 – DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

1. Esta seção trata do planejamento do processo de implantação dos indicadores de qualidade


do produto energia elétrica para os fenômenos harmônicos, desequilíbrio de tensão,
flutuação de tensão e variação de tensão de curta duração.

2. No que se refere à qualidade do produto, após o período de testes por parte das
distribuidoras serão estabelecidos os valores limites para os parâmetros definidos.

3. No processo de implantação dos indicadores de qualidade da energia elétrica, devem ser


consideradas e respeitadas as particularidades regionais e as especificidades sócio-
econômicas das áreas de concessão e/ou permissão das distribuidoras.

4. Os protocolos de medição para os diversos indicadores de qualidade do produto devem ser


definidos em resolução específica.

5. Os valores-limite para os indicadores de qualidade do produto serão definidos após


apuração e análise das medições que deverão ser realizadas durante período mínino de
três anos, a partir da implantação do disposto no item 6 desta seção.

6. Aprovado o PRODIST, a ANEEL, por meio de resoluções específicas, estabelecerá os


procedimentos, responsabilidades e prazos para desenvolvimento das campanhas de
medições para cada um dos indicadores de qualidade definidos, considerando os seguintes
passos:

a) programas de medições destinadas à identificação dos indicadores de qualidade do produto


do sistema de distribuição;

b) definição de ferramentas ou softwares para simulações e cálculos, a serem validados pela


ANEEL;

c) consolidação dos dados e estabelecimento de padrões de referência;

d) definição de metas e prazos a serem observados pelas distribuidoras;

e) implementação de programa de acompanhamento e controle dos indicadores de qualidade.

7. As etapas planejadas do processo de implantação dos indicadores de qualidade são


apresentadas a seguir:
Procedimentos de Distribuição

Assunto: Seção: Revisão: Data de Vigência: Página:


Disposições Transitórias 8.3 5 01/01/2015 76 de 76

Aprovação dos Procedimentos de Distribuição

Etapa 1
Programa de medições para levantamento da situação dos indicadores de
qualidade do sistema de distribuição

Etapa 2
Validação do procedimento e estabelecimento de padrões de referência

Etapa 3
Estabelecimento de metas, prazos e ações em busca dos padrões dos
indicadores de qualidade.

Etapa 4
Implementação de programas para fiscalização e controle dos indicadores
de qualidade

Consolidação do processo

Figura 1 - Etapas da implantação da definição dos indicadores e padões de qualidade

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