Atendente de Farmacia

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Lugar

Farmácia é um estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de comércio


de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de
dispensação e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra
equivalente de assistência médica.

A farmácia poderá vender tanto para consumidores finais, como para empresas ou
estabelecimentos da área de saúde.

Para se inserir no segmento de comércio varejista de produtos farmacêuticos, artigos médicos


e ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, o empreendedor deverá oferecer um mix de
produtos de boa qualidade e com preços atrativos.

Hoje em dia, uma farmácia não se limita apenas ao comércio de medicamentos e adiciona uma
infinidade de outros produtos e serviços que promovem a melhoria da qualidade de vida e do
bem-estar de seus clientes.

O que é preciso
Para montar uma farmácia, serão necessários alguns móveis e equipamentos como balcões para
atendimento, gôndolas, balcão caixa, emissor de cupom fiscal, testeiras para gôndolas,
prateleiras, balança digital, computadores, fax, telefones, ar condicionado, mesa, cadeira,
armário, entre outros materiais e equipamentos hospitalares em geral.

Também deverá ser adquirido um software de gestão para o efetivo controle do


empreendimento. Para que sejam realizadas as entregas em domicílios próximos ao
estabelecimento comercial, será necessária a terceirização desse serviço ou a contratação de
um profissional para atender as demandas.

Ao decidir por abrir uma farmácia, o empreendedor deverá fazer uma análise do mercado
existente na região, levando-se em conta o espaço oferecido pela concorrência, que consiste em
brechas de demanda não atendida pelas empresas que estão no mercado.

E é importante frisar que, de acordo com as regras da Anvisa, para oferecer certos serviços é
obrigatório que o estabelecimento conte com um farmacêutico responsável.

Os medicamentos são oferecidos como produto principal numa farmácia, devendo o


empreendedor disponibilizar uma linha completa deles, o que compreende medicamentos de
referência ou de marca, medicamentos genéricos ou bioequivalentes e medicamentos similares.

O investimento em mercadorias da linha de bem-estar, qualidade de vida, e de beleza e cuidados


pessoais são essenciais para o aumento do faturamento neste negócio, pois as pessoas que
entram numa farmácia em busca de um medicamento específico, quase sempre saem levando
algum outro produto destas seções.

O empreendedor poderá também disponibilizar serviços adicionais, como: aplicação de


injeções, telemarketing, entregas em domicílio, espaços para informações aos clientes com
especialistas, entre outros, sempre atentando para as regras da agência reguladora.
Deve-se buscar atingir aquelas pessoas que residem nas proximidades do estabelecimento
comercial a ser instalado, e outras que estejam insatisfeitas com a atuação das farmácias
existentes.

Necessariamente, o cliente deste tipo de estabelecimento espera encontrar atitudes e


elementos condicionantes à sua fidelização ao empreendimento e, consequentemente, do
sucesso do negócio, que são: a higiene, organização e atratividade do estabelecimento; a
qualidade e variedade de produtos e serviços, preços módicos e acessíveis, a simpatia.

O que faz um atendente de farmácia?


O atendente de farmácia ou balconista é responsável pelo primeiro contato do cliente com o
ponto de venda (PDV). É ele quem irá realizar o atendimento aos consumidores, sob
supervisão do farmacêutico responsável, e fará a venda dos medicamentos.

Além disso, também são funções do balconista: organizar a disposição adequada dos
medicamentos nas prateleiras, lidar com questões relacionadas ao estoque e orientações
gerais aos pacientes sobre o uso correto dos medicamentos. Entretanto, o balconista ou
atendente de farmácia não pode indicar ou prescrever receitas.

Dessa forma, ser um atendente de farmácia ou drogaria é muito mais do que vender
medicamentos. O atendente de farmácia representa um dos cargos mais importantes dentro
das drogarias e farmácias, pois precisa obter conhecimentos não apenas em relação ao corpo
humano e aos medicamentos, mas também saber lidar com o público.

Assim, fazendo um atendimento eficiente e auxiliando nas tarefas organizacionais, gerenciais e


administrativas do estabelecimento. Para atuar na profissão também é necessário possuir
habilidades em vendas.

Qual a média salarial de um atendente de farmácia?


Atualmente, não existe um piso salarial nacional definido para os atendentes de farmácia.
Dessa forma, o valor da remuneração depende da empresa em que você atuar, da jornada de
trabalho e também do nível de experiência e capacitação que apresenta.

Entretanto, levantamentos apontam que a média salarial dos atendentes de farmácias e


drogarias varia entre R$ 900,00 e R$ 2.100,00. Além disso, os profissionais possuem benefícios,
que geralmente incluem vale transporte, auxílio refeição e em alguns casos, uma participação
nas vendas do estabelecimento.

O salário também pode variar de acordo com a farmácia. Isso acontece porque muitas delas
têm níveis diferentes de atendentes de farmácia. Você pode começar como atendente júnior e
ir crescendo para pleno e sênior.

Isso dependerá da sua dedicação, da sua experiência na área e da sua capacitação. Dessa
forma, estudar e se manter constantemente atualizado é chave para crescer na carreira,
aumentar a remuneração e alcançar até mesmo o cargo de gerente de farmácia ou de
farmacêutico.
Equipes de uma farmácia
O número de funcionários irá variar de acordo com a estrutura do empreendimento. Para
começar, pode-se contar com: dois balconistas, um farmacêutico e o dono, que deve se
responsabilizar pela parte administrativa.

De acordo com conselhos regionais de farmácia (CRF), um número considerável de atendentes


de drogarias e farmácias não tem sequer o 1º Grau completo e muitos deles chegam até a
indicar e vender medicamentos controlados, caracterizando uma situação que assusta e
preocupa os conselhos. A Organização Mundial de Saúde estabelece que o ideal é que haja um
farmacêutico para cada 10 mil habitantes.

Preparação de um balconista de farmácia


Profissional pode oferecer algumas orientações sobre o uso do medicamento e contribuir para
a venda de produtos correlatos

O balconista de farmácia pode oferecer algumas orientações sobre o uso do medicamento e


também contribuir para a venda de produtos correlatos. Suas responsabilidades envolvem:

• A venda do medicamento, é ele que está em contato com o cliente.


• Atuação nos setores não só de dispensação, como também de logística de medicamentos
e cosméticos.
• Atuação em diversos processos administrativos.
• Recepção do cliente e interação entre ele e a empresa.
• Tradução de receitas.
• Fornecimento de esclarecimentos sobre uso dos produtos, posologia, reações adversas.
• Avaliação das datas de validade dos produtos.
• Limpeza das prateleiras e, igualmente, do balcão.
• Reposição de mercadoria.

10 contribuições indispensáveis do balconista de


farmácia

1. Manter um bom layout e ambiente de loja

O ambiente da drogaria e a disposição dos produtos “conversam” com os clientes,


especialmente os de perfil visual. Portanto o balconista deve ter ciência de que a limpeza e a
arrumação da empresa, das prateleiras, gôndolas, balcão e também dos produtos são ações
que contribuem para a volta dos clientes e até para a fidelização.

Desse modo, é importante verificar se o ambiente está organizado, se os produtos estão em


ordem, nos locais certos, se estão limpos, com preço, com a face voltada para a frente e se
estão sendo repostos continuamente para não dar a impressão de empresa falida, sem
produtos.
2. Recepcionar e atender o cliente com profissionalismo e de forma personalizada

Como muitas farmácias e drogarias são bem parecidas em estrutura física e nos produtos
dispensados e comercializados, uma das melhores formas de se diferenciar é pelo
atendimento realizado pela equipe. Os clientes querem se sentir bem e únicos enquanto estão
sendo atendidos. Querem estar em um ambiente agradável, portanto os balconistas precisam
estar atentos às necessidades e desejos dos clientes. Isso, desde o momento que entram no
estabelecimento até a saída do mesmo.

Entre as ações simples que podem e devem ser aplicadas estão: cumprimentar o cliente;
chamar pelo nome, não esquecendo o “senhor” e “senhora”; dar um aperto de mão; manter
contato visual; ouvir atentamente; perguntar se precisa de alguma informação, se tem
dúvidas; e sempre agradecer pela preferência. Mostrar que está ali para auxiliar o cliente.
Contrariamente, ações que não devem ser praticadas são: não cumprimentar o cliente, deixar
o cliente esperando no balcão enquanto conversa com outro colega da equipe, atender o
cliente olhando o que está acontecendo ao redor, não olhar nos olhos do cliente, entregar o
produto e mandar ir para o caixa, entre outras.

3. Respeitar as diversidades e as necessidades dos colegas de equipe e dos clientes

O respeito é uma ação muito importante do atendimento em qualquer tipo de empresa,


especialmente em farmácias. Muitos clientes vão às lojas para adquirir medicamentos que
serão utilizados no tratamento de problemas de saúde. Não é incomum que estejam com dor,
com receio, assustados ou preocupados, devendo ser respeitados e compreendidos em sua
totalidade como seres humanos.

Assim, o balconista deve sempre respeitar os clientes, colegas de trabalho e fornecedores.


Ninguém gosta de ficar perto de uma pessoa mal-educada, que destrata os outros, que ignora
a pessoa, é arrogante. O balconista não deve usar apelidos nem para os clientes nem para os
colegas de equipe. Essas ações podem levar a uma reclamação por parte dos clientes,
manchando a imagem da farmácia e até mesmo do balconista.

4. O balconista de farmácia precisa ouvir e atingir à necessidade do cliente

As pessoas precisam se sentir bem com a empresa, precisam estar confortáveis, seguras e ter
confiança no balconista de farmácia. Para que isso seja conquistado, ele precisa entender o
que o cliente deseja, como quer ser tratado, como quer que seu problema seja resolvido,
olhando nos olhos e ouvindo atentamente o que é dito.

Mostrar que está interessado e pronto para ajudar e, caso não consiga, encaminhar o cliente
para quem poderá dar continuidade ao atendimento, como o gerente ou o farmacêutico. Erros
comuns são: não prestar atenção no cliente; completar a frase antes que ele termine de falar;
atender sem olhar nos olhos; não se interessar pela causa do cliente, simplesmente dizendo
“não temos” ou “não posso fazer nada” ou, ainda, “isso não é comigo”.

5. Comunicar-se adequando sua linguagem conforme o perfil e as necessidades do cliente

A comunicação é definida de forma bem simplista como “a arte de se fazer entender e


entender os outros”. Ou seja, para que uma mensagem possa ser transmitida de forma efetiva,
é preciso usar sinais e termos que sejam comuns à pessoa que está recebendo a informação. O
balconista deve ter ciência de que muitas vezes precisa se atentar ao modo como está
transmitindo a informação. Nesse sentido, volume, ritmo e à necessidade de usar gestos e
imagens são, igualmente, importantes.

Por exemplo, os elementos utilizados durante o atendimento de uma pessoa idosa são
diferentes dos utilizados para um jovem. Outra questão importante é que pessoas de perfil
visual precisam de imagens, ver o produto. Ao contrário, as sinestésicas precisam tocar os
produtos, sentir o cheiro. Nesse sentido, as auditivas precisam ouvir o que está sendo dito. É
importante salientar que o balconista não deve agir como um robô, com falas decoradas, sem
se atentar ao que o cliente está comunicando. Dependendo do cliente, não deve usar termos
técnicos e palavras difíceis. Não deve usar gírias, diminutivos, palavras pronunciadas de forma
errada e nem modismos.

6. Fornecer o que o cliente procura

O profissional precisa ter conhecimento de que é importante entender o que o cliente busca,
quais são as suas reais necessidades e até mesmo seus desejos, para poder fornecer o produto
mais adequado àquela situação. No caso dos medicamentos, é importante lembrar que o
balconista não é um mero “entregador de caixinha”. Ele precisa orientar o cliente sobre como
usar o produto para que ele possa fazer efeito e auxiliar a recuperação da saúde.

Muitos erram pensando que não podem oferecer outros produtos e até mesmo serviços para
os clientes. Ao contrário, para cumprir metas de vendas, saem “empurrando” produtos que
em nada agregam. Os balconistas devem saber que venda adicional também faz parte da
atenção prestada ao cliente e deve ser praticada com bom senso, pelo oferecimento de
produtos e serviços que possam auxiliar o cliente, como um medidor de pressão arterial para
pessoas que estão fazendo uso de medicamentos anti-hipertensivos, creme hidratante para
idosos que têm a pele mais seca, entre outros. O balconista deve se lembrar que ele é parte
integrante nas vendas, mas, acima de tudo, deve manter compromisso com os clientes.

7. Estar atento ao que está acontecendo à sua volta

É preciso ser um profissional antenado com o que está acontecendo ao seu redor, seja dentro
da própria empresa, via comentários dos clientes, seja na concorrência ou na mídia. Se algum
programa ou revista mostra algum produto, certamente em um curto espaço de tempo vários
clientes procurarão por ele no estabelecimento. Para colaborar, o balconista precisa
comunicar o farmacêutico ou o gerente para que esses avaliem a possibilidade de integrar ao
mix de produtos do estabelecimento. Um profissional que não tem compromisso com a
empresa, com seus produtos e serviços, dificilmente será promovido e respeitado.

8. Saber trabalhar em equipe e resolver conflitos é de competência do balconista de


farmácia

É importante que as pessoas que trabalham em farmácias gostem de estar com outras pessoas
e do trabalho em equipe. Precisam estar disponíveis para informar, procurar entender as
necessidades do outro, praticar a empatia e ter paciência.

Tem que ser “gente que gosta de gente”, ou seja, profissionais que queiram contribuir com os
colegas e estejam empenhados em resolver conflitos. Contrariamente, não devem colocar a
culpa nos colegas, fazer comentários inconvenientes, querer prejudicar o colega, entre outras
ações indesejadas que prejudicam o andamento das tarefas e o clima organizacional.
Colaboradores felizes fazem clientes internos e externos felizes.

9. Participar ativamente de treinamentos, buscar informações e querer aperfeiçoar seus


conhecimentos – capacitação contínua

Os produtos estão sempre mudando e para acompanhar essa mudança os balconistas


precisam buscar atualização contínua. Precisam participar ativamente dos treinamentos que
são aplicados nas empresas ou fora delas. Ser um profissional da saúde exige atualização
constante, para não se tornar obsoleto e não conseguir colocação profissional.

10. Ser proativo no exercício de suas funções e auxiliar a melhoria dos procedimentos

Ademais, toda empresa, para se manter e crescer no acirrado mercado varejista farmacêutico,
precisa da colaboração de todos os profissionais da equipe, independentemente das funções
que realizam, pois em muitas situações o trabalho de um compromete a continuidade pelo
outro colega.

A falta do produto, de educação e a falta de informação podem comprometer não apenas a


dispensação de medicamentos, como também a comercialização de outros itens. Os
balconistas precisam ser não só proativos, bem como dar sugestões para melhorar os
processos internos e favorecer o crescimento da empresa.

Primeiro contato com o cliente

Todo trabalho por mais difícil que seja deve ser encarado com muito profissionalismo e
seriedade. No caso do balconista de farmácia este aspecto é muito importante, já que este
profissional tem que atuar como “relações públicas” da farmácia onde trabalha, representar a
própria empresa e ser o elo entre a farmácia e o consumidor. Toda empresa comercial tem
como objetivo o bom atendimento ao cliente. Na farmácia isso não é diferente, a gentileza no
atendimento com certeza trará bons retornos para a farmácia e para o balconista.

O balconista é a primeira pessoa que o cliente vê e ouve e, às vezes, é a única pessoa com
quem ele entra em contato dentro de uma drogaria. Por isso é fundamental o bom aspecto do
balconista, que deve usar sempre um avental ou jaleco limpo, de preferência de cor clara.

Outro aspecto importante e que deve observado é das mãos e unhas, não só pela questão
estética, mas principalmente pela higiene que se deve ter ao manusear os medicamentos.
Note ainda que as mãos do balconista estão permanentemente no foco de atenção dos
clientes.
Paciência e dedicação
Existe um antigo ditado popular que diz que “o cliente sempre tem razão” e mesmo que isso
não seja totalmente verdade é importante que o balconista não esqueça que este ditado
resume uma regra básica na relação de compra e venda.

Tem cliente que fica nervoso ou irritado pela demora no atendimento ou mesmo por qualquer
outro motivo. Neste caso o balconista deve utilizar de bom senso e atendê-lo o mais
prontamente possível, evitando até mesmo comentar o contratempo ocorrido. Desta forma o
cliente ficará desarmado e até mesmo sem ação. Manter a calma e ser gentil nesta ou em
qualquer outra situação deve ser um dos lemas do balconista até mesmo para se desvencilhar
de um cliente que gosta de “esticar a conversa” no balcão. Como ele pode estar atrapalhando
o andamento do trabalho, peça amavelmente para ele esperar um pouco até que outros
clientes sejam atendidos.

É fundamental nunca perder a paciência e sempre colocar o cliente em primeiro lugar, afinal
todo o seu trabalho gira em torno dele e para ele.

Fornece informações sobre os produtos

O papel do balconista da drogaria é muito importante para a dispensação de remédios e a


atenção ao público em geral. Os atendentes devem ficar responsáveis pela maior parte das
vendas da loja, contando com o auxílio do farmacêutico quando houver necessidade.

É papel do balconista da drogaria oferecer algumas orientações sobre o uso do medicamento e


também contribuir para a venda de produtos correlatos. O bom balconista da drogaria
conhece muito bem o mix de produtos da loja e é capaz de passar alguns direcionamentos aos
consumidores.

Muito mais do que ser prestativo e simpático, também é papel do balconista da drogaria
possuir conceitos básicos sobre medicamentos, para que possa passar informações seguras
aos clientes.

Controlar a entrada e saída de produtos, conferir, repor, organizar mercadorias, ter


conhecimento dos medicamentos e os laboratórios, saber ler uma receita e atualizar-se sobre
lançamentos são princípios básicos que fazem parte do dia a dia do balconista e ajudam, em
muito, a organização da drogaria.

Gostar de lidar com pessoas é uma característica imprescindível que todo profissional que
trabalha na área de atendimento de uma farmácia precisa ter. Saber ouvir o cliente com
atenção e paciência é fundamental no papel do balconista da drogaria.
Organização, controle, exposição e venda

Isso mostra que você está ciente que saber como organizar uma farmácia é um importante
passo para melhorar a imagem do ambiente físico, facilitar a administração da drogaria e
promover o bem-estar do cliente dentro de seu estabelecimento (PDV).

Em um mercado cada vez mais competitivo, ter prateleiras para medicamentos organizadas,
prateleiras de perfumaria, balcão de farmácia, medicamentos bem-dispostos e produtos
sempre visíveis são ações que contribuem positivamente para sua farmácia.

Afinal, junto à ordem estão os conceitos de qualidade, credibilidade e praticidade - essenciais


para o bom andamento de qualquer negócio.

Entender como organizar uma farmácia e pôr tudo em ordem, de fato, não é uma tarefa
simples, exige dedicação e uma mãozinha de quem entende do assunto.

A disposição dos produtos dentro da loja pode influenciar positivamente o consumo.

Encontramos tipos de clientes que entram na loja em busca de algum produto definido e
acabam adquirindo outras mercadorias por terem sido impactados pela visibilidade e
oportunidade de compra.

Farmácias e drogarias possuem uma legislação específica de comercialização de


medicamentos, aqueles com ou sem prescrição médica, portanto não podem ficar expostos, à
disposição dos consumidores.

Medicamentos de tarja preta, de uso controlado e com


estocagem diferenciada
Devem ser acondicionados em locais específicos e com acesso restrito, normalmente sob a
responsabilidade imediata do farmacêutico.
Sugere-se no fundo da loja, em cômodo separado e devidamente vigiado. Exige-se a retenção
da receita médica.

Medicamentos com prescrição médica e sem retenção de receita

Devem ser expostos no fundo da loja, atrás de balcão e de acesso exclusivo dos funcionários.
Gavetas ou prateleiras são os modelos mais utilizados.

Produtos de higiene pessoal, beleza e cosméticos

Distribuídos dentro da loja, em gôndolas na altura do campo de visão dos consumidores.


Deve-se organizar a gôndola por gênero de produtos, agrupando os itens da mesma espécie
lado a lado, por exemplo, hidratantes (todos as marcas), shampoo (todas as marcas),
desodorantes (todas as marcas) e assim sucessivamente.

Produtos destinados a cuidar da boa forma

Shakes, complexos vitamínicos, chás para emagrecimento e produtos similares devem ser
expostos próximos à balança, desta forma, influenciam a decisão de compra quando o cliente
checa seu peso.

Produtos de consumo espontâneo


Pastilhas, balas, barras de cereal, lâminas de barbear, escovas e similares devem ser expostos
próximos ao caixa, assim enquanto espera na fila ou registra as compras, o consumidor é
impactado por artigos que pode estar precisando, mas não lembrava, até então, de comprá-
los.

Promoções especiais

Pode-se montar uma gôndola especial com produtos que estão em promoção, como por
exemplo, encalhados, de pouca saída e próximos de expirar suas datas de vencimento.

Promoções sazonais

Criar oportunidades relacionadas a datas comemorativas e com forte apelo comercial, tais
como: Semana da beleza (produtos de beleza com descontos especiais); Dia das mães (kit com
produtos consumidos por mulheres); Natal perfumado (comercialização de itens da perfumaria
em condições especiais de venda), entre outros.

Farmacologia

A farmacologia (do Grego, pharmakos, droga, e logos, estudo) é a ciência que estuda como os
medicamentos ou substâncias interagem com o organismo, sendo capazes de promover
alterações funcionais e estruturais. Remete de longas datas, desde a antiguidade, onde as
doenças eram associadas a possessões divinas ou demoníacas, ou ainda, como castigo dos
deuses, sendo tratadas e curadas com preparos de origem vegetal, mineral ou animal,
principalmente por plantas. Contudo, o entendimento de que essas substâncias podem causar
tanto efeitos benéficos quanto nocivos foi relatado por Paracelsus (1493-1541), ainda na Idade
Média, ao dizer que “toda substância tem potencial tóxico, o que diferencia um medicamento
de um veneno é a dose”. Foi somente no século XIX, através da descoberta da química
orgânica, que as primeiras drogas puderam ser identificadas e isoladas, favorecendo a
evolução para a farmacologia moderna. A primeira droga isolada foi a morfina em 1805 por
Sertüner, que a extraiu do ópio. Alguns anos mais tarde, em 1847, Rudolf Buchheim fundou o
primeiro Instituto de Farmacologia, na Universidade de Dorpat, na Estônia, sendo, portanto,
um dos pioneiros no desenvolvimento da farmacologia como uma ciência.

No século XX a indústria farmacêutica revolucionou o mercado farmacêutico. A produção em


massa de substâncias sintéticas fez declinar o trabalho dos boticários, que manipulavam os
medicamentos em farmácias, assim como surgir novos conceitos em farmacologia. O
conhecimento da relação entre a estrutura química do fármaco e o efeito terapêutico
resultante foi abordado inicialmente por Fraser (1869), assim como a teoria de que existem
receptores celulares específicos para fármacos no organismo, por Langley (1878), seguida da
teoria da ocupação, por Clark (1920), onde o efeito do fármaco é diretamente proporcional a
fração de receptores ocupados na célula. Vários fármacos foram descobertos neste século,
como a penicilina, por Fleming (1928), o prontosil por Domagk (1935), as tiazidas por Beyer
(1950), assim como o propranolol e os barbitúricos, servindo como protótipos para a
descoberta de uma infinidade de medicamentos hoje existentes na terapêutica. A tecnologia
permitiu avanços, e hoje temos a biofarmácia, que atua através da biologia molecular, visando
o estudo dos biofármacos, ou seja, de medicamentos cujo princípio ativo é obtido de
microrganismos ou células modificadas geneticamente.

Atualmente a farmacologia é considerada uma das principais ferramentas para os profissionais


de saúde, assim como para aqueles que têm o contato direto ou indireto com os
medicamentos. Ao estudar os efeitos e mecanismos de ação das drogas, pode-se compreender
não somente como os fármacos atuam, mas também conhecer a fisiologia normal do
organismo. Esse conhecimento permite empregar os medicamentos de forma mais objetiva,
melhorando o tratamento.

Desta forma, a farmacologia pode ser subdividida em vários ramos, e de acordo com a
Farmacologia Básica, podemos dividi-la quanto a sua ação no organismo em farmacocinética e
farmacodinâmica. Enquanto a farmacocinética estuda como o organismo se comporta ao
interagir com o fármaco, verificando onde e qual o tempo em que se dá a sua absorção, assim
como a biotransformação e a excreção, a farmacodinâmica visa estudar como o fármaco atua
no organismo, ou seja, o local e mecanismo de ação, além da relação entre a dose e
intensidade do efeito e tipos de resposta. A compreensão dessas etapas permite um maior
planejamento terapêutico e o uso racional dos fármacos.

Como a farmacologia é dividida

Farmacocinética

A farmacocinética consiste no estudo do caminho que o medicamento vai fazer a partir do


momento em que é administrado até ser eliminado, passando por processos de absorção,
distribuição, metabolismo e excreção. Neste caminho, o medicamento vai encontrar um local
de ligação.

1. Absorção

A absorção consiste na passagem do medicamento do local onde é administrado, para a


circulação sanguínea. A administração pode ser feita via enteral, o que significa que o remédio
é ingerido através da via oral, sublingual ou via retal, ou parenteral, o que significa que o
remédio é administrado via intravenosa, subcutânea, intradérmica ou intramuscular.

2. Distribuição

A distribuição consiste no caminho que o medicamento faz depois de atravessar a barreira do


epitélio do intestino para a corrente sanguínea, podendo estar na forma livre, ou ligado às
proteínas plasmáticas, podendo depois atingir vários locais:

• Local de ação terapêutica, onde vai exercer o efeito pretendido;


• Reservatórios teciduais, onde vai ser acumulado sem exercer efeito terapêutico;
• Local de ação inesperada, onde vai exercer uma ação indesejada, provocando efeitos
colaterais;
• Local onde são metabolizados, podendo aumentar a sua ação ou serem inativados;
• Locais onde são excretados.
Quando um medicamento se liga às proteínas plasmáticas, não consegue atravessar a barreira
para atingir o tecido e exercer ação terapêutica, por isso um medicamento que tenha alta
afinidade para estas proteínas, vai ter uma menor distribuição e metabolismo. No entanto, o
tempo de permanência no organismo vai ser maior, porque a substância ativa demora mais
tempo a chegar ao local de ação e a ser eliminado.

3. Metabolismo

O metabolismo ocorre em grande parte no fígado, podendo acontecer o seguinte:


Inativar uma substância, que é o mais comum;
Facilitar a excreção, formando metabólitos mais polares e mais hidrossolúveis de forma a
serem eliminados mais facilmente; ativar compostos originalmente inativos, alterando o seu
perfil farmacocinético e formando metabólitos ativos. O metabolismo de medicamentos
também pode ocorrer com menos frequência nos pulmões, rins e glândulas adrenais.

4. Excreção

A excreção consiste na eliminação do composto através de várias estruturas, principalmente


no rim, em que a eliminação se faz pela urina. Além disso, os metabólitos também podem ser
eliminados através de outras estruturas como o intestino, através das fezes, o pulmão caso
sejam voláteis, e a pele através do suor, leite materno ou lágrimas.
Vários fatores podem interferir com a farmacocinética como a idade, sexo, peso corporal,
doenças e disfunção de certos órgãos ou hábitos como fumar e beber álcool, por exemplo.
Farmacocinética e Farmacodinâmica: o que é e quais as diferenças
Farmacodinâmica

A farmacodinâmica consiste no estudo da interação dos fármacos com os seus receptores,


onde exercem o seu mecanismo de ação, produzindo um efeito terapêutico.

1. Local de ação

Os locais de ação são os locais onde as substâncias endógenas, que são substâncias produzidas
pelo organismo, ou exógenas, que é o caso dos medicamentos, interagem para produzir uma
resposta farmacológica. Os principais alvos para a ação das substâncias ativas são os
receptores onde se costumam ligar substâncias endógenas, canais iônicos, transportadores,
enzimas e proteínas estruturais.

2. Mecanismo de ação

O mecanismo de ação é a interação química que uma determinada substância ativa exerce
com o receptor produzindo uma resposta terapêutica.

3. Efeito terapêutico

O efeito terapêutico é o efeito benéfico e desejado que o medicamento provoca no organismo


quando administrado.
Divisão quanto ao tipo de estudo

O que é Farmacognosia?

A farmacognosia é o ramo mais antigo das ciências farmacêuticas e tem como alvo de estudo
os princípios ativos naturais, sejam animais ou vegetais. Apenas a partir de 1815 foi
introduzido o termo farmacognosia, que deriva do grego pharmakon (fármaco) e gnosis
(conhecimento). Este termo foi usado pela primeira vez pelo médico austríaco Schmidt em
1811. A farmacognosia é disciplina obrigatória nas Escolas de Farmácia do Brasil a partir de
1920, sendo uma das maiores áreas do conhecimento farmacêutico.

A definição mais ampla de farmacognosia: “é a aplicação simultânea de várias disciplinas


cientificas com o objetivo de conhecer fármacos naturais sob todos os aspectos”. Ou ainda, a
farmacognosia é uma ciência multidisciplinar que contempla o estudo das propriedades físicas,
químicas, bioquímicas e biológicas dos fármacos ou dos fármacos potenciais de origem natural
assim como busca novos fármacos a partir de fontes naturais.

Originalmente – durante o século 19 e começo do século 20 – o termo farmacognosia era


utilizado para definir o ramo da medicina que tratava das commodities cientificas, que
tratavam das drogas vegetais brutas ou não processadas. Drogas vegetais são a parte utilizada
da planta medicinal seca e estabilizada, podendo ser inteira, rasurada ou pulverizada. Apesar
da maioria dos estudos farmacognosticos focar nas plantas e derivados, outros tipos de
organismos também são considerados de interesse farmacognostico, como por exemplo,
bactérias e fungos e também organismos marinhos.

A farmacognosia é interdisciplinar, fazendo interface com a botanica, etnobotanica,


antropologia medica, biologia marinha, microbiologia, fitoquimica, fitoterapia, farmacologia,
farmácia clínica, agronomia, entre outros.

O que é farmacotécnica?
A farmacotécnica é um ramo da farmácia, praticada por profissionais farmacêuticos, e tem
como objetivo a fabricação de medicamentos através de uma forma farmacêutica ideal para
maior absorção do princípio ativo, conforme tratamento. Nesta área estuda-se o
desenvolvimento de novos produtos e sua relação com o meio biológico, técnicas de
manipulação, doses, as formas farmacêuticas, as interações físicas e químicas entre os
princípios ativos e entre os princípios ativos e os excipientes e veículos.

Preparação

Procedimento farmacotécnico para a obtenção do produto manipulado. Consiste basicamente


na avaliação farmacêutica, fracionamento, conservação e transporte. Existem três tipos de
preparação: oficinais (a formulação consta em farmacopeias), magistrais (o farmacêutico
segue uma fórmula prescrita pelo médico) e magistrais semiacabadas (a fórmula não está
completa).

Formas farmacêuticas

As formas farmacêuticas são as formas físicas de apresentação do medicamento, e podem ser


classificadas como sólidas, líquidas, semissólidas e gasosas. Essas formas podem ser
administradas por via oral, parenteral, retal, vaginal, oftálmica, aérea, auricular e percutânea.

As formas sólidas podem ser divididas em pós, granulados, comprimidos, drágeas, cápsulas,
supositórios e óvulos. As formas líquidas são divididas em soluções, xaropes, elixires,
suspensões, emulsões, injetáveis, tinturas e extratos. As formas gasosas são os aerossóis. Já as
formas semissólidas dividem-se em géis, loções, unguentos, linimentos, ceratos, pastas,
cremes e pomadas, etc.

O que é Farmacoepidemiologia?

Farmacoepidemiologia é o estudo dos usos e efeitos de drogas em populações bem definidas.

Para realizar este estudo, a farmacoepidemiologia se baseia na farmacologia e na


epidemiologia. Portanto, a farmacoepidemiologia é a ponte entre a farmacologia e a
epidemiologia. Farmacologia é o estudo do efeito de drogas e farmacologia clínica é o estudo
do efeito de drogas em humanos clínicos. Parte da tarefa da farmacologia clínica é fornecer
uma avaliação de risco-benefício pelos efeitos dos medicamentos nos pacientes:

fazer os estudos necessários para fornecer uma estimativa da probabilidade de efeitos


benéficos nas populações,

ou avaliar a probabilidade de efeitos adversos nas populações.

Outros parâmetros relacionados ao uso de medicamentos podem beneficiar a metodologia


epidemiológica. A farmacoepidemiologia, então, também pode ser definida como a aplicação
transparente de métodos epidemiológicos por meio do tratamento farmacológico das doenças
para melhor compreender as condições a serem tratadas.

Epidemiologia é o estudo da distribuição e determinantes de doenças e outros estados de


saúde nas populações. Os estudos epidemiológicos podem ser divididos em dois tipos
principais:

A epidemiologia descritiva descreve a doença e / ou exposição e pode consistir no cálculo de


taxas, por exemplo, incidência e prevalência. Tais estudos descritivos, no momento, não usam
grupos de controle de saúde e podem apenas gerar hipóteses, mas não testá-las. Os estudos
sobre o uso de drogas geralmente se enquadram em estudos descritivos.

A epidemiologia analítica inclui dois tipos de estudos: estudos observacionais, como estudos
de caso-controle e de coorte, e estudos experimentais que incluem ensaios clínicos ou ensaios
clínicos randomizados. Os estudos analíticos comparam um grupo exposto com um grupo de
controle e geralmente são concebidos como testes de hipóteses por estudos.
A farmacoepidemiologia se beneficia da metodologia desenvolvidos em epidemiologia geral e
podem desenvolvê-los posteriormente para aplicações de metodologia exclusiva para
necessidades de farmacoepidemiologia. Existem também algumas áreas que são totalmente
exclusivas da farmacoepidemiologia, por exemplo, farmacovigilância. A farmacovigilância é um
tipo de monitoramento contínuo de efeitos indesejáveis e outros aspectos relacionados à
segurança de medicamentos que já são colocados nos atuais mercados de integração em
crescimento. Na prática, a farmacovigilância refere-se quase exclusivamente aos sistemas de
notificação espontânea que permitem aos profissionais de saúde e outros relatar reações
adversas a medicamentos à agência central. A agência central combina relatórios de muitas
fontes para produzir um perfil mais informativo para produtos farmacêuticos do que poderia
ser feito com base em relatórios de menos profissionais de saúde.

Toxicologia
A toxicologia é uma ciência multidisciplinar que tem como objeto de estudo os efeitos
adversos das substâncias químicas sobre os organismos. Possui vários ramos, sendo os
principais a toxicologia clínica, que trata dos pacientes intoxicados, diagnosticando-os e
instituindo uma terapêutica mais adequada; a toxicologia experimental, que utiliza animais
para elucidar o mecanismo de ação, espectro de efeitos tóxicos e órgão alvos para cada agente
tóxico, além de estipular a DL50 e doses tidas como não tóxicas para o homem através da
extrapolação dos dados obtidos com os modelos experimentais; e a toxicologia analítica, que
tem como objetivo identificar/quantificar toxicantes em diversas matrizes, sendo estas
biológicas (sangue, urina, cabelo, saliva, vísceras, etc.) ou não (água, ar, solo). No entanto
existem outras áreas da toxicologia como a ambiental, forense, de medicamentos e
cosméticos, ocupacional, ecotoxicologia, entomotoxicologia, veterinária, etc. Sendo assim, é
importante que o profissional que atue nesta área tenha conhecimentos de diversas áreas
como química, farmacocinética e farmacodinâmica, clínica, legislação, etc.

Origem da palavra

A palavra "Toxikon" tem origem grega e significa veneno das flechas (usado na caça desde a
antiguidade). As pontas das flechas eram preparadas com material bacterialmente
contaminado, por exemplo pedaços de cadáveres ou venenos vegetais, com o intuito de
acelerar a morte dos animais, levando a paralisia do músculo cardíaco e da musculatura
esquelética. A toxicologia é uma ciência multidisciplinar que tem como objeto de estudo as
alterações das funções fisiológicas, isto é, os efeitos nocivos causados por substâncias químicas
sobre organismos vivos.

Concentração ou dosagem

Na questão de determinar a toxicidade de um determinado material, é normalmente


importante saber determinar a quantidade ou concentração desse material. Algumas
substâncias têm em pequenas quantidades um efeito positivo sobre o corpo e tornam-se no
entanto perigosas quando em grandes concentrações.

"Todas as coisas são um veneno e nada existe sem veneno, apenas a dosagem é razão para
que uma coisa não seja um veneno" (Theophrastus Bombastus von Hohenheim, conhecido
como Paracelso (1493-1541)). Muitas substâncias consideradas venenosas são tóxicas apenas
de forma indireta. Um exemplo é o "álcool de madeira" ou metanol, o qual não é venenoso em
si mesmo mas que é convertido em formaldeído tóxico no fígado. Muitas moléculas de
narcóticos tornam-se tóxicas no fígado, um bom exemplo sendo o acetaminophen
(paracetamol), especialmente na presença de álcool. A variabilidade genética de certas
enzimas do fígado permitem que a toxicidade de muitos compostos variem de um indivíduo
para o outro. Como a actividade de uma enzima do fígado pode induzir a actividade de outras,
muitas moléculas tornam-se tóxicas apenas em combinação com outras.

Uma atividade muito comum entre os toxicólogos é identificar quais as enzimas do fígado
convertem uma molécula num veneno, ou quais os produtos tóxicos dessa conversão ou ainda
em que condições e em que indivíduos essa conversão toma lugar.

O termo LD50 refere-se à dosagem de uma substância tóxica que mata 50% de uma população
teste (normalmente ratos ou outros animais de testes que se usam para testar a toxicidade).

Farmacologia clínica
Farmacologia clínica é a área da farmácia dedicada ao estudo e prática do uso racional de
medicamentos, em que os farmacêuticos cuidam do paciente de forma otimizada em relação à
farmacoterapia, promovendo saúde e bem-estar além de curar ou prevenir doenças.

Além disso, a farmacologia clínica analisa a composição dos medicamentos, propriedades


físicas e químicas, interações e associações, toxicologia, efeitos bioquímicos e fisiológicos,
reações adversas, mecanismos de absorção, biotransformação e excreção dos fármacos para o
seu uso terapêutico no tratamento de doenças.

Funcionalidades da farmacologia clínica


A farmacologia clínica contribui para a área da saúde no estudo e análise dos fármacos
possíveis e disponíveis para determinado tratamento. Desse modo, a farmacologia alinha o
efeito do medicamento aos resultados esperados no tratamento do paciente de forma a
otimizar esse tratamento, avaliando aspectos relacionados ao tratamento como as doses
necessárias, esquemas terapêuticos e condições de saúde do paciente.

Na farmacologia clínica, o profissional deve ser apto a tomar decisões precisas e eficazes,
avaliando aspectos dos medicamentos como a padronização, aquisição, seleção e prescrição,
gerindo todo o ciclo do medicamento por meio de uma análise crítica das características
farmacológica-clínicas, atentando-se para a eficácia e segurança, bem como dos aspectos
econômicos, prezando pelo princípio do uso racional dos medicamentos.

Desse modo, a farmacologia clínica alinha estudos e análises provindos de pesquisas clínicas
sobre medicamentos, com informações obtidas de avaliações econômicas de medicamentos,
tendo o objetivo de subsidiar a tomada de decisões sobre qual o medicamento mais adequado
a ser ministrado com base na sua evidência científica e seu uso racional, trazendo benefícios
tanto para o paciente no seu tratamento, como para as instituições de saúde.
Fármaco e medicamento

Fármaco deriva do termo grego pharmakon, que tanto pode significar veneno como remédio,
literalmente significa “aquilo que tem o poder de transladar as impurezas”. Entre os gregos,
vítimas dos sacrifícios oferecidos aos deuses, eram chamadas de pharmakó, e o alimento
utilizado durante as cerimônias de comunhão, phármakon. Essa última palavra passou a
integrar a terminologia médica grega e chegou até os nossos dias com o nome de fármaco.
Para os gregos, phármakon era aquilo que poderia trazer tanto o bem quanto o mal, manter a
vida ou causar a morte.[1] Na terminologia farmacêutica, fármaco designa uma substância
química conhecida e de estrutura química definida dotada de propriedades farmacológicas. Em
termos correntes, a palavra fármaco designa todas as substâncias utilizadas em Farmácia e
com ação farmacológica, ou, pelo menos, de interesse médico. Por convenção, substâncias
inertes (como excipientes) não são considerados fármacos.

De acordo com esta definição, fármaco designa qualquer composto químico que seja utilizada
com fim medicinal, o que torna a sua distinção de medicamento bastante sutil.

Há uma grande confusão, portanto, sobre o uso de droga e fármaco. Isso porque, nos artigos
científicos escritos em inglês, o uso do termo "drug" está sendo usado na função de fármaco, e
essa mesma palavra "drug" pode ser ainda utilizada para drogas ilícitas, como: haxixe,
maconha, entre outras. Assim, nas últimas décadas, a palavra droga adquiriu a conotação de
substância ilícita de abuso. E fármaco, para designar, num sentido lato, qualquer substância
com atividade endógena ou farmacológica.

Pode ser definido como uma substância química que interage com uma parte do corpo, a fim
de alterar um processo fisiológico ou bioquímico existente. Pode diminuir ou aumentar a
função de um órgão, tecido ou célula, mas não pode criar novas funções para eles.

Anteriormente, a extração de fármacos era realizada somente através de materiais vegetais ou


minerais, sem o conhecimento da causa da doença ou de que forma essas substâncias
utilizadas faziam seu efeito de cura. Paracelso adotou a teoria da Doutrina da Assinatura, que
dizia que Deus formulava a cura de uma doença indicando um sinal comparativo. Por exemplo,
o formato da flor de verônica era o de um olho, então a flor de verônica funcionava no
combate de tratamento de doenças oculares.

Depois do século XIX, iniciou-se a substituição dos fármacos naturais pelos sintéticos;
descobertas ao acaso, triagem empírica, modificação molecular, introdução de grupos
volumosos, alteração de estado eletrônico, entre outros.

Classificação dos fármacos

Quanto a origem

1. Natural

biosíntese→ o fármaco é originado a partir da ingestão e absorção do fármaco para o tecido


alvo. Com variações de tecido para tecido

biotransformação→ o fármaco é "finalizado" por um ser vivo ou parte dele. Ex:


anticoncepcional.
biologia molecular→ um organismo recebe informação genética que não possuía e com ela
nos dá o fármaco (insulina obtida a partir de bactérias com o nosso código genético).

2. Animal

3. Vegetal

4. Artificial

• Síntese→ o fármaco é construído pelo homem partir de pequenas estruturas e com


metodologias mais pesadas (altas temperaturas)
• Semi-síntese→ é semelhante à biotransformação, o homem apenas finaliza em poucas
etapas uma molécula de certa complexidade e origem natural.
• Quanto ao foco de ação
• Organotrópicos – condicionam a alteração de um parâmetro biológico (EX.:anti-
hipertensores)
• Etiotrópicos – não influenciam qualquer actividade biológica. Finalidade é matar ou
impedir multiplicação de microrganismos patogénicos.
• Quanto a ocasião de uso
• Preventivo - vacinas e anticoncepcionais.
• Substitutivo - vitaminas, insulina.
• Usados para suprimir a causa da doença - bactericidas, bacteriostáticos.
• Sintomático - corrigem os sintomas sem eliminar a causa, como ocorre nos analgésicos.
• Efeitos que resultam da ação dos fármacos
• Efeito terapêutico – acção terapêutica, seria o efeito desejado (uma ou mais)
• Efeitos secundários – doses usuais e são previsíveis. Não ocorrem para melhoria da
situação patológica
• Reações adversas – ocasionam sintomas indesejáveis (ou mesmo toxicidade) ou dão lugar
a interações prejudiciais com outros medicamentos usados concomitantemente.
• Efeitos tóxicos – reacções provocadas por uma dose excessiva ou por acumulação anormal
do fármaco no organismo.
• Efeitos locais – reações que só ocorrem no local de administração do medicamento;
• Efeitos sistémicos – efeitos ocorrem num órgão ou sistema distante do local de
administração;
• Efeitos sinérgicos – combinação dos efeitos de dois ou mais fármacos, administrados
simultaneamente – efeito final é superior à soma dos efeitos de cada um deles
isoladamente. EX.: relaxante muscular+analgésico
• Efeitos antagónicos – efeito oposto entre dois fármacos. Ex.: potássio (frequência cardíaca)
/ digitálicos (frequência cardíaca). Potássio antagonisa a potência do digitálico.
Medicamento

Ao conceito de Medicamento têm sido atribuídas diferente definições consoantes o contexto


em que é utilizado, levando por vezes a uma sobreposição de significado com o termo
fármaco.

Contudo, uma definição clara é dada pela legislação portuguesa, que define medicamento
como "toda a substância ou associação de substâncias apresentada como possuindo
propriedades curativas ou preventivas de doenças em seres humanos ou dos seus sintomas ou
que possa ser utilizada ou administrada no ser humano com vista a estabelecer um diagnóstico
médico ou, exercendo uma acção farmacológica, imunológica ou metabólica, a restaurar,
corrigir ou modificar funções fisiológicas".[2]

Já a Farmacopéia brasileira dá a seguinte definição: "produto farmacêutico, tecnicamente


obtido ou elaborado com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico.
É uma forma farmacêutica terminada que contém o fármaco, geralmente em associação com
adjuvantes farmacotécnicos." (Resolução RDC, nº84/02).[3]

A definição legal brasileira pode ser vista na Lei n° 5991, de 17 de dezembro de 1973],
conforme transcrita a seguir: Art. 4º - Para efeitos desta Lei, são adotados os seguintes
conceitos: (...) II - Medicamento - produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado,
com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico;

O conceito de medicamento como agente de cura já era utilizado pelas civilizações arcaicas da
Mesopotâmia e Egito. O termo shêrtu, que aparece nos manuscritos da época, tem significado
simultâneo de doença, pecado ou castigo divino. Somente através de uma operação de
catarse, em que era atribuído um conteúdo mágico ao medicamento, o indivíduo alcançaria a
purificação de seus pecados e o restabelecimento da saúde por intervenção dos deuses. Estes
conceitos influenciaram o entendimento sobre a patologia e a terapêutica durante muitos
séculos e persistem, em alguns aspectos, até nossos dias. A própria palavra fármaco teve
origem a partir do termo grego pharmak, que significa “aquilo que tem o poder de transladar
as impurezas”. Entre os gregos, vítimas dos sacrifícios oferecidos aos deuses eram chamadas
de pharmakó, e o alimento utilizado durante as cerimônias de comunhão, phármakon. Essa
última palavra passou a integrar a terminologia médica grega e chegou até nossos dias com o
nome de fármaco. Para os gregos, phármakon era aquilo que poderia trazer tanto o bem
quanto o mal, manter a vida ou causar a morte.

Excipientes

Excipientes são as substâncias que existem nos medicamentos e que completam a massa ou
volume especificado. Um excipiente é uma sustância farmacologicamente inativa usada como
veículo para o princípio ativo, ajudando na sua preparação ou estabilidade. Possibilita ainda a
modificação das propriedades organolépticas ou a determinação de propriedades fisico-
quimicas do medicamento e da sua biodisponibilidade. Na formulação, pode atuar como
aglutinante, desintegrante, ligante, lubrificante, tensoativo, solubilizante, suspensor,
espessante, diluente, emulsificante, estabilizante, conservante, corante, flavorizante, etc.
Forma farmacêutica

A farmacotécnica é a área de responsabilidade dos farmacêuticos, que tem compreende a


manipulação dos princípios ativos e outras substâncias necessárias para a fabricação de
medicamentos. A seleção da forma farmacêutica ideal é um parâmetro de grande relevância
para a qualidade farmacotécnica de um medicamento.

A manipulação de medicamentos tem como objetivos o uso racional, evitando perdas e


desperdícios, o ajuste de dose, de acordo com as necessidades clínicas dos pacientes, como
também promover maior facilidade na administração de medicamentos, para atender as
especificidades de cada paciente.

Por esses motivos, as formas farmacêuticas são selecionadas com base na via de administração
requerida, bem como em critérios como estabilidade físico-química do princípio ativo, entre
outros.

Conceitualmente, a forma farmacêutica é a forma final em que se apresenta o medicamento


ao paciente, depois de uma série de operações farmacêuticas realizadas com o princípio ativo
e os excipientes adequados, ou sem os excipientes também, com o objetivo de atingir o
sucesso terapêutico de acordo com a via de administração mais adequada.

Aqui, vamos levá-lo através do universo das formas farmacêuticas, olhando para suas
principais vantagens e desvantagens, bem como suas especificidades.

Mas antes para entender melhor, vamos dividi-las em três grandes grupos:

Dentre as preparações líquidas destacamos as soluções que são compostas por uma ou mais
substâncias dissolvidas em um determinado solvente ou mistura de solventes miscíveis entre si
que seja adequada.

As soluções podem ser ainda classificadas como xaropes e elixires.

Xaropes – São preparações aquosas com altas concentrações de açúcar ou algum adoçante
substituto, podem conter flavorizantes, que são agentes que confere um aroma característico
à formulação e o princípio ativo. Os xaropes podem ser simples, flavorizados e sem açúcar.

Elixires – São preparações hidroalcoolicas, que são mistura contendo de 20% a 50% de álcool.
São edulcorados e flavorizados, além disso quase sempre contém propilenoglicol, glicerina e
xaropes nas formulações. São menos viscosos e doces que os xaropes. Os elixires podem ser
medicamentosos ou não.

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As principais vantagens das preparações líquidas são a facilidade na administração, a rápida


absorção e a facilidade para o ajuste de dose. Como desvantagens destacamos a maior
susceptibilidade à contaminação e alterações físico-químicas, devido ao maior teor de
umidade entre outros fatores, além disso há maior dificuldade para suavizar ou mascarar
odor e sabor indesejáveis.
As Suspensões são preparações líquidas que contém o princípio ativo em partículas finamente
divididas e distribuídas uniformemente em um veículo onde o fármaco apresenta uma mínima
solubilidade.

As suspensões podem ser administradas pelas vias oral, parenteral e tópica.

As principais vantagens das suspensões são a possibilidade de empregar princípios ativos


insolúveis em veículos mais comuns, além da maior estabilidade se comparadas às soluções,
bem como melhor odor e sabor.

As emulsões são dispersões de duas fases de uma mistura não miscíveis entre si, que com o
auxílio de um agente tensoativo, um emulsionante, são capazes de formar um sistema
homogêneo.

As emulsões podem ser administradas pelas vias oral, parenteral, intramuscular, intravenosa e
tópica.

As emulsões podem ser de quatro tipos:

Óleo/água – Formulação de óleo disperso em água, esse é o tipo de emulsão mais utilizada.

Água/óleo – Formulação de água dispersa em óleo, é comumente empregada em produtos


cosméticos devido à sua maior espalhabilidade.

Emulsões múltiplas – Formulações com propriedades mistas, tanto óleo/água quanto


água/óleo, por isso formam sistemas óleo/água/óleo e água/óleo/água.

Microemulsões – Formulações compostas por partículas finamente divididas elaboradas com


altas concentrações de emulsionantes, o que garante uma propriedade de alta permeabilidade
cutânea.

As formas farmacêuticas sólidas podem ser classificadas em cápsulas, drágeas, comprimidos,


grânulos, supositórios e pós.

As cápsulas são formas compostas por um envoltório comestível, que normalmente é à base
de gelatina. Dentro desse envoltório, está princípio ativo. As cápsulas são administradas por
via oral.

As principais vantagens são a facilidade na liberação e administração do fármaco, melhor


conservação e apresentação, além de permitir a prescrição personalizada e maior velocidade
na execução da formulação. Já entre as desvantagens, destaca-se que não pode ser
cortado/partido, além de ser inviável para fármacos muito solúveis, como também a limitação
de uso para crianças e idosos devido ao tamanho da cápsula. Deve ser armazenada em
condições de temperatura e umidade adequadas.

Podem ser classificadas em cápsulas moles, duras, gastrorresistentes e de liberação


controlada.

As drágeas são formas farmacêuticas em que o princípio ativo está em um invólucro


constituído por diversas substâncias, como resinas, gelatinas, gomas, açúcares, ceras. São
chamados também de comprimidos revestidos.

As principais vantagens são a estabilidade físico-química, facilidade na administração, a


possibilidade de proteger princípios ativos facilmente oxidáveis além de viabilizar a
desintegração entérica. Como desvantagens temos a dificuldade na preparação, o alto custo, e
a impossibilidade de ajuste de dose.

Os comprimidos são preparações sólidas obtidas pela compressão de princípios ativos secos.
Podem apresentar vários formatos, como ovais, cilíndricos, redondos, entre outros.

As principais vantagens são a facilidade na execução da preparação, o baixo custo, melhor


estabilidade físico-química, além da facilidade na administração, a precisão na dosagem. E
entre as desvantagens tem-se a impossibilidade de ajustar a dose no produto final.

Podem ser de vários tipos: revestidos por películas, com revestimento entérico, de liberação
controlada, efervescentes, sublinguais, mastigáveis, entre outros.

Os grânulos são preparações que apresentam formato de grãos ou grânulos irregulares.


Podem ser administrados diretamente ou de serem utilizados em formulações.

Os supositórios e os óvulos possuem formato cônicos ou ogivais, para aplicação retal e vaginal,
respectivamente. São usados em substituição à via oral, no caso de lesão na mucosa do trato
gastrointestinal ou quando o paciente apresenta quadro de vômito ou dificuldade de
deglutição.

Os pós são preparações para uso externo e interno. São compostos por uma mistura de
fármacos finamente divididos e secos. Podem ser classificados em simples, quando derivados
de uma droga ou em compostos quando derivados de uma mistura de duas ou mais drogas.

As principais vantagens são a facilidade na absorção devido à maior superfície de contato, a


ausência de umidade que melhora a conservação, facilidade no transporte e armazenamento.
Já entre as desvantagens destacamos o sabor que pode ser desagradável, a dificuldade na
deglutição, a impossibilidade de usar outras vias de administração além da oral e da tópica.

As formas farmacêuticas semissólidas incluem as pomadas, os cremes e as pastas.

As pomadas são preparações de consistência pegajosa e macia, monofásica, empregadas para


uso externo.

Os cremes são formulações com excipientes emulsivos (óleo/água ou água/óleo), para uso
externo, podendo conter um ou mais princípios ativos. São chamados também de emulsões de
alta viscosidade.

As pastas são preparações compostas por pós finamente dispersos numa proporção que varia
de 20% e 60%, sendo mais firmes e espessos que as pomadas e menos gordurosas também. As
pastas são aplicáveis para uso externo
Vias de administração

A via de administração é a maneira como o medicamento entra em contato com o


organismo; é sua porta de entrada. Podemos administrar via oral (boca), retal (ânus),
sublingual (embaixo da língua), injetável (intravenoso), dermatológica (pele), nasal
(nariz) e oftálmica (olhos), dentre outras. Cada via é indicada para uma situação
específica; cada uma apresenta vantagens e desvantagens. Para conhecer um pouco mais as
vias de administração, podemos dividi-las em dois
grandes grupos: a via enteral e a parenteral. A fim de identificá-las melhor, basta
verificar o significado das palavras:
Enteral vem do grego enteron (intestino): são as vias oral, sublingual e retal.
Parenteral vem de para (ao lado), mais enteron. Ou seja, uma via que não é a enteral.
São as vias intravenosa, intramuscular, subcutânea, respiratória e tópica, entre outras.
Quando temos uma doença que se manifesta no interior do nosso corpo, muitas vezes
não conseguimos injetar o medicamento diretamente no local. Para isso, utilizamos
medicamentos que possam penetrar no nosso corpo e se espalhar para locais menos
acessíveis, esperando um efeito sistêmico. Entretanto, se temos uma ferida superficial
na pele, por exemplo, é melhor o uso local, porque é mais fácil administrar o
medicamento sobre a ferida do que fazer com que ele se distribua no corpo todo,
podendo ter o risco de esse medicamento atuar em outros locais e causar efeitos
indesejados. Essa ação é designada uso tópico.

1. VIA ENTERAL

1.1. Oral

A administração de medicamentos por via oral


é a mais utilizada, segura e econômica, além
de ser bastante confortável, sem
apresentação de dor, por exemplo. No uso
dessa via, os medicamentos podem ter
apresentação em comprimidos, cápsulas, pós
ou líquidos; eles se espalham pelo corpo
principalmente através do intestino, assim
como os alimentos, quando comemos. Porém,
a administração de medicamento por via oral
não é indicada em pacientes que apresentem náuseas, vômitos, que tenham dificuldade de
engolir ou desacordados, pois poderiam engasgar ou o medicamento não chegar ao intestino
para ser absorvido. A via oral pode ser utilizada para um efeito local (trato gastrointestinal) ou
sistêmico (após ser absorvida pela mucosa do intestino e atingir o sangue).
1.2. Sublingual

Os medicamentos sublinguais são absorvidos


rapidamente pela mucosa sublingual. Nessa forma de
administração, o medicamento (em comprimidos ou
gotas) deve ser colocado embaixo da língua e deve
permanecer ali até a sua absorção total. Nesse
período, não se deve conversar nem ingerir líquidos ou
alimentos. Os medicamentos administrados por essa
via promovem efeito sistêmico em curto espaço de
tempo, além de se dissolverem rapidamente, deixando pouco resíduo na boca. Essa via é
utilizada para administração de medicamentos em algumas urgências, como ataque cardíaco.
Nessa situação, o medicamento tem que chegar rapidamente ao coração; entretanto, é
importante saber que nem todo medicamento tem características que possibilitem sua
utilização por essa via, que é descrita na bula como “sublingual” ou pelo símbolo SL.

1.3. Retal

Os medicamentos administrados por via retal são os supositórios. São receitados quando a
pessoa não pode tomar o medicamento por via oral. Nem todos os medicamentos podem ser
administrados por essa via. Eles podem ter efeito local ou sistêmico, entretanto essa via não é
bem aceita pelos pacientes sob alegação de incômodo, preconceito, restrições culturais etc.

2. VIA PARENTERAL

Para administração de medicamentos pelas vias parenterais – intravenosa, muscular e


subcutânea – há uso de dispositivos que auxiliam a administração dos medicamentos,
como seringas e agulhas, que serão específicas para cada via.

2.1. Intravenosa

A via intravenosa é aquela na qual a administração


do medicamento é realizada diretamente na corrente
sanguínea por uma veia. A aplicação de medicamentos
por essa via pode variar desde uma única dose até uma
infusão contínua, como aqueles medicamentos que se
dissolvem no soro e ficam pendurados ao lado da cama
do paciente. Por apresentar efeito mais rápido, é a
primeira opção durante emergências. Outra justificativa
para a administração por essa via é que muitos fármacos não conseguem ser absorvidos pelo
intestino, sendo necessário o uso dessa via. Entretanto, é uma via em que o paciente precisa
de ajuda de profissional treinado para realizar esse procedimento (enfermeiros e médicos). A
via deve ser manipulada com muito cuidado, pois há chances de infecção no local, podendo
piorar o quadro do indivíduo. Alguns medicamentos, como antibióticos ou os usados para o
tratamento do câncer, são formulados apenas em apresentações injetáveis.
2.2. Intramuscular

A administração via intramuscular permite que o medicamento


seja injetado diretamente no músculo. É indicado para
medicamentos de aplicação única ou de efeito mais
prolongado, como o caso de anticoncepcionais injetáveis;
devem ter pequeno volume. Não tem efeito tão imediato, se
comparada com os medicamentos administrados por via
intravenosa, mas são bastante eficientes. Alguns cuidados
devem ser tomados: higiene das mãos antes da manipulação
desses medicamentos e observação da indicação de uso dos
medicamentos, pois medicamentos contraindicados para via intramuscular, caso sejam
administrados por ela, podem causar danos musculares irreversíveis. Dependendo do
medicamento, a administração por via intramuscular pode causar dor no local de aplicação.

2.3. Subcutânea

Na via subcutânea, os medicamentos são administrados debaixo


da pele, no tecido subcutâneo. Nessa via, a absorção é lenta. As
regiões de injeção subcutânea incluem as regiões superiores
externas dos braços, o abdome, a região anterior das coxas e a
região superior do dorso. Os locais de administração dessa via
devem ser alternados para que haja a absorção necessária do
medicamento. É uma via muito utilizada para administração de
medicamentos contra trombose (heparina) e para diabetes
(insulina). Os pacientes que mais fazem uso dessa via sãoos bebês e idosos, por dificuldade de
punção em suas veias.

2.4. Respiratória

É a via que se estende desde a mucosa nasal até os pulmões.


Pode ser utilizada para efeito local (descongestionante nasal ou
medicamento para asma) ou sistêmico (anestesia inalatória).
Tem a vantagem de realizar a administração em pequenas
doses com rápida absorção. A administração pode ser na forma
de gás ou pequenas partículas líquidas (nebulização) ou sólidas
(pó inalatório). Essa via é bastante utilizada para problemas
respiratórios. Para esse uso, a administração é feita pela boca,
utilizando a comunicação existente entre pulmões e boca. Mas,
como o medicamento está em forma de gás ou pó, ao invés de
engolir, como a comida, ele percorrerá o trajeto do ar da respiração, passando pela traqueia
até chegar aos pulmões.
2.5 Via tópica

Esta via geralmente é utilizada para tratamento de afecções


da pele e mucosas. Os medicamentos são apresentados em
forma de pomadas, géis ou cremes e devem ser
administrados somente no local onde há a lesão. 2.6 Via
ocular, nasal e auricular para utilização desta via os
medicamentos devem ser de aplicação local. Os
medicamentos para a via ocular se apresentam sob a forma
de colírio ou pomadas. Já os medicamentos utilizados por via
nasal se apresentam na forma de solução (como os
descongestionantes nasais); os medicamentos administrados
pela via auricular são apresentados na forma de solução otológica.

Alopáticos, homeopáticos e fitoterápicos

O que são medicamentos alopáticos?

A alopatia é um tratamento ao inverso de outros medicamentos, objetivo é combater as


doenças com remédios que produzam efeitos contrários aos sintomas causados. Esses
medicamentos são classificados como “anti”, mais conhecidos como: antibióticos, anti-
inflamatórios, antialérgicos, antiácidos e antimicrobianos. A matéria-prima desses
medicamentos é de vegetais, sintéticas, minerais ou animais. Podemos dizer que a sua
característica está na forma como ele exerce seus efeitos e não em sua origem.

Devido a sua eficiência, o uso de medicamentos alopáticos são comuns pelo mundo. No
entanto, existem alguns riscos a saúde, dessa forma é muito importante compreender melhor
o funcionamento do medicamento alopático.
A fórmula dos remédios alopáticos possui um grau de toxicidade, especialmente os sintéticos,
que devem ser usados apenas quando são indicados por um profissional de saúde. Caso
contrário poderá provocar diversos efeitos colaterais. Outra restrição é que o uso indevido
pode acarretar em sérios problemas ao organismo, como ser intolerante aos princípios ativos,
enfraquecendo o sistema imunológico.

O que são medicamentos Fitoterápicos?

Os medicamentos Fitoterápicos têm o mesmo objetivo que a Alopatia, ou seja, as substâncias


provocam ações contrárias aos sintomas e doenças. A diferença está na matéria-prima que no
caso dos medicamentos Fototerapia são de origem vegetal.

Apesar de ser formado por compostos naturais, os remédios Fitoterápicos contêm substâncias
químicas, que são os responsáveis pelos efeitos terapêuticos dos medicamentos.

Quais são as diferenças entre medicamentos alopáticos e fitoterápicos?

Os medicamentos Fitoterápicos são menos tóxicos que os medicamentos Alopáticos, devido à


matéria-prima vegetal e não sintética, contudo, assim como outro medicamento pode causar
reações adversas.

Qual a diferença entre medicamentos alopáticos e homeopáticos?

O medicamento Alopático tem a funcionalidade de produzir ao organismo reação contrário aos


sintomas apresentados, com o intuito de diminuir ou até mesmo, neutralizá-lo. Para melhor
compreender, quando se tem febre, o médico indica um remédio para baixar a temperatura,
no caso do Alopático são as fórmulas “anti”. Os medicamentos Alopáticos são produzidos em
grande escala, pode ser produzidos em farmácias de manipulação através de uma prescrição
médica. Os efeitos colaterais são os principais problemas.

Os medicamentos Homeopatia são utilizados no tratamento de doenças agudas e crônicas, de


forma menos agressiva, que estimulam o organismo a reagir, ajudando no fortalecimento dos
mecanismos de forma natural.

Portanto, ao contrário dos medicamentos Alopáticos, os Homeopáticos são menos invasivos,


eles agem diretamente na curativa e restauradora do organismo, fortalecendo contra a
normalidade.

Pode tomar alopatia e homeopatia?

A administração desses medicamentos juntos pode variar de acordo com o tratamento


homeopático indicado por um profissional da área da saúde. De modo geral, quando o
paciente já faz um tratamento com uso crônico de medicamentos alopáticos, neste caso, o
tratamento não deve ser interrompido. Mas assim, como comentamos antes, pode variar
conforme a análise médica.
O que deve se levar em consideração é que ao iniciar um novo tratamento com medicamentos
alopáticos pode ocorrer o risco de cortar o efeito do tratamento homeopático. Quando o caso
é agudo, como infecções que são indicados antibióticos para o tratamento, o melhora pode ser
mais rápida quando são feitos juntos com homeopatia.

Como encontrar o melhor preço de medicamentos em farmácias confiáveis?

Para a sua praticidade, a Manipulaê oferece os serviços de cotação para você encontrar
farmácias confiáveis que são certificadas pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), além de
economizar na comprar aproveitando os melhores preços do mercado. Tudo isso é possível no
aconchego de sua casa.

Da mesma forma, gostaríamos de deixar algumas orientações na hora de efetuar a sua


compra. Procure sempre pesquisar as avaliações, desconfie quando o preço é muito alto ou
quando é muito baixo, atente para os valores médios no mercado.

Após realizar a sua compra online, quando o produto chegar na sua residência certifique-se
que a embalagem está lacrada, o código de qualidade e o prazo de validade. Caso contrário,
recorra aos seus direitos. Cuidar da saúde é um assunto sério e o remédio deve estar de
acordo com as exigências da Anvisa.

Medicamento Referência, Similar e Genérico

MEDICAMENTOS DE REFERÊNCIA

Os medicamentos de referência - também conhecidos como “de marca” por terem marca
comercial bem conhecida - são aqueles que possuem eficácia e segurança cientificamente
comprovadas. Geralmente são produtos inovadores, com registro na Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa).

MEDICAMENTOS GENÉRICOS

Os genéricos são medicamentos que apresentam princípio ativo idêntico a um medicamento


de referência, o que é assegurado por testes apresentados à Anvisa. Portanto, os
medicamentos genéricos podem substituir os de referência prescritos pelo médico. Em geral,
eles têm custo mais acessível.

Na embalagem dos genéricos há uma tarja amarela contendo a letra “G” e a inscrição
“Medicamento Genérico”. Como esse tipo de medicamento não tem marca, o que o
consumidor lê na embalagem é o princípio ativo do medicamento.

MEDICAMENTOS SIMILARES

O medicamento similar é identificado pela marca ou nome comercial e possui o mesmo


princípio ativo de um medicamento de referência. A diferença entre eles está relacionada a
alguns aspectos, como:
Prazo de validade do medicamento;

Embalagem;

Rotulagem;

Tamanho e forma do produto.

Um medicamento similar só pode substituir seu respectivo medicamento de referência após


passar por testes laboratoriais que comprovem a equivalência, iguais aos que são exigidos para
os genéricos. Os que já cumpriram esse processo são chamados de “similares intercambiáveis”
ou “similares equivalentes”.

Condições de armazenamento de medicamentos

Para deixar os remédios em ordem na sua ‘farmácia pessoal’, o Ministério da Saúde elaborou e
disponibilizou dicas essenciais que fazem toda a diferença na conservação e no uso correto dos
medicamentos:

Mantenha os medicamentos em lugares secos e frescos, seguros e específicos para este fim.
Pode ser numa caixa organizadora, ou mesmo num espaço só para eles no armário. Evite
guardá-los com produtos de limpeza, perfumaria e alimentos;

Coloque na geladeira apenas os medicamentos líquidos, conforme orientação do profissional


de saúde. Não acondicione remédios na porta da geladeira, onde sofre mais alterações de
temperatura;

Se você costuma usar o porta-comprimidos para guardar os medicamentos, deixe somente a


quantidade suficiente para no máximo 24 horas. Os recipientes devem ser cuidadosamente
limpos, secos e identificados com os nomes dos remédios;

Não divida os comprimidos sem marcação e não abra aqueles que são revestidos por cápsulas;

Se você comprar um medicamento em blister, comece a usá-lo pela parte que não contém o
nome do medicamento na parte de trás, para facilitar a identificação;

Não triture a medicação e evite consumi-la com sucos, chás ou leites que podem até impedir a
absorção adequada do princípio ativo. Acostume-se a tomá-lo apenas com água;

O armazenamento de medicamentos deve ser individualizado para evitar erros e trocas com
remédios de outras pessoas;

Lave as mãos antes de manusear qualquer medicamento;

Manuseie os medicamentos em lugares claros, nomeie as embalagens e leia o nome antes de


tomá-los, para evitar trocas;
Abra somente um frasco ou embalagem de cada medicamento por vez;

Mantenha os remédios nas embalagens originais para facilitar sua identificação e o controle da
validade;

Observe frequentemente a data da validade e nunca tome medicamentos vencidos;

Consulte um farmacêutico, caso observe qualquer mudança no remédio, como cor, mancha ou
cheiro;

Utilize preferencialmente o medidor que acompanha o medicamento. Lave-o logo após o uso;

Guarde os medicamentos suspensos ou de tratamentos antigos em local separado dos


remédios em uso;

Não passe o bico do tubo do medicamento em feridas ou na pele quando usar pomadas. Você
pode contaminá-lo;

Mantenha a receita médica junto aos medicamentos, para tirar possíveis dúvidas quanto ao
uso;

Faça o descarte correto do medicamento. Hoje em dia, as farmácias já possuem lixeiras


especiais para receber medicamentos, sprays e outras substâncias farmacêuticas vencidas;

Lembre-se: a automedicação é perigosa e pode levar ao agravamento de alguma doença. Em


caso de dúvidas, procure o médico ou o posto de saúde mais próximo.

Mobiliário adequado
Montar uma loja necessita de um estudo completo do ambiente, de um planejamento e a
distribuição do mobiliário adequado. Especialmente linhas de farmácias e drogarias, que
vendem produtos/medicamentos com maior cuidado para alocação e armazenamento, possuir
uma estrutura adequada é necessário.

Um mobiliário resistente e sofisticado é o ideal para o ponto de vendas. Dessa forma, totens,
luminosos, gôndolas, painéis, prateleiras e armários de medicamentos são os indicados para
construir o ambiente da loja e facilitar a distribuição de produtos e medicamentos, sendo estes
conservados de forma adequada.

O material do mobiliário deve variar entre em MDF, aço, vidro, estruturas em alumínio, entre
outras matérias-primas de qualidade e que resultam em um mobiliário resistente, durável e
funcional. Assim sendo, a criação do seu ambiente estará completa e segura para a venda de
seus produtos.
Produtos violados, suspeitos ou adulterados

Os produtos violados, vencidos, sob suspeita de falsificação, corrupção,


adulteração ou alteração devem ficar armazenados em um ambiente diferente
da área de dispensação e identificados quanto a sua condição e destino, de
modo a evitar sua entrega para um cliente. Esses produtos não podem ser
comercializados ou utilizados.

Perigo de contaminação

Quando falamos em contaminação no processo produtivo farmacêutico e na produção de


medicamentos, devemos pensar na seriedade que se deve ter nestes processos, uma vez que
os medicamentos são fabricados para curar e melhorar a saúde das pessoas. Porém, se
produzidos de forma incorreta, podem ser altamente prejudicial e até matar.

A indústria farmacêutica produz medicamentos em larga escala, entretanto, ao longo dos anos
essa produção deve ser homogênea e seus resultados reprodutíveis. Fazer lotes semelhantes
significa respeitar o consumidor, e tratando-se de medicamentos, isto deve ser levado a sério.

Para que esse processo aconteça de forma eficaz, existem as Boas Práticas de Fabricação, que
asseguram que os produtos são consistentemente fabricados e controlados em conformidade
com as normas de qualidade requeridas para a sua autorização de comercialização.

A Legislação nacional referente a Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos é a RDC n° 17


de 16 de abril de 2010 – Série de práticas exigidas pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária, protege e controla os medicamentos durante a fabricação, Boas Práticas de
Fabricação (BPF) = Current Good Manufacturing Practice (CGMP).

Estar de acordo com as Boas Práticas de Fabricação (BPF) significa produzir medicamentos
seguros e eficazes, garantindo a qualidade e diminuindo riscos de contaminação e misturas de
produtos.

Pensando nisto, falaremos um pouco sobre contaminação e mistura de produtos, fatores que
influenciam, diretamente no resultado final do produto entregue ao consumidor.

CONTAMINAÇÃO NO PROCESSO PRODUTIVO FARMACÊUTICO:

Acontece quando existe a invasão de algo que esta em um local que não deveria. Esse
processo pode acontecer de três formas:

CONTAMINAÇÃO POR PARTÍCULAS:

Normalmente esse tipo de contaminação acontece através pequenas partículas, como por
exemplo: fiapos de roupa, tarrachinhas de brinco, maquiagem, asas de insetos, pêlos, lascas de
esmalte, etc.
Pensando nisto, nos ambientes em que são produzidos os medicamentos é obrigatório o uso
de uniformes limpos, luvas, máscaras, toucas, sapatos especiais e óculos de proteção. É
proibida a utilização de brincos, pulseiras, relógios, fitinhas, anéis, alianças, esmalte de unha,
colares, pingentes e maquiagem. Evitando assim, a contaminação no processo produtivo
farmacêutico por desprendimento de partículas dos manipuladores.

CONTAMINAÇÃO MICROBIOLÓGICA:

Formado por um grupo de organismos microscópicos, constituído principalmente de bactérias,


protozoários e vírus, assim como fungos e algas em geral unicelulares. Eles estão presentes no
solo, na água, no ar e inclusive em outros organismos, exercendo as mais diversas funções
como também causando os mais diversos problemas.

Por isso, em ambientes que são produzidos medicamentos é obrigatório o uso de uniformes
limpos, luvas, máscaras, toucas, sapatos especiais e óculos de proteção.

É obrigatório manter uma ótima higiene pessoal, sempre lavando mãos após utilizar o
banheiro, sempre que for entrar na área limpa da produção e após mexer no nariz, olhos ou
boca. É proibido se alimentar ou mascar chicletes no ambiente produtivo. Os homens devem
fazer a barba diariamente.

CONTAMINAÇÃO POR PRODUTO:

Este processo acontece quando se mistura produtos diferentes, como por exemplo: princípios
ativos, matérias primas, entre outros.

Este procedimento pode ocasionar o risco de o consumidor final adquirir um medicamento


que cause reações inesperadas pelo fato do produto ter sido contaminado acidentalmente. A
contaminação no processo produtivo farmacêutico pode ser prejudicial à saúde e levar a
morte, por isso, as Boas práticas devem ser seguidas com seriedade.

Para que isso não aconteça cada produto é produzido e embalado em salas individuais, um
lote de cada vez. Por exemplo: Se está produzindo Glimepirida 1 mg lote X não se pode
produzir na mesma sala Glimepirida 4 mg lote Y enquanto o processo do lote X não for
terminado e a sala não for completamente limpa.

MISTURA DE PRODUTOS MIX UP:

Trata-se de misturas indesejáveis que podem ser detectadas. Alguns materiais impressos,
como: bulas, cartuchos, impressões inseridas em alumínio, caixas de embarque, bisnagas,
frascos, rótulos, etiquetas e sachês, representam o maior potencial de risco de mix-up.

Caso isso aconteça, o consumidor pode adquirir um medicamento na dosagem errada ou


consumir um medicamento achando que é outro, pois, foi trocado acidentalmente.

CONHEÇA OS MOTIVOS QUE PODEM OCASIONAR ESSE TIPO DE ACIDENTE:

Falta de atenção
Falta de conferência

Falta de identificações claras e legíveis

Rasuras

Não adequação do fluxo de circulação de materiais

Não cumprir os procedimentos padrão

Uma das medidas para se evitar o Mix Up é adotar cores ou tamanhos diferenciados para as
caixas de medicamentos de diferentes dosagens. Comprimidos de cores diferentes também
ajudam a evitar.

Os Procedimentos Operacionais Padrão (POP) dão instruções detalhadas para a realizar


operações específicas na produção de um produto farmacêutico e outras atividades de
natureza geral. Além de ajudar a padronizar o trabalho, produzindo produtos com o mesmo
padrão de qualidade. Lembrando que, os treinamentos são de extrema importância neste
processo.

Não podemos deixar de considerar as Boas Práticas de documentação, onde tudo que aontece
na produção é escrito e documentado no momento que acontece a ação.

Esses registros são utilizados para ajudar nas investigações caso haja algum problema com o
lote e são arquivados por muitos anos.

Os documentos chamados Ordem de Fabricação e Ordem de Embalagem servem como


“receitas” para produzir os medicamentos. Eles contem explicações passo-a-passo do que
fazer, equipamentos utilizados, velocidade, tempo, quantidade de ingredientes, etc.

nas ordens contem espaços para ser preenchidos com informações do lote, assinado e
conferidos por outro operador (“duplo check”).

Responsabilidade pelo descarte

O Brasil é o sétimo país que mais consome medicamentos do mundo, mas existe pouca
legislação referente ao descarte correto de medicamentos vencidos ou sem uso. Porém,
devido aos grandes riscos à saúde humana e ao meio ambiente, o descarte de medicamentos
deve ser feito em pontos de coleta específicos, para serem posteriormente encaminhados à
destinação final ambientalmente correta. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)
estabelece como obrigatoriedade o descarte correto de medicamentos. No caso dos remédios,
a chamada logística reversa funciona com as farmácias e drogarias aceitando medicamentos
vencidos para encaminhá-los ao seu destino final sem risco de contaminação. A Anvisa possui
uma lista de postos de coleta credenciados - o processo todo é regido pela norma descarte de
medicamentos é um problema que ocorre no mundo todo e é relativamente novo. Ele
apresenta riscos à água, ao solo, aos animais e também à saúde pública. Nos Estados Unidos, a
população recebe orientações para descartar medicamentos na privada ou no lixo, pois eles
dão prioridade a reduzir o risco de uso não intencional ou overdose.
Mas o risco ambiental emergente está presente nesse tipo de atitude, devido aos
“micropoluentes”. Assim, ao descartar medicamentos vencidos de forma incorreta, os
consumidores contribuem com uma quantidade pequena, mas que quando acumulada causa
grandes consequências. E o pior é que a maior parte das pessoas não sabe o mal que está
fazendo ao realizar o descarte de medicamentos no lixo comum ou no vaso sanitário. Cerca de
20% de todos os medicamentos que utilizamos são descartados de forma irregular.

A contaminação ambiental ocorre pelo descarte incorreto e também pela parcela excretada na
urina e fezes de produtos que tomamos. O uso de medicamentos veterinários também
contribui; a criação de gado, peixes e animais domésticos utiliza antimicrobianos,
antiprotozoários, hormônios, entre outros, e entram no meio ambiente da mesma forma, por
descarte inadequado e excreções. Esses medicamentos vão parar em aterros, lixões, estações
de tratamento de água/esgoto, corpos d’água ou no solo.

Os fármacos que ingerimos são metabolizados e eliminados pelo nosso corpo indo parar nas
redes de esgoto junto com aqueles que descartamos em pias e vasos sanitários. Ele percorre
todo o caminho até uma estação de tratamento de esgoto onde também sofre metabolização,
mas muitos não são totalmente degradados e se tornam imprevisíveis. As estações de
tratamento não foram projetadas para eliminar fármacos - eles são apenas atenuados. Existem
técnicas de remoção de fármacos como ultrafiltração, ozonização, oxidação avançada, mas os
elevados custos não viabilizam sua implantação para o tratamento de esgoto em larga escala.

Existe também a perigosa parcela de descarte de medicamentos no lixo comum, geralmente


sobras de medicamentos vencidos. Como eles não são metabolizados, podem chegar em sua
forma original aos aterros que, caso não possuam impermeabilização adequada, podem
percolar (atravessar alguns meios) e contaminar o solo e o lençol freático em concentrações
até maiores que via esgoto.

Riscos

Os problemas causados pela presença dos compostos de medicamentos no ambiente ainda


não são muito bem conhecidos. Sabe-se que os medicamentos diluídos em água podem
interferir no metabolismo e no comportamento de organismos aquáticos. Há fármacos que são
persistentes e se acumulam no meio ambiente, além dos riscos de doenças na população e
animais que podem encontrar medicamentos descartados no lixo e utilizá-los. Os antibióticos
também são preocupantes, pois quando expostos ao meio ambiente, tornam as bactérias
resistentes ao antibiótico em questão

Outro problema se dá no âmbito da saúde pública. O armazenamento de medicamentos em


casa aumenta o risco de intoxicação pelo uso indevido - cerca de 28% dos casos de
intoxicações no Brasil são por medicamentos. As pessoas que manejam esses resíduos sem
proteção, como catadores nos lixões, também são suscetíveis a eventos adversos e
intoxicações caso achem o medicamento e o consumam.
Esse tipo de situação, que poderia ser controlado, deve-se em grande parte ao fato de a
sociedade não ter informações quanto à forma correta do descarte de medicamentos e seus
riscos. A maioria dos medicamentos descartados vem das sobras de remédios da nossa
“farmácia caseira” - um hábito comum do brasileiro. Então o que podemos fazer para
contribuir na diminuição do risco ambiental pelo descarte de medicamentos?

Formas de evitar contaminação ambiental de medicamentos

Uso racional de medicamentos:

Refere-se “à necessidade de o paciente receber o medicamento apropriado, na dose correta,


por adequado período de tempo, a baixo custo para ele e a comunidade”. Use remédios de
forma racional, sem exageros, sem automedicação e não interrompa o tratamento por conta
própria. Também exija do seu médico uma prescrição completa e coerente, sem desperdícios.

Evite desperdícios:

Ao comprar medicamentos sem critérios ou em grandes quantidades para deixar armazenado


em casa é mais provável que parte passe da validade sem uso e tenha que ser descartado.
Existe hoje a PL 33/2012 em tramitação no senado desde de 2012 sobre a obrigatoriedade de
se vender medicamentos fracionados. Assim, o consumidor compraria apenas o necessário
para seu tratamento, evitando desperdícios.

Espalhe informação:

Muitas pessoas descartam medicamentos no lixo ou nas redes de esgoto por falta de
informação, não por falta de opção. Conte para amigos e familiares que existem pontos de
coleta como farmácias e drogarias espalhadas pela cidade que fazem o descarte
ambientalmente correto dos medicamentos vencidos. Há também os postos de doação.

Descarte corretamente:

Se seu medicamento venceu e você só percebeu agora, não jogue no vaso sanitário ou no lixo!
Agora que você sabe dos riscos que isso pode causar, leve os medicamentos até um ponto de
coleta para o descarte ambientalmente correto. Ache o ponto de entrega mais perto de você
na nossa seção de postos de reciclagem e veja como é fácil fazer o descarte de medicamentos
vencidos em drogarias e farmácias.

E depois?

Ok, você fez o descarte correto dos seus medicamentos vencidos em um ponto de coleta,
como em farmácias e drogarias, e depois, o que acontece com eles? Os objetos como seringas
e agulhas são primeiramente descontaminados em uma usina de tratamento, depois
destinados a aterros sanitários como resíduos sólidos. Os medicamentos vencidos são tratados
por processos térmicos, geralmente queimados em usinas de incineração, diminuindo o
volume dos resíduos e sua periculosidade.
É importante lembrar que a incineração também apresenta riscos para o meio ambiente e para
a saúde, já que os gases emitidos pela queima e as cinzas produzidas podem conter
substâncias tóxicas. Isso exige um extremo controle e equipamentos modernos com alta
eficiência de filtração e lavagem de gases para diminuir os riscos. Por enquanto, é a melhor
opção para destinação final dos resíduos de serviço de saúde (RSS) - método também usado
amplamente no exterior.

Definição de Conceito

A biossegurança é uma área de conhecimento definida pela Agência Nacional de Vigilância


Sanitária (Anvisa) como: “condição de segurança alcançada por um conjunto de ações
destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam
comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente”.

O livro Biossegurança: uma abordagem multidiscipinar, organizado por Pedro Teixeira e Silvio
Valle, apresenta a seguinte definição: "a biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a
prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa,
produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde do
homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados".

A questão fundamental, portanto, é garantir que qualquer procedimento científico seja


seguro. Ele precisa ser seguro para os profissionais que o realizam, para os pacientes a quem
são destinados (quando houver) e para o ambiente e, ao mesmo tempo, ser capaz de gerar
resultados de qualidade.

Biossegurança em farmácia

As farmácias, conforme determinado na Lei 13.021/2014, são estabelecimentos de saúde que


exercem papel fundamental no cuidado, orientação e amparo ao paciente de COVID-19, além
da dispensação de medicamentos e prestação de serviços de saúde. Entendendo a importância
do setor, a Anvisa publicou duas Notas Técnicas que reforçam o papel das farmácias durante a
pandemia.

A NOTA TÉCNICA Nº 06/2021/SEI/GRECS/GGTES/DIRE1/ANVISA trata das Orientações para


farmácias durante o período da pandemia e a NOTA TÉCNICA Nº
07/2021/SEI/GRECS/GGTES/DIRE1/ANVISA determina as orientações para a realização de
testes rápidos, do tipo ensaios imunocromatográficos, para a investigação da infecção pelo
novo coronavírus (SARS-CoV-2).

Segundo a Anvisa: “É importante garantir a função contínua das farmácias durante a pandemia
da COVID-19. Durante a pandemia, a equipe da farmácia pode minimizar o risco de exposição
ao vírus que causa o COVID-19 e reduzir o risco para os clientes usando os princípios de
prevenção e controle de infecções e distanciamento social.”
Entre outras informações importantes, a Nota Técnica Nº 06/2021 traz orientações para
minimizar o risco de exposição ao vírus e reduzi-lo para os clientes e ainda instruções sobre a
disponibilização de serviços de vacinação e sobre a aplicação de testes rápidos para a COVID-
19.

A Nota Técnica Nº 07/2021 tem como objetivo orientar as farmácias e os serviços, públicos e
privados, sobre a realização dos testes rápidos do tipo ensaios imunocromatográficos para
pesquisa de anticorpos e de antígenos, para a investigação da infecção por SARS-CoV-2; e
sobre as medidas de prevenção da transmissão de COVID-19 que devem ser adotadas durante
a assistência aos casos suspeitos de infecção por SARS-CoV-2 no ambiente em que estejam
sendo realizados os testes rápidos.

A RDC ANVISA nº 377/2020, autorizou, em caráter temporário e excepcional, que as farmácias


executem "testes rápidos" (ensaios imunocromatográficos) para a pesquisa de anticorpos ou
de antígenos do novo coronavírus.Em 11/01/21, a Anvisa publicou a Nota Técnica nº
06/2021/SEI/GRECS/GGTES/DIRE1/ANVISA, com orientação para farmácias durante o período
pandemia. Nessa nota, consta a necessidade de que as farmácias que realizem os “testes
rápidos” preencham um formulário para identificação destas perante a Anvisa, contudo o link
indicado não remetia ao preenchimento do referido formulário.

Após questionamentos enviados pelos Conselhos de Farmácia solicitando mais informações


sobre o acesso ao formulário de preenchimento, a Anvisa atualizou a Nota Técnica nº 06/2021
com a inclusão do link correto para o formulário. Dessa forma, orientamos que os
farmacêuticos acessem a Nota Técnica nº 06/2021 atualizada e realizem o preenchimento das
informações solicitadas pela Anvisa, caso o estabelecimento em que ele atue esteja realizando
os testes rápidos para a Covid-19.

Acesse a Nota Técnica nº 06/2021 em: https://www.gov.br/anvisa/pt-


br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/notas-tecnicas/nota-tecnica-no-6-de-
2021.pdfPara acessar o formulário para informação de testes rápidos:
https://pesquisa.anvisa.gov.br/index.php/64754?lang=pt-BROutro questionamento que foi
esclarecido pela Anvisa via Ouvidoria, é que a sala privativa para a utilização dos testes
rápidos, pode ser a sala de prestação de serviços farmacêuticos já existente na farmácia, desde
que se garanta o fluxo diferenciado entre os usuários que buscam a realização dos testes
daqueles que buscam os outros serviços da farmácia. Estas informações devem estar
registradas e disponíveis para a vigilância sanitária.

A Anvisa reforça ainda os critérios a serem adotados para a realização dos testes rápidos
imunocromatográficos, conforme Nota Técnica nº
7/2021/SEI/GRECS/GGTES/DIRE1/ANVISA:manter o ambiente ventilado (janelas abertas ou
com sistema de climatização com exaustão) a fim de assegurar a renovação do ar, de forma a
estabelecer ambientes mais seguros, considerando as formas de transmissão da COVID- 19;
realizar a limpeza e desinfecção do ambiente e das superfícies comuns ao atendimento que
tenham sido utilizados na assistência aos pacientes suspeitos de infecção pelo novo
coronavírus. Sugere-se a desinfecção com álcool 70% ou hipoclorito de sódio 0,5% ou outro
desinfetante regularizado junto à Anvisa, que apresenta eficácia contra vírus envelopados (por
exemplo: peróxido de hidrogênio, compostos de amônio quaternário e compostos fenólicos).
Seguir as instruções do fabricante para concentração, método de aplicação e tempo de
contato para todos os produtos de limpeza e desinfecção;o serviço deve possuir protocolos
contendo as orientações a serem implementadas em todas as etapas de limpeza e desinfecção
de superfícies, incluindo a periodicidade desse processo, e garantir a capacitação periódica da
equipe de limpeza, sejam elas próprias ou terceirizadas.

A capacitação deve incluir além das orientações sobre o processo de limpeza e desinfecção,
orientações sobre higiene das mãos, uso de EPI e outras medidas de prevenção. Outras
orientações sobre o tema podem ser acessadas no Manual de Segurança do Paciente: limpeza
e desinfecção de superfícies, publicado pela Anvisa em seu sítio da internet; elaborar e aplicar
protocolos e fluxos de trabalho, como a triagem de pacientes e profissionais. Pacientes idosos
e gestantes devem ter fluxo diferenciado e atendimento prioritário; Pacientes com sintomas
respiratórios devem ter atendimento imediato; delimitar fluxo de pessoal e áreas de
atendimento, espera e pagamento, diferentes para os usuários que buscam os serviços de
teste rápido em relação aos que buscam medicamentos ou outros atendimentos/serviços, de
forma a se reduzir o risco de contágio pelo novo coronavírus. O detalhamento deste fluxo
diferenciado, incluindo organização da limpeza do ambiente, deve atender às normas
sanitárias vigentes; estabelecer barreiras preferencialmente físicas entre funcionários e
usuários, como também entre os próprios usuários. Recomenda-se que o distanciamento seja
de no mínimo um metro entre as pessoas; adotar estratégias com o objetivo de limitar o
número de clientes no serviço para evitar aglomeração nas áreas de atendimento,
cadastramento e espera. Uma das estratégias mais eficientes para evitar aglomeração e o
tempo de espera do cliente é a implantação do agendamento telefônico para serviços
farmacêuticos como realização de testes rápidos e consulta farmacêutica; disponibilizar para
os usuários com sintomas respiratórios, máscara cirúrgica, além reforçar a obrigatoriedade do
uso de máscara cirúrgica ou de tecido para todos os clientes que adentrarem no serviço,
independentemente de ser suspeito ou não. O uso correto das máscaras deve ser respeitado
durante toda a permanência no serviço de saúde; proibir o uso de máscara com válvula
expiratória, pois ela permite a saída do ar expirado pelo seu usuário que, caso esteja infectado,
poderá contaminar outras pessoas e o ambiente; disponibilizar insumos, de proteção e
prevenção, tais como: água e sabonete líquido ou preparações alcoólicas a 70% para higiene
das mãos e Equipamentos de Proteção Individual (EPI), estando estes em fácil acesso e
suficientes para os pacientes e equipe; capacitar os profissionais do serviço sobre as medidas
de prevenção da transmissão do novo coronavírus, incluindo a higienização das mãos e o uso
adequado dos EPI; disponibilizar, de forma visível aos usuários e funcionários, cartazes
orientativos sobre medidas de prevenção da transmissão do novo coronavírus, como por
exemplo: a higienização adequada das mãos com preparação alcoólica a 70%, o uso correto
dos EPIs, a higiene respiratória/etiqueta da tosse.
Biossegurança no Brasil

A biossegurança no Brasil está formatada legalmente para os processos envolvendo


organismos geneticamente modificados e questões relativas a pesquisas científicas com
células-tronco embrionárias, de acordo com a Lei de Biossegurança - N.11.105 de 24 de Março
de 2005.

O foco de atenção dessa Lei são os riscos relativos as técnicas de manipulação de organismos
geneticamente modificados. O órgão regulador dessa Lei é a Comissão Técnica Nacional de
Biossegurança (CTNBio), integrada por profissionais de diversos ministérios e indústrias
biotecnológicas. Exemplo típico de discussão legal da biossegurança são os alimentos
transgênicos, produtos da engenharia genética.

Por outro lado, a palavra biossegurança, também aparece em ambientes onde a moderna
biotecnologia não está presente, como, indústrias, hospitais, laboratórios de saúde pública,
laboratórios de análises clínicas, hemocentros, universidades, etc., no sentido da prevenção
dos riscos gerados pelos agentes químicos, físicos e ergonômicos, envolvidos em processos
onde o risco biológico se faz presente ou não. Esta é a vertente da biossegurança, que na
realidade, confunde-se com a engenharia de segurança, a medicina do trabalho, a saúde do
trabalhador, a higiene industrial, a engenharia clínica e a infecção hospitalar (Costa & Costa,
2002; Costa, 1999; 1998).

Falta de Orientação

A automedicação é uma prática frequente no Brasil, visitar a farmácia representa a primeira


opção para resolver um problema de saúde, e a maior parte dos medicamentos consumidos
pela população é vendida sem receita médica. No Brasil, existe uma regulamentação da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para a venda e propaganda de
medicamentos que podem ser adquiridos sem prescrição médica, porém não existe
regulamentação nem orientação para aqueles que os utilizam. Adquirir um medicamento sem
prescrição não permite à pessoa usar um medicamento por indicação própria, na dose que
acha melhor e em horários que lhe convém.

A propaganda de determinados medicamentos, a dificuldade de conseguir uma consulta


médica, a angústia que levam consigo, sintomas ou a possibilidade de se contrair uma doença,
informações sobre medicamentos sem orientação profissional via internet ou em outros meios
de comunicação, falta de regulamentação e fiscalização de quem comercializa medicamentos e
a falta de programas educativos sobre os efeitos muitas vezes irreparáveis da automedicação,
são alguns dos motivos pelos quais as pessoas se automedicam.
A lista de perigos é extensa: desde efeitos adversos, como diarréia, tonturas, enjôos e vômitos,
ao agravamento do problema de saúde. E mais do que isso, o consumo inapropriado pode
anular a eficácia de medicamentos.

A automedicação pode mascarar diagnósticos na fase inicial da doença, por exemplo, no


diagnóstico de neoplasias gástricas e intestinais que podem ter diagnósticos mascarados e
retardados pela melhora de sintomas promovida pelo uso de antiácidos ou outros
medicamentos que agem no tubo digestivo. Outro exemplo relevante é o uso exagerado de
antibióticos, além de frequentemente ser desprovido de eficácia, pode facilitar o
aparecimento de tipos de microorganismos resistentes, com óbvias repercussões clínicas e
prognósticas.

A prática da automedicação deve ser combatida e para isso os profissionais da área de saúde
devem orientar os pacientes e os seus familiares no sentido de evitar os abusos dos
medicamentos, além do estímulo a fiscalização apropriada, sempre visando o bem-estar do
paciente e o desenvolvimento de um tratamento correto e humanizado.

Intoxicação por Medicamentos: sintomas e riscos

Sabe-se que os medicamentos podem desempenhar um papel essencial para aumentar a


expectativa e a qualidade de vida da população. No entanto, assim como curam, podem
prejudicar se não forem bem administrados. A intoxicação por medicamentos é questão de
saúde pública, pois basta uma dosagem errada ou sem prescrição (automedicação) para se ter
sérios problemas.

A superdosagem pode ser acidental, por desconhecimento ou proposital. No primeiro caso,


pode ocorrer se o paciente confundir a quantidade indicada; o segundo se dá quando a pessoa
acha que pode se automedicar, mas não sabe a dosagem necessária; o terceiro ocorre em
tentativas de suicídio. Seja qual for o caso, é grave — e é preciso buscar ajuda imediatamente
após a identificação dos sintomas.

Sintomas da intoxicação por medicamentos

Identificar os sintomas de uma possível intoxicação por remédios é essencial para prestar o
socorro necessário, principalmente quando se trata de crianças e idosos, cuja saúde é mais
delicada. Alguns sintomas são imediatos, enquanto outros podem aparecer dias depois da
ingestão da substância.
De forma geral, a intoxicação medicamentosa apresenta estes sintomas:

• sudorese;
• diarreia;
• vômito;
• tontura;
• palpitação;
• mudança brusca de comportamento;
• aumento da salivação;
• sedação.

Veja o que pode ocorrer com a superdosagem de alguns medicamentos.

Intoxicação por Paracetamol

Fármaco de venda livre, o paracetamol, se ingerido em excesso, pode causar gastroenterite


horas após o uso. Os sintomas são diarreia, náusea, vômito e febre. Outra complicação pode
surgir de um dia a três dias depois: a hepatotoxicidade é uma inflamação no fígado e tem
como sinais náusea, vômito, icterícia, perda de apetite e de peso.

Intoxicação por Aspirina

A aspirina também é um medicamento de venda livre, e a intoxicação pode ocorrer ao ser


ingerida uma dosagem elevada. Já se a pessoa ingerir repetidamente doses baixas, os sintomas
aparecerão aos poucos: enjoo, vômito, respiração rápida, zumbido nos ouvidos, confusão e
sonolência. É importante frisar que a intoxicação aguda por esse medicamento dificilmente
ocorrerá de forma acidental, pois é preciso uma dosagem muito alta para que isso aconteça.

Intoxicação por Descongestionantes nasais

A intoxicação por descongestionantes nasais ocorre quando o paciente os ingere ou faz


aplicações excessivas. Em casos leves, pode haver vômito, náusea, cefaleia, irritabilidade,
aumento da pressão arterial e sudorese. Já os casos graves mostram sintomas como dilatação
das pupilas, sonolência, hipotermia e até coma.

Intoxicação por antigripais

De acordo com a Secretaria de Saúde do Paraná, há relatos do uso abusivo proposital de


antigripais para se obter efeitos sensoriais e psíquicos — em outras palavras, alucinações. Em
casos de intoxicação grave, pode haver hipertensão arterial, tremores, tonturas, sonolência,
confusão mental, convulsão, alucinações e palpitação. Outros tipos de medicamento que
causam intoxicações graves, levando muitas vezes a óbito por overdose, são os
antidepressivos, tranquilizantes e anticonvulsivantes.

Como evitar intoxicação medicamentosa?


“O uso racional de medicamentos parte do princípio de que o paciente recebe o medicamento
apropriado para suas necessidades clínicas, nas doses individualmente requeridas para um
adequado período de tempo e a um baixo custo para ele e sua comunidade”, define a
Organização Mundial de Saúde (OMS).

Esse tema também faz parte da promoção de políticas públicas no Brasil, com a finalidade de
diminuir as estatísticas de problemas relacionados ao uso abusivo de drogas e promover a
conscientização sobre os perigos das superdosagens e da automedicação.

Para impedir uma intoxicação por remédios, é preciso evitar:

o uso ou a dosagem inadequada de antimicrobianos. Vale reforçar que consumir antibióticos


sem prescrição pode, além de não ser adequado para o combate do agente causador da
infecção, tornar as bactérias resistentes à substância;

o mix de medicamentos da “farmácia caseira” e a automedicação;

o uso de injeção quando o mais apropriado seria a formulação oral;

a não aderência à dosagem recomendada pelo especialista.

O que é interação medicamentosa?

É um evento clínico que pode ocorrer entre medicamento-medicamento, medicamento-


alimento ou medicamento-drogas (álcool, cigarro e drogas ilícitas). Caracteriza-se pela
interferência de um medicamento, alimento, ou droga na absorção, ação ou eliminação de
outro medicamento. Por isso quando você receber uma nova receita deve informar ao
profissional de saúde se já está utilizando algum outro medicamento, pois um pode interferir
nos efeitos do outro, tanto aumentando quanto diminuindo-os³.

Os antiácidos são exemplos de medicamentos que interagem com diversos outros, podendo
alterar as taxas de dissolução e absorção de medicamentos como os hormônios tireoidianos,
antifúngicos imidazóis, antibióticos como a tetraciclina e os anti-inflamatórios como a aspirina,
diclofenaco e ibuprofeno³’⁷.

Anticoagulantes, como a varfarina, podem apresentar um risco maior de causar hemorragia se


utilizados com alguns anti-inflamatórios. Vale ressaltar, que no caso da varfarina é
indispensável o acompanhamento de um profissional de saúde para avaliar e monitorar o risco
do uso combinado a outros medicamentos e alimentos³’⁸.

A dispensação de Medicamentos
A dispensação de medicamentos no ambiente hospitalar exige do farmacêutico responsável,
além do conhecimento técnico, uma prática humanista. Sobretudo dentro de um hospital,
onde a farmácia ultrapassa a esfera comercial e atua primordialmente como um serviço de
assistência à saúde.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais da metade dos medicamentos tem
prescrição, venda ou dispensação inadequada. Isso se dá pela ausência de boas práticas, seja
numa farmácia hospitalar ou numa drogaria.

Um dos fatores que refletem a importância da farmacovigilância e da necessidade de atenção


à dispensação de medicamentos é o uso irracional, que pode ocorrer das seguintes maneiras:

polifarmácia (uso de cinco ou mais medicamentos por paciente);

uso de antimicrobianos para infecções não bacterianas, muitas vezes em doses inadequadas;

excesso de injeções no lugar de fórmulas orais que seriam mais apropriadas;

prescrição em desacordo com as diretrizes clínicas;

automedicação inapropriada de medicamentos prescritos anteriormente;

não adesão aos regimes de dosagem.

Desse modo, as boas práticas para o uso racional de medicamentos são fundamentais, pois
garantem a eficácia do tratamento e a segurança do paciente. E também assegura a eficiência
do processo e a economia de recursos pois evita o desperdício de medicamentos.

Por tudo isso, trouxemos neste artigo alguns exemplos de boas práticas na dispensação, para
melhorar a abordagem e tornar o tratamento do paciente mais seguro. Confira!

Como ocorre a dispensação de medicamentos?


No hospital, o farmacêutico é responsável pela dispensação de medicamentos aos pacientes,
conforme a prescrição do médico. Contudo, o processo de dispensação não está concentrado
apenas na entrega da medicação nas doses e horários recomendados.

Também são realizadas etapas que incluem armazenamento, classificação, triagem de


prescrições, controle de acesso e separação dos medicamentos.

Desse modo, vale ressaltar que a dispensação depende de um gerenciamento de


medicamentos adequado, pois isso influenciará diretamente no processo.

Existem, basicamente, quatro tipos de sistemas de dispensação. São eles:

1. Sistema Coletivo

Nesse sistema, a farmácia hospitalar fornece os medicamentos conforme pedido feito pelo
setor solicitante. Desse modo, por não ser focada no paciente, esse tipo de dispensação tende
a gerar um uso irracional.

É como se a farmácia fosse um mero distribuidor, onde o armazenamento é feito a partir de


estoques descentralizados, retirando das mãos do farmacêutico o controle na dispensação de
medicamentos.
2. Sistema Individualizado

Aqui, as solicitações recebidas na farmácia hospitalar são feitas pela equipe de enfermagem,
que transcreve as prescrições médicas. Assim, a dispensação é feita conforme cada receituário
individual. O sistema individualizado é considerado um pré-requisito para o sistema unitário.

3. Sistema Unitário

Nos Estados Unidos, desde a década de 1960 é adotado o sistema unitário. Devido suas
inúmeras vantagens, ele aparece entre as boas práticas de dispensação de medicamentos.

O principal benefício desse sistema em relação aos demais está no controle da farmácia
quanto ao uso racional. Conforme a prescrição médica individualizada, os medicamentos são
separados e identificados com o nome do paciente, número do leito e horário da
administração.

Assim é possível integrar o farmacêutico à equipe multidisciplinar, reduzindo os erros de


administração.

4. Sistema Misto

A dispensação de medicamentos pelo sistema misto combina o coletivo ao individualizado,


sendo bastante utilizado em cerca de 13% hospitais brasileiros. Nesse caso, para algumas
unidades específicas, como ambulatório, radiologia e emergência, a dispensação é feita pelo
sistema coletivo. Nos demais setores, se aplica o sistema individualizado.

Erros mais comuns durante o processo

Erros na dispensação de medicamentos ou quaisquer falhas no processo podem significar uma


“quebra” no tratamento. Podendo, inclusive, resultar em efeitos colaterais e reações adversas,
colocando a saúde do paciente em risco.

Como resultado, o farmacêutico pode responder administrativamente ao Conselho Regional


de Farmácia (CRF). Ou mesmo a processos judiciais por imprudência, imperícia ou negligência,
pois assume o risco de danos temporários ou permanentes.

Vejamos a seguir uma lista de erros mais comuns na dispensação de medicamentos:

• prescrição sem informação de quantidade;


• receituário sem informação de horário;
• prescrição sem indicação de forma farmacêutica;
• dose excessiva ou omissão de dose;
• prescrição sem indicação de concentração;
• medicamento dispensado com concentração incorreta;
• dispensação com problemas de rotulagem;
• medicamento dispensado diferente da prescrição ou sem prescrição;
• desvio de qualidade do medicamento dispensado;
• dispensação de medicamento vencido;
• dispensação de medicamento alheio à legislação brasileira.

Em alguns casos, a depender do tipo de medicamento, o potencial danoso é maior, ainda que
erros ocorram com menor frequência. Desse modo, as boas práticas também partem do
princípio de prevenir erros de dispensação dentro da farmácia hospitalar.

Exemplos de boas práticas na dispensação de medicamentos

Uma das razões do processo de dispensação de medicamentos está em analisar e corrigir


eventuais problemas na prescrição. Sobretudo, ela visa a redução de riscos ao paciente, a fim
de que ele receba o tratamento adequado. Logo, essas ações estão diretamente ligadas à
qualidade da gestão.

Porém, existem algumas boas práticas que devem ser levadas em consideração para que os
objetivos sejam atingidos. Uma delas passa pela adoção de um método de dispensação
totalmente focado no tratamento e no paciente.

Veja a seguir algumas das principais boas práticas que devem ser adotadas na farmácia
hospitalar para uma dispensação de medicamentos mais eficiente e segura:

Armazenamento seguro e controlado

O armazenamento correto faz parte das boas práticas farmacêuticas determinadas pela
legislação brasileira. Obviamente, dentro do processo de dispensação, a gestão de
suprimentos hospitalares é fundamental, pois está relacionada à disponibilidade dos itens.

Portanto, podemos inserir entre as boas práticas de dispensação de medicamentos o controle


e segurança no armazenamento. Bem como a implementação de sistemas automatizados de
monitoramento e acesso, garantindo ao farmacêutico um gerenciamento mais eficaz do
processo.

Controle de prescrição

Implementar níveis de controle sobre as prescrições pode ser uma entre as boas práticas na
dispensação. Por exemplo, limitar o número de unidades dispensadas, diminuir a validade e
condicionar prescrições a certos resultados, são maneiras de estabelecer uma vigilância maior
sobre o uso de medicamentos dentro da farmácia hospitalar.

Controle de acesso

A redução de erros de dispensação e o uso racional dependem também de um acesso mais


controlado. Como parte das boas práticas, essa ação prevê o envolvimento do farmacêutico
com a equipe, a fim de informar e orientar sobre os riscos associados a certos medicamentos.
Nesse sentido, racionar as quantidades também pode ser uma forma de controle.
Especialmente nas situações onde o risco é mais alto, pode ser necessário implementar um
programa de vigilância e acesso restrito.

Unitarização

O método de dispensação por doses unitárias é considerado atualmente como o mais racional
e seguro. Infelizmente, poucos hospitais brasileiros utilizam esse sistema, pois ele demanda
investimentos em tecnologia e requer uma equipe dedicada ao processo.

Com a unitarização, a prescrição médica é encaminhada pela equipe de enfermagem à


farmácia hospitalar. Lá, são realizadas a triagem, análise da prescrição, o perfil
farmacoterapêutico e a preparação das doses.

Posteriormente, as doses unitárias são encaminhadas para o setor de enfermagem prontas


para serem administradas. Esse método apresenta muitos benefícios, como:

redução dos erros de administração;

identificação do medicamento até o momento da administração;

diminuição do tempo empregado pela equipe de enfermagem;

redução dos estoques periféricos e diminuição das perdas;

processo de devolução otimizado;

precisão no faturamento do consumo por paciente;

segurança para a equipe médica quanto ao cumprimento da prescrição;

eliminação de erros na transcrição de receituário;

efetividade na participação do farmacêutico para definir a terapia medicamentosa;

melhor adaptação aos sistemas informatizados.

Dispensação por prescrição digital

A partir da implementação de sistemas integrados de gestão, é possível ter um acesso mais


amplo às etapas da dispensação de medicamentos. Isso inclui adotar a prescrição digital.

Com esse formato de receituário, é possível evitar erros na interpretação das prescrições, por
exemplo. Sem contar que um sistema digitalizado é capaz de identificar o tratamento
proposto, verificando a conformidade com os protocolos clínicos.

Ao passo que otimiza os processos, essa ferramenta torna a dispensação de medicamentos


mais segura e eficiente.
Apresentação do receituário

O receituário é fruto do atendimento médico e é uma prescrição médica não cirúrgica,


incluindo a dieta e os medicamentos a serem administrados, especificando a via, podendo ser
a oral, a intravenosa, a intramuscular ou outras. Ademais, também deve servir como
orientação ao paciente.

O uso de medicamentos é regulado pela ANVISA no Brasil. É por meio da diferenciação dos
receituários médicos que se controla a prescrição e compra adequada do remédio. Dessa
forma, é de extrema importância que todos os profissionais da saúde legalmente habilitados a
receitar medicamentos (médicos, veterinários e dentistas), assim como os farmacêuticos,
saibam identificar o tipo de papel correto em que a receita médica deve ser indicada.

RECEITUÁRIO MÉDICO BRANCO SIMPLES

Existem diversos medicamentos que não necessitam de receituário médico para compra, mas
que só devem ser adquiridos quando prescritos por um profissional. Nesse caso, é utilizado
apenas uma receita simples, com uma via, geralmente em papel de cor branca.

RECEITUÁRIO MÉDICO BRANCO ESPECIAL

Para remédios de uso controlado, como antibióticos, antirretrovirais, anabolizantes e alguns


imunossupressores, é necessário a prescrição em duas vias: uma para o paciente, outra para a
farmácia. A receita médica, nesse caso, costuma possuir validade de 30 dias após a sua
emissão e limita a quantidade de medicamento para o tratamento durante este período.

RECEITUÁRIO MÉDICO AZUL

Este tipo de receituário é utilizado na receita médica de psicotrópicos e psicotrópicas


anorexígenas. Cada receituário pode conter a prescrição de apenas uma substância, com
quantidade necessária para tratamento durante 30 dias - que é, também, o período de
validade da receita.

RECEITUÁRIO MÉDICO AMARELO

Para medicamentos extremamente controlados, como entorpecentes e alguns psicotrópicos, é


utilizado o papel amarelo. Cada receituário pode conter a prescrição de apenas uma
substância, com quantidade necessária para tratamento durante 30 dias - que é, também, o
período de validade da receita.

Atenção: No caso de medicamentos controlados citados acima, todos os receituários médicos


devem ser acompanhados de uma notificação de receita para análise da ANVISA. A notificação
deve conter:
Sigla da unidade da federação;

Identificação numérica fornecida pela autoridade sanitária competente dos estados,


municípios e Distrito Federal;

Identificação do profissional que está prescrevendo, com sua inscrição no conselho regional
com a sigla da respectiva unidade da federação;

Identificação do paciente que irá utilizar o medicamento, com nome e endereço completo;

Nome do medicamento, dosagem, forma farmacêutica, quantidade (em algarismos arábicos e


por extenso) e posologia;

Símbolo indicativo de riscos;

Data de emissão;

Assinatura do prescritor. Quando os dados do profissional estiverem devidamente impressos


no campo do emitente, ele poderá apenas assinar a notificação de receita. Caso pertença a
uma instituição hospitalar, o emitente deverá também utilizar seu carimbo, constando a
inscrição no conselho regional;

Identificação do paciente, com nome, documento de identificação, endereço e telefone;

Identificação do fornecedor, com nome do estabelecimento, endereço, telefone, data e nome


do responsável pela dispensação do medicamento;

Identificação da gráfica que emitiu o receituário, com nome, endereço e CNPJ em cada folha
do talonário. Deve constar também a numeração do início ao fim concedidas ao profissional ou
instituição, com número da autorização para confecção de talonários emitida pela vigilância
sanitária local;

Identificação do registro, com anotação da quantidade aviada, no verso das folhas.

Atendimento diferenciado

A importância de um bom atendimento ao cliente na farmácia ou drogaria

Entenda a importância de um bom atendimento em drogaria

Em pequenos e médios estabelecimentos, é comum que os seus proprietários, embora


tenham adquirido muita informação ao longo do seu caminho, não dominem regras formais do
marketing ou gestão e tenham dúvidas sobre como vender mais. Mas atenção: isso não deve
ser um impedimento para continuar.

O que faz com que um cliente opte por uma empresa não é seu domínio de marketing, mas a
capacidade em promover uma experiência positiva. Quanto mais importante seu cliente se
sentir em sua farmácia, maiores serão as chances de ele sempre optar por ela.
Esse bom atendimento, entretanto, não diz de promoções genéricas. Estamos falando de uma
compreensão global do cliente — comportamento, hábitos, costumes, gostos etc. —, para que
a qualidade e a eficiência se complementem em cada decisão da empresa.

Nesse nicho, por exemplo, o empresário trabalha com clientes que têm algum tipo de
comprometimento da saúde. Assim, ter um atendimento in loco excelente, com profissionais
bem treinados, mas sem oferecer um serviço de entregas não é muito eficiente, embora tenha
qualidade.

Confira 7 dicas para tornar o atendimento da sua farmácia melhor e mais eficiente

Entender para atender é a chave para melhorar os resultados da sua farmácia. Todo cliente
exige um atendimento diferenciado. Pensando nisso, separamos algumas dicas para te ajudar
nessa missão.

1. Realize uma abordagem qualificada

“Posso ajudar?”, essa é a pergunta que geralmente inicia todo contato com o cliente em um
estabelecimento comercial. Assim, a equipe deve ser realmente qualificada e com pleno
entendimento sobre o estabelecimento e os produtos para ofertar uma resposta satisfatória
ao cliente.

Além disso, o vendedor precisa ter expertise para identificar as necessidades dos clientes e
oferecer alternativas. Se alguém vai até a drogaria querendo comprar um xarope para gripe de
uma determinada marca, por exemplo, e não se tem o produto em estoque, é preciso
apresentar alternativas, como genéricos ou outros produtos para a mesma finalidade.

2. Faça apresentações e demonstrações

As apresentações devem ser atrativas e despertar nos clientes o desejo de fechar a compra.
Nesse ponto, vale lembrar que os membros da equipe devem ser sensíveis para não expor o
cliente, afinal, nem tudo deve ou precisa ser feito em público.

Os farmacêuticos têm papel fundamental nesse sentido, tendo em vista que podem orientar
os balconistas/vendedores sobre a posologia e forma de uso dos medicamentos, para que eles
repassem esses conhecimentos ao atender os compradores.

3. Tente fechar a venda educadamente

Entenda que, se os dois tópicos anteriores forem bem executados, este terá grandes chances
de efetivação. Mas atenção: se for necessário “insistir” um pouco mais, faça com educação e
respeito, abra uma negociação.

Jamais tente “forçar” o cliente a comprar algo, e se, mesmo após a insistência, ele não quiser
adquirir a sua oferta, entenda e dê a venda por encerrada. É melhor perder uma venda de vez
em quando do que deixar o cliente com uma má impressão da drogaria, evitando voltar ao
estabelecimento em outras ocasiões.

4. Mantenha espaço para negociação


Se for necessário abrir uma negociação, é preciso ter como foco proporcionar a satisfação do
cliente e o reconhecimento da sua farmácia. Assim, a cultura organizacional precisa prever
margens para negociação, como cobrir as ofertas dos concorrentes quando possível.

Vale lembrar que conceder descontos pode ser uma alternativa interessante para fidelizar
clientes em uma drogaria. Muitos dos tratamentos médicos exigem que as pessoas utilizem os
remédios por meses, isso sem contar as que têm doenças crônicas e necessitam de
medicamentos de uso contínuo. Se essas pessoas gostarem do atendimento, voltarão para
comprar na sua farmácia em outras ocasiões.

5. Tenha empatia com o cliente

É preciso saber se colocar no lugar dos consumidores da drogaria e tratar todos com educação
e cordialidade, pois somente assim eles poderão ser fidelizados como bons compradores do
estabelecimento.

Algumas pessoas, como os idosos ou leigos na área da saúde em geral, podem ter mais
dificuldade em entender ou interpretar palavras mais técnicas do setor, por exemplo. Por isso,
adote sempre uma linguagem clara e simples.

6. Conheça os produtos que são vendidos

Uma situação bastante constrangedora ocorre quando um cliente pede informações sobre um
produto e o vendedor não sabe responder. Para evitar que isso aconteça, é necessário fazer
treinamentos para que todos conheçam muito bem aquilo que estão vendendo.

Ter um farmacêutico sempre presente no balcão da drogaria também é importante, pois esse
profissional tem mais conhecimento técnico que os vendedores e pode ajudar a esclarecer
dúvidas mais pontuais sobre os medicamentos.

7. Utilize um software de gestão

Os softwares de gestão também podem ser muito úteis para melhorar o atendimento na
drogaria. Isso porque eles facilitam, por exemplo, a criação de um banco de dados com o
cadastro completo dos clientes, bem como o controle de estoque.

Isso garante que os profissionais possam ter um domínio maior sobre as necessidades de cada
comprador e jamais deixar que um medicamento ou produto que tem muita saída fique em
falta, por exemplo.

Programas de relacionamento para fidelizar clientes, com a separação dos clientes a serem
contatados datas especiais e aviso de promoções, também podem ser feitos por meio do
software de gestão, otimizando e melhorando ainda mais a relação entre a farmácia e seus
consumidores.

Mantenha sua equipe trabalhando a favor da sua drogaria

Em todos os tópicos, nós apresentamos como é importante proporcionar um atendimento que


faça o cliente se sentir especial. Agora, preparamos algumas orientações de comportamento e
posicionamento que a equipe deve ter para manter uma boa imagem da sua farmácia:

ser consciente e cortês;


sempre desejar boas-vindas aos clientes;

realizar um atendimento imediato;

prestar orientações seguras;

esclarecer termos farmacêuticos ou médicos;

chamar o farmacêutico sempre ao se deparar com um caso especial.

Agora que você já entende um pouco mais sobre a importância do bom atendimento em
drogaria ou farmácia, bem como as boas práticas necessárias para colocar isso em ação, é
chegado o momento de executar todo esse aprendizado e conquistar ainda mais clientes para
o seu negócio.

Planos de carreira de atendentes de farmácia

O mercado de trabalho para balconistas e atendentes de farmácia é bastante promissor.


Muitos profissionais começam suas carreiras nessas funções e chegam a ocupar cargos de
gerentes e farmacêuticos. Tudo isso dependerá apenas do seu esforço e dedicação.

Mantenha-se atualizado sobre o mercado, estude, faça cursos, se dedique e a possibilidade de


desenvolver um plano de carreira será alta.

Além disso, algumas farmácias e drogarias costumam dividir os atendentes em funções como
júnior, pleno e sênior. Assim, podendo chegar até mesmo a gerência do estabelecimento.

Porém, vale lembrar que casa nomenclatura possui um nível de conhecimento e atribuição que
distinguem a hierarquia. Se empenhar para aumentar esses níveis de conhecimento ajudam a
desenvolver oportunidades dentro da própria empresa.

Essa também é uma estratégia comumente utilizada para a retenção de talentos. Quando a
empresa valoriza a evolução do conhecimento de cada funcionário, ao mesmo tempo em que
aumenta o valor da remuneração, o atendente sente que está evoluindo e tende a se dedicar
ainda mais para melhorar o trabalho apresentado.

Além disso, os atendentes e balconistas de farmácia são capacitados para atuar também em
farmácias de manipulação e unidades básicas de saúde. Entretanto, estes profissionais terão
sempre o trabalho supervisionado por profissionais com cargos superiores, como
farmacêuticos, e terão restrições quanto a prescrição ou indicação de medicamentos.

Como selecionar um bom profissional atendente de farmácia?

Ter profissionais qualificados é essencial para qualquer farmácia ou drogaria ser bem vista
pelos clientes e fidelizá-los.

Dessa forma, é primordial que o departamento de recursos humanos contrate bons


atendentes de farmácia ou balconistas.

No processo de contratação é necessário avaliar algumas características do profissional de


maneira criteriosa, afinal, ele terá um relacionamento direto com o cliente.
Assim, o profissional deve ter um bom relacionamento com as pessoas, sendo comunicativo e
simpático. Ele também deve ser atencioso e saber ouvir o cliente.

Além disso, é necessário que o atendente de farmácia ou balconista seja uma pessoa confiável.

Uma dica para o momento da contratação de um atendente de farmácia é colocá-lo para


realizar um teste atendendo um cliente e vendo como ele se comporta na situação.

Após a contratação, coloque-se sempre a disposição para ouvir o funcionário, estimule a


comunicação e apresente feedbacks (retornos sobre o desempenho) mensalmente.

O responsável pela gestão da farmácia deve mostrar ao profissional abertura para discutir os
assuntos. Para que assim possam juntos melhorar constantemente o atendimento e os
serviços farmacêuticos.

Além disso, se esforce para sempre criar um bom ambiente em sua farmácia. Isso influencia o
desempenho da equipe. Por isso, é fundamental que o gestor detecte e busque resolver
possíveis desentendimentos, mostrando que todos os funcionários e funções são importantes
para o resultado final da drogaria.

Atendente de farmácia perfil

A profissão de atendente de farmácia ou balconista está em constante crescimento e é uma


ótima oportunidade para iniciar no canal de farmácia. Com estudo e dedicação é possível que
o atendente cresça dentro da drogaria se tornando gerente ou até mesmo farmacêutico.

Um bom atendente de farmácia é comunicativo, sabe ouvir o cliente e o auxilia em suas


dúvidas sobre os medicamentos e tratamentos.

Para garantir melhores oportunidades, realize um curso de atendente de farmácia e se


empenhe para conhecer as especificações técnicas dos medicamentos, os nomes dos
laboratórios, as técnicas de atendimento e as questões logísticas, fiscais e financeiras.
Atividade
1. O que é preciso para montar uma farmácia?
2. Qual a média salarial de um atendente de farmácia?
3. Quais são as 10 contribuições indispensáveis do balconista de farmácia?
4. Qual é o papel do balconista na drogaria?
5. Dê exemplos de promoções especiais?
6. O que é Promoções sazonais?
7. O que é farmacologia?
8. O que é a Farmacocinética?
9. O que é a Farmacodinâmica?
10. O que é Farmacognosia?
11. O que é farmacotécnica?
12. O que é Farmacoepidemiologia?
13. O que é a Toxicologia?
14. O que é a Farmacologia clínica?
15. O que são as Vias de administração
16. Dê exemplos de 3 tipos de via de administração?
17. O que são medicamentos alopáticos?
18. O que são medicamentos Fitoterápicos?
19. Quais são as diferenças entre medicamentos alopáticos e fitoterápicos?
20. Qual a diferença entre medicamentos alopáticos e homeopáticos?
21. Explique sobre Medicamentos similares.
22. Explique sobre medicamentos genéricos.
23. Explique sobre medicamentos de referência.
24. O que é contaminação microbiológica?
25. Fale um pouco sobre a responsabilidade pelo descarte.
26. Fale um pouco sobre a Biossegurança em farmácia.
27. Como ocorre a dispensação de medicamentos?
28. Faça um resumo de tudo que você aprendeu até agora e envie no chat da plataforma.
(20 linhas).

Assim que resolver todas as atividades, mande isso no


chat da plataforma.
(pode ser no caderno ou no Word)

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