UCOB - Efesios
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Efésios
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Sumário
1. AS BÊNÇÃOS ESPIRITUAIS
2. LOUVOR E ORAÇÃO
3. A NOVA VIDA EM CRISTO
4. UNIDADE EM CRISTO
5. UM PASTOR EXEMPLAR
6. UM CONHECIMENTO SUPERIOR
7. UNIDADE NA DIVERSIDADE
8. VIVENDO A NOVA VIDA
9. A CAMINHADA CRISTÃ
10. RELAÇÕES CRISTÃS I
11. RELAÇÕES CRISTÃS II
12. A GUERRA CRISTÃ
13. A ARMADURA CRISTÃ
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Programa
As quatro etapas de um Pequeno Grupo relacional:
Ideais do Grupo
1. Nome do grupo: ___________________________________________
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APRESENTAÇÃO
Os pequenos grupos são uma estrutura indispensável para o cresci-
mento harmônico da igreja. Fazer parte de uma comunidade relacio-
nal não é apenas um privilégio, mas uma necessidade para que os
cristãos vivenciem os valores do Reino. Os PGs são essenciais para
o pastoreio, discipulado dos novos conversos, formação de líderes e
desenvolvimento dos dons espirituais.
Esta série de lições foi preparada para que cada participante dos pe-
quenos grupos desfrute de temas variados, por meio de uma lingua-
gem relacional. O conteúdo deste material pretende ajudar os mem-
bros da igreja na América do Sul a crescerem em três áreas essenciais
da vida de um discípulo: comunhão, relacionamento e missão.
Sucesso!
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01
As Bênçãos
Espirituais
QUEBRA GELO
Ao compartilhar com outras pessoas as bênçãos que você recebeu,
quais delas você menciona primeiro? Por que essas bênçãos estão
sempre no topo da lista?
INTRODUÇÃO
O texto do estudo de hoje apresenta uma lista de bênçãos concedi-
das por Deus a Seus filhos. Trata-se de uma longa explanação na qual
o apóstolo Paulo introduz aspectos importantes da teologia cristã, in-
clusive a ideia de que a Divindade estava envolvida na formação da
família de Deus na Terra, a igreja. Deus Pai “nos escolheu, em Cristo,
antes da fundação do mundo”. É em Cristo que “temos a redenção
pelo Seu sangue”. Enquanto isso, o Espírito Santo nos oferece segu-
rança e garante a nossa herança eterna.
DISCUSSÃO
I. CONHECENDO O TEXTO
De acordo com o texto, faça uma lista das bênçãos espirituais que
Deus nos oferece em Cristo Jesus. Quais dessas bênçãos são mais re-
levantes para você? Qual é o significado de termos sido predestina-
dos para que Deus nos adotasse como Seus filhos? O que isso quer
dizer quanto à maneira em que devemos viver na presença dEle?
O verso 11 diz que “em Cristo nós fomos escolhidos”. Qual é a rela-
ção entre a escolha de Deus e as escolhas que fazemos diariamente?
Paulo diz que os que são selados pelo Espírito Santo pertencem a
Deus e vivem para o louvor de Sua glória. O que isso significa? De que
maneira isso afeta a nossa compreensão sobre a verdadeira adoração?
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II. INTERPRETANDO O TEXTO
Deus preparou o plano de salvação, antecipadamente, de acordo
com o Seu propósito eterno, para que todos fossem salvos. O plano
da salvação, em si, que inclui todo ser humano, foi determinado
antes de o mundo ter início; o que não foi determinado antecipa-
damente foi a nossa resposta individual àquele plano. Dizer que
Deus sabe com antecedência qual será nosso destino eterno não é
o mesmo que dizer que Ele predeterminou esse destino. A salvação
nos foi oferecida por causa do que Cristo fez por nós, um plano
revelado a nós antes mesmo de sermos criados.
De que maneira você pode testemunhar aos seus vizinhos que faz
parte da família de Deus?
CONCLUSÃO
Deus escolheu antecipadamente que você deveria ser salvo. Seu pla-
no original é que você esteja com Ele, para sempre, em um novo
Céu e uma nova Terra. Você aceitou esse plano de salvação, passou a
pertencer à família de Deus, foi adotado como Seu filho e, como tal,
deve testemunhar desse grande amor, a fim de que outros desfrutem
das mesmas bênçãos que você.
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02
Louvor e Oração
QUEBRA GELO
Você se lembra de algo bom ou de uma boa ação que tenha feito para
alguém? Como foi? Como essa pessoa se sentiu? E você, como se sentiu?
INTRODUÇÃO
Com muita frequência, tendemos a orar somente por pessoas que estão
em más condições, “as que realmente precisam de oração”. No estu-
do de hoje, vemos Paulo orando por pessoas que, aparentemente, iam
muito bem. O texto traz a lição de que não devemos tomar nada como
certo: quer as pessoas que conhecemos estejam prosperando na fé, quer
mal se sustentem, é preciso orar em favor de cada uma delas também.
DISCUSSÃO
I. CONHECENDO O TEXTO
Qual era o motivo pelo qual o apóstolo Paulo orava em favor dos efé-
sios? Qual era o seu desejo ao orar? Qual dessas coisas pelas quais
Paulo orou você mais precisa em sua vida hoje? O que isso nos reve-
la sobre a necessidade que temos de haver alguém orando por nós?
O que Paulo queria dizer com a expressão: “Oro para que os olhos do
coração de vocês sejam iluminados”? Em que aspecto o nosso coração
vê? Como a revelação que Deus fez de Si mesmo mudou a sua vida?
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II. INTERPRETANDO O TEXTO
Ao orar pelos efésios, Paulo usou quatro palavras gregas para enfa-
tizar a natureza inclusiva e incomparável do poder de Deus. Duna-
mis destaca a habilidade inata de realizar o que alguém se propõe
a fazer. Energeia sugere atividade e eficácia – o poder de Deus que
está em ação. Ischys se refere à força ou poder intrínseco. Kratos,
usado no Novo Testamento unicamente em relação a Deus ou à
Sua Palavra, sugere o poder que subjuga ou é vitorioso. A oração
de intercessão de Paulo nos dá maior compreensão do que Deus
fez por nós, em Cristo.
CONCLUSÃO
Paulo tinha muitas lutas, provações e pesares; mas também era ho-
mem de louvor e oração. Ele deu graças a Deus pela fé que havia na
igreja de Éfeso porque, como disse, ele ouviu não só de sua fé, mas
de seu “amor para com todos os santos”.
Sua oração intercessora em favor dos efésios é uma grande lição de
vida para nós. Quando oramos uns pelos outros, nós nos tornamos
um canal de bênçãos para os nossos irmãos.
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03
A Nova Vida
em Cristo
QUEBRA GELO
Você já recebeu gratuitamente algo muito valioso de que julgava
não ser merecedor?
INTRODUÇÃO
A lição de hoje apresenta o meio utilizado por Deus para redimir os
perdidos do pecado. Mostra o antes e o depois da atuação gratuita
de Deus em nosso favor. Mesmo tendo nascido e vivido no pecado,
cada um de nós podemos cumprir os propósitos de Deus que nos
criou para que andássemos em Suas boas obras.
DISCUSSÃO
I. CONHECENDO O TEXTO
Qual é a descrição daqueles que estavam mortos no pecado? Como
ocorre o processo de vivificação e salvação? O que significa ser,
por natureza, filho da ira? Qual é a relação dessa expressão com o
viver separado de Deus?
Compartilhe três evidências que deseja ver em sua vida, que refle-
tem a sua aceitação da graça de Deus e o seu sepultamento para
o pecado.
CONCLUSÃO
O apóstolo está dizendo: “Sim, você é salvo pela fé. Você é salvo pela
livre graça de Deus. Mas você é salvo para viver. Sua experiência de
fé deve deslocar-se da crença para a vivência. Você deve viver a sua
salvação. Isso envolve um estilo de vida de obediência, de imitação
do nosso grande Modelo, Cristo Jesus, que obedeceu até o ponto da
maior humilhação e da morte. Além disso, a experiência cristã é sua
responsabilidade pessoal – ninguém mais pode fazer isso para você.”
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04
Unidade em Cristo
QUEBRA GELO
Você já alcançou algum objetivo que julgava ser impossível? Quais
foram os benefícios? Como você se sentiu?
INTRODUÇÃO
Deus, por meio de Cristo Jesus, tornou possível que a humanidade
alcançasse a salvação e a vida eterna. As boas-novas são que, embora
possa haver diferenças entre pessoas, gêneros, culturas, raças e na-
ções, o propósito divino final é levar todos os seres criados à unidade
“em Cristo”. Todas essas distinções, embora reais, são substituídas
pela unidade que temos em Jesus. O estudo de hoje mostra-nos o que
significa viver na graça e o que podemos alcançar junto com Cristo.
DISCUSSÃO
I. CONHECENDO O TEXTO
Qual é a descrição da pessoa que se encontra perdida? Como Cristo der-
rubou a hostilidade e tornou possível a reconciliação da raça humana?
CONCLUSÃO
A cruz de Cristo nos proporcionou muitas coisas. Uma das mais impor-
tantes foi colocar todos os seres humanos em uma mesma condição
(de perdidos), dar-lhes uma única possibilidade de salvação (em Jesus)
e fazer dos crentes um só povo. Esses crentes formam uma comuni-
dade que tem como base o amor de Deus e o amor ao próximo, sem
levar em conta a cor da pele, raça, sua condição socioeconômica, etc.
“Assim, pois, não sois mais estrangeiros, nem forasteiros, antes sois
concidadãos dos santos e membros da família de Deus” (Efésios 2:19).
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05
Um Pastor Exemplar
QUEBRA GELO
Você já fez algo sem saber que era errado? Qual foi sua reação ao descobrir
o erro? Teve a oportunidade de reparar esse erro? Como você se sentiu?
INTRODUÇÃO
A vida de Saulo mudou radicalmente quando conheceu a Jesus Cristo
e o mistério que lhe fora revelado logo após sua conversão, tornando-
-se Paulo. Ele é um exemplo, pois aceitou o chamado para pregar o
evangelho, embora sofrendo as mais duras provas. Encarcerado em
Roma e suspirando a ameaça de morte, não pensou em si mesmo.
Preocupou em exortar e cuidar do seu rebanho. Suas palavras nos
incentivam a continuar firmes na fé até a volta de Jesus.
DISCUSSÃO
I. CONHECENDO O TEXTO
De acordo com o texto, por que Paulo se identifica como “prisio-
neiro de Jesus Cristo”?
O que aprendemos com a atitude que Paulo teve mesmo estando preso?
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II. INTERPRETANDO O TEXTO
Essa não foi a primeira vez que Paulo esteve preso. Antes de sua
conversão, esteve preso ao legalismo e ao ódio contra Cristo e Seus
seguidores, mas, pela misericórdia do Senhor Jesus, Paulo foi liberto
após passar três dias cego. Havia, porém, outra prisão: a ideia de que
a salvação era oferecida somente ao povo judeu. Após ser liberto
dessa prisão, Paulo, aceitou, maravilhado, o grande mistério de Cris-
to, de que o evangelho deveria ser pregado a todos, unindo, assim,
judeus e gentios em uma única igreja. De todas as prisões em que
esteve, somente em uma Paulo permaneceu por vontade própria, a
de Cristo. O amor que Paulo sentia por Ele era maior do que o seu
“eu”, e foi esse amor que o motivou a amar seus semelhantes.
CONCLUSÃO
Pela fé, nós temos segurança, acesso seguro e certo a Cristo. Nada
pode desanimar o crente, nem mesmo a prisão. Assim como foi com
Paulo, que se considerava “prisioneiro de Cristo”, precisamos decidir
renunciar ao próprio “eu” e dedicar nossa vida em pregar o evangelho
por amor aos outros. Então, até a própria prisão – longe de ser motivo
de tristeza e pesar – será um motivo de glória.
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06
Um Conhecimento
Superior
QUEBRA GELO
Quem é a pessoa mais inteligente que você conhece? Por que você a
considera inteligente?
INTRODUÇÃO
O desejo de obter conhecimento é próprio do ser humano. Vivemos
em um mundo repleto de informações e de conhecimento que se
desenvolvem cada vez mais. No entanto, mesmo assim, a condição
humana parece não melhorar com isso. Paulo, o autor de Efésios,
apresenta um conhecimento superior, o amor de Cristo, que é capaz
de transformar vidas e tornar felizes aqueles que o possuem.
DISCUSSÃO
I. CONHECENDO O TEXTO
Sobre o que Paulo está falando nesse texto? Qual é a ação do Espí-
rito Santo na transmissão do conhecimento superior? De que forma
podemos estar “arraigados e alicerçados em amor”?
Leia mais uma vez o verso 20. O que você pretende fazer para que
essa promessa se cumpra em sua vida e possa adquirir cada vez
mais o conhecimento superior?
CONCLUSÃO
Deus está além de qualquer limite. Ele “é poderoso para fazer infinita-
mente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos” (v. 20). Rico em
misericórdia, insondável em amor, ilimitado em graça e abundante em
poder, Deus dedicou todos os recursos do Céu para conceder “infinita-
mente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos” para que Sua
glória seja manifesta na igreja... “por todas as gerações” (v. 20 e 21).
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07
Unidade na
Diversidade
QUEBRA GELO
Mencione algo que você faz de maneira eficiente. Mencione também
o que você não sabe fazer, mas que gostaria muito de aprender.
INTRODUÇÃO
Alguns estudiosos dizem que o apóstolo Paulo estabelece a teologia da uni-
dade cristã, unidade essa que anula todos os fatores divisores da huma-
nidade. Em Efésios, ele enfatiza a unidade em Cristo, mesmo em meio à
diversidade de dons, chamando nossa atenção para o tipo de vida que o
cristão deve ter, de acordo com a verdade teológica do Ministério de Cristo.
DISCUSSÃO
I. CONHECENDO O TEXTO
Leia, observando atentamente, e responda: Quais palavras apare-
cem no texto como tendo a conotação de unidade? Crescer é uma
das leis naturais da vida; “quem não cresce, morre” ou “no dia em
que paramos de crescer, começamos a morrer”. O que o texto quer
dizer com “crescer em tudo nAquele que é a cabeça”?
CONCLUSÃO
Assim como acontece na carta aos Efésios, “os dons espirituais rece-
bem lugar de destaque nos escritos de Paulo. Ele não só enumera al-
guns deles, mas também delineia claramente a sua função: edificar a
igreja”. Todos os dons cooperam para a essência do corpo de Cristo,
que é a igreja. Por isso, há edificação, há crescimento e há unidade
quando os vivenciamos. É Deus que, por Seu amor, gera o espírito de
unidade, de serviço, de crescimento e desenvolvimento.
Efésios
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08
Unidade na
Diversidade
QUEBRA GELO
Pense em sua infância. Cite uma ou duas coisas que não há problema
em uma criança fazer, mas para um adulto seria constrangedor. Por
que você acha que isso acontece?
INTRODUÇÃO
O estilo de vida de uma criança é bem diferente do estilo de vida do
adulto. Com o passar do tempo, ocorre uma mudança na maneira de
viver. Dizemos que a vida foi elevada a um nível superior. Chamamos
isso de maturidade. Interessante é notar que o grande objetivo de Paulo
sempre parece ser o de elevar o ser humano a um novo nível de vida,
colocando-o mais perto do ideal de Deus. Ele chama isso de “nova
vida em Cristo”. Ou seja: 1) um novo ser humano; 2) um novo estilo
de vida relacional; 3) uma nova maneira de se relacionar com Deus.
DISCUSSÃO
I. CONHECENDO O TEXTO
Que comparações o texto faz entre o “velho” e o “novo” homem?
Como o “novo” homem é diferente do “velho” homem em sua
maneira de se relacionar com as pessoas? Qual é o significado de
“não deis lugar ao diabo” e “não entristeçais o Espírito de Deus”?
De que maneira podemos cumprir esses objetivos?
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Em que tipo de coisas a velha vida entristece o Espírito Santo (v. 30)
e prejudica o relacionamento com as pessoas?
Por onde você precisa começar a nova vida? O que você, pela gra-
ça de Cristo, vai mudar a partir de hoje?
CONCLUSÃO
É possível viver a vida cristã de acordo com o plano de Deus, gra-
ças ao poder transformador do Espírito Santo. Hoje Ele estende um
amorável convite a cada um de nós para nos “revestirmos do novo
homem, criado segundo Deus” (v. 24).
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A Caminhada Cristã
QUEBRA GELO
Descreva uma receita de pão integral. Quais são os passos para que
o pão saia perfeito?
Imagine a inversão de alguns ingredientes e diga quais seriam os resultados.
INTRODUÇÃO
O ato de caminhar aparece em toda a carta aos Efésios. Paulo utiliza
essa metáfora ou comparação para demonstrar que a vida cristã é um
processo. A expressão andar revela a dinâmica do nosso crescimento
espiritual. Isso nos ajuda a entender que não somos transformados da
noite para o dia, mas sim enquanto caminhamos. Também nos ajuda
a ser mais tolerantes conosco mesmos e com os outros.
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devemos deixar que nada nos controle, acima e além da influência
do Espírito Santo. Paulo está fazendo uma profunda declaração te-
ológica, fundamental para a experiência do novo nascimento e da
santificação que vêm como resultado do trabalho do Espírito Santo.
O cristão deve sempre se perguntar: Sob o controle de quem estão
meu corpo, minha mente e minhas emoções? Estão sob o controle
do vinho, da cobiça, da sensualidade ou de alguma outra coisa
que pode dificultar minha caminhada com Deus? Ou estão sob o
controle do Espírito Santo? É o Espírito que nos guia no caminho
em que devemos caminhar. Se qualquer outra coisa nos controlar,
certamente seremos desviados do caminho certo.
III. APLICANDO O TEXTO
Ilustração: Há um pequeno conto que traz uma ideia interessante so-
bre como espalhar o perfume de nossa existência. Certo homem mal-
-humorado tinha a fama de sempre reclamar de tudo. Nunca estava
satisfeito. Conseguia estragar qualquer conversa. Algumas pessoas o
incentivaram a procurar um grande sábio que morava além das mon-
tanhas, aonde só se podia chegar por um caminho bastante estreito.
Mesmo reclamando, ele foi. Ao chegar, o sábio lhe perguntou o
que achara da viagem. Mal fechou a boca, o sábio ouviu uma ava-
lanche de impropérios pela distância do lugar, pela estrada íngre-
me e ruim. Calmamente, o sábio se assentou, deu a ele um pacote
com sementes e disse: “Vá para casa e jogue essas sementes à beira
do caminho. Volte daqui a dois meses.” Passado esse tempo, o ho-
mem mal-humorado voltou.
Ao chegar diante do sábio, ouviu a mesma pergunta a respeito do
que achara da viagem. E o homem lhe devolveu as mesmas palavras
ofensivas. Então o sábio lhe disse: “Para ser feliz, olhe ao seu redor.
Você perfumou e embelezou o caminho com as lindas flores que
plantou. Aqui é mais alto, por isso, pare para apreciar o cenário.
Aprenda a gastar tempo apreciando o que está ao seu redor e a falar
da felicidade que vê. É na caminhada que somos transformados.”
Qual é o propósito de Deus haver salvado você? Quão importante
é entender a razão pela qual você foi salvo por Cristo?
CONCLUSÃO
Entender que a jornada cristã é um processo protege-nos contra o perfec-
cionismo. Em uma caminhada, tropeçamos e nos levantamos. Entender que
não somos transformados da noite para o dia, mas enquanto caminhamos,
ajuda-nos a ser mais tolerantes conosco mesmos e com os outros. O mais
importante é dar evidências de que estamos andando no caminho certo, na
luz. O que você precisa mudar hoje para não mais andar nas trevas?
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Relações Cristãs I
QUEBRA GELO
Se você presenciasse uma esposa sendo humilhada pelo marido, o
que faria? Que reação você esperaria ver na esposa?
INTRODUÇÃO
Na semana passada, estudamos a respeito da caminhada cristã. Nes-
ta semana e na próxima, veremos como a caminhada cristã constrói
relacionamentos adequados. Em resumo, o cristianismo é uma reli-
gião de relacionamento com Deus e de uns com os outros. Igreja, lar
e trabalho são os ambientes básicos da vida cristã. Não se pode ser
santo na igreja e demônio em casa. O cristianismo não é santidade
em um vazio. É santidade no todo; isto é, afeta todas as dimensões
da vida – espiritual, intelectual, física e social. Hoje veremos de que
forma isso é verdade no relacionamento entre marido e esposa.
DISCUSSÃO
I. CONHECENDO O TEXTO
De acordo com o verso 21, qual é a atitude básica do relaciona-
mento cristão? Até que ponto devemos cumprir esse propósito? Em
sua opinião, o que é mais fácil: a mulher ser submissa ao marido
ou o marido amar a esposa como Cristo amou a igreja? Que rela-
ção existe entre amor e respeito? De que forma esses princípios
devem influenciar nossos relacionamentos?
Que parte do texto de hoje podemos usar para rebater a ideia ma-
chista de que o homem é superior à mulher? Que lições podemos
aprender sobre isso para melhorar o relacionamento familiar?
Como a metáfora da relação de Cristo para com a igreja nos ajuda
a entender como o marido deve se relacionar com sua esposa?
Efésios
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Qual deve ser a principal força motivadora? Que lição é possível
aprender dessa comparação para melhorar seus relacionamentos?
II. INTERPRETANDO O TEXTO
No texto de hoje, podemos ver que o casamento é uma instituição
divina, sendo marido e esposa companheiros em posição de igual-
dade: “uma só carne” (v. 31). A submissão não tem o significado
que normalmente lhe damos. Nenhum filho de Deus deve se tornar
nem deve ser tratado como capacho.
A visão bíblica da submissão de forma alguma ensina uma posição
ditatorial, autoritária e injusta nas relações sociais, onde um exerce
poder e o outro rasteja desamparado. A submissão nas relações hu-
manas nunca é absoluta, nem inquestionável. Na sua fronteira está a
vontade de Deus. Submissão “no temor de Cristo” (v. 21) requer res-
peito por parte da esposa e dignidade e honra por parte do marido.
Submissão e amor não colocam os cônjuges em posições antagôni-
cas no casamento, seu objetivo é uni-los. Afinal, submissão significa
entregar-se completamente ao outro. Amor significa a mesma coisa e
inclui amar a ponto de morrer pelo outro, como Cristo fez.
III. APLICANDO O TEXTO
Ilustração: Um casal tomava o desjejum no dia de suas bodas de
ouro. A esposa passou a manteiga na casca do pão e deu para o
marido, ficando com o miolo. Pensou ela: “Sempre quis comer a
melhor parte do pão, mas amo demais meu marido e, por cinquen-
ta anos, sempre lhe dei o miolo. Mas hoje vou satisfazer o meu de-
sejo.” Para sua imediata surpresa, o rosto do marido abriu-se num
grande sorriso, e ele lhe disse: “Muito obrigado por esse presente,
meu amor. Durante cinquenta anos, sempre quis comer a casca do
pão, mas como você gosta tanto dela, eu jamais ousei lhe pedir!”
Assim é a vida. Muitas vezes, nosso julgamento sobre a felicidade
alheia pode ser responsável pela nossa infelicidade. Diálogo e fran-
queza, com respeito, são o melhor remédio.
Que chamado Deus está lhe fazendo no estudo de hoje para pro-
mover relacionamentos adequados no lar?
CONCLUSÃO
Somos responsáveis pelo tipo e qualidade dos relacionamentos no
lar. Apliquemos os princípios que hoje estudamos e lembremo-nos
de que a conduta e o relacionamento mútuo do cristão – seja entre
marido e esposa, pai e filho, patrão e empregado – envolvem submis-
são, mas no contexto da reverência a Cristo.
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11
Relações Cristãs II
QUEBRA GELO
Entre as pessoas que você conheceu em suas relações sociais, com
qual delas era mais fácil de conviver? Qual era a principal caracterís-
tica dessa pessoa?
INTRODUÇÃO
Muitos livros apresentam técnicas sobre as relações sociais harmonio-
sas. Seus autores podem dar sugestões práticas sobre como se dar bem
com os outros, mas eles não podem oferecer o poder para cumpri-
-las. O cristianismo proporciona a melhor motivação, além do poder
habilitador de Deus para estabelecer boas relações com os outros. No
estudo de hoje, compreenderemos melhor como isso é possível.
DISCUSSÃO
I. CONHECENDO O TEXTO
Sobre que ambientes de relações sociais fala o texto? Quem está
envolvido neles? A leitura falou de obediência, honra, estar bem,
disciplina, sinceridade, boa vontade. Como essas qualidades con-
tribuem para construir relacionamentos saudáveis?
CONCLUSÃO
Relacionamentos sociais harmoniosos só são possíveis quando a pes-
soa aceita a Cristo como seu Salvador pessoal e vive de acordo com a
Sua vontade. O êxito ou fracasso em nossos relacionamentos depen-
dem de nossa constante comunhão com Deus por meio do estudo da
Bíblia, oração e testemunho.
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A GUERRA CRISTÃ
QUEBRA GELO
Qual é a luta mais desigual (entre um homem grande e um pequeno)
que você já viu acontecer? Quem saiu vencedor?
INTRODUÇÃO
A Bíblia começa com duas grandes histórias. Na primeira, Deus criou
um mundo perfeito, e pôs Adão e Eva para dele cuidar. Na segunda,
Satanás levou Adão e Eva à rebelião contra Deus, colocando este
mundo e toda a humanidade sob a maldição do pecado. Mas Deus,
em Seu amor, enviou Seu Filho para morrer pelos pecados do mundo.
A cruz e a ressurreição de Cristo asseguram a destruição final do pe-
cado e de Satanás. Entre essas histórias, a Bíblia localiza os perigos
e o progresso da grande guerra entre Cristo e Satanás, uma guerra na
qual todos nós estamos envolvidos. Na lição de hoje, vamos estudar
as palavras de Paulo, que nos revelam o segredo da vitória.
DISCUSSÃO
I. CONHECENDO O TEXTO
Quais são as características da luta apresentada no texto? O que mais
chamou a sua atenção na leitura? Sendo uma batalha espiritual contra as
forças do mal e diferente das guerras que vemos nos noticiários da tele-
visão, como podemos ser vencedores nessa luta, como seres humanos?
Pela leitura do texto, sabemos que, para sermos vencedores, preci-
samos fazer uso “de toda armadura de Deus”. Mas o que é “toda
armadura de Deus”? Como utilizá-la?
O poder está na armadura ou no Senhor? (versos 10-11). Como a
compreensão e resposta correta à pergunta podem significar vitória
ou fracasso para nós?
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II. INTERPRETANDO O TEXTO
O teólogo Herman Ridderbos afirma: “Por mais que já tenham
sido derrotados em Cristo, [os poderes satânicos] ainda não per-
deram seu poder. A fim de poder combatê-los adequadamente,
a Igreja recebeu uma armadura de Deus, tão ricamente suprida
que é capaz de vencer.” Essa armadura é mais do que adequada
para enfrentarmos os ardis de Satanás. Ele é um inimigo esperto
e usa métodos desleais. Por esse motivo, vem a dupla adver-
tência de Paulo: “Vistam-se... Fiquem firmes”. Vestir-nos é uma
ordem para usar algo que não se origina em nós. Qualquer coisa
que tenha origem em nós será totalmente insuficiente para en-
frentarmos o inimigo. Vestir-se também indica a ideia de perma-
nência. Paulo aconselha os crentes, por quatro vezes, a ficarem
firmes – manter o terreno, resistir ao inimigo, permanecer inaba-
lável e nunca retroceder. A VITÓRIA É NOSSA!
CONCLUSÃO
Ellen White declara: “Se continuarmos mantendo nossos olhos fixos no
autor e consumador de nossa fé, seremos salvos. Mas nossas afeições de-
vem ser postas nas coisas do alto, não nas coisas da Terra. Pela fé devemos
erguer-nos mais e mais alto nas realizações da graça de Cristo. Pela con-
templação diária de Suas insuperáveis belezas, devemos crescer mais e
mais à Sua gloriosa imagem. Enquanto assim vivemos em comunhão com
o Céu, Satanás lançará sua rede, mas em vão” (Minha Consagração Hoje,
MM 1989, p. 105). “Submetam-se a Deus, resistam ao diabo e ele fugirá
de vocês” (Tiago 4:7). Que o Senhor nos ajude a vencer!
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A Armadura Cristã
QUEBRA GELO
Entre as armas usadas por um exército que você conhece, qual delas
você julga mais poderosa? Explique.
INTRODUÇÃO
A vida cristã é uma batalha diária com o próprio “eu” e com o mal. É
uma batalha que não podemos ganhar em nossa própria força e com
nossas próprias armas. Podemos obter força dos outros soldados de
Cristo, mas acima de tudo, obtemos força e vitória sobre o “eu” e o
pecado, dAquele que já conquistou o inimigo e nos concede as armas
necessárias para a vitória. É sobre essas armas que estudaremos hoje.
DISCUSSÃO
I. CONHECENDO O TEXTO
Quais armas são mencionadas no texto e quantas vezes aparece a
palavra oração?
O apóstolo Paulo relacionou as armas de um soldado em seus dias, com
as armas espirituais. Qual delas chamou mais sua atenção e por quê?
Entre as armas apresentadas, quais delas têm sido mais usada e
qual a mais ignorada? Explique sua resposta.
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II. INTERPRETANDO O TEXTO
O cinto da verdade simbolizava prontidão, estar preparado para agir de
acordo com a verdade em todo tempo e para qualquer situação; a cou-
raça representava proteção da justiça de Cristo contra a condenação do
pecado; os pés calçados para marchar com segurança e perseverança,
pois o reino de Deus vem com esforço prolongado e doloroso; o escudo
da fé serve de proteção para todo o corpo e leva ao soldado a certeza da
vitória em Cristo mesmo quando ele não consegue ver o fim. O capace-
te da salvação é a mente controlada por Deus. O centro de tomada de
decisões deve estar protegido em Cristo e seguir incondicionalmente as
ordens divinas; a espada do Espírito que simboliza a Palavra de Deus – a
Bíblia – é a única peça na armadura que é usada para defesa e o ataque.
E dela, nunca devemos nos apartar.
CONCLUSÃO
Se nossos olhos se abrissem, veríamos ao nosso redor os anjos maus
procurando inventar alguma nova maneira de molestar-nos, destruir-
-nos. E também veríamos anjos de Deus guardando-nos do poder
daqueles; pois os olhos vigilantes do Pai estão sempre sob os Seus
filhos para o bem, se estes puserem nEle sua confiança.