Ministério do Meio Ambiente

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

Diretoria de Florestas

Documento
de
Origem
Florestal

DOF
Perguntas
&Respostas
 Linha Verde
0800 61 8080
Apresentação
DOF substitui ATPF no controle de produtos florestais

A partir de 1.º de setembro de 2006, o Documento de

Origem Florestal (DOF) passa a ser o novo sistema eletrônico do
Ibama para o controle do transporte e do armazenamento de
produtos e subprodutos florestais de origem nativa. O DOF é
federal, mas estados também poderão adotá-lo.

A licença DOF é eletrônica e substitui a Autorização de

Transporte de Produtos Florestais (ATPFs) que deixa de ser emitida
por ter se transformado em um instrumento de fraudes e crimes
ambientais. O DOF funcionará semelhante a uma conta bancária,
em que saques e depósitos são registrados automaticamente.

A lista de produtos e subprodutos florestais que

necessitarão da licença DOF para circular no país por via aérea,
rodoviária, ferroviária, fluvial e marítima inclui madeira em tora,
madeira serrada, estacas, moirões, toretes, postes não
imunizados, lenha, carvão vegetal nativo, xaxim, palmito e carvão
de resíduos da indústria madeireira, entre outros.

O próprio comerciante desses produtos poderá emitir e

imprimir a licença pelo endereço eletrônico www.ibama.gov.br,
sem a necessidade de ir a uma das unidades do Ibama e nem
pagar pelo formulário como ocorria na emissão da antiga
autorização. Para acessar o sistema, a pessoa física ou pessoa
jurídica deverá estar inscrita no Cadastro Técnico Federal (CTF)
junto ao Ibama e não ter cometido irregularidades ambientais.

A pessoa só conseguirá emitir o documento se houver no

sistema registro de saldo de produto ou subproduto florestal
compatível com o volume a ser transportado. Este tipo de controle
era impossível com a ATPF - documento de segurança impresso em
duas vias - que estava em vigor há mais de 12 anos. Quadrilhas
especializaram-se em falsificar a guia, assaltar gerências do
Ibama onde se guardavam as originais, preencher as vias com
volumes diferentes para burlar a fiscalização etc.
 Para a migração da ATPF para a licença eletrônica DOF,
todas as pessoas físicas ou jurídicas possuidoras de quaisquer
quantitativos de produtos e subprodutos florestais de origem
nativa deverão realizar a Declaração de Estoque até o dia 30 de
setembro, pelo sistema disponível na página do Ibama na internet.
Essa declaração será auditada pelo Ibama. Sem a Declaração de
Estoque não será possível emitir o DOF.

Após a fase de migração, o lançamento de créditos será de

responsabilidade do Ibama ou dos órgãos ambientais que
operarem com o DOF. Ou seja, só entrarão no sistema produtos
oriundos de áreas de planos de manejo, com autorizações para
desmatamento ou exploração.

Ao contrário das ATPFS, válidas por até 90 dias, o DOF terá

prazo de validade mais curto e variável de acordo com a distância
entre a origem e o destino da carga e o tipo de transporte a ser
empregado. Para a circulação da mercadoria dentro do mesmo
Estado, o prazo é de cinco dias. Para transporte interestadual, dez
dias. A validade do documento pode chegar a 30 dias para o caso
de movimentação de madeira em tora por jangada.

Com o novo sistema, os fiscais do Ibama passam a

trabalhar com informações em tempo real. Antes, a conferência
era apenas visual, sem garantias de que as informações da ATPF
eram verdadeiras. Isso só era possível verificar no escritório com
cruzamento de todos os dados da origem e do destino, após
recebimento das prestações de contas das empresas. Com o DOF,
o controle de saldo será automatizado. Para checar as informações
do banco de dados, os fiscais poderão acessá-las via satélite, por
meio de serviços da Linha Verde (800-61-8080), pela internet ou
por relatórios digitais (computadores de mão) e impressos.
Por que o IBAMA está substituindo a ATPF?

A ATPF é um documento bastante criticado pela baixa

eficiência, falta de transparência e grande possibilidade de
fraude. O controle pela ATPF é cartorial, com base na
emissão de papéis e documentos. O foco é equivocado,
valorizando-se o fluxo de papéis e não a origem dos produtos
florestais, em especial a madeira. A gestão da informação
atrelada ao processo de transporte da origem ao destino é
quase inexistente. Existe em todo o sistema um processo de
tomada de decisão carregado de pessoalidade (a critério das
pessoas) e manipulação por diversos servidores. No Sistema
da ATPF não tinha como incorporar os avanços tecnológicos
contínuos na área de informática e gestão da informação.

O que é o DOF?

O DOF (Documento de Origem Florestal) é um documento

eletrônico de controle de produtos florestais gerido por meio
de um sistema informatizado com um banco de dados
centralizado

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Quais as diferenças do DOF em relação à ATPF?

A diferença é conceitual, já que o DOF é baseado no controle

eletrônico, permitindo que a fiscalização trabalhe com
informação em tempo real e não somente verifique se a guia
é falsa do ponto de vista documental, como acontece com a
ATPF. O DOF elimina grande parte da burocracia.

Será mais fácil falsificar um DOF, já que ele não possui

itens de segurança como a ATPF?

Não. A segurança do DOF está nas informações a ele

atreladas, a partir do seu código de barras. O fiscal terá
vários elementos (informações) para cruzar e verificar a
veracidade do DOF, bastando acessar o banco de dados. Se
alguém, por exemplo, clonar um DOF para usá-lo em outro
transporte, terá, também, que “clonar” o veículo e o
documento fiscal. Além disso, este DOF não acobertaria o
saldo transportado ilegalmente como acontecia com a ATPF,
pois o controle de saldo é feito eletronicamente. Atualmente,
itens de segurança como os da ATPF são constantemente
fraudados, a exemplo do que ocorre até mesmo com o Real,
moeda brasileira.

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Como o fiscal, longe do acesso à internet, vai ter
garantia de que o DOF é verdadeiro? Como poderá
acessar o banco de dados?

Para ter a garantia de que o DOF é verdadeiro o fiscal deve

cruzar as informações do DOF e verificar, a partir do seu
código de barras, se ele foi realmente emitido pelo sistema do
IBAMA.
O fiscal terá, inicialmente, 5 opções para conferência do DOF:
1. Acesso pela internet: essa opção será utilizada nas
barreiras fixas das Polícias Rodoviária Federal e Estadual,
escritórios dos órgãos ambientais, nos postos fazendários, de
exportação e nas unidades do Ibama.
2. Utilização de computadores de mão (Palms e notebooks):
parte dos fiscais serão equipados com Palms onde serão
descarregados, diariamente, os dados dos DOFs válidos. Essa
opção será utilizada onde os fiscais têm acesso à internet pelo
menos uma vez ao dia.
3. Acesso via satélite: o IBAMA possui mais de 300 veículos
equipados com o AutoTrack, equipamento que permite a troca
de informações via satélite de qualquer lugar do país. Para a
implantação do DOF, o IBAMA está adquirindo mais 160
equipamentos. Esses equipamentos permitem o acesso
automático ao banco de dados do DOF para consulta a todas
as informações do documento. Essa opção será utilizada em
larga escala na Amazônia e nos demais estados,
principalmente os que ficam nas principais rotas de
escoamento de produtos florestais, em especial a madeira.
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4. Consulta via 0800 24 horas: o IBAMA irá disponibilizar o
0800 para acesso ao banco de dados do DOF de forma
automática, com o retorno das informações para o fiscal do
IBAMA ou agente conveniado a qualquer hora do dia ou da
noite, inclusive nos feriados e finais de semana. Essa opção
será utilizada em qualquer lugar que tenha cobertura de
telefonia (celular ou fixo). Nos Estados como São Paulo, o
maior consumidor de madeira do país, o acesso via 0800
será primordial, já que possui uma boa cobertura pela
telefonia celular, além de uma ampla rede de Postos de
Fiscalização da Secretária de Fazenda devidamente
equipados nas principais rotas de entrada de mercadoria.
5. Relatórios dos DOFs válidos: o fiscal poderá levar para o
campo um relatório impresso dos DOFs válidos. No entanto,
essa opção deve ser utilizada na impossibilidade de se
utilizar as demais ou de forma complementar.

O que o usuário deverá fazer para ter acesso ao DOF?

Para ter acesso ao DOF o usuário deve estar especificamente

cadastrado no Cadastro Técnico Federal e possuir saldo de produto
florestal devidamente legalizado pelo IBAMA.

O DOF trará custos para o usuário?

Não. Ao contrário da ATPF o DOF não será cobrado pelo IBAMA. Além
disso, os outros custos da ATPF (deslocamento até o IBAMA,
pagamento de despachantes) serão reduzidos com o DOF.

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E os órgãos estaduais de meio ambiente que
desejarem optar em utilizar o DOF?

O Sistema DOF poderá ser repassado gratuitamente aos

Estados, mediante um Acordo de Cooperação Técnica. A
gestão do sistema, neste caso, ficará sob a responsabilidade
do órgão estadual.

E como irão se integrar os sistemas já existentes nos

estados e o DOF?

Será estabelecida uma Resolução do CONAMA

regulamentando procedimentos, critérios e aspectos
técnicos específicos de padronização mínima e integração de
sistemas, instrumentos e documentos de controle do fluxo e
transporte de produtos e subprodutos florestais adotados
pela União e Estados, especialmente para eficiência dos
processos fiscalizatórios da mercadoria em trânsito. Um dos
critérios é de que todos os sistemas tenham geração,
emissão e controle dos documentos por meio de sistema
eletrônico e informatizado.

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 Veja as principais diferenças

Falsificação

ATPF - Passíveis de falsificação

DOF - O DOF é um documento emitido eletronicamente, com código de

barras e todas as suas informações registradas num banco de dados
centralizado. A falsificação do DOF não será possível, pois seria preciso
“falsificar” as informações do sistema.

Furtos e Roubos

ATPF - Sujeita a furtos e roubos

DOF - O DOF só é emitido pelo sistema e de forma “personalizada”, ou seja,

se for roubado não poderá ser utilizado por terceiros.

SISMAD

ATPF - Controle apenas da distribuição dos documentos, feito por um

sistema local (SISMAD) com pouca segurança, sujeito ao lançamento de
créditos irregulares.

DOF - Controle com banco de dados centralizado, de onde se detém

controle total dos saldos, sem manipulação de dados por funcionários dos
órgãos ambientais.

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Saldos de Madeira

ATPF - Possibilidade de “legalização” de saldos de madeira pelo

“calçamento” das ATPFs (divergência dos volumes entre a 1ª e 2ª via), dada
à dificuldade de cruzamento dos dados.

DOF - Controle eletrônico dos saldos semelhante à uma “conta corrente

bancário” e cruzamento automático de dados com o controle fiscal de forma
simplificada.

Custos

ATPF - O usuário tinha custos elevados com a aquisição da ATPF,

deslocamento ao IBAMA e espera pela emissão do documento. Já o Ibama
acumulava gastos com produção, transporte e armazenamento das guias,
além de ocupar vários servidores na emissão e vigilância do documento.

DOF - Os custos para o usuário tendem a cair muito, pois o documento é

gratuito e impresso pelo próprio usuário. O IBAMA não terá mais custos com
o documento, assim terá mais recursos para deslocar os servidores para
monitoramento do sistema e a fiscalização das empresas consumidoras de
produtos florestais. Não haverá mais “assaltos” ao IBAMA para retirar ATPF.

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Controle
ATPF - Por ser um controle cartorial, baseado no fluxo de documentos,
não é possível o cruzamento de informações fiscais das empresas com os
dados das Secretarias de Fazenda Estaduais, permitindo, muitas vezes, a
atuação de empresas fantasmas.

DOF - Com o controle eletrônico, o DOF permitirá o cruzamento dos dados

com as Secretarias de Fazenda, evitando a atuação de empresas fantasmas,
a sonegação de impostos e o consumo ilegal de produtos florestais, em
especial a madeira.

Transparência
ATPF - Falta de transparência no processo, devido ao grande número de
ATPFs emitidas e à falta de um sistema de controle das informações com
base de dados centralizada.

DOF - Maior transparência dos dados, pois todas as transações serão feitas
pela internet e poderão ser disponibilizadas em tempo real para os órgãos
de controle, Ministério Público e sociedade em geral.

Agilidade
ATPF - Demora na obtenção do documento, pois antes de emitir a ATPF o
IBAMA necessita checar várias informações. A dificuldade aumenta nas
unidades com intensa atividade florestal.

DOF - O usuário do sistema poderá emitir o documento a qualquer

momento e com total agilidade, pois os critérios e exigibilidade para
emissão do documento serão automatizados.
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Prestação de Contas

ATPF - Demora na atualização dos dados da empresa junto ao IBAMA, pois

as mesmas têm até 45 dias após emissão da ATPF para realizar as
prestações de conta.

DOF - O IBAMA terá as informações da empresa (saldos dos estoques de

pátio, volume comercializado, reposição florestal etc.) atualizadas em
tempo real, tornando a fiscalização mais eficiente e eficaz.

Fiscalização

ATPF - Fiscalização atua na conferência visual do documento e da carga.

DOF -Mudança nos padrões de atuação da fiscalização com conferência em

tempo real de todas as informações, bem como, do registro de quem
acessou o sistema. Possíveis tentativas de fraudes poderão ser descobertas
rapidamente e o sistema também vai emitir sinais de alertas quando isso
ocorrer.

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ANOTAÇÕES

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 Ministério do Meio Ambiente

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente

e dos Recursos Naturais Renováveis

Diretoria de Florestas

Coordenação Geral de Gestão dos Recursos Florestais

Projeto Gráfico: Guilherme Fois - ASCOM

Assessoria de Comunicação Social

[email protected]

www.ibama.gov.br
Linha Verde
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