Licenciatura em Engenharia Electrónica e

Telecomunicações e de Computadores

Propagação e Radiação

Introdução à Teoria Modal

Prof. Carlos Mendes

 Introdução
• No capítulo sobre Linhas de Transmissão estudaram-se várias
estruturas que guiam ondas electromagnéticas utilizando dois ou mais
condutores
• p.e., cabo coaxial, linha bifilar, linhas impressas de vários tipos.

• É possível obter-se guiamento de ondas com estruturas suportadas em:

• Condutor único (como num guia metálico oco)
• Sem se utilizar condutores (como numa fibra óptica).

• Enquanto nas Linhas de Transmissão é possível recorrer aos conceitos

de tensão e correntes, nos guias suportados em condutor único ou
múltiplos dieléctricos tal não é possível.
• É necessário recorrer à teoria do campo electromagnético (equações de Maxwell).

Propagação e Radiação Guias de Onda 2

 Notação
• Os campos eléctrico e magnético são campos vectorias dependentes do
espaço, 𝑟,
Ԧ e do tempo, 𝑡.
E 𝑟,
Ԧ 𝑡 = E𝑥 𝑟,
Ԧ 𝑡 𝑎Ԧ𝑥 + E𝑦 𝑟,
Ԧ 𝑡 𝑎Ԧ𝑦 + E𝑧 𝑟,
Ԧ 𝑡 𝑎Ԧ𝑧
• Uma quantidade instantânea será representada com a fonte Monotype Corsiva

• Assumindo regime harmónico forçado sinusoidal e utilizando

amplitudes complexas pode fazer-se:
Ԧ 𝑡 = ℜ E𝑥 𝑟Ԧ 𝑎Ԧ𝑥 + E𝑦 𝑟Ԧ 𝑎Ԧ𝑦 + E𝑧 𝑟Ԧ 𝑎Ԧ𝑧 𝑒 𝑗𝜔𝑡
E 𝑟,
• A amplitude complexa será representada com a fonte Cambria Math.

• Exemplo
• onda plana monocromática a propagar-se num meio ilimitado segundo +𝑂𝑧:

E 𝑧, 𝑡 = 𝐸0 cos 𝜔𝑡 − 𝑘𝑧 + 𝜙 = ℜ 𝐸0 𝑒 𝑗𝜙 𝑒 −𝑗𝑘𝑧 𝑒 𝑗𝜔𝑡 = ℜ 𝐸 𝑧 𝑒 𝑗𝜔𝑡

E 𝑧, 𝑡 = ℜ 𝐸 𝑧 𝑒 𝑗𝜔𝑡

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 Equações de Maxwell (1)
• Descrição macroscópica do campo electromagnético
𝜕B 𝜕D
𝛻×E=− 𝛻 × H = JԦ +
𝜕𝑡 𝜕𝑡
𝛻 ∙ D = 𝜌𝑣 𝛻 ∙B =0
• No vazio: Em meios materiais:
D = 𝜀0 E D = 𝜀0 E + P
B = 𝜇0 H B = 𝜇0 H + M

• No interior de um guia não existem cargas nem correntes impostas:,

logo:
𝜕B 𝜕D
𝛻×E =− 𝛻×H=
𝜕𝑡 𝜕𝑡
𝛻 ∙D=0 𝛻 ∙B =0

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 Equações de Maxwell (2)
• Em regime harmónico forçado sinusoidal

∇ × 𝐸 = −𝑗𝜔𝐵 ∇ × 𝐻 = 𝑗𝜔𝐷

𝛻 ∙𝐷 =0 𝛻 ∙𝐵 =0

• Para meios lineares homogéneos e isotrópicos tem-se

𝐷=𝜀𝐸 𝐵=𝜇𝐻
• Equações de Helmholtz
• Separando os campos, utilizando ∇ × ∇ × 𝐹Ԧ = ∇ ∇ ⋅ 𝐹Ԧ − ∇2 F, vem:

𝛻2𝐸 + 𝑘2𝐸 = 0 𝑘 = 𝜔 𝜇𝜀 = 𝜔/𝑣

𝛻2𝐻 + 𝑘2𝐻 = 0 𝑘0 = 𝜔 𝜇0 𝜀0 = 𝜔/𝑐

• 𝑘 é o número de onda no meio (aqui tido como ilimitado).

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 Vector de Poynting
• Densidade do fluxo de potência

𝑆Ԧ = E × H = 𝑆𝑎Ԧ𝑘

• 𝑆: amplitude da densidade do fluxo de potência transportada pela onda.

• 𝑎Ԧ 𝑘 : direcção do fluxo de densidade de potência (direcção de propagação).

• Em regime harmónico sinusoidal

• A densidade de fluxo de potência é variável no tempo sendo usual utilizar-se o
valor médio 𝑆Ԧ :
1
𝑆Ԧ = ℜ 𝐸 × 𝐻 ∗
2
• Chama-se vector de Poynting complexo a:
1
Ԧ
𝑆𝑐 = 𝐸 × 𝐻 ∗
2
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 Condições na Fronteira (1)
• Considere-se uma superfície (fronteira) plana que separa dois meios
materiais electromagneticamente distintos:

n Bn2 Dn2
meio 2 Et2 Js
Ht2
. r. s .
meio 1 Ht1 Et1
Bn1 Dn1
• Em cada meio a descrição analítica dos campos que aí existem são diferentes.
• Na fronteira, que pertence aos dois meios, o campo tem que ser único.
• Aplicando as equações de Maxwell na fronteira resultam as seguintes condições:

𝑛 ⋅ 𝐷2 − 𝐷1 = 𝜌𝑠 → 𝐷2𝑛 − 𝐷1𝑛 = 𝜌𝑠
𝑛 ⋅ 𝐵2 − 𝐵1 = 0 → 𝐵2𝑛 = 𝐵1𝑛
𝑛 × 𝐻2 − 𝐻1 = 𝐽Ԧ𝑠 → 𝐻2𝑡 − 𝐻1𝑡 = 𝐽Ԧ𝑠
𝑛 × 𝐸2 − 𝐸1 = 0 → 𝐸2𝑡 = 𝐸1𝑡

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 Condições na Fronteira (2)
• Fronteira Dieléctrico - Dieléctrico sem cargas nem correntes impostas

𝑛 ⋅ 𝐷2 − 𝐷1 = 0 → 𝐷2𝑛 = 𝐷1𝑛
𝑛 ⋅ 𝐵2 − 𝐵1 = 0 → 𝐵2𝑛 = 𝐵1𝑛
𝑛 × 𝐻2 − 𝐻1 = 0 → 𝐻2𝑡 = 𝐻1𝑡
𝑛 × 𝐸2 − 𝐸1 = 0 → 𝐸2𝑡 = 𝐸1𝑡

• As componentes normais de 𝐷 e 𝐵 são contínuas.

• As componentes tangenciais de 𝐸 e 𝐻 são contínuas.

• Como os campos não são independentes, a garantia, por exemplo, da

continuidade das componentes tangencias dos campos garante que se
verificam as condições para as componentes normais.

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 Condições na Fronteira (2)
• Fronteira PEC – Dielétrico

𝑛 ⋅ 𝐷 = 𝜌𝑠
𝑛⋅𝐵 =0
𝑛 × 𝐻 = 𝐽Ԧ𝑠
𝑛×𝐸 =0
• PEC - Perfect Electric Conductor. Boa aproximação quando 𝜎 é muito elevado.
• Não existe campo electromagnético no interior do PEC (meio 1)
• Profundidade de penetração nula num PEC e muito reduzida quando 𝜎 ≫
• 𝜌𝑠 e 𝐽Ԧ𝑠 são, respectivamente, densidades de carga e corrente “induzidas” na
superfície do condutor.

• 𝑛 × 𝐸 = 0 significa anulamento da componente tagencial do campo eléctrico sobre

o condutor e é particularmente importante em guias de onda.

• 𝑛 × 𝐻 = 𝐽Ԧ𝑠 permite determinar a corrente que flui na superfície do condutor.

Propagação e Radiação Guias de Onda 9

 Introdução à Teoria Modal (1)
• Obtenção sistemática de todas as configurações (modos) de campo
electromagnético que um guia suporta.
• Obtenção das soluções das equações de Maxwell e/ou de Helmholtz sujeitas às
condições na impostas pela estrutura.

• Vai assumir-se que os guias a estudar:

• se desenvolvem ao longo do eixo Oz;
• têm secção uniforme ao longo de todo o seu comprimento;
• são infinitos (ignora-se para já o efeito da terminação e excitação dos guias);
y

z x

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 Introdução à Teoria Modal (2)
• Vão ser analisadas três geometrias:

• Guia metálico oco de secção rectangular

b
• Geometria melhor descrita com coordenadas cartesianas
a

• Guia metálico oco de secção circular

• Geometria melhor descrita com coordenadas cilíndricas a

• Guia dieléctrico de secção circular (Fibra Óptica) b

aa
• Geometria melhor descrita com coordenadas cilíndricas

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 Teoria Modal Coord. Cartesianas (1)
• Para um guia que se desenvolva ao longo do eixo 𝑂𝑧 tem-se, em geral:

𝐸 = 𝐸𝑥 𝑥, 𝑦 𝑎Ԧ𝑥 + 𝐸𝑦 𝑥, 𝑦 𝑎Ԧ𝑦 + 𝐸𝑧 𝑥, 𝑦 𝑎Ԧ𝑧 𝑒 −𝑗𝛽𝑧

𝐻 = 𝐻𝑥 𝑥, 𝑦 𝑎Ԧ𝑥 + 𝐻𝑦 𝑥, 𝑦 𝑎Ԧ𝑦 + 𝐻𝑧 𝑥, 𝑦 𝑎Ԧ𝑧 𝑒 −𝑗𝛽𝑧

• Dependência espacial com 𝑧 (dimensão longitudinal) já definida.

• 𝛽 é constante de propagação a determinar.
• Dependência com as variáveis transversais (𝑥, 𝑦) a determinar.

• Operador ∇ vale
𝜕 𝜕 𝜕
∇= 𝑎Ԧ + 𝑎Ԧ + 𝑎Ԧ
𝜕𝑥 𝑥 𝜕𝑦 𝑦 𝜕𝑧 𝑧
• Para campos na forma acima tem-se

𝜕 𝜕2 2
→ −𝑗𝛽 → −𝛽
𝜕𝑧 𝜕𝑧 2
Propagação e Radiação Guias de Onda 12
 Teoria Modal Coord. Cartesianas (2)
• Expansão das equações de Maxwell:
𝜕𝐸𝑧
+ 𝑗𝛽𝐸𝑦 = −𝑗𝜔𝜇𝐻𝑥
𝜕𝑦
𝑗 𝜕𝐸𝑧 𝜕𝐻𝑧
𝜕𝐸𝑧 𝐻𝑥 = 𝜔𝜀 −𝛽
𝛻 × 𝐸 = −𝑗𝜔𝜇𝐻 → − − 𝑗𝛽𝐸𝑥 = −𝑗𝜔𝜇𝐻𝑦 𝑘𝑐2 𝜕𝑦 𝜕𝑥
𝜕𝑥
𝜕𝐸𝑦 𝜕𝐸𝑥 −𝑗 𝜕𝐸𝑧 𝜕𝐻𝑧
− = −𝑗𝜔𝜇𝐻𝑧 𝐻𝑦 = 𝜔𝜀 +𝛽
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝑘𝑐2 𝜕𝑥 𝜕𝑦
−𝑗 𝜕𝐻𝑧 𝜕𝐸𝑧
𝜕𝐻𝑧 𝐸𝑥 = 𝜔𝜇 +𝛽
+ 𝑗𝛽𝐻𝑦 = 𝑗𝜔𝜀𝐸𝑥 𝑘𝑐2 𝜕𝑦 𝜕𝑥
𝜕𝑦 𝑗 𝜕𝐻𝑧 𝜕𝐸𝑧
𝜕𝐻𝑧 𝐸𝑦 = 𝜔𝜇 −𝛽
𝛻 × 𝐻 = 𝑗𝜔𝜀𝐸 → − − 𝑗𝛽𝐻𝑥 = 𝑗𝜔𝜀𝐸𝑦 𝑘𝑐2 𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝜕𝑥
𝜕𝐻𝑦 𝜕𝐻𝑥
− = 𝑗𝜔𝜀𝐸𝑧 𝑘𝑐2 = 𝑘 2 − 𝛽 2
𝜕𝑥 𝜕𝑦
• 𝐸𝑧 e 𝐻𝑧 são as componentes (longitudinais) de suporte.
• Depois de obtidas as componentes 𝐸𝑧 e 𝐻𝑧 , as restantes componentes estão
automaticamente definidas.

Propagação e Radiação Guias de Onda 13

 Teoria Modal Coord. Cartesianas (3)
• Diferentes tipos de modos
• Modos TEM
• 𝐸𝑧 = 0 e 𝐻𝑧 = 0
• Implicam 𝑘𝑐 = 0

• Modos TE (Transversal Electric)

• 𝐸𝑧 = 0 e 𝐻𝑧 ≠ 0

• Modos TM (Transversal Magnetic)

• 𝐸𝑧 ≠ 0 e 𝐻𝑧 = 0

• Modos EH ou HE
• 𝐸𝑧 ≠ 0 e 𝐻𝑧 ≠ 0
• Não existem em guias metálicos mas podem existir em guias dielétricos (p.e.
fibra óptica)

Propagação e Radiação Guias de Onda 14

 Teoria Modal Coord. Cartesianas (4)
• Como determinar as componentes de suporte?
• Recorrendo às equações de Helmholtz:
2 2 2
2 2 2 2 𝜕 𝜕 𝜕
𝛻 𝐸+𝑘 𝐸 =0 𝛻 𝐻+𝑘 𝐻 =0 ∇2 = 2 + 2 + 2
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
• Se Ψ 𝑥, 𝑦 representar 𝐸𝑧 ou 𝐻𝑧 vem:

𝜕2Ψ 𝜕2Ψ 𝜕2Ψ 𝜕 2Ψ 𝜕 2Ψ

2
+ 2 + 2 + 𝑘2Ψ = 0 → 2
+ 2 + k 2𝑐 Ψ = 0
𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝜕z 𝜕𝑥 𝜕𝑥
𝑘𝑐2 = 𝑘 2 − 𝛽2
• Aplicando o método da separação das variáveis

Ψ = 𝑋 𝑥 𝑌 𝑦 = 𝑋𝑌
𝜕2𝑋 𝜕2𝑌 1 𝜕 2𝑋 1 𝜕 2𝑌
𝑌 2 + 𝑋 2 + 𝑘𝑐2 𝑋𝑌 = 0 ֞ + + 𝑘𝑐
2 =0
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝑋 𝜕𝑥 2 𝑌 𝜕𝑦 2

Propagação e Radiação Guias de Onda 15

 Teoria Modal Coord. Cartesianas (5)
1 𝜕2𝑋 1 𝜕2𝑌 2
+ = −𝑘𝑐
𝑋 𝜕𝑥 2 𝑌 𝜕𝑦 2
• Como o lado direito é uma constante, resulta então que cada um dos
termos da soma do lado esquerdo têm que ser também constante. Se
esses termos forem, respetivamente, −𝑘𝑥2 e −𝑘𝑦2 , resulta
𝑘𝑥2 + 𝑘𝑦2 = 𝑘𝑐2
𝜕2𝑋 2𝑋 = 0
+ 𝑘 𝑥 𝑋 = 𝐴 cos 𝑘𝑥 𝑥 + 𝐵 sen 𝑘𝑥 𝑥
𝜕𝑥 2
𝜕2𝑌
+ 𝑘 2
𝑦 𝑌=0 𝑌 = 𝐶 cos 𝑘𝑦 𝑦 + 𝐷 sen 𝑘𝑦 𝑦
𝜕𝑦 2

Ψ = 𝑋𝑌 = 𝐴 cos 𝑘𝑥 𝑥 + 𝐵 sen 𝑘𝑥 𝑥 𝐶 cos 𝑘𝑦 𝑦 + 𝐷 sen 𝑘𝑦 𝑦

• A determinação das várias constantes introduzidas é feita com base

nas condições na fronteira impostas pelo guia.
Propagação e Radiação Guias de Onda 16
 Teoria Modal Coord. Cilíndricas (1)
• Para um guia que se desenvolva ao longo do eixo 𝑂𝑧 tem-se, em geral:

𝐸 = 𝐸𝜌 𝜌, 𝜙 𝑎Ԧ𝜌 + 𝐸𝜙 𝜌, 𝜙 𝑎Ԧ𝜙 + 𝐸𝑧 𝜌, 𝜙 𝑎Ԧ𝑧 𝑒 −𝑗𝛽𝑧

𝐻 = 𝐻𝜌 𝜌, 𝜙 𝑎Ԧ𝜌 + 𝐻𝜙 𝜌, 𝜙 𝑎Ԧ𝜙 + 𝐻𝑧 𝜌, 𝜙 𝑎Ԧ𝑧 𝑒 −𝑗𝛽𝑧

• Expandindo as equações de Maxwell resulta:

−𝑗 𝜔𝜇 𝜕𝐻𝑧 𝜕𝐸𝑧
𝐸𝜌 = +𝛽
𝑘𝑐2 𝜌 𝜕𝜙 𝜕𝜌
−𝑗 𝜕𝐻𝑧 𝛽 𝜕𝐸𝑧
𝐸𝜙 = −𝜔𝜇 +
𝑘𝑐2 𝜕𝜌 𝜌 𝜕𝜙
𝑘𝑐2 = 𝑘 2 − 𝛽 2 𝑗 𝜔𝜀 𝜕𝐸𝑧 𝜕𝐻𝑧
𝐻𝜌 = −𝛽
𝑘𝑐2 𝜌 𝜕𝜙 𝜕𝜌
−𝑗 𝜕𝐸𝑧 𝛽 𝜕𝐻𝑧
𝐻𝜙 = 𝜔𝜀 +
𝑘𝑐2 𝜕𝜌 𝜌 𝜕𝜙

Propagação e Radiação Guias de Onda 17

 Teoria Modal Coord. Cilíndricas (2)
• Como determinar as componentes de suporte?
• Recorrendo às equações de Helmholtz:
𝛻2𝐸 + 𝑘2𝐸 = 0 𝛻2𝐻 + 𝑘2𝐻 = 0
• Assim se Ψ 𝑥, 𝑦 representar 𝐸𝑧 ou 𝐻𝑧 vem:
𝜕 2 Ψ 1 𝜕Ψ 1 𝜕 2 Ψ 𝜕 2 Ψ
2
+ + 2 2
+ 2 + 𝑘2Ψ = 0
𝜕𝜌 𝜌 𝜕𝜌 𝜌 𝜕𝜙 𝜕z
𝑘𝑐2 = 𝑘 2 − 𝛽2
𝜕 2 Ψ 1 𝜕Ψ 1 𝜕 2 Ψ
2
+ + 2 2
+ k 2𝑐 Ψ = 0
𝜕𝜌 𝜌 𝜕𝜌 𝜌 𝜕𝜙

• Aplicando o método da separação das variáveis

Ψ = 𝑅 𝜌 𝐹 𝜙 = 𝑅𝐹

𝜕 2 𝑅 𝐹 𝜕𝑅 𝑅 𝜕 2 𝐹 2
𝜌2 𝜕 2 𝑅 𝜌 𝜕𝑅 1 𝜕 2 𝐹 2𝑘2 = 0
𝐹 2+ + 2 + 𝑘𝑐 𝑅𝐹 = 0 ֞ + + + 𝜌 𝑐
𝜕𝜌 𝜌 𝜕𝜌 𝜌 𝜕𝜙 2 𝑅 𝜕𝜌2 𝑅 𝜕𝜌 𝐹 𝜕𝜙 2
Propagação e Radiação Guias de Onda 18
 Teoria Modal Coord. Cilíndricas (3)
𝜌2 𝜕 2 𝑅 𝜌 𝜕𝑅 1 𝜕 2𝐹

2
+ + 𝜌2 𝑘𝑐2 =
𝑅 𝜕𝜌 𝑅 𝜕𝜌 𝐹 𝜕𝜙 2
• Para que a igualdade se verifique então cada um dos lados da equação
têm que ser uma constante.
• Para o lado direito vem
1 𝜕2𝐹 𝜕2𝐹
= 𝑘 2 − 𝑘𝜙
2
𝐹=0 𝐹 𝜙 = 𝐴 sen 𝑘𝜙 𝜙 + 𝐵 cos 𝑘𝜙 𝜙
𝜙
𝐹 𝜕𝜙 2 𝜕𝜙 2
• Dada a simetria do guia, 𝐹 𝜙 tem de ser periódico, isto é, 𝐹 𝜙 = 𝐹 𝜙 ± 2𝜋 ,
pelo que 𝑘𝜙 = 𝑛 inteiro.
𝐹 𝜙 = 𝐴 sen 𝑛𝜙 + 𝐵 cos 𝑛𝜙
• Para o lado esquerdo vem então

𝜌2 𝜕 2 𝑅 𝜌 𝜕𝑅 𝜕2𝑅 𝜕𝑅
+ + 𝜌 2 𝑘 2 = 𝑛2
𝑐 𝜌2 + 𝜌 + 𝜌 2 𝑘 2 − 𝑛2 𝑅 = 0
𝑐
𝑅 𝜕𝜌2 𝑅 𝜕𝜌 𝜕𝜌2 𝜕𝜌
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 Teoria Modal Coord. Cilíndricas (4)
• A equação
𝜕 2𝑅 𝜕𝑅
𝜌 2 +𝜌 + 𝜌2 𝑘𝑐2 − 𝑛2 𝑅 = 0
𝜕𝜌 2 𝜕𝜌

é a equação diferencial de Bessel e tem como solução

𝑅 𝜌 = 𝐶𝐽𝑛 𝑘𝑐 𝜌 + 𝐷𝑌𝑛 𝑘𝑐 𝜌

• 𝐽𝑛 é a função de Bessel de primeira espécie e ordem 𝑛

• 𝑌𝑛 é a função de Bessel de segunda espécie e ordem 𝑛

• A determinação das várias constantes não definidas é feita com base

nas condições na fronteira impostas pelo guia.

Propagação e Radiação Guias de Onda 20

 Funções de Bessel

• Primeira espécie 𝐽𝑛 (𝑥) Segunda espécie 𝑌𝑛 𝑥

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