Monopol I 10015572
Monopol I 10015572
Monopol I 10015572
Rio de Janeiro
Agosto 2015
ii
Caldas, Rayla de Souza
iii
Aos meus pais e à minha irmã.
Esta conquista é nossa!
iv
Agradecimentos
Agradeço, primeiramente, a Deus, por ter permitido que eu tivesse ânimo e saúde para
chegar até aqui.
À minha mãe, Marise, por sempre confiar em mim e por ter conseguido me
proporcionar tudo que tive na vida, mesmo nos momentos de dificuldade. Por sempre
me apoiar em minhas decisões, dando suporte para meu crescimento pessoal e
profissional.
Ao meu pai, Márcio, que mesmo lá do céu está sempre comigo ao longo da minha
caminhada.
À minha irmã, Marcela, por toda a ajuda concedida durante este período e por sempre
estar ao meu lado durante esta jornada.
Aos meus tios, Conceição e Francisco, por todo o apoio proporcionado a mim e à
minha família nos momentos de dificuldades pessoais.
Aos amigos que sempre estiveram ao meu lado, por me darem forças e não me
deixarem desanimar nas horas de dificuldades.
Ao amigo e coorientador Pedro, pela paciência e por me ajudar e dar todo o suporte
necessário para a conclusão deste trabalho.
v
À toda a equipe do LTM, pelo empenho e brilhante trabalho durante as amostragens e
também durante os ensaios realizados em laboratório, dentro do prazo estipulado.
vi
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte
Agosto/2015
vii
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of
August/2015
viii
Sumário
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................ 1
2. REVISÃO BIBLIOGÁFICA ................................................................... 4
2.1 COMINUIÇÃO ...................................................................................... 4
2.2 FRATURA DE PARTÍCULAS .............................................................. 5
2.3 BRITAGEM .......................................................................................... 11
2.3.1 Britagem Primária e seus Equipamentos .................................... 12
2.3.2 Britagem Secundária e seus Equipamentos ................................ 15
2.3.3 Britagem Terciária e Britagem Quaternária .............................. 20
2.4 ANÁLISES DE FRAGMENTAÇÃO .................................................. 21
2.4.1 Teoria da Cominuição .................................................................. 21
2.4.2 Modelo de Whiten ......................................................................... 25
2.5 BRITABILIDADE ................................................................................ 31
2.5.1 Índice de Trabalho (Wi) ............................................................... 32
2.5.2 Índice de Quebra (A*b) ................................................................ 34
2.6 CARACTERÍSTICAS DA ROCHA BRITADA ................................. 36
2.7 AMOSTRAGEM INDUSTRIAL ......................................................... 38
2.7.1 Erros de Amostragem ................................................................... 39
2.7.2 Método de Amostragem................................................................ 40
2.8 SIMULAÇÃO EM PROCESSO MINERAL ....................................... 41
3. A EMPRESA PETRA AGREGADOS ................................................. 43
3.1 MINA .................................................................................................... 44
3.2 BRITAGEM .......................................................................................... 45
3.3 REBRITAGEM .................................................................................... 46
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ............................................... 48
4.1 AMOSTRAGEM DO CIRCUITO ....................................................... 48
4.1.1 Localização das frentes de lavra .................................................. 52
4.1.1.1 Amostra 1: Cota 130 Central ................................................... 53
4.1.1.2 Amostra 2: Cota 70 Central ..................................................... 55
ix
4.1.1.3 Amostra 3: Cota 80 Lateral ...................................................... 57
4.1.2 Erros de Amostragem ................................................................... 59
4.2 CARACTERIZAÇÃO DE PARTÍCULAS .......................................... 60
4.2.1 Classificação das Amostras .......................................................... 60
4.2.2 Ensaios de Escpectrometria de Fluorescência de Raios-x ......... 62
4.2.3 Ensaios de Fragmentação ............................................................. 63
4.2.3.1. Ensaio simplificado de fragmentação ........................................ 63
4.2.3.1. Ensaio completo de fragmentação ............................................. 65
4.2.4 Ensaios de Britabilidade de Bond ................................................ 66
4.3 SIMULAÇÃO ....................................................................................... 67
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................... 68
5.1 COMPOSIÇÃO QUÍMICA .................................................................. 68
5.2 AMOSTRAGEM .................................................................................. 69
5.2.1 Dados Brutos das Amostragens ................................................... 69
5.2.2 Análises Granulométricas da Alimentação ................................. 71
5.3 ENSAIOS DE FRAGMENTAÇÃO ..................................................... 74
5.4 ENSAIOS DE BRITABILIDADE ....................................................... 82
5.5 COMPARAÇÕES FINAIS ................................................................... 83
5.6 SIMULAÇÃO ....................................................................................... 85
6. CONCLUSÕES....................................................................................... 90
7. SUGESTÕES DE TRABALHOS FUTUROS ...................................... 92
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................. 93
ANEXO .............................................................................................................. 97
x
1. INTRODUÇÃO
1
Tabela 1.1 – Classificação dos agregados para construção civil segundo sua natureza, de
acordo com a norma NBR 9935/2011 da ABNT
Material pétreo que pode ser utilizado tal e qual encontrado na
Agregados Naturais natureza, podendo ser submetido à lavagem, classificação ou
britagem.
Material granular resultante de processo industrial, envolvendo
alteração mineralógica, química ou físico-química da matéria-
Agregados Artificiais
prima original, para uso como agregado em concreto ou
argamassa.
Material granular resultante de processos de reciclagem de
rejeitos ou subprodutos da produção industrial, mineração ou
Agregado Reciclado construção ou demolição da construção civil, incluindo
agregados recuperados de concreto fresco por lavagem, para uso
como agregado.
Agregado miúdo originado através de processos naturais ou
artificiais de desintegração de rochas ou proveniente de
processos industriais. É chamada de areia natural se resultante da
ação de agentes da natureza, de areia artificial quando
Areia
proveniente de processos industriais; de areia reciclada, quando
proveniente de processos de reciclagem; e de areia de britagem,
quando proveniente do processo de cominuição mecânica da
rocha, conforme normas específicas.
2
Tabela 1.2 – Especificação comercial de britas quanto a sua granulometria
TAMANHO BRITA 3 BRITA 2 BRITA 1 BRITA 0 PÓ
(mm)
Máximo 50 25 19 9,5 4,8
Mínimo 25 19 9,5 4,8 -
A geração dos diferentes produtos, como os listados na Tabela 1.2, de uma usina
varia de acordo com a regulagem dos equipamentos, bem como das características da
rocha. Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo estudar estas características,
relacionando-as com o processo de britagem para a produção de agregados, através de
análises granulométricas, ensaios de fragmentação e simulação computacional,
respondendo a questões geometalúrgicas sobre a viabilidade de se afirmar que a
mudança na tipologia do minério altera o processo de britagem. É importante ressaltar
que não será abordada a modelagem utilizada no processo de simulação computacional.
Portanto, a partir das informações levantadas e das análises realizadas, o trabalho
contribui para o conhecimento geológico aplicado aos recursos minerais, com vista à
melhoria da seleção do tipo de rochas fonte para agregados.
3
2. REVISÃO BIBLIOGÁFICA
2.1 COMINUIÇÃO
4
Tabela 2.1 - Distribuição do consumo de energia na Erie Mining Co. (FIGUEIRA et al., 2004)
5
Figura 2.1 – Ilustração de uma estrutura cristalina após aplicação de esforços de tração ou
compressão (WILLS et al., 2006)
Figura 2.2 – Ilustração de uma estrutura cristalina após a aplicação de esforços cisalhantes
(www.fem.unicamp.br/~caram/capitulo10.pdf)
6
Figura 2.3 – Extremidade da trinca funciona como um ponto de concentração de tensão (WILLS
et al., 2006)
Porém, partículas reais possuem formato irregular, fazendo com que a ação das
forças não seja uniforme e, por isso, são utilizados equipamentos que aplicam esforços,
responsáveis pela perda de coesão das partículas e consequente fragmentação das
mesmas. A Figura 2.4 representa os variados mecanismos de aplicação de esforços.
Todos são esforços mecânicos, com a exceção da letra (g), que consta com aplicação de
energia não mecânica, como por exemplo, microondas, choques elétricos, calor, plasma,
etc. Quando uma partícula é submetida a esforços mecânicos, ocorre propagação das
trincas já existentes e a iniciação de novas trincas em seu interior. No caso destes
esforços serem superiores à sua resistência à ruptura, ocorrerá a fragmentação da
mesma.
Quando submetido a tais esforços (normais ou tangenciais), o minério
responderá na forma de deformações elásticas ou inelásticas, dependendo do
carregamento e do material em questão. A deformação elástica é aquela em que a
energia acumulada durante o carregamento é totalmente recuperada no instante em que
as cargas são removidas e abrange a maioria das rochas até o momento antes de sua
ruptura, como mostra a Figura 2.5 (a).O comportamento inelástico é o resultado de uma
deformação permanente ou do efeito do tempo na deformação do material, como mostra
a Figura 2.5 (b). Neste caso, ocorre consumo de energia e essa energia não é
recuperável, caracterizando o comportamento elasto-plástico (DIETER, 1961).
7
Figura 2.4 – Métodos de aplicação de cargas em equipamentos de cominuição: aplicação de
cargas diretamente entre duas superfícies sólidas a partículas individuais (a) e leito de partículas
(b); projeção de partículas contra uma superfície sólida (c) ou de partículas umas contra as
outras (d); utilização de ferramentas de corte (e); aplicação de cisalhamento (f); aplicação de
energia não-mecânica (g) (TAVARES, 2009)
Figura 2.5 – Curvas esforço-deformação para compressão uniaxial do quartzito (a) e arenito (b)
(JAEGER e COOK, 1969 Apud MAGALHÃES, 2013)
8
É muito importante destacar que o comportamento elasto-plástico apresentado
por rochas é diferente daquele geralmente observado em metais. No caso de metais, esse
comportamento é o resultado do acúmulo de discordâncias, enquanto que em rochas, é o
resultado da evolução do dano de fraturamento do material que ocorre previamente à
perda de integridade do sólido (TAVARES, 2004).
As deformações são geradas a partir das forças de contato que dão origem a um
campo de tensões complexo. É um processo caracterizado pelos mecanismos de
abrasão, clivagem ou estilhaçamento, os quais são responsáveis pela fragmentação em
si.
O mecanismo de abrasão (Figura 2.6 (a)) é aquele no qual as partículas sofrem a
ação de esforços normais, os quais não são capazes de gerar a ruptura das mesmas, ou
esforços cisalhantes na superfície da partícula, causadores apenas de uma fragmentação
superficial. O resultado é uma redução limitada de tamanho da partícula inicial e um
grande número de finos.
Já o estilhaçamento é caracterizado por altas taxas de aplicação de energia, sob
condições de esforços compressivos. Será obtida uma ampla faixa de tamanhos de
fragmentos, resultante de uma intensa fragmentação da partícula original. Este
mecanismo é ilustrado na Figura 2.6 (b).
Por fim, o mecanismo de clivagem (Figura 2.6 (c)) é caracterizado pela baixa
taxa de aplicação de energia, gerando muitos fragmentos grossos e também muitos finos
na região de aplicação dos esforços.
A fragmentação das rochas é vista como um processo elementar da cominuição.
O cálculo do campo de tensões gerado no interior da partícula é considerado complexo,
pois há uma limitação na descrição dos esforços devido à geometria irregular de cada
partícula e também à aleatoriedade da distribuição de seus defeitos. Desta maneira,
técnicas convencionais de avaliação da mecânica da fratura não são possíveis de serem
utilizadas. Assim, se faz necessário o uso de uma abordagem energética para melhor
compreensão da resistência de materiais particulados frágeis.
9
Figura 2.6 – Mecanismos de fragmentação de partículas (KING, 2001 Apud NEVES, 2005)
Figura 2.7 – Etapas da fragmentação de partículas individuais por impacto (TAVARES, 1997)
2.3 BRITAGEM
11
A britagem representa o primeiro estágio, propriamente dito, do processo de
cominuição, podendo apresentar vários objetivos, como o de preparar o minério para a
moagem, maximizar a produção de agregado para a construção civil, calcário agrícola,
minério de ferro para uso em alto-forno e até mesmo, reduzir o tamanho máximo da
partícula do material (top size), a fim de facilitar o seu transporte (TAVARES, 2009). É
um processo realizado em sucessivas etapas até a adequação granulométrica compatível
com a etapa seguinte ou a liberação dos minerais valiosos da ganga.
Além disso, a britagem é realizada a seco, através da ação de esforços
compressivos, devido aos movimentos de aproximação e afastamento de uma superfície
móvel contra uma superfície fixa; ou de impacto, caracterizados pela projeção das
partículas umas contra as outras ou contra as paredes do britador. Pode ser aplicada a
fragmentos de diversos tamanhos, variando de 10 mm até 1000 mm, respeitando os
estágios convenientes, como mostra a Tabela 2.2 (FIGUEIRA et al., 2004). É
importante dizer que não existe um circuito padrão para a realização das etapas da
britagem, podendo existir apenas a britagem primária, como também a britagem
secundária e assim sucessivamente, até atingir a britagem quaternária.
12
existem dois tipos mais importantes: o britador de mandíbulas e o britador giratório
(WILLS et al., 2006).
O britador de mandíbulas, chamado assim devido à presença de duas placas que
se abrem e se fecham como a boca de um animal (GRIECO & GRIECO, 1985), é muito
utilizado em usinas de baixa e média capacidade e atinge, normalmente, razões de
redução entre 2 e 3 (TAVARES, 2009). As mandíbulas são posicionadas de modo que
formem um ângulo agudo entre si; uma mandíbula oscila em relação à outra, que
permanece fixa. Assim, o bloco de rocha alimentado fará um movimento descendente,
na medida em que sofre compressão, causando a quebra sucessiva do material.
Este tipo de britador é classificado de acordo com o mecanismo de acionamento
da mandíbula móvel em três tipos: Blake, Dodge e Universal, representados na Figura
2.8. No tipo Blake, uma mandíbula é acionada no topo do britador, garantindo um
movimento elíptico, e a área de alimentação permanece fixa, com abertura variável. No
tipo Dodge uma mandíbula é acionada na parte inferior do britador, garantindo um
movimento pendular e mantendo a área de alimentação variável e a área de descarga
fixa. O britador do tipo Universal possui uma mandíbula acionada em uma posição
intermediária, mantendo tanto a área de alimentação quanto a área de descarga,
variáveis (WILLS et al., 2006).
Figura 2.8 – Tipos de acionamento da mandíbula móvel nos britadores (WILLS et al., 2006)
Figura 2.9 – Britador giratório: (a) diagrama funcional; (b) seção do britador (WILLS et al.,
2006)
14
Britadores giratórios atingem razões de redução tipicamente entre 3 e 4 e
encontram-se disponíveis com aberturas de alimentação de até 1,5 x 2 m, com
capacidades que podem atingir 4500 t/h (TAVARES, 2009).
É importante ressaltar que ambos os britadores primários operam com o
princípio de fragmentação por compressão devido à praticidade em cominuir partículas
muito grossas, além da capacidade de processar materiais de alta tenacidade e
abrasividade.
15
Além disso, enquanto no britador giratório a descarga se dá pela ação da gravidade, no
britador cônico a descarga é condicionada ao movimento do cone.
16
Na produção de agregados para construção civil, é muito comum o uso dos
britadores cônicos operando com câmara cheia, ditos “afogados”, pois desta forma
haverá uma maior interação entre as partículas, eliminando as partes planas e alongadas
das mesmas. Quando isto acontece, o processo ocorre com maior eficiência, produzindo
maior quantidade de finos com menor tendência à formação de partículas lamelares
(SVENSSON e STEER, 1990), as quais levam à produção de britas de menor
qualidade. Esta última é considerada a principal vantagem de se operar um britador
desta maneira, pois a presença de partículas lamelares na brita dificulta o bombeamento
do concreto, além de darem origem a concretos com menor resistência que aqueles
produzidos a partir de brita com formato isométrico (BRIGGS e EVERTSSON, 1998).
Para trabalhar sob estas condições, é necessário um bom controle da taxa de
alimentação do britador, pois ela influenciará em alguns parâmetros. Svensson e Steer
(1990) estudaram o funcionamento de um britador cônico H-36M, exemplificando o
efeito da vazão de alimentação da câmara durante a fragmentação de gnaisse, com
granulometria entre 3 e 25 mm, apresentando 50% das partículas com tamanho entre 3 e
9 mm. É possível observar na Tabela 2.3 que quando o britador opera na condição
“afogado”, o consumo de energia é o dobro da condição “não afogado”. Em
contrapartida, o produto se torna mais grosso e sua vazão diminui de 28% quando opera
na condição de “não afogado”. Acreditam ainda que a APF não seja um fator
determinante na redução das partículas, mas sim a energia aplicada por tonelada de
material. Desta forma, para Svensson e Steer (1990) a APF é apenas uma forma de
modificar a energia que está sendo aplicada nas partículas.
Tabela 2.3 - Fragmentação de um gnaisse em um britador H-36, com APF de 9,5 mm, com o
mesmo operando com a câmara afogada ou não (SVENSSON e STEER, 1990)
CONDIÇÃO DE %< %<6 POTÊNCIA VAZÃO PRODUÇÃO - 6
OPERAÇÃO APF mm (kW) (t/h) mm
Afogado 72 50 90 107 54
Não afogado 56 34 45 77 27
Outro tipo de britador que pode ser utilizado na etapa de britagem secundária é o
britador de impacto (Figura 2.11). Nesta classe de britadores, a cominuição não é dada
por compressão, mas sim por impacto. Por meio do movimento de barras, parte da
energia cinética é transferida para o material, projetando-o sobre as barras fixas de
17
impacto. Por conseguinte, são geradas forças internas, as quais são responsáveis pela
fragmentação das partículas.
18
Figura 2.12 – Britador de rolos convencional (TAVARES, 2009 Apud MAGALHÃES, 2013)
19
Figura 2.14 – Comparação entre as operações nos britadores convencionais e de alta pressão
(TAVARES, 2009)
dx
dE k [2.1]
xn
Onde:
E k S1 S 0 [2.2]
Onde:
E é a energia específica;
k é o fator de proporcionalidade;
S1 é a área superficial do produto;
S0 é a área superficial inicial.
22
A segunda lei foi estabelecida por F. Kick (1885) e postula que o trabalho
requerido é proporcional à redução do volume das partículas envolvidas. É uma lei
frequentemente aplicada na quebra de blocos arredondados com mais de 256 mm de
diâmetro (matacões) e é expressa pela Equação 2.3.
D
E C log 0 [2.3]
D1
Na qual,
C é uma constante;
D0 é o tamanho inicial médio;
D1 é o tamanho final médio.
Onde:
P é o tamanho do produto;
F é o tamanho da alimentação;
E0 é uma constante.
1 1
Wi E0 [2.5]
100
E0
Wi [2.6]
P
Logo,
E 0 10Wi [2.7]
24
1 1
E 10Wi [2.8]
P F
25
alimentação, carga circulante, função quebra, função classificação e produto, de forma
esquemática (NAPIER-MUNN et. al, 1996).
Figura 2.15 – Representação esquemática de modelo de britagem (NAPIER-MUNN et. al, 1996
Apud MAGALHÃES, 2013)
x f BCx [2.9]
x p Cx [2.10]
Nas quais,
26
Combinando-se as duas equações, deriva-se a equação do modelo de britagem
de Whiten (Equação 2.11).
p I C I BC f
1
[2.11]
Onde:
k3
K x
C ( x) 1 2 (K < x < K2) [2.13]
K 2 K1
Onde:
27
K3 descreve a forma da função classificação, definindo a probabilidade de
partículas de tamanho intermediário serem capturadas e britadas.
Na maioria dos casos, o valor de K1 varia entre 0,5 e 1 multiplicado pela APF do
britador, o valor de K2 varia entre 1 e 2 multiplicado pela APF do britador e o valor de
K3 geralmente é mantido constante em 2,3. Tais valores são estimados a partir de
regressão não-linear, sendo relacionados às condições de operação por regressão linear
múltipla (NAPIER-MUNN, 1996).
A função quebra, também proposta por Whiten, foi descrita por meio do método
t10, ou seja, quando um minério é caracterizado por um teste de quebra, faz-se necessária
apenas a medição de t10 para gerar uma distribuição de tamanho do produto ou a função
quebra (NAPIER-MUNN et al., 1996). Sabe-se que t10 é a percentagem de material
passante em uma peneira de tamanho igual a 0,1 do tamanho inicial das partículas
(Figura 2.17). Sabe-se também que a função quebra é definida como a fração de
partículas menores que o tamanho x, que resultam da quebra de partículas de tamanho y.
28
Figura 2.17 – Cálculo do parâmetro t10 a partir de análises granulométricas de produtos de
ensaios de fragmentação (NEVES, 2005)
Assim, a função quebra pode ser determinada através das equações a seguir:
b jj 1 BD j ; d pj [2.16]
d j D j D j 1
0, 5
[2.17]
Também foi proposto por W. J. Whiten um modelo que relaciona a potência real
consumida pelo britador e a energia necessária para que um equipamento de quebra por
impacto possa atingir a mesma redução de tamanho, sendo descrito pela Equação 2.18
abaixo.
Pc Pa
Pp [2.18]
S
Onde,
29
Pp é a potência calculada pelo equipamento no ensaio de queda de peso em
kW;
Pc é a potência do britador quando operado cheio em kW;
Pa é a potência do britador quando operado vazio em kW;
S é um fato de escala adimensional para um britador em especial, obtido por
regressão, podendo ser interpretado como a ineficiência do britador.
Pp i Ecst10i Ci X i
j
[2.19]
Na qual,
30
Também é possível calcular t10 com base na energia específica de fragmentação
(Ecst10i), de acordo com a Equação 2.20.
t10 A 1 e bEcs [2.20]
Onde,
2.5 BRITABILIDADE
31
empíricos, propostos com a mesma finalidade, como é o caso do Índice de
Britabilidade, do inglês Crushability Index (Ci), o qual não será abordado.
Vale ressaltar que, atualmente, é comum a utilização de mais de um índice para
uma determinada aplicação, visando a complementação dos testes e modelos na
indústria mineral.
32
cinética, sendo possível medir a energia de impacto (E) através da Equação 2.21, na
qual representa o ângulo do martelo em graus e E é dada em joules.
1171 cos
C [2.22]
D
Onde,
53,49 C50
Wi [2.23]
Na qual,
33
Wi é o índice de trabalho em kWh/t;
C50 é o valor médio da energia de impacto por unidade de espessura das
partículas que foram ensaiadas em J/mm.
Tabela 2.3 – Relação entre valores de A*b e resistência ao impacto (BERGSTROM, 1985)
INTERVALO DE VALORES DO PARÂMETRO A*b
RESISTÊNCIA AO IMPACTO
MENOR MAIOR
-- 19,9 Extremamente Alta
20 29,9 Muito Alta
30 39,9 Alta
40 49,9 Moderadamente Alta
50 59,9 Média
60 69,9 Moderadamente Baixa
70 89,9 Baixa
90 149,9 Muito Baixa
150 -- Extremamente Baixa
Devido ao fato deste ensaio possuir algumas limitações, como por exemplo,
tempo elevado para realização do ensaio, tamanho limite da partícula e cálculo
impreciso da energia de fragmentação, o Ensaio de Queda de Peso veio a substituí-lo
(NAPIER-MUNN et al., 1996).
O DWT consiste de uma base metálica e um cilindro de aço com duas guias
laterais, como mostra a Figura 2.21. Neste ensaio, partículas são fragmentadas
individualmente quando posicionadas na base metálica, devido ao impacto da queda de
um objeto. Os resultados obtidos são as características de fragmentação e a energia
consumida no processo, a partir dos quais, é obtido o índice t10.
35
Figura 2.21 – Ilustração do ensaio de queda de peso – DWT (NEVES, 2005)
37
Tabela 2.4 – Grau de alteração nas rochas e suas características distintivas, segundo a ABNT
GRAU DE ALTERAÇÃO CARACTERÍSTICAS
fd m3
M 2 [2.24]
P
Onde,
O fator de forma varia entre 0,3 e 0,7 para a maioria dos minérios e,
normalmente, considera-se f = 0,6. O tamanho médio de partícula é calculado a partir da
Equação 2.25, onde d1 e d2 são os tamanhos limites da faixa de interesse. A faixa de
interesse é aquela que apresenta o menor número de partículas, a qual estará próxima do
intervalo de tamanho do material grosso. Isto garante que o erro da proporção estimada
para os outros intervalos de tamanho sempre será menor, garantindo uma escolha
39
conservativa. Uma boa regra é escolher um intervalo de tamanho mais grosseiro para
dar P = 5%. O desvio padrão é determinado a partir do nível de confiança requerido
(NAPIER-MUNN et al., 1996).
d13 d 23
d m3 [2.25]
2
40
Buscando uma minimização dos erros amostrais, é ideal que se faça o maior
número de amostragens possíveis (NAPIER-MUNN et al, 1996).
41
Os modelos JKSimMet pertencem a uma família genérica de modelos
conhecida como “modelos de balanço populacional”, que compartilham de uma base
comum que envolve a solução de um equilíbrio de estado estacionário em torno de cada
tamanho de partícula encontrado no equipamento específico. A base do modelo
JKSimMet consiste na divisão do processo de cominuição em duas partes: uma
relacionada aos parâmetros da máquina, como a taxa de ruptura, e outra relacionada aos
parâmetros do minério, como por exemplo, sua resistência à fratura.
Quando os parâmetros são calibrados com os dados reais da usina, o modelo
poderá, então, ser utilizado para prever o comportamento da usina quando são feitas
mudanças nas dimensões dos equipamentos ou nas condições de operação. Além disso,
estas previsões podem ser realizadas para determinar o efeito da mudança de
características no minério, permitindo a observação de como o desempenho da planta
vai variar de acordo com a mudança da alimentação.
42
3. A EMPRESA PETRA AGREGADOS
Como pode ser visto na Figura 3.1, é empregado o método de lavra a céu aberto
com bancadas de 10 metros de altura. O capeamento estéril, constituído de solo
argiloso, é removido para que, então, a rocha possa ser extraída. Esta extração se dá
através da etapa de desmonte com o auxílio de explosivos. O material desmontado é
retomado usando carregadeiras e transportado em caminhões fora de estrada até o pátio
de alimentação da britagem primária.
A rocha britada na Petra Agregados é predominantemente de origem gnáissica.
Conforme informado, a usina gera uma série de produtos, denominados: bica corrida,
rachão, brita 0, brita 1, brita 2, além de pó de pedra e areia industrial (também
conhecida como areia de brita), diferenciados pela sua granulometria. Dependendo do
mercado, também é gerada a brita 3, com granulometria entre 60 e 32 mm. Em geral, o
rachão é utilizado na construção de gabião, a brita 3 é utilizada como lastro rodoviário,
a brita 2 pode ser aproveitada como agregado em grandes volumes de concreto e na
formação de base de pavimentos. A brita 1, produto mais nobre, é aplicada em
concretos esbeltos e bombeados, enquanto que a brita 0 e o pó de pedra são aplicados,
basicamente, como matérias-primas de massas asfálticas.
O fluxograma da usina é representado na Figura 3.3.
45
3.3 REBRITAGEM
46
Figura 3.5 – Britadores terciário e quaternário em operação
47
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
48
Porém, discussões que não sejam referentes à britagem primária não fazem parte do
escopo do trabalho.
Na TC-09 os materiais grossos foram retirados de uma extensão de 15 m (Figura
4.2) e os materiais finos, de uma extensão de 3 m. Já na TC-05, por conter apenas
materiais com granulometria abaixo de 32 mm, eles foram retirados de uma extensão de
3 m.
Foram considerados materiais grossos aqueles maiores 100 mm, os quais foram
separados em classes de tamanhos usando também os gabaritos de 125 mm, 150 mm,
175 mm, 200 mm, 225 mm, 250 mm e 275 mm, em seguida pesados e devidamente
descartados. O restante do material (< 100 mm) foi ensacado, identificado e pesado para
posterior análise no LTM da UFRJ.
A identificação padrão do LTM consiste em cinco importantes informações:
nome da amostra, ponto de coleta da amostra, data da coleta, massa da amostra e a qual
amostragem ela pertence (se for à primeira amostragem, será representada por /1, se for
à segunda amostragem será representada por /2 e se for à terceira por /3). As amostras
recolhidas no primeiro dia foram chamadas de “Amostra 1”, as amostras recolhidas no
segundo dia foram chamadas de “Amostra 2” e as amostras recolhidas no terceiro dia
foram chamadas de “Amostra 3”.
49
Após a realização da amostragem e obtenção dos dados na Petra, as amostras
foram levadas para o LTM. Com posse dos valores das velocidades das correias, assim
como a quantidade de material contida em uma determinada distância, foi possível
calcular a vazão mássica de cada fluxo. As Figuras 4.3 e 4.4 mostram o trabalho da
equipe.
51
Tabela 4.1 – Sequência de peneiras utilizadas no peneiramento
90,0 75,0 53,0 63,0 53,0 45,0 37,5 26,5 22,4 19,0
16,0 13,2 11,2 9,5 8,0 6,7 5,6 4,8 4,0 3,35
Abertura (mm)
2,8 2,36 1,7 1,18 0,85 0,6 0,425 0,3 0,212 0,15
Como dito anteriormente, cada amostra foi retirada de uma frente de lavra
diferente:
A Figura 4.6 mostra a localização das três frentes de lavra utilizadas durante a
amostragem na mina. A Amostra 0 não está localizada no mapa, devido ao fato de ter
sido recolhida mesclando várias frentes de lavra diferentes, seguindo o padrão de rotina
da empresa.
52
Figura 4.6 – Localização das frentes de lavra amostradas (PETRA AGREGADOS, modificada)
54
Figura 4.9 – Identificação de rochas alteradas: superfícies marcadas por oxidação e
caulinitização
55
Figura 4.10 – Vista da Cota 30 Central
56
Figura 4.12 – Granito na Cota 70 Central
57
Os granitos (Figura 4.14) possuem granulometria média a fina e é observada a
presença de alteração com horizontes oxidados e caulinitizados. Macroscopicamente são
compostos por quartzos, feldspatos e biotitas.
58
Os basaltos (Figura 4.16) são blocos de granulometria fina a muito fina. Sua
composição em nível macroscópico é marcada por piroxênio, plagioclásio, anfibólio e
pouco quartzo.
59
4.2 CARACTERIZAÇÃO DE PARTÍCULAS
60
Figura 4.18 – Partículas Félsicas
61
Figura 4.20 – Folha padrão para determinação semiquantitativa dos minerais constituintes
(MOTOKI, 2004)
62
4.2.3 Ensaios de Fragmentação
mEis
hi h f [4.1]
0,0272M d
Onde:
63
hi é a altura da queda do peso, em cm;
hf é a altura final de repouso do peso, em cm (estimada a partir de
resultados anteriores);
m é a massa média das partículas ensaiadas, em g;
Figura 4.21 – Célula de Carga de Impacto COPPE com peso impactor de aço
64
Em seguida os fragmentos foram peneirados, hibridamente, usando uma série de
peneiras, de razão igual à raiz quadrada de dois, representada na Tabela 4.3. Após o
peneiramento, foi realizada a normalização da distribuição granulométrica dos produtos
de cada ensaio, em relação ao tamanho médio das partículas originais, como ilustram as
Figuras 2.17 e 2.18, na Seção 2.4.2. O cálculo de t10 para cada energia específica de
impacto também foi realizado, assim como a comparação de t10 entre os três grupos.
65
Tabela 4.4 – Condições experimentais utilizadas nos ensaios completos de fragmentação
PESO DO
INTERVALO DE ENERGIA ESPECÍFICA NÚMERO DE
IMPACTOR
TAMANHOS (mm) DE IMPACTO (kWh/t) PARTÍCULAS/LOTE
(kg)
0,80 10 57,16
63 x 53 0,25 10 49,02
0,10 10 39,34
1,00 15 49,02
45 x 37,5 0,25 15 39,34
0,10 15 15,46
2,5 30 49,02
31,5 x 26,5 1,00 30 39,34
0,25 30 15,46
2,50 30 15,46
22,4 x 19,0 1,00 30 15,46
0,25 30 4,35
2,50 30 15,46
16,0 x 13,2 1,00 30 2,88
0,25 30 2,88
66
4.3 SIMULAÇÃO
67
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
68
maioria, uma amostra félsica intemperizada, devido à grande proximidade de suas
composições químicas.
A Tabela 5.2 mostra os minerais presentes na Amostra 0, e com base nos dados
obtidos, podemos dizer que a amostra Máfica apresenta uma coloração mais escura
devido à presença de hornblenda, biotita e clorita, enquanto que a coloração mais clara
da amostra Félsica é pela presença de quartzo, caulinita, muscovita e feldspatos
alcalinos.
Quartzo 25,4
Caulinita 2,0
Zircão 0,3
Micas 15,6
Feldspatos Alcalinos 49,6
Hornblenda 7
Clorita 0,1
5.2 AMOSTRAGEM
1
Os dados brutos das Amostras 0, 1 e 3 encontram-se no ANEXO.
69
A partir da massa total de material retirado das correias e da extensão medida,
obtemos a massa retirada em cada metro das correias. De posse desses valores, também
obtemos a proporção de grossos em cada amostragem. Multiplicando o valor da “massa
por metro” pela velocidade medida de cada correia, têm-se as vazões em kg/s de cada
correia. E por fim, multiplicando este valor por 3,6, é obtida a alimentação em t/h. Tais
dados foram utilizados na análise granulométrica de cada amostra.
De acordo com os dados obtidos, tem-se, em média, uma massa coletada de,
aproximadamente, 2 toneladas para cada amostragem na TC-09. Tal resultado, quando
comparado ao necessário (aproximadamente 84 toneladas) para se ter um nível de
confiança de 90%, é bem menor, com erro de aproximadamente 63%, calculado através
da Equação 2.24. Observa-se que o nível de incerteza da amostragem é menor do que o
70
sugerido pela literatura, devido à impossibilidade de se retirar mais material, com
representatividade, nas correias amostradas.
Em relação a TC-05, a massa coletada, em média, é de, aproximadamente, 120
kg e quando comparado ao necessário (aproximadamente 130 kg) para um nível de
confiança de 90%, obtém-se um erro de aproximadamente 9,9%. Observa-se que o erro
não é muito significativo nas amostras finas, em comparação com as grossas.
71
100
Primeira Amostragem
80 Segunda Amostragem
Terceira Amostragem
Passante (%)
60
40
20
0
0.1 1 10 100 1000
Abertura da Peneira (mm)
100
Primeira Amostragem
80 Segunda Amostragem
Terceira Amostragem
Passante (%)
60
40
20
0
0.1 1 10 100 1000
72
100
Primeira Amostragem
80 Segunda Amostragem
Passante (%)
Terceira Amostragem
60
40
20
0
0.1 1 10 100 1000
Abertura da Peneira (mm)
Figura 5.3 – Comparação entre as alimentações das três amostragens da Amostra 3
100
AMOSTRA 0
AMOSTRA 1
80
AMOSTRA 2
AMOSTRA 3
60
Passante (%)
40
20
0
0.1 1 10 100 1000
Abertura da Peneira (mm)
73
5.3 ENSAIOS DE FRAGMENTAÇÃO
60
50
40
t10 (%)
30
Máficas
20
Félsicas
10
Alteradas
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3
Ecs (kWh/t)
Figura 5.5 – Comparação entre os valores de t10 para as partículas máficas, félsicas e alteradas
contidas na Amostra 0
2
As análises granulométricas encontram-se no ANEXO.
74
Os valores de índice de quebra simplificado das amostras, ou seja, específico
para esta faixa granulométrica, estão relacionados na Tabela 5.4.Vemos que os índices
das amostras Máfica e Félsica são bem próximos, e confirmando o que já havia sido
observado na Figura 5.5, chegamos à conclusão de que a resistência das amostras
Máfica e Félsica é a mesma e da amostra Alterada são menos competentes.
3
Os resultados das análises granulométricas após a fragmentação das partículas na faixa de 22,4 x 19 mm
das Amostras 0, 2 e 3 encontram-se no ANEXO.
75
100
80
60
Passante (%)
40
2,50 kWh/t
20
1,00 kWh/t
0,25 kWh/t
0
0.1 1 10 100
Abertura de Peneira (mm)
Figura 5.6 – Influência da energia específica de impacto em partículas na faixa de 22,4 x 19 mm
da Amostra 1
4
Os resultados da análise granulométrica após a fragmentação em termos da influência do tamanho da
partícula das Amostras 0, 1 e 3 encontram-se no ANEXO.
76
100
63 x 53 mm
80 45 x 37,5 mm
31,5 x 26,5 mm
Passante (%)
60
22,4 x 19 mm
40 16 x 13,2 mm
20
0
0.1 1 10 100
Abertura da Peneira (mm)
5
Estes resultados também se encontram no ANEXO.
77
100
AMOSTRA 0
AMOSTRA 1
80
AMOSTRA 2
AMOSTRA 3
Passante (%)
60
40
20
0
1 10
Abertura da Peneira (mm)
Figura 5.8 – Análise granulométrica após ensaios de fragmentação das três amostras,
considerando um tamanho de partícula na faixa de 31,5 x 26,5 mm e energia de impacto de 0,25
kWh/t
Para um dado tamanho inicial, observa-se que os valores de t10 aumentam com a
energia para todas as amostras. Também é possível perceber que as curvas da Amostra 1
(Figura 5.10) se concentram na região superior do gráfico, enquanto que as curvas da
Amostra 2 (Figura 5.11) estão localizadas mais abaixo, o que, mais uma vez, nos diz
que a Amostra 1 gerou mais finos que a Amostra 2. As posições das curvas da Amostra
0 (Figura 5.9) são bem parecidas com a Amostra 2 e as da Amostra 3 (Figura 5.12)
variam um pouco, não se concentrando em uma determinada região do gráfico.
78
70
60
t10 (%) 50
40
63 x 53
30 45 x 37,5
20 31,5 x 26,5
10 22,4 x 19
16 x 13,2
0
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0
Ecs (kWh/t)
Figura 5.9 - Relação entre tamanho de partícula, energia de impacto e t10 para Amostra 0
70
60
50
t10 (%)
40
63 x 53
30 45 x 37,5
20 31,5 x 26,5
10 22,4 x 19
16 x 13,2
0
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0
Ecs (kWh/t)
Figura 5.10 – Relação entre tamanho de partícula, energia de impacto e t10 para Amostra 1
79
70
60
50
t10 (%)
40
63 x 53
30 45 x 37,5
20 31,5 x 26,5
10 22,4 x 19
16 x 13,2
0
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0
Ecs (kWh/t)
Figura 5.11 – Relação entre tamanho de partícula, energia de impacto e t10 para Amostra 2
70
60
50
t10 (%)
40 63 x 53
30 45 x 37,5
20 31,5 x 26,5
22,4 x 19
10
16 x 13,2
0
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0
Ecs (kWh/t)
Figura 5.12 - Relação entre tamanho de partícula, energia de impacto e t10 para Amostra 3
Ainda existe a relação t10 x tn6, que também transforma os resultados das
análises granulométricas para essa escala. Um resultado típico é mostrado na Figura
5.14. A Tabela 5.5 apresenta os resultados já ajustados e na forma como são usados no
simulador JKSimMet, demonstrando a grande similaridade do padrão de fragmentação
das diferentes amostras na jazida da Petra.
6
A relações t10 x tn das Amostras 0, 2 e 3 encontram-se no ANEXO.
80
100
90 t75c
80 t2c
t4c
70
t25c
60 t50c
t1,2c
tn (%)
50
t1,5c
40 t1,2
t1,5
30
t2
20 t4
10 t25
t50
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 t75
t10 (%)
A partir dos dados dos ensaios de fragmentação das partículas, foi possível obter
os parâmetros A e b (Equação 2.21), seguindo o padrão descrito por Napier-Munn et al.
(1996), o qual se encontra na Seção 2.4.2. Com estes valores, o índice de quebra de cada
amostra, que é dado pelo produto dos parâmetros, também foi obtido. A Tabela 5.6
apresenta estes resultados.
O índice de quebra (A*b) indica a resistência do material à fragmentação por
impacto, sendo aqueles com índice A*b mais altos considerados menos resistentes.
Assim, de acordo com os resultados, podemos dizer que a Amostra 1 é a menos
81
resistente, seguida pela Amostra 3 e, por último, as Amostras 2 e 0, sendo as mais
resistentes.
Tabela 5.6 – Parâmetros de quebra por fragmentação
CLASSIFICAÇÃO
AMOSTRA A b A*b
DA RESISTÊNCIA
0 51,77 1,39 72,0 Baixa
1 66,50 2,88 187,1 Extremamente Baixa
2 54,90 1,40 77,1 Baixa
3 58,00 1,61 93,2 Muito Baixa
De acordo com a Tabela 2.3, podemos ainda classificar as amostras quanto à sua
resistência ao impacto. A resistência da Amostra 1 é considerada extremamente baixa,
as da Amostra 2 e a Amostra 0 são baixas e a da Amostra 3 é muito baixa.
De acordo com os resultados já obtidos, esta classificação era esperada. A
Amostra 1 consistia de rochas muito frágeis, afetadas pelo intemperismo como dito na
análise macroscópica do material (Seção 4.1.1.1),o que foi facilmente percebido durante
as amostragens, e gerou muitos finos durantes os ensaios de fragmentação. Por outro
lado, foi observado que as Amostras 2 e 0 que apresentavam rochas mais resistentes,
sem aparência alterada e menor geração de finos nos ensaios; eram amostras com
aspectos parecidos. Já a Amostra 3, na qual foi identificada a presença de granito com
horizontes oxidados e caulinitizados além de gnaisses sãos, apresentou um aspecto
intermediário entre as outras amostras, apresentando, portanto, um índice de quebra
também intermediário.
A Tabela 5.8 resume os dados obtidos nos ensaios realizados, comparando todas
as amostras recolhidas (Amostras 1, 2 e 3), bem como a amostra recolhida
anteriormente (Amostra 0).
Tabela 5.8– Comparativo dos dados obtidos a partir dos ensaios de todas as amostras,
incluindo a Amostra 0
AMOSTRA A80 (mm) % < 32 mm Wii (kWh/t) A*b
0 130,9 50,8 10,75 72,0
1 173,6 40,5 6,39 187,1
2 182,3 27,4 9,45 77,1
3 199,9 37,8 7,15 93,2
Uma melhor comparação é realizada a partir de gráficos nas Figuras 5.15 e 5.16.
83
200
150
100
50
0
AMOSTRA 0 AMOSTRA 1 AMOSTRA 2 AMOSTRA 3
Figura 5.15 – Comparativo dos valores do índice A*b dentre as amostras ensaiadas
12
10
84
Figura 5.17 – Relação entre índices A*b e Wi (kWh/t) para diversos materiais
(modificado de TAVARES e SILVEIRA, 2008)
5.6 SIMULAÇÃO
7
A tabela completa com os resultados das simulações das Amostras 0, 1, 2 e 3 encontram-se no ANEXO.
85
britadores terciário e quaternário) pela taxa de alimentação inserida na simulação, 1200
t/h.
Verificando os outros cenários, pode-se dizer que a situação ótima de
disponibilidades é aquela do Cenário 1.2, pois aumentam as APFs, permitindo maior
produção de ambos os britadores, com taxa de produção muito próxima. Também se
leva em consideração as potências dos equipamentos e, neste cenário, elas estão bem
abaixo de suas potências nominais8, sendo, portanto, o melhor cenário.
O Cenário 1.1 também apresenta boa condição de disponibilidade e aumento de
produção, porém a potência do britador quaternário é muito próxima da nominal,
inviabilizando a escolha do mesmo.
Utilizando-se a mesma análise realizada para a Amostra 0, verificamos que o
cenário ótimo da Amostra 1 (Tabela 5.10) é o Cenário 1.1.
A Tabela 5.11 apresenta os resultados das simulações realizadas com a Amostra
2.Neste caso, a potência do britador secundário encontra-se maior que sua potência
nominal, de modo que a operação se torna inviável e, portanto, não sendo possível
determinar o melhor cenário nestas condições. Deve-se diminuir a taxa de alimentação
quando se trata da Amostra 2 ou fazer uma blendagem com outro minério. Porém, se a
potência não tivesse sido excedida, o melhor cenário seria o Cenário 1.2, pelos mesmos
motivos considerados para as amostras anteriores.
A Tabela 5.12 apresenta os resultados das simulações realizadas para a Amostra
3. Comparando os resultados internos da simulação, o Cenário 1.2 é aquele com melhor
combinação de disponibilidades, levando em consideração as potências dos britadores,
para a operação com a Amostra 3, pelos mesmos motivos que já foram discutidos.
8
Potência nominal do britador secundário é igual a 220 kW; Potência dos britadores, terciário e
quaternário, é igual a 315 kW.
86
Tabela 5.9 – Resultados das simulações para a Amostra 0
AMOSTRA 0
POTÊNCIA 3º/4º (kW) 306 212 203 306 203 221 306 167 259 201 259 256
DISPONIBILIDADE 3º/4º 0,774 1,33 0,810 0,963 0,810 0,878 0,774 1,153 0,793 0,992 0,793 1,139
CAPACIDADE DO
929 972 972 929 952 952
CIRCUITO (t/h)
POTÊNCIA 3º/4º (kW) 164 98 138 128 138 104 163 85 152 95 152 113
DISPONIBILIDADE
0,868 1,230 0,908 0,947 0,908 0,869 0,868 1,064 0,889 0,958 0,889 1,085
3º/4º
CAPACIDADE DO
1042 1090 1044 1042 1067 1067
CIRCUITO (t/h)
87
Tabela 5.11 – Resultados das simulações para a Amostra 2
AMOSTRA 2
POTÊNCIA 3º/4º (kW) 300 207 216 273 216 199 300 163 262 181 262 245
DISPONIBILIDADE 3º/4º 0,678 1,19 0,71 0,909 0,71 0,838 0,678 1,031 0,694 0,932 0,694 1,042
CAPACIDADE DO
814 851 851 814 833 833
CIRCUITO (t/h)
POTÊNCIA 3º/4º (kW) 257 167 183 237 183 174 257 133 224 158 224 199
DISPONIBILIDADE
0,811 1,310 0,848 0,960 0,848 0,874 0,811 1,130 0,830 0,984 0,830 1,130
3º/4º
CAPACIDADE DO
973 1018 1018 973 996 996
CIRCUITO (t/h)
Tabela 5.13– Comparação entre a produção dos cenários ótimos de cada amostra
AMOSTRA 0 1 2 3
APF CENÁRIO ÓTIMO
32 20 32 16 32 20 32 20
(mm) 3º/4º
Brita #1 (t/h) e (%) 263 27% 236 22% 261 31% 255 24%
Brita #0 (t/h) e (%) 114 12% 130 12% 114 13% 108 12%
Bica Corrida (t/h) e (%) 356 37% 400 37% 210 25% 382 38%
Capacidade Real do
972 1090 851 1018
Circuito (t/h)
Em termos de potência dos britadores (Tabela 5.14), também podemos dizer que
os resultados foram esperados. A Amostras 0 e 2, por serem mais resistentes,
apresentaram maiores valores de consumo energético específico, enquanto as Amostras
1 e 3 apresentaram valores mais baixos de consumo energético.
Tabela 5.14 – Comparação entre as potências simuladas dos cenários ótimos de cada
amostra
APF CENÁRIO CONSUMO
ÓTIMO (mm) POTÊNCIA POTÊNCIA POTÊNCIA ENERGÉTICO
AMOSTRA
2º (kW) 3º (kW) 4º (kW) ESPECÍFICO
3º/4º
(kWh/t)
0 32 20 173 203 221 0,56
89
6. CONCLUSÕES
91
7. SUGESTÕES DE TRABALHOS FUTUROS
De acordo com as conclusões obtidas, surgem algumas situações que podem ser
estudadas. Sabe-se que, na realidade, a capacidade dos britadores varia bastante com a
resistência da rocha, de modo que seria interessante considerar esta variação nas
simulações, para obter resultados mais reais.
Ainda existem as situações de blendagem dos minérios, visando atingir melhores
condições de operação. A quantidade de brita #1 da Amostra 1, dita friável, pode
aumentar, caso seja blendada com outra mais resistente.
E, por último, a realização do estudo destas rochas com o circuito todo e não só
na britagem primária. Dessa forma, serão obtidos resultados mais completos.
92
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIETER, G.E., 1961. Metalurgia Mecânica. Editora Guanabara Koogan S.A. 2ª edição.
Rio de Janeiro.
HARTLEY, J.N., PRISBREY, K.A., WICK, O.J., 1978. Chemical additives for ore
grinding: How effective are they?, Engng. Min. J. (Oct.), 105.
93
KRAEMER, B. 2013. Fundamentos de geologia e paleontologia. Departamento de
Ciências Biológicas, Ambientais e da Saúde. Centro Universitário de Belo Horizonte.
Belo Horizonte, MG.
94
NEVES, P.B., 2002. Otimização do Processo de produção de brita utilizando a técnica
de simulação computacional. Projeto Final de Curso. Universidade Federal do Rio de
Janeiro. Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais. Rio de Janeiro.
SVENSSON, A. e STEER, J.F., 1990. New cone crusher technology and developments
in comminution circuits. Minerals Engineering. v.3, 83-103.
TAVARES, L.M. e KING, R.P., 1998. Single particle fracture under impact loading,
International Journal of Mineral Processing, 54, 1-28.
95
TAVARES, L.M., SILVEIRA, M.A.C.W., 2008. Comparison of measures of rock
crushability. In: MeftuniYekeler. (Org.). Fine Particle Technology and Characterization.
Kerala: Research Signpost, p. 1-20.
VALVERDE, F.M., 2001. Agregados para construção civil. Balanço Mineral Brasileiro
2001. Associação Nacional da Entidade de Produtores de Agregados para Construção –
ANEPAC. São Paulo.
96
ANEXO
97
Dados brutos obtidos para a Amostra 1
Tamanho
TC-05/1 TC-05/2 TC-05/3 TC-09/1 TC-09/2 TC-09/3
(mm)
Total
0 0 0 871,54 1221,58 1036,06
Grossos (kg)
Metragem
0 0 0 15 15 15
(m)
Massa por
0,00 0,00 0,00 58,10 81,44 69,07
metro (kg/m)
Finos (kg) 135,74 131,46 280,08 78,13 147,7 164,82
Metragem
3 3 3 3 3 3
(m)
Massa por
45,25 43,82 93,36 26,04 49,23 54,94
metro (kg/m)
Massa total
por metro 45,25 43,82 93,36 84,15 130,67 124,01
(kg/m)
Proporção
0,00 0,00 0,00 69,05 62,32 55,70
Grossos (%)
Velocidade da
Correia 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00
Medida (m/s)
Vazão
Medida 90,49 87,64 186,72 168,29 261,34 248,02
(kg/s)
Alimentação
325,78 315,50 672,19 605,85 940,84 892,88
Medida (t/h)
98
Dados brutos obtidos para a Amostra 3
Tamanho
TC-05/1 TC-05/2 TC-05/3 TC-09/1 TC-09/2 TC-09/3
(mm)
Total
0 0 0 1502,03 1396,26 1134,82
Grossos (kg)
Metragem
0 0 0 15 15 15
(m)
Massa por
0,00 0,00 0,00 100,14 93,08 75,65
metro (kg/m)
Finos (kg) 86,28 129,98 120,62 116,14 190,18 182,00
Metragem
3 3 3 3 3 3
(m)
Massa por
28,76 43,33 40,21 38,71 63,39 60,67
metro (kg/m)
Massa total
por metro 28,76 43,33 40,21 138,85 156,48 136,32
(kg/m)
Proporção
0,00 0,00 0,00 72,12 59,49 55,50
Grossos (%)
Velocidade da
Correia 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00
Medida (m/s)
Vazão
Medida 57,52 86,65 80,41 277,70 312,95 272,64
(kg/s)
Alimentação
207,07 311,95 289,49 999,71 1126,64 981,51
Medida (t/h)
100
80
60
Passante (%)
40
2,50 kWh/t
20 1,00 kWh/t
0,25 kWh/t
0
0.01 0.1 1 10 100
99
100
80
60
Passante (%)
40
2,50 kWh/t
20
1,00 kWh/t
0,25 kWh/t
0
0.01 0.1 1 10 100
Abertura de Peneira (mm)
Comparação entre análises granulométricas das partículas Félsicas após ensaio de fragmentação
para diferentes valores de energia
100
80
Passante (%)
60
40
2,50 kWh/t
20
1,00 kWh/t
0,25 kWh/t
0
0.01 0.1 1 10 100
Abertura de Peneira (mm)
Comparação entre análises granulométricas das partículas Alteradas após ensaio de
fragmentação para diferentes valores de energia
100
100
80
Passante (%)
60
40
2,50 kWh/t
20
1,00 kWh/t
0,25 kWh/t
0
0.1 1 10 100
Abertura da Peneira (mm)
100
80
60
Passante (%)
40
2,50 kWh/t
20
1,00 kWh/t
0,25 kWh/t
0
0.1 1 10 100
Abertura de Peneira (mm)
Influência da energia específica de impacto em partículas na faixa de 22,4 x 19 mm da Amostra
2
101
100
80
Passante (%)
60
40
2,50 kWh/t
20 1,00 kWh/t
0,25 kWh/t
0
0.1 1 10 100
Abertura de Peneira (mm)
Influência da energia específica de impacto em partículas na faixa de 22,4 x 19 mm da Amostra
3
100
63 x 53 mm
45 x 37,5 mm
80
31,5 x 26,5 mm
Passante (%)
60 22,4 x 19 mm
16 x 13,2 mm
40
20
0
0.1 1 10 100
Abertura da Peneira (mm)
102
100
63 x 53 mm
45 x 37,5 mm
80
31,5 x 26,5 mm
Passante (%)
22,4 x 19 mm
60
16 x 13,2 mm
40
20
0
0.1 1 10 100
Abertura da Peneira (mm)
100
63 x 53 mm
80 45 x 37,5 mm
31,5 x 26,5 mm
Passante (%)
60 22,4 x 19 mm
16 x 13,2 mm
40
20
0
0.1 1 10 100
Abertura da Peneira (mm)
103
100
AMOSTRA 1
80 AMOSTRA 2
Passante (%)
AMOSTRA 3
60
AMOSTRA 0
40
20
0
0.1 1 10 100
Abertura da Peneira (mm)
100
t75c
90
t2c
80 t4c
70 t25c
60 t50c
t1,2c
tn (%)
50
t1,5c
40 t1,2
30 t1,5
20 t2
t4
10
t25
0
t50
0 20 40 60 80
t75
t10 (%)
104
100
90 t75c
80 t2c
t4c
70
t25c
60 t50c
t1,2c
tn (%)
50
t1,5c
40 t1,2
t1,5
30
t2
20 t4
10 t25
t50
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 t75
t10 (%)
100
t75c
90
t2c
80
t4c
70 t25c
60 t50c
t1,2c
tn (%)
50
t1,5c
40 t1,2
30 t1,5
t2
20
t4
10
t25
0 t50
0 10 20 30 40 50 60 70 80
t75
t10 (%)
105
AMOSTRA 0 (2014) Otimização da APF dos brit. 3º/4º
Base (Projeto) 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5
Brit. 3º Brit. 4º Brit. 3º Brit. 4º Brit. 3º Brit. 4º Brit. 3º Brit. 4º Brit. 3º Brit. 4º Brit. 3º Brit. 4º
APF [mm] 25 16 32 16 32 20 25 20 28 20 28 16
F80 [mm] 86,6 30,6 86,6 35,4 86,6 34,1 86,6 30,0 86,6 31,3 86,6 32,3
Wi impacto [kWh/t] 10,8
Brit. 3º/4º
Vazão calc. [t/h] 445 414 465 413 465 438 445 439 456 439 456 414
Potência sim. [kW] 306 212 203 306 203 221 306 167 259 201 259 256
Disponibilidade* 0,77 1,33 0,81 0,96 0,81 0,88 0,77 1,15 0,79 0,99 0,79 1,14
TC-19/TC-21 Vazão sim. [t/h] 575 141 575 141 575 141 575 141 575 141 575 141
Retorno (TC-29) Vazão sim. [t/h] 171 288 358 240 302 223
Prod. Pilha 3ª/4ª Vazão sim. [t/h] 575 312 575 429 575 498 575 381 575 442 575 363
Brit. 2º Potência sim. [kW] 173
Vazão sim. [t/h] 248 251 263 277 285 254
Brita #1
Proporção [%] 42% 42% 48% 47% 48% 43%
Vazão sim. [t/h] 132 133 114 124 125 134
Brita #0
Proporção [%] 22% 22% 21% 21% 21% 22%
Vazão sim. [t/h] 205 207 168 184 183 208
Areia Fina
Proporção [%] 35% 35% 31% 32% 31% 35%
Vazão alimentação sim. [t/h] 756 878 903 825 894 819
PENEIRA UP-05
Carregamento relativo [%]** 87% 100% 103% 94% 102% 94%
*Capacidade estimada do britador/Vazão simulada da pilha de alimentação correspondente
** 100 x Vazão de alimentação simulada/Vazão de alimentação nominal (874 t/h)
106
AMOSTRA 1 (17/06/2015) Otimização da APF dos brit. 3º/4º
Base (Projeto) 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5
Brit. 3º Brit. 4º Brit. 3º Brit. 4º Brit. 3º Brit. 4º Brit. 3º Brit. 4º Brit. 3º Brit. 4º Brit. 3º Brit. 4º
APF [mm] 25 16 32 16 32 20 25 20 28 20 28 16
F80 [mm] 91,0 30,5 91,0 36,9 91,0 35,4 91,0 29,9 91,0 31,7 91,0 32,8
Wi impacto [kWh/t] 6,4
Brit. 3º/4º
Vazão calc. [t/h] 444 414 464 412 464 437 444 439 454 439 454 414
Potência sim. [kW] 164 98 138 128 138 104 163 85 152 95 152 113
Disponibilidade* 0,868 1,230 0,908 0,947 0,908 0,869 0,868 1,064 0,889 0,958 0,889 1,085
TC-19/TC-21 Vazão sim. [t/h] 511 160 511 160 511 160 511 160 511 160 511 160
Retorno (TC-29) Vazão sim. [t/h] 177 275 343 253 298 221
Prod. Pilha 3ª/4ª Vazão sim. [t/h] 511 337 511 435 511 503 511 413 511 458 511 381
Brit. 2º Potência sim. [kW] 147
Vazão sim. [t/h] 244 236 242 270 264 246
Brita #1
Proporção [%] 40% 39% 43% 45% 44% 40%
Vazão sim. [t/h] 132 130 112 124 121 134
Brita #0
Proporção [%] 22% 22% 20% 20% 20% 22%
Vazão sim. [t/h] 228 235 203 210 210 234
Areia Fina
Proporção [%] 38% 39% 36% 35% 35% 38%
Vazão alimentação sim. [t/h] 782 877 901 856 893 836
PENEIRA UP-05
Carregamento relativo [%]** 89% 100% 103% 98% 102% 96%
*Capacidade estimada do britador/Vazão simulada da pilha de alimentação correspondente
** 100 x Vazão de alimentação simulada/Vazão de alimentação nominal (874 t/h)
107
AMOSTRA 2 (14/07/2015) Otimização da APF dos brit. 3º/4º
Base (Projeto) 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5
Brit. 3º Brit. 4º Brit. 3º Brit. 4º Brit. 3º Brit. 4º Brit. 3º Brit. 4º Brit. 3º Brit. 4º Brit. 3º Brit. 4º
APF [mm] 25 16 32 16 32 20 25 20 28 20 28 16
F80 [mm] 87,6 30,1 87,6 35,1 87,6 33,9 87,6 29,6 87,6 31,0 87,6 31,9
Wi impacto [kWh/t] 9,4
Brit. 3º/4º
Vazão calc. [t/h] 445 414 465 413 465 438 445 439 455 439 455 414
Potência sim. [kW] 300 207 216 273 216 199 300 163 262 181 262 245
Disponibilidade* 0,678 1,186 0,709 0,909 0,709 0,838 0,678 1,031 0,694 0,932 0,694 1,042
TC-19/TC-21 Vazão sim. [t/h] 656 172 656 172 656 172 656 172 656 172 656 172
Retorno (TC-29) Vazão sim. [t/h] 178 282 351 254 299 225
Prod. Pilha 3ª/4ª Vazão sim. [t/h] 656 350 656 454 656 523 656 426 656 471 656 397
Brit. 2º Potência sim. [kW] 252
Vazão sim. [t/h] 258 248 261 290 281 263
Brita #1
Proporção [%] 42% 42% 47% 47% 47% 42%
Vazão sim. [t/h] 138 132 114 129 123 140
Brita #0
Proporção [%] 22% 22% 21% 21% 21% 22%
Vazão sim. [t/h] 221 215 178 198 190 224
Areia Fina
Proporção [%] 36% 36% 32% 32% 32% 36%
Vazão alimentação sim. [t/h] 794 878 903 871 894 852
PENEIRA UP-05
Carregamento relativo [%]** 91% 100% 103% 100% 102% 98%
*Capacidade estimada do britador/Vazão simulada da pilha de alimentação correspondente
** 100 x Vazão de alimentação simulada/Vazão de alimentação nominal (874 t/h)
108
AMOSTRA 3 (21/07/2015) Otimização da APF dos brit. 3º/4º
Base (Projeto) 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5
Brit. 3º Brit. 4º Brit. 3º Brit. 4º Brit. 3º Brit. 4º Brit. 3º Brit. 4º Brit. 3º Brit. 4º Brit. 3º Brit. 4º
APF [mm] 25 16 32 16 32 20 25 20 28 20 28 16
F80 [mm] 87,0 30,5 87,0 35,7 87,0 34,4 87,0 29,9 87,0 31,3 87,0 32,4
Wi impacto [kWh/t] 7,2
Brit. 3º/4º
Vazão calc. [t/h] 445 414 465 413 465 438 445 439 455 439 455 414
Potência sim. [kW] 257 167 183 237 183 174 257 133 224 158 224 199
Disponibilidade* 0,811 1,310 0,848 0,960 0,848 0,874 0,811 1,130 0,830 0,984 0,830 1,130
TC-19/TC-21 Vazão sim. [t/h] 549 141 549 141 549 141 549 141 549 141 549 141
Retorno (TC-29) Vazão sim. [t/h] 175 289 360 247 305 225
Prod. Pilha 3ª/4ª Vazão sim. [t/h] 549 316 549 430 549 501 549 389 549 446 549 366
Brit. 2º Potência sim. [kW] 174
Vazão sim. [t/h] 241 243 255 271 276 247
Brita #1
Proporção [%] 41% 41% 47% 46% 47% 41%
Vazão sim. [t/h] 128 127 108 120 119 129
Brita #0
Proporção [%] 22% 21% 20% 20% 20% 22%
Vazão sim. [t/h] 217 220 180 195 194 221
Areia Fina
Proporção [%] 37% 37% 33% 33% 33% 37%
Vazão alimentação sim. [t/h] 762 879 903 834 894 822
PENEIRA UP-05
Carregamento relativo [%]** 87% 101% 103% 95% 102% 94%
*Capacidade estimada do britador/Vazão simulada da pilha de alimentação correspondente
** 100 x Vazão de alimentação simulada/Vazão de alimentação nominal (874 t/h)
109
110