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KATIELI CASTILHO ARAUJO

AS PRINCIPAIS TECNICAS DA FISIOTERAPIA NA UTI PEDIÁTRICA E


NEONATAL

Cuiabá-MT
2022
1

KATIELI CASTILHO ARAUJO

AS PRINCIPAIS TECNICAS DA FISIOTERAPIA NA UTI PEDIÁTRICA E


NEONATAL

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Banca Avaliadora do
Departamento de Fisioterapia, do Centro
Educacional Fasipe – UNIFASIPE, como
requisito para a obtenção do título de
Bacharel em Fisioterapia.

Orientadora: Professor Weslen Pochori

Cuiabá-MT
2022
2

KATIELI CASTILHO ARAUJO

AS PRINCIPAIS TECNICAS DA FISIOTERAPIA NA UTI PEDIÁTRICA E


NEONATAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Avaliadora do - FASIPE, como


requisito final para a obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia.

Aprovado em

________________________________________
Weslen Pachori
Professor Orientador
Departamento de Fisioterapia –FASIPE

_______________________________________
Suzana Albuquerque de Moraes
Professora Avaliadora
Departamento de Fisioterapia –FASIPE

_______________________________________
Ana Maria Addor
Professora Avaliadora
Departamento de Fisioterapia –FASIPE

__________________________________________
Else Saliés
Coordenadora do Curso
Departamento de Fisioterapia –FASIPE

Cuiabá-MT
2022
3

DEDICATÓRIA

A todas as pessoas que em minha caminhada


acadêmica e pessoal demonstraram torcida,
paciência, carinho, ensinamento, que me
incentivou a seguir em frente por mais difícil
que seja.
4

AGRADECIMENTOS

• Agradeço primeiramente a Deus por tudo em minha vida,


por ser a base de tudo que tenho, por me dar forças em
momentos difíceis da minha vida.

• Aos meus pais que são meus espelhos e todos os familiares


por sempre acreditar em mim, na minha capacidade de
conquistar os meus sonhos.

• Aos meus colegas e amigos que esteve comigo nos


momentos bons e ruins ao Andre Winicius que esteve
comigo na maior parte da minha jornada acadêmica, me
aconselhando e me animando e incentivando a não desistir.

• E sinto que vou CONSEGUIR por vocês meus amados pais,


familiares, amigos e colegas e a todos que esteve ao meu
redor, com pensamentos positivos para a minha finalização
na graduação.

• Sou grata a minha Coordenadora, Professores e Orientador


vocês com toda certeza me ensinaram muito bem com
muito profissionalismo e competência muito grata a
vocês....
5

EPÍGRAFE

A verdadeira motivação vem de realização,


desenvolvimento pessoal, satisfação no
trabalho e reconhecimento.

Frederick Herzberg
6

LIMA, Katieli Castilho Araújo. As principais Técnicas da Fisioterapia na UTI pediátrica e


neonatal. 2022. 44 p. Monografia de Conclusão de Curso – FASIPE CPA – Faculdade FASIPE
CPA.

RESUMO

O Profissional responsável por aplicar a fisioterapia na UTI pediátrica e neonatal utiliza-se de


técnicas que garantem o exercício físico ideal para os diferentes momentos do tratamento do
paciente. O tratamento e sua eficiência são estudados e aplicados de acordo com a necessidade do
paciente, levando-se em consideração sua postura no leito, técnicas de treinamento muscular e
aprimoramento das funções respiratórias. Procura-se alcançar a efetiva aplicação das técnicas
para a garantia da recuperação bem-sucedida do paciente. 

Palavras Chave: Fisioterapia, UTI, Respiratório, Vias Aérea


7

LIMA, Katieli Castilho Araújo. The main techniques of physiotherapy in the pediatric and
neonatal ICU. 2022. 44 p. Course Completion Monograph - FASIPE CPA - FASIPE CPA
College

SUMMARY

The Professional responsible for applying physiotherapy in the pediatric and neonatal ICU uses
techniques that ensure optimal physical exercise for the different moments of the patient's
treatment. The treatment and its efficiency are studied and applied according to the patient's
needs, taking into account their bed posture, muscle training techniques and improvement of
respiratory functions. It seeks to achieve the effective application of techniques to ensure the
successful recovery of the patient.

Key Words: Physiotherapy, ICU, Respiratory, Airway


8

SUMÁRIO

1. Introdução 9
1.1 Objetivos 9
2. Início da Fisioterapia 10
3. A Fisioterapia no Brasil 11
3.1. Definição 12
3.1.2 Juramento 12
3.1.3 Áreas de atuação 13
4. Surgimento da Fisioterapia Respiratória 14
4.1 Profissionais envolvidos na Fisioterapia neonatal e pediatria 15
4.1.1 Regulação COFFITO 15
4.1.2 Objetivos da Fisioterapia Neonatal e Pediátrica/ Objetivo Geral 16
4.1.3 Objetivos Específicos 16
4.1.4 Atuação da Fisioterapia na unidade de terapia intensiva neonatal e pediátrica
17
4.1.5 Desobstrução das vias aéreas 17
4.1.6 Hiper insuflação manual 18
4.1.7 Hiper insuflação manual e Aceleração do fluxo expiratório 18
4.1.8 Reexpansão pulmonar 18
4.1.9 Ventilação percussiva intrapulmonar 19
4.1.10 Contraindicações de Reexpansão pulmonar 19
4.1.11 Desmame ventilatório em neonatologia 20
5. Análise e Interpretação de dados 22
6. Discussão 24
6.1. Recomendações das técnicas de desobstrução das vias aéreas 24
6.2 Recomendações para posicionamento no leito 28
6.3 Recomendações para aspiração de vias aéreas 30
6.4 Recomendações para inalo terapia 33
6.5. Recomendações para tosse assistida 34
7. Considerações finais 37
8. Bibliografia 39
9

1. INTRODUÇÃO

Este estudo vislumbra a atuação do profissional de fisioterapia na área da pediatria e neonatologia


no atendimento em UTIs. Essa área exige deste profissional conhecimentos que possam lhe
permitir atender à criança desde suas necessidades mais básicas, dentre elas a estimulação global
do desenvolvimento neuro motor, como também necessidades específicas, como a reeducação
respiratória.

1.1 Objetivos

Os principais objetivos da assistência fisioterapêutica aos recém-nascidos se concentram em


melhorar a função respiratória, favorecer as trocas gasosas, padronizar o suporte ventilatório,
prevenir e tratar complicações pulmonares, estabilizar a permeabilidade das vias aéreas e
favorecer o desmame da VM e oxigenoterapia.

O objetivo dessa pesquisa é analisar na literatura as principais abordagens fisioterapêuticas


adotadas nas UTIs neonatal e pediátrica, com o intuito de conhecer novas técnicas e condutas
para aprimorar e atrelar o conhecimento do profissional partindo do teórico para o prático. Trata-
se de um estudo caracterizado como uma revisão de literatura integrativa, do tipo descritiva.
Dos 30 artigos filtrados na busca primária, após a leitura minuciosa dos artigos na íntegra, foram
incluídos para a apresentação e/ou discussão 15 artigos, os quais respondiam ao objetivo de ser
do ano de 2015 a 2022 deste estudo. Foram excluídos os 15 artigos que não havia relação alguma
sobre a fisioterapia para pediatria e neonatal e com o tempo inferior a 2014.
10

Percebe-se que quando bem utilizada as técnicas da fisioterapia podem trazer bons resultados e
que esses procedimentos podem contribuir na recuperação e evolução positiva desses pacientes
em risco de vida iminente.

2. INÍCIO DA FISIOTERAPIA

Desde os primórdios da humanidade se têm relatos sobre o uso de agentes físicos (calor, água,
eletricidade), massagens e exercícios como uma tentativa de curar e/ou amenizar as disfunções
que o corpo sofria ao longo da história.

Durante a Antigüidade (4.000 a.C- 395 d.C), além do uso da eletroterapia através de peixes
elétricos, a ginástica também era usada para combater as doenças denominadas, na época, de
“diferenças incômodas”. Para tal, esta terapia que envolvia o movimento corporal ficava
exclusivamente nas mãos dos sacerdotes e somente era empregada depois de estudada,
racionalizada e planejada.

No Renascimento, com o humanismo, as artes e o culto ao físico, os estudos foram retomados, e a


preocupação com o corpo saudável também. Mercurialis apresentou princípios para uma
ginástica médica, que compreendia regularidade nos exercícios para conservar um estado
saudável já existente, exercícios para indivíduos enfermos, sedentários e para convalescentes.
Através destes princípios, é possível observar que havia uma preocupação tanto com o organismo
lesado, quanto com o são.

Na fase Industrial, com o novo sistema de produção proporcionado pelas máquinas, os


trabalhadores passaram a sofrer com o excesso de trabalho, e com péssimas condições, o que
11

gerou novas doenças como as epidemias de cólera, tuberculose pulmonar, alcoolismo, e


principalmente os acidentes de trabalho.

Apesar de observarmos ao longo dos séculos a existência de terapias que envolviam exercícios
corporais, somente no século XX entre a I e a II Guerra Mundial que estes exercícios passaram a
caracterizar a Fisioterapia propriamente dita. Durante as guerras, surgiram as primeiras escolas de
cinesioterapia para tratar ou reabilitar os lesados ou mutilados, que necessitavam readquirir um
mínimo de condições para retornar à atividade social integrada e produtiva.

A partir disso, a Fisioterapia passou a integrar a “Área da saúde”, atuando através de diversos
recursos de forma quase que exclusiva para o atendimento do enfermo, com o objetivo de
reabilitar ou recuperar as boas condições que o organismo havia perdido.

3. A FISIOTERAPIA NO BRASIL

No Brasil, há relatos do uso de recursos físicos desde 1879 devido aos diversos casos de
acidentes de trabalho em razão da fase Industrial, que sujeitou o indivíduo a uma péssima
condição de saúde. A prática da Fisioterapia iniciou-se em 1919, quando foi fundado o
Departamento de Eletricidade Médica pelo Professor Raphael de Barros da Faculdade de
Medicina da USP.

Em 1951, foi criado o primeiro curso com duração de 1 ano para a formação de fisioterapeutas
(denominados na época de técnicos) pelo médico Dr. Waldo Rolim de Moraes, patrocinado pelos
estudos de Raphael de Barros. Na década seguinte, o curso passou a ter duração de 2 anos devido
ao aumento pela procura dos profissionais.
12

Em 1959, foi criada a Associação Brasileira de Fisioterapeutas (ABF) que se filiou a WCPT
(World Confederation for PhysicalTherapy), para obter o amparo técnico-científico e sócio-
cultural para o desenvolvimento da profissão.

No ano de 1963, conforme o parecer 388/63 do Conselho Federal de Educação, os Cursos de


Fisioterapias foram reconhecidos e passaram a ter três anos de duração. Em 1964, conforme a
portaria 511/64 foi estabelecido o primeiro currículo mínimo para a formação de Técnicos em
Fisioterapia. As matérias que compunham o curso eram: Fundamentos da Fisioterapia e Terapia
Ocupacional, Ética e História da Reabilitação, Administração Aplicada, Fisioterapia Geral e
Fisioterapia Aplicada.

Em 1969, conforme o decreto lei 938/69, a Fisioterapia passa a ser reconhecida como um curso
de nível superior e, em 17 de Dezembro de 1975, a Lei 6.316 criou o Conselho Federal e os
Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional com o objetivo de regulamentar,
legislar, e estabelecer uma fiscalização ao exercício destas duas profissões.

Outra conquista importante foi a resolução nº 04 de 28 de Fevereiro de 1983, a qual edita o


currículo mínimo para a Fisioterapia com 4 anos letivos e com conteúdos divididos em 4 ciclos
compostos por matérias da área biológica, de formação geral, pré-profissionalizantes e
profissionalizantes. Esse currículo permaneceu até 1996 quando o MEC através da Lei de
Diretrizes e Bases estabeleceu novas regras, dando autonomia para as Universidades elaborarem
seus próprios currículos.

Durante os anos de 1998 e 1999, o COFFITO e CREFITOs, coordenadores de cursos, docentes,


discentes e profissionais interessados, foram convocados para debater e propor ao MEC as
diretrizes gerais que deveriam nortear o ensino da Fisioterapia no Brasil.

3.1 Definição

De acordo com o Decreto-Lei 938/69, Lei 6.316/75, Resoluções do COFFITO, Decreto 9.640/84
e Lei 8.856/94, a Fisioterapia é uma ciência da Saúde que estuda, previne e trata os distúrbios
cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano, gerados por alterações
genéticas, traumas e doenças adquiridas. Cabe ao profissional fisioterapeuta, com formação
acadêmica superior, diagnosticar os distúrbios cinéticos funcionais, prescrever as condutas
13

fisioterapêuticas, acompanhar a evolução do quadro clínico funcional do paciente e avaliar as


condições de alta do serviço.

3.1.2 Juramento

“Prometo dedicar-me à profissão de Fisioterapeuta utilizando todo conhecimento científico e


recursos técnicos por mim adquiridos durante o medir de esforços, assegurando aos pacientes sob
meus cuidados o bem-estar físico, psíquico e social. Juro honrar o nome da Fisioterapia com
amor, respeito e dignidade, empregando todos os meios para fazê-la conhecida e valorizada.”

3.1.3 Áreas de Atuação

 Fisioterapia Clínica
 Hospital, Clínicas, Ambulatórios, Consultórios, Centros de Reabilitação.
 Saúde Coletiva: Programas Institucionais, Ações Básicas de Saúde, Fisioterapia do
Trabalho, Vigilância Sanitária.
 Educação
 Docência (níveis secundário e superior), Extensão, Pesquisa, Supervisão (técnica e
administrativa), Direção e Coordenação de cursos.
 Indústria de equipamentos de uso fisioterapêutico e Esportes.
 Especialidades Reconhecidas:
 Acupuntura (Resoluções Coffito nos: 201, de 24/06/99 e 219, de 14/12/00);
 Quiropraxia (Resolução Coffito nº 220, de 23/05/01);
 Osteopatia (Resolução Coffito nº 220, de 23/05/01);
 Fisioterapia Pneumo Funcional (Resolução Coffito nº 188, de 09/12/98);
 Fisioterapia Neuro Funcional (Resolução Coffito nº 189, de 09/12/98);
 Fisioterapia Traumato-Ortopédica Funcional (Resolução Coffito nº 260, de 11/02/2004)
14

4. SURGIMENTO DA FISIOTERAPIA RESPIRATORIA

A fisioterapia respiratória surgiu em 1901, quando se relatou o benefício da drenagem postural no


tratamento da bronquiectasia. Nessa época, a tomada de decisão na clínica diária baseava-se em
estudos científicos em sua maioria realizados com métodos rudimentares, no conhecimento
fisiopatológico das doenças, em experiências pessoais e em informações obtidas através de livros
e opiniões de professores ou peritos. Esse modo operante certamente não responde às
necessidades do profissional de saúde de hoje em dia. Seja para aqueles que seguem
explicitamente os "paradigmas" da medicina baseada em evidências, seja para os que atuam de
maneira diversa, a pesquisa evoluiu e a informação científica cresceu nos últimos anos de forma
tal que o médico, fisioterapeuta ou outro profissional da área, necessita de uma postura crítica e
atualizada no que diz respeito às intervenções que utiliza.

A fisioterapia respiratória tem como objetivo a remoção de secreções das vias aéreas, reduzindo a
obstrução brônquica e a resistência das vias aéreas, facilitando as trocas gasosas e reduzindo o
trabalho respiratório. Em afecções agudas, visa a encurtar o período de doença ou de repercussão
funcional. Em processos crônicos, visa a retardar sua progressão ou mantê-los estacionados.

O tratamento do empiema pleural, segundo os livros-texto de Pediatria e de Pneumologia


Pediátrica, consiste em medidas de suporte, antibioticoterapia voltada para os germes prevalentes
e drenagem pleural. Não há, no entanto, recomendações para o uso de fisioterapia
respiratória. Uma revisão recente sobre fisioterapia respiratória em pediatria não incluiu o
empiema como indicação. Todavia, verifica-se na prática diária que grande parte das crianças e
adolescentes com a afecção utilizam este recurso. Com base nestas observações, os autores
15

efetuaram uma revisão sistemática da literatura sobre a eficácia da fisioterapia respiratória no


empiema pleural.

4.1 Profissionais envolvidos na fisioterapia neonatal e pediátrica

 A equipe multidisciplinar envolve médicos especialistas em pediatria, enfermeiros,


fisioterapeutas, nutricionistas, técnicos em enfermagem, farmacêuticos, psicólogos, terapeutas
ocupacionais, entre outros.

A verdade é que nem todas as equipes são completas. No entanto, cada um deles tem sua
importância na evolução do paciente neonato e pediátrico e quanto maior a diversidade de áreas
na equipe, melhor o resultado.

4.1.1 Regulação COFFITO

A Fisioterapia em Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica é mais uma das especialidades


profissionais reconhecidas pelo COFFITO e foi regulamentada junto à Fisioterapia em Terapia
Intensiva Adulto, pela Resolução número 402, de 03 de Agosto de 2011. Trata-se de uma
combinação de conhecimentos, técnicas e equipamentos que têm por objetivo manter, melhorar
e/ou recuperar a função de recém-nascidos, lactentes e crianças.

Conforme o COFFITO:

A classificação do paciente se dá pela faixa etária:

1. O recém-nascido é aquele com idade entre zero a 28 dias;

2. O lactente possui idade entre 28 dias a dois anos;

3. A primeira infância se inicia após os dois anos.


16

O domínio destes períodos é fundamental na avaliação e tratamento dos pacientes que se


enquadram nesta especialidade, no que diz respeito aos parâmetros hemodinâmicos e
ventilatórios. Há uma grande diversidade anatômica e fisiológica nos órgãos e sistemas de
pacientes pediátricos e neonatos em relação aos adultos.

Na terapia intensiva, faz-se necessária esta diferenciação principalmente nos sistemas


cardiovascular e respiratório. Neste contexto, nos pulmões de pacientes adultos é possível
observar uma complacência reduzida quando comparada aos pulmões de crianças, justificando-se
pelo fato de os tecidos pulmonares nos pacientes pediátricos permitirem uma maior
expansibilidade. Em contrapartida, os pulmões adultos possuem um maior número de unidades
alveolares. Isto facilita as trocas gasosas, enquanto os pacientes pediátricos apresentam poucos
alvéolos e precária ventilação colateral.

Outra limitação encontrada no sistema respiratório é o desequilíbrio entre a força de retração


elástica dos pulmões e a força de expansão da caixa torácica, com destaque para os neonatos.
Enquanto os adultos se beneficiam com a ação do surfactante (substância redutora da tensão
superficial alveolar) e com a força muscular respiratória, as pequenas vias aéreas de pacientes
pediátricos tendem ao colabamento pela baixa produção da referida substância e pela fraqueza
dos músculos inspiratórios.

Quanto ao sistema cardiovascular, o coração dos neonatos precisa manter elevada sua frequência
cardíaca devido ao baixo volume de sangue que é capaz de ejetar, compensando deste modo o
débito cardíaco.

4.1.2 Objetivos da fisioterapia neonatal e pediátrica


Objetivo geral

O fisioterapeuta especialista em Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica visa a promoção,


proteção e recuperação das funções de neonatos, lactentes e pacientes pediátricos no âmbito
hospitalar.
17

4.1.3 Objetivos específicos

 Manutenção da via aérea natural e artificial e da mecânica respiratória;

 Manutenção das vias aéreas pérvias, por meio de procedimentos de reexpansão pulmonar,
desobstrução brônquica e posicionamento;

 Auxílio no processo de desmame ventilatório, com os cuidados necessários em todas as faixas


etárias dos pacientes neonatos e pediátricos;

 Realização da extubação após avaliação prévia da condição clínica dos pacientes;

 Realização da admissão, evolução e alta fisioterapêutica dos pacientes neonatos e pediátricos;

 Entre outros.

4.1.4 Atuação da fisioterapia na unidade de terapia intensiva neonatal e pediátrica

A fisioterapia é a área responsável por todos os tópicos expostos no item anterior.

4.1.5 Desobstrução das vias aéreas

A monitorização da mecânica respiratória e dos parâmetros hemodinâmicos deve ser realizada


imediatamente antes, durante e após a aplicação de técnicas relacionadas à higiene brônquica.
Entre as variáveis monitorizadas, estão incluídas:

1. Frequência Cardíaca;

2. Frequência Respiratória;

3. Saturação Periférica de Oxigênio;

4. Gasometria Arterial;

5. Pressão alveolar e suas derivações;

6. Resistência e Complacência do sistema respiratório;


18

7. Volume Inspiratório e Expiratório;

8. Pico de Fluxo Expiratório;

9. Pressão Inspiratória Máxima;

10. Parâmetros Ventilatórios programados.

4.1.6 Hiper insuflação Manual

É imprescindível determinar um protocolo de aplicação da Hiper insuflação Manual considerando


cada caso, com atenção especial à pressão máxima e ao volume de ar, bem como ao controle do
Pico de Fluxo Inspiratório e Expiratório, necessidade de utilização de válvula de PEEP e
frequência respiratória. É contraindicada a manobra em pacientes que necessitam de uma PEEP
maior ou igual a 10cmH2O.

4.1.7 Hiper insuflação Manual e Aceleração do Fluxo Expiratório

Estas duas técnicas são úteis na desobstrução das vias aéreas por produzir o “Flow
Bias” expiratório. Isto é, um aumento do Pico de Fluxo Expiratório em relação ao Pico de Fluxo
Inspiratório. Este mecanismo facilita o deslocamento das secreções das vias aéreas distais para as
proximais. A Hiperinsuflação Manual é realizada através de um ambú enquanto a Aceleração do
Fluxo Expiratório é promovida através de estímulos manuais.

4.1.8 Reexpansão pulmonar

A monitorização da mecânica respiratória e dos parâmetros hemodinâmicos deve ser realizada


imediatamente antes, durante e após a aplicação de técnicas relacionadas à reexpansão pulmonar.
Entre as variáveis monitorizadas, estão incluídas:

1. Frequência Cardíaca;

2. Frequência Respiratória;

3. Saturação Periférica de Oxigênio;


19

4. Gasometria Arterial;

5. Pressão alveolar e suas derivações;

6. Resistência e Complacência do sistema respiratório;

7. Volume Inspiratório e Expiratório;

8. Pico de Fluxo Expiratório;

9. Pressão Inspiratória Máxima;

10. Parâmetros Ventilatórios programados.

Exames complementares a exemplo da radiografia de tórax e tomografia computadorizada


também servem como base para aplicação das técnicas que visam a elevação da complacência do
sistema respiratório.

4.1.9 Ventilação Percussiva Intrapulmonar

Esta técnica é recomendada em pacientes pediátricos e neonatos em ventilação mecânica. A


técnica consiste em aplicação de Pressão Inspiratória acompanhada de 180 a 220 ciclos
ventilatórios por um período de aproximadamente 15 minutos, a cada quatro horas.

4.1.10 Contraindicações da Reexpansão Pulmonar

Além de todas as variáveis mencionadas nos tópicos anteriores, o fisioterapeuta precisa estar
atento às contraindicações do emprego destes procedimentos. São exemplos de contraindicações
para aplicação de técnicas de reexpansão pulmonar:

1. Recém-nascidos de extremo baixo peso;

2. Aumento da pressão intracraniana;

3. Risco de hemorragia periventricular;

4. Síndrome da aspiração de mecônio;


20

5. Pós-operatório cardíaco imediato;

6. Saturação Periférica de Oxigênio menor que 85%;

7. Pneumotórax.

4.1.11 Desmame Ventilatório em Neonatologia

Em recém-nascidos com estabilidade clínica e em ventilação mecânica invasiva por um período


de seis horas, observa-se:

1. Estabilidade hemodinâmica;

2. Condição neurológica;

3. Variáveis do hemograma;

4. Condição nutricional;

5. Radiografia de tórax.

Diante da normalidade de todos estes fatores, o segundo passo é a análise  e a busca dos seguintes
parâmetros ventilatórios:

1. Frequência Respiratória menor que 20irpm, sendo toleradas 30irpm em pacientes com peso
inferior a 1kg;

2. Pressão Inspiratória menor que 20cmH2O em conjunto com Pressão de Pico baixa entre 10 e 12
cmH2O e com o paciente sendo capaz de atingir o volume alvo (4mL/kg);

3. Valores de PEEP até 5cmH2O;

4. Fração Inspirada de Oxigênio menor que 40%.

Se o paciente se enquadra em todas as condições supracitadas, é possível que se realize uma


extubação com baixo risco de falha. Ainda assim, recém-nascidos com peso inferior à 1500g são
candidatos à ventilação não invasiva sincronizada, por um período aproximado de 15 horas.
21

As recomendações de parâmetros da ventilação não invasiva, por sua vez, são as seguintes:

1. Frequência respiratória entre 15 e 20irpm;

2. PEEP entre 2 e 5cmH2O;

3. Pressão Inspiratória entre 15 e 20cmH2O;

4. Fluxo inspiratório entre 8 e 10L/min;

5. Tempo inspiratório em aproximadamente 0,4s.

Logo após a utilização destes parâmetros e ventilar o paciente durante o período sugerido, é
importante um novo desmame, que por sua vez é voltado para que o paciente consiga respirar
espontaneamente, no modo de Pressão Contínua nas Vias Aéreas (CPAP).

Assim que for possível a adaptação ao CPAP, deve-se monitorar eventuais episódios de apneia e
desconforto respiratório, como critério para evolução para respiração em ar ambiente ou para
involução à ventilação não invasiva sincronizada.
22

5. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS

Ao analisarmos as internações nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrico, podemos


observar que os números decorrentes dos diagnósticos de prematuridade, peso muito baixo,
anoxia perinatal, má formação, entre outros, vêm crescendo cotidianamente. Frente a esta
realidade, a implantação desse tipo de ambiente e os avanços tecnológicos têm acarretado uma
potencialização nos diagnósticos precoces e uma maior chance de sobrevivência aos recém-
nascidos e crianças pré-termo com problemas de saúde. Mesmo frente às constantes evoluções
nos ambientes das UTIs, a prematuridade provoca várias intercorrências no processo de
crescimento e desenvolvimento dos recém-nascidos pré-termo. Embora apresente uma maior
sobrevida, uma intervenção prolongada nas unidades de terapia intensiva pode promover ou
potencializar uma serie de agravos ao desenvolvimento neuro-sensório-motor.

Sob esta ótica, a presença e atenção à saúde de uma equipe multiprofissional se tornam
indispensáveis. Somada à equipe multiprofissional, a fisioterapia nas UTIs é uma modalidade de
terapia relativamente nova. Contudo, os avanços da assistência fisioterapêutica ao recém-nascido
e crianças, em especial aos que necessitam de cuidados intensivos, são capazes de proporcionar
um aumento na sobrevida e reduzir sequelas sistêmicas. A intervenção clínica deste
profissional visa evitar agravamento de síndromes aspirativas, na síndrome do desconforto
respiratório, pneumonias, atelectasias, na prevenção de complicações provenientes da ventilação
mecânica, secreções nas vias aéreas, nos casos com evoluções desfavoráveis à gasometria e/ou ao
exame radiológico, sinais indicativos de possíveis problemas com a depuração ciliar, reduzir as
23

incidências de complicações pulmonares, atelectasias pós extubação e impactar positivamente


o prognóstico, entre outros.

Nesse meio, se houver uma assistência adequada de um fisioterapeuta, os agravantes para os


neonatos e crianças graves podem ser minimizados, com evoluções promissoras. É importante
monitorar o desenvolvimento das crianças e RN sobre os aspectos do profissional em apreço nos
ambientes das UTIs, de forma a detectar precocemente possíveis desvios patogênicos, visando
prevenir, intervir ou minimizar sequelas, pois quanto mais precoce for o diagnóstico de
comprometimentos e a intervenção, menor será o impacto na vida futura da criança. Mesmo
frente aos dados, Silva et , em seu estudo, coloca que o tema em questão está em ascensão e que
há uma evidente tendência ao crescimento da submissão de projetos de pesquisa na área de
Fisioterapia Neonatal e Pediátrica.
24

6. DISCUSSÃO

6.1 RECOMENDAÇÕES DAS TÉCNICAS DE DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS

A partir dos artigos analisados, foram inclusas nessas recomendações sobre as técnicas de
desobstrução das vias aéreas: Avaliação; Aumento do fluxo expiratório Hiper insuflação manual
(HM); Percussão torácica; e as combinações dessas quatro categorias de técnicas de fisioterapia
respiratória.

1. O que deve ser avaliado nos RNs e crianças antes, durante a após as técnicas de
desobstrução das vias aéreas?

Cinthia Johston, Nathalia Mendonca - Recomenta-se:


Para a segurança dos pacientes e efetividade dessas técnicas, avaliar antes, durante e após sua
aplicação, pelo menos três dos seguintes parâmetros: características demográficas, Sinais vitais
(frequência cardíaca, frequência respiratória e saturação de pulso de oxigênio - SpO 2), Pressão
arterial sistêmica não invasiva e gasometria arterial, Pressão alveolar e seus índices derivados,
Complacência dinâmica e resistência de vias aéreas, Volume corrente inspiratório e expiratório,
Volume expiratório forçado, Bico de fluxo expiratório e relação do pico de fluxo inspiratório,
Pressão inspiratória máxima e parâmetros da VPM (volume plaquetário médio).
25

Racional – (respeitar certas regras de coerência do pensamento para que um argumento ou um


debate tenham sentido, chegando a conclusões que podem ser compreendidas e respeitadas por
outros.)

As técnicas de fisioterapia respiratória que têm como objetivo principal deslocar e/ou remover
secreções das vias aéreas são denominadas "técnicas de desobstrução das vias aéreas". Elas
podem ser indicadas e aplicadas por fisioterapeutas, na faixa etária neonatal e pediátrica, nas
situações clínicas que cursem com aumento da secreção em vias aéreas , e na prevenção de
complicações relacionadas à VPM (volume plaquetário médio).

A avaliação do paciente permite identificar, relacionar e hierarquizar os problemas, contribuindo


para o diagnóstico e potencializando os benefícios das intervenções, principalmente sabendo que,
na maioria nos casos, as técnicas de desobstrução das vias aéreas são indicadas nas situações
clínicas que cursam com obstrução das vias aéreas por secreção e insuficiência ventilatória
aguda.

2. A técnica de HM- (Hiper insuflação manual) com bolsa auto inflável e suas combinações
favorecem a mobilização e o deslocamento das secreções de vias aéreas?

Suzi Laina - Recomenta-se:


A utilização da HM- (Hiper insuflação manual), associada ou não a vibro compressão, para a
mobilização e o deslocamento de secreção das vias aéreas em pediatria e neonatologia.

Racional – (respeitar certas regras de coerência do pensamento para que um argumento ou um


debate tenham sentido, chegando a conclusões que podem ser compreendidas e respeitadas por
outros.)

A HM- (Hiper insuflação manual) é uma das técnicas utilizadas de rotina em UTI. A insuflação
lenta do balão auto inflável e o platô inspiratório permitem recrutar áreas pulmonares colapsadas,
enquanto que a liberação rápida da bolsa promove uma expiração rápida, aumentando a taxa de
fluxo expiratório, contribuindo para a mobilização de secreção.

A mobilização das secreções das vias aéreas inferiores é determinada pela velocidade do fluxo de
ar nas vias aéreas. Durante a técnica de HM- (Hiper insuflação manual), o PFE- (pico de fluxo
expiratório) deve ser maior do que o PFI-(pico de fluxo inspiratório) para que haja deslocamento
26

das secreções para as vias aéreas proximais, e a relação adequada para que isso ocorra é de
PFI/PFE ≤ 0,9.

O aumento do volume inspirado e do PPI- (Programação Pactuada e Integrada) aumenta o recuo


elástico pulmonar, favorecendo a mobilização da secreção ao longo do sistema respiratório em
neonatos e crianças (faixa etária de 0,02 a 13,7 anos) submetidos à HM- (Hiper insuflação
manual) associada à vibração torácica manual e a drenagem postural. A HM- (Hiper insuflação
manual) associada à vibro compressão, em RNs e crianças (idade entre 0 a 16 anos) em VPM-
(volume plaquetário médio), com diagnóstico de consolidação pulmonar ou atelectasia, aumenta
o PFE- (pico de fluxo expiratório), aumentando o volume de ar expirado e otimizando a
desobstrução das vias aéreas inferiores.

Durante a HM- (Hiper insuflação manual), o PPI- (Programação Pactuada e Integrada) e o


volume corrente podem sofrer influências (exemplos: pelo uso de uma das mãos ou das duas para
a compressão do balão; pelo volume do balão, pelo uso de válvula de pressão positiva expiratória
final (PEEP), entre outros), as quais interferem nas pressões e volumes ofertados ao paciente,
sendo necessário o uso do manômetro de pressão durante a técnica para maior segurança e evitar
baro e/ou volutrauma.

Sugere-se utilizar um manometro de pressao para monitorar o pico de pressao inspiratorio (PPI)
fornecido durante a HM- (Hiper insuflação manual) (nao ultrapassar em RNs 20 cmH 2O e em
pediatria 30 cmH2O).

3. Quais técnicas não são recomendadas para a desobstrução de vias aéreas?

Nathalia, Livia Barbosa - Recomenta-se:


A percussão torácica aplicada em RNs imediatamente após a extubação não é recomendada.

Não recomenda-se que as crianças com fibrose cística submetidas a anestesia e intubação
intratraqueal no pré operatório sejam submetidas a técnicas de desobstrução de vias aéreas como
drenagem postural e/ou vibração associadas ou não a HM com aspiração.
27

Racional – (respeitar certas regras de coerência do pensamento para que um argumento ou um


debate tenham sentido, chegando a conclusões que podem ser compreendidas e respeitadas por
outros.)

A percussão torácica pode aumentar a pressão intratorácica e a hipoxemia, sendo esta última não
relevante quando a técnica é realizada em períodos menores que 30 segundos. A percussão
torácica realizada como rotina com tempo de aplicação de 1 a 2 minutos em RNs (28 a 37
semanas de idade gestacional) imediatamente após a extubação pode ocasionar colapso de
pequenas vias aéreas.

Um estudo randomizado com 18 pacientes (idade de 3 a 15 anos) no pré-operatório, com


diagnóstico de fibrose cística, submetidos à anestesia observou que durante a aplicação de
técnicas de desobstrução de vias aéreas (drenagem postural e/ou vibração associadas ou não a
HM- (Hiper insuflação manual) e, aspiração de vias aéreas) comparadas à aspiração houve um
aumento da resistência das vias aéreas e uma diminuição da complacência dinâmica pulmonar.
Não houve padronização da técnica e do tempo de intervenção.

4. Quais os principais benefícios, contraindicações, possíveis efeitos adversos da aplicação


das técnicas de desobstrução de vias aéreas?

Simone Nascimento:
Estas técnicas melhoram em curto prazo a SpO2 de crianças com insuficiência ventilatória aguda
ou crônica e aumentam o volume corrente em crianças com bronquiolite aguda.

Principais contraindicações dessas técnicas: RNs de extremo baixo peso e casos de doença de
refluxo gastroesofágico.

Possíveis efeitos adversos: redução na pressão arterial de oxigênio (PaO 2); aumento da frequência
respiratória e redução do tempo expiratório e, diminuição da pressão do recuo elástico pulmonar
durante a HM- (Hiper insuflação manual) em curto prazo.

Racional – (respeitar certas regras de coerência do pensamento para que um argumento ou um


debate tenham sentido, chegando a conclusões que podem ser compreendidas e respeitadas por
outros.)
28

As técnicas de desobstrução das vias aéreas evitam/previnem e tratam as obstruções de vias áreas
ocasionadas pela presença de secreção, contribuindo para a redução dos parâmetros ventilatórios
da VPM- (volume plaquetário médio), evitando complicações no pós-operatório (exemplo:
atelectasias) e infecções pulmonares. Entretanto, a labilidade do sistema nervoso central, o peso e
a idade gestacional dos RNs devem ser respeitados para a indicação e a realização dessas
técnicas, assim como a sua mecânica respiratória.

6.2 RECOMENDAÇÕES PARA POSICIONAMENTO NO LEITO

A partir dos artigos analisados, foram incluídas nestas recomendações as considerações


relacionadas ao posicionamento como adjuvante da fisioterapia respiratória para a desobstrução
das vias aéreas e reexpansão pulmonar de RNs, lactentes e crianças cronicamente enfermas em
VPM- (volume plaquetário médio), após cirurgias tóracoabdominais e durante o processo de
retirada da VPM- (volume plaquetário médio).

05. Quais posicionamentos podem ser utilizados em lactentes e crianças sob VPM- (volume
plaquetário médio)?

Cinthia Johston- Recomenta-se:


Posicionar lactentes e crianças cronicamente enfermas (câncer e doenças neurológicas) sob VPM-
(volume plaquetário médio) e com doença respiratória grave (PaO 2/FiO2 < 200) em posição prona
elevada com coxins de gel nos ombros e nos quadris(B).

Racional – (respeitar certas regras de coerência do pensamento para que um argumento ou um


debate tenham sentido, chegando a conclusões que podem ser compreendidas e respeitadas por
outros.)

Lactentes e crianças com doença respiratória, sob VPM- (volume plaquetário médio), apresentam
aumento da PaO2 e redução do índice de oxigenação quando em posição prona elevada, com
coxins sob os quadris e ombros, e abdômen livre. Crianças cronicamente enfermas (câncer e
doenças neurológicas) sob VPM- (volume plaquetário médio) e com doença respiratória grave
(PaO2/FiO2 < 200) apresentam aumento de aproximadamente 20% na PaO2/FiO2 quando
colocados da posição supina para a posição prona durante 8 horas, com efeito inverso a este
quando trocadas da posição prona para a posição supina.
29

Crianças com doença respiratória e índice de oxigenação alto apresentam melhora da oxigenação
quando colocadas em posição prona. Esse resultado inicia nas primeiras 2 horas do
posicionamento e se mantém durante as 12 horas subsequentes.

Em RNs, o tempo de resposta à posição prona, quanto à oxigenação, é variável, e a não resposta
na primeira tentativa não significa ausência de resposta, mas a resposta inicial é capaz de predizer
as respostas subsequentes.

06. Quais posicionamentos que podem ser utilizados após cirurgias tóracoabdominais em
RNs e crianças sob VPM- (volume plaquetário médio)?

Nathalia Ferreira- Recomenta-se:


Após cirurgias toracoabdominais, recomenda-se posicionar lactentes e crianças em posição prona
elevada com coxins de gel nos ombros e nos quadris, desde que observadas as precauções em
relação à ferida operatória.

Racional – (respeitar certas regras de coerência do pensamento para que um argumento ou um


debate tenham sentido, chegando a conclusões que podem ser compreendidas e respeitadas por
outros.)

Pacientes em pós-operatório de cirurgias toracoabdominais apresentam aumento da capacidade


residual funcional quando em posição prona elevada com coxins de gel nos ombros e nos quadris.

07. Quais posicionamentos que podem ser utilizados durante o processo de retirada da
VPM- (volume plaquetário médio) para RNs e crianças?

Suzi Laina- Recomenta-se:


Não utilizar a posição prona como procedimento de rotina durante o processo de desmame da
VPM- (volume plaquetário médio) em RNs, lactentes e crianças.

Racional – (respeitar certas regras de coerência do pensamento para que um argumento ou um


debate tenham sentido, chegando a conclusões que podem ser compreendidas e respeitadas por
outros.)

Não foi evidenciada diferença no tempo de desmame entre as posições prona e supina. A SpO 2, a
frequência respiratória, a frequência cardíaca e a incidência de atelectasia após extubação
30

também não apresentam diferenças quando comparadas às posições prona e supina. Em RNs,
lactentes e crianças em posição prona durante a VPM- (volume plaquetário médio) devem ser
monitorados para evitar a extubação não planejada ou o deslocamento da cânula intratraqueal,
cateteres e sondas gástricas ou vesicais. A posição prona não altera os índices de mortalidade e o
tempo de VPM- (volume plaquetário médio) de lactentes e crianças.

6.3 RECOMENDAÇÕES PARA ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS

Com base nos artigos analisados, foram incluídas recomendações sobre os sistemas de aspiração
(aberto e fechado), a necessidade de analgesia (por medidas farmacológicas e não
farmacológicas) e do aumento de sedação antes, durante e após o procedimento de aspiração
intratraqueal. Foram feitas ainda algumas considerações relevantes em relação aos efeitos do
procedimento sobre a mecânica respiratória e as medidas de prevenção dos efeitos adversos da
aspiração intratraqueal em RNs, lactentes e crianças.

08. Quais os efeitos fisiológicos dos sistemas de aspiração intratraqueal


(aberto versus fechado) em neonatologia e pediatria?

Livia Barbosa - Recomenta-se:


Que o sistema de aspiração intratraqueal fechado seja utilizado para evitar a queda de SpO 2 e
bradicardia em RNs sob VPM- (volume plaquetário médio) convencional e para RNs pré-termo
extremos.

Racional – (respeitar certas regras de coerência do pensamento para que um argumento ou um


debate tenham sentido, chegando a conclusões que podem ser compreendidas e respeitadas por
outros.)

Quando comparados os efeitos fisiológicos dos sistemas de aspiração intratraqueal


aberto versus fechado em RNs sob VPM- (volume plaquetário médio) convencional, os
resultados foram semelhantes ou favoráveis ao sistema fechado de aspiração, com moderada
relevância clínica quanto à sua repercussão sobre a SpO2.

Em RNs sob ventilação de alta frequência, não houve alterações na SpO2 quando comparados
esses sistemas. Em RNs sob VPM- (volume plaquetário médio), o volume pulmonar não é
influenciado pelo método de aspiração. Quando o método de aspiração fechado foi comparado
31

com o método de aspiração aberto, em RNs pré-termo extremos sob ventilação parcial, o sistema
fechado permitiu maior estabilidade da SpO2 e da frequência cardíaca.

09. Quais os efeitos da analgesia e a sedação sobre as reações de estresse provocadas pela
aspiração intratraqueal em neonatologia e pediatria?

Simone Nasc. e Nathalia- Recomenta-se:


Que crianças sob VPM- (volume plaquetário médio) com esquema de sedação adequado não
necessitem de sedação prévia à aspiração.

Em RN, a sedação prévia deve ser julgada criteriosamente e não é capaz de alterar os escores de
dor.

A estimulação multissensorial não altera os escores de dor após a aspiração intratraqueal de RNs.

Racional – (respeitar certas regras de coerência do pensamento para que um argumento ou um


debate tenham sentido, chegando a conclusões que podem ser compreendidas e respeitadas por
outros.)

Quando avaliado o escore de sedação durante o procedimento de aspiração intratraqueal de


crianças sob VPM- (volume plaquetário médio), observou-se que esse procedimento não altera o
nível de sedação utilizado previamente. Em RNs sob VPM- (volume plaquetário médio), o uso de
sedação prévia ao procedimento não obteve repercussão sobre o escore de dor, medido através
das escalas. A utilização de estimulação multissensorial após o procedimento não alterou os
escores de dor em RNs.

10. As técnicas de aspiração intratraqueal têm efeito sobre a mecânica respiratória em


neonatologia e pediatria?

Suzi Laina- Sugere-se:


Que, em crianças sob VPM- (volume plaquetário médio) convencional, após a aspiração
intratraqueal, pode ocorrer redução do volume pulmonar associado à piora da ventilação
pulmonar e à queda na SpO2.
32

Em RNs sob ventilação de alta frequência, ocorre queda transitória do volume pulmonar após a
aspiração intratraqueal, tanto pelo sistema de aspiração fechado quanto pelo aberto.

O recrutamento alveolar, por meio da bolsa autoinflável, imediatamente após a aspiração


intratraqueal, não é recomendado para melhorar a complacência dinâmica e o volume corrente
expiratório de crianças sob VPM.

Racional – (respeitar certas regras de coerência do pensamento para que um argumento ou um


debate tenham sentido, chegando a conclusões que podem ser compreendidas e respeitadas por
outros.)

Em crianças sob VPM- (volume plaquetário médio), o procedimento de aspiração intratraqueal


ocasionou redução transitória e imediata da complacência dinâmica e do volume corrente
expiratório sem efeito sobre a resistência das vias aéreas.  A utilização do recrutamento alveolar
com bolsa auto inflável imediatamente após o procedimento de aspiração intratraqueal não foi
capaz de modificar esse quadro. Também foram relatadas a redução do volume pulmonar,
associada à retenção da pressão arterial de gás carbônico (PaCO2), e queda na SpO2.

11. Devem ser realizadas intervenções para evitar efeitos adversos da aspiração
intratraqueal em RNs, lactentes e crianças em VPM?

Cinthia Johston, Nathalia Mendonca - Recomenta-se:


A hiperóxia (aumento de 10% dos valores basais da fração inspirada de oxigênio) em RNs pré-
termo para evitar a hipoxemia durante e após a aspiração intratraqueal para manter uma
SpO2 entre 88 e 92%(C).

Recomenda-se utilizar manobras de contenção postural durante procedimentos de aspiração em


RNs pré-termo (C).

Racional – (respeitar certas regras de coerência do pensamento para que um argumento ou um


debate tenham sentido, chegando a conclusões que podem ser compreendidas e respeitadas por
outros.)
33

Em RNs, a hiperóxia (aumento de 10% dos valores basais da fração inspirada de oxigênio)
mostrou efeitos favoráveis sobre a redução da hipoxemia transitória causada pela aspiração
intratraqueal pelo sistema aberto.

A manobra de contenção manual, por meio da colocação das mãos sobre a cabeça e os pés do
RNs em postura fletida, foi capaz de reduzir os escores de dor durante o procedimento em RNs
pré-termo.

Sugere-se a utilização dos critérios estabelecidos para maior segurança do procedimento, os quais
recomendam que a aspiração das vias aéreas, de RNs, lactentes e crianças intubadas seja
executada no tempo máximo de 10 segundos (para evitar alterações ventilatórias e
hemodinâmicas inerentes à desconexão do paciente do aparelho de VPM) e que a pressão de
sucção do vácuo não seja >360 mmHg.

Sugere-se classificar a qualidade da secreção aspirada para facilitar o entendimento da equipe


multiprofissional, em fina ou fluida (a sonda de aspiração fica livre após a aspiração utilizando
somente o vácuo), moderada (secreções aderidas na parede da sonda após a aspiração, mas fica
livre após a utilização de soro fisiológico), espessa (secreções aderidas na parede da sonda após a
aspiração que continuam aderidas mesmo após o uso de soro fisiológico).

6.4 RECOMENDAÇÕES PARA INALOTERAPIA

A partir da busca dos artigos analisados, foram incluídas a solução salina hipertônica (SH) a 3% e
a dornase alfa (rhDNA).

12. Em que situações a solução SH (3%) pode ser utilizada em RNs e crianças?

Nathalia Mend. - Recomenta-se:


Para lactentes com bronquiolite viral, com o objetivo de diminuir os sintomas da doença e o
tempo de hospitalização, e para lactentes com bronquiolite leve a moderada, para a resolução de
atelectasias.

Recomenda-se a utilização de solução SH (3%) para RNs com atelectasia persistente não
responsiva ao tratamento convencional.
34

Racional – (respeitar certas regras de coerência do pensamento para que um argumento ou um


debate tenham sentido, chegando a conclusões que podem ser compreendidas e respeitadas por
outros.)

A aerossolterapia permite a disponibilidade direta e imediata de fármacos nas vias aéreas. Sua
utilização de forma inalatória é um adjuvante da fisioterapia respiratória durante as técnicas de
remoção de secreções das vias aéreas e reexpansão pulmonar, podendo ser aplicados somente
com prescrição médica.

Estudo controlado, randomizado, duplo-cego, avaliou a utilização da inalação de solução SH


(3%) comparada à utilização de solução salina a 0,9%, ambas em conjunto com epinefrina (1,5
mg) em 52 crianças hospitalizadas com bronquiolite viral aguda. Observou-se uma diminuição
nos sintomas e no tempo de hospitalização no grupo que utilizou solução SH.

Um estudo com crianças com bronquiolite aguda moderada a grave demonstrou redução no


tempo de permanência hospitalar e alívio mais rápido dos sintomas nos grupos que utilizaram a
nebulização com solução SH comparados aos grupos que utilizaram solução salina a 0,9%, sem
associação com outro fármaco. A nebulização com SH a 3% é segura, de baixo custo e eficaz,
sendo bem tolerada, e sem efeitos adversos.

Em um estudo controlado e randomizado com 93 lactentes com bronquiolite leve a moderada,


compararam-se a eficácia e a segurança da solução SH a 3%, salbutamol com salina isotônica
(SS) a 0,9% e salbutamol sobre o broncoespasmo, sinais de desconforto e tempo de estadia
hospitalar. O grupo tratado com SH 3% obtiveram menor tempo de remissão do broncoespasmo,
menor tempo da remissão da tosse e menor tempo de estadia hospitalar.

A solução SH é utilizada para RNs com atelectasia persistente não responsiva ao tratamento
convencional, pois melhora o escore radiográfico, a SpO2 e diminui o tempo de resolução das
atelectasias. Em lactentes com bronquiolite viral, diminui os sintomas da doença e o tempo de
hospitalização; para lactentes com bronquiolite leve a moderada, pode melhorar o
broncoespasmo, os sinais de desconforto respiratório e diminuir o tempo para a resolução das
atelectasias.

6.5 RECOMENDAÇÃO PARA TOSSE ASSISTIDA


35

Diversas intervenções de fisioterapia respiratória podem ser indicadas para a desobstrução das
vias aéreas para facilitar a eliminação de secreção. Dentre elas, a tosse assistida mecânica
(insuflação-exsuflação mecânica - IEM) ou manual tem sido indicada para crianças com
comprometimento da efetividade da tosse, pois facilita a expectoração da secreção das vias aéreas
quando aplicadas isoladamente ou associadas à outras técnicas manuais ou mecânicas de
fisioterapia respiratória.

13. Em que situações a tosse assistida é indicada, como pode ser realizada?

Livia Barbosa- Recomenta-se:


Para crianças com doenças neuromusculares e doenças respiratórias agudas ou crônicas que
cursem com excesso de secreção nas vias aéreas de difícil expectoração e/ou atelectasias
pulmonares e/ou PFE <270 L/min.

A tosse assistida pode ser realizada de forma manual ou mecânica.

Racional – (respeitar certas regras de coerência do pensamento para que um argumento ou um


debate tenham sentido, chegando a conclusões que podem ser compreendidas e respeitadas por
outros.)

A tosse é o sinal e sintoma mais frequente das doenças do sistema respiratório. Esse reflexo faz
parte dos mecanismos de defesa das vias aéreas e pode ser reproduzido e controlado de forma
voluntária ou mecânica. A sua apresentação pode estar correlacionada com diversas doenças
(exemplos: gripe, bronquiolite, traqueíte, asma, entre outras), podendo se manifestar de forma
aguda ou crônica.

As crianças com doenças neuromusculares que são internadas em UTI por etiologia de doenças
respiratórias apresentam 90% de aumento de risco de morbimortalidade devido à impossibilidade
de manter a ventilação alveolar e à eliminação de secreção das pequenas vias aéreas, pois a tosse,
já prejudicada pela doença de base, fica menos efetiva na presença de doença respiratória e do
aumento do volume e consistência do muco.

A tosse assistida de forma manual por meio da compressão do tórax ou do abdômen em sincronia
com a tosse (realizada pelo paciente) aumenta o PFE- (pico de fluxo expiratório), auxiliando na
36

expectoração, nos casos de alterações leves a moderada da tosse. A tosse associada à HM- (Hiper
insuflação manual) pode aumentar a efetividade da técnica.

Em um estudo com a aplicação de IEM- (mede o quão forte é a exigência do meio externo),
realizada em crianças com mediana (mínimo-máximo) de idade 12,6 anos, foi observada a
eficácia da técnica com os seguintes parâmetros: mediana (mínimo-máximo) das pressões de
insuflação de 30(15 a 40) cmH2O e exsuflação de -30(- 20 a -50) cmH2O; volume de 60 a 100
L/min; PFE de 6 a 11 L/segundos; número de ciclos respiratórios de 3 a 5 ciclos, com repouso de
30 segundos para nova aplicação da IEM- (mede o quão forte é a exigência do meio externo).

14. Quais os possíveis efeitos adversos e contraindicações da tosse assistida?

Nathalia Ferreira:
Os principais efeitos adversos encontrados foram distensão abdominal, aumento do refluxo
gastroesofágico, hemoptise, desconforto torácico e/ou abdominal, alterações cardiovasculares
agudas (como bradicardia) e pneumotórax. Não se recomenda a aplicação destas técnicas em
crianças que estejam previamente com os quadros clínicos acima.

Racional – (respeitar certas regras de coerência do pensamento para que um argumento ou um


debate tenham sentido, chegando a conclusões que podem ser compreendidas e respeitadas por
outros.)

A tosse desempenha como papel principal o descolamento e a mobilização do material contido


nas vias aéreas durante a fase expulsiva. O descolamento das secreções ocorre em função da
viscosidade, da elasticidade e do espessamento do muco, e grau de aderência deste à parede da
via aérea. A flexibilidade da parede brônquica facilita a transmissão de uma ondulação ou de uma
onda de pressão transitória, que, produzida pela tosse, mobiliza o muco rapidamente até a boca.
37

7. CONSIDERAÇOES FINAIS

Diante de tudo isso apresentado nestes artigos as recomendações de algumas técnicas de algumas
das principais das intervenções da fisioterapia respiratória para pacientes em UTI pediátrica e
neonatal.

Algumas técnicas:

Desobstrução das vias aéreas


Hiper insuflação manual
Hiper insuflação manual e Aceleração do fluxo expiratório
Reexpansão pulmonar
Ventilação percussiva intrapulmonar
Contraindicações de Reexpansão pulmonar
Desmame ventilatório em neonatologia

A Fisioterapia em Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica, podem atuar separadamente ou em


conjunto para promover saúde em neonatos, lactentes e crianças.
Em condições normais, estes pacientes já apresentam muitas peculiaridades em relação aos
adultos e demandam uma avaliação criteriosa, que deve considerar a faixa etária para estabelecer
a condição clínica e hemodinâmica.
38

Os fisioterapeutas que despertam interesse pela neonatologia e pediatria precisam se atualizar e


estudar com frequência para conhecer as novas evidências acerca destes temas e desenvolver os
melhores planos de tratamento, visando a melhora da função.

Em algumas situações, a fisioterapia tem se mostrado uma intervenção prioritária, por promover a
otimização da função respiratória, a facilitação correlacionada às trocas gasosas, a otimização da
relação ventilação-perfusão, a manutenção da permeabilidade das vias aéreas e o desmame da
ventilação mecânica e da oxigenoterapia.
39

8. BIBLIOGRAFIA

Selestrin CC, Oliveira AG, Ferreira C, Siqueira AAF, Abreu LC, Murad N. Avaliação dos
parâmetros fisiológicos em recém-nascidos pré-termo em ventilação mecânica após
procedimentos de fisioterapia neonatal. Rev Bras Crescimento Desenvolv Hum.

Vasconcelos GAR, Almeida RCA, Bezerra AL. Repercussões da fisioterapia na unidade de


terapia intensiva neonatal. Fisioter Mov.

Zani AV, Tonete VLP, Parada CGL. Cuidados a recém- nascidos de baixo peso por equipes de
saúde da família: revisão integrativa. Rev Enferm UFPE on line.

Siqueira VSA, Alves VH, Barbosa MTSR, Rodrigues DP, Vieira BDG, Silva LA. Indicadores de
qualidade na assistência ventilatória em um hospital universitário: saber fazer na enfermagem.
Rev Enferm UFPE on line.

Vieira MEB, Linhares MBM. Desenvolvimento e qualidade de vida em crianças nascidas pré-
termo em idades pré-escolar e escolar. J Pediatr.

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