Romanos

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 86

ROMANOS

Mobilização Total
1

ROMANOS
I. INTRODUÇÃO:

A. IMPORTÂNCIA:
1. Na sua posição no cânon: Pelo menos cinco epístolas de Paulo foram escritas
antes de Romanos. É a primeira epístola do Novo Testamento, não por causa da
cronologia, mas por causa da sua importância. Ela é uma completa exposição do
evangelho e da vida cristã. Este livro representa o alicerce do ensino que Paulo
normalmente deu às igrejas que fundou.

2. Agostinho:
Ele chorava por causa dos seus pecados na horta de um amigo, quando ouviu uma
criança cantando: "Pegue e leia". Ele então pegou uma cópia do livro de Romanos
que estava perto dele. Imediatamente os seus olhos caíram em Romanos 13:13-
14. Ele leu e se converteu.

3. Lutero:
Estava ensinando o livro de Romanos aos alunos numa universidade católica. Ele
falou:

"Eu desejava muito compreender a epístola de Paulo aos Romanos, e não havia
nenhuma barreira senão a expressão 'a justiça de Deus', a qual eu entendia que
significava que Deus é justo e age com justiça quando condena os injustos. Noite e
dia eu meditei nisso, até que compreendi a verdade da justiça de Deus que é
aquela que, pela Sua graça e misericórdia, nos justifica mediante a fé. Neste ponto,
eu senti que nasci de novo e que passei da porta e entrei no paraíso”.

4. Wesley:
Numa reunião da qual ele participou contra sua vontade, alguém leu a introdução
da epístola aos Romanos escrita por Lutero. Ela descrevia as mudanças que Cristo
faz mediante a fé. Wesley se converteu.

B. DATA, LOCAL E OCASIÃO:

1. Data - No ano 57 ou 58 - Antes da sua viagem a Jerusalém para entregar uma


oferta (1 Co 16:1-3; 2 Co 8-9; Rm 15:26).

2. Local: Corinto
a. A epístola foi entregue por Febe da igreja de Cencréia, o qual era porto um
pouco para o oriente de Corinto (Rm 16:1).
b. Gaio, o hospedeiro de Paulo (Rm 16:23), provavelmente era o mesmo Gaio de
1 Co 1:14.
c. Erasto saudou aos Romanos (Rm 16:23). É provável que tenha sido o mesmo
Erasto de 2 Tm 4:20, que foi deixado em Corinto.
2

3. As viagens de Paulo:
a. A segunda viagem - Paulo faz sua primeira visita a Corinto (At 18). Ele ficou
lá um ano e meio. Romanos foi escrita depois desta viagem, porque Rm 15:23
fala do seu ministério como completo na parte oriental do império Romano.
(Entre os anos de 51 a 54).
b. A terceira viagem – Paulo foi para Éfeso e escreveu 1 Coríntios (At 19:22).
Depois visitou Corinto rapidamente (2 Co 12:14; 13:1). Então foi para
Macedônia e escreveu 2 Coríntios. Escreveu Romanos durante sua visita
de três meses a Corinto (At 20:3). Foi para Jerusalém através da Macedônia
e Éfeso.

4. Ocasião:
a. A necessidade de um ministério apostólico - A igreja de Roma não foi
fundada por um apóstolo. Com certeza, precisava de uma boa explicação
sistemática da base da fé cristã.
b. Uma igreja mista - Sendo uma igreja com alguns judeus e gentios, houve
preconceitos e mal entendimento do papel de Israel no plano de Deus. Se
Deus escolheu os Judeus, por que a maioria dos Judeus rejeitou a Jesus?
c. Problemas doutrinários:
• Legalismo - Eles precisavam de uma explicação sobre a justificação e a
santificação independentemente das obras da lei.
• Antinomianismo - Alguns pensavam que a graça de Deus era uma licença
para pecar. Eles precisavam de uma explicação clara sobre santificação.
d. Problemas práticos:
• O relacionamento do cristão com o governo
• Como tratar as diferenças de convicções entre cristãos.

C. AUTOR - PAULO –

1. Nasceu em Tarso: (At 9:11).


a. Paulo nasceu mais ou menos quando Cristo nasceu.
b. Tarso era uma cidade próspera e um centro de pesquisa escolástico grego (três
universidades).
c. Ele era da tribo de Benjamim, circuncidado ao oitavo dia (Fp 3:5).
d. Cidadão de Roma. O Pai era Romano e Judeu. At 22:28 indica que ele era da
classe alta.

2. Treinamento:
a. Começou a estudar a lei com cinco anos.
b. Começou a estudar as tradições com 10 anos.
c. Foi para Jerusalém depois de 13 anos de idade.
d. Foi treinado por Gamaliel (At 22:3).
e. Tornou-se Fariseu (movimento leigo que se desenvolveu depois do exílio para
zelar pela lei).
f. Foi membro do Sinédrio (At 6:12; 7:58; 8:1).

3. Perseguição da igreja:
a. Voltou a Tarso depois do treinamento (?).
b. Ouviu falar dos cristãos e foi a Damasco para perseguir a igreja (At 8:3).
3

4. Conversão - (por volta do ano 33):


a. Ouviu o testemunho de Estêvão (At 7:58).
b. Chamado e convertido (At 9:1-19).
c. Começou a anunciar Cristo (At 9:22).

5. Re-treinamento:
a. Arábia por três anos (Gl 1:17-18), onde recebeu suas revelações.
b. Foi a Jerusalém por 15 dias para encontrar-se com Pedro (Ano 36).

6. Perseguição: (At 9:29-30).


a. Perseguição dos judeus.
b. Foi a Cesaréia e voltou a Tarso para realizar um ministério (At 15:41; Gl 1:21-
24).

7. Chamada Missionária:
a. Chegou a Antioquia através do convite de Barnabé (At 11:25-26).
b. Fez parte da liderança dessa igreja por um ano, treinou líderes e Espírito Santo
o chamou para o trabalho missionário no ano 47 (At 13:1-3).

D. DESTINATÁRIO - A Igreja em Roma

1. A cidade:
a. A capital do império romano.
b. Grande contraste entre pobres e ricos.
c. Havia cerca de um milhão de pessoas.
d. Muitos grupos étnicos (várias raças).
e. Os Judeus foram expulsos de Roma desde o ano 49 até 54 pelo imperador
Cláudio por causa de "Chrestus".
f. O sistema rodoviário centralizou-se em Roma.
g. O sistema comercial estava em Roma.
h. A população Judia – de 30 a 40 mil no tempo em que a carta foi escrita.

2. A Igreja: "chamados para serdes santos" Não disse; "aos santos".


a. Havia judeus romanos presentes no dia de Pentecostes (At 2:10). Isso não
explica os gentios.

b. A Igreja Católica diz que esta igreja foi fundada por Pedro, que chegou no ano
42, e serviu como seu Bispo (Papa) por 25 anos. Isto contradiz o que Paulo
escreveu (Rm 15:20). Pedro chegou a Roma e foi martirizado durante o tempo
da segunda prisão de Paulo. Se Pedro estivesse em Roma quando Paulo
escreveu esta carta, ele o teria saudado no último capítulo.

c. Quando Cláudio expulsou os judeus, já havia cristãos (Aqüila e Priscila At 18:2-


3).

d. Era um grupo misto de judeus e gentios (Rm 1:5,6,13).

e. Muitos dos membros eram conhecidos de Paulo, provavelmente fruto do seu


trabalho. Ele citou 26 nomes.
4

f. Dos 26 nomes mencionados, 16 são gentios.

g. A igreja era pequena e pouco conhecida, mas até o ano 64 cresceu a ponto de
ser conhecida.

h. Paulo visitou a igreja três anos depois de escrever a epístola (Atos 28:16).

E. PROPÓSITOS:
1. Expressar seu desejo de visitar Roma (Rm 1:13).

2. Dar ensinamento apostólico que nunca receberam -


Paulo sabia que enfrentaria problemas em Jerusalém (prisão ou até morte).

3. Apresentar-se como apóstolo

4. Comunicar o seu desejo de ter Roma como sede do seu trabalho para o oeste
(Rm 15:23).

5. Apresentar o evangelho – que funcionaria como um recurso de evangelização,


como "O Propósito da Vida". Apresenta as doutrinas de eleição, justificação,
santificação e glorificação.

6. Corrigir problemas doutrinários - Sem dúvida, Paulo sabia dos problemas.

F. CARATERÍSTICAS:

1. Lingüística - Estilo de argumentação. Paulo antecipou-se as perguntas das


pessoas. Ele respondeu a estas perguntas dez vezes com "De modo nenhum"
(Modo optativo no grego). Ele usou a palavra "lei" setenta e sete vezes; "Cristo"
sessenta e seis vezes; "Pecado" quarenta e cinco vezes; "Senhor" quarenta e
quatro vezes; e "fé" quarenta vezes.

2. Estilo - Tem cinqüenta e sete citações do Antigo Testamento. O estilo é mais de


uma dissertação do que de uma carta ou epístola. É mais formal.

3. Teologia - Uma teologia completa: de Gênesis a Apocalipse, da Criação à


Consumação. Este livro menciona todas as áreas da teologia.

4. O homem que redigiu - Tércio (Rm 16:22).


5

II. ESBOÇO:

A. Introdução: (Rm 1:1-17).


1. Saudação (Rm 1:1-7).
2. Paulo e a igreja em Roma (Rm 1:8-15).
3. Tema: O Evangelho (Rm 1:16-17).

B. A Condição da humanidade: Condenada: sem condições de se salvar: (Rm 1:18-


3:20).
1. A condenação dos gentios injustos: (Rm 1:18-32).
a. A rejeição a Deus (1:18-20).
b. As conseqüências da rejeição a Deus (1:21-32).
2. A condenação dos homens moralistas: princípios do julgamento de Deus:
(Rm 2:1-16).
a. O julgamento será baseado no conhecimento do padrão de Deus (2:1-2).
b. O julgamento será baseado na verdade (2:3-4).
c. O julgamento será baseado nas obras (2:5-10).
d. O julgamento será imparcial (2:11-16).
3. A condenação dos judeus injustos: (Rm 2:17-3:8).
a. A segurança falsa dos judeus (2:17-29).
b. Os argumentos dos judeus (3:1-8).
4. A condenação do mundo (Rm 3:9-3:20).

C. Justificação: a justiça imputada: (Rm 3:21-5:21).


1. A descrição da justificação: (Rm 3:21-3:31).
a. A base da justificação pela fé (3:21-26).
b. A declaração da justificação independentemente das obras da lei (3:27-31).
2. Um exemplo de justificação pela fé no A.T. : (Rm 4:1-25).
a. Abraão não foi justificado pelas obras (4:1-8).
b. Abraão não foi justificado pela circuncisão (4:9-12).
c. Abraão não foi justificado pela lei (4:13-15).
d. Abraão foi um exemplo de fé (4:16-25).
3. Os benefícios da justificação: (Rm 5:1-11).
a. Paz com Deus (5:1).
b. Acesso a Deus (5:2).
c. Segurança (5:2).
d. Alegria (5:2-5).
e. O amor de Deus (5:5-8).
f. Glorificação (5:9-10).
g. Adoração (5:11).
4. Como a justificação é aplicada: (Rm 5:12-21).
a. Adão e o efeito do seu pecado (5:12-14).
b. Uma comparação entre Cristo e Adão (5:15-21).

D. Santificação: a justiça aplicada: (Rm 6:1-8:39).


1. Libertados do poder do pecado através da união com Cristo (Rm 6:1-14).
a. Unidos com Cristo na Sua morte e ressurreição (Rm 6:1-5).
b. Libertados do domínio do pecado (6:5-8).
c. Libertados da morte (6:8-11).
d. As implicações da nossa morte com Cristo (6:12-14).
6

2. Libertados da escravidão do pecado (Rm 6:15-23).


3. Libertados da Lei: (Rm 7:1-6).
a. O princípio (7:1).
b. O exemplo (7:2-3).
c. A aplicação (7:4-6).
d. O relacionamento entre a lei e o pecado: (7:7-13).
e. A Lamentação sobre a incapacidade de uma pessoa cumprir a lei (7:14-25).
4. Libertados do domínio da carne (Rm 8:1-39).
a. A vitória progressiva sobre a carne através do Espírito (8:1-17).
b. O Espírito nos ajuda a enfrentar os sofrimentos desta vida (8:18-27).
5. A garantia da libertação total (Rm 8:29-39).

E. O Problema de Israel: Deus é Justo? (Rm 9:1-11:36).


1. A tristeza de Paulo (Rm 9:1-5).
2. A eleição não é nacional, mas individual: (Rm 9:6-12).
a. O princípio (9:6-7).
b. Exemplos de eleição (9:7-13).
c. A eleição do indivíduo é justa (9:14-18).
d. Deus é soberano na eleição (9:19-21).
e. A rejeição de Israel é consistente com o plano de Deus (9:22-39).
3. A falha de Israel: obras e não fé: (Rm 9:30-10:21).
a. A conclusão (9:30-31).
b. A razão da falha (9:32-33).
c. A ignorância sobre o caráter de Deus (10:1-3).
d. A ignorância da provisão de Deus (10:4-10).
e. A ignorância da previsão do evangelho no A. T. (10:11-21).
4. A salvação de Israel: (Rm 11:1-36).
a. A rejeição de Israel não é total (11:1-10).
b. A rejeição de Israel não é final (11:11-24).
c. A rejeição de Israel está dentro do plano de Deus (11:25-36).
F. A prática da justiça (Rm 12:1-15:13):
1. Exortação a adoração (Rm 12:1,2).
2. O uso dos dons na igreja (Rm 12:3-8).
3. O comportamento cristão na sociedade (Rm 12:9-21).
4. A obediência ao governo (Rm 13:1-7).
5. O amor (Rm 13:8-10).
6. O andar com Cristo (Rm 13:11-14).
7. A liberdade cristã (Rm 14:1-15:13):
a. A aceitação dos que têm convicções diferentes (14:1-9).
b. Só o Senhor tem autoridade para julgar as pessoas: (14:10-12).
c. Como ter unidade com convicções diferentes: (14:13-23).
d. A imitação de Cristo (15:1-13).
G. Conclusão: (Rm 15:14-16:27).
1. A natureza do ministério de Paulo (Rm 15:14-21).
2. O plano de Paulo para visitar Roma (Rm 15:22-33).
3. Recomendação para Febe (Rm 16:1-2).
4. Saudações aos santos (Rm 16:3-15).
5. Aviso sobre as pessoas facciosas (Rm 16:16-20).
6. Saudações dos amigos de Paulo (Rm 16:21-24).
7. Bênção final (Rm 16:25-27).
7

ROMANOS
I. Introdução: (Rm 1:1-17).

A. Saudação: (Rm 1:1-7) - Uma frase de 93 palavras. A maior do N.T. Paulo está se
apresentando a Igreja.

1. Paulo: (Rm 1:1-6).

Semente 1 (Rm 1:1): Para sermos eficazes, é essencial que entendamos nossa
posição em Cristo. Paulo era um homem que sabia da sua posição em Cristo e do
ministério que recebeu de Deus. Com isso, ele estava ciente da responsabilidade e da sua
dependência dEle para cumprir o que Deus queria. Seu ministério fluiu da sua posição em
Cristo e de seu chamado em Cristo. Para sermos eficazes, precisamos saber sobre a
nossa posição e função no Corpo.

Exercícios e perguntas:
1. Leia a introdução de cada carta de Paulo, anotando todas as palavras que ele usou para
se descrever (Ex.: Quantas vezes ele usou "apóstolo", quantas vezes "servo", etc.).
2. Por que Paulo usou estas três qualidades para se descrever?
3. Agradeça a Deus pela sua posição nEle. Peça que Ele o(a) ajude a viver conforme sua
posição.

a. Servo: (v.1) 'doulos' (escravo).


• Os Gregos não gostavam de ser considerados 'servos'.
• Sua posição.
• Subordinado a Cristo.
• Voluntário - Ex 21:5-6.

b. Chamado apóstolo: (v.1).


• Não se colocou nesse cargo.
• Sua autoridade.
• Alguém enviado.

c. Separado: (v.1) tempo perfeito.


• Separado três vezes:
(i) No ventre da sua mãe (Gl 1:15).
(ii) No caminho para Damasco (At 9).
(iii) Para o serviço missionário (At 13:1-3).
• Distante do mal (2 Tm 2:15,16,22).
• Seu propósito.

d. Dedicado ao evangelho: boas novas ou boa mensagem (v.2-7). O evangelho


não é o plano de salvação, mas inclui as profecias do A.T. e uma ênfase na
pessoa de Jesus.
8

Semente 2 (Rm 1:2-7): O evangelho é a pessoa de Jesus e não somente o plano de


salvação. Muitos acham que o evangelho é o plano da salvação, resumido em alguns
versículos e ilustrações. Na realidade, o evangelho é a pessoa de Jesus. Através da Sua
vida, morte e ressurreição, podemos compreender a profundidade do nosso pecado, a
riqueza da Sua graça, o arrependimento, a fé e a transformação que Ele faz através da
cruz. Precisamos compartilhar a vida de Jesus antes do plano de salvação.

Exercícios e perguntas:
1. Pensando nos judeus, por que é importante que o evangelho tenha sido "pré-
prometido?”
2. Qual a importância da humanidade de Cristo?
3. Qual a importância da Sua divindade?
4. Qual o relacionamento entre fé e obediência?
5. Leia Isaías 53 e Filpenses 2:5-11 com uma atitude de oração e adoração.

• Outrora prometido: (v.2) não se originou com Paulo.


(i) Os agentes da inspiração: os profetas.
(ii) O objeto da inspiração: as Escrituras.

• Sobre o Filho: (v.3) o assunto principal do evangelho.


(i) Natureza humana: Filho de Davi (v.3).
1. Segundo a carne: fisicamente.
2. 1 Sm 7:12; Sl 132:11.
3. Segunda Sua natureza humana, Ele era da linhagem real.
(ii) Natureza divina: Filho de Deus (v.4).
1. Designado: declarado, apontado ou ordenado - aoristo.
2. Com poder: declarado poderosamente.
3. Quando? Na ressurreição.
4. Segundo o espírito de santidade – A essência da divindade: espírito
e santidade.
5. Segundo a natureza divina Ele é o Filho.
(iii) A fonte do apostolado: (v.5).
1. Graça: não a salvadora, mas de capacitação.
2. Propósito: obediência que vem da fé entre os gentios.

2. A Igreja: (Rm 1:6-7) a comunidade dos eleitos.


a. Chamados: (v.6) (Eleitos).
• Chamados para ser obedientes (v.5).
• Chamados por Jesus Cristo (v.6).
• Chamados para ser santos (v.7).
b. Amados (v.7) (Ágape).
c. Em Roma.

3. A Saudação: (Rm 1:7).


a. Graça - Charis (Grego).
b. Paz - Shalom (Hebraico).
c. Fonte: O Pai e o Filho.
9

B. Paulo e a Igreja em Roma: (Rm 1:8-15) - Paulo queria demonstrar que tinha o mesmo
amor para com eles que tinha para com as Igrejas que ele fundou.

Semente 3 (Rm 1:8-15): Um líder espiritual é um servo. No mundo, os líderes gozam de


uma posição de privilégio, dominando a vida dos outros. Jesus falou: "Não é assim entre
vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva”.(Mt
20:26). O padrão e o comportamento de um líder no mundo cristão é completamente
diferente daquele do mundo. Além de se descrever como um apóstolo, Paulo se
apresentou como um líder-servo aos romanos. Devemos servir como fruto de adoração.

Exercícios e perguntas:
1. Quais atitudes de um servo encontramos nesse trecho?
2. Escolha um parceiro de oração para este curso. Faça um compromisso de orar cada
dia para que o outro seja "conformado" ao Senhor ou firmado no Senhor (v.12).
3. Peça a Deus que você se sinta responsável pelo bem espiritual dos outros como Paulo
(v.14-15).

1. Gratidão: (Rm 1:8).


a. Primeiramente - em seqüência.
b. Meu Deus – relacionamento.
c. Mediante Jesus Cristo - única maneira de ter acesso a Deus.
d. A motivação da gratidão: a fé (perseverante e conhecida).

2. Oração: (Rm 1:9-10).


a. Testemunho: (v.9) Revelou pensamentos íntimos afirmar isso para os que não
o conheciam.
b. Eu sirvo a Deus:
• Latreuo - servir em adoração, constantemente.
• Em espírito - (Jo 4:24) Não como um ritual, mas constantemente.
• Através do pregação do evangelho - ele viu a evangelização como uma
maneira de adorar.
c. Oração: (v.10).
• Incessante menção (lembrar constantemente).
• Durante o seu tempo de oração.
• Suplicando (pedindo ansiosamente como um mendigo).
• Submissão - pela vontade de Deus.
• "Bom caminho" para vos visitar.

3. Seu desejo: Ter um ministério em Roma (Rm 1:11-15).


a. Desejo muito: (v.11) Epithumia – Traduzido para ‘concupiscência’ em outros
trechos (tempo presente).
b. Propósitos: (v.11-15).
• Compartilhar algo que os edificaria (v.11) (Charismata - presente de graça,
Pneumatikos - algo espiritual).
• Confirmá-los - enraizar ou fortalecer.
• Ser encorajado também (sumparakaleo) (v.12) - exortar, confortar e
encorajar. Paulo via o ministério como algo recíproco.
10

• Obter fruto (v.13): evangelização entre os romanos.


• Razão (v.14). Por causa da obrigação de falar aos:
(i) Gregos - sábios - com cultura grega.
(ii) Bárbaros – ignorantes, sem cultura grega.
• Pronto (v.15) - animado e disposto para trabalhar.

C. Tema: O evangelho (Rm 1:16-17).

Semente 4 (Rm 1:16-17): O evangelho é poderoso para transformar as vidas de


todos. As pessoas afirmam que o evangelho é poderoso, mas acabam não acreditando
que ele é capaz de transformar as piores vidas e, assim, não divulgam essa mensagem
sobre Jesus as pessoas mais carentes da mensagem. A Palavra é poderosa para
transformar os religiosos e os perversos em adoradores. Paulo creu no poder do evangelho
e em sua capacidade de tornar qualquer um justo perante Deus. Por isso, ele não hesitou
em declarar toda sua mensagem. Devemos crer no poder da Palavra para proclamá-la.

Exercícios e perguntas:
1. Leia Atos 9:1-30. Por que Paulo creu no poder do evangelho?
2. Por que Paulo mencionou os judeus e os gregos?
3. Como é que a justiça de Deus foi revelada no evangelho?
4. O que significa, "O justo viverá por fé?”
5. Passe um tempo em oração, pedindo a fé de crer no poder do evangelho.

1. Não me envergonho do evangelho (v.16) - Ele tinha confiança e até orgulho na


mensagem - não deixou de falar sobre nenhuma parte.

2. Porque é o poder de Deus para o que crê (v.16)- uma confiança que continua.
Isto foi dado aos judeus e foi aberto para os gentios.

3. Justiça: (v.17) justiça que condena os injustos e que é imputada aos que crêem.
Está relacionada à salvação.

4. Revela (apokalupto) - mostra ou manifesta.

5. De fé em fé - baseado somente na fé do início ao fim.

6. O Justo viverá por fé (Hc 2:4; Gl 3:11; Hb 10:38). A pessoa salva obteve sua
salvação mediante a fé.

II. A Condição da humanidade: condenada; sem condições de se salvar (Rm 1:18-3:20).

A. A condenação dos gentios injustos (Rm 1:18-32): Esse trecho descreve a rejeição
de Deus pela humanidade e as conseqüências de tal rejeição.

1. A rejeição de Deus (Rm 1:18-21a).


11

Semente 5 (Rm 1:18-23): A humanidade conscientemente se recusou a submeter-se à


autoridade de Deus. As apresentações modernas do plano da salvação começam com o
amor e a bênção de Deus. Paulo começou com a ira de Deus. Esta ira foi revelada porque
a humanidade se recusou a submeter-se ao que ela sabia ser verdade: Deus existe e
merece nossa adoração. Na realidade, não existe ateu. No fundo do seu coração, toda
pessoa sabe que Deus existe, mas não quer sujeitar-se a Ele. O resultado dessa rejeição foi
uma incapacidade em compreender as grandes verdades da Bíblia. Sendo por natureza
religioso, o homem precisava de um substituto para o Deus que ele desprezou. Por isso, as
pessoas se tornaram idólatras. Sabendo da rejeição por parte de Deus, isso deveria nos
levar a adorá-lO.

Exercícios e perguntas:
1. Por que Paulo usou o tempo presente, ao falar que a ira de Deus está sendo revelada?
O julgamento não é futuro?
2. Que evidências encontramos na natureza que mostram Sua divindade (Seu caráter) e
Seu poder?
3. Passe dez minutos só contemplando as estrelas e dez minutos refletindo sobre as
nuvens com uma atitude de adoração. Compartilhe com seu parceiro como viu Deus.
4. Entre numa igreja católica e observe todos as imagens, pensando nesse trecho.

a. A Ira de Deus ( v.18):


• Definição - não é uma emoção temporária, mas algo fixo - representa Sua
santa desaprovação do mal.
• Revelação hoje (tempo presente):
(i) Através da Bíblia.
(ii) Através da cruz.
(iii) Através das conseqüências do pecado.
• Contra a impiedade (falta de reverência à Sua pessoa) – (asebéia).
• Contra a injustiça - rebelião contra a Sua vontade.

b. A causa da ira (v. 18-20):


• Os homens detêm a verdade sobre Deus (v.18) – abafar, empurrar para
baixo. Uma negação do óbvio.

• Os homens sabem (gnosko - chegaram ao conhecimento) interiormente


que Deus existe, pois Ele deixou isto claro para eles através da criação
(v.19).

• O paradoxo (v. 19-20): as coisas invisíveis se tornaram visíveis.


(i) Seu eterno poder (Sua autoridade por causa da Sua eternidade e
onipotência).
(ii) Sua divindade (Sua posição como Deus).

• A conclusão (v.20): os homens não têm desculpa para dizer que Deus não
existe.

Tradução: Por causa do fato que desde a criação do mundo os homens poderiam entender
os aspectos invisíveis de Deus através do que foi criado, os homens podem ver claramente
estas qualidades, especificamente, seu infinito poder e o fato que Ele é Deus. O resultado é
que o homem não pode desculpar-se por não ter entendido.
12

c. A rejeição (v.21): Mesmo conhecendo (gnosko), eles se recusaram a :


• Glorificar ou adorar.
• Agradecer.

2. As conseqüências da rejeição (Rm 1:21b-23):


a. Os pensamentos se tornaram vãos (v.21b-22):
• O coração (parte interior) perdeu toda percepção espiritual e moral.
• Afirmam que são sábios, mas na realidade se tornaram tolos.

b. Idolatria (v.23):
• Trocaram a glória de Deus (o total do Seu caráter) por ídolos.
• Trocaram:
(i) O verdadeiro por uma imagem.
(ii) A glória pela corrupção.
(iii) O eterno pelo passageiro.
(iv) O criador pela criação.
• Tipos de ídolos:
(i) Homem: Nabucodonozor.
(ii) Aves: águia de Roma.
(iii) Quadrúpedes e répteis: vaca, crocodilo e vários outros no Egito.

c. Deus os entregou (v. 24-31): Deus retirou a Sua mão que preservava e
controlava, e o resultado é que o próprio pecado serviu como castigo para o
pecador.

Semente 6 (Rm 1:24-32): O mal e o pecado existem no mundo porque a humanidade


rejeitou a Deus. As pessoas que rejeitam a Deus têm uma tendência de culpá-lO pelo mal
que há no mundo. Três vezes, Paulo falou que Deus "os entregou", indicando que parte do
julgamento divino contra a humanidade é simplesmente deixar os homens sofrerem as
conseqüências de uma vida vivida independentemente dEle. Desejando a liberdade de
fazer o que quiser, o homem se tornou escravo do pecado. Começando com a idolatria, os
homens progrediram para a imoralidade sexual, incluindo o homossexualismo. Este abriu a
porta para todo tipo de mal. Devemos reconhecer que o mal neste mundo é conseqüência
da rejeição a Deus e não Sua culpa.

Exercícios e perguntas:
1. O que o homossexualismo tem a ver com a rejeição a Deus?
2. Que evidências temos da rejeição a Deus ao nosso redor?
3. O que significa dizer que Deus "entregou" as pessoas?
4. Uma das chaves desse trecho é que o homem trocou a glória de Deus pela mentira. O
que seria essa mentira? Veja João 8:44 como um trecho paralelo.
5. Agradeça a Deus por tê-lo(a) livrado disto.

• Deus os entregou aos seus desejos (v.24-25):


(i) Concupiscências - desejos muito fortes.
(ii) Imundícia – impureza.
(iii) Resultado: degradação do corpo.
13

(iv) Razão: trocaram a verdade sobre Deus (v.25): (que Ele merece
nossa adoração) pela Mentira (Gn 3:5; Jo 8:44): ser como Deus (ter
autoridade de definir o certo e o errado e julgar as pessoas de acordo
com esse padrão). O artigo ‘a’ mostra que há uma mentira especifica.

Observação: Aqui encontramos a razão por que os homens rejeitaram a Deus. A raiz de
todo pecado nos homens é o desejo de ser como Deus e controlar seu próprio destino.

• Deus os entregou às paixões vergonhosas (v.26-27): Paulo usou


'fêmeas' e 'machos' em vez de 'mulheres' e 'homens', para mostrar que eles
se tornaram apenas instrumentos de sexo.

(i) Razão – Trocaram a verdade de Deus (v.26).

(ii) As fêmeas trocaram as relações sexuais naturais (o que vem pelo


instinto) (v.26).

(iii) Os machos abandonaram as relações naturais com as fêmeas e se


inflamaram nos seus desejos sexuais uns com os outros: eles
acabaram praticando continuamente atos vergonhosos.

(iv) Resultado (v.27): A punição é devida por causa do erro. Isto é a


destruição física dos corpos (AIDS, etc.).

• Deus os entregou a uma mente reprovável (v.28-32): – Uma mente


reprovável - que foi rejeitada, desqualificada.

(i) Razão (v.28): Eles rejeitaram o verdadeiro conhecimento de Deus (eles


decidiram rejeitar que Ele é verdadeiro).

(ii) Resultado: Fizeram muitas coisas impróprias:


1. Cheios de (v.29 - tempo perfeito):
a. Injustiça - contra o que é reto (em geral).
b. Malícia – pecado.
c. Avareza – cobiça.
d. Maldade - inferioridade moral.

2. Possuídos (cheios) de (v.29):


a. Inveja.
b. Homicídio.
c. Contenda - desacordo, brigas.
d. Dolo - engano, mentiras.
e. Malignidade - desejo de fazer o mal o máximo possível.
14

3. São (v.29-31):
a. Difamadores – fofoqueiros.
b. Caluniadores - falam mal dos outros.
c. Aborrecidos de Deus - Tem ódio de Deus.
d. Insolentes – violentos.
e. Soberbos – arrogantes.
f. Presunçosos - falam bem de si mesmos.
g. Inventores de males - planejam o mal.
h. Desobedientes aos pais.
i. Insensatos - sem compreensão.
j. Pérfidos - quebram alianças, infiéis.
k. Sem afeição natural - sem amor.
l. Sem misericórdia.

d. Sua natureza (v.32): Mesmo que tenham um conhecimento completo das


normas de Deus e de que essas coisas mereçam a morte, eles continuam
praticando a sua arrogância e agrada-os muito quando outros praticam as
mesmas coisas também. (Por quê? Para se justificar.)

B. A condenação dos homens moralistas. Princípios do julgamento de Deus (Rm


2:1-16). Esse trecho não foi escrito para convencer o homem que se acha moralmente
reto, que ele é um pecador. Ele deve saber disso depois do primeiro capítulo. Mas
alguns acham que, se eles admitem que algo é pecado, eles serão livres do
julgamento. Concordar com Rm 3:23 não é suficiente.

Semente 7 (Rm 2:1-11): Conhecer o padrão da Palavra de Deus não salva. As pessoas
costumam condenar outras pessoas pelos seus erros e pecados quando elas mesmas
praticam o que condenam. Presumam que, porque são religiosos e sabem que os outros
como aqueles do capítulo 1 estão errados, elas escaparão do julgamento de Deus. Paulo
deixou bem claro que o homem religioso tem a mesma condenação e, de fato, estará num
estado pior, porque sabe o que Deus espera dele. Todos devem examinar suas vidas para
terem certeza de que conhecem o Senhor e não são apenas religiosos.

Exercícios e perguntas:
1. Por que Deus não julga as pessoas imediatamente?
2. Quem será julgado e qual seria a base desse julgamento?
3. Use como oração o Salmo 19:12-14. Que áreas de sua vida há incoerências com sua
fé?

1. O julgamento será baseado no conhecimento do padrão de Deus (Rm 2:1):

a. Sem desculpa - uma avaliação moral acompanhada de uma condenação é


uma confissão de que o padrão é conhecido (veja Rm 1:20).

b. Outro (heteros) - ele acha que é diferente.


15

2. O julgamento será baseado na verdade (Rm 2:2-4):


a. Sabemos (v.1) – Conhecimento completo.
b. O juízo do homem é imperfeito.
c. Você acha (logizomai): (v.3). Por eu condenar as práticas, que eu mesmo
pratico, Deus me poupará da condenação.
d. Desprezar (ignorar, desrespeitar) a plenitude da (v.4):
• Sua bondade – generosidade.
• Sua tolerância - que ainda não castigou.
• Sua longanimidade – paciência.

3. O julgamento será baseado nas obras (Rm 2:5-10). A Bíblia afirma que todos os
homens serão julgados de acordo com suas obras (Jr 17:10; Mt 16:27; Jo 5:28-29),
mas nunca fala que homens serão salvos pelas suas obras.

a. A paciência de Deus não indica aprovação: (v.5).


• Dureza - teimoso, não muda.
• Coração impenitente - o interior do homem moralista não apresenta
arrependimento.
• Resultado: o acúmulo de ira.

b. O justo juízo baseada nas obras recompensará individualmente cada


homem (v. 6-10):
• A base bíblica (v.6): Salmo 62:12.
(i) Cada um – conhecendo ou não o padrão de Deus.
(ii) Retribuirá - recompensará.
(iii) O padrão: conforme suas obras, não para determinar salvação.

• Os salvos (v.7): O fruto da sua salvação:


(i) Perseverança.
(ii) Fazer o que é reto.
(iii) Buscar a aprovação de Deus.
(iv) Recompensa: vida eterna, glória, honra e paz.

• Os perdidos (v.8): O fruto do fato que os gentios moralistas estão


perdidos, mesmo conhecendo o padrão moral.
(i) Facciosos – melhor: com ambição egoísta.
(ii) Desobedecem a verdade - rejeitam a verdade (Rm 1:18-25).
(iii) Obedecem tudo o que é contra Deus.
(iv) Recompensa:
(v) Ira e indignação - Ap 14:10.
(vi) Tribulação – circunstâncias.
(vii) Angústia - interna, lugar estreito.

• Os judeus (v.9-10): Primeira oportunidade, mais responsabilidade. A


oportunidade de ser salvo, mas o conhecimento em si não salva.
16

4. O julgamento será imparcial ou sem favoritismo (Rm 2:11-16):

Semente 8 (Rm 2:11-16): Todo mundo é consciente do padrão de Deus. A Lei de


Moisés expôs o padrão de Deus para as nossas vidas. Há pessoas que não têm acesso a
essa Lei, mas, mesmo assim, todos sabem o que é errado e o que é certo através da sua
consciência. Algumas pessoas e até grupos inteiros têm suas mentes cauterizadas a
respeito de alguns princípios, mas, mesmo assim, sabem do padrão de Deus. Sabendo que
a lei não é suficiente para torná-las justas perante Deus, as pessoas precisam praticar e
viver conforme o que sabem, por meio de um relacionamento com Deus. Uma vida de
obediência é fruto da nossa intimidade com Deus, e de não nosso desempenho em seguir
um padrão.

Exercícios e perguntas:
1. Faça uma entrevista com uma pessoa que não conhece a Deus:
• Que atividades são erradas? Dê exemplos.
• Como você sabe que estas coisas são erradas?
• Você vive 100% conforme o que você crê sobre esses assuntos?
• O que você acha que Deus pensa sobre sua desobediência? O que ele fará?
2. Leia Mateus 5:17-48 observando como Jesus cobrou um padrão interno e não somente
uma obediência externa. Pensando em Romanos 2, o que os religiosos do dia de Jesus
iam pensar?
3. Ore com seu parceiro sobre a pureza de suas vidas.

a. Acepção de pessoas - "reconhecer um rosto" (A justiça é cega. Por isso, o


símbolo de olhos tampados) (v.11). Deus não deixa de julgar certas pessoas.
Os judeus serão julgados como o resto do mundo.

b. Pecado sem a Lei (v.12). - Perdidos sem a Lei, mas responsáveis (Lc 12:47-8).
O gentio moralista.

c. Pecado com a Lei (v.12). - Condenados pela Lei. O judeu hipócrita.

d. Só ouvir a Lei não salva (v.13).

e. Cumprir o que Deus manda é o que justifica – justificação é uma declaração


jurídica de inocência (v.13). Isto não descreve o gentio "moralista", mas os que
obedecem por causa do novo coração.

f. Exemplo dos gentios que de vez em quando praticam atos morais,


demonstrando saber que há um padrão (v.14).

g. Mesmo não tendo a Lei, praticam atos que manifestam a Lei: (v.15-16). Este
trecho descreve o gentio moralista. Mesmo que tenha um conceito de moral,
não vive conforme esse padrão.
• Por natureza, instintivamente. Mostram que sabem o que é certo e errado.
• Escrito no coração (consciência).
• Este conhecimento será manifesto no dia do juízo (Deus julgará não nossa
consciência).
• Segredos - coisas escondidas, não externas.
• Meu evangelho: o juízo faz parte do evangelho.
17

C. A condenação dos Judeus injustos: (Rm 2:17-3:8).

1. A segurança falsa dos Judeus: (Rm 2:17-29):

Semente 9 (Rm 2:17-24): A participação em uma religião não salva. Muitas pessoas
crêem que a participação em uma religião salva. Isto dá uma falsa confiança. Até no
mundo evangélico, há muitos que confiam na sua "decisão" e vivem uma segurança falsa.
Nenhuma "decisão", membresia ou qualquer outra atividade religiosa adianta se não
vivemos conforme a vontade de Deus. Devemos levar as pessoas a examinar sua fé.

Exercícios e perguntas:
1. Se há uma segurança falsa, é possível para uma pessoa perder a sua salvação?
Explique.
2. Como o nome de Deus é blasfemado por causa dos evangélicos?
3. Ore para que sua vida nunca seja uma vergonha para o nome de Cristo.

a. Segurança falsa no nome: (v.17). Judeu (Judá - "louvado").

b. Segurança falsa no conhecimento: (v.18-24).

• Repousar (v.18): Confiar ou achar apoio.


(i) Lei - Apenas conhece.
(ii) Deus - "Eu conheço a Deus".

• Analisar (v.18): Aprovar as coisas "essenciais" - conhecer as coisas


importantes. Porque é instruído pela Lei.

• Ensinar (v.19-20):
(i) Guia dos cegos - Mt 23:24-28
(ii) Instrutor de ignorantes - discipular os que não têm conhecimento.
(iii) Mestre de crianças - instrutor dos imaturos.
(iv) Porque tem a "forma da Lei" - 2 Tm 3:5.

• O problema (v.21-22): Ensinavam, mas não praticavam (Mt 23:2-3).


(i) Furtar (Mt 21:13).
(ii) Adulterar (Mt 19:9).
(iii) Ganhar dinheiro de idolatria (At 19:37; Dt 7:25).

• Resultado (v.23-24):
(i) Deus é desonrado (v.23).
(ii) O nome de Deus é blasfemado (v.24).
(iii) Em vez de instruir os gentios sobre Deus, eles O representaram mal (Ez
36:19-20).
18

c. Segurança falsa na cerimônia: (v.25-29).

Semente 10 (Rm 2:25-29): Nenhuma cerimônia religiosa salva. Ritual é algo muito
importante nas religiões e até há alguns que Deus mandou praticar. As pessoas pensavam
que poderiam conseguir o favor do mundo espiritual através de um ritual. A circuncisão era
um símbolo exterior que deveria indicar uma realidade interna. Paulo falou que esse
símbolo seria vazio se não correspondesse a uma vida pura. É melhor ter a realidade em
sua vida ainda que não tenha o símbolo. Hoje, podemos comparar isso com o batismo.
Muitos colocam sua fé no batismo ou na igreja em vez de na obra de Jesus e na Sua graça.

Exercícios e perguntas:
1. O que é “circuncisão do coração?”.
2. O que significa algo no espírito e não segundo a letra?
3. Qual a importância do batismo?
4. Peça a Deus que você não seja apenas religioso, mas um verdadeiro seguidor dEle.

• Circuncisão (v.25):
(i) Símbolo da impureza que foi removida.
(ii) Símbolo da aliança - Os que entraram num relacionamento com Deus
aceitam o símbolo.
(iii) Obediência é a marca de entrada nessa aliança.

• Incircuncisão (v.25 - tempo perfeito):

• Se um gentio praticar os princípios da Lei através de um relacionamento


com Deus, ele é salvo. O incircunciso julgará o circunciso porque foi salvo
(Mt 12:41; Lc 4:14-29). (v.26-27).

• Cerimônia externa não salva, mas sim um novo coração (Dt 10:16; 30:6; Jr
9:25). (v.28-29).
(i) Do coração – Interior, não exterior. Envolve uma transformação.
(ii) Do Espírito – A regeneração de Espírito, escrevendo a lei no coração (Jr
31:33).
(iii) Não da letra – um código externo.

• A aprovação (louvor) vem de Deus, não do homem (v.29).

2. Os argumentos dos Judeus: (Rm 3:1-8). Paulo, num estilo apologético,


antecipou os argumentos dos Judeus.

Semente 11 (Rm 3:1-4): Deus é fiel às Suas promessas apesar da incredulidade do


homem. O A.T. deixa bem claro que os judeus são o povo escolhido. Se a Lei e a
circuncisão não salvam, em que sentido os judeus são escolhidos? São essas coisas que
fazem deles um povo distinto. Na realidade, a vantagem de ser um judeu não é que eles
têm as regras certas ou as cerimônias corretas para os salvar, mas porque eles tiveram o
privilégio de ser os primeiros a receber as revelações de Deus, incluindo as profecias. A
incredulidade do homem não pode desfazer a fidelidade de Deus nem frustrar Seus planos.
Ele é soberano. Podemos confiar nas Suas promessas.
19

Exercícios e perguntas:
1. Por que os judeus tiveram mais oportunidade do que os gentios? O que eles
receberam?
2. Como Deus demonstrou Sua fidelidade aos judeus?
3. Passe um tempo em oração junto com seu parceiro, pedindo que entenda e aplique as
promessas de Deus nas suas vidas.

a. A primeira acusação: Paulo não achou que Deus escolheu os judeus (v.1-2).
• Vantagem - extraordinário, além do normal.
• Benefício – valor.
• Muitos benefícios (v.2). - principalmente a eles foram confiadas (Pisteo) as
Palavras (promessas). Mas com esse benefício, vem muitas
responsabilidade.

b. A segunda acusação: Paulo achou que Deus não cumpriu as suas


promessas (v.3-4).
• A infidelidade dos judeus torna ineficaz a fidelidade de Deus (v.3).
• Argumento: (v.3). Deus prometeu salvação aos judeus. Os judeus
rejeitaram a salvação. Então Deus não cumpriu as suas promessas.
• Solução: (v.4). As promessas de Deus sempre vêm com avisos. As
promessas sem condições não se aplicam a cada judeu individualmente.
• Mesmo que cada homem fale ao contrário, Deus será sempre manifesto
como verdadeiro.
• Salmo 51:4 (v.4). - Uma tentativa do homem de julgar ou avaliar a Deus,
sempre mostra Deus como vitorioso e verdadeiro.

c. A terceira acusação: Paulo duvidou da justiça de Deus (v.5-8).


• Argumento: (v.5) A infidelidade do homem indiretamente glorifica a Deus.
Então não seria justo Deus condenar os homens.

Semente 12 (Rm 3:5-8): Deus é justo quando Ele julga. A presença do pecado no
mundo destaca a santidade e justiça de Deus. Entendemos algo melhor quando podemos
contrastá-lo com o oposto. Indiretamente, por causa do contraste entre o bem e o mal,
Deus é glorificado pelo pecado humano porque este mostra com mais clareza a Sua
santidade. A conclusão lógica de alguns é que Deus não deveria julgar o pecado e que, de
fato, eles devem continuar pecando para trazer mais glória para Deus. Apesar de Deus ser
glorificado pelo contraste, Ele é justo em condenar o pecador. A Sua santidade e soberania
são motivos para adorá-lO.

Exercícios e perguntas:
1. Como Deus pode ser glorificado pelo mal ao nosso redor?
2. Por que Paulo foi acusado de promover o pecado?
3. Examine um jornal e adore a Deus pelo contraste entre Ele e o mal relatado.
20

• Aplicar a ira - Julgar e condenar com ira.


• Falo como homem - Ele não acredita nisso, mas está fazendo uma
paráfrase dos seus argumentos.
• O fato de que Deus julga o mundo, mostra que Ele é justo (v.6).
• Argumento (v.7-8): Alguns disseram que essa é a posição de Paulo,
difamando-o.
(i) Eles acusaram Paulo de falar que Deus é glorificado através do nosso
pecado (v.7). A mentira do homem engrandece a verdade de Deus.
(ii) Eles acusaram Paulo de dizer: “Vamos pecar para que Deus seja
glorificado”.
• Paulo concorda que eles merecem a condenação (v.8).

D. A condenação de todos: (Rm 3:9-20).

Semente 13 (Rm 3:9-18): O estado pecador leva as pessoas a pecarem. O homem


não é um pecador porque peca, mas peca porque é um pecador. As ações são um
reflexo do estado da pessoa. Jesus falou que não é o que vem de fora que pode
contaminar uma pessoa, mas a contaminação já vem de dentro (Mc 7:15). Paulo, usando o
A.T., mostrou a profundeza da expressão do pecado humano, detalhando as ações que
são os resultados do pecado. Isto nos ajuda a entender a raiz do pecado em nós.

Exercícios e perguntas:
1. Em que sentido ninguém busca a Deus?
2. Por que ninguém entende? Se não entende, então como alguém pode ser salvo?
3. Por que foi mencionado tanto sobre a boca?
4. Agradeça a Deus porque Ele abriu seus olhos para entender seu estado.

1. A posição dos judeus – (Rm 3:9). O que podemos concluir? Os Judeus não têm
uma posição privilegiada diante de Deus. Salvação é algo individual. Já acusamos
e estabelecemos que todos estão sob a autoridade do pecado.

2. Pecado em geral (Rm 3:10-12): (Salmo 14:1-3 - Esse trecho começa com uma
negação de Deus).

a. Não há justo (v.10). - ninguém obedece a Lei.

b. Ninguém entende - compreender, juntar as idéias para chegar a um


entendimento do plano de Deus. O homem é incapaz (1 Co 1:27).

c. Não há quem busque a Deus. Muitos buscam os benefícios

d. Todos se extraviaram (v.11). - viraram as costas - um soldado que fugira.

e. Todos são inúteis – depravação.

f. Ninguém faz o bem - não aponta só para o ato, mas para a natureza da
pessoa.
21

3. Pecado específico (Rm 3:13-17):

a. No falar (v.13-14): (Salmo 10:7; 140:3; Salmo 10:4 falam de uma negação de
Deus também.).
• Garganta - sepulcro aberto (tempo perfeito). Impureza exposta.
• Línguas - Imperfeito - sempre enganando através de palavras que
agradam.
• Lábios - As víboras têm um dente inoculador de veneno embaixo dos
lábios. - significa assassinar pessoas com a língua.
• Boca - Maldição (Um desejo de que o outro se dê mal) e amargura
(expressão de hostilidade).

b. Na conduta (v.15-17): (Isaías 59:5-8; Isaías 59:1-2 falam da barreira entre o


homem e Deus).
• Pés - Desejo forte para matar.
• Caminhos - o resultado da sua vida: destruição e miséria na vida dos
outros.

4. A causa do pecado (Rm 3:18): Não há temor a Deus. (Salmo 36:1) Gn 22:12. O
temor é demonstrado através da obediência.
a. Negativamente - Temor de cair em condenação.
b. Positivamente - Reverência para com Deus. Maravilhar-se, Respeitar.
c. Olhos - Não percebem a Deus.

5. A conclusão (v.19-20): A lei se aplica aos Judeus, mas:

Semente 14 (Rm 3:19-20): A lei deixa claro que todo mundo é culpado perante Deus.
A pessoa poderia argumentar que não é tão má em comparação com os outros, mas a Lei
deixa bem claro que todos são culpados perante Deus. A Lei não é capaz de mudar o
homem porque ela só mostra a presença do pecado no homem. Paulo encerrou esta parte
do livro não dando nenhuma esperança para o homem no seu estado pecador. A Lei deixa
claro que salvação é impossível para homem na sua própria força. Precisamos depender
da Sua graça e não de nosso mérito ou desempenho.

Exercícios e perguntas:
1. Leia Mateus 19:16-26 (O jovem rico).
• Como Jesus usou a Lei?
• Por que Jesus usou a Lei com esse homem?
• O homem entendeu a essência da Lei que Jesus citou?
2. Reúna com seu parceiro para falar sobre o que aprendeu pessoalmente sobre seu
estado pecador.
a. Todos se calam: Sem desculpa (v.19).
b. Todos são responsáveis e sujeitos ao julgamento.
c. Ninguém (judeu ou gentio) pode ser salvo através da lei, pois só
reconhecemos a presença do pecado. (v.20). A Lei dá responsabilidade, mas
não salva.

CONCLUSÃO: A salvação é impossível!


22

III. Justificação: Justiça imputada (Rm 3:21-5:21). Justificação é uma declaração legal de
inocência. O homem não tem justiça própria. Só Deus é justo e reto. Um homem podia
ser justificado através de um exame de sua vida se fosse achado inocente. Mas ninguém
é inocente diante da Lei. A segunda maneira de ser justificado seria quando a penalidade
para ofensa fosse paga. Isso será uma justificação imputada. Descrevemos essa
justificação como salvação através de Jesus Cristo.

A. A descrição da justificação (Rm 3:21-3:31):

1. A base da justificação pela fé (Rm 3:21-26).

Semente 15 (Rm 3:21-26): A única maneira de ser justo diante de Deus é pela graça,
mediante a fé no sacrifício de Jesus Cristo na cruz. Havendo deixado claro o estado
impossível do homem, Paulo deu a única solução, começando com "Mas agora". Nesse
trecho, há muita informação sobre a natureza da justificação que Jesus nos deu: Graça,
justificação, redenção, propiciação, fé, etc. Mas tudo está centralizado na pessoa de
Jesus Cristo. Ele fez o que não era possível para homem. Devemos agradecê-lO.

Exercícios e perguntas:
1. Como o contexto de Romanos 3:23 é diferente do seu uso nos folhetos evangelísticos?
2. Converse com seu parceiro sobre o que significa 'propiciação', 'redenção', 'justificação'
e 'graça'. Orem juntos, agradecendo o Pai pela obra de Jesus Cristo.
3. Em quais sentidos a cruz de Cristo é uma demonstração da justiça de Deus?

a. Justiça independente de um código: (v.21).


• Agora - Neste tempo presente.
• Sem lei - (sem artigo) - completamente independente de qualquer código
humano.
• Justiça de Deus - Salvação que vem de Deus – Uma nova fonte.
• Manifestou (tempo perfeito) - uma revelação de um novo caminho para
justificação.

b. Justiça que foi profetizada: (v.21) – Não é nova.


• Mesmo sendo nova, foi prevista (Jo 5:39).
• Lei (Pentateuco) e Profetas (O resto do A.T.).

c. Justiça adquirida mediante a fé: (v.22).


• A fonte é Deus, mas é adquirida mediante fé.
• Fé é:
(i) Confiança.
(ii) Ato da vontade, intelecto e emoções.
(iii) Fé é algo que continua.
(iv) O alvo da fé é Cristo.
• Para todos os que continuamente crêem - Todos são condenados, mas
todos têm o mesmo acesso de fé.
23

d. Justiça disponível a todos: (v.22-23).


• Não há distinção: A necessidade universal leva a uma oportunidade de
salvação para todas as raças.
• A razão porque não existe distinção:
(i) todos pecaram (aoristo).
(ii) todos falham (tempo presente) em alcançar a aprovação de Deus
(como resultado do pecado).

e. Justiça que vem através da graça: (v.24).


• Graça - Algo imerecido, instrumento da salvação.
• "Os que crêem estão sendo justificados (voz passiva) sem motivo ou
mérito".

f. Justiça que vem através da redenção: (v.24).


• Redenção (compra de volta) - resgate (Jo 8:34-36).
• Cristo é quem comprou.

g. Justiça que foi comprada por um sacrifício: (v.25-26).


• Propiciação - Aquilo que faz expiação para satisfazer a ira de Deus.
• Propiciatório do A.T. - Sangue - descreve o tipo de morte.
• A cruz manifestou a justiça de Deus.
• Alvo: Manifestação (prova).
• Justiça: Um juiz justo que condena o pecado.
• Na sua tolerância: Não deixou de condenar o pecado, mas a condenação
foi adiada.
• Deixou impunes: Passar por cima ou adiar temporariamente.
• Tempo presente: Esta época.
• Deus é justo quando ele justifica: A cruz demonstrou que Ele é justo e
castiga o pecado. Mas também demonstra sua capacidade de justificar
porque alguém tem fé em Cristo.

A morte de Cristo na cruz foi uma prova de que Deus castiga o pecado. O fato de que pecado
não recebe suas conseqüências imediatamente e Ele, temporariamente, passou por cima do
pecado, não significa que Deus não condena o pecado.

2. Declaração de justificação independentemente da lei: Perguntas (Rm 3:27-31):

a. Há algo que podemos fazer para merecer e ter orgulho? (v.27-28).

Semente 16 (Rm 3:27-31): A justificação (salvação) pela fé elimina qualquer motivo


para o orgulho religioso. A Bíblia não apresenta dois caminhos para salvação: pela lei no
A.T. e pela graça no N.T. Salvação sempre foi pela graça como o próximo capítulo
demonstrará. A justificação pela graça é coerente com a mensagem do A.T. Uma salvação
pelas obras pela tentativa de obedecer à Lei na sua própria força leva à frustração,
hipocrisia e orgulho. O orgulho religioso é uma indicação clara de que a pessoa não
entende a graça. Nossa resposta deve ser adoração.
24

Exercícios e perguntas:
1. Converse com uma pessoa religiosa que você percebe que não conhece a graça de
Deus:
• O que significa graça? O que precisa fazer para obtê-la?
• Se há merecimento, as pessoas convertidas são melhores do que as que não são?
Por quê? Ou por que não?
• Há uma possibilidade de perder sua salvação? O que precisa fazer para mantê-la?
• Por que você está certo e a pessoa sincera de uma outra religião não está?
2. Leia o livro de Gálatas:
• Quais são as semelhanças ou paralelos desse livro com o que lemos em Romanos?
• Qual a solução que Paulo oferece para vivermos uma vida reta?
• O que Paulo falou sobre a Lei?

• Jactância: Orgulho. Em que parte podemos ter orgulho?


(i) O orgulho por mérito próprio foi eliminado (aoristo passivo).
(ii) Qual tipo de lei ou obras?
(iii) O princípio de fé.
(iv) Conclusão: O homem é justificado mediante a fé independentemente de
qualquer lei.

b. Deus salva os gentios também? (v.29-30).


• Deus é também o Criador e Deus dos gentios.
• Conclusão: Porque Ele é o Deus de todos, Ele salva todos (judeu e
gentio), exclusivamente baseado na fé.

c. Então a Lei não existe mais? (v.31).


• A salvação baseada na fé torna a Lei inútil e sem aplicação.
• É ainda útil para condenar pecadores (1 Tm 1:8-11).
• É Cumprida nos que são salvos pela fé.

B. Exemplo de justificação pela fé no A.T.: (Rm 4:1-25).


1. Por que Paulo escolheu Abraão como exemplo?
a. Ele viveu 2.000 anos antes de Paulo e 600 anos antes da Lei. Isso mostra que
esta salvação é antiga.
b. Abraão era um homem. Foi da teologia para um exemplo de um homem.
c. Os Judeus o consideraram um homem justo.

2. Abraão não foi justificado pelas obras (Rm 4:1-8):

Semente 17 (Rm 4:1-8): A justificação (salvação) no A.T. foi pela graça. Para mostrar
que a justificação pela graça não é algo novo, Paulo citou exemplos do A.T., focalizando em
Abraão, o pai dos judeus. Abraão creu em Deus e Ele o justificou puramente pela graça
mediante a fé. Até Abraão não teve motivo para se orgulhar perante o Senhor porque não
houve merecimento da sua parte. Davi declarou que uma pessoa perdoada é “bem-
aventurada” ou privilegiada por causa do favor divino na sua vida e não por causa das
obras. Esse é motivo para gratidão.
25

Exercícios e perguntas:
1. Leia a história de Bate-Seba e Davi (2 Sm 11:1-12:25) e seu depoimento sobre o perdão
do Senhor (Salmo 32).
2. Leia Lucas 7:36-49.
• Por que a mulher amou tanto a Jesus?
• Por que Davi era um adorador de Deus?
• Como podemos desenvolver melhor nossa vida de adoração?
3. Passe um tempo adorando a Deus pelo seu perdão com seu parceiro.

a. Justificação sem obras: (v.1-2).


• 'Ter alcançado' (tempo perfeito) - o que Abraão descobriu tem implicações
até hoje. Abraão precisava aprender que Deus faz tudo.
• 'Segundo a carne' - Nas tentativas humanas.

Se Abraão fosse justificado pelas suas obras humanas, ele teria motivo para orgulho,
MAS diante de Deus, ele não tem motivo para orgulho. Então sua justificação não pode
ter sido de acordo com as obras. (v.2).

b. Justificação imputada: (v.3-5).


• Gn 15:6. (v.3).
• 'Imputado' (Grego: Logizomai). - Dar crédito à uma conta. Os judeus
consideravam isso algo baseado no mérito:
(i) Salário, por natureza, é algo devido, e não graça (v.4).
(ii) 'Não trabalho' - implica merecer (v.5).
• 'Crê' - os que se sujeitam ao julgamento e misericórdia de Deus em
contraste com os que tentam merecer algo (v.5).

c. As bênçãos da justificação: Exemplo de Davi: (v.6-8).


• Davi - Salmo 32:1,2 (v.5).
• 'Bem aventurado' - feliz porque recebe bênçãos de graça de Deus.
• 'Independentemente de obras' Não nega a existência das obras, mas
significa que não são aplicadas na justificação (v.5).
• Iniqüidades perdoadas (as infrações contra a lei foram dispensadas) (v.7).
• Pecados cobertos (permanentemente).
• Não (enfático) imputará (logizomai) pecado.
• Deus realizou essas bênções (v.8).

3. Abraão não foi justificado pela circuncisão: (Rm 4:9-12).

Semente 18 (Rm 4:9-12): A Justificação no A.T. foi independente da lei. Há muita


confusão sobre a causa e o fruto de salvação. Nesse trecho, sem desprezar a lei ou
circuncisão, Paulo mostrou que elas eram uma expressão de uma realidade interna de
Abraão que ele recebeu mediante a fé. Paulo usou a cronologia mostrando que Abraão foi
justificado antes de receber o sinal de circuncisão. Ele não foi salvo por sua circuncisão,
mas foi circuncidado por causa da sua fé e, conseqüentemente, era um símbolo da sua
salvação. Por causa disso, ele é um exemplo de fé para todos seguirem e não somente os
judeus. Devemos seguir seu exemplo de fé, confiando somente nEle, e não no nosso
mérito ou nas nossas circunstâncias.
26

Exercícios e perguntas:
1. Leia Hebreus 11:1-16.
• O que é fé conforme esse trecho?
• Como a fé é manifestada na vida das pessoas?
• Quais foram as indicações da fé na vida de Abraão?
• Que vantagens temos hoje que Abraão não teve?
2. Peça a Deus para ter a fé de Abraão.

• A bênção (justificação) é exclusivamente para as pessoas que são


circuncidadas? (v.9).
• Como aconteceu com Abraão? (v.10).
• Quando aconteceu? No estado de incircuncisão.
• Sinal (marca ou símbolo) da aliança, não a causa (v.11).
(i) Selo - Símbolo de restauração da comunhão.
(ii) Símbolo da fé que teve antes de se circuncidar.

Circuncisão foi um símbolo da justificação que Abraão recebeu quando ele ainda não
era circunciso.

• Resultado: (v.11-12).
(i) Pai (Protótipo, modelo) dos gentios que são justificados pela fé.
(ii) Pai (Protótipo, modelo) dos judeus que são justificados pela fé.
(iii) Andam nas pisadas: Tomam a mesma posição (justificação pela fé).

4. Abraão não foi justificado pela Lei: (v.13-17).

Semente 19 (Rm 4:13-16): Se há qualquer mérito, a justificação não é pela graça


mediante a fé. Se a promessa de perdão pela graça é mediante qualquer mérito da Lei,
não é mais pela graça. A promessa que Deus fez não foi com a condição de obediência da
Lei. Ela foi dada só para mostrar a realidade do pecado. Podemos descansar no Seu
amor incondicional por nós. Não podemos fazer algo para levá-lO a nos amar mais.

Exercícios e perguntas:
1. Leia Gênesis 11:31 - 17:27.
• Qual foi a promessa que Deus fez a Abraão?
• Quantas vezes Deus a repetiu?
• O que indicou que Abraão teve fé? O que indicou que estava fraco na fé?
2. Compartilhe com seu parceiro sobre o que aprendeu da vida de Abraão.

a. A impossibilidade de salvação pela lei:

• A promessa (v.13): (Gn 12:3; 13:16; 15:6; 17:5; 18:18, 22:18).


(i) A terra.
(ii) O povo.
(iii) A bênção.
(iv) O Salvador.
• Justiça da fé - que vem da fé.
• Os da Lei – os judeus.
27

• As condições da Lei são impossíveis: Uma promessa com condições


impossíveis não é uma promessa. Isso é contrário ao conceito de fé (v.14).
(i) O efeito da Lei, não é justificação, só produz condenação (ira).
(ii) Onde não há lei (lei existe em todo lugar porque está escrita nas
consciências das pessoas).
(iii) Não há transgressão (v.15) Porque a transgressão sempre existe, a lei
só a condena. (Gl 3:24).
(iv) A lei que condena mostra a razão pela qual a salvação precisa ser pela
fé: para que a promessa de salvação seja baseada puramente na
graça, para todos os descendentes (espirituais – gentios e judeus que
crêem.). (v.16).

Semente 20 (Rm 4:17-22): Fé é confiança nas promessas de Deus. Para muitos, a


fé é vista como um sentimento ou um desejo muito forte. Fé é confiança, mas não
confiança nos nossos próprios desejos. Ela baseia-se no caráter de Deus e nas
promessas que Ele fez. A fé é pura quando paramos de confiar no nosso mérito ou nas
nossas habilidades. Esta confiança nEle não deve ser influenciada pelas circunstâncias ao
nosso redor. Abraão nos deixou um exemplo de fé para seguir.

Exercícios e perguntas:
1. Quais aspectos do caráter de Deus eram a base da sua fé?
2. Em quais promessas Abraão confiou?
3. Leia Gênesis 18:1- 22:19.
• O que indicou que Abraão teve fé?
• Que indicações há de que a fé de Abraão amadureceu?
4. Leia Tiago 3:18-26.
• Há uma contradição entre o que Paulo e Tiago falam sobre a justificação?
• Em qual sentido Abraão foi justificado pelas obras?
5. Comece uma lista de promessas que se encontram na Palavra e comece a orar para
crer nelas.

• Abraão: o pai (Protótipo) de muitas nações: (v.17). (não somente para


os judeus) ele foi colocado. Ele creu (diante de Deus este princípio se
estende aos que crêem depois).
(i) Vivifica os mortos (ressurreição).
(ii) Chama à existência (chamar ou convidar para salvação).

5. Abraão foi um exemplo de fé (Rm 4:18-25):


a. A situação: (v.18-19).
• Esperando contra a esperança "Contra esperança”, Quando não tinha
esperança (v.18).
• Levasse em conta: (refletiu e sabia de tudo, ele não ignorou a realidade)
(v.19):
• Seu corpo: Morto (tempo perfeito).
• O ventre de Sara: Morto.
• 100 anos (Tinha 99 quando ele foi visitado) - Gn 17:1, 24.
28

b. A sua fé: (v.18-19).


• Creu (tempo presente) v.18.
• Sem enfraquecer - não desanimou com as circunstâncias, mas pôde
examinar sem mudar a confiança na realidade - v.19.
• Não duvidou - vacilou, hesitou entre duas decisões com respeito às
promessas.

c. Resultado da sua fé (v.18-21):


• Tornou-se pai de muitas nações (v.18). (Gn 17:5), Isto confirmou o que
Deus falou: "Assim será a tua descendência", no momento da sua
justificação (Gn 15:5).
• Fortaleceu-se com respeito a sua fé (um fortalecimento interno,
espiritualmente) (v.20).
• Glorificou a Deus (adorou) (v.20).
• Ficou cheio de certeza (produzida por Deus) (v.21).
• IMPUTAÇÃO DA JUSTIÇA. (v.22).

d. O alvo da sua fé (v.22):


• O que Deus prometeu (perfeito).
• Sua capacidade de fazer.

e. Aplicação da justiça: Nós: (v.23-25).

Semente 21 (Rm 4:23-25): A fé que justifica é confiança na obra de Jesus através da


Sua morte e ressurreição. Fé não é apenas acreditar nos fatos históricos sobre Jesus,
mas envolve uma identificação pessoal com Jesus Cristo. O versículo 25 fala porque a fé
pode nos levar a ser justos perante Ele. Quando nos identificamos com a Sua morte, ela
serve como pagamento pelas nossas transgressões. Quando nos identificamos com a Sua
ressurreição, nos tornamos justos por causa do fato que recebemos uma nova vida,
ressuscitados juntos com Cristo. Somos justos por causa da Sua ressurreição. Devemos
aprender confiar só nEle.

Exercícios e perguntas:
1. Leia Lucas 22:39-24:53 com o pensamento que Ele fez isso por você, constantemente
agradecendo ao Senhor por ter feito isso.
2. Compartilhe estes versículos com duas pessoas.

• Nós – As pessoas de hoje podem ter esta justiça imputada


• Crer (presente) na ressurreição.
• Ressuscitou para realizar nossa justificação.

f. A base de Tudo: (v.25). – Linguagem semelhante a de Isaías 53:5.


• Entregue por nossas transgressões. – Pagou o castigo.
• Ressuscitado por causa da nossa justificação. – A ressurreição é a base
da regeneração de uma nova vida, que é a base da nossa justificação. A
ressurreição foi a prova de que Seu sacrifício foi eficaz.
29

C. Os benefícios de justificação (Rm 5:1-11):

Semente 22 (Rm 5:1-5): Há muitos benefícios de ser justificado, tanto presentes


quanto futuros. Temos uma tendência de nos alegrar só quando tudo vai bem. Estamos
felizes porque vamos para o céu, que temos acesso à presença de Deus agora e devemos
nos alegrar com isso. Mas não é somente isso o motivo para exultarmos, pois temos a
alegria de saber que as próprias tribulações de hoje estão contribuindo para nosso
amadurecimento. Os benefícios da justificação pela fé são presentes e futuros. Isso deve
nos dar paz durante as dificuldades que enfrentamos.

Exercícios e perguntas:
1. Conforme esse versículo, quais são os benefícios que temos através da nossa
justificação pela fé?
2. O que significa "esta graça na qual estamos firmes"?
3. Leia Tiago 1:2-4. Quais são os benefícios do sofrimento?
4. Peça a Deus por sabedoria para encarar o sofrimento conforme esses versículos
descrevem.

1. Paz com Deus: (Rm 5:1).


a. Causa: Porque já fomos justificados pela fé.
b. Paz (Shalom): um relacionamento restaurado com Deus (salvação).
c. Através de Jesus Cristo.

2. Acesso a Deus: (Rm 5:2).


a. Causa: Graça.
b. Acesso: Apresentação, introdução. Tivemos e ainda temos (tempo perfeito).
c. Através de Jesus Cristo.

3. Segurança: (Rm 5:2).


a. Causa: Graça.
b. Estamos firmes (tempo perfeito) - ficar em pé, permanecer.
c. Através de Jesus Cristo.

4. Alegria (Rm 5:2-5): - Exultação, mesma palavra de 3:27 para 'jactância', mas aqui
o alvo é Deus e causa júbilo.

a. Na esperança de uma glória futura (v.2).

b. Nas tribulações presentes: (v.3-5).


• Tribulações - aflições e dificuldades que vêm por sermos um cristão
verdadeiro.
• Mt 5:10-12; 2 Tm 3:12; Jo 15:20; 2 Co 4:17; Rm 8:18; 1 Pd 1:6-9; 3:13-15;
Tg 1:2-4.
• Perseverança - suportar, paciência, ficar embaixo sem fugir.
• Experiência: Um caráter aprovado como ouro depurado.
• Esperança: voltamos à esperança.

A esperança causa perseguição. A perseguição causa paciência. A paciência desenvolve


nosso caráter. Um caráter bom leva à esperança. Isto resultará em mais perseguição, etc.
30

Esperança

Um bom caráter Perseguição

Perseverança
Por que temos esta esperança?

5. O amor de Deus: (o amor de Deus para conosco) (Rm5:5-8).

a. Quanto recebemos? (v.5). derramado (perfeito) - água colocada em algo


seco: nossos corações.

b. Quem colocou este amor? O Espírito Santo (Foi-nos dado no momento da


salvação).

c. Amor ilustrado: Quando nós ainda estávamos no estado de fraqueza


espiritual, sem a habilidade de nos ajudar: ímpios (asebeia), Durante esse
tempo, quando não merecíamos: Cristo morreu por nós (v.6).

Semente 23 (Rm 5:6-11): Fomos justificados por amor imerecido. É fácil amar as
pessoas que são como nós e que fazem o bem para nós, pelo menos nos respeitando. Mas
o sacrifício de Cristo era uma demonstração do Seu amor para conosco, claramente
imerecido. Éramos mais do que indiferentes, pois éramos inimigos de Deus. Normalmente,
quando há uma quebra de relacionamento, a pessoa ofendida precisa tomar a iniciativa de
se reconciliar com quem foi ofendida. Nesse caso, Deus, o ofendido, tomou a iniciativa, se
tornando homem para nos reconciliar com Ele. Isso é amor e o motivo da nossa adoração.

Exercícios e perguntas:
1. Leia 2 Rs 6:8-23.
• O que o rei queria fazer com os seus inimigos?
• O que Eliseu fez com os inimigos?
• Por que os inimigos nunca mais atacaram Israel?
2. Esse trecho apresenta dois outros aspectos do sacrifício de Cristo: Amor e
reconciliação. Qual é o relacionamento entre esses dois princípios?
3. Agradeça a Deus por esse amor, usando os versículos desse trecho de Romanos.
4. Pense numa pessoa que não merece seu amor por causa de alguma ofensa. Faça um
ato de amor para com aquela pessoa, manifestando assim o amor que Deus lhe
estendeu.

d. O amor de Deus comparado ao amor humano: É praticamente impossível


que alguém morra por um homem reto, mas é possível que uma pessoa possa
chegar a ponto de morrer por alguém que tenha um bom caráter. (v.7-8).
31

e. O amor de Deus manifesto (v.8). Em contraste com amor humano, que


precisa ser merecido, Deus demonstrou seu próprio amor para conosco pelo
fato de que Cristo morreu por nós, pecadores, quando estávamos sem
condições e sem merecimento.

6. Glorificação (Salvação da ira de Deus no futuro): Se nós fomos justificados


quando estávamos naquele estado, quanto mais certo é nossa salvação. (Rm 5:9-
10).
a. Éramos inimigos.
b. Fomos reconciliados.
c. Seremos Salvos (glorificados).
d. Reconciliação = Uma mudança da condição do nosso relacionamento com
Deus por causa de uma mudança em nós realizada por Deus.

7. Adoração (Rm 5:11): Nossa alegria é expressa numa adoração eterna através de
Jesus Cristo, que nos reconciliou.
a. Exultamos na esperança da futura glória (v.3).
b. Exultamos nas tribulações (porque estamos firmes no Seu amor e no nosso
futuro).
c. Exultamos em Deus.

D. Como a justificação é aplicada (Rm 5:12-21): - A pergunta mais importante é:


"Como é que a justiça pode ser imputada aos que têm pecado?" Paulo comparou a
maneira como o pecado de Adão foi imputado a nós. Primeiramente, em nossa
natureza e depois em atos práticos, que manifestam a realidade dessa imputação.

1. Adão e o efeito do seu pecado: (Rm 5:12-14).

Semente 24 (Rm 5:12-14): Todos herdaram o estado de pecado de Adão, mesmo que
não tivesse a lei para definir o pecado. Antes de fazer qualquer coisa, já éramos
pecadores por causa da transgressão de Adão, que nos fez escravos do pecado. A Lei
não existia antes de Moisés para definir com precisão as ações pecaminosas, mas o estado
do pecado existia. A morte é a conseqüência do pecado no mundo e evidência da sua
presença. O fato de que as pessoas morreram antes de Moisés é evidência de que todos
herdaram o estado pecaminoso de Adão, mesmo que não tivessem a Lei. Nossas ações
eram uma conseqüência do nosso estado. É essencial que reconheçamos nosso estado
para sermos transformados por Jesus.
32

Exercícios e perguntas:
1. Leia João 11. Jesus chorou por causa da conseqüência do pecado: a morte do Seu
amigo. Pense no amor que levou Jesus a agir para tirar este sofrimento que as irmãs
experimentaram por causa da separação.
2. Leia 1 Co 15:50-58. Agradeça a Deus pela vitória sobre a morte.
3. Passe 15 minutos andando num cemitério.
• Considere que todos estes corpos estão lá por causa de Adão.
• Pense nos sofrimentos dos amigos e parentes dos que morreram.
• Examine as datas. Não faz diferença agora se viveram 1 ano ou 90. De qualquer
jeito, já estão mortos e a maioria esquecidos.
• Pense na sua mortalidade e avalie sua vida à luz da eternidade.

a. O agente: Um homem (só) – Adão.


b. O que entrou: O pecado.
c. O resultado: A morte:
• Física.
• Espiritual - separação - Is 59:2.
• Eterna - inferno - 2 Ts 1:9; Ap 20:14.
d. A conseqüência da morte: Espalhou-se para toda a humanidade.
e. Pecado estava presente antes da Lei (v.13) - levado em conta - Definido
especificamente como atos.

Se morte é o resultado de uma natureza pecaminosa, e todos morreram entre Adão e Moisés,
podemos concluir que todos pecaram através de Adão. Mesmo que não tivesse a Lei para os
"cobrar", o pecado existia. A morte não vem de atos pecaminosos, mas de uma natureza
pecaminosa.

f. A prova: O reino universal da morte. (v14).


g. O pecado de Adão: Uma transgressão de uma ordem direta de Deus. Os
outros pecaram, mas não da mesma maneira
h. Adão: Um tipo ou modelo de Cristo: Semelhança: Um ato só, uma pessoa
só, que fez algo que teve impacto sobre os outros.

2. Uma comparação entre Cristo e Adão (Rm 5:15-21):

Semente 25 (Rm 5:15-19): Como todos os homens herdaram o estado pecaminoso


de Adão, os que crêem podem herdar um estado de justiça de Cristo. Se o pecado de
Adão deixou todos num estado de pecado, é possível que o sacrifício de Cristo passe a Sua
justiça para todos os que crêem. A ênfase desse trecho está em como Jesus pode fazer os
eleitos justos, fazendo um contraste com a desobediência de Adão, que tornou todos
pecadores. A palavra 'graça' e seu equivalente ‘o dom gratuito’ são usados 8 vezes para
enfatizar que a justificação não é merecida. Devemos adorar a Deus pela Sua graça.
33

Exercícios e perguntas:
1. Faça duas colunas num papel: Um para Adão e o outro para Cristo. Usando esse
trecho, faça uma comparação entre os dois. Pode usar outros trechos se quiser.
2. Passe um tempo com o seu parceiro, compartilhando o que têm aprendido sobre amor e
graça neste capítulo. Adorem a Deus e O agradeçam pelas coisas que compartilharam.

a. Contraste na qualidade (v.15):


• A graça não é como a transgressão:
(i) Transgressão.
(ii) Dom - grátis, sem motivo, um presente.
• Abundante: A graça é mais forte.

b. Contraste na quantidade (v.16): - O presente não é como pecado


• Um ato só resultou em condenação (Deus odeia pecado).
• Um ato só resultou em justificação de muitos pecados (Deus é gracioso).

c. Contraste no resultado (v.17):


• O reino da morte: O resultado.
• Nosso reino: Uma certeza de vida.
• A Condição: Os que receberam ou se beneficiaram da graça. Não é
tomar posse. Isto mostra que "todos" e "muitos" (v.15,16,18).

d. Resumo (v.18-19):

Um homem (Adão) transgrediu e desobedeceu (recusou a dar ouvidos) uma só vez ---> todos
foram constituídos pecadores ----> condenação universal.

Um homem (Cristo) fez um só ato de justiça e obedeceu ---> os eleitos foram justificados e
serão constituídos justos ----> vida.

Futuro progressivo: Implica a santificação começando no capítulo 6.

e. Por que a lei? (v.20-21):

Semente 26 (Rm 5:20-21): A lei foi dada, não para justificar, mas para mostrar a
necessidade da graça. A lei não veio para salvar, mas para destacar o pecado. A lei
aumentou a culpa do homem porque definiu com mais precisão o que eram os atos
pecaminosos, deixando-o mais responsável perante Deus. A lei também aumentou o
pecado por estimular a rebeldia característica da carne (veja capítulo 7). Mesmo que o
pecado seja grande, a graça de Deus é sempre maior. Por isso, não há pecado que não
possa ser perdoado pela graça de Deus. Uma tentativa para ser justo pela lei e não pela
graça só aumenta o pecado e a culpa. Precisamos descansar na Sua graça.
34

Exercícios e perguntas:
1. Como a lei aumenta o pecado?
2. Leia 1 Timóteo 1:12-17.
• Por que Paulo se considerou o principal dos pecadores?
• Por que Deus o salvou (v.16)?
• Por que ele terminou o trecho com um louvor?
• Use seu louvor para agradecer a Deus pela sua salvação.

• Sobreveio: entrou como algo não central no plano divino.

• Resultado: avultasse o pecado:


(i) Definiu o pecado.
(ii) Provocou o pecado (Rm 7).

(iii) Resultado: A graça não somente foi igual à condenação, mas dominou.
1. Resultado: A graça reina nas nossas vidas.
a. Resultado: A vida eterna.

IV. Santificação: A justiça aplicada (Rm 6:1-8:39): A justiça de Deus só é imputada


legalmente, mas a vida continua dominada pelo pecado? O discípulo de Jesus é apenas
perdoado com o destino do céu ou há um efeito prático?

A. Libertados da autoridade do pecado através da união com Cristo (Rm 6:1-14):

1. Unidos com Cristo em Sua morte e ressurreição: (Rm 6:1-5).

Semente 27 (Rm 6:1-5): Fé em Cristo é uma identificação pessoal com Sua morte,
sepultamento e ressurreição. Paulo mencionou o argumento que alguns usavam que o
pecado nas nossas vidas é uma oportunidade para Deus demonstrar a riqueza da Sua
graça, tolerando e perdoando nossas ofensas. Ele começou a corrigir o erro desse
pensamento, mostrando o que, de fato, aconteceu quando fomos justificados. Ele deixou
claro que fé não era apenas uma afirmação do fato de que Cristo morreu por nós na cruz e
ressuscitou, mas que a Sua morte e ressurreição se tornaram nossa experiência. Em fé,
nós, pessoalmente, nos identificamos com Sua morte e ressurreição, acabando com o
nosso velho homem e gerando um novo. Isso afeta como nós entendemos nossa salvação.
Precisamos compreender e crer em nossa nova posição para viver sua realidade.

Exercícios e perguntas:
1. Pergunte a cinco pessoas convertidas se o velho homem já morreu ou se precisa
crucificá-lo cada dia.
2. Por que é impossível para uma pessoa convertida continuar a viver escravizada pelo
pecado?
3. Por que é importante sabermos sobre o fato de que morremos com Jesus? Há cristãos
que não sabem disso? Se a pessoa não sabe disso, como viveria?
4. Ore pela compreensão e aplicação desta verdade na sua vida.
35

a. O antagonista (v.1,2):
• Conclusão errada: Vamos continuar no hábito de pecar para que a graça
seja manifestada (Rm 3:8; Gl 5:13; Jd 4). Antinominalismo
• A Resposta: De jeito nenhum! É impossível para alguém que morreu com
respeito ao pecado, continuar a conduzir sua vida assim.

b. A realidade da nossa morte (v.3):


• Saber (os fatos que todos devem saber) v.3,6,9.
• Batizados com Cristo: Uma identificação e união que nos colocam num
novo estado. (v.3).
• Mortos e enterrados (v.3,4) - a prova da morte.

c. Unidos com Cristo na Sua ressurreição (v.4-5):


• Propósito da identificação com Sua morte: Para sermos Identificados
com Sua ressurreição e ter uma nova vida (completamente diferente).
• Glória do Pai - O poder glorioso.

Semente 28 (Rm 6:6-7): Uma identificação com Cristo leva à morte do velho homem,
como resultado, a libertação da escravidão do pecado. Paulo também mostrou a
impossibilidade de viver escravizado pelo pecado por causa da morte do velho homem. É
impossível para um cristão verdadeiro viver escravizado pelo pecado porque o velho
homem, que era escravizado pelo pecado, foi crucificado junto com Cristo. O novo homem
não tem essa obrigação. A influencia do pecado permanece, mas não tem a mesma força
que teve antes porque somos novas criaturas. Entender que não somos escravos do
pecado nos leva a viver a liberdade de uma vida santa.

Exercícios e perguntas:
1. Qual o relacionamento entre a ressurreição do novo homem, o novo nascimento, a
regeneração e a presença do Espírito Santo nas nossas vidas?
2. Por que esse trecho não está descrevendo o batismo em água?
3. Explique esses primeiros sete versículos para uma das pessoas que entrevistou.
4. Continue orando pela compreensão desse trecho. Leia cada dia todo este capítulo com
atitude de oração. Ore pela compreensão do seu parceiro.

2. Libertados do domínio do pecado (Rm 6:6-7):

a. O Velho homem foi crucificado (v.6):


• Crucificado: involuntariamente.
• Velho homem: Incapaz de obedecer.

b. O corpo de pecado ficou inoperante (v.6):


• Corpo pecaminoso (a carne): veículo de pecado.
• Destruído: Inoperante, mas ainda existente.
• Não mais escravos do pecado.

c. Somos libertados da escravidão do pecado (v.6,7): Libertados (Justificado) -


tempo perfeito.
36

3. Libertados da morte (Rm 6:8-11):

Semente 29 (Rm 6:8-11): Uma identificação com a morte de Cristo libera do domínio
da morte. Há uma ligação forte entre o pecado e a morte. Uma libertação do pecado
implica que fomos liberados da ameaça da morte. Há um fim na morte de uma pessoa que
morre nos seus pecados. Não há esperança. Mas quando uma pessoa conhece a Cristo,
a morte física é uma libertação, não um final. Isso nos traz paz.

Exercícios e perguntas:
1. Qual impacto teria se considerássemos nossas vidas mortas para o pecado?
2. Leia Hebreus 2:14-15.
• Quando a pessoa não conhece Jesus, quem aproveita o temor da morte?
• Por que a pessoa estava sujeita à escravidão aos seus temores?
• Por que Cristo se tornou carne?
3. Reúna-se com seu parceiro para uma conversa mais profunda:
• Quais barreiras existem na sua vida impedindo mais intimidade com Deus?
• Quais pecados você está tendo dificuldade em vencer?
• Faça uma revisão dos trechos, esclarecendo dúvidas e compartilhando como
estas verdades têm afetado sua vida.
• Qual o relacionamento entre estas verdades e a vitória sobre seus pecados e
barreiras?

a. Temos uma nova vida (v.8). - Zoe - Qualidade de vida.


b. Liberados da morte (v.9). - Porque já morremos com Cristo, morte não é uma
ameaça.
c. Temos um novo propósito (v.10). - Vivemos para Deus.
d. Conclusão: (v.11). Considerar (Logizomai - olhar e tratar conforme uma nova
realidade) sua velha vida morta (pecado, morte, escravidão) e sua nova vida
dedicada a Deus.

PECADO JUSTIÇA
MORTE VIDA
A CARNE O ESPÍRITO SANTO
A LEI GRAÇA

O VELHO HOMEM SUA MORTE O NOVO HOMEM


37

Resumo:

- Sabemos que: - Implicações:

Cristo morreu. Nós morremos.


Cristo ressuscitou. Temos uma nova vida.
Nunca mais morrerá. Nunca mais morreremos.
A morte não tem poder sobre Ele. A morte não tem poder sobre nós.
Cristo morreu com respeito ao pecado. Nós morremos com respeito ao pecado.
Cristo morreu uma vez – acabou. Nós morremos uma vez – acabou.
Ele vive para servir a Deus. Nós vivemos para servir a Deus.

4. As implicações da nossa morte e ressurreição com Cristo (Rm 6:12-14):

Semente 30 (Rm 6:12-14): Fomos libertados para poder servir a Deus com nossos
corpos. O maior ato de adoração é oferecer nossos corpos a Deus para Seu uso (Rm
12:1-2). Mesmo que "a carne" esteja ligada aos nossos corpos físicos, eles não são maus
em si mesmos. Se fossem maus, não poderíamos oferecê-los a Ele como um instrumento
para fazer o bem. Quando sabemos que o velho homem morreu e o novo homem
ressuscitou e consideramos nossas vidas mortas para o pecado, temos a liberdade de
oferecer nossos corpos a Ele e parar de, passivamente, oferecê-los para o mau. Oferecer
nossos corpos a Ele é um ato de adoração.

Exercícios e perguntas:
1. É possível permitir que o pecado reine nas nossas vidas e obedecer aos seus desejos?
2. Em oração, ofereça cada parte do seu corpo a Deus como instrumento de justiça:
• Eu ofereço minha mente como instrumento de justiça para pensar...
• Eu ofereço meus olhos como instrumentos de justiça para ver...
• Eu ofereço minha boca... etc.

a. Pare de deixar o pecado reinar com o resultado que você está


obedecendo aos desejos do corpo (v.12):
• Corpo mortal - Sujeito à morte. Se ainda pode morrer, o pecado ainda
existe nele.

b. Pare de oferecer seu corpo para o pecado (v.13): - Apresentar como oferta
ou colocar a disposição de alguém.
• Instrumentos: ferramentas para o benefício do pecado.

c. Comece a oferecer seu corpo para justiça (v.13):


• Ferramentas para fazer coisas justas para Deus.
• Conclusão: O pecado não vai continuar a ter o domínio como Senhor
na sua vida. Implica um efeito diminutivo.

d. A Razão (v.14): A graça de Deus está guiando nossas vidas e não a


condenação da lei.
38

B. Liberados da escravidão do pecado (Rm 6:15-23):

Semente 31 (Rm 6:15-19): A libertação do pecado nos leva a ser servos de Jesus
Cristo. Todo mundo é um escravo de algo. Pode ser de comida, de sexo, de bebida, de
drogas, de dinheiro, do seu trabalho, da religião, etc. Cristo veio para nos livrar de tudo.
Esta liberdade não é uma liberdade para fazer o que NÓS queremos. Se fosse assim,
estaríamos sendo ainda escravos dos nossos próprios desejos. Ela é uma liberdade para
servir a Deus. Era impossível servir a Deus, mas agora fomos liberados para servi-lo com
alegria. A parte chave desse trecho é que agora estamos obedecendo "de coração" (v.17)
porque queremos obedecer a Jesus no íntimo. Esta obediência vem do interior da pessoa
por amor do seu Mestre em vez de uma forçada do exterior, imposta por um mestre cruel.
Há liberdade e alegria neste serviço a Jesus.

Exercícios e perguntas:
1. Em quais áreas podemos ver pessoas escravizadas?
2. Leia Mateus 11:28-30; 9:36; 23:1-4; At 15:7-11; Gl 4:8-10.
• Como a religião pode ser um peso?
• Como a religião pode escravizar?
• Qual é a diferença entre dedicação a Deus e escravidão?
3. Peça que Deus lhe dê a liberdade de servi-lo com dedicação total.

1. O antagonista (Rm 6:15): Se a Lei não tem poder sobre nós, poderemos fazer o
que quisermos?
a. Sob a lei: A condenação.
b. Sob a graça: o poder da redenção.

2. O princípio (Rm 6:16): Se oferecer leva à obediência e obediência leva à


escravidão.
a. Escravidão do pecado: Inferno.
b. Escravidão da justiça Vida eterna.

3. O que aconteceu (Rm 6:17-18):


a. Antes: escravos do pecado.
b. Agora:
• Obedientes de coração (uma transformação interior e não apenas seguindo
uma lista de regras).
• Oferecidos: como sacrifício ao evangelho.
• Liberados do pecado.
• Escravos de justiça.

4. Nosso estado (Rm 6:19-23):


A fraqueza da carne: A fraqueza da carne faz as pessoas raciocinarem e
interpretarem a graça de Deus como licença para pecar. Paulo explicou de uma
maneira "humana" para ajudá-los a entender o efeito da graça de Deus nas suas
vidas.
Antes: Ofereciam os membros ao pecado (v.19).
Depois: Oferecem os membros à justiça (v.19).
Antes: O resultado era mais 'anomos' - sem lei (maldade).
Depois: O resultado é santificação.
39

Antes: Escravos (doulos) do pecado (v.20).


Depois: Escravos de Deus (v.22).
Antes: Livres da justiça (Não podiam agradar a Deus (v.20)).
Depois: Livres do pecado (v.22).
Antes: Nenhum benefício, o fruto era vergonhoso (v.21).
Depois: Muitos benefícios, o fruto é santificação.
Antes: Morte (v.21) - Salário (v.23).
Depois: Vida eterna (v.22) - Dom (v.23).

a. Antes de entrar num relacionamento com Cristo (v.20-21):

Semente 32 (Rm 6:20-23): Houve uma mudança radical no momento em que cremos
em Jesus. Algumas pessoas têm a impressão de que o caminho do mundo é mais
divertido e que os caminhos do Senhor são chatos. Elas acham que, quando novas,
deveriam curtir os prazeres deste mundo e, quando não tiverem mais vigor, se
arrependerem e seguirem ao Senhor. Na realidade, seguir o Senhor é o caminho que dá
mais alegria e satisfação. É ridículo pensar que satisfazer nossos próprios desejos é o
caminho para alegria. Agora, nós achamos nossa realização na nossa intimidade com
Deus. Paulo nos leva a refletir sobre nosso passado e reconhecer que não era bom em
comparação como que temos agora em Cristo. Isto é liberdade verdadeira e motivo para
adoração.

Exercícios e perguntas:
1. Quais foram os resultados da vida passada?
2. Quais são os resultados da nossa vida com Cristo?
3. Por que Paulo contrastou salário e dom gratuito em versículo 23?
4. Leia todo este capítulo, pedindo que seja implantado na sua vida.
5. Compartilhe com seu parceiro sobre a escravidão do passado e da liberdade do
presente. Ore um pelo outro.

• Escravos do pecado.
• Sem um relacionamento com justiça – Inabilidade de fazer o que é justo.
• Uma vida sem qualquer proveito.
• Fizemos coisas que agora nos envergonham.
• Morte.

b. Depois de entrar num relacionamento com Cristo (v.22):


• Liberados do pecado.
• Escravos de Deus.
• Uma vida proveitosa.
• Santificação.
• Vida eterna.

c. A razão para a mudança (v.23):


• Salário x Dom gratuito (Charisma).
• Morte e Vida.
• O único caminho: JESUS CRISTO.
40

C. Liberados da Lei (Rm 7:1-25):

Semente 33 (Rm 7:1-3): Quando há morte, a pessoa fica livre da lei sem anulá-la ou
se rebelar contra ela. Uma das criticas dos judeus é que os cristãos estavam vivendo fora
a Lei. Jesus deixou bem claro que não veio para acabar com a lei, mas para a cumprir (Mt
5:17). Paulo comparou a lei acerca do casamento com nosso relacionamento com a Lei.
Enquanto o marido está vivo, a lei pode ser aplicada a ele. Quando ele morre, a lei não é
eliminada ou quebrada. Ela simplesmente não se aplica mais à mulher. Por causa de uma
morte, a situação da mulher mudou em relação à lei. Quando morremos com Cristo, nosso
estado perante a lei mudou também. Agora estamos livres da lei porque estamos livres do
pecado. Devemos viver esta liberdade.

Exercícios e perguntas:
1. Como uma pessoa pode ficar livre da lei do seu país?
2. Como uma pessoa pode ficar livre da lei de Deus?
3. Leia Gálatas 4:21-31.

1. O princípio: Qualquer lei tem autoridade sobre a vida de alguém enquanto ele
vive (Rm 7:1).
a. Domínio: como escravo.
b. Os que têm conhecimento de leis em geral.

2. Exemplo: A mulher é subordinada ao marido enquanto ele vive (Rm 7:2-3).


a. Mulher: Subordinada.
b. Ligada: Obrigada legalmente.
c. livre da lei: Não há rebelião ou eliminação da lei.
d. Morte: A morte mudou a situação e a autoridade com respeito a lei. Não houve
uma rebelião.
e. Adúltera: Não era tanto o relacionamento sexual que Paulo tinha em vista, mas
a questão da autoridade.

Semente 34 (Rm 7:4-6): Quando o velho homem morre com Cristo, a pessoa fica
livre da lei para servir a Deus com liberdade. Todas as pessoas nascem debaixo da Lei
de Deus. Quando uma pessoa se converte, a Lei não é eliminada, mas a morte do velho
homem mudou nosso estado com respeito à lei. O mesmo princípio da viúva se aplica às
nossas vidas. Quando nosso velho homem morreu com Cristo, a lei já não se aplica mais
ao novo homem. Não foi eliminada, apenas se tornou irrelevante a nossa nova vida. Nesse
trecho, Paulo focalizou o fruto de uma vida debaixo da lei e de uma vida livre da lei. A
verdadeira liberdade vem quando se aprende a andar guiado pelo Espírito Santo.

Exercícios e perguntas:
1. Quais as diferenças entre o fruto de uma pessoa que está debaixo da lei e outra livre da
lei?
2. Leia 1 Tm 1:8-11. A quem a lei deve ser aplicada?
3. Com quem estamos casados agora?
4. O que significa servir "na caducidade da letra?" O que é "a letra"?
5. Leia 2 Co 3:6. O que significa servir “em novidade de espírito”?
41

3. A aplicação (Rm 7:4-6):

a. Você morreu (v.4): Passivo. A morte de Cristo é aplicada a nossas vidas.


Deus fez.

b. Resultado:
• Nova autoridade: Jesus.
• Fruto.

c. Antes (v.5):
• Segundo a carne (lit. Na carne).
• Paixões estimuladas pela Lei que resultaram em morte. (energeo - de
"energia", colocar em efeito). Tempo imperfeito.

d. Agora:
• Libertação da escravidão da lei (código).
• Libertação para servir no poder do Espírito.

4. O relacionamento entre a lei e o pecado (Rm 7:7-13):

Semente 35 (Rm 7:7-14): O problema não está com a lei, mas com a carne (a fonte
de nosso pecado). Parece que Paulo estava criticando a lei por causa do fato de que não
pode nos salvar nem produzir santidade. Ele deixa bem claro que o problema não está
com a lei, mas com o homem e com o pecado que habita nele. Em vez de controlar o
pecado, a lei acaba estimulando a desobediência. A Lei não cria o pecado nem é
pecaminosa, mas manifesta sua presença. É impossível vencermos a carne por tentarmos
viver conforme a Lei pelo nosso próprio desempenho.

Exercícios e perguntas:
1. Como é que a lei estimula o pecado?
2. Por que Paulo escolheu a cobiça para usar como exemplo?

a. O antagonista: Se a Lei estimula o pecado, a lei é má?

b. A Lei revela o pecado (v.7): Conhecer: reconhecer ou definir pecado na sua


vida
• Cobiçar (epithumia): única Lei que define atitudes e não coisas externas.

c. A Lei estimula o pecado (v.8):


• Ocasião - base de operação para conquistar, pretexto.
• O pecado: a natureza da rebelião contra Deus.
• Sem a Lei, o pecado está quieto, dormindo, mas existe.

d. A Lei estraga a vida do pecador (v.9-11):


• Sem a lei, vivia: Sem uma compreensão do sentido da lei, eu vivia seguro,
tranqüilo, na minha ignorância.
• A Lei deveria produzir vida (Lv. 18:5).
• A Lei produziu morte - ele reconheceu sua condição de morto
espiritualmente.
• Foi o pecado que matou Paulo, tirando sua tranqüilidade.
42

e. A Lei é boa (v.12):


• Santa - digna de Deus, contrário de algo mau.
• Justa - em harmonia com o padrão divino.
• Boa - uma boa natureza.

f. Antagonista: O que é bom produziu morte? (v.13). NÃO! Foi o pecado.

g. A Lei revela a profundidade do pecado (v.13).

A Lei existe "a fim de que, através do mandamento, o pecado possa ser demonstrado como é:
Completamente pecaminoso."

5. A Lamentação sobre a incapacidade de um ser humano cumprir a lei (Rm


7:14-25). Agostinho pensou ser esse trecho uma descrição de alguém sem Cristo,
mas depois da sua batalha contra Pelágio, ele reconheceu que isto demonstrava
que as pessoas regeneradas ainda lutam contra a carne.

a. Primeira Lamentação (v.14-17):

Semente 36 (Rm 7:15-25): Há uma frustração quando tentamos viver a vida cristã
pela obediência à Lei. Esse trecho descreve a vida de um verdadeiro cristão. Alguns,
porém, ficam frustrados porque estão tentando viver a vida cristã sem o benefício do novo
nascimento. Outros vivem derrotados porque, em vez de aprenderem a andar pelo Espírito,
conforme sua nova posição, estão focalizando a lei e tentando vencer o pecado na sua
própria força. Focalizar a sua mente na lei acaba estimulando a carne. Precisamos fixar
nossas mentes na presença de Deus para viver uma vida que agrade a Ele.

Exercícios e perguntas:
1. O que é a carne?
2. Por que por mais que tentemos obedecer à lei, acabamos pecando mais?
3. Passe um tempo com seu parceiro compartilhando como sua luta contra pecado é
semelhante à que Paulo descreveu. Ore um pelo outro pela compreensão da vitória em
Cristo.

• O fato (v.14): A Lei é espiritual (vem do Espírito Santo).


• A realidade (v.14): "vendido à escravidão" - tempo perfeito. (Contraste com
6:20). - a libertação da influência do pecado não foi absoluta. O pecado
ainda possui uma influência forte.
• A prova (v.15): Faço o que eu detesto, contra minha vontade.
• A fonte (v. 17): Não eu (o homem regenerado), mas o pecado que habita
na carne.

b. Segunda Lamentação (v.18-20):


• A realidade (v.18): Nada de bom habita na carne.
• A prova (v.18-19): O desejo de fazer o bem existe no novo homem, mas a
prática do pecado também existe.
• A fonte (v.20): Não eu (o novo homem), mas o pecado que habita na
carne.
43

c. Terceira Lamentação (v.21-23):


• O fato (v.21-22):
(i) O querer fazer o bem.
(ii) Eu (o novo homem) concordo com a Lei.
• A realidade (23): O mal reside em mim e há uma guerra dentro de mim.
(i) A carne contra a mente (desejo e raciocínio espiritual e moral).
(ii) O pecado contra a retidão.
(iii) A carne contra o novo homem.
(iv) Prisioneiro: alguém capturado em guerra.
(v) A lei da mente - os princípios morais que controlam a mente.
(vi) A lei do pecado - os princípios que controlam as ações.

d. Exclamação (v.24): Eu sou um homem bastante miserável! Quem é capaz


de me livrar da influência deste corpo de morte (6:6; 6:12). Eu não posso me
santificar (Tribo perto de Tarso que amarrava a vítima ao assassino).

e. A Solução (v.25): Jesus (a pessoa) Cristo (o cargo) nosso Senhor


(relacionamento conosco).

D. Liberados do domínio da carne (Rm 8:1-27):

1. A carne definida: O instrumento do pecado, sujeita ao pecado. Onde tiver "a


carne" há todos os tipos de pecado. É relacionada com a fraqueza moral e
espiritual que domina a vida dos que não conhecem a Jesus, e deixa o cristão com
a tentação de pecar.
a. É fraca (Rm 6:19; 8:3).
b. É Pecaminosa (Rm 7:14, 25; 8:3).
c. Não habita nela bem nenhum (Rm 7:18).
d. Leva à morte (Rm 8:6).
e. É inimiga de Deus (Rm 8:7).
f. É incapaz de obedecer a Deus (Rm 8:7).
g. Impede o entendimento da Palavra (1 Co 3:1).
h. Tem desejos (Gl 5:16, 24; Ef 2:3; 1 Jo 2:16; 2 Pd 2:18).
i. É contra o Espírito (Gl 5:17).
j. Produz todo tipo de pecado (Gl 5:19).
k. Domina a vida dos que não conhecem ao Senhor (Ef 2:3, Rm 8:13).
l. Ainda existe na vida dos que conhecem ao Senhor (Rm 8:12-13).

2. A vitória progressiva sobre a carne através do Espírito (Rm 8:1-17):


a. Liberdade em Cristo pelo Espírito (v.1-4):

Semente 37 (Rm 8:1-4): A verdadeira liberdade do pecado vem por se andar pelo
Espírito e não pela obediência à lei na nossa força. No fim do último capítulo, Paulo
clamou por alguém que poderia libertá-lo da carne. Ele expressou sua frustração pela
incapacidade da lei de santificar sua vida. O problema não está com a lei, mas com a
carne. Paulo já demonstrou que estamos livres da escravidão do pecado, da lei e da
morte. Aqui ele afirmou que estamos livres da escravidão da carne. Em vez do cristão
focalizar sua mente na lei, ele deveria focalizar no andar pelo Espírito. Quando ele vive
esta realidade, ele cumpre os princípios morais que a lei exige na força do Espírito, porque
eles são impressos no seu coração.
44

Exercícios e perguntas:
1. Paulo se condenou no último capítulo. Por que não há condenação para os que têm um
relacionamento com o Senhor?
2. Examine cada uso da "lei" nesse trecho. Em que sentidos diferentes são usados?
3. Como a morte de Cristo nos livrou da carne?
4. Leia Gálatas 5:13-26.
• O que significa "andar pelo Espírito"?
• Como nossa liberdade pode dar ocasião para a carne?
• Como podemos saber se estamos andando pelo Espírito?
5. Expresse a Deus seu desejo de aprender a andar pelo Espírito. Peça discernimento
para saber se está andando pela carne ou pelo Espírito.

• Liberdade da condenação (v.1): Não há condenação:


(i) Agora: a realidade neste momento.
(ii) Pois: Baseado nos primeiros sete capítulos.
(iii) Condenação:
1. 6:23 condena o pecado à morte.
2. 6:1-6 identifica a morte de Cristo com nossas vidas.
3. 7:1-6 fala que os mortos não estão sob a lei que condena.
4. 7:24 - Ele estava se condenando.
(iv) Conclusão: Através da nossa identificação com Cristo, não há mais
condenação (8:34).

• Razão para a Liberdade: Nova autoridade (v.2):


(i) Em Cristo Jesus (identificação com ele).
(ii) Lei do Espírito de vida (a influência - nova autoridade).
(iii) Lei do Pecado que produz morte.
(iv) Há uma mudança de autoridade na nossa vida.

• O Caminho para Liberdade: Substituição (v.3). Paulo perguntou:


Quem pode me livrar? (7:24). A resposta: Deus pode nos livrar do
pecado!

(i) O caminho da Lei:


1. Fraqueza – incapacidade.
2. Razão para a fraqueza: A carne
3. O problema não está com a Lei, mas com a incapacidade do
homem em segui-la.

(ii) O caminho de Deus:


1. Mandou Seu próprio Filho (pron. possessivo enfático indica Sua
divindade).
2. Semelhança de carne pecaminosa (tinha a aparência dos que
pecaram).
3. Uma oferta pelo pecado.
4. Pecado condenado: nosso pecado foi condenado (v.1) e nós não
somos em baixo do pecado ou da lei.
45

(iii) O resultado da liberdade: Obediência (v.4):


1. Preceitos da lei: princípios ou mandamentos morais dikaioma – o
sufixo indica ação.
2. Andar: conduzir nossas vidas debaixo da Sua autoridade.
3. Segundo a carne: controlado pela carne.
4. Segundo o Espírito: guiado pelo poder do Espírito Santo (Gl 5:16).

Isto é um fato: Os que têm Cristo não são controlado pela carne, mas guiado pelo Espírito.

b. O Espírito muda nossas vidas (v.5-8):

Semente 38 (Rm 8:5-11): A batalha da nossa mente acontece entre o Espírito e a


carne.
Provavelmente você já ouviu que há uma batalha constante entre nossa "nova natureza” e
nossa “velha natureza”. De certa forma, esta visão nos incentiva a tentarmos viver a vida
cristã pela carne, porque a vitória sobre o pecado depende de nós alimentarmos a "nova
natureza". Na realidade, a batalha é entre a influência do Espírito Santo e da nossa carne
nas nossas mentes. Paulo deixa bem claro que a mente controlada pela carne sinaliza que
a pessoa nunca foi regenerada. Esta pessoa não é capaz de agradar a Deus. A pessoa
guiada pelo Espírito Santo tem vida eterna e vida espiritual. Devemos aprender a andar
pelo Espírito.

Exercícios e perguntas:
1. Qual é o problema com a visão da batalha entre as duas naturezas?
2. Sublinhe as palavras "carne" e "Espírito" neste trecho na sua Bíblia (João Ferreira).
3. Leia este trecho na Nova Versão Internacional (NVI). Repare as palavras "mente" e
"mentalidade".
4. Descreva a batalha entre a carne e o Espírito em relação a sua mente.
5. Compartilhe o que está aprendendo sobre esta batalha com uma outra pessoa.
6. Leia Romanos 7:15 até 8:11 e ore pedindo compreensão.

• Ele muda a orientação da nossa mente (v.5):


(i) A natureza dos perdidos: A mente (orientação interna ou atitude moral)
está fixada na carne.
(ii) A natureza dos salvos: A mente está fixada nas coisas do Espírito.

• Ele muda nossa condição (v.6-8):


(i) A condição dos perdidos: Mortos, separados de Deus.
(ii) A condição dos salvos: Vivos e com paz e harmonia com Deus.
(iii) A razão da condição dos perdidos: inimizade contra Deus: ódio (v.7-8).
Incapacidade de obedecer a Deus. Não querem se submeter, nem são
capazes. Não podem agradar a Deus enquanto estão na carne (sem
salvação). Os salvos querem agradar a Deus (2 Co 5:9).

"As Escrituras negam que o intelecto, o coração ou a vontade do homem natural tem a
habilidade ou capacidade de pensar ou compreender as coisas de Deus. O homem natural
não é capaz de fazer, de começar, de desejar ou de concordar com qualquer coisa boa e reta
espiritual ou moralmente." Lenski.
46

c. Ele habita em nós e nos transforma (v.9-11):


• Na esfera do Espírito (No Espírito).
• O Espírito está "em casa" em você (v.9). Ele habita em nós.
• Se alguém não é habitado pelo Espírito, não é salvo (v.9).
• O corpo está no estado de morte (condenado) por causa do pecado que
habita nele (v.10).
• O homem interior está vivo por causa da justiça de Jesus imputada.
• A certeza de uma purificação total (futuro progressivo) (v.11).
• Corpo mortal – ainda sob a influência do pecado.

d. O Espírito nos dá vitória sobre o domínio da carne e do pecado (v.12-13):

Semente 39 (Rm 8:12-17): O progresso da vitória sobre o pecado vem da


mortificação da carne mediante o Espírito Santo que habita nas nossas vidas. Há dois
princípios para uma vida vitoriosa nesse trecho. Primeiramente, é essencial que
compreendamos nossa posição em Cristo: Nossa liberdade do domínio da carne, a
presença do Espírito, a intimidade que temos com Deus, a posição de filhos e a nossa
herança. Segundo, precisamos saber mortificar as obras da carne pelo Espírito. Isto
consiste em disciplinar nossas mentes para serem fortalecidas pelo Espírito em vez de
focalizar na nossa força para obedecer à lei. Isso brota de uma vida de adoração.

Exercícios e perguntas:
1. Por que é importante saber que não temos obrigação de obedecer à carne?
2. Como podemos mortificar a carne pelo Espírito? Isso envolve disciplina?
3. Como é que o Espírito Santo testifica com os nossos espíritos?
4. Reúna com seu parceiro para compartilhar e orar sobre o que vocês estão aprendendo
sobre o andar pelo Espírito.

• Devedores: Obrigados a obedecer.


• Viver de acordo com a carne: não salvos.
• Resultado: morte.
• Viver de acordo com o Espírito (v.13).
• Resultado:O processo de mortificar a carne.

e. O Espírito nos guia (v.14):


• Guiar – Tempo presente.
• Filhos – Uios – estado de adoção.

f. O Espírito nos dá intimidade com o Pai (v.15):


• Adoção – Amor, graça e compaixão de Deus.
• Abba – Aramaico – “paizinho”.

g. O Espírito nos dá segurança (v.16):


• O Espírito confirma no nosso espírito.
• Tekna – “filhos íntimos”.

h. O Espírito nos ajuda nos tempos de sofrimento (v.17):


• Herdeiros.
• Sofrimento.
• Glorificação.
47

3. O Espírito nos ajuda a enfrentar os sofrimentos desta vida (Rm 8:18-27):

a. Perspectiva eterna dos sofrimentos (v.18):

Semente 40 (Rm 8:18): O sofrimento que passamos nas nossas vidas é pouco em
comparação à glória que receberemos. Mesmo sendo habitados pelo Espírito e livres da
carne, do pecado, da lei e da morte, estamos ainda vivendo neste mundo. Não somente
somos tentados, mas também sofremos as conseqüências do pecado nas nossas vidas.
Paulo colocou um princípio muito importante nesse versículo: Quando focalizamos a
eternidade, temos uma outra visão das dificuldades que passamos nesta vida. Quando
focalizamos as nossas dificuldades, temos uma perspectiva carnal e reclamamos. A
esperança da vida eterna nos leva a viver vidas santas.

Exercícios e perguntas:
1. Leia 2 Co 4:16-18.
• Como Paulo descreveu as dificuldades do presente nesses dois trechos?
• Por que não ficamos desanimados com as dificuldades?
2. Pense numa situação que era muito difícil para você quando era adolescente.
• Como você se sentiu durante a dificuldade?
• Qual é a sua atitude na dificuldade hoje? O que mudou?
• Com sua perspectiva de hoje, a situação foi muito grave?
• Como você olhará os problemas de hoje quando estiver na presença do Pai?
3. Peça a Deus uma visão eterna das suas circunstâncias terrenas.

• Considerar – Logizomai – olhar, pensar, atribuir.


• Comparar – Não são iguais.
• Sofrimento – pathomai (de pouca duração).
• Glória – Certeza, algo destinado.

b. A condição do mundo (v.19-22):

Semente 41 (Rm 8:19-22): Toda criação está sofrendo, mas com esperança. Quando
vemos a natureza hoje, nos maravilhamos com a sua beleza. Ela foi criada para refletir a
glória de Deus, mas, hoje, não está demonstrando a plenitude desta glória por causa da
queda. Paulo personificou a criação descrevendo-a gemendo, esperando pela restauração
da sua glória original quando os cristãos estiverem glorificados. A criação foi sujeita a esta
vaidade até a segunda vinda de Cristo. Mesmo assim, ela é motivo de adoração a Deus.

Exercícios e perguntas:
1. Em que aspectos podemos ver o caráter de Deus na criação?
2. Em que aspectos podemos ver as conseqüências da queda?
3. Por que criação está esperando a segunda vinda de Cristo? O que acontecerá?
4. Passe um tempo contemplando um aspecto da criação (as nuvens, as estrelas, um rio,
os pássaros, etc.). adore a Deus pela beleza, pensando que isso é uma demonstração
imperfeita do seu caráter e imaginando como era.
48

• Esperando a restauração (v.19) – esticando o pescoço em antecipação.


• Sujeito a futilidade (v.20) – Deus sujeitou o mundo a futilidade por causa
do pecado de Adão.
• Escrava da corrupção. (v.21).
• Esperando uma libertação da escravidão.
• Gemendo – (v.22). Lamentando sobre seu estado.

O mundo não está na condição em que Deus o criou. O pecado de Adão levou o mundo a
cair num estado de decadência (corrupção, morte, apodrecimento, etc.). Paulo personificou a
natureza como que esperando uma restauração ao seu estado original quando vier o milênio.

c. Nossa condição (v.23-25):

Semente 42 (Rm 8:23-27): Nós que temos o Espírito Santo estamos sofrendo, mas
com esperança. O que o Espírito Santo faz nas nossas vidas é apenas as primícias do
que Deus fará quando estamos na Sua presença. Temos esta esperança porque sabemos
que não temos recebido tudo ainda. O que aguardamos é a libertação total das influências
do pecado, tanto dos sofrimentos quanto das tentações. Por isso, gememos, e o Espírito
Santo geme no nosso íntimo, esperando nossa restauração. Nossa esperança nesta
restauração total nos ajuda viver em paz acima das circunstâncias.

Exercícios e perguntas:
1. O que significa 'esperança'? Qual é a nossa esperança?
2. Quando nós teremos liberdade total da influência do pecado?
3. Por que é importante depender do Espírito Santo nas nossas orações? Como isso
funciona?
4. Passe um tempo em oração sobre sua condição, permitindo que o Espírito Santo dirija
seu gemer.

• Gemendo – (v.23) Mesmo tendo as primícias do Espírito.


• Esperando a restauração – Mesmo do v.19.
• Sem corpo regenerado – Por isso estamos sujeitos a doenças,
sofrimentos e morte.
• Com esperança – (v.24) algo melhor no futuro. Algo que não estamos
vendo hoje, mas esperamos com fé e perseverança.
• Não estamos vendo tudo agora – Salvos na esperança de uma
glorificação que não estamos experimentando agora.

d. O Espírito nos ajuda a orar (v.26-27):


• Semelhantemente – Em gemer e interceder pela restauração da criação.

• A ajuda do Espírito (v.26):


(i) Assistir – Ficar ao lado para nos ajudar em nossa incapacidade de
orar – Pois não sabermos orar conforme a vontade de Deus.
(ii) Interceder – aproximar de Deus.
(iii) Gemer – Suspirar.
49

• A razão por que o Espírito pode nos ajudar a orar (v.27):


(i) O Pai é capaz de sondar os corações – saber as motivações internas.
(ii) A mente do Pai e do Espírito são iguais:
1. Mente – Alvos, intenções.
2. Conforme a vontade do Pai.

E. A garantia de libertação total (Rm 8:28-39):

1. O plano eterno de Deus (Rm 8:28-30):

Semente 43 (Rm 8:28-30): Sofremos com paciência porque sabemos do Seu plano
eterno para nossas vidas: predestinados para sermos conforme à imagem de Cristo.
Nem tudo o que passamos é para o "bem" em termos do conforto ou felicidade pessoal.
Tudo, porém, contribuirá para o alvo maior que Deus tem para as nossas vidas: ser como
Jesus. Ele veio ao mundo para restaurar à Sua imagem nas nossas vidas. Ele escolheu
as pessoas, não somente para salvação, mas para serem conformados à Sua imagem. As
vitórias, as derrotas, as felicidades, as tristezas e os sofrimentos, todos acontecem para
este fim. Quando temos esta perspectiva, suportamos tudo com paciência e alegria.

Exercícios e perguntas:
1. Conforme esses versículos, qual o progresso do plano de Deus para a vida dos Seus
eleitos?
2. Leia 2 Co 1:3-11. Como as circunstâncias da vida de Paulo contribuíram para seu
progresso espiritual.
3. Reflita sobre sua vida:
• Quais foram os momentos mais difíceis da sua vida?
• Como Deus usou essas circunstâncias para seu progresso espiritual?
• Agradeça a Deus pelo Seu plano soberano na sua vida.
4. Converse com seu parceiro sobre o que aprendeu sobre a sua vida. Agradeçam a Deus
juntos.

a. Santificação (v.28):
• Sabemos – Conhecimento total.
• Cooperar – Sunergeo - Trabalhar juntos .
• Todas as coisas – Sofrimentos, pecados, vitórias, etc.
• Os que amam a Deus – Os salvos.
• Os chamados – Chamado eficaz.
• Seu propósito – Ser como Cristo (v.29).

Deus permite todas as circunstâncias da nossa vida para a formação do nosso caráter.
50

b. Eleição (v.29):
• Conheceu de antemão – Predeterminou para ter um relacionamento com
Deus.

• O conhecimento de Deus é diferente do nosso conhecimento. Nós


conhecemos através da observação de fora para dentro. O conhecimento
de Deus originou-se nEle. Ele sabe, porque Ele criou e determinou tudo.

• Predestinou – marcou o caminho ou percurso antes. Não somente para a


salvação, mas também para a santificação e glorificação. O objetivo da
predestinação é o de sermos semelhantes a Jesus.

• Primogênito - O principal e o protótipo.

c. Glorificação (v.30): – Parte do pacote do plano de Deus:


• Predestinou – Antes da fundação do mundo (Ef 1:4-5).
• Chamou – O chamado eficaz.
• Justificou.
• Santificou (implicado) – Processo atual.
• Glorificou – Paulo usou o aoristo porque a nossa glorificação é tão certa.

2. A certeza da nossa glorificação (Rm 8:31-37). Que diremos? – Uma conclusão


de tudo até agora. As perguntas nessa parte são afirmações enfáticas.

Semente 44 (Rm 8:31-39): Temos esperança porque sabemos que a nossa posição
está segura. Em conclusão, Paulo mostrou a segurança da nossa posição para que as
pessoas não desanimem quando enfrentarem dificuldades. Ele fez uma série de perguntas
para nos dar a perspectiva eterna, cada pergunta mais forte que a outra: Quem será contra
nós? Quem nos acusará? Quem nos condenará? Quem nos separará do amor que Deus
tem para conosco? A resposta é que muitos podem tentar nos derrubar, mas, porque
nossa posição está segura em Cristo, nada nos atinge sem Sua permissão. Isto nos dá
perseverança e alegria durante as dificuldades.

Exercícios e perguntas:
1. Leia Atos 7:54-60. Como Estêvão vivia a realidade desses versículos?
2. Leia 2 Timóteo 4:6-18. Como Paulo vivia a realidade desse trecho?
3. Peça a Deus uma perspectiva eterna da sua vida.

a. Ninguém pode se opor a nós (v.31-32): – As pessoas podem estar contra


nós, mas, porque Deus é por nós, qualquer oposição é insignificante.
Por - Ao nosso lado, a nosso favor.
A prova de que Ele está a nosso favor – Ele deu seu próprio filho por nós:
• Poupou – reteve ou segurou.
• Entregou - paradidomai, deu ou ofereceu.
• Dará graciosamente – Charisomai – dará de “graça”.
• Todas as coisas – o que precisamos espiritualmente.
51

b. Ninguém pode nos acusar (v.33):


• Acusação – egkale – uma denúncia legal.
• Justifica - Tempo presente – Ele está constantemente nos liberando de
todas as acusações.

c. Ninguém pode nos condenar (v.34):


• Condenar - katakrino - condenação para a morte.
• Cristo foi condenado e liberado.
• Cristo agora intercede – Para nós não sermos condenados.

d. Ninguém pode nos separar do amor de Cristo (v.35-37).


O amor de Cristo por nós:
• Tribulação - Thlipsis – Ser apertado ou ficar sob pressão.
• Angústia – Ser cercado ou pressionado.
• Perseguição – Aflição.
• Fome – O resultado da perseguição.
• Nudez – O resultado de fugir – Sem proteção.
• Perigo --Perigo geral.
• Espada – Uma morte violenta.
• Profecia (v.36). (Uma indicação de que Deus é soberano sobre todas estas
dificuldades. Sl 44:22).
(i) Enfrentando a ameaça de morte todos os dias.
(ii) Considerados como destinados a morrer por cristo.
• A promessa (v.37):
(i) Mais que vencedores (hupernikao) – mais do que necessário para
vencer nessa situação.
(ii) Através daquele que nos amou – Nada pode nos separar deste amor.

Observação: Cada uma dessas situações é mais séria do que a outra: contrapor, acusar,
condenar e separar do amor de Cristo.

3. Conclusão (Rm 8:38-39):


a. Bem certo – Convicto, sem nenhuma dúvida.
b. A lista das coisas que não podem nos separar do amor de Cristo: Esta
lista está em pares.
• Morte – O maior inimigo.
• Vida – Nada durante a nossa existência.

• Anjos – Mensageiros.
• Principados – demônios.

• Eventos presentes.
• Eventos futuros – Coisas destinadas a acontecer.

• Poderes.

• Altura – Espaço, tempo ou o mundo espiritual.


• Profundidade.
52

V. O Problema de Israel: Deus é Justo? (Rm 9:1-11:36).

A. Introdução: Paulo tratou nos primeiros oito capítulos da essência do plano de Deus
em termos de justificação e santificação. Ele demonstrou que a salvação através de
Jesus era a mesma salvação pela graça, mediante a fé, que salvou Abraão. Ele
também demonstrou que os que foram regenerados têm uma capacidade de obedecer
aos princípios da Lei através de Jesus Cristo. Agora, Paulo enfrentará a questão da
rejeição dos judeus. Algumas pessoas acusaram Paulo de ser contra os judeus. Se
Jesus é o Messias e Deus prometeu salvação para os judeus como Seu povo
escolhido, porque a maioria deles está rejeitando Jesus? Deus rejeitou Israel?

B. A tristeza de Paulo (Rm 9:1-5):

Semente 45 (Rm 9:1-5): Apesar de todas as oportunidades, a maioria dos judeus


rejeitaram a Deus. Deus abençoou os Judeus, preparando-os através da sua história, dos
rituais e da Bíblia para receberem o seu Messias. Não lhes faltaram informações ou
oportunidades. Muitos, hoje, têm evidências claras da sua necessidade de Cristo, mas
também permanecem duros. Precisamos reconhecer que nós, que recebemos mais
oportunidades, seremos mais cobrado.

Exercícios e perguntas:
1. Que cerimônias e rituais do A.T. deveriam ter deixado os judeus preparados para
reconhecerem a Jesus?
2. Que profecias e eventos do A.T. deveriam ter deixado os judeus preparados para
reconhecerem a Jesus?
3. O que Deus preparou em sua vida para que você se voltasse para o seu Salvador?
4. Agradeça a Deus por tal preparação e por ter aberto seus olhos.

1. A integridade de Paulo (Rm 9:1):


a. Não minto – Ele não estava falando algo para agradar os judeus.
b. Consciência – O interior que o alertou para não errar.
c. O Espírito Santo – Iluminando a sua consciência.

2. A tristeza (Rm 9:2-3):


a. Tristeza.
b. Dor – Angústia mental, algo que consome.
c. Semelhante a lamentação de Samuel e Jeremias sobre Israel.
d. Disposição de ser condenado para a salvação dos judeus.
• Anátema – Maldição, mas usado para as ofertas.
e. Os judeus:
• Parentes de Paulo fisicamente.
• Irmãos.
53

3. O relacionamento de Deus com Israel (Rm 9:4-5):


a. Israelitas – Descendentes de Abraão, Isaque e Jacó.
b. Adoção – Um relacionamento baseado na escolha de Deus (Ex 4:22, Os 11:1).
c. A glória – Glória shekiná. A presença de Deus manifestada a Israel.
d. As alianças – Abraão, Moisés, Davi, Nova Aliança. Um relacionamento
especial.
e. A lei – Expressão da vontade de Deus e do Seu Caráter. (Dt 4:5-8).
f. Culto (latreia) As cerimônias. Os rituais que simbolizavam a vinda de Cristo.
g. As promessas – As bênçãos e a promessa do Messias.
h. Os patriarcas – Os exemplos e o fundamento das bênçãos .
i. Cristo – O Messias veio da linhagem dos judeus
• Sua autoridade, Sua divindade Sua eternidade.

Paulo não estava contra os judeus. Pelo contrário, ele faria qualquer sacrifício para ver os
judeus salvos. Ele confirmou as vantagens de ser judeus, as quais deveriam tê-los preparado

para a vinda de Jesus.


Abraão teve muitos descendentes. Além de Isaque nascer de Sara, e Ismael nascer de Hagar,
Abraão teve mais seis filhos com Quetura (Gn 25:1-4). Ismael teve 12 filhos. A Bíblia registra
pelo menos mais sete netos dos filhos de Quetura. De oito filhos, só Isaque era o filho da
promessa (eleito). Dos vinte netos que estão registrados, só Jacó era o herdeiro da promessa.

C. A eleição não é nacional, mas individual (Rm 9:6-29):

1. O princípio (Rm 9:6-7):

Semente 46 (Rm 9:6-13): A eleição é individual e não por descendência. Os judeus


achavam que, porque faziam parte do "povo escolhido", a salvação era automática. Eles
pensavam que poderiam perder bênçãos pela desobediência, mas que sua posição era
segura. Hoje, há pessoas que "fizeram decisões" (mas não nasceram de novo), se
batizaram e fazem parte da igreja. Elas têm a mesma atitude dos judeus, tendo uma
segurança falsa. Através de exemplos do A.T., Paulo demonstrou que a eleição nunca foi
de um grupo, mas individual. Nossa confiança nunca deve estar em algo do nosso passado
ou do grupo de qual fazemos parte, mas na realidade da transformação que Deus realizou
em nossas vidas.
54

Exercícios e perguntas:
1. Quantos filhos foram descendentes físicos de Abraão? Quantos foram escolhidos?
2. Leia Gênesis 25:19-34; 27:1-37. Onde está, na vida de Jacó, o merecimento para ser
escolhido? Por que Deus o escolheu?
3. Leia esse trecho de Romanos várias vezes, aplicando-o na sua vida. Agradeça a Deus
pela sua eleição imerecida.

a. Deus não quebrou suas promessas – Cair, falhar, enfraquecer (v.6).


b. Nem todos os descendentes físicos de Israel são herdeiros da promessa.
c. Nem todos os descendentes físicos de Abraão são filhos (tekna) (v.7).

PRINCÍPIO: A eleição nunca foi de um grupo, mas sempre foi individual. Muitos judeus
pensavam que, só por serem descendentes de Abraão, a salvação era automática.

2. Exemplos de eleição (Rm 9:7-13):

a. O exemplo de Isaque e Ismael (9:7-9):


• Descendente – semente (v.7).
• Filhos – Tekna.
• Gn 21:12 – (v.7). No contexto da rejeição de Ismael, considerado como o
descendente.
• Da carne – (v.8) descendentes físicos.
• A promessa: Gn 17:19-21 – Isaque foi o herdeiro da vida eterna e das
alianças.
• A promessa: (v.9) Gn 18:10,14 – O filho será o de Sara.

b. O exemplo de Jacó e Esaú (9:10-13):


• Não somente ela – (v.10) outra ilustração.
• Um só – este caso é mais gráfico porque é o mesmo pai, a mesma mãe e a
mesma gravidez.
• Nosso pai – Pai de todos os cristãos.
• A eleição não foi baseada na linhagem nem nas obras que eles fizeram ou
fariam (v.11).
• O propósito de Deus : O plano da eleição “ficou de pé”.
• Salvação - Não por obras, mas pelo chamado de Deus.
• A promessa e o propósito de Deus: (v.12). O mais velho será servo do
mais moço. (Gn 25:23).
• Resumo: (Ml 1:2-3). – (v.13).
(i) Amou (Ágape – imerecido) Jacó.
(ii) Aborreceu (rejeitou) Esaú.
55

3. A eleição do indivíduo é justa (Rm 9:14-18):

Semente 47 (Rm 9:14-15): Deus é justo ao escolher uns e endurecer outros. Uma
das críticas à doutrina da eleição é que é injusto Deus ao escolher uns e rejeitar outros. Se
a salvação é baseada em quaisquer outras condições além da escolha de Deus, há um ato
de mérito. Até a fé poderia ser um ato de mérito se não fosse uma obra de Deus na vida
dos Seus eleitos. Paulo demonstrou o propósito e soberania de Deus na eleição usando a
vida de Faraó. Deus foi glorificado pela rejeição dele, como também está sendo glorificado
pela rejeição dos judeus. O caráter de Deus é manifesto em tudo. Isso só nos deixa
humildes, reconhecendo que a nossa salvação veio de Deus.

Exercícios e perguntas:
1. Usando uma chave bíblica, conte quantas vezes fala que Deus endureceu o coração de
Faraó e quantas vezes ele mesmo foi o responsável.
2. Quem foi responsável pelo endurecimento do seu coração?
3. Como Deus foi glorificado na vida de Faraó?
4. Explique esse trecho para alguém.
5. Ore pela compreensão desse trecho.

a. A conclusão (v.14): Isaque foi escolhido e não Ismael, Jacó foi escolhido e
não Esaú, independentemente de suas obras ou de sua pessoa, puramente
baseado na graça de Deus.

b. A conclusão humana: Isso é injusto. A idéia de que Deus escolheria algumas


pessoas para salvação e não outras, antes de qualquer ação, parece injusta.
Alguns solucionam este problema com a seguinte lógica:

• A Escolha de Deus é baseada na Sua “presciência” (1 Pd 1:2). Deus


viu quem iria “aceitá-lO” e escolheu aqueles que sabia que iriam “tomar
uma decisão”. Mas o saber de Deus é diferente. Nós sabemos porque
observamos, mas Deus sabe porque Ele determina.

• A decisão de seguir a Deus é do livre arbítrio do homem. Deus deseja


que todos sejam salvos (2 Pd 3:9; 1 Tm 2:4). Eles esquecem que:

(i) O homem ímpio não tem livre arbítrio. Ele é escravo do pecado e está
morto espiritualmente.

(ii) O desejo de Deus de que todos sejam salvos aplica-se só aos eleitos.
O contexto de 2 Pd 3:9 indica que os ímpios serão julgados, mas Deus
está esperando que todos os eleitos sejam salvos para que esse
julgamento aconteça. O contexto de 1 Tm 2:4 é oração. Se estamos
orando pela salvação de alguém, estamos orando conforme o desejo de
Deus apesar da pessoa não ser eleita. Deus não tem prazer na
condenação do injusto.
56

• A eleição é de um grupo e não do indivíduo. Deus escolheu Israel no


Antigo Testamento e escolheu a Igreja no Novo Testamento. Salvação é
baseada na identificação com o povo eleito. Este argumento é
completamente contrário ao contexto de Romanos 9, que indica que a
eleição não é de um grupo, mas do indivíduo.

Observação: Alguns gostam da conclusão da doutrina da eleição, mas não da base ou da


metodologia dela. Eles gostam da segurança de que uma vez que a pessoa é salva, nunca
perderá sua salvação. Se a pessoa não aceitar a eleição como a causa da salvação, não
haverá uma compreensão da graça de Deus. A fé não é uma obra humana que mereça a
salvação, mas vem de Deus, é imerecida (Ef 2:8, 1 Jo 5:4). Os que rejeitam a eleição
acreditam que é nossa tarefa “convencer” as pessoas para serem salvas, em vez de crer no
poder do evangelho para abrir os olhos dos eleitos (Rm 1:16-17).

c. Deus não é injusto quando Ele escolhe alguns (v.15):

• A prova: Ex 33:19 – Deus tem o direito de aplicar Sua misericórdia e


compaixão a quem Ele quer.
(i) Misericórdia – No grego é verbo, as ações. Uma identificação com a
situação da pessoa e o ato de ajudar a pessoa a sair dessa situação.
(ii) Compaixão – A atitude que motivou as ações de misericórdia.

• A salvação (v.16):
(i) Não depende da escolha ou da vontade humana (querer).
(ii) Não depende do esforço humano (correr).
(iii) Depende de Deus “ter misericórdia”.

Semente 48 (Rm 9:17-29): Sempre foi o plano de Deus escolher alguns judeus e
alguns gentios. Nossa perspectiva é limitada e muito focalizada no individual. A vontade
maior de Deus é de ser glorificado na Sua criação e no Seu plano. Deus não somente tem
o direito de escolher alguns e não outros, mas também ele faz isso conforme Seu plano
eterno. A incredulidade dos judeus não foi uma surpresa para Deus, mas isso, com a fé de
alguns gentios, sempre foi parte do plano eterno de Deus para manifestar Sua glória. A
evidência são as profecias do A.T. Mesmo que Deus eleja alguns, os que rejeitam são
responsáveis pela sua recusa. Nosso alvo na evangelização é descobrir essas pessoas nas
quais Deus está trabalhando.

Exercícios e perguntas:
1. Leia as profecias que Paulo citou em seu contexto. Paulo foi coerente com o contexto?
2. "O mesmo barro" (v.21) está se referindo a quem?
3. Usando os versículos 22-23, adore a Deus pela sua misericórdia, poder, longanimidade,
justiça, glória e soberania.
57

d. Deus não é injusto quando Ele condena os não eleitos (v.17-18):

• A prova (v.17): (Ex 9:15-16). O propósito da vida de Faraó:


(i) Uma demonstração do poder (dunamis) de Deus.
(ii) Um motivo para a proclamação (dia-angelo) do caráter de Deus (veja
Josué 2:9-10 – Quarenta anos depois, estavam ainda falando do poder
de Deus ao derrotar Faraó).

• A conclusão (v.18):
(i) Deus aplica misericórdia conforme Seu desejo.
(ii) Deus endurece (torna teimoso ou com a cerviz dura, sem
disponibilidade de se submeter) conforme Seu desjeo. Êxodo indica 11
vezes que Deus endureceu o coração (vontade) de Faraó, e 3 vezes,
Moisés falou que o próprio faraó endureceu seu coração. Esses trechos
indicam que Deus não escolheu Faraó para a salvação, mas Deus
estava sendo glorificado na vida de Faraó, e Faraó era responsável pela
sua rebeldia.

4. Deus é soberano na eleição (Rm 9:19-21):

a. O Antagonista (v.19): Se a salvação vem pela eleição, Deus não tem o direito
de condenar o não eleito?
• Queixar – Condenar ou culpar alguém.
• Resistir – Opor-se ou colocar-se contra – tempo perfeito.
• Vontade – Boulema – aquilo que Deus determinou.
• O problema com esse argumento: as pessoas esquecem que a justiça iria
resultar na condenação de todos.

b. A resposta (v.20a):
• Quem és tu? - Você não tem nenhum direito de questionar a Deus. É
blasfêmia questionar o direito de Deus exercer Sua vontade soberana sobre
os homens.

c. A ilustração (v.20b-21):
• O vaso não tem o direito de questionar o oleiro (Is 29:16; 45:9; 64:8; Jr
18:3-16).
• O oleiro tem o direito de fazer dois tipos de vasos:
(i) Honra (Reconhecimento no juízo por ter feito a vontade de Deus).
(ii) Desonra – Desgraça, um destino de julgamento.

Hendrickson: “Deus, nosso Criador, tem o direito de eleger para vida eterna alguns do
mesmo grupo de seres humanos que, pela sua própria culpa se jogou no abismo de miséria, e
deixar outros no abismo de destruição”.
58

5. A rejeição de Israel é consistente com o plano de Deus (Rm 9:22-29):

a. O plano de Deus (v.22-24):

• Uma pergunta retórica (v.22): Uma declaração de que isto é o plano de


Deus. Se este é o plano de Deus, o que você fará?
(i) Querendo - O propósito de Deus para as pessoas:
(ii) Mostrar Sua ira (gnosis) – Fazer conhecida Sua ira.
(iii) Mostrar Seu poder (gnosis) Fazer conhecido Seu poder.

• Vasos de ira (v.22): Objetos destinados à ira.


(i) Ira – Não é emoção, mas a insatisfação contra o pecado.
(ii) Suportou – Carregou, agüentou.
(iii) Preparados para perdição – Indica que eles mesmos foram
responsáveis por essa preparação.

• Vasos de misericórdia (v.23-24): Objetos destinados a receber a


misericórdia de Deus.
(i) Riquezas da Sua glória – Riqueza gloriosa.
(ii) Preparou de antemão – Alvo – “pré-preparou”, destinou. Deus os
preparou.
(iii) Nós, os chamados (chamado eficaz):
1. Judeus.
2. Gentios.

b. As profecias do plano de Deus (v.25-29):

• Alguns gentios serão salvos (v.25-26): – Isso foi profetizado conforme o


plano de Deus.
• Oséias 2:23: (v.25).
(i) O contexto é melhor entendido com Oséias 1:9-10 quando Deus
chamou Israel “Não-Meu-Povo”. Oséias 2:23 é a promessa para a
restauração de Israel. Paulo expandiu o conceito para incluir os
gentios.
(ii) Laos – usado para o povo de Deus – Um povo espiritual tomou o lugar
do povo biológico.
(iii) Amada – Agapao – tempo perfeito.
(iv) Filhos do Deus vivo – Indica um relacionamento com Deus.

• Oséias 1:10: (v.26). O fato de Israel estar rejeitando a Deus hoje e dos
gentios estarem crendo, foi profetizado. Não estava fora do plano de Deus.
59

c. Só o remanescente de Israel será salvo (v.27-29): Isso foi profetizado


conforme o plano de Deus.
• Isaías 10:22-23: (v.27-28).
(i) Clamar – O falar urgente de um profeta
(ii) Número…como a areia do mar - Número grande dos descendentes
físicos de Israel.
(iii) Remanescente – O restante, os sobreviventes. Os descendentes
físicos e espirituais de Abraão. Uma minoria.
(iv) Cumprirá – O que falou sobre o julgamento.
(v) Completa e rapidamente – Da maneira como Deus executou Seu
julgamento contra Judá com a invasão da Babilônia.

• Isaías 1:9: (v.29).


(i) Senhor dos Exércitos - Yaweh Sabaoth – Os exércitos do céu e da
terra.
(ii) Descendência – Uma semente ou sobreviventes.
(iii) Sodoma e Gomorra – Não existem mais.

D. A falha de Israel: Obras ao invés de fé (Rm 9:30-10:21):

1. A Conclusão (Rm 9:30-31):

Semente 49 (Rm 9:30-10:4): No fervor religioso, tentando agradar a Deus na sua


própria força, os judeus não perceberam sua necessidade de Cristo. Não há dúvida de
que os judeus tinham um grande fervor religioso, mas eles seguiram pelo caminho errado.
Em vez de buscar intimidade com Deus através da fé, eles focalizaram as obras da lei. A
razão foi que eles não reconheceram a santidade de Deus (o padrão verdadeiro) e
estabeleceram um sistema com um padrão religioso que eles mesmos criaram. Por isso,
eles não reconheceram sua carência espiritual nem entenderam o propósito de Cristo. Por
outro lado, alguns gentios, mesmo não buscando a Deus, abraçaram a Jesus porque Deus
abriu seus olhos. Devemos lembrar que nossa busca é de intimidade com Deus e não de
um padrão externo.

Exercícios e perguntas:
1. Por que as pessoas acham que poderiam ser salvas pelas obras?
2. Por que Jesus foi um tropeço para os Judeus?
3. Converse com seu parceiro sobre esse último capítulo:
• O que foi difícil de entender?
• O que foi difícil de aceitar? Há dificuldade em aceitar-se que a eleição é justa?
• Passem um tempo juntos agradecendo a Deus pelo Seu plano.

a. Os gentios (v.30): Não buscaram, correram atrás ou procuraram a salvação.


• Eles receberam para si justiça (salvação).
• Esta salvação foi mediante a fé.

b. Os judeus (v.31): Buscaram, correram atrás da lei que podia levar a salvação.
• Não alcançaram o padrão da lei.
• Eles buscaram com suas próprias forças.
60

2. A razão da falha definida (Rm 9:32-33):

a. Buscaram a Deus baseados nas obras (v.32):


• Não buscaram mediante a fé.
• Buscaram como se fosse por obras.

b. Rejeitaram a Cristo (v.32b- 33):


• Tropeçaram – Proskoma – Tropeçar ou ser ofendido. Uma pedra que
causa ofensa – Cristo condenou os seus caminhos, e em vez de se
arrependerem, eles se ofenderam. Há uma finalidade nesse tropeço.
• Isaías 28:16.
• Ponho em Sião – O Messias viria para Israel.
• Pedra de tropeço – Algo que causa ofensa.
• Rocha de escândalo – Algo que leva alguém a cair fora.
• Crer – Confiar.
• Confundido – Desapontado ou decepcionado.

c. Resumo:
• Os judeus creram:
(i) Que eram salvos por ser parte do povo escolhido.
(ii) Na salvação pelas obras.
• A realidade:
(i) A eleição é individual e sem restrição nacional.
(ii) A salvação é pela fé.

3. A ignorância do caráter de Deus (Rm 10:1-3):


a. O desejo de Paulo (v.1):
• Irmãos – Identificação com os judeus.
• O desejo: A salvação dos judeus.
(i) Desejo interior (coração).
(ii) Oração – Implorar com persistência.

b. O fervor de Israel sem conhecimento da santidade de Deus (v.2):


• A confirmação de Paulo:
• Zelo – Um compromisso com paixão, fervor, motivação – Eles odiavam a
idolatria, tinham reverência para com o templo, compromisso com as
tradições.
• Não tinham intimidade – “epignosis” – Um conhecimento íntimo, com
discernimento espiritual. O “gnosis” que tinham era superficial e causou
arrogância.

c. A ignorância do seu pecado (v.3): Ignorância – Falta de “gnosis” do caráter


de Deus – Sua justiça é padrão para o julgamento.
• Estabelecer a sua própria – Validar seu próprio padrão.
• Recusaram a submeter-se ao padrão de justiça que vem de Deus.
61

4. A ignorância da provisão de Deus (Rm 10:4-10):

Semente 50 (Rm 10:4-12): O evangelho não é algo escondido ou complexo. A


rejeição do caminho da salvação pelos judeus não foi porque o evangelho era complexo ou
difícil. Uma justificação mediante a fé não requer uma busca complexa ou tarefas
impossíveis, mas Deus está querendo uma resposta de fé na obra de Jesus Cristo. Isso foi
previsto no A.T. Agradeçamos a Deus tanto pela simplicidade do Evangelho como pela
sua profundidade. Precisamos compartilhar o evangelho com a mesma simplicidade da
Bíblia.

Exercícios e perguntas:
1. Quais são algumas das coisas que pessoas acrescentam ao evangelho que o faz mais
complicado?
2. Esse trecho ensina que a salvação vem por uma decisão simples? Explique.
3. O que significa “invocar o nome do Senhor”?

a. O propósito da lei (v.4-5):


• O alvo e a essência da lei são resumidos em Cristo. Ele é o fim das
tentativas humanas para obter justiça (v.4).
• A justiça verdadeira vem mediante a fé.
• Moisés escreve acerca da justiça que vem da lei: Lv 18:5 (v.5).
• A única justiça que a lei aceita é a obediência perfeita.

b. O chamado para a salvação (v.6-8):


• A justiça baseada na fé personificada.
• Deuteronômio 30:9-16 – O povo é chamado à obediência, mas não como
uma jornada mística, subindo ou descendo para encontrá-la. A obediência
vem da fé. Não por fazermos algo que Cristo já fez.
• A mensagem está próxima - Já foi revelado o suficiente a Israel.

c. O caminho para salvação (v.9-10):


• A justiça está na sua boca – (v.9). Então confesse com sua boca Jesus
como Senhor (Soberano Yahweh).
• A justiça está no seu coração – (v.10). Então creia no seu coração que
Deus O ressuscitou. Os alvos:
(i) Justiça – O que nós nos tornamos.
(ii) Salvação – O que Deus faz por nós.

5. A ignorância da previsão do evangelho no Antigo Testamento (Rm 10:11-21):

a. As profecias sobre a salvação de pessoas de todas as nações (v.11-15):


“Todos”.
• Isaías 28:16: (v.11-12).
(i) Todo aquele que crê.
(ii) Não será confundido – Terá certeza de que sua fé não foi em vão.
(iii) Não há distinção – A salvação é para os judeus e gentios.
(iv) A razão – (v.12). A riqueza da Sua graça estende-se a todos os Seus
adoradores.
• Joel 2:32: (v.13-14).
62

Semente 51 (Rm 10:13-21): Antes de uma pessoa ser salva, ela precisa ouvir uma
apresentação viva do evangelho. O evangelho é poderoso quando chega através de um
mensageiro cuja vida sofreu o impacto do evangelho. Tanto a semente (a mensagem)
quanto o semeador (o mensageiro) são importantes. Deus manda mensageiros para
entregar Sua mensagem e, certamente, Ele os mandou para Israel. O problema não foi
com a semente nem com os semeadores, mas com o solo (os judeus). Isso deve nos
incentivar a viver vidas que reflitam a realidade do evangelho.

Exercícios e perguntas:
1. Por que a vida do mensageiro é importante?
2. De onde vem a fé?
3. Por que é importante proclamar a mensagem?
4. Ore que Deus envie mensageiros para o campo.

(i) Todo aquele que invocar (adorar) o nome (Yahweh).


(ii) O nome é a essência de quem Ele é.
(iii) É impossível para qualquer pessoa (judeu ou gentio) adorar sem:
1. Crer, e crer sem...
2. Ouvir, e ouvir sem...
3. Que alguém pregue, e pregar sem...
4. Que Deus envie.

• Isaías 52:7: (v.15).


(i) Formoso – Bonito e agradável.
(ii) Anunciar boas coisas – Euanguelizo – Evangelho.
(iii) Contexto: O anúncio de libertação da Babilônia e a futura adoração de
pessoas de todas as tribos.

b. As profecias sobre a incredulidade de Israel (v.16-21). Nem todos os judeus


creram (hupakouo – Submeter).

• Isaías 53:1 (v.16-17):


(i) Acreditou – Pistis , confiou ou creu.
(ii) Resumo: A única fonte de fé é a mensagem sobre Jesus.
(iii) Pregação – akoe – Uma coisa ouvida, um relato, uma mensagem.

A mensagem sobre Cristo ----à Ouvir-------à Fé

• Salmo 19:4: (v.18).


(i) Todos ouviram? Sim!
(ii) Toda a terra.
(iii) Confins do mundo.

• Deuteronômio 32:21: (v.19).


(i) Os judeus sabiam? Sim!
(ii) Os “não nação”.
(iii) Provocar ciúmes.
(iv) Provocar a ira.
(v) Uma previsão do evangelho alcançando aos gentios e a resposta dos
judeus.
63

• Isaías 65:1,2: (v.20-21).


(i) A ousadia de Isaías na sua declaração.
(ii) Os gentios não buscaram, mas acharam a salvação.
(iii) Todo o dia - Constantemente .
(iv) Estender a mão – Um convite para a salvação.
(v) Rebelde – Desobediente – sem submissão.
(vi) Contradizente – Que argumenta contrariamente, contraditório.

E. A salvação de Israel (Rm 11:1-36):

1. A rejeição de Israel não é total (Rm 11:1-10):

Semente 52 (Rm 11:1-6): Deus sempre teve um remanescente dos eleitos entre os
judeus, escolhidos pela Sua graça. Nem todos os judeus rejeitaram a Cristo, mas houve
uma minoria que O abraçou, incluindo Paulo. De fato, sempre foi a minoria dos judeus que
Deus reservou para Si mesmo. Ele citou o exemplo dos dias de Elias. Essa minoria, o
remanescente, incluía indivíduos que Deus tinha escolhido puramente pela Sua graça.
Nosso alvo na evangelização é encontrar as pessoas que fazem parte desse
“remanescente”.
Exercícios e perguntas:
1. Leia 1 Rs 19:1-18. Depois da sua grande vitória sobre os sacerdotes de Baal, Elias
esperava um avivamento em Israel. Quando Jezabel o ameaçou, ele fugiu e ficou
desanimado.
• Por que Elias desanimou? Como respondeu?
• Como Deus se manifestou a Elias?
• Deus sempre se manifesta de maneiras espetaculares?
2. Qual a ligação entre eleição e graça?
3. Agradeça a Deus por fazer parte do remanescente e pela Sua graça.

a. A pergunta (v.1): Deus rejeitou os judeus de vez?


• Rejeitar – Deixar de lado, Repudiar.
• De jeito nenhum!

b. O exemplo de Paulo (v.1):


• Israelita.
• Descendente de Abraão.
• Tribo de Benjamim – “filho da destra”.
• Paulo é um exemplo de um judeu que Deus não rejeitou.

c. O exemplo do remanescente nos tempos de Elias (v.2-4):


• Deus não rejeitou (v.2).
• Conheceu de antemão – Pré-determinou um relacionamento (1 Pd 1:2 e
2:23).
• Contexto: Jezabel queria matá-lo depois da sua vitória sobre os profetas de
Baal.
64

• Petição contra Israel (v.3): (1 Rs 19:10-4).


(i) Mataram os profetas – Rejeição da mensagem.
(ii) Nivelaram os altares – Rejeição da adoração.
(iii) Somente EU estou sobrando e estão querendo me matar.

• A resposta divina (v.4):


(i) Reservei – Preservei. Deus reservou as pessoas. Se não, eles
também teriam se ajoelhado perante Baal.
(ii) Para mim – Para Sua glória.
(iii) Que não dobraram – A natureza mudou.

d. Hoje: (v.5-10). – Kairos.

• Há um remanescente de eleitos (v.5-6):


(i) Remanescente – (v.5). Uma porção preservada.
(ii) Eleição – ekloge – Os escolhidos entre os judeus.
(iii) Graça – (v.6). A base da escolha – Não é mérito. Se fosse baseada
nas obras, a graça não seria mais graça

• Ao resto rejeitará (v.7-10):

Semente 53 (Rm 11:7-16): Jesus ao ser rejeitado pela maioria dos judeus está de
acordo com o plano de Deus. Como todos não rejeitaram a Cristo, a condição de Israel
não é permanente. Deus profetizou que Israel iria rejeitar seu Salvador. O plano de Deus
era de endurecer Israel e salvar muitos gentios para despertar os judeus. Este plano não
somente será para o bem de Israel a longo prazo, mas também está beneficiando os
gentios até hoje. Podemos agradecer a Deus pela oportunidade de O conhecer.

Exercícios e perguntas:
1. Examine o contexto dos versículos que Paulo citou no seu contexto original.
2. Como esta rejeição é benéfica para os gentios?
3. Como contribuirá para a salvação dos judeus?
4. Se Paulo era um apóstolo para os gentios, como seu ministério poderia beneficiar os
judeus?
5. Ore pela salvação dos judeus.

• Israel busca (epizeteo) – (v.7) Uma busca intensa, mas não alcançou.
• Só os eleitos alcançaram.
• Os não eleitos foram endurecidos – Insensatos, cegos, sem percepção. As
provas:

(i) Isaías 29:10: (v.8). Deus deu, mas eles têm responsabilidade perante
Deus.
1. Espírito – Um estado de percepção; entorpecimento – tonto,
escuridão.
2. Olhos e ouvidos – instrumentos de percepção.
65

(ii) Salmo 69:22,23: (v.9-10).


1. Mesa – símbolo da riqueza terrena dos inimigos de Davi.
2. Laço – Uma armadilha que leva à morte instantânea.
3. Tropeço – Skandalon – Armadilha.
4. Recompensa – resultado – Eles confiaram na Lei, que os condenou.
5. Não vejam – Sem percepção.
6. Curvadas as suas costas – por causa da cegueira.

2. A rejeição de Israel não é final (Rm 11:11-24):

a. A pergunta (v.11):
• Tropeço – Skandalon.
• Cair – Ser destruído, sem chance de recuperação
• Não!

b. O resultado da incredulidade de Israel: (v.12-23).

• A salvação dos gentios (v.11-12): – A rejeição de Jesus pelos Judeus,


levou à salvação dos gentios, com o propósito de provocar os judeus a
ciúmes:
(i) A transgressão e abatimento (falha) dos Judeus resultou em benefícios
para o mundo.
(ii) Quanto mais benefícios haverá quando os judeus crerem no Milênio.

• A salvação dos judeus (v.13-16):


(i) A importância do ministério de Paulo (v.13-14) (Apóstolo aos
gentios):
1. Glorificar seu ministério – foi importante porque era uma maneira de
alcançar os judeus.
2. Meu povo – minha carne – Ele identificou-se com eles.
3. Alguns – A salvação dos judeus é seu alvo.
(ii) Reconciliação (v.15). Houve uma mudança de estado dos gentios
perante Deus pelo fato dos judeus O rejeitarem.
(iii) Restabelecimento – Restauração – Palavra só usada em relação à
Israel. Vida dentre os mortos (Vida eterna do remanescente).

• Exemplos (v.16): Para ilustrar que a fundação do judaísmo é pura.


(i) Primícias da massa – A fonte do fermento (Nm 15:19-21).
(ii) Raiz da oliveira – A fundação da verdade. A raiz são os patriarcas.
Uma provisão de uma salvação futura para os judeus.
66

c. Aviso contra a arrogância á luz da rejeição de Israel (v.17-24):

Semente 54 (Rm 11:17-24): O fato que nós fomos escolhidos nunca deve nos deixar
arrogantes, ingratos ou relaxados na vida cristã. A nova aliança foi feita com Israel, não
com os gentios. Alguns indivíduos foram cortados por causa da sua incredulidade. Isto
abriu uma oportunidade para os gentios serem salvos e fazerem parte do povo de Deus na
igreja. É importante lembrar que isto é um privilégio, e não porque somos melhores do que
os judeus ou outras pessoas. Os judeus foram cortados por causa da incredulidade. As
pessoas que estão na igreja que não crêem serão cortadas também. Elas não perderam
sua salvação, porque nunca a tiveram. Devemos nos humilhar perante Deus pelo privilégio
de sermos escolhidos, mas nunca acharmos que somos melhores dos que não crêem.

Exercícios e perguntas:
1. Quem são os ramos naturais? Os enxertados?
2. Esse trecho ensina que podemos perder nossa salvação? Explique.
3. Considerando a severidade e bondade do Senhor, há conflito nos Seus atributos?
Explique.
4. Converse com seu parceiro sobre a questão da segurança da salvação.
• Há uma possibilidade de uma pessoa verdadeiramente salva perder sua salvação?
• Há pessoas que têm uma segurança falsa? Quais? Como podemos evitar isso na
igreja?
• Qual deve ser a atitude de uma pessoa salva acerca da sua salvação?
• Peça a sabedoria de Deus nessa área.

• Aviso contra a arrogância (v.17-18):


(i) Enxertar – Ramos de oliveiras mais novos foram enxertados no lugar
de ramos que não produziam fruto. Isso representa a ligação com a
herança espiritual de Israel.
(ii) Quebrados – Cortar, quebrar – A palavra só é usada nesse trecho.
Simboliza que os falsos foram tirados do meio do remanescente.
(iii) Oliveira brava – A que não faz parte por natureza.
(iv) Raiz e seiva da oliveira – O líquido da raiz que dá vida. A herança
espiritual de Abraão.
(v) Arrogância – Alegrar-se, pensando que são melhores. Lembrem-se:
vocês não são a fonte. São abençoados através de Israel. É um
privilégio.

• Aviso contra incredulidade (v.19-22):


(i) O argumento (v.19): Judeus foram cortados com o propósito de nós
sermos incluídos.
(ii) A razão pela qual Israel foi cortado – (v.20). Incredulidade.
(iii) A razão pela qual um gentio pode ser incluído – Fé.
(iv) A razão pela qual um gentio pode ser cortado – Se entrar na igreja,
mas não crer.
(v) A resposta (v.20-21): Temor, o contrário da arrogância. As pessoas
salvas reconhecem que não merecem a salvação e que não são
melhores que os outros. Se Deus não tolerou incrédulos em Israel, Ele
não tolerará incrédulos na Sua igreja.
(vi) Bondade (v.22): Para os que têm fé e perseverança
(vii) Severidade: Os que caíram – rejeição total e incredulidade.
67

Observação: Esse trecho está falando que ser membro de igreja não salva, como ser
cidadão de Israel nunca salvou. Os que nunca tiveram uma ligação com a raiz da oliveira, ou
seja, a fé de Abraão, serão eliminados. Não está em foco uma pessoa verdadeiramente salva
que perdeu sua salvação. Ele está descrevendo alguém que se identifica com o evangelho,
mas não manifestou a fé salvadora. Os gentios incrédulos, que somente professam fé, serão
cortados, como os judeus incrédulos que não fizeram parte do remanescente.

• A promessa para os judeus que crêem (v.23 -24):


(i) Os judeus que crêem em Cristo serão salvos. A rejeição deles não é
permanente. Não foram quebrados definitivamente.
(ii) Seria natural enxertá-los de novo.

Observação: Esse trecho tem dois sentidos. Primeiro, os judeus que crêem podem ser
salvos agora. Segundo, como a próxima parte mostra, haverá uma restauração dos judeus na
tribulação.

3. A rejeição de Israel está dentro do plano de Deus (Rm 11:25-36): A futura


salvação de Israel.

a. Seu plano para o “tempo dos gentios” (v.25):

Semente 55 (Rm 11:25-32): Deus é fiel e cumprirá Suas promessas aos judeus. Deus
escolheu os judeus como uma nação, mas não a todos os indivíduos. Quando Deus
promete algo ou escolhe alguém, Ele sempre cumpre o que declarou. Haverá um tempo
em que todos os indivíduos judeus serão salvos: no fim da tribulação, quando todos os
judeus incrédulos morrerão e só os remanescentes eleitos sobreviverão. Deus permitiu a
desobediência dos judeus, até aquele tempo, para poder derramar a riqueza da sua
misericórdia sobre Seus eleitos. Podemos confiar nas promessas de Deus.

Exercícios e perguntas:
1. Leia Apocalipse 14:1-5.
• Nesse ponto, todo Israel será salvo?
• Quem são os 144.000?
• Por que eles estão cantando?
2. Por que é importante saber que os dons e vocações de Deus são irrevogáveis? Quais
são as implicações?
3. Por que Deus permite a desobediência?
4. Agradeça-O pela Sua fidelidade a Suas promessas.

• Mistério – Algo encoberto que é manifesto em Cristo. O conhecimento


deve nos dar humildade perante o plano de Deus.
(i) Endurecimento em parte – Nem todos os judeus rejeitam a Cristo,
nem é uma rejeição definitiva.
(ii) Plenitude dos gentios – Lc 21:24 - Até o fim da tribulação, Deus
purificará Israel de todos os incrédulos. Ez 20:33-38, At 15:12-18.
68

b. Seu plano para cumprir Suas promessas a Israel (v.26-29):


• Todo o Israel – Todos os vivos no fim da Tribulação -
• Isaías 59:20-21 - O Redentor tirará os pecados.
• Isaías 27:9 - A aliança é para tirar os pecados.
• Conforme o evangelho – Inimigos de vocês.
• Conforme a eleição – Amados por Deus.
• Por que?
(i) Dons – Charismata – Os privilégios especiais dado por Deus pela Sua
graça.
(ii) Vocação – A eleição de Israel
(iii) Irrevogáveis - Não voltará atrás, não alterará.

c. Seu plano para demonstrar Sua graça e misericórdia (v.30-32):


• Desobediência – (v.30). Teimosia, não se deixa persuadir. Uma rejeição
consciente.
• Misericórdia – (v.31). Compaixão que leva a pessoa a agir para suprir uma
necessidade. Relaciona-se com a graça.
• Encerrou – (v.32). Deus permitiu o pecado e encarcerou todos nesse
estado para estender sua misericórdia a eles.

d. Seu plano para manifestar Sua sabedoria (v.33-36): – Louvor.

Semente 56 (Rm 11:33-36): Quando entendemos o plano de Deus, só podemos


responder através da adoração. Depois de escrever estes primeiros 11 capítulos de
Romanos, expondo o plano de Deus, o próprio Paulo teve que parar e louvar a Deus pela
grandeza e sabedoria de Seu plano perfeito. Isso deve ser a nossa resposta também.

Exercícios e perguntas:
1. Faça uma revisão de todos os conceitos de Romanos. Louve a Deus usando esse
trecho.
2. Passe um tempo com seu parceiro louvando a Deus pelo Seu plano.

• Sabedoria – (v.33). Profunda e rica - O plano até para a criação.


• Conhecimento – Profundo e rico - Gnosis – O conhecimento ou a
familiaridade com algo.
• Juízos - Insondáveis - Os decretos e propósitos.
• Caminhos - Inescrutáveis (Não se pode entender Seu caminho). – Os
planos e direção de vida.
• Ninguém conhece a mente de Deus a ponto de o instruir (v.34).
• Ninguém deu a Deus (v.35).
• Tudo foi feito por Ele e para Ele. Ele possui eterna glória (v.36).

Observação: Essas perguntas e exclamações estão direcionadas a soberania do plano de


Deus. Paulo não tinha nada mais para falar. Ele então louvou a Deus pelo plano de salvação
para nós e para Israel.
69

VI. A prática da justiça (Rm 12:1-15:13):

A. Exortação a adoração (Rm 12:1,2):

Semente 57 (Rm 12:1-2): Quando oferecemos nossas vidas a Deus em adoração,


somos transformados. Adoração não se resume a "momentos religiosos". Ela começa
com nossa habilidade de contemplar as grandezas e as misericórdias de Deus durante a
vida inteira. Adoração é uma visão de vida que nos leva a oferecer nossas vidas a Deus em
resposta de quem Ele é e do que Ele fez por nós. Quando contemplamos a Deus dessa
maneira, nossas vidas são transformadas progressivamente à Sua imagem. Com esta
ótica, entendemos que a vontade de Deus faz parte das nossas vidas e é perfeita.

Exercícios e perguntas:
1. Leia 2 Co 3:13-18.
2. Como a adoração do A.T. é diferente daquela que praticamos agora?
3. Como a adoração transforma nossas vidas?
4. Ofereça sua vida a Deus agora, desejando que isto seja um estilo de vida daqui para
frente.
5. Compartilhe esse trecho com uma outra pessoa.
6. Da próxima vez que andar de ônibus, passe um tempo adorando com sua mente fixada
na Sua glória.
7. Fale com seu parceiro sobre uma vida de adoração.

1. Apresentação do corpo (Rm 12:1): A exortação:


• Parakaleo (Uma exortação).
• Apresentar – Colocar perante Deus como oferta. Palavra usada para
sacrifícios.
• Vossos corpos – Simbólico da sua atividade.
• Sacrifício: Um ato de adoração.
(i) Vivo - Todas as atividades.
(ii) Santo – Uma vida separada.
(iii) Agradável – O sacrifício que Deus aceita.

b. A motivação: As misericórdias de Deus.


• Descrição: Uma adoração espiritual na sua essência. Logikos – Traduzido
para “racional” ou “lógico”.

2. A transformação da mente (Rm 12:2):


a. Exortação negativa: Pare de ser moldado para ser algo contrário a sua
natureza.
b. Exortação positiva: Esteja sendo transformado (metamorphoo – Uma
mudança interior.).

3. A prática da vontade de Deus (Rm 12:2): O Resultado: Comprovar através de


experiência que a vontade de Deus é:
a. Boa – Benéfica.
b. Agradável – Mesma palavra do versículo 1.
c. Perfeita – Completa, plena.
70

B. Os usos dos dons na igreja (Rm 12:3-8): Para uma igreja funcionar como uma
comunidade, precisa da operação correta dos dons. Por isso, Paulo começou com um
discurso sobre adoração. “Porque” aponta para uma mudança de dedicação espiritual
para serviço espiritual.

1. Humildade no uso dos dons (Rm 12:3):

Semente 58 (Rm 12:3-8): A adoração nos leva a usar nossos dons humildemente
para a edificação do corpo. Na Bíblia, a adoração sempre vem antes do serviço.
Quando estamos adorando a Deus primeiramente, nosso serviço é feito com a motivação
correta. Adoração produz humildade. Humildade produz serviço por meio de nossos dons
espirituais. Quando somos humildes, subordinamos nosso individualismo ao bem do corpo
de Cristo e usamos nossos dons em amor para edificá-lo.

Exercícios e perguntas:
1. Leia Efésios 4:11-14 e 1 Coríntios 12:12-31:
• Qual o propósito dos dons espirituais?
• Por que Deus deu uma variedade de dons para diversas pessoas?
• Por que Paulo usa a metáfora do corpo?
2. Pergunte a seu parceiro qual é seu dom (ou dons). Orem um pelo outro quanto ao uso
de seus dons para Sua glória.

• Graça – Onde não há merecimento, não há orgulho.


• Cada um - Uma necessidade universal.
• Pensar – Pensar alto, se exaltar. Dar-nos uma importância além do que
devemos.
• Moderação – Uma avaliação correta. (Não “huperphroneo”, mas
“sophroneo”).
• Medida de fé – Entendimento correto da natureza dos nossos dons e da
confiança para exercê-los.

2. Unidade na diversidade dos dons (Rm 12:4,5):


a. Muitos membros – Uma variedade de dons e ministérios.
b. Muitas funções - Práxis, tarefa ou atividade.
c. Individualmente, pertencemos uns aos outros.

3. Exercício dos dons (Rm 12:6-8): – Enfatizando de novo: Dons vêm da graça.
a. Profecia – (v.6). Depois da época dos apóstolos, ela perdeu sua função
revelatória. Significa proclamar. Hoje, é uma proclamação da revelação já
dada, com o propósito de chamar o povo de Deus à obediência. Deve ser feita
segundo sua compreensão, isto é, nosso entendimento da Palavra.
b. Ministério – (v.7). Diakonia – Ajuda prática. Qualquer serviço.
c. Ensinar – (Didaskon). Interpretar e apresentar as verdades das escrituras.
d. Exortação - (v.8). (Paraklesis). Aconselhar, confortar ou avisar.
e. Contribuição – Compartilhar com liberalidade para suprir as necessidades dos
outros.
f. Presidir – (Proistemi) – Ficar diante dos outros em liderança. Fazer com
diligência – entusiasmo e dedicação.
g. Misericórdia – Compaixão com os que têm necessidades. Com alegria e
graça.
71

C. Comportamento cristão na sociedade (Rm 12:9-21):

Semente 59 (Rm 12:9-21): A adoração influencia como tratamos os outros. A adoração


não está separada do nosso serviço, nem do nosso tratamento dos outros. Ela produz a
atitude que é necessária para responder corretamente aos outros. Quando estamos
adorando a Deus, olhamos os outros pela ótica de Deus, incluindo nossos inimigos.

Exercícios e perguntas:
1. Quais desses mandamentos são mais difíceis para você obedecer?
2. Se há um relacionamento que precisa ser consertado, comece a agir hoje.
3. Compartilhe suas respostas com seu parceiro e se ajude mutuamente a obedecer.

1. Responsabilidades pessoais (Rm 12:9):


a. Amor – Ágape – sem hipocrisia, sem egoísmo. Sincero.
b. Rejeição do mal – Tristeza ou ódio.
c. Agarrando o bem – Dedicação ao que é bom.

2. Responsabilidades com o corpo de Cristo (Rm 12:10-13):


a. Amor fraternal – (v.10). Dedicação aos irmãos.
b. Preferência aos outros – Colocando os outros antes de nós.
c. Não preguiçosos - (v.11). No zelo, na dedicação.
d. Entusiásticos – Fervor nas atitudes.
e. Serviço ao Senhor – Doulontes – Atitude de um escravo.
f. Regozijar na esperança – (v.12). Os olhos focalizados no futuro.
g. Perseverar durante tribulação. Não fugir quando está embaixo de pressão.
h. Oração perseverante.
i. Generosos – (v.13). Quanto às necessidades dos santos.
j. Hospitaleiros - Amar os de fora.

3. Responsabilidades a todos (Rm 12:14-16):


a. Abençoar – (v.14). falar bem e não mal dos que nos perseguem.
b. Regozijar-se com os com os que se regozijam – (v.15). Com os que
recebem mais honra do que nós.
c. Chorar com os que choram – Simpatia com os que estão. sofrendo.
d. Harmonia - v.16). Mesma mente (Fp 2:2).
e. Sem orgulho, associar-se com os humildes -- Associar-se com as pessoas
mais simples.
f. Se considerar sábio – falta de humildade.

4. Responsabilidades com os inimigos (Rm 12:17-21):


a. Não devolver o mal com o mal – (v.17).
b. Respeitar o que é reto – Consideração do que é importante para os outros.
c. Ter paz com outros – (v.18). Paz depende dos dois lados. Devemos ter
certeza que fizemos tudo da nossa parte para ter paz.
d. Não vingar – (v.19). Deixar a vingança e punição nas mãos de Deus (Dt
32:35). Davi aprendeu isso.
e. Vencer mal com bem - (v.20-21). Niko.
f. Dar comida e bebida aos inimigos.
g. Brasas vivas – Os egípcios colocavam uma panela com brasas nas suas
cabeças para demonstrar seu arrependimento, dor, vergonha e culpa.
72

D. Obediência ao governo (Rm 13:1-7). Paulo escreveu essas instruções num contexto
de um governo que perseguia os servos de Deus.

Semente 60 (Rm 13:1-7): Submissão ao governo é submissão a Deus. Hoje podemos


reclamar de nosso governo, mas no tempo de Paulo era muito pior para os cristãos. Mesmo
assim, Paulo incentivou o respeito para com as autoridades que Deus, na Sua soberania,
estabeleceu sobre nós para cumprir os Seus propósitos. Por isso, devemos orar pelas
pessoas com autoridade. Isso só é possível quando andamos pelo Espírito.

Exercícios e perguntas:
1. Por que devemos nos submeter às autoridades? Por que não queremos? Como nós
nos justificamos?
2. Faça uma lista das autoridades que Deus colocou sobre sua vida, desde o presidente
até seus pais.
3. Ore por eles cada dia, por uma semana, agradecendo a Deus por eles.

1. O mandamento: Submeter-se às autoridades (Rm 13:1):


a. Todo – Sem exceção.
b. Submeter – Uma subordinação voluntária – como da esposa para com o
marido. Usado também com soldados. Imperativo presente – indica uma ação
contínua.
c. Autoridades – De quaisquer níveis.

2. As razões (Rm 13:1-5):

a. O governo foi estabelecido por Deus (v.1): Tempo perfeito. Deus colocou
conforme a Sua soberania, todas as autoridades, mesmo sendo corruptas ou
injustas.

b. Rebeldia contra o governo é rebeldia contra Deu (v.2):


• Opor – Assumir uma posição contrária.
• Ordenação – A lei.

c. Os rebeldes trarão para si condenação (v.2): Julgamento.

d. O governo limita a prática do mal e promove o bem (v.3,4):


• Magistrados – Líderes.
• Temor – Por causa da desobediência à lei civil.
• Louvor – Aprovação por fazer o bem.
• Ministros – Servos. Para fazer a vontade de Deus por manter a ordem.
• Espada – pequena espada para punir os malfeitores.
• Vingador – aquele que pune.

e. Nossa consciência exige obediência ao governo (v.5):


• Necessário – Uma obrigação.
• Punição - Não só para evitar multas ou prisão.
• Consciência – Fazer o bem porque é correto.
• Exemplo: A lei de trânsito. Você só obedece quando há um guarda
presente?
73

f. A responsabilidade de pagar impostos (v.6,7):


• Pagar – Pagar o que é devido.
• Tributos – Impostos e IPTU.
• Para sustentar os ministros que se dedicam a esta função.
• Imposto – Sobre os bens.
• Respeito – Phobos – Temor ou respeito para com as autoridades.
• Honra – Estima pelos líderes. Não desprezá-los.

E. Amor (Rm 13:8-10):

Semente 61 (Rm 13:8-10): A essência da lei é cumprida quando amamos. Se


estivermos amando, cumpriremos todas as exigências da lei moral. Os mandamentos se
resumem em amar a Deus e amar ao próximo.Esta é a suma de todos os mandamentos:
Amar a Deus (adoração) e dar fruto desse amor (amor ao próximo).

Exercícios e perguntas:
1. Leia Mateus 22:34-40 e Gálatas 5:13-16.
2. Leia o padrão de amor em 1 Co 13.

• Você está amando com deve?


• Onde precisa amar mais?
• Peça mais amor na sua vida.

1. A dívida de amor (Rm 13:8):


a. Débitos - Devemos pagar nossas contas.
b. Amor ao próximo (heteros) – pessoas diferentes.
c. Cumprir a lei – o princípio fundamental.

2. A essência de amor (Rm 13:9,10):


a. Resumo – a totalidade. Todos os mandamentos juntos.
b. Lv 19:18, Dt 6:5, Mt 2:37.
c. Amar na prática os outros como nós nos amamos e suprimos as nossas
necessidades.
d. O amor não prejudica os outros.

F. Andar com Cristo (Rm 13:11-14):

Semente 62 (Rm 13:11-14): O alvo da nossa vida é ser como Jesus. A chave desse
trecho é "revesti-vos do Senhor Jesus Cristo." Obedecer a Deus não acontece por
seguimos um código, mas por deixar o caráter de Cristo fluir na nossa vida. Esses avisos
são para avaliarmos nossa condição e começarmos a andar com Jesus.

Exercícios e perguntas:
1. Se já fomos salvos, por que Paulo descreveu nossa salvação como algo futuro?
2. Por que a analogia das trevas e da luz?
3. Ore por sua vida e de seu parceiro sobre o revestir-se de Jesus.
74

1. Digo isto – O que ele falou antes neste capítulo. Agora ele fala o motivo: vocês
sabem que agora é o momento de:

2. Despertar (Rm 13:11):


a. Sono – Sem ação ou atividade.
b. Porque nossa glorificação está à porta.

3. Deixe as trevas (Rm 13:12-13):


a. A noite está quase no fim – Tempo das trevas espirituais da humanidade.
b. A linguagem é a de um capitão pedindo ao soldado que tire as roupas da farra
da noite anterior e prepare-se para a batalha.
c. Cl 3:8, Ef 4:22.
d. Comportamento digno – Igual ao nosso chamado. Não com:
• Orgias - Farra característica de uma comemoração.
• Bebedices – De propósito.
• Impudicícia – Koite – Imoralidade sexual.
• Dissoluções – Uma vida liberal, sem restrições.
• Contendas (Brigas – a ação) e ciúmes (a atitude).

4. Revista do Senhor (Rm 13:14): – O crescimento espiritual do cristão.


a. Disponhais – Planejamento. Representa os desejos e planos que começam
no coração. Não dá espaço para esse tipo de pensamentos.
b. Carne – A parte egoísta da nossa vida, que exige autogratificação.

G. Liberdade Cristã: (Rm 14:1-15:13).

1. Aceitação dos que têm convicções diferentes (Rm 14:1-9). Há áreas de


diferença entre os cristãos. Alguns querendo ter uma vida mais santa vivem vidas
mais restritas. Outros entendem os limites da sua liberdade cristã e conseguem
viver dentro desses limites, sem violar suas consciências ou violar princípios
bíblicos. Paulo está promovendo amor e união entre as pessoas com práticas
diferentes.

Semente 63 (Rm 14:1-4): Algumas pessoas não entendem sua liberdade em Cristo e
vivem vidas mais restritas. Esse trecho descreve o irmão mais fraco como aquele que dá
mais ênfase às coisas externas e vive menos a liberdade. Ele descreveu isso como "fraco",
mas isso não implica que o outro seja necessariamente mais maduro. A fraqueza pode ser
o resultado do passado da pessoa, que a leva a ter uma consciência mais sensível.
Quando estamos fortes na fé, entendemos nossa posição em Cristo a ponto de entender os
limites da nossa liberdade. Maturidade é aplicar esse entendimento em amor, sem levar o
irmão mais fraco pecar.

Exercícios e perguntas:
1. O que significa "débil na fé"?
2. Leia 1 Co 9:23-10:13. O que acontece quando alguém fica relaxado com sua liberdade
cristã?
3. Por quais razões as pessoas não poderiam viver sua liberdade em Cristo?
4. Se a pessoa salva vive uma vida mais restrita, quais são algumas das suas
motivações? (Há motivações corretas e incorretas).
75

Explicação: O círculo maior representa os limites da liberdade como definido pela lei moral.
PM (Pecado Moral) representa qualquer violação dos preceitos da lei. O círculo menor são as
restrições da consciência do irmão fraco. Os limites são definidos pelas tradições do passado
dele. PC (pecado contra a consciência), é qualquer ato contra a consciência mesmo estando
dentro do padrão de Deus. Mesmo não ferindo a Palavra, é pecado para aquela pessoa e
perante Deus. O irmão que conhece seus limites pode praticar tal ato sem violar sua
consciência e não estaria pecando. Porém, se a pessoa que conhece seus limites, induz a
outra a fazer algo contra a sua consciência, ela está levando a outra pecar.

a. Aceite as diferenças de convicções (v.1):


• Acolher – Uma disposição pessoal de aceitar alguém como parte do grupo.
• Débil – Fraco no sentido de que não entende os limites da liberdade cristã.
• Na fé – Com respeito a mensagem cristã.
• Esta aceitação não deve ser para brigar sobre o assunto.

b. Deus aceita as diferenças de opiniões (v.2-3):


• Um exemplo: 1 Tm 4:1-3; Mc 7:19.
(i) O homem com fé – sabe que tem liberdade.
(ii) O homem com fé fraca – come legumes, não queria comer carne
sacrificada aos ídolos.
• Desprezar – Considerar o outro como nada.
• Julgar – Condenar.
• Acolheu – Mesma palavra de v.1.
76

c. Deus sustenta as pessoas com opiniões diferentes (v.4):


• Você não tem o direito de condenar.
• Servo de Deus, não seu.
• O Mestre é quem aprova ou condena.

d. As pessoas praticam essas coisas para a glória do Senhor (v.5-9):

Semente 64 (Rm 14:5-12): Não devemos condenar as pessoas que têm convicções
diferentes da nossa em assuntos não definidos biblicamente. Há certos assuntos que
são bem definidos biblicamente, mas outros não. Às vezes, a Bíblia nos dá princípios em
vez de mandamentos específicos. Deus nos deu princípios porque sabia que haveria
diferentes aplicações dos mesmos princípios, dependendo da cultura e situação de cada
um. Temos a tendência de condenar as pessoas que não aplicam os princípios como nós.
Paulo ensinou que não devemos fazer isso. Vivermos de acordo com princípios é mais
difícil do que seguirmos regras, porque requer que nós vivamos em comunhão com Deus
constantemente. Regras podem ser seguidas mecanicamente.

Exercícios e perguntas:
1. Jesus ordenou que não julgássemos (Mt 7:1-2), mas Paulo mandou que julgássemos (1
Co 5:12-6:4). Quando devemos julgar e quando não devemos?
2. Qual a sua atitude para com aqueles que vivem de modo mais livres do que você? E
para com os que vivem de modo mais restritos do que você?
3. Leia 1 Co 9:1-22. Como nossa liberdade pode interferir em nossa habilidade de pregar o
evangelho?
4. Por que julgamos as pessoas que aplicam princípios diferentemente do que nós?
5. Avalie sua vida à luz disso. Está julgando alguém? Confesse isso a Deus agora.

• Exemplo: (Cl 2:16-17, Gl 4:9-10) - Distinção entre dias - o Sábado.


• Bem definida – Completamente convencidos.
• Mente – Razão, vontade e consciência.
• Para o Senhor – Para agradar a Deus.
• Dar graças – Gratidão a Deus.
• Senhorio (v.7-9):
(i) Vivemos para Senhor.
(ii) Morremos para Senhor.
(iii) Ele morreu por esse motivo.

Observação: A motivação de um verdadeiro cristão é de glorificar a Deus. Se ele deixar de


fazer algo, sua motivação é a de agradar ao Senhor. Devemos respeitar isso. Se a pessoa
age dentro da sua liberdade com a motivação correta, está também querendo glorificar o
Senhor com a sua vida.
77

2. Só o Senhor tem autoridade para julgar as pessoas (Rm 14:10-12):

a. A atitude entre os dois: Não tem o direito de fazer isso.


(i) Julgar – O fraco julga o forte.
(ii) Desprezar – O forte despreza o fraco.

b. Os dois: Prestarão contas a Deus e não um ao outro.

c. A prova: Is 45:23 – Dobrar-se e louvar são confissões de que os julgamentos


de Deus são verdadeiros.

d. Deus avaliará os nossos motivos.

3. Como ter unidade em meio a convicções diferentes (Rm 14:13-23):

a. Não leve seu irmão a tropeçar (v.13):

Semente 65 (Rm 14:13-23): Devemos usar nossa liberdade para edificar os outros e
não para os destruir. Escandalizar não significa “chocar”, mas fazer alguém tropeçar no
seu andar com Cristo. Paulo incentivou as pessoas a “abrir mão” das suas liberdades para
o bem dos outros. Quando estamos decidindo se devemos aplicar nossa liberdade,
devemos perguntar se nossas ações procedem da fé e do amor. Se não procederem, é
pecado, mesmo que a Bíblia não condene tal ação. Devemos “abrir mão” dos nossos
direitos em amor.

Exercícios e perguntas:
1. Leia 1 Co 9. Qual era a atitude de Paulo sobre a sua liberdade?
2. O que significa o versículo 17?
3. Como nossas ações podem fazer com que uma pessoa tropece?
4. Como podemos usar nossa liberdade para edificar os outros?
5. Ore por amor e sabedoria para aplicar sua liberdade corretamente.

• Não julgue.
• Determine não colocar:
(i) Tropeço – Ocasião para uma ofensa.
(ii) Escândalo – Uma ação que é uma violação da consciência.

b. Não entristeça a seu irmão (v.14):


• Paulo sabia dos limites da sua liberdade – Persuadido.
• Impura – Pecaminosa.
• Se alguém considera algo pecaminoso, estará pecando se fizer isso.

c. Não destruir seu irmão (v.15):


• Se suas ações danificam a seu irmão, suas ações não são frutos do amor
(ágape).
• Entristecer – Ofender.
• Perecer – Destruir seu bem estar.
• Por quem Cristo morreu – Cristo pagou um preço e você tenta destruir Sua
obra por causa da comida em nome da sua liberdade.
78

d. Tenha um bom testemunho (v.16-19):


• Vosso bem – Sua liberdade (v.16).
• Vituperado – Falar mal da liberdade por causa das suas ações.
• Uma vida de santidade é mais importante do que a nossa liberdade. (A
essência de estar no Reino) (v.17).
• A maneira de servir a Cristo (v.18):
(i) Agradar a Deus.
(ii) Ser respeitado pelos homens.
• Nosso alvo (o que devemos correr atrás): Paz e edificação (v.19).

e. Não prejudique a obra do Senhor (v.20-21):


• Destruir – Fazer parar; desmanchar.
• A obra de Deus – Na vida de um outro cristão.
• Limpas – Aceitável.
• Comer com escândalo – Comer e causar ofensa ao outro. O forte na fé
está abusando de sua liberdade.
• Bom – Excelente.
• Evite aquilo que pode impedir o progresso do outro.

f. Aja conforme suas convicções (v.22-23):


• A fé que tens – as convicções sobre suas ações depois de um honesto
estudo das escrituras.
• Perante Deus.
• Bem-aventurado – Feliz, abençoado.
• Aprova – Examinou e declarou que é aceitável.
• Dúvidas – Vacilar, ter um conflito interior.
• Provém de fé – Uma confiança divina que vem do estudo das escrituras
diante de Deus.
• Ações que não vêm de tal fé são pecados, mesmo que não sejam
condenadas pelas Escrituras.

4. A imitação de Cristo (Rm 15:1-13):

Semente 66 (Rm 15:1-13): Cristo é o nosso modelo de como tratar as pessoas com
convicções diferentes das nossas. Quando as pessoas falam dos seus direitos e
liberdades, elas querem explorá-los para o próprio benefício. Cristo é o nosso modelo por
não considerar Seus direitos, mas “abrir mão” deles por nós. É provável que a questão da
liberdade foi tratada nesse trecho por causa das atitudes dos judeus e gentios dentro da
mesma igreja. Por isso, Paulo falou mais sobre a aceitação dos gentios pelos judeus.
Devemos estar prontos para “abrir mão” das nossas liberdades em consideração aos
outros.
79

Exercícios e perguntas:
1. Dê alguns exemplos de como Cristo vivia para o benefício dos outros e não para
agradar a si mesmo.
2. Por que Ele descreveu Deus como "o Deus de paciência" (v.5) e "o Deus da
esperança".
3. Converse com seu parceiro sobre a questão da liberdade cristã:
• Em que áreas você tem uma tendência de julgar os outros?
• Que áreas você deve “abrir mão” para o benefício do irmão?
• Como você pode aplicar sua liberdade com fé e amor.
• Ore um pelo outro.

a. Procure, como Cristo, agradar os outros primeiro (v.1-4):

• Considerar os outros (v.1):


(i) Fortes – Os maduros que entendem.
(ii) Devemos – Uma obrigação.
(iii) Suportar – Não somente tolerar, mas apoiar e ajudar com respeito,
mesmo que não concordemos. Voluntariamente evitarmos exercer a
nossa liberdade na frente dos fracos.

• Negar a si mesmo (v.1-2):


(i) Agradar-nos – por exercermos nossa liberdade.
(ii) Agradar o próximo – O alvo é o benefício do outro para sua edificação.

• O exemplo de Cristo (v.3):


(i) Ele não procurou se agradar.
(ii) Ele suportou (carregou) os insultos.
(iii) Salmo 69:9 – Injúrias, insultos estavam sobre ele (veja a segunda parte
deste versículo).

• Submissão às escrituras (v.4):


(i) Tudo quanto – O Antigo Testamento.
(ii) O propósito do A.T. – Nossa instrução.
(iii) Recebemos:
1. Perseverança (paciência).
2. Encorajamento (consolação).

b. Tenha perseverança e encorajamento como Cristo (v.5-6):


• A fonte: Deus.
• Mesmo sentir – União que vem pela conformidade com Jesus Cristo.
• Concordemente - Com os mesmos propósitos.
• A uma voz – União na adoração.
80

c. Aceite outras pessoas como Cristo (v.7-13):

• A conclusão (v.7):
(i) Acolher – Aceitar no grupo (14:1).
(ii) Cristo nos aceitou.
(iii) O propósito: A glória de Deus.

• Jesus Cristo, servo de todos (v.8-12):


(i) Servo: Diakonia.
1. Dos Judeus: Para cumprir as promessas.
2. Dos gentios: Para eles adorarem a Deus pela Sua misericórdia.
(ii) Provas (v.9-12):
1. Salmo 18:49.
2. Dt 32:43.
3. Salmo 117:1.
4. Is 11:10.

Observação: Jesus serviu os judeus, cumprindo as promessas que Deus fez para eles.
Jesus serviu os gentios, mostrando Sua misericórdia. Não há motivo para os judeus
desprezarem os gentios, porque Deus os escolheu para cumprir o Seu propósito. Os gentios
não podem desprezar os judeus, porque foi através deles que foram salvos.

• Benção (v.13):
(i) O agente: O Deus de esperança.
(ii) A benção: Ser cheio de:
1. Alegria,
2. Paz,
3. Fé,
4. Esperança.
(iii) A fonte: O Espírito Santo.

VII. Conclusão (Rm 15:14-16:27):

A. A natureza do ministério de Paulo (Rm 15:14-21):

Semente 67 (Rm 15:14-21): Devemos realizar nossos ministérios na dependência de


Cristo. Paulo teve ousadia e grandes alvos, não porque ele confiava nas suas habilidades,
mas porque ele sabia quais eram seus dons e seu ministério. Por isso ele teve coragem
para realizar o que Deus deu para ele. Estes alvos e o estilo de ministério eram específicos
para Paulo. Cada um de nós deve orar para discernir qual é nosso ministério e como
realizá-lo com a mesma ousadia.

Exercícios e perguntas:
1. O que indicava que o ministério de Paulo foi o fruto da sua adoração?
2. Por que Paulo queria pregar onde Cristo era desconhecido? Isso deveria ser o
ministério de todos?
81

1. O propósito da carta (Rm 15:14-15):

a. Avaliação dos Romanos: Ele estava convencido que era verdade.


• Cheios de bondade – Generosidade e retidão.
• Cheios de conhecimento – Gnosis. Não intelectual, mas pessoal.
• Capazes de exortar – Noutheoteo – Confrontar o pecado. Paulo não
reprovou os romanos por um pecado específico.

b. O estilo da carta:
• Ousada – Sobre alguns assuntos.
• Lembrar.
• Fruto da graça na sua vida – Graça que deu apostolado a ele e deu
autoridade para falar com eles com tanta ousadia.

2. O ministério de Paulo (Rm 15:16-21):

a. Paulo como sacerdote (v.16):


• Ministro – Leitorgon – O serviço de prestar culto.
• Sagrado encargo - Um sacerdote.
• Sua oferta: Os gentios, consagrados pelo Espírito Santo que os fez santos
e aceitáveis.

b. Paulo como pregador: (v.17-19).


• Ousadia – Gloriar-se com ousadia nos resultados.
• Humildade – Reconheceu de onde vieram os resultados.
• Os resultados:
(i) Obediência dos gentios.
(ii) Integridade pessoal – Palavra (o que falou) e obras (o que fez).
(iii) Confirmação – Os sinais (Hb 2:4; 2 Co 12:12).
(iv) Obra completa – de Jerusalém até ao norte da Macedônia (não
mencionado no livro de Atos).

c. Paulo como pioneiro (v.20-21):


• Esforço – Atingir nosso alvo ou objetivo principal. Paulo teve visão.
• Seu ministério: Lançar fundamentos (1 Co 3:10).
• Isaías 52:15 – O contexto é a segunda vinda de Cristo, mas Paulo aplicou
ao anúncio do evangelho durante nossa época.
(i) Não tinham notícias, perceberam.
(ii) Não ouviram, compreenderam (suniemi).

B. O plano de Paulo para visitar Roma: (Rm 15:22-33).

Semente 68: (Rm 15:22-33): Um missionário passa sua visão às igrejas e depende
das orações e o apoio dos cristãos. Um dos motivos de Paulo de querer ir a Roma era
porque queria que eles participassem no seu ministério. Paulo queria passar sua visão do
campo (Espanha), receber ajuda financeira e as orações das pessoas para o seu ministério.
Devemos ter uma visão das necessidade espirituais do mundo e estar prontos para
participar.
82

Exercícios e perguntas:
1. Por que Paulo queria visitá-los (Pense no Capítulo 1 também)?
2. Escolha um missionário para que "luteis" juntamente com ele no ministério. Ore por ele
por uma semana.

1. O passado: (Rm 15:22).


a. Impedido – Houve barreiras. Deus não permitiu. Ele é soberano.
b. Muitas vezes.
c. Não tem mais campo - Literalmente, “lugar” (Topos) – Oportunidade. Paulo
completou seu ministério naquela região. Mas ainda havia muito para fazer.
Paulo era apóstolo.
d. O desejo de visitá-los.

2. O plano: (Rm 15:23,24).


a. Ministrar na Espanha.
b. Visitar Roma – Conhecer os irmãos.
c. Ser ajudado – Financeiramente e em oração.

3. A prioridade: (Rm 15:25-28). Entregar a oferta dos crentes da Macedônia para


os de Jerusalém.
a. Servindo os santos (diakoneo). (v.25).
b. A contribuição – Koinonia – uma forma de comunhão.
c. A contribuição foi voluntária (v.26). – Agradaram-se (eudokeo) em participar.
Os gentios identificaram-se com as necessidades dos judeus.
d. A contribuição foi um ato de adoração: Leitourgeo (servir). (v.27).
e. A contribuição foi uma responsabilidade – Compartilhar materialmente com
aqueles que compartilharam espiritualmente.
f. A contribuição agradou Paulo (v.28). – Teve prazer em demonstrar o fruto como
uma confirmação do fruto do seu ministério.

4. A prosperidade: (Rm 15:29) : A benção espiritual completa.

5. O pedido de oração: (Rm 15:30-32):

a. A motivação da oração: (v.30).


• Jesus Cristo – Sua glória.
• Amor – Produzido pelo Espírito Santo.

b. O tipo de oração:
• Juntos – Uma identificação com o ministério de Paulo.
• Luteis – Agonizo. Lutando e sofrendo junto com Paulo.

c. O alvo da oração: (v.31-32).


• Proteção dos que rejeitam Cristo na Judéia – os religiosos.
• O serviço (diakonia) seja benéfico para os santos em Jerusalém.
• Poder ir a Roma com alegria.
• Descansar em Roma na comunhão dos irmãos.
83

6. Benção final: (Rm 15:33). Já pediu perseverança e encorajamento (v.5),


Esperança (v.13), agora ele pediu paz para eles. Uma tranqüilidade interior como
fruto de intimidade com Deus.

C. Recomendação de Febe: (Rm 16:1-2).


1. Recomendar – Literalmente, “ficar em pé juntos” – apresentação da pessoa.

2. Febe:
a. Nome que significa brilhante, radiante.
b. Ela levou a carta para Roma.
c. Ela era “serva” (diaconisa) na sua igreja.
d. Cencréia – A cidade no litoral perto de Corinto.

3. Instruções: (Rm 15:2).


a. Receber – Aceitar como uma cristã verdadeira.
b. Ajudar de uma maneira prática – talvez ela tivesse negócios em Roma.
c. Protetora – Prostatis – Palavra usada para uma pessoa rica que ajuda outros
financeiramente.

D. Saudações dos santos (Rm 16:3-16): – 17 homens, 6 mulheres.

1. Priscila e Áquila: (v.3) (Judeus) – Aparentemente voltaram para Roma depois de


ser expulso por Cláudio. Mencionados seis vezes no N.T.
a. Priscila é mencionada primeiro, talvez porque fosse de uma classe mais alta ou
porque era mais notável.
b. Cooperadores – Co-obreiros (sunergos).
c. Arriscaram suas vidas por Paulo.
d. Paulo e os gentios gratos pela coragem.
e. Igreja na sua casa – Um grupo menor.
2. Epêneto (v.5) (Nome latino) – As primícias da Ásia - Um dos primeiros que se
converteram na Galácia na primeira viagem missionária.
3. Maria (v.6) – (Nome judeu) Só sabemos que trabalhou pela igreja até que
estivesse exausta. Talvez Paulo não a tenha conhecido pessoalmente.
4. Andrônico e Júnias: (Nomes latino e grego, mas eram judeus.) (v.7).
a. Júnia - pode ser nome de uma mulher, talvez fosse um casal.
b. Parentes – judeus e até parentes mesmo.
c. Prisioneiros juntos com Paulo. Não sabemos onde.
d. Apóstolos – Não como os 12, mas com a função de fundar igrejas
(missionários).
e. Em Cristo antes de mim.
5. Amplíato (v.8) (Nome latino) – Normalmente nome de um escravo. Talvez o
túmulo tenha sido achado. Estimado pelos Romanos e por Paulo (ágape).
6. Urbano (v.9) (Latim) “Pertence a cidade” – Um Romano, mas ajudou Paulo num
outro lugar.
7. Estáquis (v.9) (Nome grego) – Espiga.
8. Apeles (v.10) (Nome comum entre os judeus de Roma) – Aprovado – Examinado e
achado genuíno.
9. A casa de Aristóbulo (v.10) – Talvez seja o neto de Herodes, o Grande. Ele tinha
morrido ou não conheceu Cristo porque não foi cumprimentado.
10. Herodião (v.11) (Judeu). Parente e relacionado com a família de Herodes.
84

11. Narciso (v.11) (Nome latino) – Houve um Narciso que foi o secretário do
imperador Cláudio. Ele, não é saudado aqui, foi executado por Nero.
12. Trifena e Trifosa (v.12) (Nomes latinos) – Irmãs gêmeas. Fiéis na obra do
Senhor.
13. Pérside (v.12) “Mulher persa”. Talvez mais velha (uso do aoristo).
14. Rufo (v.13) (Nome latino). Filho de Simão de Cirene (Mc 15:21). Talvez Paulo
Tivesse ficado com Simão em Antioquia (Simeão por Sobrenome Níger – At 13:1).
15. Asíncrito (v.14) – Talvez líder de um grupo menor.
16. Flegonte (v.14) - Talvez líder de um grupo menor.
17. Hermes (v.14) – Nome de um deus grego. Líder de um grupo menor?
18. Pátrobas (v.14) Talvez líder de um grupo menor.
19. Hermas (v.14) - Talvez líder de um grupo menor.
20. Filólogo (v.15).
21. Júlia (v.15) (Nome latino).
22. Nereu (v.15) – Talvez o escravo de um casal de classe alta que foi morto por ser
cristão.
23. Olimpas (v.16).
24. Uns aos outros (v.17) – Ósculo Santo – beijo na bochecha ou na testa. Costume
entre famílias. A igreja se tornou a família de muitos. Incluem-se todas as igrejas
nessa saudação.

E. Aviso sobre as pessoas facciosas (16:17-20):

Semente 69 (Rm 16:17-20): Satanás usa certas pessoas para causar divisão na
igreja. Uma das estratégias do inimigo é semear divisão entre os irmãos. As divisões vêm
na forma de partidos, pecados e doutrina falsa. Paulo pediu para eles tratarem com firmeza
os que estão sendo usados por Satanás para criar divisão. Devemos fazer o mesmo.

Exercícios e perguntas:
1. Leia Tito 3:9-10.
2. Já houve pessoas na sua igreja, que agora tornou-se claro, que foram usadas por
Satanás para criar divisão?
3. Ore pelo discernimento e sabedoria para tratar tais pessoas.

1. O aviso (Rm 16:17): – Depois destas saudações.


a. Aviso: Fiquem observando e alertas.
b. Contra quem:
• Os que provocam divisões – ficam aparte, contrários.
• Escândalos – barreiras no progresso espiritual.
• Falsa doutrina.
c. Resposta: Afastar, evitar, ficar longe.

2. A natureza dos falsos mestres: (Rm 16:18).


a. Não são servos (doulos) do Senhor.
b. Escravos do ventre – os seus desejos egoístas.
c. Suaves palavras – amigáveis.
d. Lisonjas – elogios.
e. Enganar – seduzir as mentes e vontades dos inocentes.
85

3. Confiança nos Romanos (Rm 16:19): – Mt 10:16.


a. O bom relatório da obediência.
b. Sábios para o bem – experientes na prática.
c. Simples para o mal – cientes, mas sem o experientar.

4. Promessa de vitória final (Rm 16:20).


a. Deus de Paz – Deus da vitória.
b. Em breve – de repente.
c. Deus usará os santos para derrotar Satanás.

F. Saudações dos amigos de Paulo (Rm 16:21-24).


1. Timóteo – Co-obreiro. De Listra.
2. Lúcio – Lúcio de Cirene (At 13:1) ou talvez Lucas. O contexto indica que era judeu;
portanto, não poderia ser Lucas.
3. Jasom – Nome de um dos primeiros convertidos em Tessalônica.
4. Sosípatro – Talvez de Beréia.
5. Tércio – Serviu como secretário de Paulo, escrevendo Romanos.
6. Gaio – Batizado por Paulo em Corinto (1 Co 1:14).
7. Toda a igreja – A igreja na casa de Gaio.
8. Erasto – Tesoureiro de Corinto.

G. Bênção final: (Rm 16:25-27).

Semente 70 (Rm 16:25-27): O evangelho era um mistério que foi revelado em Jesus
Cristo. Numa doxologia (expressão de louvor a Deus) final, Paulo louvou a Deus usando
alguns dos pontos principais do livro, focalizando o mistério do evangelho. Um mistério é
algo que foi encoberto no passado, mas agora é revelado em Jesus Cristo. Devemos
louvar a Deus por ter-nos iluminado.

Exercícios e perguntas:
1. Qual é o mistério nesse trecho?
2. Como está sendo manifesto?
3. Quem autorizou sua divulgação?
4. Adore a Deus junto com seu parceiro usando esse trecho.

1. Deus: (Rm 16:25, 27).


a. Ele é poderoso.
b. Ele confirma – torna firme e estável a nossa nova posição.
c. Ele é Único, Sábio, cheio de Glória e Eterno.

2. O Evangelho:
a. O poderoso instrumento de Deus para nos colocar numa posição firme.
b. Pregação sobre Jesus – Jesus é o assunto do evangelho.
c. Revela o mistério - Algo escondido no passado.
d. Eterno – Estava no coração de Deus desde o começo.
e. Manifesto nos profetas – Não foi totalmente revelado, mas previsto.
f. Segundo o mandamento de Deus – consistente com o A.T.
g. Resulta em obediência.
h. Estendido a todas as nações.

Você também pode gostar