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Introdução
O estudo da língua em seu contexto social tem merecido espaço privilegiado
por parte de linguistas com maior ênfase, a partir dos anos 1960, com os trabalhos
do linguista americano William Labov. A língua tem uma função social – o da
comunicação – e ela só pode ser compreendida e interpretada dentro do contexto
sociocultural. É importante compreender que a língua não é um sistema uno,
invariado, estático, mas, necessariamente, abriga um conjunto de variedades, va-
riantes e dialetos. Todas as línguas são moldadas pelos contextos socioculturais
e a sua variação e mudança dependem da forma como os usuários replicam o seu
uso.
Em Moçambique, não é exceção. Todas as línguas faladas tendem a mudar
com o tempo desviando-se constantemente com relação à norma. Sendo assim,
a norma não é apenas ou simplesmente um conjunto de formas linguísticas pré-
-estabelecidas, mas, também, é um agregado de valores socioculturais usados por
uma comunidade linguística. Acerca mais especificamente do contexto moçam-
bicano, observa-se que a escola apoia-se no português de Portugal (norma-padrão
europeia) para ensinar e avaliar competências em português dos alunos, o que
faz com que os alunos não progridam academicamente. É importante deixar
claro que a variação não é exclusiva dos falantes não-escolarizados. Ninguém
fala ‘norma-padrão’ a todo momento, pois ela é artificial, ou seja, não é língua
materna de ninguém.
Algumas entidades moçambicanas não entendem que se trata do momento
certo para discutir a variedade do Português de Moçambique (PM) por ser cedo
demais! A presente pesquisa ruma contrária a essa ideia, demonstrando que a va-
riação do português em Moçambique nunca avisará a sua chegada. Baseando-se
na fala cotidiana dos moçambicanos, é possível perceber que o português europeu
não está presente em Moçambique. Até porque vários estudos (como de Cintra,
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1971, por exemplo) mostram que, em Portugal, não se fala português da mesma
forma em todas as províncias e vilarejos. Ou ainda, estudos mostram a existência
de dialetos distribuídos de forma desigual naquele país (Cintra, 1971). Em Mo-
çambique, não há dialetos, mas uma variedade do português que se distancia do
português europeu linguisticamente falando. É necessário evidenciar, portanto,
que o português falado/escrito em Moçambique difere-se do que é escrito/falado
em outros países da lusofonia.
O objetivo desta pesquisa é de explicar as condições sócio-históricas que
comparticiparam na formação do PM. Assim, ao se considerar que o PM é uma
variedade que resulta de contextos sociolinguísticos e da diversidade cultural,
questiona-se: como surgiu o PM e quais as suas características? Dessa forma, a
pesquisa tem por objetivo discutir a situação do PM tendo em conta as variáveis
sociais; explicar as características léxico-semânticas e sintáticas. Nesse sentido,
a pesquisa é relevante porque desperta a necessidade de afirmação própria da
variedade moçambicana, bem como da redução do preconceito linguístico que
aflige o sistema educativo do país.
Inicialmente (seção 1), discute-se como apareceu o português em Moçam-
bique e qual a política linguística colonial que comparticipou na formação da
variedade moçambicana, assim como a influência das Línguas Bantu moçam-
bicanas (doravante, LBm). Mais adiante (seção 2), discute-se a relação entre a
transmissão linguística irregular e a formação do PM. Nesse ponto, faz-se uma
correlação com a formação dos crioulos. Na seção 3, por sua vez, apresentam-
-se os conceitos de PM e dos moçambicanismos e sua relação com a formação
de uma variedade. Na seção 4, apresenta-se o material de pesquisa e discutem-
-se os seus resultados, sempre procurando mostrar que o PM é uma realidade
presente e cabe a cada linguista contribuir para a sua descrição bem como para
a criação de gramáticas e de dicionários que refletem esta realidade moçambi-
cana.
1. Eram também chamadas ladim, língua dos pretos, língua do cão e eram proibidas principalmente nas
cidades ou nas instituições públicas coloniais (Zamparoni, 1998; 2002; 2009).
A variação linguística do português moçambicano:
uma análise sociolinguística da variedade em uso | 23
o emprego do termo dialeto, fora dos estudos científicos, sempre tem sido carregado de preconceito ra-
cial e/ou cultural. Nesse emprego, dialeto é uma forma errada, feia, ruim, pobre ou atrasada de se falar
uma língua. Também é uma maneira de distinguir as línguas dos povos civilizados, brancos, das formas
supostamente primitivas de falar dos povos selvagens. Essa separação é tão poderosa que se enraizou
no inconsciente da maioria das pessoas. Inclusive das que declararam fazer um trabalho politicamente
correto (Bagno, 2011, p.380, grifos nosso).
só aqueles indivíduos mais diretamente envolvidos com a máquina administrativa e com o meio colo-
quial (pequenos funcionários, intérpretes, ajudantes de balcão, serviços domésticos, etc.) eram obriga-
dos a usar a língua portuguesa com mais frequência, e seu domínio poderia variar consoante o tempo de
envolvimento com os colonos e/ou seu grau de escolaridade obtida, mesmo que o sistema rudimentar
oferecido pela administração colonial (Zamparoni, 2009, p.45).
português e outras línguas europeias serviam para manter o domínio de uma pequena elite que, con-
sequentemente, conduziu à subjugação e à retirada de poderes das sociedades africanas. É o grande
e empobrecido campesinato, isto é, as largas massas do povo africano que são despojadas das suas
condições socioculturais, econômicas, educacionais e linguísticas (Lopes-Miguel, 2004, p.477-478).
2. Empréstimo do inglês land-in. Foram os ingleses que deram o nome de land-in (landim) ao conjunto de
línguas africanas faladas pelos africanos.
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todas as línguas e dialetos (variedades de uma língua) são igualmente complexas e eficientes para o
exercício de todas as funções a que se destinam e nenhuma língua ou variedade dialetal é inerentemente
inferior a outra similar a sua. Assim, dizer que uma variedade rural é simples demais e, portanto, primi-
tiva, significa afirmar que há alguma outra variedade mais complexa e mais desenvolvida (Camacho,
2011, p.36).
extenso país (801.590 km²). As línguas faladas nesse período eram ágrafas, sem
escrita, e a oralidade tinha maior prestígio no seio da população. A chegada dos
primeiros exploradores gerou mudanças consideráveis na vida dos moçambica-
nos, sobretudo nas suas línguas nas grandes cidades.
Para que o sistema colonial ganhasse espaço, era necessário ensinar a LP aos
moçambicanos, fato que não teve muito êxito porque os colonizadores não ti-
nham interesse em ensinar, até porque não eram professores, nem acadêmicos na
sua maioria, pois se assim fosse não teríamos apenas 1,2% de moçambicanos que
falavam português em 1980, quer dizer, 5 anos após a independência. Os colonos
eram simplesmente militares, agricultores, pescadores e até prisioneiros. Hoje,
o número de falantes do português como língua segunda aumentou para pouco
mais de 10,7%, mas as características se distanciam do português europeu. Por
outro lado, as LB continuam firmes dentro e fora das cidades e nenhuma delas
está em vias de extinção.
Para melhor percebermos o que aconteceu em Moçambique, precisamos tra-
zer à tona os conceitos de Transmissão Linguística Irregular (TLI), de crioulo e
de pidgin. Lucchesi e Baxter (2009) consideram TLI quando há uma situação de
contato linguístico massivo, abrupto e radical, em que há uma redução da gama
de funções desempenhadas pela comunicação verbal e uma perda de matéria gra-
matical que atinge estrutura abstrata. Esse aspecto não fez com que surgisse uma
situação de pidginização e crioulização3 no contexto de Moçambique, tampouco
no de Angola. Lucchesi e Baxter defendem que este processo resulta na “não
aquisição/incorporação de morfologia e elementos gramaticais da língua de su-
perstrato, que ocorre na fase inicial do processo [...] combinada com a reestrutu-
ração gramatical da nova variedade linguística” (Lucchesi e Baxter, 2009, p.121).
Há que realçar que esta transmissão “é um processo atestado em larga escala
na história humana e costuma acontecer com qualquer movimento populacional
ou de conquista significativa” (Naro e Scherre, 2007, p.140). Este processo origi-
nou o fanakaló (pidgin das minas da África do Sul), o afrikaans, o kabuverdianu
(de Cabo Verde) e muitos outros crioulos de base portuguesa4, inglesa, francesa
etc., espalhados pelo mundo. Vejamos o Mapa da localização de crioulos em
África:
3. Surgiu em 1586-1590 para se referir a espanhóis nascidos nas Américas. No século XV, era um termo que
designava os escravizados. Hoje a palavra crioulo designa um pidgin que possui falantes como língua materna.
É uma língua que se forma em contextos sócio-históricos.
4. “Diz-se, então, que um crioulo é de base portuguesa quando as unidades lexicais são, na sua maioria,
reconhecidamente de origem portuguesa, embora, na sua estrutura, sejam regidos por regras fonológicas e mor-
fológicas próprias, possam ter significados diferentes e impliquem construções sintáticas também diferentes”
(Pereira, 2006, p.47).
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ao longo de séculos vimos desenrolar-se um processo, diríamos espontâneo e cotidiano, quer de mo-
çambicanização da LP, quer de aportuguesamento das várias línguas locais. Não diria que a LP se
adaptou ao meio. Diria que o meio adaptou às necessidades justamente porque não se pode perder
de vista que esta não era uma troca entre iguais, na medida em que tais incorporações se davam em
contexto em que a LP não representava nenhum poder conquistado e não contava com nenhuma estru-
tura efetiva e articulava para impor às demais línguas em presença; era uma pequena gota no oceano
formado pelas múltiplas línguas locais (Zamparoni, 2009, p.30).
indícios claros de afirmação de norma própria: na maneira original como adota o seu vocabulário de
origem bantu ao sistema português divergindo inclusivamente da norma europeia (lusitana), no modo
como simplifica a morfologia flexional do português, como começa a optar pela ordenação dos ele-
mentos frásicos na sequência discursiva e, sobretudo, como força o léxico do português a adaptar-se à
mentalidade africana, tanto nos semas inerentes como semas classemáticos: o que implica, por vezes,
uma reformulação do esquema frásico em alguns dos seus modelos proposicionais (Vilela, 1995, p.68).
Nessa variedade, o que salta mais à vista dos falantes é a variação lexical,
fonética e semântica. Até nos dias de hoje, os falantes da língua xichangana ainda
dizem: ku dlaya nyocana! (matar o bicho!) para se referir à primeira refeição do
dia que ocorre antes das 12h. E, assim, houve transporte desse contexto para por-
tuguês: “mata-bicho” que significa “café da manhã” (no português do Brasil) ou
pequeno-almoço (no PE). As palavras e expressões sograria (casa dos sogros),
cortar o ano (réveillon), falar-alto (subornar/corromper), wasso-wasso (feiti-
çaria para amar alguém), tchapo-tchapo (rápido), pasta (mochila), machamba
(horta, roça), madala (idoso), baraca (lanchonete) ocorrem no PM e estão inti-
mamente ligados à cultura moçambicana.
É frequente percebermos, em comunicação cotidiana, as transformações e a
integração de várias palavras provenientes das LBm. Por exemplo, timbila/timbi-
las (xilofone/xilofones), pala-pala/pala-palas (chifre/chifres de antílope), capu-
lana/capulanas (tecido de algodão que as mulheres usam como adorno amarrado
à volta da cintura), tchova/ tchovas (carrinho / carrinhos de mão), madala/ mada-
las (idoso / idosos), mamana / mamanas (mãe/mães), molwene / molwenes (mar-
ginal / marginais), mufana / mufanas (rapaz / rapazes). É interessante deixar claro
que a palavra timbilas aportuguesou-se com adaptação de marcação de número
de duas línguas: -mbila (singular) e ‘ti’ (prefixo do plural). Quando se adiciona
‘s’ está se adicionando mais uma marca gramatical na mesma palavra. Portanto,
ti (marca do plural das línguas do grupo tsonga) e s (para o plural em português).
Os exemplos de 1 a 10 foram extraídos de Gonçalves (2013). Nesse artigo,
a autora discute os erros do português de Moçambique quando equiparados à
norma-padrão europeia (Português Europeu/PE) exigida pelas gramáticas tradi-
cionais em uso em Moçambique. Segundo Gonçalves (2013, p.6-11), no portu-
guês de Moçambique, há interferências sintáticas provenientes das línguas bantu
moçambicanas:
(1) O meu irmão foi concedido uma bolsa de estudos. (sem equivalente no PE)
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5. Gaza é uma das dez províncias de Moçambique. Localiza-se na região sul de Moçambique, bem ao lado
da província de Inhambane.
A variação linguística do português moçambicano:
uma análise sociolinguística da variedade em uso | 31
(11) “... leva aquela caracata põe na panela no fogo diminui água...” (inf. B18).
(12) “...vou ser fã de kuduro, quer dizer cada pessoa nasce e tem maneira...”
(inf. B15).
(13) “...aqui é catchiza, sim esta aqui abúxta, esta aqui adhuwace...” (inf. B4).
(14) “...é a dança de errenqueia de Mwecape...sim senhor...”(inf. B3).
(15) “...uma mulher deve vestir, o que uma capulana ou outros vestidos...”
(inf. A8).
(16) “...o cantor Ziqo a pandza que ele faz, ele tem uma mensagem sim...”
(inf. A7).
(17) “...a cantora, ela canta a marrabenta e a música dela tem mensagem...”
(inf. A4).
6. Significado dos substantivos em português: (11) tipo de peixe; (12) tipo de dança angolana; (13, 14) tipos
de instrumentos musicais; (15) tecido que as mulheres amarram na cintura e que serve para embalar a criança
ou fazer roupas; (16, 17) tipo de dança.
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unidades lexicais que tem num, não existem noutro. Isso significa que precisamos
trabalhar para construir um dicionário que reflete de forma íntegra a riqueza lexi-
cal presente no contexto moçambicano.
Conclusão
Como pudemos constatar nesta pesquisa, o Português de Moçambique se dis-
tancia do Português Europeu, sobretudo em nível lexical, fonológico e semântico.
Este é um rumo percorrido por qualquer língua viva, pois se assim não fosse esta-
ríamos falando latim. As entradas de termos vindos das diversas LB se justificam
pelo fato de que os contextos socioculturais moçambicanos interferem na comu-
nicação e forçam a marcação da identidade. É através dos moçambicanismos que
conseguimos identificar de onde é uma determinada variedade. Em nenhum outro
país da CPLP se diz txopela para ‘motocicleta’, txova para ‘carinho de mão’,
dumba-nengue para ‘mercado informal’, molwene para ‘menino sem teto e de-
samparado’, lobolar para se referir ao ‘ato de entregar dote’, my love para se refe-
rir ao ‘caminhão que serve de meio de transporte de pessoas’, matapa para tipo de
‘prato feito na base de folhas da mandioqueira’, e por aí em diante. São unidades
lexicais que ocorrem em contexto sociolinguístico moçambicano e particulari-
zam a variação lexical. Muitas dessas novas entradas lexicais (neologismos) são
necessárias, o que significa que não existe seu equivalente em PE ou PB.
O PM é uma realidade eminente e o importante é continuarmos a pesquisar e a
descrever esta variedade por forma a melhor lidarmos com o ensino do português
nas escolas moçambicanas. É importante sublinhar que a língua portuguesa ainda
é obstáculo no progresso da educação moçambicana. Por isso, algumas vozes
defendem uma educação bilíngue a fim de se ultrapassar tais dificuldades.
Voltando para o PM, é importante mostrar que cada linguista precisa dar seu
contributo para que a variedade seja reconhecida pelas autoridades que gerem
a política e o planejamento linguístico. Cremos que não se pode bloquear o
progresso normal da língua. Essa tentativa frustrou-se no Brasil com o Projeto
de Lei 1676/99 (Brasil, 1999) que tramitou, mas que não teve desfecho positi-
vo. Estávamos todos ansiosos em ver o primeiro a ser condenado pela justiça
pelo fato de ter usado um estrangeirismo na sua fala. Seria algo inédito, pois o
próprio português do Brasil é formado por muitas palavras estrangeiras advin-
das das mais de 170 línguas indígenas (Rodrigues, 2010). Analisando bem, os
estrangeirismos não têm nada a ver com território político-administrativo, mas
sim ao à língua.
Vimos que o PM surgiu com a colonização. Devido à distância geográfica com
Portugal, o português tomou outros rumos em função do multilinguismo e do mul-
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