Aula 03ABR17 - Alvenaria Estrutural - Resumo

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ALVENARIA ESTRUTURAL

1. Geometria de bloco e parede; comportamento estrutural

2. Legado histórico

3. Sistema construtivo atual: famílias, dimensões, materiais

4. Interação entre bloco, argamassa, grout e armadura

5. Comparação de custo e grau de industrialização com concreto armado

6. Dois projetos com alvenaria estrutural

7. Discussão: formação do trabalhador pelo canteiro ou pela empresa construtora?


ALVENARIA ESTRUTURAL - SISTEMA CONSTRUTIVO BASEADO EM BLOCOS

GEOMETRIA: BLOCO CONSTRUTIVO PLACA DE PAREDE BLOCO EDIFICADO

Cargas verticais e horizontais são transferidas para as fundações através das


paredes compostas por blocos e reforçadas por vergas e pilaretes. Estas cargas são
consideradas de distribuição uniforme ao longo de paredes portantes conforme
critérios de interação entre grupos de paredes.

As cargas horizontais devido ao efeito do vento são transformadas em esforços


verticais por meio de modelos matemáticos. O vento pode causar tração nas
alvenarias, exigindo armaduras para resistir a este esforço.
Sistema construtivo por HIS e demais segmentos
(Della Penna; Souza; Melo, 2012: 23)

Sistema construtivo HIS e Hab. Econômica (%) Demais segmentos (%)

Alvenaria estrutural 73,22 24,46


Parede de concreto 20,30 2,67
Painel pré-fabricado 4,08 2,16
Concreto armado 2,37 69,12
Steel framing 0,03 0,19
Estrutura metálica 0,00 1,41
Argamassa de assentamento

Concreto “Grout”
Custo comparado: concreto armado x alvenaria estrutural
(Construção & Mercado, nº 145, agosto de 2003. São Paulo: Pini)
Sistema construtivo por HIS e demais segmentos
(Della Penna; Souza; Melo, 2012: 23)
Custo total de blocos estruturais = R$ 1.556.267,00
Custo total de argamassa de assentamento = R$ 216.042,00
66,4% 66,5%

A alvenaria estrutural é mais econômica que o concreto armado, mas é mais industrializada?
A alvenaria estrutural é mais econômica que o concreto armado, mas é mais industrializada?
MARTA FARAH
Em “Processo de trabalho na construção habitacional”, ela reconhece que a alvenaria
estrutural elimina atividades de armação e carpintaria de fôrmas, mas avalia que “para o
desenvolvimento das atividades que permaneceram, houve preservação do saber
tradicional, ao qual se acrescentaram prescrições relativas à nova função a ser cumpridas
pelas paredes - a função estrutural” (Farah, 1996: 195).

UBIRACI SPINELLI DE SOUZA


“Os blocos estruturais de concreto, com suas dimensões definidas, são um indutor de
industrialização” (Rocha, 2011: 16)

FERNANDO SABBATINI
Para ele, a alvenaria estrutural não é uma persistência da manufatura, mas sim “o caminho
mais fácil para se ter domínio do processo de industrialização” (Sabbatini, 2008: 40)
Declaração de um consultor da Associação Brasileira da Indústria de
Blocos de Concreto (BlocoBrasil):
No cenário de falta de mão de obras generalizada, mesmo
quando é necessário um treinamento, ele é simples (...) é mais
fácil formar um pedreiro [assentador de blocos estruturais] que
um carpinteiro. O pedreiro, em menos de uma semana, pode
assentar os blocos corretamente (Tamaki; Rocha, 2010: 40).

Declaração do diretor técnico da construtora Rôgga, que atua no


programa MCMV na região sul do país:
O treinamento serviu para que os operários aprendessem a
usar escantilhão e bisnagas para aplicar argamassa no
assentamento de blocos, já que ambos não eram utilizados
pela construtora. A única ferramenta, diz o diretor, era a colher
de pedreiro (...) usando a colher, o operário gasta mais que o
dobro de argamassa que precisa (...) a execução das
instalações elétricas nas paredes também ficava prejudicada,
já que a argamassa ficava dentro do bloco, impossibilitando
que a tubulação passasse (Ferreira, 2013a: 6).
ABCP (s/d). “Alvenaria estrutural passo a passo”.
Programa de desenvolvimento da construtoras.
São Paulo: Comunidade da construção
PRATES, Claudia (s/d). “Alvenaria com blocos de
concreto: como projetar a modulação”. Série
Prática Recomendada. São Paulo: ABCP

http://www.abcp.org.br/cms/download/?search=
Alvenaria%20Estrutural
(é preciso se cadastrar no site da ABCP)
VILATÓ, Rolando; FRANCO, Luiz (2000). “A
capacidade resistente da alvenaria estrutural não
armada”. São Paulo: EP-USP

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