Emulsão É A Mistura Entre Dois Líquidos Imiscíveis em Que Um Deles
Emulsão É A Mistura Entre Dois Líquidos Imiscíveis em Que Um Deles
Emulsão É A Mistura Entre Dois Líquidos Imiscíveis em Que Um Deles
forma de finos glóbulos dentro do outro líquido (a fase contínua), formando uma mistura estável.
Surfactante: a substance which tends to reduce the surface tension of a liquid in which it is dissolved.
Uma emulsão é uma dispersão (gotículas) de um líquido em outro líquido imiscível. A fase que está
presente na forma de gotículas é a fase dispersa ou interna, e a fase na qual as gotículas estão
suspensas é chamada de fase contínua ou externa. Para emulsões de campos petrolíferos
produzidos, um dos líquidos é aquoso e o outro é o petróleo bruto. A quantidade de água que
emulsifica com o petróleo bruto varia muito de instalação para instalação. Pode ser inferior a 1% e
às vezes superior a 80%.
O petróleo bruto raramente é produzido sozinho porque geralmente é misturado com água. A água
cria vários problemas e geralmente aumenta o custo unitário da produção de petróleo. A água
produzida deve ser:
Separado do óleo
Tratado
Descartado corretamente
Todas essas etapas aumentam os custos. Além disso, o petróleo bruto deve atender a
determinadas especificações do produto para venda, incluindo a quantidade de sedimento básico
e água (BS&W) e sal, o que significa que a água produzida deve ser separada do petróleo para
atender às especificações do petróleo bruto.
A água produzida pode ser produzida como água "livre" (ou seja, água que se depositará
rapidamente) e pode ser produzida na forma de uma emulsão. Uma emulsão regular de campo
petrolífero é uma dispersão de gotículas de água em óleo. As emulsões podem ser difíceis de tratar
e podem causar vários problemas operacionais em instalações de manuseio de petróleo úmido e
plantas de separação de gás/óleo. As emulsões podem criar quedas de alta pressão nas linhas de
fluxo, levar a um aumento no uso de desemulsificantes e, às vezes, causar viagens ou transtornos
nas instalações de manuseio de petróleo úmido. O problema geralmente é pior durante o inverno
por causa das temperaturas mais baixas da superfície. Essas emulsões devem ser tratadas para
remover a água dispersa e os sais inorgânicos associados para atender às especificações brutas
para transporte, armazenamento,
Este processo descrito é exactamente o que uma planta de processamento primário realiza, pois
além de permitir o tratamento de hidrocarbonetos para que possam futuramente ser comercializado
e garantir um retorno econômico às empresas, esta por sua vez, garante que a água produzida esteja
em condições adequadas para que seja descartada tendo em conta os padrões de descarte no meio
ambiente, garantindo assim maior segurança aos seres aquáticos e ao próprio homem.
“Em 2018, seis novos poços foram perfurados e a unidade principal de produção
contabilizou uma produção diária total de 52.000 barris de líquidos e 147 milhões de pés cúbicos de
gás natural exportados para a Angola LNG. A média de produção diária total em 2019 foi de 52.000
barris de líquidos e 124 milhões de pés cúbicos de gás natural exportados para a central de GNL de
Angola. Em 2019, três novos poços foram perfurados,” (CHEVRON, 2018).
Operações decorrentes
A outra parte do fluxo segue para um segundo removedor de areia onde também ocorrerá a
separação de fluxos, onde os sólidos separados vão até ao tratador de areia e a outra parte do fluxo
segue até ao HP separator por onde ocorrerá a separação e os sólidos seguem o mesmo curso até ao
descarte e o líquido é separado em duas correntes de fluxo, água e óleo.
A corrente de óleo segue tratamento até as condições apropriadas para a exportação.
HP e LP Separator,
O principal indicador ambiental relevante para este estudo, é a capacidade que o sistema
tem de remover óleo na água produzida antes do seu descarte ou reutilização.
Para este efeito, deve-se cumprir o Regulamento sobre Gestão de Descargas Operacionais -
Decreto Executivo n.º 97-14, de 8 de abril, que em seu Artigo 11°, estabelece que:
“A média mensal do teor de óleo na corrente de descarga de água de produção não deve
ultrapassar 30 ppm, sendo permitidos picos diários de até 45 ppm”, (DECRETO EXECUTIVO N.º 97/14,
p. 1793).
Parâmetros Registos
Pressão da água a entrada (barg) 62.4
Pressão da água a saída (barg) 59.9
Vazão mássica de óleo na entrada (ppm) 977
Vazão mássica de óleo no overflow (ppm) 347,812
Processamento PRIMARIO
TRATAMENTO DE GÁS
TRATAMENTO DO ÓLEO
Durante o fluxo do reservatório até a superfície, óleo e água formam emulsões que
apresentam maior ou menor estabilidade em função do regime de fluxo e da presença de
agentes emulsificantes (asfaltenos, resinas, argilas, sílicas, sais metálicos, etc.) que impedem a
coalescência das gotículas de água” (THOMAS, 2001 p. 263).
O que significa que devemos eliminar o máximo de água associada ao petróleo sem
ferir a economicidade do projecto. “A maior parte dessa água é separada por
decantação(gravidade) (água livre no separador de produção), o restante permanece em
forma de emulsão e para removê-la é necessário utilizar processos termoquímicos que
aumentam a velocidade de coalescência” (THOMAS, 2001 p. 263).
- A idade dos produtores (de um modo geral, com decorrer do tempo a quantidade de
água produzida apresentar-se-á com uma mobilidade maior que a do óleo);
“Os teores de sais dissolvidos encontrados na água podem variar, sendo em média 3 à
4 vezes superiores aos normalmente existentes na água do mar. Essa água é rica em cálcio,
porém, também contém teores de magnésio, bário, estrôncio e apresentam algumas
quantidades de sulfatos. Têm geralmente, um PH menor que 7 e um teor de bicarbonato
superior a 0.15 g/L” (THOMAS, 2001 p. 262). Normalmente ela contém diversos
microrganismos, tais como bactérias, algas, fungos. Que podem gerar substâncias corrosivas
em seus metabolismos (ácido sulfídrico, sulfúrico). Contém também substâncias sólidas
provenientes das rochas (siltes, argilas, etc.), de processos corrosivos (óxidos, hidróxidos e
sulfetos de ferro), e de incrustações (carbonatos de cálcios, sulfetos de bário, cálcio e
estrôncio). Conforme foi descrito por (THOMAS, 2001) “a existência de água associada aos
hidrocarbonetos devidos às variações de temperatura e pressão provoca vários problemas no
processo de produção, que resultam em dados as tubulações, equipamentos e acessórios,
furos em linhas, paredes de vasos e tubos trocadores de calor, não só nas plantas de
processamento primário, mas também no transporte e refino”
TRATAMENTO DA ÁGUA
É certo que "a água produzida (geralmente salina) é um resíduo, mas o processamento
muitas vezes é necessário para tornar a água adequada para o descarte (Frequentemente no
mar). Também deve ser processada para realizar waterflooding.
Reinjeção
A água destinada para a reinjeção, devido ao fácil acesso, custos, e outras várias
características apresentadas, torna-se o principal fluido a ser utilizado no processo de
recuperação secundária do óleo para a manutenção da pressão do reservatório. trata-se a
água produzida e eventualmente reinjecta-se no reservatório.
De acordo com (Silva, et al., 2007 p. 46), além da remoção do óleo contido na água
produzida, esta necessita de outros tratamentos para a sua reinjeção, como remoção de:
“Sólidos em suspensão (para evitar o tamponamento dos poros da rocha reservatório);
● Inibidores de corrosão: à base de aminas, esses inibidores são injetados para evitar
corrosão nas tubulações dos poços de injeção, devido aos gases dissolvidos geradores de
corrosão, como por exemplo, o gás carbônico e o gás sulfídrico;
Descarte
A água produzida contém óleo disperso, óleo dissolvido, sais, pode conter metais,
amônia, e produtos químicos. Cada um desses constituintes poderia agir como uma fonte de
toxicidade. A prática comum da indústria para o tratamento da água é reduzir o teor de óleo
disperso de efluentes de água produzida e, como resultado, pode não tratar totalmente todas as
fontes de toxicidade”.
Portanto a “água deve ser separada dos hidrocarbonetos e descartada de forma que não
viole as normas ambientais estabelecidas. Normalmente, a água produzida é separada dos
hidrocarbonetos, passando o fluxo do poço através de equipamentos de processo, como
separadores trifásicos, aquecedores e/ou um vaso eliminatório de água livre. Estes dispositivos
de separação de gravidade não alcançam uma separação total de 100% dos hidrocarbonetos da
água produzida” (Arnold, et al., 2008 p. 482).
A água a ser descarta ao meio ambiente deve estar enquadrada nas especificações
estabelecidas pelos órgãos que regulam o descarte de água é comum existir derrames
podendo então causar poluição do mar ou dos solos.
Uma publicação feita pelo (Fernandez), Eco Angola retrata sobre os problemas
ambientais causados pelo descarte de águas oleosas e derrame de óleo.
Uma das situações frequentes ligadas a esses problemas mencionados na
publicação são as famosas marés negras que são grandes manchas encontradas nos
oceanos causadas pelo derrame de óleo e descarte de água oleosa.
Esta destruição da fauna e flora para além de causar danos ambientais, causa
também danos à sociedade. A destruição dos ecossistemas provoca enormes prejuízos à
actividade pesqueira, à aquacultura e ao turismo. Isto acontece porque os resíduos
petrolíferos são de difícil remoção e impedem a utilização das praias por exemplo, o que
impacta o turismo e pode consequentemente aumentar a taxa de desemprego.
Conforme explicado por (Arnold, et al., 2008 p. 482) a 1- “água produzida separada dos
hidrocarbonetos nesses dispositivos de separação de gravidade conterá de 0,1 a 10 % do volume
total é hidrocarbonetos dispersos e dissolvidos.
2-As instalações de tratamento de água produzidas são utilizadas para reduzir ainda mais
o teor de hidrocarbonetos na água produzida antes do descarte final”. Ainda segundo (Arnold, et
al., 2008 p. 482) “normas regulatórias para o descarte ao mar de água produzida em águas
superficiais offshore varia de país a país.
Segundo (Silva, et al., 2007 p. 48), maior parte das unidades de produção trata a
água produzida com a finalidade de reinjeção no reservatório, quando não existe essa
possibilidade por diversos factores, a água produzida é enviada para outras unidades de
processamento, visando um tratamento mais exigente para posteriormente ser
descartada.
“As normas para o descarte ou a água produzida para águas superficiais, tanto
onshore quanto offshore, são desenvolvidas pelas autoridades reguladoras
governamentais. Tabela 1 resume normas de eliminação offshore para vários países”
(Arnold, et al., 2008 p. 483).
De acordo a (Arnold, et al., 2008 p. 489) afirmamos que “a maioria das emulsões
encontradas no campo de petróleo são gotículas de água em uma fase contínua de óleo e são
chamadas de emulsões normais, a água é dispersada na forma de gotículas muito pequenas
que variam entre 100 e 400 mícrons de diâmetro”.
“Em alguns casos, quando há elevados níveis de água como em campos produzidos por
water-drive, acontecem emulsões inversas do tipo O/A, com água como fase contínua e
gotículas de óleo como fase interna. Emulsões complexas ou "mistas" foram indicadas em
petróleo bruto viscoso de baixa gravidade específica. Estas emulsões mistas contêm uma fase
externa da água e têm uma fase interna de água misturada na fase dispersa do óleo. Uma
emulsão estável ou "coesa" ocorre quando as gotículas de água não se instalam fora da fase do
óleo devido ao seu pequeno tamanho e tensão superficial. Emulsões estáveis sempre
requerem alguma forma de tratamento. A grande maioria dos sistemas de tratamento de
petróleo lidam com emulsões normais” (Arnold, et al., 2008 pp. 384-385).
Segundo (Arnold, et al., 2008 p. 385) percebe-se que “quando o óleo e a água são
produzidos a partir de um poço, o fluxo de fluidos também contém materiais orgânicos e
inorgânicos”. O que nos leva a crer que “esses contaminantes são preferencialmente
absorvidos na interface entre as fases de óleo e água” (Arnold, et al., 2008 p. 385). Conforme a
descrição de (Arnold, et al., 2008 p. 385) “os contaminantes são absorvidos na interface,
formam um filme duro (pele) que impede ou previne a coalescência das gotículas de água”.
Assim sendo a “agitação é mais que suficiente para dispersar um líquido com gotículas finas
através do outro à medida que os fluidos entram no wellbore, acima do tubing, através de
chokes de superfícies, down-hole pumps e válvulas de gás lift” (Arnold, et al., 2008 p. 385).
O que nos leva a entender que “A turbulência causada pela queda de pressão na choke
é a principal fonte de agitação para a formação de emulsão. No entanto, a eliminação do
estrangulamento (choke), usado para controlar a vazão de um poço, não é uma solução para o
problema” (Arnold, et al., 2008 p. 385). Como foi descrito por (Arnold, et al., 2008 p. 385) “o
grau de agitação, a natureza e a quantidade de agente emulsionante determinam a
"estabilidade" da emulsão. Algumas emulsões estáveis podem levar semanas ou meses para se
separar se deixadas sozinhas em um tanque sem tratamento. Outras emulsões instáveis
podem se separar em fases relativamente puras de óleo e água em apenas uma questão de
minutos”. A estabilidade de uma emulsão segundo (Arnold, et al., 2008 p. 385) “depende de
vários fatores:
• Viscosidade;
• Tensão interfacial;
• Salinidade da água;
• Idade da emulsão;
•Agitação”
Tendo em conta a definição apresentada por (Arnold, et al., 2008 p. 490), emulsão:
Separadores
“Um separador é um vaso de pressão que permite separar as fases de petróleo bruto,
gás natural e água em fluxos separados” (Abdel-Aal, et al., 2016). Os separadores
funcionam com base no princípio de que os três componentes têm densidades
diferentes, o que lhes permite estratificar quando se movem lentamente com gás na
parte superior, água na parte inferior e óleo no meio.
“De acordo a geometria podem ser horizontais, verticais ou esféricos. Com base nas
funções de separação, os separadores de óleo-gás podem ser agrupados em separadores
de duas fases gás-líquido ou separadores trifásicos de óleo-gás-água. Eles também
podem ser classificados em separador de fase primária, separador de teste, separador de
alta pressão, separador de baixa pressão, desgaseificador e outros” (Arnold, et al.,
2008).
Entretanto, “separadores verticais são comumente usados em fluxos com razões gás-
líquido baixos e intermediários. Eles são adequados para a produção contendo areia e
outros sedimentos e, portanto, são muitas vezes equipados com um fundo de cone falso
para lidar com a produção de areia” (Arnold, et al., 2008 p. 157).
“Os vasos horizontais requerem mais área de plano para realizar a mesma separação
que os vasos verticais. Embora isso possa não ser importante em um local terrestre,
pode ser muito importante offshore” (Arnold, et al., 2008 p. 167).
“Os separadores horizontais são mais econômicos para a separação normal de óleo-
água, particularmente quando pode haver problemas com emulsões, espuma ou altas
relações gás-líquido. Os separadores verticais trabalham de forma mais eficaz em
aplicações de baixa razão gás-óleo (GOR) e onde a produção de sólidos é antecipada”,
(Arnold, et al., 2008 p. 259).
Problemas e soluções :
Flotadores
Na flotação por gás induzido (FGI), as bolhas de gás podem ser geradas por
diferentes mecanismos: mecânico, hidráulico e com a utilização de sparges.
No sistema mecânico, é utilizado um rotor que promove a indução do gás na água,
gerando pequenas bolhas do mesmo. O sistema hidráulico utiliza uma bomba centrífuga
para direcionar parte da água para ejetores, onde as bolhas de gás são criadas” (Sousa p.
194).
“Já no sistema que utiliza sparges, as bolhas de gás são geradas por meio da
passagem do fluxo de gás pelos poros dos tubos constituintes do sistema sparging. Já na
flotação por gás dissolvido (FGD), todo ou pelo menos uma parte do efluente a ser
tratado é previamente saturado com gás sob pressão. Nesse processo, são geradas bolhas
de tamanho extremamente reduzido (<102μm), quando da despressurização desse
efluente na câmara de flotação. Nos sistemas de flotação por gás dissolvido, a
quantidade de gás disponível depende essencialmente da pressão de operação do
sistema.
A seguinte tabela apresenta uma comparação dos dois métodos acima explicados.
Hidrociclones