Aula3-Calculo de Incerteza
Aula3-Calculo de Incerteza
Aula3-Calculo de Incerteza
Cálculo de Incerteza de
Medição
Página 1
2. Incerteza-padrão
Todas as contribuições de incerteza devem ser expressas com a mesma
probabilidade de abrangência. Para tal, necessitamos convertê-las em incer-
tezas-padrão. A incerteza-padrão é
s
u= (1)
n
a
u
retangular = (2)
3
Página 2
Onde a é metade da largura do intervalo entre os limites inferior e
superior.
Página 3
2.4.1 – Soma quadrática para adição ou subtração
Devemos utilizar a soma quadrática quando o resultado que buscamos
é obtido através da adição ou da subtração de uma série de valores medidos.
Por exemplo, se quisermos saber qual é o comprimento de uma cerca consti-
tuída por ripas de madeira de diferentes larguras. Considerando que a incerte-
za-padrão (em metros) de cada ripa que constitui a cerca seja a, b, c, etc., então
a incerteza-padrão combinada do comprimento da cerca será encontrada
através da equação 3:
uc = a ² + b² + c ² + ...etc. (3)
2 2
u ( A) u ( L1) u ( L 2) (4)
= +
A ( L1) ( L 2 )
Página 4
2.4.3 – Soma quadrática para outras operações
Quando tivermos que elevar ao quadrado (por exemplo, Z2) um valor para
o cálculo do resultado final de uma medição, a incerteza relativa desse valor
terá a seguinte forma:
2u ( Z ) (5)
Z
E quando uma raiz quadrada (por exemplo, √Z) fizer parte do cálculo de
um resultado, então a incerteza relativa desse valor terá a seguinte forma:
u(Z )
(6)
2Z
V²
P= (7)
R
2 2
u ( P) 2u (V ) u ( R )
= + (8)
P (V ) ( R )
Página 5
2.4.4 – Correlação
As equações que aprendemos para o cálculo da incerteza-padrão combi-
nada apenas podem ser utilizadas se as incertezas-padrão de entrada não esti-
verem relacionadas entre si ou correlacionadas. Isso significa que é sempre
importante nos perguntarmos se todas as contribuições da incerteza são inde-
pendentes entre si.
Um grande erro em uma grandeza de entrada poderia causar um gran-
de erro em outra?
Alguma influência externa, como a temperatura, poderia ter um efeito
semelhante em vários componentes da incerteza de uma vez só?
Erros individuais frequentemente são independentes, mas, se eles não
forem, cálculos adicionais, que não serão abordados neste curso, são
necessários.
u = k .uc (9)
Página 6
Outras distribuições de probabilidade, menos comuns, apre-
sentarão diferentes fatores de abrangência.
É importante observar que, sempre que soubermos o valor de uma in-
certeza expandida e do seu fator de abrangência, podemos encontrar o valor
da incerteza-padrão combinada aplicando a equação 9, dividindo a incerteza
expandida pelo fator de abrangência.
Página 7
3.1 A medição: qual o comprimento da corda?
Figura 1 – Medindo o comprimento de uma corda
Fonte: Inmetro
Página 8
Passo 2: Medimos a corda dez vezes e anotamos todos os valores de com-
primento obtidos. Vamos supor que a média aritmética e o desvio-padrão das
dez medidas sejam, respectivamente, 5,017 m e 0,0021 m (2,1 mm). Também é
importante que registremos:
Página 9
Isso significa que podemos corrigir o resultado somando 0,2% (cerca de
10 mm). Como não temos informações, podemos assumir que a incerte-
za seja distribuída uniformemente. Dividindo metade do intervalo da
incerteza (10 mm) por 2, teremos uma incerteza-padrão u = 5,8 mm.
s 2,1
u= = = 0, 7mm
n 10
Página 10
Passo 7: Agora podemos calcular a incerteza expandida. Para um fator
de abrangência k = 2, basta multiplicar o valor da incerteza-padrão combinada
(calculada no passo 6) por 2, em conformidade com a equação 10, para uma
probabilidade de abrangência de 95%:
Página 11