Caatinga
Caatinga
Caatinga
Clima
O clima que compreende a região da Caatinga é o tropical semiárido. Esse clima é marcado
por longos períodos de estiagem, isto é, sem chuvas. O índice pluviométrico é abaixo dos
800 mm/ano. As temperaturas são geralmente elevadas, com uma média de 27 ºC,
podendo alcançar números maiores, superiores a 32 ºC. Durante o período de chuva, os
índices pluviométricos podem atingir os 1000 mm/ano. Já nos períodos mais secos, há uma
baixa, chegando a 200 mm/ano."
Vegetação
"A vegetação da Caatinga apresenta características de adaptação ao longo período de seca
e grande diversidade de espécies vegetais, muitas delas endêmicas (desenvolvem-se
apenas nessa região). A vegetação da Caatinga apresenta três estratos:
79 espécies de anfíbios;
Solo
"O solo da Caatinga é definido, segundo o Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos,
como raso a profundo. É rico em minérios, mas pobre em matéria orgânica, em razão das
características do clima, da hidrografia e da vegetação da região. As texturas são arenosas
e argilosas.
O mais comum nesse bioma é o solo raso e pedregoso, o que dificulta o armazenamento de
água. As colorações variam entre tons avermelhados e cinzentos. Mesmo com essas
características, ainda assim esse solo é utilizado para a criação de animais. Como
principais produtos agrícolas cultivados na Caatinga, podemos citar o licuri, umbu, caju e
maracujá."
Hidrografia
"A hidrografia da região compreendida pelo bioma Caatinga apresenta rios que são, em sua
maioria, intermitentes ou temporários, isto é, rios que correm apenas no período das chuvas
e que secam durante a estação da seca. O rio perene (que apresenta água corrente o ano
todo) mais conhecido desse bioma é o rio São Francisco. Os rios da Caatinga nascem
geralmente nas encostas das serras.
Rio Poti
Rio Jaguaribe
Rio Parnaíba"
Recursos hídricos- O clima da Caatinga é semiárido, o que influencia diretamente a
disponibilidade hídrica da região. Este tipo climático é marcado por baixa umidade e
irregularidade de chuvas, com longos períodos de escassez pluviométrica – que podem
chegar a oito ou nove meses. Esta característica hídrica influencia os rios, em sua maioria
intermitentes, que secam em algumas épocas, e desenham o ambiente de uma forma
bastante particular. Apesar dos rios que nascem na Caatinga secarem na maior parte do
ano, um dos mais importantes do Brasil, o São Francisco, tem 80% das suas águas
situadas na região. Outro importante rio perene que corta a área é o Parnaíba.
As chuvas podem garantir a distribuição e acesso universal da água, desde que existam
estratégias sustentáveis de coleta através de tanques, barragens e cisternas. Através da
convivência racional com a Caatinga, é possível garantir o consumo de água humano,
animal e para produção de alimentos. É válido salientar que pelo território há verdadeiros
oásis que são os brejos, locais propícios ao cultivo e à sobrevivência de muitas espécies
animais.
Devastação da Caatinga
A flora da Caatinga tem características peculiares, apresentando uma estrutura resistente e
adaptada às condições áridas, por isso são chamadas xerófilas, ou seja, adaptadas ao
clima seco e à pouca quantidade de água. A vegetação é formada por três estratos: o
arbóreo, com árvores de 8 a 12 metros de altura; o arbustivo, com vegetação de 2 a 5
metros; e o herbáceo, abaixo de 2 metros. De acordo com dados do Ministério do Meio
Ambiente, 932 espécies vegetais ocupam os solos da Caatinga, das quais 318 são
endêmicas, sendo as bromélias e os cactos as principais famílias de plantas da região. A
sapiência da natureza proporcionou às espécies folhas miúdas, cascas grossas e hastes
espinhentas que são adaptadas à evapotranspiração intensa. As plantas ainda têm a
especificidade de possuir raízes tuberosas para armazenamento de água, possibilitando a
rebrota da planta mesmo após longos períodos de falta de água ou mesmo intervenções
humanas. Mandacaru, xique-xique, barriguda e umbuzeiro são algumas das espécies com
grande capacidade de armazenamento de água. Há ainda uma vasta lista de plantas
medicinais como a catingueira, o jerico e o angico.
A Caatinga ainda abriga espécies raras e de grande valor como o ipê roxo, o cumaru, a
carnaúba e a aroeira, a qual está ameaçada de extinção. Nos períodos chuvosos, espécies
de plantas herbáceas se abrem em flor, dentre as quais a malva, a malícia e a flor de
tijirana.
As singularidades da Caatinga resultam em uma fauna diversa composta por mais de 800
espécies animais. Já foram registradas 148 espécies de mamíferos, 510 de aves, 154 de
répteis e anfíbios e 240 de peixes. Este é o habitat do preá, da asa branca e o do
tamanduá-mirim. Adaptar-se às condições climáticas do bioma é a principal estratégia de
sobrevivência de plantas e animais, a exemplo dos anfíbios, que procuram abrigo em
bromélias, se enterram e saem nos períodos chuvosos. Os invertebrados compõem um
grupo especial, vasto e pouco conhecido. Eles são a base da cadeia alimentar no bioma,
polinizam as plantas e servem de alimento para anfíbios, répteis, aves e pequenos
mamíferos.
A Caatinga ainda abriga seis espécies de felinos: a onça-pintada, onça-parda, jaguatirica,
gato-do-mato-pequeno, gato-maracajá e gato-mourisco. No entanto, a exploração humana e
o manejo inadequado da terra afetam sobremaneira esta rica fauna. Inúmeras espécies se
encontram ameaçadas de extinção, como a onça-parda, o tatu-bola e o soldadinho do
araripe.
Fonte e referências
https://www.cerratinga.org.br/biomas/caatinga/