Maturidade Espiritual

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Maturidade Fernando B.

Silva Jr

Espiritual

Letra Grande
1
Índice

Prefácio……………………………………………...…… 2

Introdução…………………………………………...…… 3

Características da pessoa madura ...…………………...… 4

Nascimento espiritual………...……………………...…... 5

Crescimento espiritual ………………………………...….6

Amadurecimento correto……………………………….....7

Liberdade……………………………………………….....9

Confiança em Deus………………………………………..9

Viver pela fé……………………………………………...11

Deixar o passado para trás……………………………….12

Inteligência………………………………………………14

Independência……………………………………………16

Prosperidade……………………………………………...19

2
Prefácio

Este livro não é apenas de serventia para quem pretende


amadurecer espiritualmente, mas também é de uso
importante para crentes maduros, que necessitam de um
entendimento mais claro, de como funciona a mente de um
recém convertido, tornando-se mais paciente e
compreensivo com aqueles que acabam de nascer
espiritualmente. Podendo até mesmo capacitar aqueles que
almejam a liderança entre um grupo de cristãos,
favorecendo o seu sucesso entre seus irmãos que precisam
de apoio tanto psicológico como espiritual.
Este livro não é um método de aprendizado, mas sim um
esclarecimento sobre maturidade espiritual, cabendo ao
leitor confiar na palavra de Deus dentro do contexto bíblico
de cada característica da maturidade espiritual, para que não
dependa das instruções deste livro, mas para que cresça em
maturidade e responsabilidade diante de Deus.

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Introdução

Maturidade espiritual é bem diferente da fase adulta, sendo


de certa forma semelhante no aspecto intelectual. A fase
adulta tem por significado a capacidade máxima biológica.
A maturidade requer responsabilidade, tanto no aspecto
espiritual como no aspecto natural da vida.
A pessoa madura tem em mente a capacidade de responder,
sabendo o que realmente importa para si mesmo, diante
dessa realidade, sabe julgar entre o certo e o errado. De
maneira oposta, a pessoa imatura tem dificuldades para
discernir o real do imaginário, tomando decisões muitas
vezes duvidosas em sua mente. Todos os seres humanos
foram criados para se tornarem independentes do outro em
algum momento da vida, produzindo na próxima geração a
maturidade natural ou espiritual.
Assim como uma criança nasce totalmente dependente de
seus pais, o nascido espiritualmente também é de certa
forma dependente de outra pessoa, mas não deve ser assim
durante a vida inteira, em algum momento da vida o
nascido de novo deve alcançar a independência e
maturação.
Este livro ajudará o cristão a amadurecer espiritualmente
para depender unicamente de seu Criador, e assim ajudando
outras pessoas a se desenvolverem espiritualmente também,
compartilhando de seus conhecimentos e inteligência,
sentido-se satisfeito ao invés de inferior aos outros.

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Características da pessoa madura

• “Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é


digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do
que a mim não é digno de mim.” (Mt 10.37) .
• O cristão maduro ama mais a Jesus Cristo que seu pai,
mãe, e filhos, sabendo que os mesmos não devem ser
desonrados (Éf 6.2; 6.4). “Honra a teu pai e a tua mãe
(que é o primeiro mandamento com promessa)”; “E
vós, pais, não provoqueis à ira vossos filhos, mas
criai-os na disciplina e admoestação do Senhor”.
• Entende que Jesus Cristo é a cabeça da igreja (Cl
1.18). “também ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o
princípio, o primogênito dentre os mortos, para que
em tudo tenha a preeminência”.
• Nele deve crescer na graça e no conhecimento (Éf
4.15). “antes, falando a verdade em amor, cresçamos
nele em todas as coisas, no cabeça, que é Cristo”.
• Sem se considerar mais importante ou superior do que
os outros (Gl 6.3). “Pois, se alguém pensa ser alguma
coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo”.
• Confia em Deus independente do que aconteça (Dn
3.17-18). “Eis que o nosso Deus a quem nós servimos
pode nos livrar da fornalha de fogo ardente; e ele nos
livrará da tua mão, ó rei. Mas se não, fica sabendo, ó
rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos
a estátua de ouro que levantaste”. Ama o seu próximo
como a si mesmo (Gl 5.14). “Pois toda a lei se cumpre
numa só palavra, a saber: Amarás ao teu próximo
como a ti mesmo.”

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• Se compromete com a verdade (At. 17.11). “Ora, estes
eram mais nobres do que os de Tessalônica, porque
receberam a palavra com toda avidez, examinando
diariamente as Escrituras para ver se estas coisas eram
assim.” Aprende com seus erros, deixando o passado
para trás (1 Co 13.11). “Quando eu era menino,
pensava como menino; mas, logo que cheguei a ser
homem, acabei com as coisas de menino.”

Nascimento espiritual

Para entrar no reino do céu é necessário nascer de novo (Jo


3.3). “Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te
digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o
reino de Deus.”
Todos sabemos que quando uma criança acaba de nascer,
se desenvolverá aprendendo muitas coisas, sendo assim,
não é diferente para quem nasce espiritualmente, mas esta
por vontade própria, e não por simples desenvolvimento
natural. Da mesma maneira que uma criança (no sentido
biológico) tem dificuldade para discernir o real do
imaginário, o nascido espiritualmente também tem a mesma
dificuldade, por isso a importância de amadurecer
espiritualmente. (1 Co 3.1-6). “E eu, irmãos não vos pude
falar como a espirituais, mas como a carnais, como a
criancinhas em Cristo. Leite vos dei por alimento, e não
comida sólida, porque não a podíeis suportar; nem ainda
agora podeis; porquanto ainda sois carnais; pois, havendo
entre vós inveja e contendas, não sois porventura carnais, e
não estais andando segundo os homens? Porque, dizendo

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um: Eu sou de Paulo; e outro: Eu de Apolo; não sois apenas
homens? Pois, que é Apolo, e que é Paulo, senão ministros
pelos quais crestes, e isso conforme o que o Senhor
concedeu a cada um? Eu plantei; Apolo regou; mas Deus
deu o crescimento.”
Sabemos que uma criança corre muitos riscos se não tiver
um adulto por perto, assim também é com o recém nascido
espiritual (Rm 16.18). “Porque os tais não servem a Cristo
nosso Senhor, mas ao seu ventre; e com palavras suaves e
lisonjas enganam os corações dos inocentes.” Isso porque a
imaturidade faz com que o imaturo dependa de outra pessoa
para se sentir segura (Éf 4.14-15). “para que não mais
sejamos meninos, jogados de um lado para o outro, levados
ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos
homens, pela astúcia com que induzem ao erro; antes,
falando a verdade em amor, cresçamos nele em todas as
coisas, no cabeça, que é Cristo.”

Crescimento espiritual

O pão é o alimento que representa o crescimento físico da


criança. Jesus Cristo é o pão para o crescimento espiritual
para o cristão (Jo 6.35). “Declarou-lhes Jesus: Eu sou o pão
da vida; aquele que vem a mim, de modo algum terá fome,
e quem crê em mim jamais terá sede.” O pão da vida é a
Escritura sagrada, o próprio Jesus Cristo! (1 Jo 1.1). “O que
era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os
nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos
apalparam, a respeito da Palavra da vida.” Diferente da

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confusão entre o real e o imaginário, Jesus Cristo é a luz do
mundo que deixa tudo muito claro na mente do cristão (Jo
12.46). “Eu vim como luz para o mundo, a fim de que todo
aquele que crê em mim não permaneça nas trevas.”
Para não correr o risco de ser levado ao engano, por ser
dependente de outros , o apóstolo Pedro exorta a igreja a
crescer na graça e no conhecimento de Jesus Cristo (2 Pe
3.17-18). “Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão,
guardai-vos de que, pelo engano dos homens perversos,
sejais juntamente arrebatados, e descaiais da vossa firmeza;
antes crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como
no dia eterno. Amém.”
O crescimento espiritual envolve em muitos casos a
tentação comparada com a provação ao cristão diante de
Deus (Tg 1.2-4). “Meus irmãos, tende por motivo de grande
gozo o passardes por várias provações, sabendo que a
aprovação da vossa fé produz a perseverança; e a
perseverança tenha a sua obra perfeita, para que sejais
perfeitos e completos, não faltando em coisa alguma.”
A perseverança na fé é o caminho certo para o crescimento
espiritual (Rm 5.3-5). “E não somente isso, mas também
nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação
produz a perseverança, e a perseverança a experiência, e a
experiência a esperança; e a esperança não desaponta,
porquanto o amor de Deus é derramado em nossos corações
pelo Espírito Santo que nos é dado.”

Amadurecimento correto

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Entender espiritualmente o que é espiritual é a maneira
correta de amadurecer espiritualmente (1 Co 2.14). “Ora, o
homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus,
porque para ele são loucura; e não pode entendê-las, porque
elas se discernem espiritualmente”. Portanto é eficaz não ter
vergonha da humildade de pedir entendimento para Deus
(Tg 1.5). “Ora, se algum de vós tem falta de sabedoria,
peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não censura, e
ser-lhe-á dada.” Portanto, para amadurecer de maneira
correta é necessário paciência (Sl 40.1). “Esperei com
paciência pelo Senhor, e ele se inclinou para mim e ouviu o
meu clamor.”
A maneira incorreta de amadurecer na verdade é um falso
amadurecimento, pois o cristão continuará imaturo
referente ao que é espiritual, mas quero deixar claro o
comentário sobre o falso amadurecimento. O falso
amadurecimento está relacionado ao que Paulo exorta aos
coríntios (1Co 14.20). “Irmãos, não sejais meninos no
entendimento; na malícia, contudo, sede criancinhas, mas
adultos no entendimento.”
Maduros no entendimento e meninos na malícia é o tema
deste livro. O amadurecimento incorreto é totalmente o
oposto do verdadeiro amadurecimento, se por um lado
temos o amadurecimento por entender espiritualmente o
que é espiritual, por outro lado a tentativa de entender de
forma natural o que se entende espiritualmente, pode causar
no cristão uma fortaleza em sua mente ao invés de
amadurecê-lo (2 Co 10.3-5). “Porque, embora andando na
carne, não militamos segundo a carne, pois as armas da

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nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para
demolição de fortalezas; derribando raciocínios e todo
baluarte que se ergue contra o conhecimento de Deus, e
levando cativo todo pensamento à obediência a Cristo.”

Liberdade

A liberdade foi o propósito fundamental da morte de Jesus


Cristo na Cruz (Gl 5.1). “Para a liberdade Cristo nos
libertou; permanecei, pois, firmes e não vos dobreis
novamente a um jugo de escravidão.”
É importante conservar a liberdade sabendo que tudo se
pode fazer, mas nem tudo é certo fazer (1Co 6.12). “Todas
as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm.
Todas as coisas me são lícitas; mas eu não me deixarei
dominar por nenhuma delas.”
Estamos condicionados a servir a Deus ou o pecado, mas
podemos escolher entre uma e outra situação (Rm 6.22).
“Mas agora, libertos do pecado, e feitos servos de Deus,
tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida
eterna.”

Confiança em Deus

O povo de Israel liberto por Deus da escravidão no Egito


por 430 anos, não confiou em Deus de todo coração,
deixando claro parecer um povo mimado, querendo tudo a
sua maneira, ao invés de confiar no Criador, por isso não

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conheceram o caminho de Deus, trazendo sobre eles a
indignação do todo Poderoso (Hb 3.7-10). “Pelo que, como
diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não
endureçais os vossos corações, como na provocação, no dia
da tentação no deserto, onde vossos pais me tentaram,
pondo-me à prova, e viram por quarenta anos as minhas
obras. Por isto me indignei contra essa geração, e disse:
Estes sempre erram em seu coração, e não chegaram a
conhecer os meus caminhos.”
Importa saber que Deus nos ama, por isso viver a maneira
que Ele Determina é a melhor maneira para o cristão
crescer e se desenvolver espiritualmente. Ser independente
de outros ou ser maduro, não significa ser autoconfiante ou
arrogante, mas depender totalmente do Criador através de
seu Filho Jesus Cristo (Hb 1.1-4). “Havendo Deus
antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos
pais, pelos profetas, nestes últimos dias a nós nos falou pelo
Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por
quem fez também o mundo; sendo ele o resplendor da sua
glória e a expressa imagem do seu Ser, e sustentando todas
as coisas pela palavra do seu poder, havendo ele mesmo
feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da
Majestade nas alturas, feito tanto mais excelente do que os
anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles.”
É valoroso aceitar que Deus zela por nossas vidas, e que
está sempre disposto a nos ajudar em nossas fraquezas (Rm
8.26). “Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na
fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir
como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós
com gemidos inexprimíveis.” Inspirado pelo Espírito Santo,

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Paulo afirma que o amor de Deus vai além de entregar seu
Filho para nos salvar, que é fundamental para nossa alegria
(Rm 8.32). “Aquele que não poupou a seu próprio Filho,
antes, por todos nós o entregou, como não nos dará também
com ele todas as coisas?”

Viver pela fé

“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam,


e a prova das coisas que não se veem.” (Hb 11.1)
A medida que perseveramos na fé, meditando na palavra
de Deus, esta vai crescendo e nos faz cada vez mais firme
na fé (Mt 13.31-32). “Outra parábola lhes propôs, dizendo:
O reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda que
um homem tomou, e semeou no seu campo; o qual é
realmente a menor de todas as sementes; mas, depois de ter
crescido, é a maior das hortaliças, e faz-se árvore, de sorte
que vêm as aves do céu, e se aninham nos seus ramos.”
Por ser o firme fundamento do que se espera e a prova das
coisas que não se vê, a fé é o caminho mais confiável e
seguro para se viver, os que assim vivem são considerados
justos diante de Deus (Rm 1.17). “Pois nele é revelada a
justiça de Deus, de fé em fé, como está escrito: O justo
viverá pela fé.”
Temos na Escritura muitos exemplos de vitoriosos pela fé
(Hb 11.3-10). “Pela fé entendemos que os mundos foram
criados pela palavra de Deus; de modo que o visível não foi
feito daquilo que se vê. Pela fé Abel ofereceu a Deus mais
excelente sacrifício que Caim, pelo qual alcançou

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testemunho de que era justo, dando Deus testemunho das
suas oferendas, e por meio dela depois de morto, ainda fala.
Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte; e não
foi achado, porque Deus o trasladara; pois antes da sua
trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus.
Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é
necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que
ele existe, e que é galardoador dos que o buscam. Pela fé
Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam,
sendo temente a Deus, preparou uma arca para o
salvamento da sua família; e por esta fé condenou o mundo,
e tornou-se herdeiro da justiça que é segundo a fé. Pela fé
Abraão, sendo chamado, obedeceu, saindo para um lugar
que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para
onde ia. Pela fé peregrinou na terra da promessa, como em
terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó,
herdeiros com ele da mesma promessa; porque esperava a
cidade que tem os fundamentos, da qual o arquiteto e
edificador é Deus. Pela fé, até a própria Sara recebeu a
virtude de conceber um filho, mesmo fora da idade,
porquanto teve por fiel aquele que lho havia prometido.”

Deixar o passado para trás

Deixar para trás o que não tem serventia, é muito


importante para o crescimento e desenvolvimento
espiritual, porque o que passou, e não serve mais, não trará
nada de construtivo para nossas vidas. “Irmãos, quanto a
mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e

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é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e
avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo
pelo prêmio da vocação celestial de Deus em Cristo
Jesus.”(Fl 3.13-14).
Em suas cartas, Paulo se apresenta como apóstolo e servo
de Jesus Cristo (Rm 1.1). “Paulo, servo de Jesus Cristo,
chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de
Deus”. Considero interessante como o apóstolo diferencia
o que ele foi com o que ele “é” (Fl 3.5). “circuncidado ao
oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim,
hebreu de hebreus; quanto à lei fui fariseu.” Ser fariseu
significa fazer parte de uma seita onde a doutrina é
fermentada por doutrinas humanas e não, espirituais em
Deus.
Da mesma maneira que Paulo diferencia o que ele era com
o que ele “é”, devemos discernir que não somos o que
éramos (Tt 3.3-7). “Porque também nós éramos outrora
insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias
paixões e deleites, vivendo em malícia e inveja odiosos e
odiando-nos uns aos outros. Mas quando apareceu a
bondade de Deus, nosso Salvador e o seu amor para com os
homens, não em virtude de obras de justiça que nós
houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos
salvou mediante o lavar da regeneração e renovação pelo
Espírito Santo, que ele derramou abundantemente sobre nós
por Jesus Cristo, nosso Salvador; para que, sendo
justificados pela sua graça, fôssemos feitos herdeiros
segundo a esperança da vida eterna.” Não éramos boa coisa
no passado, por isso é importante deixar para trás o que
éramos e prosseguir em direção ao reino do céu (2 Co

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5.17). “Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criatura;
as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”

Inteligência

O por quê de fazer ou não fazer, pode ser um sinal de


inteligência. Deus ordenou Adão a não comer da arvore do
conhecimento do bem e do mal, deixando claro o por quê
de não comer (Gn 2.16-17). “Ordenou o Senhor Deus ao
homem, dizendo: De toda árvore do jardim podes comer
livremente; mas da árvore do conhecimento do bem e do
mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela
comeres, certamente morrerás.” Esse fato é um exemplo de
que a inteligência espiritual vem diretamente do próprio
Deus. Jó afirma que o entendimento é se apartar do mal (Jó
28.28). “E disse ao homem: Eis que o temor do Senhor é a
sabedoria, e o apartar-se do mal é o entendimento.”
Jesus Cristo diz para seus ouvintes se arrependerem dos
seus pecados porque está próximo o reino dos céus, ou seja,
explicando o por quê de se arrepender (Mt 4.17). “Desde
então começou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos,
porque está próximo o reino dos céus.”
Deus coloca a benção e a maldição diante dos seus
escolhidos dando motivos e explicações para escolher a
benção (Dt 30.19). “O céu e a terra tomo hoje por
testemunhas contra ti de que te pus diante de ti a vida e a
morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para
que vivas, tu e a tua descendência”. Podemos afirmar que

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Paulo mostra uma certa inteligência ao falar da verdade (2
Co13.8). “Porque nada podemos contra a verdade, porém, a
favor da verdade.”
Quero aproveitar a oportunidade para motivar a ouvir a
sabedoria que tem o mesmo significado de inteligência (Pv
8.1-9). “Não clama porventura a sabedoria, e não faz o
entendimento soar a sua voz? No cume das alturas, junto ao
caminho, nas encruzilhadas das veredas ela se coloca. Junto
às portas, à entrada da cidade, e à entrada das portas está
clamando: A vós, ó homens, clamo; e a minha voz se dirige
aos filhos dos homens. Aprendei, ó simples, a prudência;
entendei, ó loucos, a sabedoria. Ouvi vós, porque profiro
coisas excelentes; os meus lábios se abrem para a equidade.
Porque a minha boca profere a verdade, os meus lábios
abominam a impiedade. Justas são todas as palavras da
minha boca; não há nelas nenhuma coisa tortuosa nem
perversa. Todas elas são retas para o que bem as entende, e
justas para os que acham o conhecimento.”

Independência

Paulo é o grande motivador da independência espiritual,


falando de si mesmo como alguém que teve um encontro
pessoal com Deus Pai e com o Senhor Jesus Cristo (Gl 1.1).
“ Paulo, apóstolo (não da parte dos homens, nem por
intermédio de homem algum, mas sim por Jesus Cristo, e
por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos).”
Ao afirmar que não é apóstolo da parte de homens nem de
homem algum, Paulo está se referindo aos homens

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especiais de Deus também (Gl 1.15-17). “Mas, quando
aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me
separou, e me chamou pela sua graça, revelar seu Filho em
mim, para que eu o pregasse entre os gentios, não consultei
carne e sangue, nem subi a Jerusalém para estar com os que
já antes de mim eram apóstolos, mas parti para a Arábia, e
voltei outra vez a Damasco.”
É interessante como o profeta Samuel no seu
desenvolvimento e crescimento espiritual é chamado por
Deus para uma conversa pessoal com ele, deixando claro
que chegou o momento de não depender mais de Eli, e ter
um relacionamento pessoal com o Criador (1 Sm 3,.1-10).
“Entretanto, o menino Samuel servia ao Senhor perante Eli.
E a palavra do Senhor era muito rara naqueles dias; as
visões não eram frequentes. Sucedeu naquele tempo que,
estando Eli deitado no seu lugar (ora, os seus olhos
começavam já a escurecer, de modo que não podia ver), e
ainda não se havendo apagado a lâmpada de Deus, e
estando Samuel também deitado no templo do Senhor, onde
estava a arca de Deus, o Senhor chamou: Samuel! Samuel!
Ele respondeu: Eis-me aqui. E correndo a Eli, disse-lhe:
Eis-me aqui, porque tu me chamaste. Mas ele disse: Eu não
te chamei; torna a deitar-te. E ele foi e se deitou. Tornou o
Senhor a chamar: Samuel! E Samuel se levantou, foi a Eli e
disse: Eis-me aqui, porque tu me chamaste. Mas ele disse:
Eu não te chamei, filho meu; torna a deitar-te. Ora, Samuel
ainda não conhecia ao Senhor, e a palavra do Senhor ainda
não lhe tinha sido revelada. O Senhor, pois, tornou a
chamar a Samuel pela terceira vez. E ele, levantando-se, foi
a Eli e disse: Eis-me aqui, porque tu me chamaste. Então

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entendeu Eli que o Senhor chamava o menino. Pelo que Eli
disse a Samuel: Vai deitar-te, e há de ser que, se te chamar,
dirás: Fala, Senhor, porque o teu servo ouve. Foi, pois,
Samuel e deitou-se no seu lugar. Depois veio o Senhor,
parou e chamou como das outras vezes: Samuel! Samuel!
Ao que respondeu Samuel: Fala, porque o teu servo ouve.”
Sendo assim Samuel se tornou cada vez mais independente
do profeta Eli, e passou a ter contato direto com o Todo
Poderoso.
Da mesma maneira, Deus tem grande interesse em ter um
relacionamento pessoal com cada um de seus filhos. Para
que seja possível alcançar intimidade com Deus é de suma
importância colocar em pratica os ensinamentos de Jesus
Cristo (Mt 16.24). “Então disse Jesus aos seus discípulos:
Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a
sua cruz, e siga-me.”
O próprio Jesus Cristo esclarece como é possível a
dependência do Criador (Jo 14.15-21). “Se me amais,
guardareis os meus mandamentos, e eu rogarei ao Pai, e ele
vos dará outro Consolador, para que fique convosco para
sempre, a saber, o Espírito da verdade, o qual o mundo não
pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o
conheceis, porque ele habita convosco, e estará em vós.
Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós. Ainda um pouco,
e o mundo não me verá mais, mas vós me vereis; porque eu
vivo, vós também vivereis. Naquele dia conhecereis que
estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós. Aquele que
tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me
ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o
amarei, e me manifestarei a ele.”

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Prosperidade

A prosperidade não é alcançada através de uma palavra


mágica, mas está completamente relacionada com a
meditação na palavra de Deus (Sl 1.1-3). “Bem-aventurado
o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios,
nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na
roda dos escarnecedores; antes tem seu prazer na lei do
Senhor, e na sua lei medita de dia e noite. Pois será como a
árvore plantada junto às correntes de águas, a qual dá o seu
fruto na estação própria, e cuja folha não cai; e tudo quanto
fizer prosperará.”
Josué é orientado por Deus a ser forte e corajoso para entrar
na terra prometida, aconselhando-o a não se desviar da
palavra de Deus (Js 1.6-8). “Esforça-te, e tem bom ânimo,
porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus
pais lhes daria. Tão-somente esforça-te e tem mui bom
ânimo, cuidando de fazer conforme toda a lei que meu
servo Moisés te ordenou; não te desvies dela, nem para a
direita nem para a esquerda, a fim de que sejas bem
sucedido por onde quer que andares. Não se aparte da tua
boca o livro desta lei, antes medita nele dia e noite, para
que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está
escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás
bem sucedido.”

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Meditar significa falar consigo mesmo, pode parecer
estranho o termo, mas era bem comum antigamente. Uma
mulher foi curada de uma hemorragia por falar consigo
mesma e tocar na veste de Jesus Cristo (Mt 9.20-21). “E eis
que certa mulher, que havia doze anos estava enferma de
uma hemorragia, chegou por trás dele e lhe tocou na orla da
veste; porque dizia consigo mesma: Se eu apenas lhe tocar
a veste, ficarei curada.”

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