Sistema Freios Apostila
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Sistemas de freio
Sistemas de freio
ÍNDICE
Introdução 05
1ª Parte - Hidráulica 06
Introdução
Abordaremos nesta apostila uma das mais importantes e vitais partes de um veículo, ou seja, o
Sistema de Freios. Uma frenagem segura está relacionada com os cuidados dispensados a todo
o sistema, visto que o mesmo está sujeito às mais diversas condições de tráfego. Diante disso, a
conservação e verificação periódica de todo o sistema é essencial para proporcionar rendimento
e maior segurança às frenagens.
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Sistemas de freio
1ª Parte - Hidráulica
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Foi Pascal, um sábio francês, o primeiro pesquisador a descobrir que aplicando pressão a um
líquido...
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Sistemas de freio
Princípios de hidráulica
Hidráulica é parte da hidrodinâmica que estuda as propriedades dos fluidos.
Quando aplicamos na superfície de um líquido uma força exercida por uma massa de 1 kg
sobre uma secção de 1 m2 de área, essa pressão se transmitirá igualmente em todas as direções
no recipiente.
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P=F
A
Ex.: P = 10 Kgf = 2 Bar
5 cm2
P = 10 Kgf = 1 Bar
10 cm2
“As pressões transmitidas são proporcionais à área das paredes que as recebem”.
Observe que se colocarmos um peso de 10 kg no ponto “A” e forçá-lo num curso de 10 cm,
o ponto “B”, sustentará o peso de 10 kg movimentando num curso também de 10 cm, pois as
áreas “A” e “B” são iguais.
10 kg 10 kg
A B
10 cm 10 cm
Se ramificarmos a extremidade “B” em duas saídas iguais, verificamos que, para o mesmo curso
do ponto “A”, podemos sustentar o mesmo peso em cada extremidade ramificada, porém em um
curso de apenas 5 cm em cada uma.
10 kg 10 kg 10 kg
A 5 cm B1 B2
10 cm
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10 kg 10 kg 10 kg 10 kg 10 kg
2,5 cm
A 10 cm B1 B2 B3 B4
Então deduzimos que se aplicarmos uma força em 1 cm2 num curso de 10 cm, poderemos
sustentar um peso de até 1.000 kg, desde que a área de saída seja 100 vezes maior.
Evidentemente o curso diminuirá em cem vezes.
1000 kg
10 kg
1 mm
A 10 cm B
10
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Verificou-se que o que se ganhava em força, perdia-se proporcionalmente em curso útil, devido
ao aumento da área.
Esse princípio é utilizado em muitas situações no campo industrial, como em prensas, elevadores,
direção/freios hidráulicos etc.
Nos freios hidráulicos, um esforço no cilindro mestre faz com que as rodas recebam a mesma
pressão, sendo suficiente para freá-las.
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Sistemas de freio
O fluido de freio
Uma das mais importantes aplicações
industriais das experiências de Pascal foi
a utilização dos líquidos para a transmissão
de força no sistema de freios hidráulicos.
As primeiras experiências foram feitas com água, porém logo se verificou que o líquido deveria
ter outras características.
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Dessa forma, uma combinação entre óleo de mamona, álcool e um neutralizante demonstrou-se
satisfatória...
Com o desenvolvimento dos veículos, a produção de calor nas frenagens aumentou, exigindo
uma dissipação mais rápida...
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Ponto de ebulição
Temperatura em que o líquido, quando aquecido, começa a mudar de fase. O fluido deve
possuir um ponto de ebulição de 2050C ou 2350C conforme prescrição de serviço...
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Viscosidade
PH e corrosão
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Prova de congelamento
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Pressão atmosférica
Nosso planeta está envolvido em uma camada de ar chamada atmosfera.
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À medida que subimos em relação à atmosfera, a pressão vai caindo. Como isso acontece?
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Diante disso, Galileu observou que uma bomba aspirante não conseguia elevar a água a uma
altura superior a 10,3 m.
10,3 m
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76 cm
Vácuo
Barométrico
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Podemos concluir então que uma coluna de água de 10,33 m pesa igualmente a uma coluna de
mercúrio de 0,76 m.
É importante lembrar que todos esses cálculos consideram o nível do mar como a superfície mais
baixa da terra. Portanto, suporta a maior e mais pesada camada de ar.
Assim, cada cm2 da superfície suporta uma força exercida por uma massa de 1 kg.
Um homem médio com 15.000 cm2 de superfície suporta uma pressão de 15 toneladas.
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O vácuo
Na física definimos o vácuo como uma pressão inferior à pressão atmosférica.
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A extremidade “B”, após estar em contato com o ar ambiente, é mergulhada em uma tina de
mercúrio.
Quando provocamos vácuo na parte de cima, a pressão empurra o mercúrio tubo acima.
Vácuo
Para fins industriais e automotivos, esse tubo é substituído por um dispositivo chamado de
vacuômetro, que indica o total de vácuo gerado.
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Observe que as duas extremidades “A” e “B” do cilindro estão abertas à atmosfera.
Há uma pressão de ar igual a 14,7 libras-força por polegada quadrada em cada face do
êmbolo.
Pressão Pressão
Atmosférica Atmosférica
A B
2 2
14,7 lbf /pol 14,7 lbf /pol
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Dessa forma o êmbolo não se moverá em nenhum sentido, pois as pressões estão balanceadas.
Vamos retirar parcialmente o ar da extremidade “A”. A pressão ficará reduzida a 4,7 libras-
força por polegada quadrada.
Vácuo
Pressão
Atmosférica
A B
2 2
14,7 lbf /pol 14,7 lbf /pol
Então temos uma pressão diferencial de 14,7 (extremidade “B”) menos 4,7 (extremidade “A”)
sob pressão de 10 lbf/pol2.
Se tanto a extremidade “A” quanto a “B” estivessem fechadas e houvesse vácuo parcial nas
câmaras, o êmbolo não se moveria ficando “suspenso em vácuo” até que abríssemos uma das
extremidades à atmosfera.
A B A B
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Principalmente para o sistema de freios que será o tema que estudaremos na próxima parte.
Até lá.
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Foi diante dessa necessidade que surgiram os primeiros sistemas de freios, ainda que arcaicos.
Por algum tempo, usou-se cunhas que eram colocadas debaixo das rodas.
No entanto, o desgaste com o atrito foi exigindo que se desenvolvessem métodos mais
aprimorados.
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Assim, foi criado um dos primeiros freios que usavam duas cintas flexíveis de aço em volta de um
tambor também de aço.
Porém, o desgaste da cinta era rápido, sendo necessária a utilização de outros materiais como a
madeira que, rebitados na cinta, aumentavam a eficiência do freio.
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A partir daí, o homem tem desenvolvido e aprimorado a cada dia o Sistema de Freios,
utilizando a mecânica e a eletrônica para construir os mais modernos mecanismos.
Para chegar a essa fase, muito estudo teve que ser desenvolvido, principalmente sobre o atrito.
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A força utilizada para esse objetivo é denominada de ação da pressão. As superfícies atritadas
resistirão a qualquer movimento entre elas.
Perceba que, se aumentarmos o peso e modificarmos o material em contato, o atrito será mais
efetivo.
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Nos automóveis, quando o atrito entre o disco e a pastilha for alto, será necessário um menor
esforço de frenagem, porém com maior desgaste dos pneus.
Quando o atrito do material de fricção for baixo, ocorrerá o inverso, ou seja, maior esforço de
frenagem e menor desgaste dos pneus.
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Esse atrito vai gerar calor, portanto as peças devem ser dimensionadas de maneira a absorver e
dissipar o calor resultante da força desenvolvida na frenagem.
Os veículos desenvolvem a cada dia velocidades mais elevadas. Com isso é necessário um
esforço muito grande para freá-los.
Em alguns casos, os freios desenvolvem uma potência dez vezes maior que o motor.
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O calor gerado é dissipado nos intervalos da frenagem, ou seja, quando o freio não está sendo
utilizado.
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Sapatas
Superfície de
atrito do tambor
Se os freios superarem o atrito no pavimento, o calor produzido ficará restrito a uma pequena
área do pneu que deslizará.
O efeito máximo de retardamento sobre o solo, é uma das forças que determinam o total de
desaceleração conhecida por fator “K”.
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Isso significa que um determinado tipo de piso pode tolerar somente uma combinação de força
de retardamento na frenagem.
Em nossas rodovias, a porcentagem limite para uma parada é de 0.60 “K”, ou seja, 60 quilos
de força retardada para 100 quilos de peso.
Quando as sapatas encostam no tambor, elas tendem a girar ao redor de seu ponto de
articulação.
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Auto-energizante Desenergizante
Se a resultante estiver muito próxima da extremidade livre, a ação da sapata será incontrolável.
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O rendimento da ação da frenagem é uma constante preocupação dos projetistas que, para
isso, desenvolvem componentes cada vez mais modernos para compor o freio das rodas.
Freio das rodas é o mecanismo que transforma as pressões de aplicação em forças mecânicas
para retardar o movimento das rodas até pará-las.
Simplex Duplex
São freios incorporados às sapatas das rodas traseiras e acionados por um sistema de cabos de
aço ligados a uma alavanca de comando manual.
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;;
;;
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Há também os freios a disco com freio de estacionamento. São auto-reguláveis e não estão
sujeitos às anomalias de um freio convencional a tambor.
Funcionam incorporados a uma unidade hidráulica que freia com mais eficiência que os
convencionais.
Esse sistema permite o acionamento através de cabos que são equipados com um mecanismo de
regulagem automática acondicionada no interior da pinça.
Vamos ver agora um componente muito importante e que influi diretamente na força que é
imprimida no pedal de freio.
Servofreio
É acionado pelo vácuo fornecido pelo motor do veículo e pela pressão atmosférica. Consiste em
três elementos básicos combinados: uma seção de vácuo, uma válvula de controle e um
cilindro-mestre.
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Está montado na unidade de vácuo e fornece fluido pressurizado para os cilindros das rodas de
acordo com o esforço aplicado no pedal de freio. O servofreio possui três posições:
Posição de repouso
Quando os freios não são aplicados e o motor está funcionando, o ar é retirado da câmara
dianteira e armazenado. A válvula de controle da passagem de ar retira o ar da câmara
traseira, criando o vácuo. Com o vácuo nas câmaras, o diafragma e o êmbolo estarão em
equilíbrio.
Posição aplicada
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Posição de equilíbrio
Vários fatores podem ocasionar a falta de ar no sistema. Quando isso ocorrer, o freio
funcionará por completo uma vez, ou ainda, por diversas vezes parcialmente, bastando para
isso um aumento do esforço no pedal de freio.
Freios hidráulicos
Nesse sistema, a pressão exercida pelo pedal de freio é transmitida à sapata de forma
ampliada. Os componentes básicos são: cilindro mestre, tubulações e cilindros de rodas.
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Cilindro mestre
É composto por dois êmbolos, um ou dois reservatórios e duas saídas. O objetivo é ter um
circuito para as rodas dianteiras e outro para as traseiras, ou seja, se um falhar o outro
continuará funcionando. Atualmente a FIAT utiliza o sistema cruzado.
Caso se verifique vazamentos no circuito traseiro, o êmbolo não encontrará resistência por parte
do fluido da câmara 1, então empurrará mecanicamente o êmbolo da câmara 2, acionando o
freio dianteiro.
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Sangria
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manual...
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Corretor de frenagem
Os primeiros veículos fabricados dispunham de um sistema de freios que atuavam nas quatro
rodas sem levar em consideração a carga suportada no eixo traseiro e dianteiro.
Esse sistema não era adequado visto que as rodas traseiras, que suportavam menos peso,
travavam primeiro que as rodas dianteiras.
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Contudo, esse dispositivo fixava um peso para o eixo e funcionava sem regulagem. O Corretor
de Frenagem foi desenvolvido para suprir essa deficiência.
É uma válvula reguladora de pressão do fluido dos freios traseiros que aplica a carga necessária
de acordo com a carga transportada, evitando que as rodas traseiras travem antes das
dianteiras nas freadas bruscas.
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Funciona a partir de uma mola que é comprimida por uma haste e que libera mais ou menos
fluido para a frenagem, de acordo com a carga imprimida nos eixos.
Agora é praticar e estar atento a esse sistema tão importante dos veículos. Vá em frente!
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