Eng Segurança 01

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INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS


INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

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INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS
Núcleo de Educação a Distância

PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.

O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.

GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO


Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino

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Prezado(a) Pós-Graduando(a),

Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!


Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos.
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Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas


pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu-
ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a)
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial.
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos
conhecimentos.

Um abraço,

Grupo Prominas - Educação e Tecnologia

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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!

É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha


é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização.
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.

Estude bastante e um grande abraço!


INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

Professora: Riane Lopes de Oliveira

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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao
seu sucesso profisisional.

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Nesta unidade abordar-se-á a história e a conceituação do
trabalho e a sua relação com as necessidades dos seres humanos.
Será contextualizada também a história da segurança e saúde do tra-
balho nos contextos mundial e nacional. Através da Introdução à En-
genharia de Segurança do Trabalhado serão reforçados conceitos bá-
sicos a serem utilizados ao longo de todo o curso, como: Acidente do
Trabalho, Acidente de trajeto, Incidente, Higiene ocupacional, Saúde
Ocupacional, Segurança do Trabalho, Comunicação de Acidente de
Trabalho – CAT e Riscos Ocupacionais. Outrossim, serão explorados
os conteúdos das NR: NR 1 – Disposições gerais, NR 3 – Embargo ou
Interdição. NR 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segu-
rança e em Medicina do Trabalho, NR 5 - Comissão Interna de Preven-
ção de Acidentes e NR 28 - Fiscalização e Penalidades. Justifica-se
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por causa da relevância da aplicação desses conceitos e legislações


no contexto laboral, de forma a prevenir acidentes e doenças ocupa-
cionais. Através da revisão bibliográfica dos conteúdos supracitados,
fica evidente a importância do fomento de estudos acerca da saúde e
segurança do trabalho, para aplicação eficiente e em harmonia com as
atualizações e tecnologias do mercado.

Segurança do Trabalho. Engenharia. Saúde. Normas Regulamentadoras.


Riscos. Acidentes.

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Apresentação do Módulo ______________________________________ 11

CAPÍTULO 01
A EVOLUÇÃO DA ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

O Trabalho e a Humanidade: Breve Histórico, Contextualiação da


Atualidade e Definição _________________________________________ 13

A História da Segurança do Trabalho _____________________________ 17

A Segurança do Trabalho na Contemporaneidade ______________ 23

Conceitos Básicos na Engenharia de Segurança do Trabalho: Se-


gurança do Trabalho, Higiene Ocupacional e Medicina do Traba-
lho ____________________________________________________________ 25

Recapitulando ________________________________________________ 27

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CAPÍTULO 02
AS NORMAS REGULAMENTADORAS DA ENGENHARIA DE SEGU-
RANÇA DO TRABALHO

As Normas Regulamentadoras - NR _____________________________ 32

NR 1 – Disposições Gerais _______________________________________ 37

NR 3 – Embargo ou Interdição __________________________________ 40

NR 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e


em Medicina do Trabalho ______________________________________ 41

NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes ____________ 46

NR 28 - Fiscalização e Penalidades ______________________________ 58

Recapitulando _________________________________________________ 61
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CAPÍTULO 03
RISCOS E ACIDENTES DO TRABALHO

Os Riscos Ocupacionais _________________________________________ 66

Os Acidentes do Trabalho _______________________________________ 70

Recapitulando __________________________________________________ 88

Fechando a Unidade ____________________________________________ 92

Referências _____________________________________________________ 98
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O trabalho sofreu, desde os primórdios, alterações na sua for-
ma de concepção e objetivo. Passando pela época pré-histórica, em
que através das atividades comuns se conquistava alimentos e outras
necessidades básicas. Num segundo momento, passando pela era da
escravidão, posteriormente, pela servidão (ambos sem liberdade), e so-
frendo transformações, a passos lentos, em todo o mundo (e de forma
desigual), até as conquistas dos direitos dos trabalhadores, posterior-
mente, as legislações (internacionais e nacionais) específicas de segu-
rança do trabalho, dentre outras.
No contexto atual, o trabalho é muito mais do que uma habitual
forma de garantir as necessidades básicas, ele influi em alguns outros
fatores de segurança, social, pessoal, motivacional, e até mesmo auto-
estima e autorrealização. Ou seja, não basta apenas ser bem remune-
rado, são envolvidos valores, sinergia, cultura e satisfação.
Diante da relevância atribuída ao trabalho no cenário contempo-
râneo, é inevitável o desenvolvimento de maiores estudos relacionados ao
tema. O trabalho deve ser visto de forma multidisciplinar, pois, envolve his-
tória, direito, saúde, engenharia, segurança, ergonomia, estatística e etc.
No primeiro momento, será explanada a história do trabalho e
da segurança do trabalho, bem como sua contextualização no tempo
presente. Além de destacar algumas dicas do conteúdo, que serão da-
das ao longo da unidade.

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Durante toda a unidade, também serão conceituados alguns
termos técnicos comumente utilizados, no tocante ao enredo dos con-
teúdos apresentados.
O governo, as empresas, trabalhadores e demais envolvidos
devem contribuir para uma sociedade em que o trabalho possa trazer
aos envoltos condições de integridade física e mental. Para isso, é impor-
tante que cada um desempenhe seu papel, onde o governo deve criar,
atualizar e aperfeiçoar a cada momento as políticas de segurança, além
de fiscalizar e garantir que as normas sejam cumpridas, aplicando as
respectivas penalidades, em caso de inobservância destas. As empre-
sas têm o papel de preparar um ambiente de trabalho seguro e saudável
para o desempenho das atividades laborais, ademais, devem viabilizar e
aplicar as legislações vigentes, nas esferas federal, estadual, municipal
e etc., e aquela que se demonstrar mais prevencionista. O trabalhador
deve usufruir das ferramentas, equipamentos, treinamentos disponíveis
de forma adequada, trabalhando de maneira segura e saudável.
Ante tais considerações, também se destacam os papeis da Co-
missão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, Serviços Especializa-
dos em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT,
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mercado, familiares e comunidade em geral, que serão vistos ao longo do
curso, e que devem estar engajados no propósito de constante melhoria.
A susceptibilidade é um termo fundamental na Segurança do
Trabalho, e que deve ser sempre levada em consideração ao longo de
toda a leitura das apostilas do curso, pois, cada indivíduo possui carac-
terísticas individuais, e através delas deve-se adaptar a composição e a
implementação das medidas de controle e prevenção.
Acidente do trabalho é aquela situação ocorrida no ambiente
laboral, que venha a gerar danos, perdas ou morte. Deve ser estudado
pelos profissionais da área de forma minuciosa, e será tratado no 3º
capítulo desta unidade.
Para ocorrer o acidente de trabalho é necessário haver risco.
Esses riscos podem ser classificados: físico, químico, biológico, mecâ-
nico ou ergonômico. Nesta unidade será feita uma introdução geral aos
conceitos relacionados aos riscos, bem com os fatores que os envolvem.
Ao ocorrer um acidente ou no momento da identificação de
uma doença ocupacional, deverá ser feita, obrigatoriamente, a abertura
da Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT, online, no aplicativo
ou nas agências do Instituto Nacional do Segurança Social – INSS (que
será explicada com mais detalhes no capítulo 3).
Contudo, serão expostas também formas de prevenção e con-
trole de acidentes e doenças de formas gerais.
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A EVOLUÇÃO DA ENGENHARIA
DE SEGURANÇA DO TRABALHO

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O TRABALHO E A HUMANIDADE: BREVE HISTÓRICO, CONTEX-
TUALIAÇÃO DA ATUALIDADE E DEFINIÇÃO

O trabalho, regulamentado ou não, pode ser descrito desde os


primórdios, onde o homem, para conquistar suas necessidades fisiológi-
cas (comer, beber, dormir) precisou ir em busca destas, ou seja, precisou
realizar uma atividade (caça, pesca, busca de novos rios ou novas caver-
nas) obtendo alimento, comida e/ou local para dormir. Afinal, era preciso
esforço (e ainda é), para garantir as condições básicas de sobrevivência.
Destaca-se também, ao longo da história, o trabalho escravo
(abolido em 1888, no Brasil, através da Lei Áurea), em que se trabalha-
va sem limites e mal tinha acesso às necessidades básicas, por não ser
“livre”, ou seja, não se tinha poder de escolha.
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Na época do feudalismo, houve a época da servidão, onde es-
tas pessoas atendiam a um senhor feudal, como forma de prestação de
serviço, e não eram livres (MARTINS, S. 2000).
O trabalho sofreu inúmeras transformações ao longo dos sécu-
los, no mundo todo, sendo relatado em cada país, de forma ou em épocas
diferentes, porém, com resquícios de influências de tendências mundiais.

O trabalho é uma das características que distinguem o homem do resto das


criaturas, cuja atividade, relacionada com a manutenção da própria vida, não
se pode chamar trabalho; somente o homem tem capacidade para o trabalho
e somente o homem o realiza preenchendo ao mesmo tempo com ele a sua
existência sobre a terra. Assim, o trabalho comporta em si uma marca parti-
cular do homem e da humanidade, a marca de uma pessoa que opera numa
comunidade de pessoas; e uma tal marca determina a qualificação interior do
mesmo trabalho e, em certo sentido, constitui a sua própria natureza (JOÃO
PAULO II, 1981).

Com o passar dos anos, além das necessidades fisiológicas,


têm alcançado desta que também, as necessidades de satisfação e re-
alização pessoal, sendo estas mais difíceis de atingir, porém, buscadas
pelo indivíduo com maior intensidade nas últimas décadas.
Segundo Schemann (2018), essas necessidades dos seres
humanos podem ser sintetizadas através da chamada “Teoria das ne-
cessidades humanas”, conhecida mundialmente, por ser uma forma de
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representar resumida e hierarquicamente, por Abraham Maslow (psicó-


logo norte-americano). Sendo cinco níveis: fisiologia, segurança, social,
estima e realizações pessoais, conforme imagem a seguir:

Figura 1 – Pirâmide de Maslow

Fonte: Schermann, 2018.


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É de grande relevância compreender essa pirâmide, pois, é
possível analisar qual é a motivação que leva determinada pessoa a
ir em busca de um trabalho. Salienta-se também, o segundo item da
pirâmide que trata da “Segurança”, seja ela da família, do corpo ou da
propriedade, que confirma a importância desta, não somente para aten-
dimento as legislações, mas por ser uma busca constante do indivíduo,
consciente ou inconscientemente. Sendo assim, essa pirâmide não é
usada somente na administração e psicologia, mas também em diver-
sas outras áreas, como na segurança do trabalho.

A definição do trabalho adquire importância cada vez maior para compreen-


são da vida humana, pois implica em diversos aspectos da vida, desde sua
concepção como transformação de energia – para os físicos o trabalho pode
ser realizado enquanto se consome certa quantidade de energia (térmica,
química, elétrica) – até sua compreensão como fator de produção (segundo
os economistas) ou seja, como uma atividade para produzir bens econômi-
cos (MONTEIRO, 2011, p. 23).

A origem da palavra trabalho vem:

Do latim tripalium, que é um termo formado pela união de dois elementos, tri
(três) e palium (madeira). Tripalium nada mais era do que um instrumento de
tortura construído com três estacas afiadas, dessa forma, evidenciando uma
estreita relação entre trabalho e tortura. Essa relação aconteceu pelo fato

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de as atividades que envolviam trabalho serem relacionadas às atividades
físicas produtivas realizadas em geral por agricultores, artesãos, pedreiros
etc. Esse equipamento era destinado a ser utilizado em pessoas pobres sem
condições nem possibilidades de pagamento de impostos. Posteriormente, o
termo passou a ser utilizado pelos franceses sob a denominação travailler e
significava atividade exaustiva ou atividade difícil.

Em todo caso, de acordo com o dicionário MICHAELIS (2019),


o trabalho pode ser descrito como: “Conjunto de atividades produtivas
ou intelectuais exercidas pelo homem para gerar uma utilidade e alcan-
çar determinado fim. (...) Atividade profissional, regular, remunerada ou
assalariada, objeto de um contrato trabalhista.”

Destarte, o homem, liberto do jugo do Poder Público, reclama uma nova


forma de proteção da sua dignidade, como seja a satisfação das carências
mínimas, imprescindíveis, o que outorgará sentido à sua vida (ALARCÓN,
2004, p. 79).

Conforme dados do IBGE, BRASIL (2018), a população brasi-


leira passa dos 208 milhões de habitantes. Porém, parte desta popula-
ção é considerada “ocupada”, ou seja, possui algum tipo de trabalho.
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Entretanto, verifica-se na atualidade um grande aumento nos
postos de trabalho informal e/ou não regulamentado. Traduzindo no
contexto da Saúde e Segurança do Trabalho – SST: locais que em sua
maioria não possuem acompanhamento de um profissional qualificado,
que vise garantir a aplicação das legislações de SST.

Filme: Tempos modernos (1936)


Filme marcante na história do cinema, estrelado por Charles
Chaplin (onde ele é o autor, diretor e ator), que retrata de forma di-
vertida os problemas sociais, que principalmente os cidadãos ame-
ricanos enfrentavam naquela época. Trata-se de uma crítica sobre o
que ocorria durante a Revolução Industrial. Segundo Martins:

Tempos Modernos conta a história do Vagabundo nesse período da


crise americana, inicialmente já trabalhando em uma indústria de pro-
dução de peças em série. Com suas chaves de fendas, ele divide as ta-
refas com seus demais companheiros, enroscando parafusos em uma
grande esteira de placas metálicas. Claro que ele se atrapalha diversas
vezes nesse árduo trabalho repetitivo, provocando diversas confusões
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com seus colegas de trabalho. Enquanto isso, o presidente da empresa


recebe uma proposta de uma empresa sobre uma Máquina Revolucio-
nária, que reduziria o horário de almoço de seus empregados, já que ela
desempenharia todo o trabalho de alimentar os mesmos. Para testar a
novidade, o presidente convoca o Vagabundo para testar a máquina. No
início ela funciona muito bem, mas depois de alguns problemas técni-
cos, a engenhoca se mostra bem perigosa, fazendo com que o Vagabun-
do se alimentasse rápido demais e, somada às atividades repetitivas de
seu trabalho, ele enlouquece de vez: começa a parafusar tudo e a todos
ao seu redor, gerando grandes confusões até que ele vai parar em uma
clínica psiquiátrica para tratar sua crise nervosa (MARTINS, M. 2014).

Figura 2 – Cena do filme Tempos Modernos

Fonte: MARTINS, M. 2014.


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A HISTÓRIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO

A segurança do trabalho não tem uma “data” ou “ano” que de-


signa ou informa seu começo. Foram alguns fatos ocorridos, ao redor
do mundo, que ao longo da história representaram e se consolidaram,
para chegar onde se está hoje.
“Até o início da Revolução Industrial existem poucos relatos sobre
acidentes e doenças provenientes do trabalho, pois, nesse período, predo-
minava o trabalho escravo e manual” (Saliba, 2016). Durante a revolução
industrial (iniciada no século XVIII, na Inglaterra, através do processo de
substituição do trabalho artesanal pelas máquinas), que foi um fato percus-
sor em relação ao aumento do número de acidentes e problemas de saú-
de, por conta desse ambiente de trabalho agressivo e da forma desordena-
da como o labor humano estava sendo tratado. Nesta época não existiam
regras ou fiscalização que atuasse diante destes ocorridos. Apesar desta
situação, começou-se a perceber que o ser humano ainda faz parte do pro-
cesso produtivo, e que este deve estar saudável para desempenhar suas
atividades. Caso contrário, ocorrerão danos e perdas materiais e humanas,
atrapalhando os processos, aumentando os prazos de entrega etc. Ainda
que seja um pensamento retrógado, nesta época não havia valorização
do trabalhador em si, mas do lucro que ele poderia gerar através de uma
gestão de produtividade, como será visto nas ilustrações a seguir.

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Figura 3 - Pessoas trabalhando até 18 horas por dia durante a Revolução
Industrial

Fonte: História de Tudo, 2018.

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Figura 4 – Crianças trabalhando

Fonte: História Liberta, 2018.

Figura 5 - Produções em série


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Fonte: Estudo Prático, 2018.

Segundo Saliba:

As condições de trabalho precárias somadas às jornadas de trabalho exces-

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sivas (15 a 16 horas diárias) provocaram reações por parte do proletariado,
desencadeando vários movimentos sociais que influenciaram os políticos e
legisladores a introduzir medidas legais. Assim, em 1833, o parlamento in-
glês decretou a “lei das fábricas”, que proibia o trabalho noturno aos menores
de 18 anos e limitava a jornada de trabalho a 12 horas por dia e 69 semanais.
(Saliba, 2016, p. 21).

Algumas lutas iniciaram-se em buscas de salário, que eviden-


cia a saída da postura de aceitação, muito comum naquela época, onde
somente a burguesia possuía voz.

O chamado Ludismo foi uma das primeiras formas de luta dos trabalhadores.
O movimento ludista era formado por grupos de trabalhadores que invadiam
as fábricas e quebravam as máquinas. Os ludistas conseguiram algumas
vitórias, por exemplo, alguns patrões não reduziram os salários com medo de
uma rebelião (GOMES, 2017).

“As primeiras leis de acidente do trabalho surgiram na Alema-


nha, em 1884, estendendo-se logo a vários países da Europa, até che-
gar ao Brasil por meio do Decreto Legislativo n. 3.724, de 15.1.1919”
(Saliba, 2016).
A seguir estão descritos alguns marcos concernentes a Segu-
rança do Trabalho no mundo (em destaque, estão os ocorridos no Brasil):

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Quadro 1 – Marcos históricos da segurança do trabalho
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Fonte: Adaptado de SENAC, 2019.

A FUNDACENTRO, instituição voltada a estudos e pesqui-


sas no âmbito da Saúde e Segurança do trabalho, tem por objetivo:

“Produzir e difundir conhecimento sobre Segurança e Saúde no Traba-


lho e Meio Ambiente, para fomentar, entre os parceiros sociais, a incor-
poração do tema na elaboração e gestão de políticas que visem o de-
senvolvimento sustentável com crescimento econômico, promoção da
eqüidade social e proteção do meio ambiente.” (FUNDACENTRO, 2018).

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Criada em 1966, possui 13 estabelecimentos espalhados
no Brasil (a localização de cada uma dessas centrais pode ser en-
contrada em seu site).
A FUNDACENTRO possui materiais ricos que devem ser
explorados pelo estudante e profissional da área.
Para saber mais sobre esse assunto, acesse:
<http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/inicio>.
Além disso, acesse o canal da fundação no Youtube:
<https://www.youtube.com/user/fundacentrooficial> e con-
fira diversos vídeos nacionais relacionados ao tema, eles dispõem
de conteúdos sempre atualizados.

A SEGURANÇA DO TRABALHO NA CONTEMPORANEIDADE

Atualmente, observa-se que as empresas evoluíram em rela-


ção à SST, onde passaram daquela visão de “procurar cumprir somente
a legislação e não pagar multas”, para a constatação de que as conse-
quências das aplicações de SST no ambiente laboral, além de salvar vi-
das, trazem inúmeros benefícios: agrega valor ao produto, reduz perda
23
de tempo, melhora a produtividade, traz motivação, além de trazer uma
imagem positiva à marca da empresa, entre outros.
Através dos tópicos a seguir expõem-se, a fim de compreender
as atuais características da Segurança do Trabalho, que ocorreram por
meio da evolução que tem por objetivo se ter práticas e atividades labo-
rais seguras nos diversos ambientes de trabalho:

• A dignidade do trabalho passou a ser fator fundamental na prática das ativi-


dades, bem como as medidas de gratificação que promovem a qualificação
profissional e crescimento como cidadão.
• Tornou-se comum a adaptação do trabalho ao homem, priorizando as ques-
tões de ergonomia aplicadas na legislação de SST, sendo evidenciada na
adaptação e ajuste de máquinas, equipamentos e mobiliário, mudança dos
processos produtivos, jornadas de trabalho e intervalos.
• O novo conceito de saúde foi consolidado, não relacionado apenas à inexis-
tência das doenças, e sim enfatizando a plena saúde física, mental e social.
As normas legais buscam hoje em dia um ambiente de trabalho saudável,
sem a única preocupação com existência de agentes insalubres, e sim com
a preocupação com a prevenção de qualquer fator negativo do ambiente.
• Os trabalhadores passam a ter acesso às informações relativas à seguran-
ça e à saúde no ambiente de trabalho, bem como a garantia de participação
nos processos de elaboração das normas por meio de representantes.
• Os fatores e agentes de risco no ambiente de trabalho não são mais con-
siderados problemas isolados e passam a ter uma importância geral. A po-
tencialização dos agentes torna-se comum pelo contato entre eles. A jornada
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

de trabalho excessiva, as condições ambientais e processos passam a ter


relação direta com a geração e o agravo das doenças ocupacionais.
• Extinção de fatores de risco, por meio da priorização das medidas de con-
trole de eliminação e que tenham alcance coletivo.
• Priorização das medidas coletivas de controle em detrimento das medidas
de proteção individual.
• A limitação do tempo de exposição do trabalhador a atividades insalubres
passa a contar com a possibilidade de redução da carga horária de trabalho.
• Proibição de prêmios por produtividade e limitação da jornada são ações
que tem o objetivo de evitar a repetição e a monotonia no trabalho, consequ-
ências geralmente das tarefas de trabalho mecânico, onde não haja necessi-
dade da utilização de criatividade ou raciocínio constante.
• O empregador passa a ter responsabilidade pela aplicação das normas, sen-
do que assume a geração dos riscos no ambiente de trabalho. No caso de
terceirização de serviços, aplica-se o princípio da responsabilidade solidária.
• O empregador ou tomador de serviço atualmente passa a ser responsável
pela aplicação das normas de segurança e saúde do trabalho, adotando o prin-
cípio de que quem gera o risco é responsável por ele. Na presença de serviços
terceirizados, já é frequente o estabelecimento de responsabilidade solidária
entre tomadores de serviços e empregadores formais (SENAC, 2019).

24
Baixe aplicativos de SST
Baixe aplicativos de Segurança no Trabalho em seu celu-
lar, para realizar consultas e qualquer lugar que estiver, são ótimas
ferramentas para a vida acadêmica e profissional.
Pesquise pelos assuntos abaixo, e baixe os de sua prefe-
rência:
Normas Regulamentadoras – NR
SST – Saúde e Segurança do Trabalho
CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas
Medidor de ruídos – decibéis
*Os aplicativos podem variar conforme o sistema opera-
cional do celular. Como por exemplo: Android ou IOS.

CONCEITOS BÁSICOS NA ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO


TRABALHO: SEGURANÇA DO TRABALHO, HIGIENE OCUPACIO-
NAL E MEDICINA DO TRABALHO

Para iniciar o estudo desta e das próximas unidades, é essencial

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS


entender os conceitos principais que dividem e complementam a SST.
A seguir serão analisadas as diferenças entre os estudos de
grandes áreas que dividem a SST:

Quadro 2 - Diferença entre termos comuns da SST

25
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

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Fonte: Saliba, 2016.
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2017 Banca: IADES Órgão: Correios Provas: Engenheiro de
Segurança do Trabalho Júnior
Com base nas previsões expostas na Norma Regulamentadora n°
4 (NR-4), assinale a alternativa correta.
a) Ao profissional especializado em Segurança e em Medicina do Tra-
balho é permitido o exercício de outras atividades na empresa durante
o horário de sua atuação nos Serviços Especializados em Engenharia
de Segurança e em Medicina do Trabalho.
b) Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Me-
dicina do Trabalho devem ser compostos exclusivamente por médico do
trabalho, engenheiro de segurança do trabalho e enfermeiro do trabalho.
c) Apenas as empresas privadas manterão, obrigatoriamente, Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Traba-
lho, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do
trabalhador no local de trabalho.
d) O engenheiro de segurança do trabalho, o médico do trabalho e o en-
fermeiro do trabalho deverão dedicar, no mínimo, 4 horas (tempo parcial)
ou 8 horas (tempo integral) por dia para as atividades dos Serviços Es-
pecializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho.
e) O dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de

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Segurança e em Medicina do Trabalho vincula-se à gradação do risco
da atividade principal e ao número total de empregados do estabeleci-
mento, observadas as exceções previstas na NR-4.

QUESTÃO 2
Ano: 2014 Banca: FEPESE Órgão: Prefeitura de Florianópolis - SC
Prova: FEPESE - 2014 - Prefeitura de Florianópolis - SC - Técnico
em Segurança do Trabalho
Como é denominada a ocorrência, geralmente não planejada, que
resulta em dano à saúde ou à integridade física de trabalhadores
ou indivíduos do público?
a) Incidente
b) Falha humana
c) Risco do trabalho
d) Acidente de trabalho
e) Circunstância indesejada

QUESTÃO 3
Ano: 2017 Banca: IADES Órgão: Correios Provas: IADES - 2017 -
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Correios - Técnico em Segurança do Trabalho Júnior
A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) deve ser registrada
on-line ou de forma manual no devido órgão competente. Para tan-
to, são necessárias quatro vias: a primeira é entregue ao INSS; a
segunda, ao segurando ou dependente; a terceira, ao sindicato de
classe do trabalhador. A quarta via pertence à (ao)
a) Empresa
b) Receita Federal
c) Ministério do Trabalho e Emprego
d) Tribunal Regional do Trabalho
e) Delegacia Regional do Trabalho

QUESTÃO 4
Ano: 2018 Banca: SELECON Órgão: SECITEC - MT Prova: SELE-
CON - 2018 - SECITEC - MT - Técnico de Apoio Educacional
O conceito legal de acidente de trabalho é aquele que decorre do
exercício da atividade profissional, a serviço da empresa, em que:
a) tal fato é inesperado, não planejado, que interfere ou interrompe todo
o processo normal de trabalho, provocando lesão corporal, dano mate-
rial e/ou perda de tempo
b) não se produz incapacidade laborativa
c) as atividades são exercidas em condições especiais sob as quais o
trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

d) provoca lesão corporal ou perturbação funcional que cause morte ou


perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o
trabalho

QUESTÃO 5
Provas: FUNRIO - 2013 - INSS - Analista - Engenharia em Seguran-
ça do Trabalho
Disciplina: Segurança e Saúde no Trabalho - Assuntos: OIT
Um dos piores desastres industriais de todos os tempos ocorreu em
Bhopal, na Índia em dezembro de 1984, quando um vazamento de
produtos químicos de uma instalação da Union Carbide matou mais
de 7000 pessoas, feriu muitas outras e deixou graves sequelas e pro-
blemas de saúde na população humana e animal da região até os dias
de hoje. Os históricos de acidentes industriais mundiais de graves
proporções levaram o mundo a pensar em normas cada vez mais rígi-
das de controle de riscos e maior segurança no trabalho. A Organiza-
ção Internacional do Trabalho trata das normas gerais de prevenção
de acidentes industriais maiores na convenção de número:
a) 174
28
b) 144
c) 168
d) 176
e) 178

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE


A partir do contexto histórico da Segurança do Trabalho no Brasil e no mun-
do, evidencia-se que o objetivo da SST é assegurar ao trabalhador qualida-
de de vida no trabalho, além de prevenir e controlar doenças e acidentes do
trabalho.Parte do cenário atual é regido por empresas que buscam lucro e
não estão dispostas a adotar as medidas de SST ou cumprir as legislações
vigentes. Sobre o enunciado, comente acerca do papel do Engenheiro de
Segurança do Trabalho diante dos problemas contemporâneos da área.

TREINO INÉDITO
São marcos históricos da Segurança do trabalho, exceto:
a) criação da OIT – Organização Internacional do Trabalho
b) a criação da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho
c) a publicação das NR – Normas Regulamentadoras
d) o Tratado de Tordesilhas
e) o lançamento do livro “Doença dos Artífices”, escrito por Bernardino
Ramazzini.

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS


NA MÍDIA
45 BARRAGENS PREOCUPAM ORGÃOS FISCALIZADORES, APON-
TA RELATÓRIO DE SEGURANÇA DE BARRAGENS, ELABORADO
PELA AGENDA NACIONAL DAS ÁGUAS – ANA- 19/11/2018

Figura 6 - Barragem da Usina Hidrelétrica Funil (UHE Funil) no rio Grande (MG).

Fonte: NA, 2018


29
O Brasil possui um cadastro com 24.092 barragens para diferentes fina-
lidades, como acúmulo de água, de rejeitos de minérios ou industriais
e para geração de energia (...) O total de barramentos será conhecido
quando todos os órgãos e entidades fiscalizadoras cadastrarem todas
as barragens sob sua jurisdição, conforme estabelece, entre outras
obrigações, a Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB),
instituída pela Lei nº 12.334/2010.
Das 24.092 barragens, 3.545 foram classificadas pelos agentes fiscali-
zadores segundo a Categoria de Risco (CRI) e 5.459 quanto ao Dano
Potencial Associado (DPA). Das barragens cadastradas, 723 (ou 3%)
foram classificadas simultaneamente como de CRI e DPA altos. (...) O
número de barragens apontadas como mais vulneráveis subiu de 25
em 2016 para 45 em 2017. No período coberto pelo Relatório, foram
reportados quatro acidentes e 10 incidentes envolvendo barragens. Não
foram registradas vítimas fatais.
(...) O Brasil possui 43 potenciais agentes fiscalizadores, dos quais qua-
tro são federais e 39, estaduais.
Fonte: Agencia Nacional das Águas - ANA
Data: 19 nov. 2018
Leia a notícia na íntegra:http://www3.ana.gov.br/portal/ANA/noticias/
45-barragens-preocupam-orgaos-fiscalizadores-aponta-relatorio-de-se-
guranca-de-barragens-elaborado-pela-ana
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

NA PRÁTICA
A Segurança do Trabalho se faz presente no cotidiano de diversas empre-
sas e obras. Quando acontecem acidentes com pequenos danos (material
e pessoal), uma imagem negativa relacionada à empresa é incorporada a
sua marca, na região onde encontra-se instalada. Porém, os acidentes de
comoção nacional, devido ao grande número de mortos e desaparecidos,
como os desastres ocorridos nas cidades Mariana, em 05/11/2015, e Bru-
madinho, em 25/01/2019, ambas localizadas em Minas Gerais/MG, gera-
ram grande alerta em todo o Brasil, no tocante às barragens existentes.
Segundo a ANA (2018) existem 24.092 barragens no Brasil, dentre elas,
9.004 estão cadastradas. Dentre as barragens cadastradas, 3% foram
classificadas como sendo de Categoria de Risco - CRI e Dano Potencial
Associado - DPA altos.
Ainda segundo a reportagem (ANA, 2018), “o Brasil possui 43 poten-
ciais agentes fiscalizadores”. Recursos públicos são destinados para
investimento em segurança, inclusive para “manutenção e recuperação
de barragens”.
A realidade é que grande parte do poder público não cumpre com as
normas de SST, não somente as empresas privadas. Ainda não é habi-
30
tual que em ambientes públicos (como Prefeituras, por exemplo), se te-
nha uma cultura de segurança do trabalho. Por isso, observa-se que as
obrigações são cobradas em sua maioria de empresas privadas (ainda
que de forma eventual nos dias atuais).
É necessária uma cultura de segurança do trabalho forte, dentro das
empresas, para prevenção e eliminação de acidentes, através do con-
trole das equipes de SESMT e CIPA, com a colaboração dos funcioná-
rios e cobrança da empresa.
Além disso, cabe constante fiscalização de responsabilidade governa-
mental, e criação de legislações mais rígidas, para que assim, possam
se resguardar inúmeras vidas e se evitar desastres como estes.

PARA SABER MAIS


Filme: O operário (Brad Anderson, Universal, 1988)
Acesse o link: https://enit.trabalho.gov.br/portal/
Reportagem:
https://exame.abril.com.br/carreira/o-trecho-mais-polemico-da-nova-clt-
-prejudica-parentes-de-vitimas-da-vale/

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

31
AS NORMAS REGULAMENTADORAS
DA ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

TRABALHO

AS NORMAS REGULAMENTADORAS - NR

Ainda que de forma tardia, o Brasil passou a criar legislações


no que diz respeito à Engenharia de Segurança do Trabalho, para re-
gulamentar o trabalho de uma maneira mais harmoniosa, com a capa-
cidade humana.
Entretanto, sabe-se que essas normas, por mais que sofreram
alterações ao longo dos anos, estão defasadas e precisam ser aperfei-
çoadas, de acordo com as necessidades atuais.
Atualmente, o conjunto de normas nacionais voltadas especi-
ficamente à Engenharia de Segurança do Trabalho são denominadas
como “Normas Regulamentadoras”, também conhecidas através da si-
gla “NR”. São consideradas o “norte” de todo profissional da área.
3232
Conforme a Secretaria de Inspeção do Trabalho (Escola Nacio-
nal de Inspeção do Trabalho – ENIT):

As Normas Regulamentadoras (NR) são disposições complementares ao ca-


pitulo V da CLT, consistindo em obrigações, direitos e deveres a serem cum-
pridos por empregadores e trabalhadores com o objetivo de garantir trabalho
seguro e sadio, prevenindo a ocorrência de doenças e acidentes de trabalho.
A elaboração/revisão das NR é realizada pelo Ministério do Trabalho adotando
o sistema tripartite paritário por meio de grupos e comissões compostas por
representantes do governo, de empregadores e de empregados (ENIT, 2019).

No Brasil, para a criação ou atualização das NR é necessária a


organização da “comissão tripartite”, onde se reúnem representantes de
todas as categorias que as envolvem, sendo elas: empregados, empre-
gadores e governo. Através dessa comissão, são publicadas portarias
pelo Ministério do Trabalho e Emprego para divulgação dessas NR.
“As NRs foram instituídas pelo MTE, por meio da Portaria nº
3.214, de 8 de junho de 1978, para estabelecer os requisitos técnicos e
legais a respeito da segurança e saúde ocupacional (Junior, p.11, 2018).
No Quadro 3 a seguir, constam as NRs (com seus respectivos
anexos), sendo que duas delas foram revogadas. Estas tratam de diver-
sos segmentos, responsabilidades, órgãos, competências etc.

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

33
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

34
Quadro 3 – Normas Regulamentadoras - NR
35
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS
Fonte: ENIT, 2019.

As Normas Regulamentadoras “NR” estão em constante


modificação pela comissão tripartite. Por isso, o acadêmico ou pro-
fissional da área, deve estar atento a essas atualizações, acompa-
nhando através do site https://enit.trabalho.gov.br/portal/ (até o ano
de 2018 as NR eram consultadas no site do Ministério do Trabalho).
No início do texto de toda a NR é possível visualizar todas
as datas das últimas atualizações ocorridas.
Ainda assim, algumas NR se tornaram obsoletas (ainda
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

que estejam vigentes e devam ser cumpridas), e é nítido que ne-


cessitam sofrer alterações.
Além disso, em determinados momentos pode-se encon-
trar informações divergentes entre legislações, ou que causam mais
de um entendimento (o que faz com que diferentes juízes, julguem
causas de mesmo conteúdo, dando sentenças diferentes). Nestas
situações em que há mais de um tipo de legislação voltada para
determinado conteúdo, utilize sempre a legislação mais preventiva,
ou seja, que dará condições mais seguras e dignas ao trabalhador.
Ser Engenheiro de Segurança do Trabalho é cuidar de vidas,
de famílias, e da sociedade, vai muito além de cumprir a legislação!

Nesta unidade, analisaremos as seguintes NR:


• NR 1 – Disposições gerais
• NR 3 – Embargo ou Interdição
• NR 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Seguran-
ça e em Medicina do Trabalho
• NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
• NR 28 - Fiscalização e Penalidades
36
Cada NR possui vários itens que a compõe. Todo item den-
tro de uma NR tem uma numeração, sendo que, o primeiro número
do item corresponde ao número da NR, portanto:
- Na NR 23, por exemplo, todos os itens começarão pelo
número “23”, e todos os itens da NR 1, começarão pelo número “1”.
- O item 1.8 pertence a NR 1, por exemplo, fala das obri-
gações do empregado, dentro do item tem as “alíneas” a, b, c e d.
Bem como o item 3.4, pertence a NR 3, e assim por diante.

NORMA REGULAMENTADORA 1 – DISPOSIÇÕES GERAIS

A NR 1 com o título “Disposições Gerais”, tem como fundamen-


tação legal os Artigos. 154 a 159 da CLT. “A NR-1 determina a aplica-
bilidade de todas as normas regulamentadoras, assim como os direitos
e deveres do governo, dos empregados e empregadores em relação a
essas normas.” (Junior, p.15, 2018).

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS


A observância das Normas Regulamentadoras – NR não
desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições
que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras
ou regulamentos sanitários dos Estados ou municípios, e outras,
oriundas de convenções e acordos coletivos.
O não cumprimento das disposições legais e regulamenta-
res sobre segurança e medicina do trabalho acarretará ao emprega-
dor a aplicação das penalidades previstas na legislação pertinente.
Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada
uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção,
controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guar-
dando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão
responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação
de emprego, conforme previsto no art. 2º, § 2º da Lei nº 13.467/2017.
Leia mais sobre a NR 1 - Disposições Gerais e seu novo texto
(NR-1 - Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais),
37
disponível na página de Normas Regulamentadoras do ENIT <https://
enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/seguranca-e-saude-no-trabalho/
sst-menu/sst-normatizacao/sst-nr-portugues?view=default>.

Segundo o texto do item 1.2.1.1 da NR 1 todas as NR são de


“observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos
órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos ór-
gãos dos poderes Legislativo e Judiciário que possuem empregados
regidos pela CLT” (ENIT, 2019).
Conforme item 1.2, a norma ressalta que o cumprimento das
NRs não desobriga o empregador do cumprimento das demais normas
relacionadas à SST, que podem estar previstas em outros códigos, leis
ou regulamentos (sejam eles da esfera federal, municipal, estadual e etc.)
A NR ainda apresenta as atividades que competem a Delegacia
Regional do Trabalho e a Secretaria de Segurança e Saúde no Traba-
lho – SSST . Além de trazer as definições de empregador, empregado,
empresa, estabelecimento, setor de serviço, canteiro de obra, frente de
trabalho e local de trabalho, apresentados conforme os quadros a seguir:

Quadro 4 - Competências da Delegacia Regional do Trabalho


INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

Fonte: ENIT, 2009.

38
Quadro 5 - Principais conceitos da NR 1 - "Disposições Gerais"

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS


Fonte: ENIT, 2009.

A NR retrata ainda as obrigações do empregado e empregador,


nos itens 1,7e 1.8 respectivamente:

Quadro 6 - Obrigações do empregado e empregador segundo a NR 1

39
Fonte: ENIT, 2009.

Recomenda-se a leitura na íntegra desta, e de todas outras


NR, para melhor entendimento e assimilação dos conteúdos expostos.

NORMA REGULAMENTADORA 3 – EMBARGO OU INTERDIÇÃO

A NR 3 denominada “Embargo Interdição”, em seu enxuto tex-


INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

to, traz o significado de embargo e interdição e em quais situações eles


se enquadram. Para ocorrer uma das duas situações, anteriormente
citadas, é necessária uma situação de Risco Grave e Iminente, sendo
que o Embargo está voltado para obras, e a Interdição atinge estabele-
cimentos, setores, máquinas ou equipamentos.

Leia mais sobre a NR 3 - Embargo ou Interdição, disponí-


vel na página de Normas Regulamentadoras do ENIT <https://enit.
trabalho.gov.br/portal/index.php/seguranca-e-saude-no-trabalho/
sst-menu/sst-normatizacao/sst-nr-portugues?view=default>.

40
NORMA REGULAMENTADORA 4 – SERVIÇOS ESPECIALIZADOS
EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO

A NR 4, de título “Serviços Especializados em Engenharia de


Segurança e em Medicina do Trabalho” conhecido pela sigla SESMT,
é mais extensa se comparada as demais apresentadas anteriormente.
Ela explica do que se trata, bem como define as regras, além de ensinar
como realizar o dimensionamento da equipe de SESMT.
O SESMT deve ser mantido por empresas privadas e públicas,
além dos órgãos públicos, conforme item 4.1 da NR 4. Para identificar
em quais situações a organização estará obrigada a manter uma equipe
de SESMT, é necessário fazer o dimensionamento, conforme explicado
no item 4.2, que “vincula-se à gradação do risco de atividade principal
e ao número total de empregados do estabelecimento, constantes dos
Quadros I e II anexos” da NR 4 (Júnior, 2018).
O Quadro I traz a “Relação da Classificação Nacional de Ativida-
des Econômicas – CNAE (Versão 2.0)*, com correspondente Grau de Ris-
co – GR para fins de dimensionamento do SESMT” (Júnior, p. 29, 2018).
Já o Quadro II de título “Dimensionamento do SESMT” possui
a relação entre Grau de Risco, Profissionais do SESMT e Número de
empregados no estabelecimento.
Em seus itens, a NR 4 trata de exceções, observações e ressalta

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS


pontos importantes a serem observados, por isso, deve ser lida com cal-
ma antes de realizar o dimensionamento do SESMT para a organização,
uma vez que se trata de uma legislação e deve ser seguida na íntegra.
Pontos importantes trazidos pela NR 4, segundo Junior (2018):
• Deverá considerar o maior grau de risco, empresas com mais
de 50% dos seus empregados alocados em atividades que tem maior
grau de risco que a atividade principal (item 4.2.2);
• Deverão trabalhar 8 horas por dia: o Técnico de Segurança
do Trabalho e o Auxiliar de Enfermagem do Trabalho (item 4.8);
• O Engenheiro de Segurança do Trabalho, o médico do traba-
lho e o enfermeiro do trabalho, no mínimo 3 horas (tempo parcial) ou 6
horas (tempo integral) por dia (item 4.9);
• O item 4.12 trata das obrigações dos profissionais integrantes
do SESMT;
• O SESMT deverá manter entrosamento com a CIPA de forma
a garantir e integrar as atividades que compete a cada um (item 4.13);
• O ônus referente a instalação e manutenção do SESMT é de
responsabilidade do empregador (item 4.11);
• O SESMT deverá ser registrado no MTb (item 4.17);
41
“A fundamentação desta norma está prevista no art. 162 da
CLT. A NR 4 determina como as empresas devem organizar e man-
ter em funcionamento os SESMT a fim de cuidar da saúde e integri-
dade do trabalhador no seu local de trabalho (Junior, p. 55, 2018).”
A quantidade de integrantes do SESMT varia de acordo com o:
- Grau de Risco da corporação, conforme CNAE da empresa;
- Quantidade de trabalhadores.
E pode ser composto de:
- Engenheiro de Segurança do Trabalho;
- Médico do Trabalho;
- Enfermeiro do Trabalho;
- Técnico de Segurança do Trabalho;
- Auxiliar de Enfermagem do Trabalho (Junior 2018).
Leia mais sobre a NR 4 - Serviços Especializados em Enge-
nharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, disponível na pá-
gina de Normas Regulamentadoras do ENIT <https://enit.trabalho.
gov.br/portal/index.php/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-menu/
sst-normatizacao/sst-nr-portugues?view=default>.
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

Dimensionamento do SESMT

O primeiro passo para realizar o dimensionamento do SESMT


é analisar o documento da empresa (Cartão CNPJ – Cadastro Nacional
de Pessoa Jurídica ou Contrato social) para identificação da atividade
primária, através do CNAE.
“A CNAE – Cadastro Nacional de Atividades econômicas é o
instrumento de padronização nacional dos códigos de atividade econô-
mica e dos critérios de enquadramento utilizados pelos diversos órgãos
da Administração Tributária do país (IBGE, 2019).”

42
Figura 7 - Exemplo de CNAE e suas respectivas descrições

Fonte: IBGE, 2019.

CNAE

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS


A Receita Federal disponibiliza em seu site, a opção de
consulta online do CNAE e dados da empresa.
Através do número do CNPJ da empresa, digitando-o no
campo informado, será aberta uma nova tela com o Comprovante
de Inscrição e de Situação Cadastral, onde o CNAE da empresa é
exibido..
Acesse o link:
<https://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/
CNPJ/cnpjreva/cnpjreva_solicitacao2.asp>.

43
Figura 8 – Modelo do Cartão CNPJ
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

Fonte: Receita Federal, 2019

De posse do número e atividade da CNAE, e abrindo no Qua-


dro I da NR 4, deverá identificar o Grau de Risco – GR da atividade que
pode variar de 1 a 4. Sendo que, quanto maior o número, maior é o grau
de risco da atividade. O quadro I é bem extenso e possui uma gama de
atividades diferentes (como exemplificado na imagem a seguir).

44
Figura 9 - Recorte do Quadro I da NR 4 - Relação da CNAE com correspon-
dente GR

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS


Fonte: NR - 4. ENIT, 2016.

Por exemplo, se a empresa em questão, possui como ativida-


de primária o item “01.1 Cultivo de Cerais”, então seu GR é número 3,
conforme o Quadro I da NR 4.
Identificado o Grau de Risco, deve-se ter em mãos a quantida-
de de funcionários no estabelecimento de onde se está dimensionando
o SESMT. Logo em seguida, deve-se consultar o Quadro II da NR 4 (a
seguir) e analisar conforme os dados colhidos.

45
Figura 10 - Quadro II da NR 4 – Dimensionamento dos SESMT

Fonte: NR - 4. ENIT, 2016.


INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

Para finalizar o dimensionamento, na imagem do quadro, po-


de-se observar os itens grifados em vermelho para melhor entendimen-
to e exemplificação, onde uma empresa de Grau de Risco 3, que possui
300 funcionários, deverá ter 2 Técnicos de Segurança do Trabalho em
sua equipe do SESMT.
É importante ao realizar o dimensionamento estar atento às
especificidades e exceções descritas ao longo dos itens da NR 4.

NORMA REGULAMENTADORA 5 – COMISSÃO INTERNA DE PRE-


VENÇÃO DE ACIDENTES – CIPA

A NR 5 trata das questões relacionadas à implantação da equi-


pe de CIPA que, conforme o item 5.1, “tem como objetivo a preven-
ção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar
compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a
promoção da saúde do trabalhador” (Junior, p. 57, 2018).
Quais empresas devem constituir e manter CIPA? Conforme o
item 5.2, “empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista,
46
órgãos da administração direta e indireta, instituições beneficentes, as-
sociações recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que
admitam trabalhadores” (Junior, p.57, 2018),
A duração de um mandato de um representante da CIPA é de
1 (um) ano, podendo haver 1 (uma) reeleição, conforme item 5.8 desta
NR. Além disso, durante o mandato o membro não poderá ser dispen-
sado(de forma arbitraria ou sem justa causa), e terá direito a 1 (um) ano
de “estabilidade” após a finalização do seu mandato, ou seja, nesse
período de 1 ano após o término do seu mandato não poderá ser dis-
pensado, segundo o item 5.9 (Junior, 2018).
Ainda segundo a NR (Junior, 2018), entre os membros da CIPA
haverão representantes dos empregados e do empregador (item 5.6).
Os representantes dos empregados serão definidos por meio de vota-
ção (os detalhes desta votação estão descritos nesta NR), já os repre-
sentantes dos empregadores serão por ele definidos (item 5.6.1), sendo
eleitos em escrutínio secreto, onde participarão somente os emprega-
dos interessados (item 5.6.2). A empresa deverá guardar toda a docu-
mentação referente ao processo de eleição da CIPA, estando à disposi-
ção do Mtb (item 5.14), e quando solicitada deverá ser encaminhada ao
sindicato da categoria (item 5.4.1).

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS


Sobre as reuniões da CIPA:
- terão reuniões ordinárias mensais, de acordo com o ca-
lendário preestabelecido;
- as reuniões ordinárias serão realizadas durante o expe-
diente normal da empresa e em local apropriado;
- terão atas assinadas pelos presentes, com encaminha-
mento de cópias para todos os membros;
- as atas devem ficar no estabelecimento à disposição da
fiscalização do MTE;
- o secretário da CIPA deverá redigir as atas, além de acom-
panhar as reuniões.
As Reuniões extraordinárias deverão ser realizadas quando:
- houver denúncia de situação de risco grave e iminente,
que determine aplicação de medidas corretivas de emergência;
- ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal;
- houver solicitação expressa de uma das representações
(Junior, p.59, 2018).
47
Para o cálculo da quantidade de membros da CIPA é necessário
fazer o dimensionamento conforme quadros I, II e III desta NR, pois, esta
quantidade irá variar, segundo o enquadramento da empresa: quantidade
de funcionários e conforme seu CNAE. Porém, a empresa deverá desig-
nar 1 (um) responsável pela CIPA e por seu cumprimento, quando a em-
presa ou estabelecimento não se enquadrarem no Quadro I (item 5.6.4).
O presidente é estabelecido pelo empregador dentre os mem-
bros titulares. O vice-presidente é escolhido pelos empregados dentre
os membros titulares. Já o secretário e substituto serão definidos de co-
mum acordo dentre os membros da CIPA, porém o empregador deverá
concordar. Sendo que, os membros da CIPA deverão tomar posse no
primeiro dia útil após o término do mandato anterior.
São responsabilidades do empregador:
- Proporcionar os meios necessários par desempenho das ati-
vidades;
- Fornecer cópias das atas de eleição e posse;
- Comunicar o início do processo eleitoral ao sindicato da cate-
goria profissional;
- Promover treinamento aos membros da CIPA;
- Convocar as eleições para escolha dos membros da CIPA;
- “(...) garantir que seus indicados tenham representação ne-
cessária para discussão e encaminhamento das soluções das questões
de segurança e saúde no trabalho” (Junior, p. 57, 2018).
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

Podem-se compreender as atribuições gerais da equipe da


CIPA através do seguinte quadro:

Quadro 7 - Atribuições da CIPA

48
Fonte: Junior, p. 58, 2018

Entretanto, cada membro da CIPA possui uma atribuição, sen-


do ela individual ou em conjunto, conforme quadro a seguir:

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS


Quadro 8 - Atribuições relacionadas a empregados e/ou membros CIPA

49
Fonte: Junior, pg.59, 2018.

As decisões da CIPA deverão ser definidas através de consenso,


INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

mas caso não seja possível, deverá haver votação, sendo sempre registra-
do na ata de reunião (item 5.28 e 5.28.1). Quando um funcionário membro
titular faltar a quatro reuniões ordinárias sem justificativa, perderá o manda-
to, e ser substituído pelo suplente, conforme item 5.30 da NR (ENIT, 2011).

“A CIPA não poderá ter seu número de representantes re-


duzido, bem como não poderá ser desativada pelo empregador, an-
tes do término do mandato de seus membros, ainda que haja redu-
ção do número de empregados da empresa (Junior, p. 58, 2018)”.
A situação acima citada possui uma exceção: para empre-
sas que encerraram as suas atividades.
Leia mais sobre a NR 5 - Comissão Interna de Preven-
ção de Acidentes, disponível na página de Normas Regulamen-
tadoras do ENIT <https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/
50
seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-menu/sst-normatizacao/ss-
t-nr-portugues?view=default>.

Quanto ao processo eleitoral para escolha dos representantes


dos empregados na CIPA, que deverá ser convocada no mínimo de 60
dias antes do mandato que está em curso terminar:

Quadro 9 - Processo Eleitoral Dos Representantes Dos Empregados

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

51
Fonte: Junior, p. 61, 2018.

A empresa deve fornecer treinamento para os membros da


CIPA. Seguem as orientações quanto a esse treinamento:
• Deve ser realizado em até 30 dias após a posse;
• Deverá ser promovido anualmente para o designado em em-
presas que não se enquadram no quadro I desta NR;
• Duração de 20 horas (máximo de 8 horas diárias);
• Deverá ser ministrado pelo SESMT, entidade patronal, dos tra-
balhadores ou profissional com conhecimentos nos temas ministrados;
• O treinamento deverá contemplar os temas descritos no qua-
dro a seguir:

Quadro 10 - Itens a serem contemplados no treinamento da CIPA


INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

Fonte: Junior, p. 60, 2018.

Dimensionamento da CIPA

Para realizar o dimensionamento da CIPA, ou seja, saber


quantos membros representantes dos empregados e empregadores ela
deverá ter é necessário ter em mãos o CNAE da empresa, de acordo
com o ramo de atuação.
De posse do CNAE, deve-se analisar o Quadro II ou III da NR
5, para saber em qual grupo a empresa se encaixa, sendo representa-
dos pelos códigos de C-1 a C-35.
De posse deste código específico (C-1 a C-35), deve-se pro-
curar o enquadramento no Quadro I “Dimensionamento da CIPA”, rela-
52
cionando o código com o número de funcionários no estabelecimento.
Exemplo de dimensionamento, de uma Faculdade, com 130
funcionários:
O CNAE da Faculdade é o 85.31-7, na tabela III e II encontra-
-se o código C-31 para este ramo, conforme imagens a seguir:

Figura 11 - Quadro III da NR 5

Fonte: NR - 5. ENIT, 2019.

Figura 12 - Quadro II da NR 5

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

Fonte: NR - 5. ENIT, 2019.

No Quadro I “Dimensionamento da CIPA” deve-se cruzar as in-


formações do código x quantidade de empregados no estabelecimento,
encontrando assim o número de membros suplentes e efetivos.

53
Figura 13 - Quadro I “Dimensionamento da CIPA”
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

Fonte: NR - 5. ENIT, 2019.

Sendo assim, serão dois membros efetivos e dois membros


suplentes que representem os empregados. Ou seja, esta CIPA terá oito
pessoas, quatro representantes dos empregados mais quatro represen-
tantes dos empregadores.

A fundamentação legal desta norma está prevista nos arts.


163 a 165 da CLT.
54
Em resumo:
- A CIPA deve conter membros efetivos e suplentes;
- Os membros representantes dos empregados são esco-
lhidos por eles através de votação, e os membros representantes
dos empregadores são designados por eles mesmos;
- Haverá titulares e suplentes, sendo os titulares substitu-
ídos por seus respectivos suplentes (se necessário), conforme a
ordem de colocação decrescente;
- A quantidade de membros da CIPA obedecerá ao dimen-
sionamento conforme os quadros desta NR que varia de acordo
com o número de funcionários e o CNAE da empresa;
- A CIPA pode conter presidente, vice-presidente e secretário,
que devem estar em sintonia com os empregados e empregadores.

O Mapa de Riscos

O mapa de riscos é uma das atividades a serem realizadas pela


CIPA, conforme a descrição de atribuições previstas no item 5.16 da NR 5:
“A CIPA terá por atribuição: a) identificar os riscos do processo de trabalho
e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior número de tra-
balhadores, com assessoria do SESMT, onde houver” (Junior, p.58, 2018).
Segundo a Fundacentro, o mapa de riscos:

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS


Tem por objetivo indicar os riscos de um ambiente de trabalho. Constitui-se
uma planta do ambiente de trabalho na qual se indicam, através de círculos
coloridos, os diversos tipos de riscos. Os círculos variam de tamanho, sendo
maior quanto maior a gravidade do risco indicado. No mapa de riscos usam-
-se as seguintes cores: o verde representa o risco físico, o vermelho, risco
químico, o marrom, o risco biológico; o amarelo, risco ergonômico; e o azul,
risco mecânico (Oliveira, p. 139, 2013).

Pontos importantes para elaboração de um mapa de risco é


necessário:
- O mapa de risco pode ser do ambiente geral de trabalho, ou
pode ser feito de forma segmentada, ou seja, para cada seção, setor,
área e etc., será feito um mapa de riscos;
- Para iniciar o mapa de riscos é importante ter a planta baixa
das seções do ambiente de trabalho;
- Deve-se levantar todos os riscos existentes em cada seção
de trabalho (com a participação da CIPA, SESMT e trabalhadores);
- Os riscos devem ser classificados em três tipos: pequeno,
médio e grande. Pois serão representados por círculos, e o tamanho
55
desses círculos será representado conforme o seu grau de risco;
- As cores dos círculos mostrarão o tipo de risco existente (fí-
sico, químico, biológico, ergonômico e mecânico), e o tamanho o grau
do risco existente;
- O ideal é que o círculo que representa o risco seja colocado e
representado no mapa no local onde ele existe. Por exemplo: se o risco
for em uma máquina, representar no mapa no local onde a máquina se
encontra;
- Sendo identificadas situações que ainda podem ser melho-
radas, a empresa deverá realizar as devidas modificações, negociando
com a CIPA. Caso sejam descumpridas, a CIPA deverá comunicar a DRT.
- O mapa deve ser colocado em local visível e de fácil acesso
a trabalhadores, visitantes, órgãos fiscalizadores e etc.
Na situação do exemplo a seguir, temos os círculos do risco
de acidente ou mecânico, representado pela cor azul. O círculo maior
representa um local com maior risco, o médio um local intermediário
de risco, e o círculo menor representa um risco mecânico mais leve. A
avaliação é qualitativa, ou seja, os responsáveis pela elaboração devem
avaliar e informar se é baixo, médio ou alto o risco para cada situação.
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

A seguir tem-se um modelo de legenda a ser utilizado no Mapa de


Riscos, ele pode variar conforme o local, aplicabilidade, espaço, riscos etc.

56
Quadro 11 - Exemplo de legenda de um mapa de risco

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.


57
NORMA REGULAMENTADORA 28 – FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES

A NR 28 trata em um primeiro momento, da fiscalização e, pos-


teriormente, das penalidades. “A fundamentação legal desta norma está
prevista no art. 201 da CLT. A NR 28 discorre sobre as fiscalizações tra-
balhistas de segurança e medicina do trabalho. (...) o fiscal pode dar um
prazo para a empresa fiscalizada corrigir as irregularidades.” (Junior, p.
614, 2018). Além disso, prevê as respectivas punições. Por isso, as or-
ganizações devem cumprir as legislações vigentes, estando em dia com
suas obrigações, pois, a fiscalização pode ocorrer a qualquer momento,
sem uma comunicação prévia.

“Além das empresas terem a obrigação de agir com os di-


tames legais (...) Recomenda-se que criem o saudável hábito de re-
gistrarem suas ações, haja vista que, sem os registros, elas mesmas
não conseguem comprovar o que fazem.” (Junior, p. 614, 2018).
Leia mais sobre a NR 28 - Fiscalização e Penalidades, dis-
ponível na página de Normas Regulamentadoras do ENIT
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

<https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/segu-
ranca-e-saude-no-trabalho/sst-menu/sst-normatizacao/ss-
t-nr-portugues?view=default>.

A NR estabelece os prazos para o cumprimento dos itens no-


tificados, para recorrer, negociar etc. Por isso é importante sua leitura
completa para entendimento. Lembrando que esta NR sofreu inúmeras
alterações ao longo dos anos e, por isso, é necessária a leitura atualiza-
da, sempre no site oficial da ENIT. Além disso, a NR traz alguns pontos
a respeito do embargo e interdição nos itens respectivos ao 28.2.
Em relação às penalidades, também descritas nesta NR, elas
são calculadas segundo o número de empregados e o código da infra-
ção, conforme o item da NR que foi descumprido.

Exemplo de Cálculo de Penalidade:

Uma empresa de 500 funcionários descumpriu o item 5.2 da


NR 5, que dispõe da constituição de uma CIPA.
No Anexo II, da NR 28, deve-se buscar pelo item 5.2 para aná-
58
lise das informações previstas na tabela.

Figura 14 - Anexo II da NR 28

Fonte: NR - 28. ENIT, 2020.

Sendo assim, o código da infração é 4, ou seja, I4. E o tipo é


“S” ou seja, Segurança do Trabalho. Direcionando estes dados para o

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS


Anexo I da NR 28, pode-se encontrar o valor mínimo e máximo da multa
(conforme grifado em vermelho na imagem a seguir).

Figura 15 - Gradação das multas (em UFIR)

Fonte: ENIT, 2017.


59
Sendo assim, como observado na imagem, o valor da multa
em UFIR é de no mínimo 5491 a no máximo 6033.
A Unidade Fiscal de Referência (UFIR) foi extinta (em decor-
rência do § 3º do art. 29 da Medida Provisória 2095-76-01) , e tendo
último valor R$1,0641.
O quadro abaixo, extraído da própria NR, informa que as infra-
ções relacionadas à Segurança do Trabalho terão o valor máximo de
6.30 UFIR, já as de Medicina do Trabalho chegarão até a 3.782 UFIR.

Figura 16 - Valor máximo de multa em moeda UFIR

Fonte: ENIT, 2017.


INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

60
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2011 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova:
FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Médico do trabalho
Segundo a NR-1:
a) Empregado é a pessoa física que presta serviços de natureza eventual
ou não, a empregador, sob a dependência deste e mediante remuneração.
b) Empresa é o estabelecimento ou o conjunto de estabelecimentos, can-
teiros de obra, frente de trabalho, locais de trabalho e outras, constituindo
a organização de que se utiliza o empregador para atingir seus objetivos.
c) Estabelecimento é a menor unidade administrativa ou operacional
compreendida na mesma empresa.
d) Canteiro de obra é a área do trabalho móvel e temporária, onde se
desenvolvem operações de apoio e execução à construção, demolição
ou reparo de uma obra.
e) Frente de trabalho é a área de trabalho fixa e temporária, onde se
desenvolvem operações de apoio e execução à construção, demolição
ou reparo de uma obra.

QUESTÃO 2
Ano: 2012 Banca: FCC Órgão: TRF - 5ª REGIÃO Prova: FCC - 2012
- TRF - 5ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Segurança e Transporte

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS


É uma garantia concedida aos membros da Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes - CIPA:
a) A vedação da dispensa arbitrária de todos os empregados eleitos
como membros da CIPA, a partir do registro de suas candidaturas até 1
ano após o final de seus mandatos.
b) A vedação da dispensa, sem justa causa, de um empregado eleito
para o cargo de direção da CIPA, a partir do registro de sua candidatura
até 1 ano após o final do seu mandato.
c) Em função de uma avaliação de seu desempenho como membro elei-
to da CIPA, o empregado poderá concorrer a vários mandatos seguidos.
d) A vedação da dispensa arbitrária de todos os empregados eleitos
como membros da CIPA, até 3 anos após o final de seus mandatos.
e) Somente aos membros da CIPA eleitos para cargo de direção serão
garantidas as condições que não descaracterizem suas atividades nor-
mais na empresa.

QUESTÃO 3
Ano: 2012 Banca: FCC Órgão: TRF - 5ª REGIÃO Prova: FCC - 2012
- TRF - 5ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Segurança e Transporte
61
Uma das atribuições legais relacionadas ao trabalho da Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA e de seus representantes
é a de
a) Participar na escolha de seus membros.
b) Proporcionar aos seus membros os meios necessários ao desempe-
nho de suas atribuições.
c) Identificar os riscos do processo de trabalho.
d) Determinar a paralisação de máquina onde considere haver risco
grave e eminente à saúde dos trabalhadores.
e) participar, anualmente, em conjunto com a empresa e órgão governa-
mentais, de Campanhas de Prevenção da Gripe.

QUESTÃO 4
Ano: 2012 Banca: FCC Órgão: TRF - 2ª REGIÃO Prova: FCC - 2012
- TRF - 2ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Segurança e Transporte
Em relação à CIPA, está correto afirmar:
a) Em função de seu caráter preventivo, disciplinas como metodologia
de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho são facul-
tativas durante os treinamentos da CIPA.
b) Não poderá ser desativada pelo empregador antes do término do
mandato de seus membros, exceto em caso de encerramento das ativi-
dades da empresa, porém, pode ter o número de representantes redu-
zidos, desde que haja redução de empregados da empresa.
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

c) As reuniões ordinárias deverão ser realizadas mensalmente, confor-


me calendário preestabelecido, após o expediente normal da empresa
e em local apropriado para tal.
d) Em caso de afastamento definitivo do presidente, o empregador indi-
cará o substituto no prazo de dois dias úteis, obrigatoriamente dentre os
membros da comissão.
e) O secretário e seu substituto serão indicados de comum acordo com
os membros, dentre os componentes ou não componentes da comis-
são, porém, em não sendo oriundos dos componentes, faz-se necessá-
ria a concordância do empregador.

QUESTÃO 5
Ano: 2018 Banca: FADESP Órgão: BANPARÁ Prova: FADESP - 2018
- BANPARÁ - Médico do Trabalho
Quanto ao SESMT (Serviços Especializados em Engenharia de Se-
gurança e em Medicina do Trabalho), é incorreto afirmar que
a) O SESMT das empresas, de que trata a NR-4 das Normas Regula-
mentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho, deverão ser regis-
trados no órgão regional do Mtb.
62
b) Empresas com grau de risco IV, com 1500 empregados, têm obriga-
toriedade em seu quadro do SESMT de dois médicos do trabalho em
horário integral.
c) É vedado, ao profissional especializado em Segurança e em Medici-
na do Trabalho, o exercício de outras atividades na empresa durante o
horário de sua atuação no SESMT.
d) É competência dos profissionais integrantes do SESMT esclarecer
e conscientizar os empregados sobre acidentes de trabalho e doenças
ocupacionais, estimulando-os em favor da prevenção.
e) Ficará por conta exclusiva do empregador todo o ônus decorrente da
instalação e manutenção do SESMT.

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE


"Todo o Homem que trabalha tem direito a uma remuneração justa e
satisfatória, que lhe assegure, assim como à sua família, uma existên-
cia compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se
necessário, outros meios de proteção social" (Declaração Universal dos
Direitos do Homem).
A CIPA tem um papel importante na garantia dos direitos do trabalhadores.
Os membros da CIPA, segundo a NR 5 tem estabilidade garantida (ou seja,
não podem ser mandados embora). Porém, a estabilidade dos colabora-
dores integrantes da CIPA não foi criada para ser um benefício pessoal ao
cipeiro. Mas então para que serve a estabilidade do membro da CIPA?

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS


Sobre o trecho e a pergunta acima, comente dentro do contexto con-
temporâneo relacionando-o com a NR.

TREINO INÉDITO
Sobre as Normas Regulamentadoras:
a) São realizadas pelo Ministério do Trabalho adotando o sistema tripar-
tite paritário.
b) Abrangem obrigações das empresas, empregados e governo.
c) Precisam e podem ser atualizadas sempre que houver necessidade.
d) Foram aprovadas pela primeira vez, através da portaria N.° 3.214, em
08 de junho de 1978.
e) Todas as letras estão corretas.

NA MÍDIA
AUDIÊNCIA SOBRE PONTE ESTAIADA TERMINA SEM ACORDO E
OBRA SEGUE EMBARGADA EM SÃO JOSÉ
(...) O MP apresentou algumas propostas como alternativa à construção
da ponte estaiada. Na terça (19) o Tribunal de Justiça (TJ-SP) negou o
recurso da prefeitura para derrubar a liminar que impede o andamento
63
das obras. A construção foi paralisada no dia 15 de fevereiro depois de
uma decisão da Vara da Fazenda, com base em um pedido do MP.
A Procuradoria quer que a administração municipal analise outras op-
ções de obras de mobilidade para o trânsito no trecho da região oeste.
O MP pede também que a prefeitura disponibilize as informações sobre
os investimentos em transporte público e em transporte individual na
cidade, para mostrar que está priorizando o transporte coletivo.
A prefeitura aceitou as condições, mas propôs que, enquanto providen-
cia a documentação, pudesse dar andamento nas obras. A proposta
não foi aceita e devido a esta exigência, não houve acordo. (...) Com
custo de R$ 48 milhões, a previsão da prefeitura é que a obra seja en-
tregue em agosto deste ano. (...)
Fonte: G1
Data: 22 fev. 2019
Leia a notícia na íntegra: https://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-re-
giao/noticia/2019/02/22/audiencia-sobre-ponte-estaiada-termina-sem-
-acordo-e-obra-segue-embargada-em-sao-jose.ghtml

NA PRÁTICA
As obras particulares, mas principalmente, as públicas, trazem progres-
so à população, seja para levar acessibilidade, seja para ser um local
de prestação de serviços à população, enfim, em sua maioria trazem
benefícios aos moradores que as cercam.
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

A NR 3 traz as normas vigentes no que se refere a Embargo e Interdi-


ção, que demonstra que, quando uma obra estiver irregular ou oferecer
risco grave e iminente, deverá ser embargada.
Em obras de licitação, onde empresas privadas ganham um edital para
realização de determinadas obras, há a fiscalização (ainda que não seja
assídua ou frequente), bem como em diversas outras situações (indús-
trias, instalações e etc.).
Vale ressaltar que todos estão sujeitos a serem fiscalizados ou auditados
pelo governo em diversas áreas. Ocorre um desperdício muito grande
de dinheiro público nos embargos e interdições, além de desvantagens,
as quais podem-se citar: material desperdiçado, mão de obra ociosa,
falta de entrega de um bem de utilidade pública, desempregos e etc.
Por isso, é importante estar em conformidade com a NR 3 “Embargo e
Interdição” e demais legislações vigentes, evitando-se assim inúmeros
transtornos, perdas de dinheiro e tempo.

PARA SABER MAIS


Vídeos: Visite o canal da Fundacentro no Youtube
https://www.youtube.com/user/fundacentrooficial/videos
64
Livro:Manual de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho(Adalberto
Mohai Szabó Júnior, 2018). Todo ano é lançada uma nova edição, uma
vez que as NR estão em constante atualização.
Acesse o link: https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/se-
guranca-e-saude-no-trabalho/sst-menu/sst-normatizacao/ss-
t-nr-portugues?view=default
Reportagem:
Reportagem especial: Normas de Segurança do Trabalho
21 Mai 2018
http://www.tst.jus.br/tv-outras-noticias/-/asset_publisher/0H7n/content/
reportagem-especial-normas-de-seguranca-do-trabalho?inheritRedi-
rect=true

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

65
RISCOS E ACIDENTES DO
TRABALHO
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

OS RISCOS OCUPACIONAIS

Um ambiente laboral possui inúmeros riscos e perigos. Cada ati-


vidade desenvolvida tem características próprias e devem ser estudadas/
analisadas pelos profissionais a fim de encontrar situações e processos a
serem melhorados, retirados, fiscalizados, modificados etc. Cabe ao pro-
fissional de segurança do trabalho encontrar a melhor forma de extinguir
prevenir, controlar acidentes e doenças. Pois, “a segurança do trabalho é
a ciência que atua na prevenção dos acidentes do trabalho decorrentes
dos fatores de risco operacionais” (Saliba, p. 23, 2016).

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estimou que 2,34 milhões de


pessoas morrem todos os anos em virtude de acidentes e doenças relacio-
nados ao trabalho. Os riscos oriundos de mudanças tecnológicas, sociais

6666
e de organização afetam gravemente a saúde dos trabalhadores (Revista
Brasileira de Médicos do Trabalho – RBMT, 2017).

Para iniciar o estudo deste item é importante esclarecer os


conceitos e diferenças entre riscos e perigos:

Quadro 12 - Conceitos e diferenças entre Risco e Perigo

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

Fonte: UNIFAL, 2019.

Através do esquema, observa-se que sem exposição não há ris-


co. A exposição está baseada na intensidade, duração e frequência de
contato com o agente. A exposição pode estar vinculada a três variáveis:

• Tempo de contato com o perigo: período de tempo durante o qual o traba-


lhador fica em contato com o agente de risco;
• Intensidade que ocorre o contato: concentração do agente agressivo no
ambiente de trabalho;

67
• Natureza do agente: capacidade agressiva sobre determinadas condições
(UNIFAL, 2019).

O perigo ou fonte de risco pode ser identificado em:

• Materiais: substâncias perigos /tóxicas – solventes, ácidos, álcalis, metais,


gases, plásticos, resinas, material particulado sólido, perfurocortantes, etc.
• Equipamentos: partes móveis sem dispositivo de proteção, condições de
uso (defeituoso, má conservação, impróprio para o serviço, uso incorreto,
guarda local inseguro e inadequado).
• Ambientes de trabalho: áreas de local de trabalho muito quentes, frias, em-
poeiradas, sujas, ruidosas e escuras, com presença de gases, vapores, fu-
mos, etc. Postos de trabalhos inadequados ergonomicamente.
• Trabalhadores: falta ou insuficiência de capacitação, inexistência de po-
líticas de segurança, fadiga, uso de drogas e álcool, pressão no trabalho,
assédio moral, carga de trabalho excessiva, etc.
• Sistema de trabalho: fatores relacionados aos sistemas de trabalho: conte-
údo e organização do trabalho, gerenciamento, cultura organizacional (UNI-
FAL, 2019).

Quadro 13 – Tipos de exposição


INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

Fonte: UNIFAL, 2019.

Para exemplificar melhor estes conceitos, pode-se observar os


esquemas a seguir:

68
Diferença entre Perigo e Risco

Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

Os riscos são classificados em cinco tipos diferentes: químico,


físico, biológico, ergonômico e mecânico. Cada um deles é representa-
do por uma cor diferente e possui características próprias.

Quadro 14 - Os tipos de riscos

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS


Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

Os riscos físicos, químicos e biológicos serão estudados mais


detalhadamente na disciplina de Higiene do Trabalho (porém, não dei-
xe de ler a NR 9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais). Os
riscos ergonômicos na disciplina de Ergonomia (a NR 17 trata exclu-
sivamente do assunto Ergonomia). Os riscos acidentais, também co-
nhecidos como mecânicos, serão estudados ao longo de todo o curso,
estando estes dissolvidos em diversos conteúdos.
Se possível, o ideal é eliminar o risco, pois, assim serão elimi-
nadas as chances de acidentes e doenças ocupacionais. Porém, caso
não seja possível eliminar o risco, é importante encontrar formas de
controlar ou prevenir que eles se tornem um acidente ou doença.
69
Aprenda o significado de três conceitos de extrema impor-
tância na Segurança do Trabalho, que são as causas de acidente
do trabalho (ABNT NBR 14280, 2001):
Ato inseguro: Ação ou omissão que, contrariando preceito
de segurança, podem causar ou favorecer a ocorrência de acidente.
Exemplos de atos inseguros:
- Colocar a mão em uma máquina ligada na parte de corte;
- Correr em locais derrapantes;
- Não usar o EPI;
- Desobedecer as sinalizações de segurança.
Condição insegura: Condição do meio que causou o aci-
dente ou contribuiu para a sua ocorrência. Exemplos de condições
inseguras:
- Áreas insuficientes, corredores obstruídos, arranjo físico
mal projetado;
- Pisos fracos e irregulares;
- Excesso de ruído/iluminação inadequada;
- Instalações elétricas impróprias ou com defeitos;
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

- Falta de organização e limpeza;


- Ventilação ou exaustão inadequada ou defeituosa;
- Localização imprópria das máquinas;
- Falta de proteção em partes móveis e de agarramento;
- Máquinas apresentando defeitos, desvios ou improvisa-
ções de processos;
- Proteção insuficiente ou totalmente ausente;
- EPI impróprio ou com defeito.
Fator pessoal de insegurança (fator pessoal): Causa rela-
tiva ao comportamento humano, que pode levar à ocorrência do
acidente ou à prática do ato inseguro. São exemplos de fatores
pessoais de insegurança:
- Características físicas e psicológicas;
- Social;
- Congênitos ou de formação cultural.

OS ACIDENTES DO TRABALHO

Segundo dados do Ministério Público do Trabalho – MPT, o


70
“Brasil é o quarto lugar no ranking mundial de acidentes do trabalho”
(MPT, 2018). Para introduzir este assunto é importante abordar o con-
ceito de acidente do trabalho promovido pelo Art. 19, da Lei Nº 8.213,
de 24 de julho de 1991:

é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de em-


pregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados (...), pro-
vocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a
perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho
(Planalto, 2015).

Figura 17 - Acidentes no trabalho

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS


Fonte: UFAL, 2016

O dia 27 de julho é o “Dia Nacional de Prevenção de Aci-


dentes do Trabalho”. É uma data importante para ser trabalhada
nas organizações e instituições em geral, como forma de cons-
cientização. Aproveitando para lembrar os incidentes e acidentes
ocorridos, e reforçando as formas de prevenção e controle.
Essa data foi escolhida porque em 27 de julho de 1972, a
Portaria nº 3.237 criou o Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e Medicina do Trabalho.

A seguir poderá ser estudada a continuação do artigo 19, bem


como os art. 20, 21 que tratam do acidente do trabalho:

§ 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e


individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador.
§ 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de

71
cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho.
§ 3º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os ris-
cos da operação a executar e do produto a manipular.
§ 4º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os sindica-
tos e entidades representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento
do disposto nos parágrafos anteriores, conforme dispuser o Regulamento.
Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior,
as seguintes entidades mórbidas:
I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo
exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respec-
tiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;
II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em
função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se
relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que
ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou
contato direto determinado pela natureza do trabalho.
§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na
relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições espe-
ciais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a
Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho.
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única,
haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou per-
da da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção
médica para a sua recuperação;
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em
conseqüência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou com-
panheiro de trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa rela-
cionada ao trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de com-
panheiro de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes
de força maior;
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exer-
cício de sua atividade;
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da
empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar

72
prejuízo ou proporcionar proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada
por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra,
independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de
propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela,
qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do
segurado.
§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da sa-
tisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante
este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.
§ 2º Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a
lesão que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superpo-
nha às consequências do anterior. (...) (Planalto, 2015).

Para planejamento e implantação de medidas de SST é muito


importante a leitura das legislações vigentes. Inclusive a CLT, por exem-
plo, que possui alguns artigos voltados para essa área, aos quais foram
utilizados para criação das NR.

Sancionada por Getúlio Vargas, a Consolidação das Leis

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS


do Trabalho foi criada a partir do DECRETO-LEI N.º 5.452, DE 1º
DE MAIO DE 1943 e sofreu algumas alterações ao longo dos anos.
Foi considerado um marco histórico na época e comemorada pela
população brasileira, que possuía precária situação trabalhista.
O documento é bem extenso, e trata de diversas aborda-
gens do ambiente laboral referentes ao Trabalho, Trabalhador, Em-
pregador e Governo. É de suma importância se conhecer as leis
que regem esta área.
Leia mais: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/
Del5452compilado.htm

“Do ponto de vista prevencionista, o acidente do trabalho é


mais abrangente, pois engloba também os quase acidentes e os aci-
dentes que não provocam lesões, mas a perda de tempo ou danos ma-
teriais” (Saliba, p. 23, 2016).
Mas, qual é a diferença de acidente para incidente? Segundo Ju-
nior (p. 6, 2019) incidente é um quase acidente. Trata-se de uma situação
anormal e imprevista que não resulta em lesões nem em danos materiais.

73
Figura 18 - Exemplo de acidente e de incidente

Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

Responsabilidades, Causas e Conceitos de Acidente do Trabalho

Mas, em caso de acidente, de quem será a responsabilidade


penal ou criminal?
Segundo Saliba:

A ocorrência do acidente do trabalho pode gerar responsabilidade penal ou cri-


minal para o empregador e seus prepostos. Sendo assim, os gerentes, supervi-
sores, encarregados, donos da empresa, profissionais do SESMT, entre outros,
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

podem ser indiciados e denunciados por homicídio culposo (Saliba, p. 34, 2016).

Quais as Legislações que Preveem esse Crime?

Quanto à responsabilidade penal, o código penal em seus ar-


tigos 18, 121, 129 e 132 podem ser configurados para a situação de
acidente do trabalho.

O art. 18 do Código Penal considera crime culposo quando o agente deu


causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. Já o art. 121
do mesmo diploma legal estabelece para esse tipo de crime a detenção de 1
(um) a 3 (três) anos, podendo ser aumentada 1/3 se o crime resultar de inob-
servância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixar
de prestar imediato socorro à vítima, não procurar diminuir as consequências
do seu ato ou fugir para evitar prisão em flagrante.
O art. 129 prevê o crime de lesão corporal, que também é aplicado ao aciden-
te do trabalho, sendo a pena de detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano(...)
Caso a lesão for seguida de morte, a pena de reclusão pode chegar a 14.
(...) a exposição da vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente (art.
132) (...) a pena para esse crime é a detenção, de três meses a um ano, se o
fato não constituir crime mais grave, podendo (Saliba, p. 34, 2016).

74
Quanto à responsabilidade civil, o Código Civil Brasileiro prevê
que “a responsabilidade civil é independente da criminal, não se poden-
do questionar mais sobre a existência do fato ou sobre quem seja o seu
autor, quando essas questões se acharem decidias no juízo criminal
(art. 935 do CCB)”. (Saliba, p. 35, 2016).
“Entre os fatores de risco que provocam acidentes do trabalho,
destacam-se: eletricidade, máquinas e equipamentos, incêndios, arma-
zenamento e transporte de materiais, manuseio de produtos perigosos,
ferramentas manuais e etc”. (Saliba, p.23, 2016).
Além disso, pode-se elencar as 4 (quatro) principais categorias
acerca das causas de acidentes:

a) Operacionais: falhas de componentes materiais ou equipamentos, rea-


ções aceleradas ou inesperadas, perdas de controle e etc.;
b) Ambientais: mudanças climáticas, falhas ou deficiências de proteções, in-
terferência de outro acidente e etc.;
c) Organizacionais: inadequações no gerenciamento da organização ou de
atitudes, falhas em procedimentos, treinamentos, supervisão, suporte, análi-
se de seus processos, construção de instalações, sistema de isolamento de
equipamentos, manutenção etc.;
d) Pessoais: erros, problemas de saúde, desobediências, intervenção ma-
liciosa e outras. Recomenda-se que, se for necessário, sejam detalhados
aspectos relativos a treinamento, experiência etc. (Saliba, p. 45, 2016).

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS


A Fundacentro (p. 47, 2002) leva “em consideração as seguin-
tes causas possíveis: falha nos componentes; condições anormais de
operação; erros humanos e organizacionais; interferências externas
acidentais; forças da natureza; atos dolosos e sabotagem”:
• A falha de componentes leva em consideração: projeto ina-
dequado, desgaste mecânico e mau funcionamento de componentes e
dispositivos de controle e segurança.
• Podem-se citar como interferências externas acidentais: trans-
portes (rodoviário, ferroviário e marítimo); plataformas de carregamentos;
tráfego aéreo, instalações vizinhas. Impacto mecânico causado por queda.
• Os erros humanos podem incluir: os trabalhadores desco-
nhecem os riscos, falta ou inadequação de procedimentos de traba-
lho, trabalhadores mal preparados, condições inadequadas de trabalho,
conflitos entre exigências de segurança e de produção; uso excessivo
de horas extras ou de trabalho por turnos e concepção ou dispositivos
inadequados de trabalho.
• Erros organizacionais: sistemas de segurança desconecta-
dos, mistura de substâncias perigosas, trabalho inadequado de reparo
ou manutenção e procedimentos não autorizados.
75
• São consideradas forças da natureza: vento, inundações, ter-
remotos, afundamento de terreno e geada excessiva (Fundacentro, p.
50, 2002).

NBR nº 14.280/01

A NBR nº 14.280/01 “fixa critérios para o registro, comunica-


ção, estatística, investigação e análise de acidentes do trabalho, suas
causas e consequências, aplicando-se a quaisquer atividades laborati-
vas”. Ademais, traz outros conceitos essenciais para identificação dos
tipos de acidentes e suas particularidades, e que serão importantes
para continuação dos estudos acerca dos acidentes do trabalho.
As consequências de um acidente do trabalho são, segundo a
NBR 14.280:
- Lesão Pessoal;
- Lesão imediata;
- Doença do trabalho;
- Doença profissional;
- Morte;
- Lesão com afastamento;
- Lesão sem afastamento;
-Incapacidade permanente parcial;
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

- Incapacidade temporária total;


- Prejuízo material.
A seguir no quadro, serão apresentados os principais conceitos
e suas diferenças:

Quadro 15 - Definições segundo a NBR 14.280:2001

76
77
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS
Fonte: ABNT, 2001.

Existem alguns estudos sobre alguns acidentes que merecem


destaque, e precisam ser conhecidos por todos profissionais e estudio-
sos da área:

1) Estudos de Heinrich:
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

Em 1931, Heinrich introduziu pela primeira vez a filosofia de acidentes com


danos a propriedade (acidentes sem lesão) em relação aos acidentes com
lesão incapacitante. Sua investigação apresentou como resultado.
Esse estudo mostra que, para cada acidente que provocava uma lesão inca-
pacitante, ocorriam 29 acidentes que provocavam lesões menores (lesão não
incapacitante) e também ocorriam 300 sem lesão, que apenas provocavam
danos à propriedade. Portanto, o número de acidentes sem lesão (quase
acidentes) e acidentes com lesão não incapacitantes sinaliza a probabilidade
do acidente mais grave. (Saliba, p. 36, 2016):

Figura 19 - Pirâmide de Heinrich

78
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

2) Estudo de Bird:

Em 1996, o norte-americano Frank Bird Junior, concluiu um estudo que en-


volvia 90 mil acidentes, sendo 75.000 com danos à propriedade e 15 mil com
lesões incapacitantes. Bird baseou sua teoria de “controle de danos” a partir da
análise desses 90 mil acidentes ocorridos numa empresa metalúrgica america-
na (Lukens Steel Company) durante um período de mais de sete anos.
A proporção do estudo de Bird mostra que, para cada acidente que provocava
lesão incapacitante, ocorriam cem que provocavam lesões não incapacitantes
e também ocorriam 500 acidentes com danos à propriedade. Desse modo, da
mesma forma que no estudo de Heinrich, esse estudo demonstra também a
proporcionalidade dos acidentes graves, leves e os acidentes com danos à
propriedade, demonstrando que a prevenção deve atuar em todos os tipos de
acidente, e não apenas naqueles que provocam lesões (Saliba, p. 36, 2016).

Figura 20 - Pirâmide de Bird

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS


Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

3) Estudos Insurance Company of North American (ICNA)

Posteriormente, me 1969, a ICNA analisou 1.753.498 casos informados na-


quele ano por 297 empresas que empregavam 1,75 milhão de trabalhadores,
chegando a uma relação mais precisa que a de Bird. Esses estudos tem sido
considerados importantes por dois aspectos principais:
Os dados são mais precisos e representativos do que os obtidos anterior-
mente pelos outros autores;
Foram produzidos nas estatísticas números relacionados aos quase aciden-
tes (Saliba, p. 37, 2016).

79
Figura 21 - Pirâmide do ICNA

Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

Esses estudos demonstram que a prevenção de acidentes deve ser mais


ampla, isto é, precisa antecipar ações que permitam evitar os acidentes mais
graves, uma vez que a ocorrência dos quase acidentes e dos acidentes com
danos a propriedade é um prenúncio dos acidentes com lesão. Desse modo,
a implantação de programas de gestão-segurança e saúde do trabalhador
com ferramentas que permitam a antecipação dos riscos deve ser implemen-
tada pelas empresas com responsabilidade e comprometimento de todos,
especialmente da alta direção (Saliba, p. 38. 2016).

Em resumo, a empresa deve ficar atenta às informações que


os números podem trazer. O acompanhamento das atividades e a re-
alização de relatórios é de extrema importância para o profissional da
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

área poder se precaver, evitando-se assim que os acidentes sejam mais


graves ou chegue ao óbito.
São muitas as consequências negativas que podem ser geradas
com a ocorrência de um acidente ou doença ocupacional, tanto para em-
presa, empregado e governo, desde situações mais simples a até um óbito.
A seguir serão apresentadas algumas possíveis consequên-
cias gerais (além das apresentadas pela NBR 14280:2001) geradas em
decorrência de um acidente do trabalho:

80
81
Quadro 16 - Possíveis consequências do acidente do trabalho

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS


INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

82
Fonte: UNISEESMT, 2017.

Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT

“A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um docu-


mento emitido para reconhecer tanto um acidente de trabalho ou de
trajeto bem como uma doença ocupacional” (INSS,2018).
A NBR 14.280:2001 explica a distinção das nomenclaturas
existentes para comunicação e registro de acidentes, conforme quadro
a seguir:

Quadro 17 - Comunicação de acidentes - NBR 14.280:2001

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

Fonte: ABNT, 2001.

Existem três tipos de CAT: inicial, de reabertura e de óbito. A


seguir serão conceituadas cada uma delas conforme o site da Previdên-
cia Social as descreve:

83
Quadro 18 - Os tipos de CAT

Fonte: INSS, 2018.

Para entender melhor sobre o processo de abertura da CAT


quando ocorre um acidente ou doença ocupacional é importante anali-
sar as informações no quadro a seguir:

Quadro 19 - Perguntas frequentes sobre a abertura da CAT.


INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

84
Fonte: INSS, 2018.

Além disso, é importante destacar:

Caso a área de informações referente ao atestado médico do formulário não


esteja preenchida e assinada pelo médico assistente, deverá ser apresenta-
do o atestado médico, desde que nele conste a devida descrição do local/
data/hora de atendimento, bem como o diagnóstico com o CID (Classificação
Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saú-
de) e o período provável para o tratamento, contendo a assinatura, o número
do Conselho Regional de Medicina (CRM) e o carimbo do médico responsá-
vel pelo atendimento, seja particular, de convênio ou do SUS (INSS, 2018).

Prevenção e Controle de Riscos e Acidentes

Para buscar soluções de prevenção e controle de riscos e aci-

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS


dentes, primeiramente é importante analisar o ambiente de trabalho,
identificando os riscos e fazendo um planejamento de intervenção, as-
sim será possível levantar todas as medidas a serem tomadas para
cada tipo de risco.
Para aplicação das medidas de controle há uma hierarquia. “Há
três zonas onde as medidas de controle podem ser aplicadas: Na origem
do contaminante – Fonte; ao longo do percurso entre a origem e o traba-
lhador – Ambiente e no receptor – Trabalhador” (UNIFAL, 2019). Ou seja,
é mais eficaz realizar o controle do risco na fonte do que no trabalhador.

Figura 22 - Zonas de aplicação das medidas de controle

85
Fonte: UNIFAL, 2019.

A seguir vamos citar de maneira generalizada as formas de


prevenção de acidentes e doenças do trabalho, que serão estudadas
ao longo das unidades:
• Medidas administrativas (normas internas, instruções de tra-
balho por escrito, autorizações de trabalho, formação e informação dos
trabalhadores, fator humano);
• Automação das atividades;
• Implantação dos Programas de Segurança, Saúde e Ges-
tão de Riscos: PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais),
PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), PCMAT
(Programa de Condição e Meio Ambiente de Trabalho na Construção
Civil), PGR (Programa de Gerenciamento de Risco na Indústria da Mi-
neração), PCA (Programa de Conservação Auditiva) e PPR (Programa
de Proteção Respiratória);
• Realização dos exames médicos admissionais, demissionais,
periódicos e de mudança de função;
• Fornecer e cobrar a utilização de EPI (Equipamento de Prote-
ção Individual), como por exemplo: óculos de segurança, luvas, capace-
tes, máscaras respiratórias, protetores auriculares, cremes protetores,
aventais impermeáveis, botas impermeáveis, protetores faciais, capuz
de segurança, etc.;
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

• Instalação de EPC (Equipamento de Proteção Coletiva),


como por exemplo: ventilação industrial, exaustores, enclausuramento,
proteção em máquinas, piso antiderrapante etc.;
• Luminosidade adequada;
• Climatização dentro dos limites de conforto;
• Ginástica Laboral;
• Rodízio de atividades;
• Fiscalização constante dos trabalhadores, máquinas, equipa-
mentos e outros que podem oferecer riscos;
• Manutenção preventiva;
• Monitoramento e medição dos riscos (principalmente os ris-
cos físicos e químicos);
• Redução do tempo de exposição a agentes perigosos;
• Substituição de produto tóxico ou nocivo;
• Mudanças e/ou alterações nos processos ou operações;
• Formações e Treinamentos: técnicos, de normatizações e de
segurança do trabalho (promovendo atualização constante e periódica);
• Controle do trabalho de terceirizados;
• Elaboração do Mapa de Riscos;
86
• Sinalização de: obrigação, emergência e aviso ou perigo,
adequadas a cada situação;

• Realização de DDS – Diálogo Diário de Segurança;


• Manter as equipes de SESMT e CIPA conforme exigências de
suas respectivas NRs;
• Utilização de máquinas e equipamentos adequados à ativida-
de e ao trabalhador;
• Projeto de Prevenção e Combate a Incêndios e Pânico apro-
vado e em perfeito funcionamento;
• Manter o ambiente de trabalho limpo e organizado;
• Adaptações ergonômicas e de conforto nas condições de tra-
balho.

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS


A Câmara Brasileira da Indústria da Construção criou, em
parceira com o SESI DN, um simulador de custos de acidentes e
afastamentos de trabalho, chamado Construindo Segurança e Saú-
de. Através dele é possível fazer, de forma fácil e lúdica, cálculos
que mostram quanto pode ser economizado com a prevenção. O
simulador também apresentar informações sobre as normas que
regem os acidentes do trabalho.
Saiba mais em:
www.portaldaindustria.com.br/sesi/canais/seguranca-e-
-saude-no-trabalho-sesi/simulador-de-custos-de-acidentes/

87
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2014 Banca: MS CONCURSOS Órgão: UFAC Prova: MS CON-
CURSOS - 2014 - UFAC - Engenheiro de Segurança do Trabalho
Com respeito a CAT, analise as alternativas e marque aquela em
que se estabelece o significado correto da abreviatura.
a) CAT - Comunicação de Acidente no Trabalho
b) CAT - Comunicação do Ambiente no Trabalho
c) CAT - Comunicação de Agente do Trabalho
d) CAT - Comunicação de Antecedente no Trabalho
e) CAT - Comunicação de Acidente de Trajeto

QUESTÃO 2
Ano: 2018 Banca: CESGRANRIO Órgão: LIQUIGÁS Prova: CES-
GRANRIO - 2018 - LIQUIGÁS - Técnico de Segurança do Trabalho I
A empresa é obrigada a informar à Previdência Social todos os aci-
dentes de trabalho ocorridos com seus empregados, mesmo que não
haja afastamento das atividades, até o primeiro dia útil seguinte ao da
ocorrência através da Comunicação de Acidentes de Trabalho – CAT.
As vias corretas da CAT a serem encaminhadas são, respectiva-
mente, a:
a) 1ª via ao INSS e a 2ª via à empresa
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

b) 1ª via ao segurado ou dependente e a 3ª via ao sindicato de classe


do Trabalhador
c) 1ª via à empresa e a 4ª via ao sindicato de classe do trabalhador
d) 2ª via ao segurado ou dependente e a 4ª via à empresa
e) 2ª via à empresa e a 3ª via ao segurado ou dependente

QUESTÃO 3
Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: AL-RO Prova: FGV - 2018 - AL-RO -
Analista Legislativo - Engenharia Mecânica
As opções a seguir apresentam situações que são consideradas,
segundo a lei, acidentes de trabalho à exceção de uma. Assinale-a.
a) O acidente ocorrido durante a execução de ordem fora do local da
empresa.
b) O acidente causado durante a prestação espontânea de um serviço
para a empresa.
c) O acidente que provoca apenas danos materiais, não ferindo o tra-
balhador.
d) O acidente que foi provocado por caso fortuito.
e) O acidente ocorrido durante a refeição ou descanso durante o horário
88
de trabalho.

QUESTÃO 4
Ano: 2016 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: EBSERH Prova: INSTI-
TUTO AOCP - 2016 - EBSERH - Técnico em Enfermagem - Saúde do
Trabalhador (CH-UFPA)
Assinale a alternativa que apresenta uma das maiores causas de
acidente de trabalho.
a) Condição insegura
b) Ato de sabotagem
c) Ato de imperícia
d) Ato inseguro
e) Ato imprudente

QUESTÃO 5
Ano: 2017 Banca: CONSULPLAN Órgão: TRE-RJ Prova: CONSUL-
PLAN - 2017 - TRE-RJ - Analista Judiciário - Medicina Clínica Geral
Em quantas vias e por qual(is) profissional(is) a CAT deve ser emi-
tida?
a) 3 vias / apenas o médico
b) 4 vias / qualquer pessoa
c) 4 vias / apenas o médico
d) 3 vias / qualquer profissional de saúde

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS


QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
A vida humana é o que há de mais valor na sociedade. É muito co-
mum se ouvir que “sem saúde não há o que se fazer”. O dinheiro pode
comprar um plano de saúde, pode pagar despesas médicas, mas não
pode trazer de volta a vida (indenizações não trazem de volta um ente
querido), não pode trazer de volta um membro do corpo que foi perdido,
amputado (haverá paliativos, próteses, mas nunca será o mesmo).
Quem presencia um acidente pode ter inúmeros traumas psicológicos,
e quem é a vítima de um acidente, além de traumas psicológicos, pode
ter traumas físicos.
São inúmeros relatos de famílias desestabilizadas após um acidente, uma
sociedade que perde talvez um homem ou mulher que tinha um papel cru-
cial dentro dela, o governo que precisa arcar com as despesas, e a empre-
sa que perde um colaborador, ou tem alguns dias perdidos devido ao aci-
dente ou doença, além da contratação e treinamento de nova mão de obra.
Sobre o trecho acima, comente e relacione sobre as inúmeras conse-
quências de um acidente para a sociedade, familiares, governo, empre-
sa e vítima.
89
TREINO INÉDITO
Sobre os acidentes do trabalho:
a) Em situações de acidente do trabalho deve ser aberta uma CAT.
b) Em situações de doença do trabalho deve ser aberta uma CAT.
c) Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço
da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados, provocando
lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda
ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
d) Pode ser ocasionado por um ato, condição insegura, dentre outros.
e) Todas as respostas acima.

NA MÍDIA
FORAM REGISTRADOS 184 MIL ACIDENTES DE TRABALHO NO
BRASIL EM 2018
Nos primeiros quatro meses de 2018, foram registrados no Brasil 184
mil acidentes de trabalho. O que chama a atenção é o número de traba-
lhadores mortos, 653. Um óbito a cada quatro horas e meia.
Fonte: R7
Data: 04 jun. 2018
Veja a notícia na íntegra:
https://noticias.r7.com/minas-gerais/mg-no-ar/videos/foram-registra-
dos-184-mil-acidentes-de-trabalho-no-brasil-em-2018-04062018
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

NA PRÁTICA
Os números de acidentes do trabalho no Brasil são alarmantes. Ainda no
que se refere às legislações nacionais de Saúde e Segurança do Trabalho,
tem muito a evoluir e melhorar, principalmente, em relação a outros países
e normas internacionais, que possuem estudos mais avançados na área.
Se for realizado, por exemplo, um comparativo das normas nacionais de
SST com as internacionais, será possível identificar as discrepâncias de
informações (principalmente no que se refere aos limites de tolerância de
agentes químicos – que serão vistos na disciplina de Higiene do Trabalho).
O Poder Legislativo precisa criar leis mais rígidas e preventivas no tocan-
te à SST para, assim serem reduzidos os números de acidentes, ou pelo
menos atualizar com mais frequência as leis atuais. Mas, como somente
criar leis não basta, a fiscalização rigorosa deve existir. Sabe-se que mui-
tas empresas no Brasil burlam as normas de segurança, por isso, cabe
ao trabalhador e a sociedade denunciarem esses tipos de irregularidades,
bem como cobrar das autoridades competentes o cumprimento delas.

PARA SABER MAIS


Vídeos: “Os filmes da série Napo são produzidos a partir de grafismos
90
gerados por computador. São protagonizados por personagens do mun-
do do trabalho, que se vêem confrontadas com questões de segurança
(Napo, 2017)”
Acesse e confira: https://www.napofilm.net/pt/napos-films/films

Figura 23 – NAPO Filmes

Fonte: Napo, 2017.

Acesse o link: Estatísticas de acidentes de trabalho (Fundacentro).


http://www.fundacentro.gov.br/estatisticas-de-acidentes-de-trabalho/inicio
Reportagens:

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS


Homem corta a própria mão após ficar preso em máquina de moer car-
ne nos EUA
27 set. 2018
Disponível em :<https://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,ho-
mem-corta-a-propria-mao-apos-ficar-preso-em-maquina-de-moer-car-
ne-nos-eua,70002521501>.
Brasil é quarto lugar no ranking mundial de acidentes de trabalho.
09 abr. 2018.
Disponível em :<http://portal.mpt.mp.br/wps/portal/portal_mpt/mpt/sala-
-imprensa/mpt-noticias/7441f527-ad53-4a0a-901f-66e40f1a1cae>.

91
GABARITOS

CAPÍTULO 01

QUESTÕES DE CONCURSOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

No atual cenário do ambiente laboral, o Engenheiro de Segurança do


Trabalho, passa a ser muito mais do que um colaborador da organiza-
ção, ele se torna um consultor, que deve alertar empresa e empregado
sobre os riscos existentes naquele determinado local.
Por isso, o Engenheiro de Segurança do Trabalho tem um papel fun-
damental (e se não o fizer pode até responder criminalmente pelos aci-
dentes ocorridos) de fiscalizar todos os ambientes e trabalhadores do
qual é responsável, aplicando as devidas advertências, em casos de
descumprimento das normas implantadas.
Além de fiscalizar, deve planejar anualmente, semestralmente e men-
salmente as ações a serem realizadas para prevenção e controle de
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

doenças e acidentes. Sendo que, diariamente deve conscientizar a to-


dos sobre a importância da cultura da segurança, que não é somente
cumprir as legislações, mas sim, salvar e preservar vidas.
Vale ressaltar que, o Engenheiro de Segurança do Trabalho é o interme-
diador entre órgãos fiscalizados, empresa e colaborador. Por isso, deve
desempenhar sua função de forma a cumprir as legislações, alertar o
empregador e fazê-lo adequar à empresa, e, por conseguinte cobrar do
colaborador a utilização dos EPI (Equipamentos de Proteção Individual),
EPC (Equipamentos de Proteção Coletiva), atenção às sinalizações, par-
ticipação nos treinamentos, realização dos exames médicos legais e etc.

TREINO INÉDITO
Gabarito: D

92
CAPÍTULO 02

QUESTÕES DE CONCURSOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

Em toda empresa em que tiver empregados admitidos é obrigatória a CIPA.


A diferença se dá que, conforme o grupo de CNAE ao qual a empresa
pertence e a quantidade de trabalhadores, a quantidade de membros inte-
grantes da CIPA irá variar. E ainda as empresas de menor porte, que não
precisam de equipe de CIPA, devem ter pelo menos um representante.
O papel da CIPA é de extrema importante para garantir um ambiente
laboral mais justo para todos. O cipeiro deve estar atento a todas as
situações, e deve cobrar do empregador melhorias, por isso, a estabili-
dade, segundo Melo é:

um instrumento para garantir ao membro da CIPA autonomia suficiente para


desempenhar a sua função na CIPA. Em outras palavras: poderão existir
momentos em que o trabalhador terá que cobrar do empregador soluções e
ações corretivas (em máquinas e equipamentos, por exemplo) e nessa hora

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a estabilidade o protege de ser demitido injustamente.
A Súmula do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Enunciado nº 339, item
II – Nos mostra que: – A estabilidade provisória do cipeiro não constitui van-
tagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA, que
somente tem razão de ser quando em atividade a empresa.
Logo, como vimos, a garantia de emprego (estabilidade) tem a única função de
proteger o cipeiro de possíveis represálias vindas do empregador (Melo, 2018).

De quanto tempo é a estabilidade da CIPA? Segundo o item 5.8 da NR 5:

é vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para


cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o
registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato.
Como vimos no parágrafo acima. A estabilidade (garantia de emprego) come-
ça no ato da candidatura e se estende até um ano após o final do mandato.
Então o tempo de estabilidade é de 2 anos (Melo, 2018).

É importante ressaltar que o membro suplente da CIPA também goza do


direito a estabilidade, e que somente os membros eleitos pelos empre-
gados possuem estabilidade. Ou seja, os membros eleitos pelo empre-
gador, não possuem direito a essa estabilidade.
93
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

Gabarito: E
TREINO INÉDITO

94
CAPÍTULO 03

QUESTÕES DE CONCURSOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

Em um mundo ideal, seria ideal que não existissem acidentes do tra-


balho. O acidente não traz nenhum tipo de vantagem ou benefício a
nenhum dos envolvidos. Muito pelo contrário, as desvantagens e pontos
negativos gerados podem se estender a muito mais do que a nossa
mente consegue calcular.
Podem-se citar como consequências de um acidente de trabalho:
- Para o trabalhador:

– Perda de credibilidade no emprego: Quando o trabalhador se acidenta,


além das dores físicas, o patrão provavelmente ficará chateado com ele.
A credibilidade desse empregado perante o empregador tende a diminuir, e
muito…
– Perda de oportunidade de promoção, ou aumento de salário: Se surgir na
empresa uma oportunidade de promoção interna ou aumento de salário, pro-

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS


vavelmente ninguém irá se lembrar do empregado acidentado.
– Sofrimento físico: Dores físicas, emocionais, tudo isso incomoda o acidentado.
E o pior é que mesmo se ele não for o culpado pelo acidente, ainda assim,
vai demorar a se convencer disso.
– Incapacidade para o trabalho, temporária ou permanente: Tem coisa pior
do que se sentir incapacitado?
Esse é um sentimento que incomoda muito. É mais um fardo carregado pelo
acidentado. Hoje já se sabe que o trabalho tem função social e não apenas
financeira.
O fato de trabalhar faz a pessoa se sentir sociável e útil! A falta de trabalho de
certa forma isola a pessoa e a faz sentir-se inútil e incapaz.
– Menos dinheiro em casa: O benefício pago pelo INSS em casos de aci-
dente de trabalho não é equivale ao salário de alguém que está na ativa
(trabalhando).
A renda do trabalhador tende a cair de 20 a 40%. Uma redução que pode
levar dificuldade financeira a toda família (UNISEESMT, 2017).

Para a empresa:

– Gastos com primeiros socorros e transporte do acidentado.


– Tempo perdido: Outros funcionários terão parar para socorrer o acidentado,
e os funcionários gastam tempo comentando o ocorrido;

95
Na maioria dos acidentes a cena é parecida, muita gente para para ver o
ocorrido.
Às vezes a quantidade de curiosos é tão grande que até causa outros aciden-
tes. E isso gera ainda mais prejuízo para o empregador.
Vamos pensar em 20 pessoas paradas olhando e comentando a acidente por
20 minutos e ainda o prejuízo da produção parada por esse tempo, isso gera
um prejuízo significativo, não é?
– Terá que pagar os primeiros quinze dias após o afastamento: Irá pagar
salário para uma pessoa que não irá produzir.
Depois dos 15 dias o funcionário passará a receber o benefício do INSS.
– Gastos com contratação de um substituto para o funcionário que se aci-
dentou.
– Prejuízos materiais, e com pagamento de indenizações: Isso é fato, hoje
tem muita gente ganhando dinheiro com indenizações por causa de acidente
de trabalho.
E mesmo quando a culpa não é do empregador, na maioria das vezes ele
acaba pagando.
– Má fama no meio empresarial: Hoje as empresas que tem muitos acidentes
de trabalho ficam mal vistas no mercado e perdem clientes.
É comum que empresas parceiras se fiscalizem mutuamente para entender
até que ponto estão comprometidas com gerar lucro sem derramar sangue,
esse processo é conhecido como auditoria externa (UNISEESMT, 2017).

Para a família:
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

– Dificuldade financeira: Como podemos observar acima o dinheiro em casa


diminui.
– Incomodo geral: Em muitos casos a família terá que mudar drasticamente
de rotina para ajudar o acidentado que em muitos casos está incapaz de se
cuidar.
– Gastos com compra de remédio, tratamento, locomoção: Ou seja, diminui
o dinheiro, mas aumentam os gastos.
– Dor emocional em relação ao parente que está inválido, ou enfermo: Muitos
filhos de acidentados que ficaram inválidos ou faleceram, acabam entrando
no mundo da prostituição ou do crime para compensar a falta de dinheiro, do
pai ou mãe que sustentava o lar (UNISEESMT, 2017).

Para o governo:

– Perda de mão de obra produtiva, temporária ou permanentemente: Os tra-


balhadores de certa forma são as pessoas que produzem a riqueza do país!
Quanto mais pessoas afastadas do trabalho menos dinheiro é movimentação
no comércio e isso é péssima para a economia do país.
– Mais gente dependendo do dinheiro do INSS: Isso significa que irá gastar
mais.
– Menos dinheiro recebido de contribuinte pelo INSS: Isso contribui para o
aumento saldo vermelho.

96
A lógica de prevenção deveria ser a seguinte “gastar menos é melhor do que
gastar mais”!
Sabe-se que muitas empresas tiveram que fechar suas portas por causa de
um acidente de trabalho.
Tomara que possamos ser sábios e contagiar nessa busca pela prevenção
(UNISEESMT, 2017).

TREINO INÉDITO
Gabarito: E

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO PROMINAS

97
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