Notas de Aula SecTiro AMAN
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SEÇÃO DE TIRO
NOTA DE AULA
FUZIL E PISTOLA
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INTRODUÇÃO
Esta nota de aula tem por objetivo apresentar uma orientação aos instrutores
encarregados de conduzir a Instrução Preparatória para o Tiro (IPT) e uma sessão de instrução
de tiro, com fuzil ou pistola, para uma fração. Ela não substitui ou revoga a documentação
vigente sobre o assunto, que deverá ser sempre consultada, mas apresenta uma abordagem
atualizada, face a evolução dos conceitos e procedimentos relativos às técnicas de tiro.
Ela é fruto do trabalho desenvolvido pela Seção de Tiro da AMAN que, desde a sua
criação, vem aperfeiçoando a metodologia da Instrução de Tiro, na busca de um rendimento
cada vez maior e com resultados bastante satisfatórios.
Cabe ressaltar que os assuntos aqui tratados não esgotam os conhecimentos sobre
o Tiro de Instrução e de Combate, devendo, o militar, procurar, constantemente, o auto-
aperfeiçoamento e a sua atualização visando a um melhor rendimento na instrução.
Solicita-se aos usuários que apresentem sugestões que possam ampliar sua
clareza e exatidão. As observações feitas deverão ser remetidas à Seção de Tiro da AMAN com
referência ao texto e apresentando as justificativas para que possa ser feita uma correta
avaliação.
Índice
Anexos
GENERALIDADES
1. FONTES DE CONSULTA
2. TERMINOLOGIA
SEGURANÇA NA INSTRUÇÃO
1. GENERALIDADES
a. Cabe aos envolvidos em qualquer instrução em que haja manuseio de
armamento e munição, cumprir rigorosamente o prescrito no Anexo “A“ do Plano Básico de Instrução
Militar (PBIM).
b. Na linha de tiro, o controle é fundamental, devendo ser simples e de fácil
observação visual. O comando das séries é feito por uma única pessoa.
c. As Normas de Segurança (Anexo “A”) devem ser lidas em voz alta e com boa
tonalidade antes de qualquer exercício de tiro.
d. Todas as ações são executadas mediante ordem, inclusive a movimentação da
linha de tiro.
2. ASPECTOS IMPORTANTES
Além das diretrizes e normas de segurança, gerais e específicas, devem ser
observados os seguintes aspectos:
a. Antes da instrução, todas as armas devem ser desmontadas em 1o escalão, para
verificação do estado geral do armamento. Verificar com atenção se há fuzis com ferrolho trocado.
Nunca permitir armas com peças com numeração diferente.
b. Especial atenção deverá ser dada aos percussores. Inspecionar todas as armas
antes do tiro ou da instrução. É comum encontrar fuzis com percussores quebrados durante as séries
de tiro. Este problema pode ocasionar disparo antes do trancamento e, em conseqüência,
rompimento do estojo e saída de gases pela câmara (acidente grave com exemplo no T9-2100
Acidentes e Incidentes de Tiro).
c. O instruendo deve ser orientado para informar, levantando o braço, qualquer caso
de incidente de tiro. O monitor deve sanar corretamente a pane, seguindo o que prescreve o manual
técnico do armamento utilizado. Dependendo do grau de adestramento e do objetivo que se deseja
atingir com o instruendo, este poderá sanar o incidente, mas sempre com o acompanhamento do
monitor.
d. Às vezes, no tiro com o FAL, por insuficiência de pressão durante a expansão dos
gases, o projetil para no interior do cano, não ocorrendo, desta forma, o recuo das peças móveis e o
estojo vazio permanece na câmara. Se o atirador realizar novo carregamento e acionar o gatilho,
haverá o choque entre os dois projetis, estufando o cano ou causando danos mais graves. Este
acidente pode acontecer por causa de munição vencida ou mal recarregada. Deve ser evitado o uso
de munição vencida, lotes suspeitos e munição utilizada nos serviços internos ou externos. Cuidado
com lotes de cartuchos recarregados (convém fazer uma rigorosa inspeção).
e. Usar e fazer com que todos usem sempre proteção auditiva. Embora não esteja
previsto nas normas de Segurança na Instrução, a exposição, desnecessária e constante, a elevados
níveis de ruído deve ser encarada como fator de risco e altamente prejudicial à saúde.
f. Cuidado ao utilizar munição de manejo. Ela pode soltar o projetil dentro do cano e,
se não for vista, poderá provocar um grave acidente quando da realização do tiro real. Um bom tipo
de munição de manejo pode ser feito utilizando-se munição de festim deflagrada. Basta fechar a
extremidade do cartucho com um alicate, retirar as rebarbas num esmeril e polir o estojo para não
danificar a câmara.
g. Nunca utilizar reforçador para tiro de festim nas instruções com tiro real.
h. Ao entrar na área do estande, todas as armas deverão estar abertas, travadas
(Fz) e sem o carregador.
i. Ao sair da área do estande, após a inspeção final, as armas deverão, estar
fechadas, desengatilhadas, com o carregador e travadas.
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FUNDAMENTOS DO TIRO
1. GENERALIDADES
2. POSIÇÃO ESTÁVEL
a. Empunhadura
É o ajuste das mãos do atirador à arma, proporcionando firmeza ao conjunto,
facilitando a realização da pontaria e o correto acionamento do gatilho.
1) Fuzil
- A mão que não atira apoia o guarda-mão com o “ V” e a palma da mão,
segurando-o sem esforço. O cotovelo do lado da mão que não atira é colocado o mais embaixo
possível da arma, com o antebraço tocando o carregador, procurando sempre o apoio ósseo com a
superfície de apoio, diminuindo com isso, o emprego, desnecessário e prejudicial à estabilidade, de
grupos musculares (Fig. 6) . Na posição de pé, a mão que não atira apoia a base do carregador pelo
“V” e a palma da mão. O cotovelo é apoiado sobre o osso ilíaco e o mais próximo possível do
abdômen. Desta maneira, o braço exercerá pouco ou nenhum esforço lateral ou de sustentação;
- Chapa da soleira no cavado do ombro, podendo variar em altura de acordo
com a posição ou o biotipo do atirador;
- Em seguida leva-se a mão que atira ao punho da arma, tocando a palma da
mão na sua parte posterior e buscando colocar o “V” da mão o mais acima possível no mesmo. Os
dedos médio, anelar e mínimo fecham-se sobre a parte anterior do punho da arma, exercendo
pressão sobre o mesmo com as falanges mediais em direção ao “V” e a palma da mão. O polegar
deve ser colocado de maneira natural e relaxada, sem exercer pressão lateral na arma. O dedo
indicador toca a tecla do gatilho com a região entre a parte média da falange distal e a sua interseção
com a falange medial.
2) Pistola
a) Empunhadura com uma das mãos: a arma é segura pela mão que não
atira, envolvendo o ferrolho à frente do guarda-mato, deixando o punho da arma voltado para o
atirador, em condições de ser empunhado. Em seguida leva-se a mão que atira ao punho da arma,
tocando a palma da mão na sua parte posterior e buscando colocar o “V” da mão o mais acima
possível no mesmo (Fig. 7). O ferrolho deve ficar o mais alinhado possível com o antebraço. Os
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dedos médio, anelar e mínimo fecham-se sobre a parte anterior do punho da arma, exercendo
pressão sobre o mesmo com as falanges mediais em direção ao “V” e a palma da mão . O polegar
deve ser colocado de maneira natural e relaxada, sem exercer pressão lateral na arma . O dedo
indicador toca a tecla do gatilho com a região entre a parte média da falange distal e a sua interseção
com a falange medial (Fig. 8).
b) Empunhadura com as duas mãos: Deve ser usada sempre que possível,
pois permite maior firmeza e absorção do recuo da arma. Primeiramente, empunhar com uma das
mãos. Levar o punho da mão que não atira de encontro ao outro, ocupando o espaço vazio sobre a
placa do punho. Colocar os dedos da mão auxiliar, com exceção do polegar, envolvendo os três
dedos da mão que atira, pressionando a parte inferior do guarda-mato através da falange proximal do
dedo indicador. Fechar a mão que não atira de forma que o polegar fique distendido junto ao da outra
mão. Por último, para manter o controle da arma durante os disparos, o atirador deve pressionar a
mão auxiliar sobre a que atira, com o forçamento de um punho contra o outro e dos cotovelos para
dentro (Figs. 9 e 10).
b. Posições de Tiro
Qualquer que seja a posição de tiro, o atirador deverá sentir-se estável e
confortável, permitindo uma correta empunhadura e uma boa pontaria, contribuindo assim para um
bom acionamento.
As posições de tiro aqui apresentadas são básicas e partem sempre da Posição
Inicial e com a empunhadura já realizada. O emprego e as características de cada posição estão
descritos no Manual de Campanha: Tiro das Armas Portáteis (C23-1).
A escolha da melhor posição de tiro, ou uma variação, será feita em função da
situação do terreno, do inimigo ou dos meios disponíveis para apoio e abrigo. Da mesma forma,
pequenos ajustes e variações podem ser feitos, de acordo com as características individuais de cada
atirador. No entanto, em qualquer caso, os princípios básicos não devem ser negligenciados.
1) Posição Inicial
É a posição utilizada para o início dos exercícios de tiro no estande.
2) Posição Deitado
3) Posição Ajoelhado
4) De Pé
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- Dar um passo à frente com a perna do lado da mão que não atira e flexioná-
la ligeiramente;
- A perna de trás estendida;
- Tronco lançado para a frente, no prolongamento da perna estendida;
- Mão que não atira segura o guarda-mão com o braço estendido e mantém o
dedo indicador no sentido do cano;
- Cotovelo do braço que atira projetado para cima, salientando o cavado do
ombro;
- Mão que atira empunha o fuzil puxando-o, firmemente, com o terço inferior
da chapa da soleira de encontro ao cavado do ombro;
- Cabeça na vertical, apoiar a bochecha sobre a coronha e descontrair a
musculatura do pescoço.
- Esta posição é utilizada também para o tiro não visado (alvo muito próximo
ou tiro noturno). Ocorre uma pequena variação, onde o atirador, olhando para o alvo, com os dois
olhos abertos, coloca a cabeça numa posição mais alta, usando como referência o toque da parte
inferior do queixo sobre o delgado da coronha.
3. PONTARIA
1) Linha de mira: linha imaginária que une o olho à maça de mira, passando pela
alça. Ela é responsável pelo alinhamento do armamento com a direção de tiro. Qualquer erro irá
provocar um desvio angular do ponto de impacto (alvo) em relação ao ponto visado.
4. CONTROLE DA RESPIRAÇÃO
5. ACIONAMENTO DO GATILHO
É o fundamento mais importante pois encerra as ações para a realização do disparo.
Durante o acionamento, o atirador deve ter em mente: manter a posição estável, focalizar a maça,
procurar colocá-la no centro do alvo, prender a respiração e aumentar, progressivamente, a pressão
na tecla do gatilho até após ocorrer o disparo (Fig. 33).
a. Posição do dedo:
O dedo indicador toca a parte central da tecla do gatilho com a região entre a
parte média da falange distal e a sua interseção com a falange medial.
b. Intensidade e sentido da força:
A pressão deve ser exercida de forma progressiva, sem movimentos bruscos,
para a retaguarda e na mesma direção do cano da arma, sem vetores laterais. É importante não
alterar a empunhadura durante a compressão do gatilho, ou seja, o movimento do indicador deve ser
totalmente independente da empunhadura, mantendo-se, em conseqüência, a posição estável e sem
desfazer a pontaria.
c. Erros de acionamento:
Ao executar a pontaria é desejo do atirador que as miras permaneçam
completamente imóveis sobre o ponto visado. No entanto, sempre há uma pequena oscilação, mais
sentida quanto maior a distância do alvo, maior a instabilidade da posição e menor o treinamento.
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Esta situação, aliada à ansiedade de acertar, faz com que o atirador cometa erros no acionamento,
obtendo maus resultados.
1) Gatilhada:
O atirador “comanda” o disparo, acionando bruscamente o gatilho quando
julga visualizar a fotografia ideal. Com isso, ao invés de atingir o alvo no ponto desejado, pode deixar
de acertá-lo.
2) Antecipação:
Outra conseqüência de comandar o tiro é a antecipação de reações ao
disparo. O atirador pode ser levado a aumentar a pressão da empunhadura e a forçar o punho para
baixo como para compensar o recuo da arma.
3) Esquiva:
Pode ainda ocorrer a esquiva, na qual o atirador projeta o ombro para trás
procurando fugir do recuo. Muitas vezes, o atirador chega a fechar os olhos antes do disparo,
perdendo a fotografia.
d. Acompanhamento:
Após o disparo, o atirador deverá se acostumar a manter a posição, a pontaria e
continuar acionando o gatilho por mais alguns segundos. Esta prática facilitará o atirador a não
cometer erros de acionamento ou a percebê-los e corrigi-los.
O disparo não é a última ação do acionamento.
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1. GENERALIDADES
Os exercícios da IPT de fuzil e de pistola são similares. Cada oficina deverá ter, como
responsável, um instrutor ou monitor que será o encarregado de conduzir o exercício. A quantidade
de material e pessoal, bem como a distribuição sugeridos, dependerão do grau de adestramento dos
instrutores e monitores, devendo o Oficial de Tiro ajustar-se à sua disponibilidade.
2. OFICINAS
a. Exercício Nr 1 - Tomar a Linha de Mira e a Linha de Visada
1) Condições de Execução:
a) Trabalho com Barra de pontaria:
Cada instruendo realiza o alinhamento de miras, o monitor verifica a fotografia e , de acordo
com o resultado, pode ou não determinar que o atirador monte novamente o aparelho.
O exercício é executado individualmente.
b) Trabalho com arma:
Semelhante ao trabalho com a barra de pontaria.
A articulação do fuzil em altura é feita pelo suporte móvel que é fixado através do parafuso e da
porca tipo borboleta (Fig. 36).
A articulação da pistola, em altura, é feita pela cunha que regula a parte posterior do cunhete
(Fig. 36.
O cartão de pontaria (Figs. 38 e 39) deve ser utilizado segundo o julgamento do monitor. Com
ele podemos verificar se o instruendo entendeu como formar a fotografia correta.
2) Material Necessário:
- 01 (um) conjunto da Fig. 34 para cada 02 (dois) instruendos;
- 01 (um) conjunto da Fig. 36 para cada 02 (dois) instruendos;
- 01 (um) cartão de pontaria (Fig. 38 ou 39) para cada 05 (cinco) instruendos.
3) Pessoal Empregado:
Utilizar 01 (um) monitor para cada grupo de 30 (trinta) instruendos.
- Desengatilhar;
- Travar: mostrar aos instruendos que esta é a situação da arma após a inspeção final, para sair
do estande de tiro;
- Retornar às condições iniciais da arma dentro do estande.
2) Material Necessário:
- 02 (dois) cartuchos de manejo por atirador;
- 01 (um) carpete , capichama ou cobertor para cada instruendo.
3) Pessoal Empregado:
Utilizar 01 (um) monitor para cada grupo de 30 (trinta) instruendos.
a) Antes do tiro:
- Peças móveis com uma fina camada de óleo;
- Cano e cilindro de gases (Fz) secos.
b) Depois do tiro:
- Limpeza geral com O.N.L.A.;
- Passar fina camada de O.N.L.A.;
- Explicar que a manutenção deve ser repetida, ainda, durante os três dias seguintes.
2) Material Necessário:
- 01 (um) carpete , capichama ou cobertor para cada instruendo;
- 10 (dez) recipientes com óleo neutro para limpeza de armamento;
- 10 (dez) recipientes com querosene desidratado;
- 10 (dez) varetas de limpeza;
- 10 (dez) escovas de náilon para cano;
- 10 (dez) escovas de latão para cano;
- 15 (quinze) cordéis de limpeza;
- 10 (dez) pincéis pequenos (01 cm);
- 10 (dez) escovas de dentes;
- Retalhos de pano.
3) Pessoal Empregado:
Utilizar 1 (um) monitor para cada grupo de 30 (trinta) instruendos.
h. Observações
1) Os exercícios Nr 1, Nr 3 e Nr 4 devem ser realizados antes dos demais, por todos os
instruendos.
2) Os exercícios Nr 1 e Nr 3, assim como os exercícios Nr 2 e Nr 6 podem ser
ministrados, cada conjunto, numa mesma oficina.
3) O Quadro Horário pode ser assim distribuído:
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EXERCÍCIOS DE TIRO
1. GENERALIDADES
b. Como sugestão, para os módulos de fuzil, pode ser montada, à parte, no próprio
estande, observando sempre as Normas de Segurança, uma linha de tiro de ar comprimido onde
outro instrutor (pode ser um Sgt) realizará séries com os atiradores deficientes (com resultado I),
enquanto estes estiverem à espera (Fig. 43).
d. Convém que os atiradores mais fracos sejam postos nas primeiras séries de tiro.
Desta forma, caso obtenham resultado insuficiente, poderão ser recuperados na mesma jornada.
2. DESENVOLVIMENTO
permanecem na linha de tiro organizam o próximo rodízio. A série de espera recolhe os estojos
vazios e em seguida, senta-se à retaguarda das capichamas, de frente para o alvo sem tocar no
armamento, enquanto que outra série ocupa a posição de espera (Fig. 42). O Cb Mec Armt L anota o
número das armas com as respectivas quantidades de tiros, além de registrar, se for o caso, as
panes, incidentes ou problemas apresentados. Os Soldados auxiliares obreiam os alvos.
Após o término dos exercícios de tiro previstos, os atiradores irão para a
manutenção do armamento que poderá ser coordenada pelo Cb Mec Armt L.
PRESCRIÇÕES DIVERSAS
1. MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
a. Previsão de Consumo de Munição
Conciliar a quantidade prevista para o consumo segundo a IGTAEx e a
disponibilidade de cartuchos pela Dotação da OM.
As Dotações de Munição são regulamentadas por portarias específicas e convém
consultá-las junto à 4a seção.
b. Pedido de Munição
Normalmente é feito através da SU ao Fiscal Administrativo da OM (4a seção).
c. Pedido de Apoio Médico
Normalmente é feito através da SU ao Fiscal Administrativo da OM (4a seção).
d. Pedido de Estande
Normalmente é feito através da SU ao Oficial de Operações da OM (3a seção).
e. Aquisição de Alvos e Obréias (Fig. 44)
Os alvos e obréias podem ser adquiridos no EGGCF ou em gráficas
especializadas. Na impossibilidade de comprá-los, os alvos poderão ser confeccionados de maneira
artesanal, usando-se papel rascunho e tinta preta. Pintam-se várias folhas para depois cortá-las nas
medidas desejadas. O alvo tipo A-2 pode ser pintado sobre papel pardo, o mesmo usado em quadro
mural de instrução.
O alvo padrão é o alvo A2, que representa a silhueta de um homem em pé.
Como objetivo operacional, os instruendos deverão se acostumar a realizar a pontaria no alvo A2 a
200m, para as instruções de Fuzil, e 25m, para as instruções de Pistola. Desta maneira terão
facilidade em utilizar o aparelho de pontaria para avaliar distâncias.
Em estandes reduzidos, bem como para a confecção dos meios auxiliares de
instrução, é recomendável a utilização de alvos com as dimensões reduzidas em escala,
proporcionais à distância operacional, possibilitando ao instruendo sempre a mesma fotografia.
As obréias ideais são as do tipo adesivas, pela facilidade de manuseio,
agilizando o trabalho de trincheira. São limpas e de custo relativamente baixo. Podem também ser
confeccionadas de papel picotado com cola à base de farinha de trigo.
2. OUTRAS ATIVIDADES
a. Ensaio da instrução
Cabe ao Oficial de Tiro reunir todos os seus auxiliares antes da IPT para fazer
um nivelamento de conhecimento, procurando ensinar, atualizar e corrigir os fundamentos de tiro,
bem como padronizar os procedimentos corretos para ministrar as instruções.
b. Competições desportivas
Regras para competições de tiro podem ser encontradas no S/3 da OM, no E/3
da GU ou ainda, em Entidades Civis de Tiro Desportivo da região. As competições civis de tiro, mais
populares, são regulamentadas pela União Internacional de Tiro (UIT) e Confederação Internacional
de Tiro Prático (IPSC), e as militares pelo Conselho Internacional dos Esportes Militares (CISM).
Nada impede, no entanto, que determinadas provas, especialmente as militares, tenham suas
próprias diretrizes e regras específicas, face a restrições e imposições como: dimensões do estande,
restrições de alvo ou munição. Convém, antes de qualquer prova de tiro, com uma antecedência
oportuna, realizar uma reunião preparatória, com os representantes de cada equipe, onde são
discutidas as dúvidas e informadas as peculiaridades da competição.
c. Teste de Aptidão no Tiro
O TAT é realizado anualmente por todos os oficiais, subtenentes e sargentos.
Está regulado na Portaria 51-EME, de 01 Out 81.
d. Manutenção preventiva
Além da manutenção prevista no Exercício Nr 6 - Manutenção da Arma, da IPT,
uma rigorosa manutenção, três dias consecutivos, deverá ser feita no âmbito das reservas de
armamento.
Existe uma série de calibradores para o cano do FAL. Eles servem para
analisarmos a eficiência e a segurança do armamento. A prática, entretanto, tem mostrado que
algumas armas, apesar de apresentarem condições satisfatórias de uso, quando analisadas com os
calibradores, dispersam muito o tiro, por estarem com o cano corroído ou ovalado (manutenção
deficiente ou vida útil vencida). Isto é importante porque o mau grupamento poderá ser atribuído ao
atirador, levando-o a desacreditar na técnica de tiro, realizando mudanças no que talvez já esteja
certo.