Caderno de Tendências
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Caderno de Tendências
TENDÊNCIAS
MEGATENDÊNCIAS 2022
Descubra o que esperar
para saber como agir
APRESENTAÇÃO
MEGATENDÊNCIAS 2022
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1. SUSTENTABILIDADE & PROPÓSITO
Os consumidores estão cada vez mais
atentos ao que consomem
Não é novidade que a pandemia da Covid-19 marcou a sociedade de di-
versas formas – e isso inclui tanto as empresas quanto os consumido-
res. A sustentabilidade, por exemplo, foi um dos aspectos que ganhou
atenção durante a pandemia. Isso porque, com o isolamento e a desace-
leração da sociedade, as pessoas puderam refletir sobre suas verdadeiras
necessidades de consumo e o impacto da presença humana nos ambientes
naturais – que se transformaram devido à ausência massiva dos humanos.
Tendência em números
A procura por produtos sustentáveis aumentou 71% de 2016 a 2020. (EIU/WWF, 2021)
Pesquisa do Boston Consulting Group com mais de 3 mil pessoas em 8 países (inclusive Brasil)
descobriu que 70% delas estão mais cientes dos impactos humanos ao meio ambiente após a pan-
demia da Covid-19. (BCG, 2020)
QUAIS AS TENDÊNCIAS?
Embalagens sustentáveis
Comércio Indústria
Saiba mais neste relatório de inteligência produzido pelo Observatório de Negócios do Sebrae/SC
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No radar
O mercado está cada vez mais aberto para produtos eco-friendly. Além de contribuir com a
questão ambiental, marcas que apostam em produtos sustentáveis também garantem um
diferencial competitivo.
Esta é a oportunidade ideal para os comércios pensarem na redução do uso de sacolas
plásticas e em alternativas para os produtos com embalagens convencionais, oferecendo
também novas marcas preocupadas com a sustentabilidade.
Produtos carbono-neutro
Agronegócio Comércio Indústria
Saiba mais!
Para os produtores rurais, o mercado de carbono pode ser muito vantajoso.
Ao serem capazes de capturar o carbono em sua área, eles têm a oportunidade
de diversificar o fluxo de receita, por meio da comercialização de créditos.
Clique aqui para saber mais sobre os benefícios do mercado de carbono na pecuária.
No radar
A redução da pegada de carbono pode ser uma oportunidade para os pequenos comércios
locais, que passam a atrair os consumidores que fogem das grandes cadeias de logística
geradoras de poluição e apostam em produtos locais, produzidos na própria comunidade.
Mais do que nunca, as empresas precisam de métricas que determinem se o que elas bus-
cam consertar ou mudar na sociedade está, de fato, ocorrendo. Além disso, a análise de
métricas permite que os consumidores consigam quantificar as ações da marca, e isso
reflete em suas decisões de compras.
Caso de sucesso!
Em meio à pandemia, depois de ter de cancelar suas atividades profissionais, o ator
Gabriel Costa decidiu apostar em suas habilidades culinárias e fundar a panificadora
O Pão que o Viado Amassou, em Curitiba/PR. Mais do que ter um nome divertido e
vender pães diferenciados – e com glitter! –, a empresa procura abrir um caminho
para dar visibilidade à comunidade LGBTQIA+, seja na contratação de pessoas trans
ou na realização de debates no espaço da loja.
Conheça a empresa: Instagram | Facebook
No radar
Em uma pesquisa global feita pela Deloitte, 57% dos entrevistados indicaram que são mais
leais a marcas que se comprometem a enfrentar as desigualdades sociais. Isso mostra que,
além de deixar claro seu propósito, as empresas precisam demonstrar o seu compromisso
social, de acordo com as expectativas dos consumidores. O propósito precisa “conversar”
com o público.
O propósito pode surgir dos valores da empresa, de sua história e até dos produtos e servi-
ços que ela oferece. Outra forma de encontrar o propósito certo é por meio da expectativa
do público-alvo da marca e dos valores em sociedade.
Economia circular
Agronegócio Comércio Indústria
De forma geral, refere-se à ideia de aproveitar aquilo que será descartado em novos
usos. O conceito inspira-se na natureza, em que nada é perdido – os restos de ali-
mentos consumidos por animais, por exemplo, decompõem-se e viram adubo para
as plantas, sem nenhum desperdício. Se isso for aplicado na cadeia de produção
de produtos, peças de itens descartados podem fazer parte de novos itens e, após
o consumo, produtos com determinada função podem assumir outra, e assim por
diante. O mercado de segunda mão, em que itens já usados são revendidos para
outras pessoas, também faz parte da economia circular – e está crescendo! Nos
Estados Unidos, a previsão é que esse mercado cresça 153,5% entre 2020 e 2030,
enquanto o varejo tradicional deverá crescer 36,7% no mesmo período.
Saiba mais!
Conceitos e práticas de economia circular vêm se tornando mais populares e atraentes para empresas de
moda, setor considerado um dos mais poluentes da economia global. Confira o relatório Oportunidades
para empreender com moda circular e descubra como o seu negócio pode ganhar com isso!
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No radar
2. HIBRIDIZAÇÃO
Os clientes buscam por mais integração
entre o on-line e o presencial
A pandemia acelerou a transformação digital como nunca se imagi-
nou, e a hibridização entre o on-line e o presencial será sentida em
todos os segmentos de negócios, inclusive na forma de se estudar e de
trabalhar. Cabe às empresas estruturarem suas operações de maneira
a considerar todos os tipos de clientes – ou seja, abranger desde suas
características físicas, demográficas e comportamentais até suas preferên-
cias de consumo, seja no on-line ou no presencial.
Tendência em números
Pesquisa aponta que, nos próximos 12 meses, 75% dos executivos globais pretendem investir em
experiências híbridas. (Deloitte, 2021)
No Brasil, 63% das experiências de compra começam on-line. (Think with Google, 2021)
QUAIS AS TENDÊNCIAS?
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No radar
Pesquisa do Think with Google mostrou que três a cada quatro pessoas que encontram infor-
mações úteis on-line tendem a querer visitar a loja física. Nesse contexto, o primeiro contato
com as marcas acontece no digital, então, elas precisam estar preparadas para fornecer con-
teúdos que chamem a atenção dos potenciais clientes.
Um dos principais benefícios das lojas on-line é a possibilidade de gerar dados sobre o
comportamento do consumidor. No modelo O2O, esses dados acabam por apoiar também
a loja física, por meio do lançamento de novos produtos e serviços personalizados confor-
me os resultados analisados.
Com o aumento do tempo que as pessoas passam conectadas nos celulares, nas-
ce a oportunidade de se comercializar produtos em qualquer lugar. As marcas de
varejo precisam atender ao seu público onde ele já consome conteúdo, sem que
seja necessário direcioná-lo para o site da loja ou para a loja física. Nesse senti-
do, conteúdo e comércio estão se fundindo, permitindo que os clientes comprem
produtos relevantes em ambientes não tradicionais de comércio eletrônico, criando
oportunidades de venda direta.
No radar
O Spotify é um app de serviço de streaming que quer facilitar a venda de produtos personali-
zados dentro do aplicativo. Com isso, os fãs conseguem adquirir produtos de seus músicos
favoritos sem que seja preciso sair do app.
Com o surgimento cada vez mais frequente de novos locais para consumo de conteúdo
(seja ele em formato de áudio, vídeo ou texto), as marcas podem realizar parcerias para
divulgar seus produtos nos mais variados canais. Um exemplo disso é o TikTok, que fez
parceria com a Shopify para permitir que mais de 1 milhão de comerciantes vendam seus
produtos aos espectadores, usando anúncios em vídeo.
Estudo da Deloitte mostra que 94% da geração Z espera que as empresas se posicionem sobre
questões sociais importantes, e 90% dizem que estão mais dispostos a comprar produtos que con-
siderem benéficos para a sociedade. (Delloite, 2021)
A Organização Mundial da Saúde relata que, globalmente, 15% da população vive com deficiência
– uma categoria de consumidores que raramente são apresentados em anúncios representativos.
(Delloite, 2021)
Saiba mais!
A Accenture publicou um material que aborda como as empresas devem agir diante do chamado “nunca
normal”, considerando as cinco implicações que refletem o comportamento humano: o custo da certeza,
o século virtual, toda empresa é uma empresa de saúde, isolamento e a reinvenção da autoridade.
Confira aqui!
QUAIS AS TENDÊNCIAS?
Seja qual for o ramo da sua empresa ou o tipo da clientela, sua marca precisa estar pre-
parada para atender a todos. A necessidade de inclusão não é novidade, o que é novo
é a mudança cada vez mais frequente do comportamento dos consumidores, que
cobram das marcas uma atuação mais efetiva nesse sentido. Durante muito tempo,
um número expressivo de clientes foi deixado de lado – o que, além de injusto, é um
potencial de atendimento inexplorado. Facilitar o acesso ao seu produto ou serviço,
para todos os tipos de pessoas, pode aumentar o faturamento e tornar a marca
mais conhecida por um aspecto positivo. Além de divulgar sobre inclusão social e di-
versidade, é importante fomentá-la para garantir a representatividade de um coletivo.
No radar
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Maior controle
Agronegócio Comércio Indústria Serviços Tecnologia e
Startups
No radar
Personalização
Agronegócio Comércio Indústria Serviços Tecnologia e
Startups
No radar
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Identificação com os pais
Comércio Serviços Tecnologia e
Startups
No radar
A mesma pesquisa do Google mostra que 39% das pessoas não relacionam nenhuma mar-
ca ao tema “criação dos filhos”. Ou seja, existe uma grande lacuna no mercado em relação
à associação de marca com a temática de família e criação dos filhos.
Considerando as outras tendências sobre propósito e a melhora da experiência do consu-
midor, as marcas que atuarem com esse tema devem ter em mente que coerência, empatia,
acessibilidade, representatividade, sensibilidade e informação são pontos importantes ao
se construir uma campanha sobre famílias.
4. TECNOLOGIAS
Os clientes habituaram-se à inovação e
buscam novidades tecnológicas
Os anos de 2020 e 2021 ajudaram a reduzir o medo das pessoas
em relação à tecnologia. As lojas on-line tornaram-se, muitas ve-
zes, a única alternativa ao varejo físico, o atendimento foi acelera-
do pelo uso de recursos, como chatbots, pagamentos foram faci-
litados, com a popularização de recursos como NFC1 (Near Field
Communication) ou carteiras digitais… Além dessas, muitas outras
soluções, que antes causavam receio no consumidor, hoje entraram
de vez em sua preferência. Muito se fala que a pandemia acelerou
a transformação digital, e podemos perceber isso com as novidades
mostradas pelas empresas na forma de atender, entregar e se relacionar
com seus clientes.
1 Trata-se de uma tecnologia de troca de dados sem fio por aproximação entre dois dispositivos, e que pode ser utilizada para diversas finalidades
– inclusive pagamentos.
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Tendência em números
As vendas on-line no Brasil deram um salto: em 2020, somaram R$ 84,7 bilhões, contra R$ 61,9
bilhões em 2019 – um crescimento de 41%. Para comparação, o crescimento entre 2018 e 2019 foi
de 16%. Já no primeiro semestre de 2021, as vendas on-line alcançaram R$ 53,4 bilhões, 31% a mais
que no mesmo período de 2020. (Ebit | Nielsen, 2021)
Em pesquisa realizada pela Deloitte com consumidores de diversos países, 63% dos entrevistados
responderam que pretendem continuar fazendo maior uso de plataformas digitais mesmo após a
pandemia. (Deloitte, 2021)
As buscas por “leitor de QR code” aumentaram 170% em 2020. Além disso, 48% dos brasileiros
entrevistados em pesquisa realizada pela SA365 afirmaram já ter usado o recurso para realizar
pagamentos – impulsionados pela segurança e higiene que ele representa durante a pandemia.
(Meio&Mensagem, 2021)
QUAIS AS TENDÊNCIAS?
Inteligência artificial
Agronegócio Comércio Indústria Serviços Tecnologia e
Startups
A busca por operações mais baratas e eficientes tem feito com que a inteligência
artificial (IA) se torne cada vez mais presente na rotina dos consumidores. E isso
traz benefícios para os dois lados: ganha o cliente, que aproveita atendimentos mais
velozes e personalizados, e ganham as empresas, que passam a atuar com opera-
ções otimizadas.
No radar
Uma das áreas mais promissoras para a utilização de IA é a de delivery: entregas feitas por
drones e robôs estão se tornando realidade, assim como o uso de algoritmos para prever o
tempo de preparo de produtos e do deslocamento dos motoboys para entrega. No Brasil, o
iFood planeja investir R$ 20 milhões em IA.
O uso da tecnologia também pode ajudar empresas que atuam no comércio eletrônico. A
implementação de IA ajuda a oferecer a personalização no atendimento, com recursos que
vão da automatização de campanhas de marketing direcionadas à recomendação persona-
lizada de produtos e serviços.
Os chatbots baseados em IA já estão bastante difundidos entre as empresas do Brasil, e a
tendência é que seu uso continue a crescer. No Brasil, apenas em 2020, o aumento na quan-
tidade de bots foi de 68%. Em todo o mundo, segundo o Global AI-Based Chatbot Market,
o mercado de bots foi avaliado em US$ 17 bilhões em 2020, e nos próximos cinco anos,
deverá alcançar a marca de US$ 102 bilhões. Além disso, a perspectiva é que o seu uso, no
Brasil, cresça 30% ao ano.
Outras áreas a serem beneficiadas com o uso de IA são a gestão de relacionamento com o
cliente, a gestão de inventários, o sistema de buscas de produtos em comércios eletrônicos,
entre outras.
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Saiba mais!
Confira outros materiais produzidos pelo Observatório de Negócios do Sebrae/SC:
• A inteligência artificial e suas oportunidades no mercado
• O uso de chatbots no atendimento ao cliente
Metaverso
Comércio Serviços Tecnologia e
Startups
Na segunda metade de 2020, o mundo foi surpreendido pela notícia de que o Fa-
cebook mudaria de nome – passando a se chamar Meta. Mais do que um golpe
de marketing, a mudança reflete uma tendência que está chegando com força: o
aperfeiçoamento de experiências em realidades virtuais – o chamado metaverso,
um mundo virtual que pode ser acessado por diferentes dispositivos e no qual as
pessoas podem se “mover” e interagir. O aumento dos serviços digitais tem levado
as pessoas a gastarem cada vez mais tempo na internet e, em breve, também no
metaverso. Assim, as empresas estão aproveitando o potencial desse espaço com
soluções para a vida social, a cultura e a presença de marca.
No radar
Jogos on-line populares, como o Fortnite, têm virado palco para ações de marketing, lan-
çamento de novos jogos e até shows de música ao vivo – o chamado gamevertising (união
das palavras game e advertising, que significa anúncios em jogos, em português). A vanta-
gem é que o jogo reúne em um único “espaço” milhares de pessoas ativas na internet, e com
grande potencial de engajamento.
O mundo do trabalho também está migrando para o digital, com criação de escritórios
virtuais e avatares que representam cada funcionário de uma empresa. Esses espaços
servem, entre outras razões, para simular o ambiente de trabalho para pessoas que atuam
em home office.
O metaverso também é um espaço para atingir e conhecer o consumidor. Em uma pesquisa
da Wunderman Thompson, 88% dos entrevistados afirmaram que o seu eu-digital deverá re-
fletir seus valores e ética da vida real. Além disso, 56% associaram sua felicidade no mundo
real à tecnologia.
As fronteiras entre o ambiente físico e virtual estão se misturando. Algumas marcas já es-
tão expandindo suas lojas físicas para ambientes digitais, criando showrooms onde o clien-
te pode conhecer os produtos e suas características de forma totalmente on-line e imersiva.
O metaverso também abre possibilidades para um novo mercado: o de NFTs voltados à
venda de itens para avatares. Muitos consumidores estão replicando seus hábitos diários
reais no mundo virtual, o que abre possibilidades para a venda de produtos digitais. Saiba
mais a respeito da tendência a seguir!
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NFT
Comércio Tecnologia e
Startups
NFT, que é uma sigla para non-fungible token, – ou token não fungível, em
português –, é um certificado blockchain que pode ser atrelado a qualquer
item digital (seja uma imagem, um vídeo, uma música etc.). Como resulta-
do, esse item torna-se único no mundo, o que possibilita que seja comercia-
lizado como se fosse um produto físico.
No radar
Os NFT são bastante utilizados para a comercialização de arte digital, mercado que movi-
mentou US$ 1,2 bilhão desde julho de 2018, segundo o Cryptoart Market Data. Fazendo uso
dessa tecnologia em Florianópolis/SC, a exposição Breaking The Fourth Wall – A Digital
Art Expo, instalada em uma megatela de 350 m² sobre um prédio na beira-mar, é a primeira
exposição outdoor de cripto arte 3D do mundo e possibilita a compra das imagens por meio
de um QR code.
Para o marketing, os NFT podem trazer possibilidades do domínio de produtos digitais,
como imagens, arquivos de música e até publicações em redes sociais.
No mundo da moda, vestuários e acessórios digitais, desenhados por estilistas famosos
(ou não) podem ser comercializados como itens reais. O mesmo vale para outros segmen-
tos, como o de alimentos – a rede de fast food americana Taco Bell vendeu 25 gifs de taco
em um mercado de NFT!
Saiba mais!
O Observatório de Negócios do Sebrae/SC preparou dois materiais com as principais
tendências tecnológicas que estão transformando a maneira de produzir produtos e
se relacionar com os clientes. Confira:
• Tecnologias para inovar nos negócios
• Mais tecnologias para inovar nos negócios
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5. BUSCA PELO BEM-ESTAR
Os consumidores estão mais atentos à sua
saúde e ao seu prazer
Se tem algo que a pandemia ensinou é que o bem-estar deve ser prioridade. Com
o crescimento da preocupação em relação à saúde física e mental, a tendência é
que o mercado wellness cresça e seja percebido pelos consumidores como algo
que vai além dos exercícios físicos, com soluções que passam pela saúde médi-
ca, estética, nutrição, qualidade do sono e pela saúde psicológica. Além disso, as
gerações mais novas (millennials e centennials) têm mostrado maior interesse pelo
bem-estar e acreditam que é importante a pessoa estar bem consigo mesma.
Tendência em números
Em pesquisa com 7,5 mil pessoas em seis países, 79% dos entrevistados consideram o bem-estar
importante, sendo uma grande prioridade para 42%. (McKinsey, 2021)
No Brasil, o bem-estar é visto como prioridade para 75% das pessoas. (McKinsey, 2021)
A estimativa é que o brasileiro gasta, em média, R$ 1.200,00 por ano em produtos e serviços para
o seu bem-estar. (McKinsey, 2021)
QUAIS AS TENDÊNCIAS?
No radar
Uma das formas de trazer alegria à vida dos consumidores é fazê-los se divertir com coi-
sas cotidianas, como culinária, maquiagem, moda… Como a pandemia interrompeu muitas
atividades que faziam parte da rotina das pessoas – sair para comer fora e comprar itens
de beleza e moda, por exemplo –, este é o momento de fazê-las retomar aquilo que lhes dá
prazer. Segundo uma pesquisa da Mintel, 23% das consumidoras brasileiras dizem que se
divertem experimentando produtos de maquiagem e novos looks em casa.
A experiência do consumidor será, mais do que nunca, central nesse momento. Compras no
varejo físico e digital serão menos sobre o produto que se busca e mais sobre a experiência
divertida de realizar compras. Por isso, é essencial que as marcas façam de tudo para que
esse momento seja prazeroso.
A busca pela diversão também vai impactar a forma de se relacionar com as marcas. Aplica-
tivos, campanhas, transações e outros elementos de interação entre consumidor e empresa
vão ganhar elementos gamificados e de gratificação instantânea – como brindes e bônus.
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Saiba mais!
A gamificação surgiu com a intenção de criar dinâmicas de jogos para chamar a atenção e engajar
clientes, além de estimular a compra de determinado produto e aperfeiçoar o aprendizado ou treinamento
de colaboradores. Veja mais a respeito!
Comunicação confortável
Agronegócio Comércio Indústria Serviços Tecnologia e
Startups
Relacionada à tendência anterior, a forma como as marcas conversam com seu pú-
blico também está mudando. Buscando trazer tranquilidade e um novo sentimento
de conforto aos seus clientes, as empresas estão traçando estratégias de comuni-
cação e marketing que sejam relaxantes e positivas. A ideia é mostrar que o pior já
passou, e que um futuro melhor está à espera. Essa nova forma de abordar o cliente
busca atrair justamente aqueles que estão em busca de prazer e diversão.
No radar
De acordo com o Customer Experience Trends Report, no Brasil, 92% dos profissionais de
marketing informaram que suas organizações alteraram sua estratégia de comunicação di-
gital em resposta à Covid-19. Isso mostra que os profissionais estão atentos às mudanças
de perfil dos consumidores e seus anseios neste “novo mundo pós-pandêmico”.
Os clientes estão sedentos por boas notícias. Por isso, muitas marcas passaram a destacar
pontos positivos em suas comunicações, buscando traçar um perfil de positividade para
aliviar a tensão do público.
Autoaperfeiçoamento
Comércio Serviços Tecnologia e
Startups
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O segmento de aperfeiçoamento pessoal já movimentou US$ 9,9 bilhões em 2016 e deverá
alcançar US$ 13,2 bilhões ainda em 2022 – um crescimento médio anual de 5,6%.
(Market Research, 2021)
No radar
Sex shops
Comércio Indústria
No radar
O mercado de itens eróticos possui uma clientela formada, em sua maioria, por mulheres:
de acordo com um estudo de 2020 da Abeme, elas respondem por 65% do público consu-
midor. Entretanto, também segundo a associação, a quantidade de homens que procuram
artigos eróticos tem subido (30% nos últimos cinco anos), o que representa um novo seg-
mento a ser explorado.
Com as dificuldades de se manter uma loja física aberta durante a pandemia, muitos em-
preendedores apostaram no comércio digital, utilizando ferramentas como redes sociais e
WhatsApp. Isso se mostrou positivo para atingir também o público que busca discrição e se
sente constrangido em entrar em uma sex shop.
Durante a pandemia, também foram criadas possibilidades novas de negócio com produtos
eróticos: há o sex thru, em que clientes compram de forma on-line, mas passam buscar o
produto na loja; e os kits e clubes de assinatura de itens eróticos, que chegam mensalmente
na casa do cliente.
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CONCLUSÃO
Outro ponto importante é verificar o que é possível para a realidade do seu negócio. E, ainda que muita coisa pareça
complexa e distante do dia a dia de um pequeno empreendimento, saiba que a inovação não precisa acompanhar gran-
des gastos ou modificar radicalmente a estrutura da empresa. O primeiro passo a se dar é pensar: como tornar a expe-
riência de compra do meu cliente a mais incrível que meu negócio pode oferecer?
FONTES CONSULTADAS
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tendências de Inteligência Artificial (IA) mais poderosas para comércio eletrônico em 2021. Web Digital Marketing. 2021. Baiju Shah. Flaviano Faleiro.
Nevine El-Warraky. O renascimento da experiência para impulsionar crescimento. Accenture. 2021. Dan Berthiaume. Forrester: Five key retail trends for
2022. Chain Store Age. 2021. Embalagens sustentáveis: o que você precisa saber. ECycle. 2021. Giovana Oréfice. Consumidor está mais tecnológico
e consciente. Meio e mensagem. 2021. Growth: it comes down to experience. Accenture. 2021. Holly Phillips. Ecommerce Trends to Expect in 2022.
Many chat. 2021. Jacilo Saraiva. Delivery aposta em aquisições e uso de ferramentas de IA. Valor Econômico. 2021. Luiza Vilela. Bem-estar: brasileiros
encaram mercado de Wellness como prioridade. Consumidor Moderno. 2021. Luiza Vilela. Entenda por que as crises aceleram a adoção de práticas
sustentáveis. Consumidor Moderno. 2021. Marianne Wilson. Study: Americans to spend $160 billion on secondhand items in 2021. Chain Store Age.
2021. Marília Miragaia. Ator vira padeiro e usa negócio para discutir questões LGBTQIA+. Folha de S. Paulo. 2021. Matheus Prado. Busca por produtos
eróticos dispara na quarentena e vendas crescem até 475%. CNN BRASIL. 2021. Mitchell Clark. The brands are at it again: Taco Bell is hopping on
the NFT train. The Verge. 2021. O customer experience está mudando. Exame. 2021. Patrícia Bordignon Rodrigues. Metaverso: o lugar onde a vida
vai acontecer! Mercado & Consumo. 2021. Pesquisa aponta que mercado erótico cresceu 12% durante a pandemia. Universo de Negócios. 2021. The
Reuse Report: the growth of the resale economy. Mercari. 2021.
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