Aula 20 - Biologia - Aula 00

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BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012

PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

Olá amigos. É um prazer fazer parte da equipe do ponto dos concursos e,


ainda, contar com a sua parceria visando atingir um sonho almejado. Sou
biólogo formado pela Universidade de Brasília (UnB), obtendo os diplomas de
bacharel e licenciado. Trabalho no ensino há 15 anos e toda essa formação
permitiu ver alunos meus aprovados em mestrado fora do país e passando em
concursos, tais como, a Polícia Federal. Tenho também Mestrado em Biologia
Molecular e Doutorado em Biologia Animal. Cada pós-graduação em muito me
ajudou a conhecer os vários campos da Biologia e acumular muita experiência
nos conteúdos de citologia, biomoléculas e genética.
O que falei anteriormente muito me ajudou na docência acadêmica e de
concursos. Trabalho há vários anos em cursos preparatórios e espero que aqui
no Ponto dos Concursos façamos uma parceria vencedora. Vou parar por aqui,
pois é hora de trabalharmos. O texto a seguir é uma demonstração do que os
espera nesse preparatório. Desejo um bom estudo e vamos conversando...
As aulas serão disponibilizadas no período de 04/04/2012 a 06/05/2012.
Os nossos encontros serão organizados em 5 aulas e a frequência e o conteúdo
programático seguirá o esquema abaixo:
Aula 00 (Aula Demonstrativa): 1 Citologia. 1.1 Composição química
da matéria viva. 1.2 Organização das células eucarióticas. 1.3 Estrutura e
função dos componentes citoplasmáticos. 1.4 Membrana celular.
Aula 01 (04/04): 1.5 Núcleo. 1.5.1 Estrutura, componentes e funções.
1.5.2 Divisão celular (mitose e meiose, e suas fases). 1.6 Citoesqueleto e
movimento celular.
Aula 02 (11/04): 2 Bioquímica. 2.1 Processos de obtenção de energia
na célula. 2.2 Principais vias metabólicas. 2.3 Regulação metabólica. 2.4
Metabolismo e regulação da utilização de energia. 2.5 Proteínas e enzimas.
Aula 03 (18/04): 3 Embriologia. 3.1 Gametogênese. 3.2 Fecundação,
segmentação e gastrulação. 3.3 Organogênese. 3.4 Anexos embrionários. 3.5
Desenvolvimento embrionário humano.

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Aula 04 (25/04): 4 Genética. 4.1 Primeira lei de Mendel. 4.2


Probabilidade genética. 4.3 Árvore genealógica. 4.4 Genes letais. 4.5 Herança
sem dominância.
Aula 05 (02/05): 4.6 Segunda lei de Mendel. 4.7 Alelos múltiplos:
grupos sanguíneos dos sistemas ABO, Rh e MN. 4.8 Determinação do sexo. 4.9
Herança dos cromossomos sexuais. 4.10 Doenças genéticas.
Ao final do material estarão organizadas questões variadas a respeito do
assunto. Essas questões serão de provas anteriores da banca organizadora,
assim, como, questões que sejam pertinentes ao aprendizado. Desejo sucesso
e bons estudos.

Abraços.

Paulo Roberto Queiroz.

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CITOLOGIA (BIOLOGIA CELULAR)

A citologia (Biologia celular) é o ramo da biologia que estuda as células


no que diz respeito à sua estrutura, suas funções e sua importância na
complexidade dos seres vivos.

A biologia celular concentra-se no entendimento do funcionamento dos


vários sistemas celulares, o aprendizado de como estas células sofrem
regulação e a compreensão do funcionamento de suas estruturas.

Os componentes (as organelas) responsáveis pelo funcionamento de


uma célula compreendem a membrana citoplasmática, o núcleo, as
mitocôndrias, os retículos endoplasmáticos liso e rugoso, os lisossomos, o
complexo de Golgi, nucléolo, peroxissomos, centríolos, citoesqueleto e
cloroplastos e parede celular, sendo este último encontrado em bactérias,
fungos e vegetais.

A TEORIA CELULAR

A teoria celular é um dos conhecimentos fundamentais da biologia. A


teoria indica que todos os seres vivos são compostos por células. Seus
idealizadores foram Matthias Jakob Schleiden e Theodor Schwann.

A Teoria Celular tem três idéias principais:

1. Todos os seres vivos (exceto vírus) são formados por células e pelos seus
produtos. Portanto, as células são as unidades morfológicas dos seres
vivos;
2. As atividades fundamentais que caracterizam a vida ocorrem dentro da
célula. Portanto, as células são as unidades funcionais ou fisiológicas dos
seres vivos.
3. Novas células formam-se pela reprodução de outras células preexistentes,
por meio da divisão celular.

Esta última idéia foi uma conclusão do Russo Rudolph Virchow em 1855.
Ele resumiu esta ideia numa frase em latim, que se tornou muito famosa:
"Omnis cellula ex cellula".

De acordo com teoria de Schwann, toda a célula se origina de outra


preexistente, todos os seres vivos têm organização celular: alguns são
formados por uma única célula: outros por muitas delas.
Já a teoria celular atual diz que nem todos os seres vivos possuem
organização celular, os vírus, por exemplo, não possuem tal organização,
sendo, portanto, acelulares.
A CÉLULA
Características básicas de uma célula
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1-Crescimento = expansão do volume.


2-Metabolismo = conjunto das reações de síntese e degradação de moléculas.
3-Reprodução = capaz de produzir novas células.
4-Biomoléculas = formadas por carboidratos, lipídios, proteínas e ácidos
nucléicos.
5-Digestão = Capacidade de quebrar as macromoléculas em moléculas
menores.
6-Movimento = Capacidade de deslocamento.
7-Mutação = Alteração do material genético de natureza herdável.

Então...
...como poderíamos definir uma célula???

Definição clássica:
A unidade fundamental de um ser vivo.

Definição mais completa:


Menor unidade capaz de manifestar todas as características de um ser
vivo.

MORFOLOGIA BÁSICA
Envoltório composto por
uma membrana lipoprotéica com
conteúdo aquoso com substâncias
químicas variadas e organelas de
função específica.
As células podem possuir
complexidade de funções
(nutrição, reprodução, defesa,
transporte, etc.) ou serem
especializadas (Ex: pluricelulares e
colônias).

Os dois tipos celulares básicos

A microscopia eletrônica demonstrou que existem fundamentalmente


duas classes de células: as procarióticas, cujo material genético não está
separado do citoplasma por uma membrana e as eucarióticas, com um núcleo
bem individualizado e delimitado pelo envoltório nuclear.
Embora a complexidade nuclear seja utilizada para dar nome às duas
classes de células, há outras diferenças importantes entre procariontes e
eucariontes.

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Do ponto de vista evolutivo, considera-se que os procariontes são


ancestrais dos eucariontes. Ou seja, os procariontes surgiram há cerca de 3
bilhões de anos ao passo que os eucariontes há 1 bilhão de anos.
Apesar das diferenças entre as células eucarióticas e procarióticas,
existem semelhanças importantes em sua organização molecular e em sua
função. Por exemplo, veremos que todos os organismos vivos utilizam o
mesmo código genético e uma maquinaria similar para a síntese de proteínas.
As células procarióticas caracterizam-se pela pobreza de membranas,
que nelas quase se reduzem à membrana plasmática. Os seres vivos que têm
células procarióticas compreendem as bactérias e as cianofíceas ou algas azuis

PROCARIOTOS (Pro = primitivo e Karyon = núcleo)

São organismos unicelulares.


O material genético está disperso no citossol.
Não apresentam sistema de endomembranas.
Apresentam DNA circular.
Ribossomos específicos 70 S.
Transcrição e tradução simultâneas.
Presença ou não de mesossomo (síntese de DNA
e secreção de proteínas).
Apresentam formas variadas: bastonetes,
esferoidais, helicoidais e curvos.
Não apresentam citoesqueleto.

Presença de parede celular (peptidioglicano). Dois


tipos:

* Gram + Î parede celular espessa e sem membrana


de revestimento externa.

* Gram - Î fina parede celular revestida por uma


membrana externa. Espaço periplásmico separa a
parede celular e a membrana externa.

Detalhe: Gram é o nome do pesquisador. É substantivo


próprio.

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Algumas possuem plasmídios = DNA extracromossomal circular que


contém informações como: resistência a antibióticos, toxinas e formação do
pilli sexual.

Apresentam flagelos = estrutural helicoidal fixa, formada pela proteína


flagelina. A base do flagelo fica inserida na membrana e na parede. Funciona
como um rotor movido por uma bomba de prótons.

EUCARIOTOS (Eu = verdadeiro; Karyon = núcleo)

Organismos unicelulares e
pluricelulares.
O material genético está
individualizado do citossol. Surge o
núcleo.
Apresentam sistema de
endomembranas (organelas celulares).
O DNA apresenta-se de forma
linear.
Ribossomos são do tipo 80 S.
Parede celular ocorre em Plantas Î
celulose e Fungos Î quitina.
Presença de citoesqueleto (ausente
nas plantas e fungos).
Ex: animais, plantas, fungos e protozoários.

Organelas = são formadas por uma membrana (lisossomos) ou duas


membranas (mitocôndria). Desempenham funções específicas dentro da célula.
Contém um conjunto de enzimas específicas que realizam reações químicas
responsáveis pela manutenção do funcionamento celular. A composição
química interna apresenta diferenças entre o citossol e entre as organelas.

O quadro á seguir é um resumo das características entre os dois tipos


celulares.

Procariotos Eucariotos
Organismo bactéria e cianofícea protista, fungos, plantas e animais
Tamanho da geralmente de 1 a 10
geralmente de 5 a 100 micrometros
Célula micrometros
Metabolismo aeróbico ou anaeróbico
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aeróbico
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núcleo, mitocôndrias, cloroplasto,
Organelas poucas ou nenhuma reticulo endoplasmático, complexo de

longas moléculas de DNA contendo


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COMPOSIÇÃO DE UMA CÉLULA

Elementos básicos dos seres vivos:


hidrogênio, carbono, oxigênio, nitrogênio.

Composição básica da célula:


70 % água;
30 % demais elementos (átomos ou
moléculas).

Presença de macromoléculas que são


moléculas de alta massa molecular ou,
também, os polímeros que consistem de
uma repetição de uma unidade menor
(monômeros).
Ex: DNA (polímero) é formado pela
união dos nucleotídeos (monômero).

Tipos de polímeros biológicos

* Homopolímeros = formados pela mesma unidade monomérica.


Ex: Amido, celulose, quitina, outros...
* Heteropolímeros = formados por unidades monoméricas diferentes.
Ex: Ácidos nucléicos.
* Biopolímeros = são os polímeros encontrados nos seres vivos.
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A diversidade estrutural e funcional do biopolímero depende da variedade


de seus monômeros.

Segue uma tabela para organizar as idéias a respeito do assunto.


Característica Biopolímero Monômero Tipos
Ácido nucléico Nucleotídio 5
Macromoléculas Polissacarídio Monossacarídios Vários
Proteínas Aminoácidos 20
Lipídios Ácidos graxos Vários
Moléculas Água
menores Vitaminas
Sais minerais

ÁGUA
Molécula mais abundante encontrada nos seres
vivos. E de natureza não orgânica.
Forneceu as condições para a formação da célula
(origem pré-biótica).
Responsável pela formação das micelas e,
depois, a célula.
Importância = influencia na configuração e
propriedades biológicas das macromoléculas.
Característica da molécula de água = forma em
V e apresenta dipolo.

Relação dos biopolímeros


em função da afinidade com a molécula de água

1 – Hidrofílicos
Apresentam afinidade pela água = grupos polares (solúveis).
Ex: carboxila, hidroxila, aldeído, sulfato e fosfato.

2 - Hidrofóbicos
Não apresenta afinidade pela água = grupos apolares (insolúveis).
Ex: hidrocarbonetos.

3 - Anfipáticos
Apresentam uma região hidrofílica e uma hidrofóbica.
Ex: fosfolipídios.

Constituintes essenciais para a origem e funcionamento das células

PROTEÍNAS

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São polímeros de L-aminoácidos unidos por ligações peptídicas. A


estrutura básica de um L-aminoácido é o carbono alfa.

O carbono alfa é o carbono assimétrico (4 ligantes


H
H O diferentes). Exceto = Glicina (R = Hidrogênio).
A variação entre as proteínas vem dos grupos químicos
N C C
O
das cadeias laterais.
H
R

São 20 os aminoácidos padrão (α-aminoácidos). Definição dos


aminoácidos = São as unidades estruturais das proteínas.

TIPOS DE PROTEÍNAS

1 – Simples = formadas apenas por aminoácidos.


2 – Conjugadas = formadas por aminoácidos e outras moléculas com natureza
diferente de um aminoácido (grupo prostético).

Tipos de proteínas conjugadas:


1 – Glicoproteína = grupo prostético = carboidrato (anticorpo).
2 – Fosfoproteína = grupo prostético = fosfato (caseína).
3 – Lipoproteína = grupo prostético = lipídio (lipoproteína).
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4 – Metaloproteína = grupo prostético = metais (calmodulina).


5 – Hemoproteína = grupo prostético = grupo heme (hemoglobina).

Importante lembrar:
A seqüência de aminoácidos influencia na forma tridimensional e no
papel biológico das proteínas.
Define-se configuração nativa a forma tridimensional que uma molécula
apresenta nas condições de pH e temperatura existentes nos organismos
vivos.

Forças que mantém a estrutura da proteína:


1 – Ligação peptídica;
2 – Interação hidrofóbica;
3 – Pontes de hidrogênio;
4 – Ligação dissulfeto.

Um tipo especial de proteína = as enzimas


Definição: Variedade de proteína capaz de acelerar a
velocidade de uma reação química.
Realizam as reações de síntese e degradação em
milésimos de segundo.
Apresentam alto rendimento, pois obtém-se apenas o
produto desejado.
Atua no substrato que é o composto que sofre a ação da
enzima.
Importância das enzimas = cada organela possui um
conjunto de enzimas que lhe são específicas. Daí, a divisão do
citoplasma dos eucariotos em organelas.

Função:

Catálise enzimática; Movimento coordenado;


Proteção imunitária; Transporte e armazenamento.

ÁCIDOS NUCLÉICOS

São polímeros de nucleotídios unidos


por ligações fosfodiéster.

A composição do nucleotídio =
açúcar – base – fosfato.

São de dois tipos: DNA e RNA.

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DNA (ÁCIDO DESOXIRRIBONUCLÉICO)

As bases são:
DNA Î A, T, C, e G.
RNA Î A, U, C e G.

Características do DNA:
São duas cadeias em hélice;
Os nucleotídios de cada cadeia
estão unidos entre si por ligações
fosfodiéster;

Duas cadeias do DNA são unidas por


ligações de hidrogênio;
A quantidade de A é igual a de T e a de C é
igual a de G;

* DNA pode ser linear


Formando os cromossomos nos
eucariotos.
* DNA pode ser circular
Encontrado no cromossomo
bacteriano, mitocôndria ou cloroplasto.

Função = Armazenamento e transmissão da informação genética

RNA (ÁCIDO RIBONUCLÉICO)

Formado por uma única cadeia.


Essa cadeia pode apresentar pareamentos internos (RNAt e RNAr).

Tipos de RNA

1 – RNAm = seqüência de aminoácidos a ser incorporado nas proteínas;


Representa a transcrição de um segmento de uma das cadeias do DNA;
O tamanho está relacionado com o tamanho da proteína;
Contém o códon (trinca de nt que corresponde a um AA);
Monocistrônico Î eucariotos;
Policistrônico Î procariotos;
Nos eucariotos sofre processamento;
Nos procariotos transcrição/tradução simultâneas;

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2 – RNAt = adição dos aminoácidos durante a produção das proteínas;


Moléculas pequenas;
Específicas a cada aminoácido;
Funciona como adaptador do código genético;
Contém o anticódon (trinca de nt complementar ao códon)
Possui forma de folha de trevo contendo bases incomuns.

3 – RNAr = formação do ribossomo.


Corresponde a 80 % do RNA celular;
Procariotos = ribossomo 70 S;
Eucariotos = ribossomo 80 S;
Estão associadas a proteínas formando os ribossomos.

Função da molécula de RNA = Expressão das características


genéticas.

LIPÍDIOS

São moléculas insolúveis em água e solúveis em solventes apolares.

Tipos:
1 – Reserva de energia
Triacilgliceróis (gorduras neutras).
Podem ser TAG (Triacilglicerol), DAG (Di) ou MAG (Mono). São
acumulados nos adipócitos.

2 – Estruturais
Presentes em todas as biomembranas. Apresentam uma cabeça
polar e uma cauda apolar. São os fosfolipídios (fosfoglicerídeos e
esfingolipídios).
Ainda encontramos na membrana o colesterol que diminui a fluidez da
membrana quando em excesso. Serve de base para a síntese dos hormônios
sexuais.
Função = reserva energética, hormonal e estrutural.

POLISSACARÍDIOS

São polímeros de monossacarídios unidos por ligações glicosídicas.

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Podem apresentar ramificações na sua estrutura.


Podem ser reconhecidos por receptores de membrana.
São homopolímeros (glicogênio e amido) ou heteropolímeros
(glicosaminoglicanas).
Representam a reserva de energia da célula (Amido nas plantas e
glicogênio nos animais).
Ainda, os polissacarídios são considerados uma segunda classe de
molécula informacional devido à possibilidade de formação de várias ligações
glicosídicas na estrutura da molécula. Isso resulta em nova forma de
sinalização celular.

BIOMEMBRANAS

São estruturas compostas por lipídios e proteínas.

Funções:

• Definem os limites da célula e o meio externo;


• Formam barreiras de permeabilidade;
• Regulam a composição do meio intracelular;
• Compartimentalização metabólica (organelas);
• Síntese de ATP e sinais elétricos.

Singer e Nicholson (1972)

Modelo do mosaico fluido Î Proteínas embebidas na bicamada lipídica.


Lipídios e proteínas apresentariam movimento constante.

ESTRUTURA BÁSICA DAS BIOMEMBRANAS

Bicamada lipídica Î barreira de permeabilidade seletiva.


Proteínas Î realizam as diversas funções das biomembranas.

As biomembranas são assimétricas. Ou seja, a face externa é formada


por fosfatidilcolina e esfingomielina. A face interna é
formada por fosfatidilserina e fosfatidiletanolamina.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DAS BIOMEMBRANAS

1 - Fosfolipídios

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Cauda = hidrofóbica;
Cabeça = hidrofílica.
São moléculas anfipáticas.

Estrutura da cabeça (polar)

* Glicerol (triálcool);
* Fosfato;
* Álcool (colina, etanolamina, inositol e serina).

2 – Proteínas

Realizam as várias funções específicas da membrana, tais como,


transporte de íons e moléculas, interação com hormônios, transdução de sinal
e estabilidade estrutural da membrana.

Tipos de proteínas de membrana

2.1 – Intrínsecas
Interagem fortemente com as porções hidrofóbicas dos fosfolipídios. São
extraídas das membranas por meio de detergentes. Atravessam a bicamada
lipídica. Possuem domínios citoplasmáticos e não citoplasmáticos.

Como são essas proteínas? Região de membrana= resíduos de aminoácidos


hidrofóbicos. Ligações peptídicas formam pontes de hidrogênio = α-Hélice.

São de dois tipos


1 – Unipasso = atravessa a membrana uma vez (um domínio transmembrana).
2 – Multipasso = possui vários domínios transmembrana.

2.2 – Extrínsecas
Interagem por meio de ligações fracas com os lipídios de membrana. São
solubilizadas por meio de soluções de força iônica elevada ou mudança de pH.
Ligações: eletrostáticas e pontes de hidrogênio.

Presença de ligação covalente quando:

3 – Carboidratos
Estão ligados a:
Proteínas = glicoproteínas;
Lipídios = glicolipídios.

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Glicocálice

Porção glicídica encontrada


na face extracelular da membrana
plasmática.

Função:
• Reconhecimento molecular;
• Sinalização intercelular.
• Outra função dos açúcares de
membrana Î determinação
do tipo sangüíneo (ABO).

FLUIDEZ DE MEMBRANA

É a capacidade de movimentação dos diferentes componentes na


bicamada lipídica.

Movimentação:
Lateral Î Deslocamento dos fosfolipídios aleatoriamente na sua
monocamada;
Rotação Î Giro ao redor do eixo maior da molécula de fosfolipídio;
Flexão Î Dobramento das caudas apolares dos fosfolipídios por efeito de
ligações do tipo cis;
Balanço Î movimento vertical do fosfolipídio ficando a cabeça polar
acima do plano da sua monocamada;
Flip-flop Î mudança do fosfolipídio de monocamada. Esse processo é
catalisado por enzimas denominadas de flipases. Há gasto de ATP.

Fatores que influenciam na fluidez

1 – Presença de insaturações nos ácidos graxos;


2 – Temperatura;
3 – Moléculas interpostas entre os ácidos graxos;
4 – Dieta alimentar.

Permeabilidade

As biomembranas permitem a passagem de moléculas polares e de


pequenas moléculas. Mas como???

Isso ocorre por meio de proteínas transportadoras de membrana que


permitem a passagem de diferentes moléculas.

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Tipos de proteínas de membrana associadas à passagem de solutos

1 – Canais Î possuem espaços hidrofílicos e não interagem com o soluto. A


passagem é por gradiente de concentração.

2 – Permeases ou proteínas carreadoras Î interagem com o soluto e sofrem


alterações estruturais para permitir o deslocamento do soluto.

Tipos de transporte

1 – Transporte passivo = sem gasto de energia ATP ou H+.

A - Difusão simples Î ocorre a favor de um gradiente de concentração.


Depende da solubilidade do soluto em relação à membrana e do tamanho da
molécula.

Quanto maior a solubilidade Î maior a permeabilidade Î maior a


velocidade de transporte. Ex: passagem do oxigênio e do nitrogênio.

B – Difusão por canais protéicos = canais protéicos formam vias aquosas para
a passagem seletiva de íons ou moléculas. Ex: canais de sódio e potássio.

C – Difusão facilitada Î é mediada por carreadores protéicos específicos para


solutos no meio extracelular. Esses carreadores apresentam um limite de
saturação.

2 – Transporte ativo = Ocorre com gasto energético, ou seja, consumo de


ATP.

Nesse tipo de transporte o carreador consome ATP para promover o


transporte de moléculas contra gradientes de concentração ou eletroquímico.
Ex: bomba de sódio/potássio-ATPase.

Transporte de Na+ Î para fora da célula (3 Na+)


Transporte de K+ Î para dentro da célula (2 K+)

Resumo dos principais sistemas de transporte através da membrana


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CITOPLASMA

O citoplasma das células eucarióticas é


constituído pelo citosol, também chamado
citoplasma fundamental ou matriz
citoplasmática, que aparece sem estrutura
visível mesmo quando examinada ao
microscópio eletrônico.

Contêm enzimas solúveis que participam


dos processos de síntese protéica, glicólise,
síntese e degradação de glicogênio, síntese de
ácidos graxos, dentre outras vias bioquímicas.
No citosol encontramos também um (pool)
de macromoléculas protéicas como actina e
tubulina que, quando polimerizadas, vão originar
filamentos e microtúbulos.

O citosol contêm ainda moléculas


pequenas absorvidas, produtos da atividade
enzimática celular e íons.
Mergulhadas no citosol encontramos as organelas e as inclusões.
As organelas são sedes de processos metabólicos intensos e têm
ocorrência geral como, por exemplo, as mitocôndrias, o complexo de Golgi, os
lisossomos, os ribossomos e o retículo endoplasmático.
As inclusões são menos freqüentes e em geral representam depósitos de
lipídeos, glicídeos ou pigmentos.
O citoplasma geralmente apresenta uma delgada zona periférica em
contato com a membrana celular, chamada ectoplasma, contendo abundante
quantidade da proteína actina, que desempenha importante função nos
processos de movimentação celular. O ectoplasma é pobre em organelas e

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inclusões, que tendem a se localizar na parte mais central do citoplasma,


denominada endoplasma.
O citosol representa pouco mais da metade do volume celular total e é o
sítio de síntese de proteínas, onde ocorre a maior parte do metabolismo
intermediário, isto é, as muitas reações pelas quais algumas moléculas
pequenas são degradadas e sintetizadas para fornecer os componentes
primários para a construção das macromoléculas.
A outra classe de solutos do citosol consiste de várias coenzimas, bem
como ATP e ADP, além de vários íons minerais como: potássio, cloro,
magnésio, cálcio, bicarbonato e fosfato.
O citosol não é apenas uma solução aquosa diluída; ele é muito
complexo em composição e de consistência quase do tipo gel. Todos os
componentes do citosol são mantidos em proporções e concentrações
constantes, balanceadas, graças a atividade de vários processos de transporte
que operam através da membrana plasmática.

MITOCÔNDRIA
(mitos = alongado e chondrion = pequeno
grânulo)

Observadas a partir de 1840 Î


coloração específica para mitocôndrias.

Apresenta tanto formas alongadas


(pâncreas), quanto formas esféricas
(intestino e fígado).

Apresenta distribuição ao acaso no interior das células. Podem se


concentrar em áreas de maior demanda de energia.

Número variável por célula:


300.000 em ovócitos;
25 em espermatozóides;
500 a 1.600 em hepatócitos.

ULTRA-ESTRUTURA

São organelas móveis e plásticas, mudando constantemente suas formas


e mesmo fundindo-se umas com as outras e se separando novamente.
Possuem organização estrutural e composição lipoprotéica
características, e contêm um grande número de enzimas e coenzimas que
participam das reações de transformação da energia celular.

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MORFOLOGIA DA MITOCÔNDRIA

• Membrana mitocondrial externa;


• Membrana mitocondrial interna;
• Cristas mitocondriais;
• Matriz mitocondrial.

Matriz

A matriz contém uma mistura altamente concentrada de centenas de


enzimas:
* Oxidação do piruvato, aminoácidos e ácidos graxos;
* Ciclo de Krebs.

A matriz contém também várias cópias do DNA mitocondrial; ribossomos


mitocondriais; RNAt; enzimas para a expressão dos genes mitocondriais.

Membrana Interna

A membrana interna é desdobrada em numerosas cristas que aumentam


grandemente a sua área superficial total. Ela contém proteínas com três tipos
de funções:
• Aquelas que conduzem as reações de oxidação da cadeia respiratória;
• Um complexo enzimático chamado ATP sintetase, que produz ATP na
matriz;
• Proteínas transportadoras específicas, que regulam a passagem para
dentro e fora da matriz.

Membrana Externa

Devido ao fato de conter uma grande proteína formadora de canais


(chamada de porina), a membrana externa é permeável a todas as moléculas
de 5.000 daltons ou menos.
Outras proteínas existentes nesta membrana incluem as enzimas
envolvidas na síntese de lipídeos mitocondriais e enzimas que convertem
substratos lipídicos em formas que possam ser subseqüentemente
metabolizados na matriz.

Espaço Intermembrana

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Esse espaço contém várias enzimas que utilizam o ATP proveniente da


matriz para fosforilar outros nucleotídeos.

Processo de respiração celular

Definição
Processo de oxidação das moléculas orgânicas acompanhado da liberação
de energia na forma de ATP.

Moléculas usadas na produção de energia:


1 – Carboidratos; 2 – Lipídios; 3 – Aminoácidos.

Processos básicos de produção de energia:

1 - Respiração aeróbica:
Oxidação da glicose gerando ATP, CO2 e H2O.

2 – Respiração anaeróbica:
Oxidação da glicose gerando lactato.

3 – Fermentação alcoólica:
Oxidação da glicose gerando etanol e CO2.

Ciclo de Krebs
Degradação de:
1 – Carboidratos:
2 – Lipídios:
3 – Aminoácidos.

Vai gerar Acetil-CoA. Como ocorre???


1 - Quebra da glicose em Gliceraldeído-3-P e
Dihidroxiacetona-P;

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.
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2 - Conversão do Gliceraldeído-3-P e da Dihidroxiacetona-P em piruvato;

3 - Descarboxilação do piruvato e ligação com a CoA formando Acetil-CoA;

4 - Condensação do Acetil-CoA com o oxaloacetato;

5 - Formação do citrato.

Transdução de energia

Conversão da energia química presente nas ligações C-C em elétrica e,


posteriormente, em energia química (ATP).

Como ocorre?

1 - Ciclo de Krebs Î quebra de ligações C-C liberando elétrons;


2 - Transferência de elétrons para duas moléculas: NAD+ e FAD;
3 - Transferência dos elétrons do NAD+ e do FAD para o oxigênio;
4 - Ocorre um fluxo acoplado de H+ gerando diferença de pH e d.d.p. (energia
elétrica);
5 - Produção de ATP e formação de H2O.
As diferenças de pH e d.d.p. são usadas na produção de energia química
(ATP).

Cadeia respiratória

Complexos protéicos capazes de


transferir elétrons.
Capazes de se reduzirem (recebem
elétrons) e de se oxidarem (doam
elétrons).
O destino final é o oxigênio.
Os complexos protéicos são constituídos
por:

1 – Citocromos (grupo heme e metal – Fe ou Cu)


2 – Nucleotídeos (FMN e FAD)
3 – Metais (Fe-S ou Zn+2)

Fosforilação oxidativa

Transferência de elétrons para o oxigênio para a formação de H2O e ATP.

Resultado:

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A quantidade de energia liberada, durante a transferência de 2 elétrons


do NADH para o O2 é bem maior do que a quantidade de energia para a
síntese de 1 molécula de ATP.
3 moléculas de ATP são sintetizadas para cada dois elétrons transferidos
pela cadeia respiratória.
Aproveitamento de 42 % da energia liberada da cadeia respiratória na
síntese do ATP.

E o restante dessa energia????


Usada no transporte através da membrana mitocondrial e perdida na
forma de calor.

Teoria quimiosmótica de
Mitchell

A passagem de elétrons na
cadeia respiratória provoca a
+
liberação de H da matriz para o
espaço intermembranas, gerando
um gradiente de H+ (ou de pH).

A esse gradiente ocorre a formação de d.d.p.


A combinação do gradiente de pH e de d.d.p. produz a força próton-
motriz (fpm).
A fpm provoca o retorno do H+ para a matriz mitocondrial. Durante
retorno do H+ forma-se o ATP pelo complexo ATP sintase.

Rendimento da produção de ATP


1 NADH Î produz 3 ATP. 1 FADH2 Î produz 2 ATP.

Outras atividades com a participação das mitocôndrias

Quebra dos lipídios


Ácidos graxos entram na mitocôndria Î ação da carnitina;
Quebra em Acetil-CoA Î beta-oxidação;
Produção de NADH e FADH2.

Ciclo da uréia
Ocorre nos hepatócitos
Dois grupos amino Î quebra dos aminoácidos
Uma molécula de CO2 Î descarboxilações;

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Geração da uréia.
Um grupo amino gerado na matriz mitocondrial Î desaminação do
glutamato.
O grupo amino é adicionado à citrulina (mitocôndria). No citoplasma
ocorre a formação da uréia.

Produção de hormônio esteróide


Colesterol Î síntese no retículo endoplasmático
Colesterol enviado à mitocôndria Î síntese de pregnenolona.
Pregnenolona volta ao retículo Î testosterona.

LISOSSOMOS

São organelas citoplasmáticas.

Contêm em torno de 40 enzimas


(hidrolases).

As hidrolases são enzimas que


promovem a quebra de ligações químicas
de um material orgânico por meio da
utilização de água.

Função: digestão intracelular.

O que é digerido????

Material de endocitose;
Organelas e moléculas
(reciclagem).

A estrutura dos lisossomos


apresenta formas esféricas e de tamanho
variável. Além disso, são formadas por uma bicamada lipídica.
A identificação dos lisossomos no citoplasma é feita pela detecção da
atividade da sua enzima marcadora, a fosfatase ácida.
Podem acumular material não digerido formando o corpo residual.
Face interna Î revestimento de carboidratos Î proteção contra a ação
do conteúdo lisossomal.

Formação dos lisossomos

A partir do complexo de Golgi.

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1 – A partir da face trans do complexo de Golgi são formadas vesículas com


enzimas pré-lisossomais.
2 – Com a formação de endossomos resultantes de processos de endocitose
ocorre a formação de pH ácido (abaixo de 6) por meio de bombas de prótons
(próton-ATPases) e dissociação das pré-enzimas dos receptores.
3 – Nos lisossomos, ocorre a ativação das enzimas e a digestão das moléculas
endocitadas.

Corpos residuais
Material não digerido que se acumula no interior dos lisossomos. Ex:
cardiomiócitos e neurônios.

Síntese das enzimas lisossomais

1 - Síntese a partir dos ribossomos Î formação da pré-enzima;


2 – No retículo endoplasmático Î glicosilação da pré-enzima. Adição de
açúcar no resíduo de asparagina (N-ligado).
3 – Complexo de Golgi Î Na rede cis ocorre a adição de manose-6-P na
pré-enzima. Na rede trans ocorre a ligação aos receptores.
4 – Endossomos Î pH ácido Î desligamento dos receptores e ativação
das enzimas.

Esquema mostrando a formação dos lisossomos

Fisiologia dos lisossomos

1 – Endocitose
Pinocitose Î engloba moléculas em fase fluida;
Fagocitose Î engloba partículas em fase sólida;
Endocitose mediada por receptores Î engloba moléculas específicas
ligadas a receptores.

1.1 - Pinocitose
Engloba água, pequenas moléculas
e proteínas solúveis.
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Entrada na forma de vesículas de pinocitose.


Fusão das vesículas dentro da célula.
Fusão com os lisossomos.
A membrana de endocitose é reciclada Î permite a reciclagem dos
componentes de membrana.

1.2 - Fagocitose
Engloba partículas maiores.
Organismos unicelulares Î nutrição
Organismos pluricelulares Î defesa, eliminação de células (danificadas,
envelhecidas ou apoptose), remodelação (embriogênese) e cicatrização.

1.3 - Endocitose mediada por


receptores
Internalização de moléculas
específicas pela formação de vesículas.
Vesículas são revestidas pela proteína
clatrina.

Duas fases de concentração:


1 – Concentração das moléculas a
serem endocitadas Î junto à superfície da
membrana.
2 – Concentração dos receptores Î
junto ao plano da membrana.
Função Î reciclagem dos receptores.

1.4 - Autofagia
Presença de organelas envelhecidas.
Membranas originárias do RE.
Formação das vesículas (autofagossomo).
Fusão com as vesículas pré-lisossomais.
Lisossomo ativo na digestão.

Atualmente são conhecidas quatro tipos de lisossomos, o primeiro deles


é o lisossomo primário; os outros três tipos podem ser agrupados em
lisossomos secundários:

1 - O Lisossomo Primário ou Grânulo de Reserva


É um corpúsculo cujo conteúdo enzimático é sintetizado pelos
ribossomos e acumulado no retículo endoplasmático. A partir do retículo
dirigem-se para o aparelho de Golgi, considera-se que a região trans no
aparelho de Golgi participa na formação do lisossomo primário.
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2 - Heterofagossomo ou vacúolo da digestão


Surge após a ingestão pela célula (por fagocitose ou pinocitose) de
material estranho. Este corpúsculo contém material ingerido envolto por uma
membrana. Sob condições ideais a digestão resulta em produtos de baixo peso
molecular que atravessam a membrana lisossômica e podem ser incorporados
à célula.

3 - Os Corpos Residuais
Formam-se quando a digestão é incompleta podem permanecer por
longo tempo na célula e, provavelmente, desempenham algum papel no
processo de envelhecimento.

4 - O Vacúolo Autofágico ou Autofagossomo


É um lisossomo especializado em digerir partes da célula que o contém,
por exemplo, uma mitocôndria ou um retículo endoplasmático.

PEROXISSOMOS

Características

Organela esférica;
Matriz finamente granular;
Formada por uma única bicamada.
Ocorre em todas as células eucariontes.
Tamanho e forma podem variar em
função da célula.
Humanos: Maior quantidade: fígado e
rim.
Enzimas características: urato oxidase e
catalase.
A composição enzimática varia com o tipo e a fisiologia celular.

REAÇÕES BIOQUÍMICAS

Degradação da água oxigenada H2O2


Ocorre pela ação das enzimas Acil-oxidase; D-aminoácido oxidase; Urato
oxidase.

As atividades citoplasmáticas (ação da enzima superóxido dismutase)


geram peróxido de hidrogênio, uma substância tóxica que produz oxidação de
aminoácidos.

A ação da catalase é responsável pela quebra do peróxido de hidrogênio.


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Reação química da quebra da água oxigenada:

METABOLISMO DE LIPÍDIOS

A beta-oxidação é o processo de quebra dos lipídios. Na mitocôndria


ocorre a beta-oxidação só que em menor escala.
Na célula animal mitocôndria e peroxissomo estão ambos envolvidos no
metabolismo de quebra dos lipídios.
Peroxissomos são responsáveis pela degradação de cadeias longas e
muito longas de ácidos graxos.
As mitocôndrias são responsáveis pela degradação de cadeias longas,
médias e pequenas de ácidos graxos.

A função dos peroxissomos é formar um sistema de encurtamento de


cadeias que transforma as moléculas hidrofóbicas em metabólitos mais polares
que podem ser excretados, metabolizados nas mitocôndrias ou usados na
síntese de lipídios.

DEGRADAÇÃO DE ÁCIDO ÚRICO

Ação da urato oxidase converte ácido úrico em alantoína.


A alantoína sofre ação mitocondrial e citossólica gerando: alantoato,
uréia e amônia.
Homem, hominídeos, aves e répteis Î sem urato oxidase Î excreção de
ácido úrico.

IMPORTAÇÃO DE PROTEÍNAS PEROXISSOMAIS

Ocorre por meio das proteínas Î PTS – sinal de endereçamento


peroxissomal.
O sistema PTS-1
reconhece um tripeptídio na
porção C-terminal das
proteínas a serem
importadas.
O sistema PTS-2
reconhece o nonapeptídio N-
terminal das proteínas a
serem importadas.

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Ocorre a presença de receptores na matriz e membrana do peroxissomo.

Como ocorre??
Reconhecimento pelos receptores das proteínas de matriz peroxissomal.
Movimento até a maquinaria de translocação sem gasto de ATP.
Movimento de translocação da proteína para a matriz com gasto de ATP.

RIBOSSOMOS

Função: Síntese de proteínas.


Características: São encontrados em procariotos e eucariotos e
representam uma espécie de suporte para a interação ordenada das diversas
moléculas envolvidas na síntese de proteína.
São encontrados em mitocôndrias e cloroplastos de células eucarióticas
Î são menores que os ribossomos citoplasmáticos.
São partículas ribonucleoprotéicas (compostas por RNA e proteínas).

Composição dos ribossomos de procariotos e eucariotos

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O RNA ribossômico representa mais de 80 % do total de RNA presente


nas células.
Uma célula de E. coli contêm 15.000 ribossomos representando 25 % da
massa total dessas células bacterianas.
O ribossomo é uma partícula esferóide medindo 23 nm (4,5 milhões de
Daltons) sendo composta de uma subunidade maior e outra menor.
Os ribossomos não são estruturas simétricas. De fato, as duas
subunidades têm formas surpreendentemente irregulares.
As duas subunidades se encaixam de tal forma que é formada uma fenda
por onde passa o RNAm quando o ribossomo se move durante o processo de
tradução e por onde emerge a cadeia polipeptídica recém-formada.

Subunidade menor Subunidade menor Vista inferior do ribossomo Vista lateral do ribossomo

Durante a síntese protéica, vários


ribossomos unem-se a uma molécula de
RNAm, formando o polirribossomo ou
polissomo.
Assim, uma única molécula de RNAm
pode ser traduzida por vários ribossomos
ao mesmo tempo.

Tradução
A seqüência de bases do RNA será convertida em uma seqüência de
aminoácidos na proteína. A cada três bases do RNAm que é lido pelo sistema
de tradução, um aminoácido é adicionado à cadeia protéica nascente.

São vários sítios responsáveis pela tradução que são encontrados nos
ribossomos: Sítio A = liga o aminoácido (está na subunidade maior); Sítio P =
forma a proteína (está na subunidade menor); Sítio E = sítio de saída da
cadeia polipeptídica.

VISÃO GERAL DO PROCESSO


⇒ Síntese da PTN: No sentido da ponta amino para a ponta carboxila.
⇒ Leitura do RNAm: A tradução é feita no sentido 5’ → 3’.

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Fases:
1 - Início
* Reconhecimento do códon AUG (start códon) pela subunidade 30 S;
* Ligação do primeiro aminoácido no sítio P (RNAt-metionona);
* União da subunidade maior 50 S;
* Formação do ribossomo 70 S.

2 – Alongamento
* Ligação do RNAt-carregado no sítio A;
* Formação da ligação peptídica;
* O RNAt descarregado é liberado do sítio A;
* Formação da proteína no sítio P;
* O ribossomo desloca-se um códon.

3 – Término
* Sítio A é posicionado no stop códon;
* Liberação da proteína no sítio P;
* Desmontagem do ribossomo.

RETÍCULO
ENDOPLASMÁTICO

Sistema de membranas
interconectadas na forma de tubos
ramificados ou na forma de cisternas
delimitando uma cavidade (luz).

Tipos
1 – REL (liso) Î síntese de
esteróides (células de Leydig);
degradação do glicogênio
(hepatócitos); e controle de cálcio
(fibras musculares);
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2 – REG (regoso) Î síntese de proteínas (acinosas do pâncreas).

Organela dinâmica
Conversão REL Î REG ou REG Î REL
REL e REG na mesma célula apresentam
comunicação contínua.
Apresenta continuidade com o envoltório
celular.
Não apresenta continuidade com a
membrana plasmática.
Ocupa 10 % do volume celular.
Mais da metade do total de membranas em
uma célula animal.
Quantidade e localização variam com o tipo
e o metabolismo celular.

Composição química

Membranas

Formada por uma bicamada lipídica com proteínas associadas.

1 - Lipídios (30%) Î fosfolipídios com ácidos graxos de cadeias curtas


e insaturadas.

Polarização de membrana:
1) Face externa (citoplasmática) Î fosfatidilcolina, fosfatidiletanolamina
e fosfatidilserina;
2) Face interna (luminal) Î fosfatidilinositol e esfingomielina.

2 - Proteínas (70%) Î estruturais, glicoproteínas e enzimas.


Enzimas oxidativas Î face externa (citoplasma)
Glicoproteínas e enzimas Î face interna (lúmen)
Enzimas (peptidases, hidrolases e transferases) Î modificação de
produtos de secreção celular.

São encontrados dois citocromos: P450 que realização as reações de


hidroxilação responsáveis pela detoxificação e síntese de hormônios. E b5 que
realiza a dessaturação de ácidos graxos.

RER Î 20 tipos de proteínas


Enzima característica Î glicose-6-fosfatase que converte glicogênio em
glicose.
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Luz ou lúmen
Apresenta composição aquosa.
Local onde se encontra o produto de
secreção celular.

ASPECTOS FUNCIONAIS

Apresenta relação com a


síntese, modificação e transporte de
proteínas e lipídios.

Destinos desses compostos:

* Permanecem no RE;
* Enviados a outras organelas;
* Enviados para a secreção.

1 – Síntese protéica
1.1 - Associação dos ribossomos com o RE.

1.2 - Polissomos associados ao RE.

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Síntese da proteína seguida do transporte para a luz do RE (transferência


co-traducional).
Importação por outras organelas, tais como, mitocôndrias,
peroxissomos, cloroplastos e núcleo. Nesse caso, ocorrem modificação em
nível pós-traducional.

Fases de síntese protéica ligada ao RE

1 – Reconhecimento = ligação da PRS (proteína de reconhecimento do sinal)


ao peptídio sinal.
2 – Direcionamento = receptor da PRS reconhece o complexo ribossomo-
peptídio nascente-PRS.
3 – Associação = ribossomos com o complexo Sec; e peptídeo nascente com o
poro.
4 – Clivagem = a sinal peptidase desliga o peptídieo sinal da estrutura da
proteína.
5 – Transporte = vetorial pelo poro em direção à luz do RE.

2 – Síntese de lipídios
Síntese de fosfolipídios em duas etapas:

Primeira
Dois ácidos graxos ligados a um glicerolfosfato.
Ocorre na face citoplasmática da membrana do RE.
Ocorre o crescimento da face citoplasmática da membrana do RE.

Segunda
Diferenciação da cabeça polar.
Adição de inositol, serina, etanolamina ou colina.

Pro 33
Oc uer
me à
resp
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3 – Síntese de hormônios esteróides

A - Produzido no RE Î face citoplasmática


B - Ação de proteínas transportadoras do RE Î mitocôndrias
Membrana mitocondrial Î citocromo P450 Î conversão do
colesterol em pregnenolona.
C - Proteínas transportadoras mitocôndrias Î RE
Produção dos hormônios esteróides (progesterona, androgênio,
estrogênio, glicocorticóide e mineralocorticóide)

4 – Comunicação entre organelas

Proteínas. Do RE para o Complexo de Golgi via vesículas.


Lipídios. Do RE para as organelas via vesículas associadas a proteínas
transportadoras.

5 – Modificação de lipídios e proteínas

A - Conformação de proteínas. Permite o dobramento correto das proteínas.

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B – Pontes dissulfeto

Formação de pontes dissulfeto S-S entre


resíduos de cisteína distribuídos ao longo da
molécula protéica.
Permite a proteína adotar a sua conformação
final.
Responsável pela formação da estrutura
terciária das proteínas.

C – Glicosilação

Adição de um núcleo glicídico contendo:

2 moléculas de N-Acetilglicosamina;
9 moléculas de manose;
3 moléculas de glicose.

Ligação desse núcleo no aminoácido Asn


(asparagina) chama-se glicosilação N-ligada.
No Complexo de Golgi Î glicosilação O-
ligada consiste na adição de monossacarídeos aos
resíduos de aminoácidos Ser (serina) e Thr
(treonina).

6 – Detoxificação

REL Î inativação de drogas, pesticidas, medicamentos e aditivos


alimentícios. Ocorre no REL dos hepatócitos (principal). Mas também pode
ocorrer: intestinos, rins, pulmões e pele.

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7 – Reserva de cálcio

O REL é mais conhecido como retículo sarcoplasmático que é uma


organela responsável pela reserva de cálcio na fibra muscular.

8 – Glicogenólise

No RE encontra-se a enzima glicose-6-fosfatase responsável pela


degradação do glicogênio em glicose. Ocorre nos hepatócitos.

COMPLEXO DE GLOGI

Faz parte da via biossintética secretora


do retículo endoplasmático, complexo de
Golgi e de vesículas de transporte.

Função: 1 – Processamento de proteínas e


lipídios; 2 – Seleção das moléculas em
função do destino celular; 3 – Transporte de
substâncias para as várias organelas
celulares; 4 – Endereçamento de substâncias.

Destinos das substâncias controladas pelo complexo de Golgi:


1 – Membrana plasmática;
2 – Meio extracelular;
3 – Interior de organelas.

No complexo de Golgi
ocorre a modificação de
proteínas e lipídios. Também
faz parte do sistema
citoplasmático de
membranas.
O complexo de Golgi é
composto por cisternas
achatadas e independentes,
mas que mantêm contato
entre si por meio de
vesículas. Ainda, fica
localizado entre o RE e a
membrana.

O complexo de Golgi
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controla o destino de proteínas e lipídios. E em células secretoras apresenta-se


bem desenvolvido.

Ultra-estrutura

É um sistema de
cisternas sobrepostas de
distribuição regular, cujo
número é variável (de 4 a 8
cisternas).

O sistema de
transporte é composto no
sentido do RE para o CG de
vesículas de 20 nm. E entre
as cisternas do CG são
compostas por vesículas de
40 nm a 80 nm.

Apresenta polaridade
funcional de cisternas, ou seja, a
face cis fica voltada para o RE; A
face média é composta por
cisternas que ficam localizadas
entre as faces cis e trans; A face
trans fica voltada para a
membrana.

São identificadas duas


redes no CG: A rede Golgi cis
localiza-se entre o RE e a face cis do CG e corresponde ao sítio de entrada das
vesículas no CG; A rede Golgi trans localiza-se entre a face trans e a
membrana e corresponde ao sítio de saída das vesículas do CG.

Composição química
Membranas

As cisternas são formadas por bicamada lipídica. Os lipídios


correspondem de 35% a 40% e as proteínas correspondem de 65% a 60%.

As proteínas encontradas nas cisternas do CG são enzimas, proteínas


estruturais e proteínas de endereçamento. As principais enzimas são as
transferases como, por exemplo, as glicosiltransferases (glicosilação),
sulfotransferases (sulfatação) e as fosfatases (fosfatação).

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Essas enzimas atuam no processamento de polissacarídeos, lipídeos e


proteínas.

Obs. O conteúdo enzimático é característico para cada cisterna do CG.

O processamento ocorre por meio de reações bioquímicas em ordem


seqüencial (passagem por cada cisterna do CG).
A enzima marcadora do CG é a tiamina pirofosfatase.

Luz do complexo de Golgi

São encontrados carboidratos, polissacarídeos e proteínas.

Aspectos funcionais

Processamento de lipídios e proteínas. Síntese de polissacarídeos de


parede celular.

1 - Transporte

Via biossintética secretora:


Produção de proteínas e lipídios no RE
que seguem para o CG para o
processamento e posterior
endereçamento.

Principais vias de processo:


RE Î CG Î lisossomo
RE Î CG Î membrana
RE Î CG Î secreção

Os deslocamentos das vesículas


são: anterógrado, indo do RE para o CG
e, a seguir, para o destino final; e
retrógrado, nas vesículas são
encontradas proteínas com um
sinalizador composto de um
tetrapeptídio de retenção de secreção
denominado KDEL (Lys-Asp-Glu-Leu)
que direciona as proteínas no sentido do
CG para o RE.

1.1 – Transporte retrógrado


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A função é redirecionar proteínas para o RE para a manutenção do


funcionamento do RE. Nas proteínas do RE é encontrado o sinal de
aminoácidos KDEL (Lys-Asp-Glu-Leu).

Como ocorre?
* Vesícula sai do RE levando parte das suas proteínas;
* Na rede Golgi cis Î receptores (Erd2p) detectam as proteínas KDEL;
* Vesículas devolvem as proteínas próprias do RE.

1.2 – Transporte RE para o CG e compartimentos do CG.


Ocorre por meio de vesículas.

Entre compartimentos do CG existem duas teorias:


1 - Transporte de vesículas Î as vesículas se fundem com as cisternas
do CG em um evento sequencial de processamento.
2 - Maturação de cisternas Î AS vesículas se fundem na face cis e
originam uma nova cisterna do CG. Ao mesmo tempo, a cisterna da face trans
se fragmenta em vesículas.

Esquema mostrando as duas teorias de transporte vesicular no CG

1.3 – Transporte CG Î lisossomos


Enzimas lisossomais possuem um resíduo de manose-6-P. O processo se
inicia com a ligação das enzimas ao receptor da vesícula (pH = 7). Com a
formação do lisossomo (pH ácido) ocorre a liberação da enzima do seu
receptor.

1.4 – Transporte vesicular

São dois tipos de vesículas:

1 – Do RE para o CG, entre as cisternas do CG e secreção constitutiva.


Proteínas que direcionam as vesículas: COP I Î entre as cisternas do CG; COP
II Î RE para CG e secreção constitutiva. É um transporte inespecífico de
carga.
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2 – Seleção e concentração do conteúdo e no brotamento de vesículas. A


proteína clatrina tem como função compactar o conteúdo da vesícula. Provoca
a curvatura da membrana até a formação da vesícula.
1.5 – Glicosilação

Adição de açúcares a lipídios e proteínas.


Processamento das proteínas N-ligadas.
A glicosilação no CG é um evento seqüencial
entre as cisternas.
No RE Î adição de açúcar em bloco.
No CG Î adição de açúcar em unidades.

No RE Î adição de um bloco de
açúcar Î processamento inicial Î
remoção de três glicoses e uma
manose.
No CG Î dois tipos de proteínas
N-ligadas:
1 - Ricas em manose: Não ocorre
adição de manose e, sim, remoção
desse açúcar ao longo das cisternas do
CG.
2 – Complexos: Adição de vários
açúcares ao longo das cisternas do CG.

Processamento de açúcares O-
ligados.

Adição de açúcares nos resíduos


de Ser ou Thr.

1.6 – Sulfatação
Adição de sulfato às proteínas e lipídios. Nos lipídios ocorre no grupo
carboxil. E nas proteínas nos resíduos de Tir (Tirosina). A sulfatação confere
carga negativa a molécula.
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1.7 – Fosforilação
Ocorrem na face cis do CG. Evento importante na formação das enzimas
lisossomais.

1.8 – Síntese de polissacarídeos


Em vegetais Î hemicelulose e pectina. Em animais Î
glicosaminoglicanas.

1.6 – Via secretora


A - Secreção constitutiva Î os produtos de secreção não dependem de
sinalização específica para a secreção. Ex: renovação da membrana
plasmática.

B - Secreção regulada Î são acumulados em vesículas de secreção, até


que um sinal específico resulte em liberação. Ex: secreção de insulina,
glucagon e histamina.

EXERCÍCIOS

Questão 1 (Técnico Biologia Molecular - UFG – 2008 - FGV)- A síntese de


proteínas é um processo que consiste na leitura do RNA mensageiro e
conseqüente tradução em uma cadeia de aminoácidos. A síntese protéica
envolve organelas, como:

(A) as mitocôndrias.
(B) o nucléolo.
(C) os ribossomos.
(D) os lisossomos.

Questão 2 (Técnico Biologia Molecular - UFG -2008 - FGV) - A maioria


das variedades celulares do organismo diferencia-se durante o
desenvolvimento embrionário e, então, mantém-se em um ritmo constante de
multiplicação. São exemplos desse tipo, de célula:

(A) células epiteliais e conjuntivas.


(B) glóbulos vermelhos.
(C) fibras musculares estriadas.
(D) neurônios.

Questão 3 (UFSC-UFFS – Biologia Geral – 2009 - CESPE) - Sobre o


retículo endoplasmático rugoso e o complexo de Golgi, é CORRETO afirmar
que:

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a)( ) no complexo de Golgi ocorre a síntese da maioria dos


complexos de polissacarídeos, como os glicosaminoglicanos da matriz
extracelular de células animais.
b)( ) a cisterna TRANS apresenta uma trama de túbulos e
vesículas na região da pilha mais próxima ao retículo endoplasmático
rugoso.
c)( ) na formação do colágeno tipo I, a hidroxilação dos resíduos
de prolina e lisina ocorre no retículo endoplasmático rugoso.
d)( ) o transporte de vesículas ao longo de suas cisternas ocorre
apenas de forma anterógrada, de uma cisterna CIS em direção a uma
TRANS, e não de forma retrógrada, de uma cisterna TRANS em direção a
uma CIS.
e)( ) as cisternas do complexo de Golgi não apresentam diferenças
em sua composição, o que torna possível que proteínas sejam
modificadas ao longo de sua passagem pelas cisternas.

Questão 4 (PC – Minas – 2003 - CESPE) - De acordo com a nova


nomenclatura anatômica, a organela celular, Complexo de Golgi, passou a ser
também conhecida por Sistema Golgiense. Esta estrutura está relacionada com
as funções:

I - Armazenamento de proteínas produzidas no retículo endoplasmático


rugoso.
II - Liberação de bolsas contendo substâncias secretadas na célula.
III - Produção de lisossomos, estruturas contendo enzimas digestivas.
IV - Formação do acrossomo, localizado na cabeça do espermatozóide, que
libera a enzima hialuronidase.

São verdadeiras:

a) Apenas I, II e III. d) Apenas II, III e IV.


b) I, II, III, e IV. e) Apenas I e IV.
c) Apenas I, II e IV.

Questão 5 (UFRRJ – 2010) – Observando-se uma célula, ao microscópio


eletrônico, verifica-se a existência de um sistema membranoso, cujas
membranas delimitam canais interligados em forma de túbulos. Este sistema
membranoso é denominado:

a) retículo endoplasmático.
b) vacúolo autofágico.
c) lisossoma.
d) crista mitocondrial.
e) vacúolo digestivo.

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Questão 6 (PC – MG - 2008) - Analise as seguintes afirmativas sobre o


transporte de substâncias pela membrana plasmática e assinale com V as
verdadeiras e com F as falsas.

a)( ) A membrana plasmática apresenta permeabilidade seletiva a


algumas substâncias.
b)( ) A pinocitose é um tipo de exocitose utilizada pela célula para
eliminar substâncias.
c)( ) Osmose é o transporte ativo de substâncias pela membrana
plasmática.
d)( ) Quanto menor a molécula, mais facilmente ela passará pela
membrana plasmática.

Assinale a alternativa que apresenta a seqüência de letras CORRETA.


A) (V) (F) (V) (F)
B) (F) (V) (F) (V)
C) (V) (F) (F) (V)
D) (F) (V) (V) (F)

Questão 1 – Resposta = item C. As mitocoôndrias sintetizam ATP; O nucléolo


está envolvido na sínterse do RNAr; Os lisossomos estão envolvidos na
digestão intracelular.

Questão 2 – Resposta = item A. Os glóbulos vermelhos e os neurônios não se


multiplicam. As fibras musculares estriadas apresentam baixa capacidade de
regeneração.

Questão 3. Resposta = item C. Em A, no complexo de Golgi ocorrem as


etapas de finalização do processamento de carboidratos. Em B, é a cistena cis
que fica voltada para o retículo endoplasmático. Em D, as vesículas tem fluxo
enterotrógrado e retrógrado no complexo de Golgi; em E, no complexo de
Golgi as cisternas apresentam composições enzimáticas próprias.

Questão 4 – Resposta = item D. Em I, o complexo de Golgi na armazena


proteínas. Pode finalizar o processamento pela adição de carboidratos e é
responsável pelo endereçamento das proteínas.

Questão 5 – Resposta – item A.

Questão 6 – Resposta = item C. Em B, a pinocitose envolve a entrada de


materiais na célula. A pinocitose é um tipo de endocitose. Em C, a osmose é
um processo de fluxo de água contra um gradiente de concentração, ou seja,
do meio hipotônico para o meio hipertônico.

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