Aula 20 - Biologia - Aula 00
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Abraços.
A TEORIA CELULAR
1. Todos os seres vivos (exceto vírus) são formados por células e pelos seus
produtos. Portanto, as células são as unidades morfológicas dos seres
vivos;
2. As atividades fundamentais que caracterizam a vida ocorrem dentro da
célula. Portanto, as células são as unidades funcionais ou fisiológicas dos
seres vivos.
3. Novas células formam-se pela reprodução de outras células preexistentes,
por meio da divisão celular.
Esta última idéia foi uma conclusão do Russo Rudolph Virchow em 1855.
Ele resumiu esta ideia numa frase em latim, que se tornou muito famosa:
"Omnis cellula ex cellula".
Então...
...como poderíamos definir uma célula???
Definição clássica:
A unidade fundamental de um ser vivo.
MORFOLOGIA BÁSICA
Envoltório composto por
uma membrana lipoprotéica com
conteúdo aquoso com substâncias
químicas variadas e organelas de
função específica.
As células podem possuir
complexidade de funções
(nutrição, reprodução, defesa,
transporte, etc.) ou serem
especializadas (Ex: pluricelulares e
colônias).
Organismos unicelulares e
pluricelulares.
O material genético está
individualizado do citossol. Surge o
núcleo.
Apresentam sistema de
endomembranas (organelas celulares).
O DNA apresenta-se de forma
linear.
Ribossomos são do tipo 80 S.
Parede celular ocorre em Plantas Î
celulose e Fungos Î quitina.
Presença de citoesqueleto (ausente
nas plantas e fungos).
Ex: animais, plantas, fungos e protozoários.
Procariotos Eucariotos
Organismo bactéria e cianofícea protista, fungos, plantas e animais
Tamanho da geralmente de 1 a 10
geralmente de 5 a 100 micrometros
Célula micrometros
Metabolismo aeróbico ou anaeróbico
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aeróbico
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núcleo, mitocôndrias, cloroplasto,
Organelas poucas ou nenhuma reticulo endoplasmático, complexo de
ÁGUA
Molécula mais abundante encontrada nos seres
vivos. E de natureza não orgânica.
Forneceu as condições para a formação da célula
(origem pré-biótica).
Responsável pela formação das micelas e,
depois, a célula.
Importância = influencia na configuração e
propriedades biológicas das macromoléculas.
Característica da molécula de água = forma em
V e apresenta dipolo.
1 – Hidrofílicos
Apresentam afinidade pela água = grupos polares (solúveis).
Ex: carboxila, hidroxila, aldeído, sulfato e fosfato.
2 - Hidrofóbicos
Não apresenta afinidade pela água = grupos apolares (insolúveis).
Ex: hidrocarbonetos.
3 - Anfipáticos
Apresentam uma região hidrofílica e uma hidrofóbica.
Ex: fosfolipídios.
PROTEÍNAS
TIPOS DE PROTEÍNAS
Importante lembrar:
A seqüência de aminoácidos influencia na forma tridimensional e no
papel biológico das proteínas.
Define-se configuração nativa a forma tridimensional que uma molécula
apresenta nas condições de pH e temperatura existentes nos organismos
vivos.
Função:
ÁCIDOS NUCLÉICOS
A composição do nucleotídio =
açúcar – base – fosfato.
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As bases são:
DNA Î A, T, C, e G.
RNA Î A, U, C e G.
Características do DNA:
São duas cadeias em hélice;
Os nucleotídios de cada cadeia
estão unidos entre si por ligações
fosfodiéster;
Tipos de RNA
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LIPÍDIOS
Tipos:
1 – Reserva de energia
Triacilgliceróis (gorduras neutras).
Podem ser TAG (Triacilglicerol), DAG (Di) ou MAG (Mono). São
acumulados nos adipócitos.
2 – Estruturais
Presentes em todas as biomembranas. Apresentam uma cabeça
polar e uma cauda apolar. São os fosfolipídios (fosfoglicerídeos e
esfingolipídios).
Ainda encontramos na membrana o colesterol que diminui a fluidez da
membrana quando em excesso. Serve de base para a síntese dos hormônios
sexuais.
Função = reserva energética, hormonal e estrutural.
POLISSACARÍDIOS
BIOMEMBRANAS
Funções:
1 - Fosfolipídios
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Cauda = hidrofóbica;
Cabeça = hidrofílica.
São moléculas anfipáticas.
* Glicerol (triálcool);
* Fosfato;
* Álcool (colina, etanolamina, inositol e serina).
2 – Proteínas
2.1 – Intrínsecas
Interagem fortemente com as porções hidrofóbicas dos fosfolipídios. São
extraídas das membranas por meio de detergentes. Atravessam a bicamada
lipídica. Possuem domínios citoplasmáticos e não citoplasmáticos.
2.2 – Extrínsecas
Interagem por meio de ligações fracas com os lipídios de membrana. São
solubilizadas por meio de soluções de força iônica elevada ou mudança de pH.
Ligações: eletrostáticas e pontes de hidrogênio.
3 – Carboidratos
Estão ligados a:
Proteínas = glicoproteínas;
Lipídios = glicolipídios.
Glicocálice
Função:
• Reconhecimento molecular;
• Sinalização intercelular.
• Outra função dos açúcares de
membrana Î determinação
do tipo sangüíneo (ABO).
FLUIDEZ DE MEMBRANA
Movimentação:
Lateral Î Deslocamento dos fosfolipídios aleatoriamente na sua
monocamada;
Rotação Î Giro ao redor do eixo maior da molécula de fosfolipídio;
Flexão Î Dobramento das caudas apolares dos fosfolipídios por efeito de
ligações do tipo cis;
Balanço Î movimento vertical do fosfolipídio ficando a cabeça polar
acima do plano da sua monocamada;
Flip-flop Î mudança do fosfolipídio de monocamada. Esse processo é
catalisado por enzimas denominadas de flipases. Há gasto de ATP.
Permeabilidade
Tipos de transporte
B – Difusão por canais protéicos = canais protéicos formam vias aquosas para
a passagem seletiva de íons ou moléculas. Ex: canais de sódio e potássio.
CITOPLASMA
MITOCÔNDRIA
(mitos = alongado e chondrion = pequeno
grânulo)
ULTRA-ESTRUTURA
MORFOLOGIA DA MITOCÔNDRIA
Matriz
Membrana Interna
Membrana Externa
Espaço Intermembrana
Definição
Processo de oxidação das moléculas orgânicas acompanhado da liberação
de energia na forma de ATP.
1 - Respiração aeróbica:
Oxidação da glicose gerando ATP, CO2 e H2O.
2 – Respiração anaeróbica:
Oxidação da glicose gerando lactato.
3 – Fermentação alcoólica:
Oxidação da glicose gerando etanol e CO2.
Ciclo de Krebs
Degradação de:
1 – Carboidratos:
2 – Lipídios:
3 – Aminoácidos.
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5 - Formação do citrato.
Transdução de energia
Como ocorre?
Cadeia respiratória
Fosforilação oxidativa
Resultado:
Teoria quimiosmótica de
Mitchell
A passagem de elétrons na
cadeia respiratória provoca a
+
liberação de H da matriz para o
espaço intermembranas, gerando
um gradiente de H+ (ou de pH).
Ciclo da uréia
Ocorre nos hepatócitos
Dois grupos amino Î quebra dos aminoácidos
Uma molécula de CO2 Î descarboxilações;
Geração da uréia.
Um grupo amino gerado na matriz mitocondrial Î desaminação do
glutamato.
O grupo amino é adicionado à citrulina (mitocôndria). No citoplasma
ocorre a formação da uréia.
LISOSSOMOS
O que é digerido????
Material de endocitose;
Organelas e moléculas
(reciclagem).
Corpos residuais
Material não digerido que se acumula no interior dos lisossomos. Ex:
cardiomiócitos e neurônios.
1 – Endocitose
Pinocitose Î engloba moléculas em fase fluida;
Fagocitose Î engloba partículas em fase sólida;
Endocitose mediada por receptores Î engloba moléculas específicas
ligadas a receptores.
1.1 - Pinocitose
Engloba água, pequenas moléculas
e proteínas solúveis.
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1.2 - Fagocitose
Engloba partículas maiores.
Organismos unicelulares Î nutrição
Organismos pluricelulares Î defesa, eliminação de células (danificadas,
envelhecidas ou apoptose), remodelação (embriogênese) e cicatrização.
1.4 - Autofagia
Presença de organelas envelhecidas.
Membranas originárias do RE.
Formação das vesículas (autofagossomo).
Fusão com as vesículas pré-lisossomais.
Lisossomo ativo na digestão.
3 - Os Corpos Residuais
Formam-se quando a digestão é incompleta podem permanecer por
longo tempo na célula e, provavelmente, desempenham algum papel no
processo de envelhecimento.
PEROXISSOMOS
Características
Organela esférica;
Matriz finamente granular;
Formada por uma única bicamada.
Ocorre em todas as células eucariontes.
Tamanho e forma podem variar em
função da célula.
Humanos: Maior quantidade: fígado e
rim.
Enzimas características: urato oxidase e
catalase.
A composição enzimática varia com o tipo e a fisiologia celular.
REAÇÕES BIOQUÍMICAS
METABOLISMO DE LIPÍDIOS
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Como ocorre??
Reconhecimento pelos receptores das proteínas de matriz peroxissomal.
Movimento até a maquinaria de translocação sem gasto de ATP.
Movimento de translocação da proteína para a matriz com gasto de ATP.
RIBOSSOMOS
Subunidade menor Subunidade menor Vista inferior do ribossomo Vista lateral do ribossomo
Tradução
A seqüência de bases do RNA será convertida em uma seqüência de
aminoácidos na proteína. A cada três bases do RNAm que é lido pelo sistema
de tradução, um aminoácido é adicionado à cadeia protéica nascente.
São vários sítios responsáveis pela tradução que são encontrados nos
ribossomos: Sítio A = liga o aminoácido (está na subunidade maior); Sítio P =
forma a proteína (está na subunidade menor); Sítio E = sítio de saída da
cadeia polipeptídica.
Fases:
1 - Início
* Reconhecimento do códon AUG (start códon) pela subunidade 30 S;
* Ligação do primeiro aminoácido no sítio P (RNAt-metionona);
* União da subunidade maior 50 S;
* Formação do ribossomo 70 S.
2 – Alongamento
* Ligação do RNAt-carregado no sítio A;
* Formação da ligação peptídica;
* O RNAt descarregado é liberado do sítio A;
* Formação da proteína no sítio P;
* O ribossomo desloca-se um códon.
3 – Término
* Sítio A é posicionado no stop códon;
* Liberação da proteína no sítio P;
* Desmontagem do ribossomo.
RETÍCULO
ENDOPLASMÁTICO
Sistema de membranas
interconectadas na forma de tubos
ramificados ou na forma de cisternas
delimitando uma cavidade (luz).
Tipos
1 – REL (liso) Î síntese de
esteróides (células de Leydig);
degradação do glicogênio
(hepatócitos); e controle de cálcio
(fibras musculares);
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Organela dinâmica
Conversão REL Î REG ou REG Î REL
REL e REG na mesma célula apresentam
comunicação contínua.
Apresenta continuidade com o envoltório
celular.
Não apresenta continuidade com a
membrana plasmática.
Ocupa 10 % do volume celular.
Mais da metade do total de membranas em
uma célula animal.
Quantidade e localização variam com o tipo
e o metabolismo celular.
Composição química
Membranas
Polarização de membrana:
1) Face externa (citoplasmática) Î fosfatidilcolina, fosfatidiletanolamina
e fosfatidilserina;
2) Face interna (luminal) Î fosfatidilinositol e esfingomielina.
Luz ou lúmen
Apresenta composição aquosa.
Local onde se encontra o produto de
secreção celular.
ASPECTOS FUNCIONAIS
* Permanecem no RE;
* Enviados a outras organelas;
* Enviados para a secreção.
1 – Síntese protéica
1.1 - Associação dos ribossomos com o RE.
2 – Síntese de lipídios
Síntese de fosfolipídios em duas etapas:
Primeira
Dois ácidos graxos ligados a um glicerolfosfato.
Ocorre na face citoplasmática da membrana do RE.
Ocorre o crescimento da face citoplasmática da membrana do RE.
Segunda
Diferenciação da cabeça polar.
Adição de inositol, serina, etanolamina ou colina.
Pro 33
Oc uer
me à
resp
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B – Pontes dissulfeto
C – Glicosilação
2 moléculas de N-Acetilglicosamina;
9 moléculas de manose;
3 moléculas de glicose.
6 – Detoxificação
7 – Reserva de cálcio
8 – Glicogenólise
COMPLEXO DE GLOGI
No complexo de Golgi
ocorre a modificação de
proteínas e lipídios. Também
faz parte do sistema
citoplasmático de
membranas.
O complexo de Golgi é
composto por cisternas
achatadas e independentes,
mas que mantêm contato
entre si por meio de
vesículas. Ainda, fica
localizado entre o RE e a
membrana.
O complexo de Golgi
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Ultra-estrutura
É um sistema de
cisternas sobrepostas de
distribuição regular, cujo
número é variável (de 4 a 8
cisternas).
O sistema de
transporte é composto no
sentido do RE para o CG de
vesículas de 20 nm. E entre
as cisternas do CG são
compostas por vesículas de
40 nm a 80 nm.
Apresenta polaridade
funcional de cisternas, ou seja, a
face cis fica voltada para o RE; A
face média é composta por
cisternas que ficam localizadas
entre as faces cis e trans; A face
trans fica voltada para a
membrana.
Composição química
Membranas
Aspectos funcionais
1 - Transporte
Como ocorre?
* Vesícula sai do RE levando parte das suas proteínas;
* Na rede Golgi cis Î receptores (Erd2p) detectam as proteínas KDEL;
* Vesículas devolvem as proteínas próprias do RE.
No RE Î adição de um bloco de
açúcar Î processamento inicial Î
remoção de três glicoses e uma
manose.
No CG Î dois tipos de proteínas
N-ligadas:
1 - Ricas em manose: Não ocorre
adição de manose e, sim, remoção
desse açúcar ao longo das cisternas do
CG.
2 – Complexos: Adição de vários
açúcares ao longo das cisternas do CG.
Processamento de açúcares O-
ligados.
1.6 – Sulfatação
Adição de sulfato às proteínas e lipídios. Nos lipídios ocorre no grupo
carboxil. E nas proteínas nos resíduos de Tir (Tirosina). A sulfatação confere
carga negativa a molécula.
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1.7 – Fosforilação
Ocorrem na face cis do CG. Evento importante na formação das enzimas
lisossomais.
EXERCÍCIOS
(A) as mitocôndrias.
(B) o nucléolo.
(C) os ribossomos.
(D) os lisossomos.
São verdadeiras:
a) retículo endoplasmático.
b) vacúolo autofágico.
c) lisossoma.
d) crista mitocondrial.
e) vacúolo digestivo.