E-Book K Físico - Pedagogia Humanizada

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1

PEDAGOGIA HUMANIZADA:
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO
ESCOLARES

Relato de Experiência do grupo de


pedagogia hospitalar

2
Editora Performance

www.editoraperformance.com
Editor: Edson Cavalcante
Diagramação: w3f

Esta obra é licenciada sob uma Licença Creative Commons


Attribution-ShareAlike4.0 Brasil.

FICHA CATALOGRÁFICA

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

FARIAS, Sussane Messias de. OLIVEIRA,

Pedagogia Humanizada: Atuação do Pedagogo em espaços não


escolares [Recurso Digital] -- Arapiraca/Alagoas: Performance,
2020. Marcelino Carvalho de Brito

p.195

ISBN: 978-65-87637-33-4

1. Pedagogia 2. Educação 3. Humanidades 4. Escola

5. Pedagogia hospitalar, I. Título.

CDD 370
Índices para catálogo sistemático:

1. Educação 370
3
Susanne Messias de Farias
(Organizadora)

PEDAGOGIA HUMANIZADA:
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO
ESCOLARES

Relato de Experiência do grupo de


pedagogia hospitalar

4
Conselho Científico Editorial

Dr. Matusalém Alves Oliveira – Universidade Estadual da


Paraíba – UEPB e Faculdad Interamerinaca de Ciencias
Sociales – FICS
Dr. Washington Luiz Martins da Silva – Universidade
Federal de Pernambuco – UFPE e Faculdad Interamerinaca
de Ciencias Sociales – FICS
Dr. Júlio Gomes Duarte Neto – Universidade Estadual de
Alagoas – UNEAL
Dr .Felipe Manoel Santos Cavalcanti – Universidade
Federal de Alagoas – UFAL e Faculdade Pitágoras
Dra. Maria José Herculano Ferreira de Barros – Faculdade
de Ensino Regional Alternativa – FERA
Dra. Carla Emanuele Messias de Farias – Academia
Arapiraquense de Letras e Artes – ACALA, União
Brasileira de Escritores – UBE e Faculdad Interamerinaca
de Ciencias Sociales – FICS.
Dr. Sóstenes Ericson Vicente da Silva – Universidade
Federal de Alagoas - UFAL
Dr. Flávio Carreiro de Santana – Universidade Estadual
da Paraíba – UEPB e Universidade de Coimbra
Ms. Maria Lucivânia Souza dos Santos – Universidade
Federal de Pernambuco - UFPE
Dr. Roberto Belo Júnior - Instituto Federal de Alagoas –
IFAL

5
SUMÁRIO

PREFÁCIO I.....................................................................9
PREFÁCIO II.................................................................13
DEDICATÓRIA............................................................17
DEDICATÓRIA............................................................18
CAPÍTULO 1
HISTÓRIA DO GRUPO DE PEDAGOGIA
HOSPITALAR................................................................24
CAPÍTULO 2
ITA: UM RELATO DE INTERVENÇÃO SOBRE
MUSICOTERAPIA, GESTOS, PINTURAS E
MOVIMENTOS..............................................................36
CAPÍTULO 3
A MUSICA COMO MEIO DE DESENVOLVER A
INTELIGÊNCIA E A INTEGRAÇÃO DO
SER...................................................................................51
CAPÍTULO 4
INTERVENÇÃO MUSICOTERÁPICA COM
GESTANTES: CONTRIBUIÇÕES DA MÚSICA,
USADA COMO FERRAMENTA DURANTE A
GESTAÇÃO....................................................................62
CAPÍTULO 5
FLIARA- FEIRA LITERÁRIA DE ARAPIRACA: A
INFLUÊNCIA DA MUSICA NO
COMPORTAMENTO HUMANO ATRAVÉS DA
MÚSICA E
POESIA...........................................................................78

6
CAPÍTULO 6
A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NA
EDUCAÇÃOINFANTIL...............................................89
CAPÍTULO 7
MÚSICA E POESIA NAS RODAS DA
PARTICIPAÇÃO POPULAR, DA EDUCAÇÃO EM
SAÚDE E NO MOMENTO
AGROECOLÓGICO......................................................97
CAPÍTULO 8
A MUSICOTERAPIA COMO INSTRUMENTO
DIDÁTICO....................................................................109
CAPÍTULO 9
SETEMBRO AMARELO: UMA PRÁTICA
REFLEXIVA PARA A VOLORIZAÇÃO DA VIDA
NA COMUNIDADE ACADÊMICA!.......................119
CAPÍTULO 10
PRÁTICAS AGROECOLÓGICAS COMO
FERRAMENTA EDUCATIVA LIBERTADORA NO
ABRIGO MARIA DAS NEVES NO MUNICÍPIO DE
ARAPIRACA-AL.........................................................130
CAPÍTULO 11
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
INTERCALADOS PARA CRIANÇAS
INSTITUCIONALIZADAS NO ABRIGO MARIA
DAS NEVES EM ARAPIRACA-
ALAGOAS....................................................................147

7
CAPÍTULO 12
DEZEMBRO VERMELHO: UMA PRÁTICA
REFLEXIVA NA PROMOÇÃO DE SAÚDE E
ESCOLA........................................................................159
CAPÍTULO 13
A IMPORTÂNCIA DA MUSICALIZAÇÃO E
CONTAÇÃO DE HISTÓRIA PARA
CRIANÇAS...................................................................174
AUTORES....................................................................186

8
PREFÁCIO I

Foi com imensa alegria e satisfação que recebi


da professora Susane Messias o convite para prefaciar
este livro. A presente obra constitui-se de uma
coletânea de artigos de autoria dos membros do
grupo de estudo em Pedagogia Hospitalar da
Faculdade de Ensino Regional Alternativa (FERA).
O grupo de estudo surgiu inicialmente com o
objetivo de aprofundar os conhecimentos na temática
acerca da atuação do pedagogo no ambiente
hospitalar. Desde então, Susane tem conduzido de
forma maestral um seleto grupo de alunos que
conscientes do papel transformador da educação, e
consequentemente da responsabilidade que cada um
possui enquanto agente promotor de mudança
perante uma sociedade carente de conhecimento e de
práticas mais humanizadas, se despuseram a fazer a
diferença frente ao complexo emaranhado de
possibilidades que permeiam a formação e a atuação
do pedagogo diante da infinitude de atribuições e
contribuições que este profissional oferece dentro e
fora dos muros da escola.
À medida que os encontros aconteciam é que
seus membros se debruçavam sobre as literaturas já

9
escritas acerca da temática estudada, o desejo de
expandir o conhecimento adquirido só aumentava,
culminando assim, na realização de práticas efetivas
em diferentes espaços, como escolas, hospitais,
abrigos, dentre outros. Intervenções estas que
poderão ser vistas nos artigos aqui contidos, tendo em
vista que estes apresentam diferentes relatos das
inúmeras práticas interventivas realizadas pelo
grupo.
Dentre os relatos é possível debruçar-se sobre
as experiências vivenciadas com a música como meio
de desenvolver a inteligência e a integração do ser,
demostrando a eficácia da musicoterapia como
instrumento didático a serviço do processo de ensino
aprendizagem, ou encantar-se com relatos acerca da
agroecologia como ferramenta de aprendizagem para
crianças residentes em um abrigo na cidade de
Arapiraca, dentre tantos outros relatos capazes de nos
encher de motivação e crença no poder transformador
de práticas comprometidas com o melhoramento e a
mudança social.
Evidentemente os escritos aqui contidos não
contemplam a grandeza das experiências vivenciadas
por seus autores, mas sem dúvida alguma são
fragmentos repletos de significados, que trarão

10
grande contribuição ao campo teórico e prático da
pedagogia hospitalar, tendo em vista que este livro se
inscreve ao lado de tantos outros escritos acerca das
temáticas abordadas, como uma rica e vasta fonte de
aprendizado e crescimento intelectual e pessoal
também.
Dessa forma, parabenizo a todos os integrantes
do grupo de estudo em Pedagogia Hospitalar, na
certeza de que este será a primeira de muitas
produções, pois estes escritos são sem dúvida parte
relevante da história que está escrita dentro de vocês
pela experiência existencial individual de cada um, e
sobretudo pelas vivências compartilhadas enquanto
grupo.
Posto isto, não poderia deixar de registrar aqui
minha alegria em também ter feito parte desse grupo,
foi uma experiência incrível, sobretudo pela
possibilidade de reencontrar novamente em uma sala
de aula alunos e alunas tão especiais na minha
trajetória enquanto docente da faculdade Fera.
Embora o tempo que permaneci com vocês tenha sido
demasiado curto, tenham certeza de que foi de valor
inestimável.
Profissionais da educação como vocês, e
trabalhos como os que vocês realizam e que aqui estão

11
descritos, serão sempre uma fonte de inspiração para
aqueles que apesar das dificuldades continuam a
acreditar na educação como real possibilidade de
mudança pessoal e social.
Iniciativas e práticas como as da professora Suzane, e
de seus alunos, nos fazem crer que apesar dos
percalços que enfrentamos no prazeroso, mas também
árduo caminho da docência, nos possibilita acreditar
que sempre podemos ir mais além do que
imaginávamos sermos capazes.
Avante, meus eternos alunos!!! Que nada os limites!
Que nada os paralise!!!
Posto isto, gratidão e carinho me definem!!! Muito
obrigada!!!

Joelma Agripino
Arapiraca, 04 de maio de 2020.

12
PREFÁCIO II

Sinto um prazer e feliz por receber um convite


da professora Susanne Messias de Farias para
prefaciar este livro. A presente obra constitui-se de
uma coletânea de artigos de autoria dos membros do
grupo de estudo em Pedagogia Hospitalar da
Faculdade de Ensino Regional Alternativa (FERA).
A proposta do grupo de estudo é disseminar
saberes também fora do ambiente escolar, tais como:
os hospitais, os abrigos, os centros de acolhimentos
(lar de idosos) e dentre outros e, assim, humanizando
e transformando os indivíduos naqueles ambientes.
Desta forma, o grupo é composto por professores e
acadêmicos do curso Pedagogia da FERA, local das
reuniões realizadas semanalmente para discussão das
ações voltadas à comunidade e de apresentações de
artigos científicos liderados pela professora e
coordenadora Susanne.
A cada encontro era perceptível o entusiasmo
dos integrantes do grupo para articular e alinhar as
ações, que destas eram destinadas as atividades
comemorativas (datas comemorativas) informando e
demonstrando a comunidade acadêmica e a
sociedade que cada um de nós poderia atribuir a
prevenção e a conscientização através da educação,
13
destacando-se, as campanhas como: abril azul
(conscientização do autismo), setembro amarelo
(doação de órgãos) e outubro rosa (combate ao câncer
de mama).
E é claro, não devo deixar informar que o grupo
Pedagogia Hospitalar traz uma ação bastante peculiar
que é a musicoterapia, que, além de levar o
conhecimento, demonstra a importância do pedagogo
perante o ambiente que esteja inserido, sejam
hospitais sejam escolas ou outros.
Além disso, os acadêmicos do curso de
pedagogia da Faculdade FERA que são integrantes
vivenciam e visualizam durante os encontros a teoria
e a prática, seja a praxidade, através de outras ações
acerca da agroecologia, por exemplo: Horta
Pedagógica, como ferramenta de aprendizagem que
foi inserida para criançasresidentes em um abrigo na
cidade de Arapiraca, com isso, fortalecendo e
aperfeiçoando o processo de ensino-aprendizagem.
Atitude como essa que a professora Susanne conduz
com maestria apresentando que o ensino-
aprendizagem não é só no espaço de uma sala de aula
circundado por alvenaria e sim por meio de outros
recursos metodológicos. Pois, através dos relatos dos
acadêmicos e das crianças a horta pedagógica

14
implantada no abrigo foi bastante transformador e
motivador melhorando assim, os aspectos sociais e
culturais.
Vale destacar sobre esta horta pedagógica
mencionada acima resultou em um excelente trabalho
acadêmico no ano de 2019, no qual, foi submetido ao
62º Congresso Nacional de Estudantes de Agronomia
(CONEA), na Universidade Federal de Alagoas (
UFAL) no Departamento de Ciências Agrárias no
âmbito da Agroecologia, demonstrando assim, que o
grupo de estudo terá excelente trajetória.
Assim, fica evidente que os artigos aqui
expostos na presente obra são excelentes relatos de
experiências de todas as atividades realizadas pelo
grupo de estudo decorrentes de todos esses anos, com
isso, terá uma grande contribuição no campo teórico e
prático dentro da Pedagogia Hospitalar além de
apresentar uma vasta ferramenta de aprendizado e
crescimento intelectual.
Desta forma, agradeço e parabenizo a todos os
integrantes do grupo de estudo em Pedagogia
Hospitalar, e imagino que esta obra será a primeira de
muitas produções científicas, pois os artigos são
relevantes de acordo com a história e a experiência de

15
cada um integrante e sem dúvidas é um marco
importante para todos.
Devo ressaltar, que foi um prazer de ter
participado de um grupo tão seleto, no qual, tivemos
permutas de experiências e de conhecimentos
científicos baseados em evidências atuais referentes a
educação e, dessa forma, auxiliando no processo de
ensino-aprendizagem.
Com isso, vocês, acadêmicos comprometidos
com a educação, foram extremamente importantes no
processo de formação e conscientização para outros
profissionais de áreas correlatas, despertando assim,
a mudança de comportamento referente a
metodologia no âmbito da educação, na qual, pode ser
realizada em qualquer ambiente e o que importa é
força de vontade de cada um. Portanto, concluo com
letra maiúscula: PARABÉNS GUERREIROS!!!
Sendo assim, a professora Susanne expressa:
honestidade e comprometimento com a ciência que
contribuem com o bem-estar da sociedade. Muito
obrigado!

Ralmony de Alcantara Santos


Arapiraca, 04 de maio de 2020.

16
DEDICATÓRIA

Dedicamos esse livro primeiramente a Deus que é a


nossa luz a guiar nossos passos, sem Ele nada do que
foi feito teria valor algum, a nossa Coordenadora
Susanne Messias de Farias , que tanto acreditou e que
sempre nos apoiou, sua garra e determinação foi o
combustível que nos motivou pra chegar até aqui, sem
a qual não existiria possibilidades de vivermos esse
momento tão marcante em nossas vidas pessoais e
acadêmica, por confiar à nós, suas “crias”, a honra de
sermos excelentes profissionais para atuar em
diversas áreas, trabalhando competências para ter
uma qualidade e êxito na atuação profissional.
Dedicamos aos familiares, aos cônjuges, aos filhos por
todo apoio moral e financeiro, além da paciência e
compreensão pelas ausências, quando em atividades
do grupo.

17
AGRADECIMENTO

A elaboração deste livro não teria sido possível


se Deus não nos tivesse nos abençoados com o dom
de ajudar pessoas que precisam de nós, o dom da
escrita para que esse livro fosse feito com tanto amor
e dedicação.

Nossa gratidão e terno apreço a todos aqueles


que, direta ou indiretamente, contribuíram para que
esta obra se tornasse uma realidade, em especial ao
membros que prevalece no grupo, que tornaram esse
sonho realidade, a todos os acadêmicos que já fizeram
parte. Nossos sinceros agradecimentos ao músico
Eduardo Alves, por se disponibilizar a nos ajudar
sempre alegrando nossas ações com seu dom da voz e
instrumental.

A Faculdade de Ensino Regional Alternativa –


FERA, pelo apoio e acolhimento para o nosso grupo
de estudo ter nascido e ter realizado todas as reuniões
presenciais na sede da instituição. Os coordenadores
que contribuíram, Sandra Falcão, que deu origem ao
18
nome grupo, ao projeto inicial que, durante dois anos
nos contemplou com sua garra e determinação,
principalmente nas nossas ações com Musicoterapia,
Andreia Araújo sua alergia foi contagiante durante
período que contribuiu conosco, suas dinâmicas
nossas interversões foram fundamentais para nossa
construção lúdica, Ralmony de Alcantara e Joelma
Agripino, ficaram pouco tempo conosco, mas já
tornaram parte da nossa história com olhar
humanístico que tiveram, além de contribuir com
nossos prefácios do grupo, a Lindalva Flor e
Anderson De Padua por seu apoio. Aos professores
da instituição e a coordenação do curso de Pedagogia
que sempre nos valorizaram, em particular a Divani
Messias e Karine Queiroz, que sempre acreditou
nosso potencial. Aos técnicos da instituição que
quando necessário nos auxiliavam nossos evento na
instituição.

As instituições que nos acolheram e nos deram


espaço para tornar realidade nosso sonho de exercer
nosso ofício de professores de forma humanizada,
como Faculdade de Ensino Regional Alternativa-
FERA, o Instituto Teodoro Albuquerque (ITA), UFAL,
FLIARA, NOBEL, ABRIGO MARIA DAS NEVES,

19
ACALA, EDITORA PERFORMACE e o ALBERGUE
NOTURNO MONSENHOR JOSÉ NETO.

A Carla Emanuele Messias, por sempre abrir as


portas para as nossas ações seu apoio e visão de águia
que nos levou a percorrer caminhos outrora não
almejados, mas que tem feito vivenciarmos o ‘’
extraordinário’’. A Kamila Gonzaga por sempre uma
apoiadora e facilitadora para nossas intervenções no
ITA. Agradecemos aos Colaboradores para a
realização da formatura “Pequeno Cidadão”,
específico ao coordenador do abrigo Thiago
Nascimento, a vereadora Gilvânia Barros, a
subsecretaria de assistência social, Eliane Cícera
Bezerra pelo apoio e credibilidade sempre confiada ao
grupo, sua visão humanizada de gratidão por nossas
ações, nos motivava. Gratidão a jornalista Taísa Bibi
por sempre prestigiar nos eventos e ao nosso parceiro
Diego Leonardo pela acessória sempre tirado nossas
duvidas administrativas.

Somos imensamente gratos a juvenil Nicole


Aprígio França por nos presentear com seu talento
ilustrando e criando a arte da capa dessa obra. E por
fim gostaríamos de externar também os nossos
profundos agradecimentos a Jhennefy Fernanda

20
Moreira dos Santos Lima e Paula Valentino Moura.
Vocês foram sem dúvida a mão de Deus em forma
humana abrindo as principais portas para que tal ação
tivesse o brilho que teve, muito obrigado por
colaborarem com a realização desse nosso grande
sonho.

NOSSO MUITO OBRIGADA Á TODOS!

21
Pedagogia Hospitalar A pedagogia intercalada
no ramo da
Pedagogia é amor,
hospitalização
Onde Há Ramificação
Música é sentir, amar,
Tudo começou com uma pular, sorrir...
conversa informal
Terapia é relaxar,
E logo se tomou uma
Musicoterapia é o ar
direção
Que todo pedagogo deve
Salve, salve Paulo
exalar
freire!
Não há limite no que
Estudo e pesquisa,
se faz
Noites mal dormidas,
Quando se trata de
O que de fato importa fazer o bem,
nessa jornada
Crianças em
É a criança, a acolhida vulnerabilidade,

22
Um choque de Mais amor, mais
realidade, atenção
Ajudar sem olhar a Resiliência e plenitude
quem
Essa é a nossa virtude,
Não há limite para a
A pedagogia da
ação
humanização.
Pedagogia Hospitalar
atende da criança ao
peão Leandro Oliveira ,2020

O que importa de fato


neste mundo é a
humanização
Amor no que se faz,
Concluir e permitir, O
importante é agir,
nunca! Nunca, um
direito de a criança
ferir!
23
CAPÍTULO 1

HISTÓRIA DO GRUPO DE PEDAGOGIA


HOSPITALAR

Sineide dos Santos Barros1


Cícera Gonçalo de Morais2
Mayane da Conceição Barros3
Susanne Messias de Farias4

RESUMO

O artigo trata sobre a origem do grupo de estudo


Pedagogia Hospitalar da Faculdade de Ensino
Regional Alternativa-FERA localizado no município
de Arapiraca-AL. Atualmente, a Pedagogia
Hospitalar como processo pedagógico é uma

1 Graduanda em pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional


Alternativa-. E-mail: [email protected]\ Rua Floracy da Silva
Barros, 288, Alto do Cruzeiro.
2 Graduanda em pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional

Alternativa-. E-mail: [email protected]\ Rua Floracy da


Silva Barros, 288, Alto do Cruzeiro.
3 Graduanda em pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional

Alternativa-. E-mail: [email protected] \ Rua Floracy da


Silva Barros, 288, Alto do Cruzeiro.
4 Mestranda em Dinâmica Território e Cultura- UNEAL. Rua

Governador Luiz Cavalcante,79, Alto do Cruzeiro, Arapiraca, AL,


Brasil. E- mail: [email protected]

24
realidade no vasto leque de atuação do pedagogo na
sociedade contemporânea. O presente trabalho tem
como objetivo geral debater assuntos pertinentes ao
tema abordado, relatar situações vivenciadas com o
grupo de forma a somar academicamente para o
conhecimento dos envolvidos. Os objetivos
específicos são auxiliar os estudantes sobre o tema
abordado, atribuir um novo olhar sobre a Pedagogia
Hospitalar e a forma de como utilizar a mesma como
instrumento didático. Esse trabalho justificasse pelas
necessidades de os discentes aplicarem seus
conhecimentos científicos e expandir suas práticas.
Juntos construiremos um mundo no qual todas as
crianças possam aproveitar sua infância. O foco do
grupo de pedagogia hospitalar inicialmente era se
aprofundar no conhecimento científico no que tange o
assunto especificamente falando, por essa razão foi
imprescindível a busca por atores que defendiam esse
ponto de vista. Pimenta, (2001), Rezende (2001),
Evangelista (2007), Matos (2013), Wolf (2001),
Mugiatti e Matos (2013). Portanto a Pedagogia
Hospitalar também busca oferecer assessoria e
atendimento emocional e humanístico tanto para o
paciente (criança/jovem) como para o familiar
(pai/mãe) que muitas vezes apresentam problemas de

25
ordem psico/ afetiva que podem prejudicar na
adaptação no espaço hospitalar, mas de forma bem
diferente do psicólogo.

INTRODUÇÃO

O atendimento pedagógico em ambiente


hospitalar é reconhecido pela legislação brasileira
como direito da continuidade de escolarização
àquelas crianças e adolescentes que se encontrem
hospitalizados. A legislação brasileira reconhece tal
direito por meio da Constituição Federal de 1988, do
Decreto Lei n. 1.044/69, da Lei n. 6.202/75, da Lei n.
8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente, da
Resolução n. 41/95 do Conselho Nacional de Defesa
dos Direitos da Criança e do Adolescente, da Lei n.
9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional – e da Resolução n. 02/01 do Conselho
Nacional de Educação. A essa modalidade de
atendimento educacional denomina-se Classe
Hospitalar, que, segundo a Política Nacional de
Educação Especial, publicada pelo MEC – Ministério
da Educação e da Cultura, em Brasília, em 1994, visa
ao atendimento pedagógico às crianças e adolescentes
que, devido às condições especiais de saúde,
encontram-se hospitalizados.
26
O grupo de Pedagogia Hospitalar originou-se
de um momento de reunião em que os professores do
curso de pedagogia consideraram a possibilidade de
criar um grupo de estudo com essa temática. Para que
assim o alunado pode-se crescer em conhecimento
acadêmico fortalecendo também a prática na área da
pedagogia hospitalar. Surgindo no ano de 2017 o
grupo de Pedagogia Hospitalar sob a coordenação das
professoras Susanne Farias, Andréia Araújo e Sandra
Falcão.

Atualmente, a Pedagogia Hospitalar como


processo pedagógico é uma realidade no vasto leque
de atuação do pedagogo na sociedade
contemporânea. Em muitos casos funciona em
parceria entre hospital, Universidade através dos
estagiários e a instituição escolar de onde o paciente é
oriundo, preservando a continuidade do
desenvolvimento da aprendizagem, através de
metodologias diferenciadas, flexíveis e vigilantes que
respeitem o quadro clínico. (WOLF, 2001).

O presente trabalho tem como objetivo geral


debater assuntos pertinentes ao tema abordado,
relatar situações vivenciadas com o grupo de forma a
somar academicamente para o conhecimento dos

27
envolvidos. Os objetivos específicos são auxiliar os
estudantes sobre o tema abordado, atribuir um novo
olhar sobre a Pedagogia Hospitalar e a forma de como
utilizar a mesma como instrumento didático. Esse
trabalho justificasse pela necessidade de os discentes
aplicar seus conhecimentos científico e expandir suas
práticas.
Diante do exposto, é possível perceber que a
Pedagogia Social se faz presente em diferentes níveis
e contexto, escolares e não escolares, e as práticas
educativas poderão contribuir no desenvolvimento e
na ampliação de atitudes mais humanizadoras.

DESENVOLVIMENTO

Foi aberto um edital para o recrutamento dos


discentes interessados para fazer parte do início do
grupo de estudo de Pedagogia Hospitalar para o
crescimento acadêmico e científico foi adotado o
estudo do livro Pedagogia Hospitalar: A
Humanização Integrado Educação e Saúde, das
autoras Elizabete Lúcia Moreira Matos, Margarida
Maria Teixeira de Freitas Mugiatti, Editora Vozes 6ª
Edição. Realizamos um seminário interno somente
com os membros e orientadores do grupo, para

28
melhor debater o conteúdo abordado no livro e assim
socializarmos com todos os integrantes.

As reuniões aconteciam em sua grande maioria


na própria Instituição, salvo algumas vezes por
necessidade maior fizeram-se em localidades de fácil
acesso sendo na casa de um dos membros. Nas
reuniões também era assunto pautado a organização
das intervenções, os eventos tanto internos quanto
externo em sua grande maioria acontecia na cede
voltados para fins acadêmicos.

A organização dos minicursos passava por


muitas analise para que pudéssemos ter uma direção
ou perspectiva de público, seja ele homogêneo ou
heterogêneo, fazendo assim a caracterização da área
de estudos, elaboração da metodologia a ser aplicada
voltada para humanização e a valorização do ser
humano.

Ao termino de cada intervenção, fazia-se um


levantamento de todos os acontecimentos com os
pontos positivos e os que precisavam ser melhorados,
servindo de base para futuras construções acadêmicas
e realização de outros cursos.

29
A HISTÓRIA DO GRUPO DE PEDAGOGIA
HOSPITALAR

Foi expressiva a sucessão de interesse por esse


assunto pois com o estudo do livro e sua ação
inovadora, até então não trabalhada em nosso
município. A cada reunião crescia o desejo do grupo
evoluir e ir para prática. Começou então por parte dos
coordenadores encontrar os apoiadores que abrissem
as portas para ação do grupo. Percebemos a
necessidade de ser útil para sociedade, sabendo que
não seria fácil encontrar apoiadores, afinal toda ideia
inovadora encontrara barreiras ao longo do caminho.

Criou o anseio por conhecimento e cada vez


mais nas reuniões o livro de pedagogia hospitalar era
entendido pelo grupo, se fazia necessário aprofundar-
se cada vez mais na temática. Observa-se então “este
trabalho rever-se assim, de um cunho extremamente
significativo, pois representa as expressões literais de
um momento histórico que vem sinalizando a
necessidade também da presença de um pedagogo na
equipe de saúde...”

O papel da educação, por sua vez, torna-se


cada vez mais importante, face à multiplicidade de
demanda das necessidades sociais emergentes.
30
Freire (1983, p.33), evidencia:

[...] desenvolvimento de uma consciência crítica


que permita ao homem transformar realidade se
faz cada vez mais urgente. Na medida que os
homens, dentro de sua sociedade, vão
respondendo aos desafios do mundo, vão
temporalizando os espaços geográficos e
fazendo histórias pela sua própria atividade
criadora.

O foco do grupo de pedagogia hospitalar


inicialmente era se aprofundar no conhecimento
científico no que tange o assunto especificamente
falando, por essa razão foi imprescindível a busca por
atores que defendiam esse ponto de vista. Perceber-se
que se deve manter e potencializar os hábitos próprios
da educação e do aprendizado que as crianças e
adolescentes hospitalizadas em idade escolar gozem
desse direito de continuar seus estudos respeitando
suas limitações quer sejam no ambiente hospitalar ou
no seu lar. Pois é sabido que também podemos atuar
nesse ambiente.

A educação é o mais importante foco de uma


sociedade, é com ela que nós desenvolvemos e
crescemos melhores como nação e como
cidadãos. E o educador tem como missão passar
tais conhecimentos a todos. Levar conhecimento
àqueles que encontram-se impossibilitados de ir
buscá-los é o caminho apresentado pela obra.
31
Pedagogia hospitalar assume uma luta
incessante pela qualidade de vida, pela busca de
novos conhecimentos, para beneficiar enfermos,
principalmente jovens e crianças que se
encontram nesta situação. Conheça esta jornada
de dedicação e de amor à saúde e à educação.
(MUGIATTI E MATOS,2013)

CONCLUSÃO

O crescimento do grupo assim como sua


consolidação foi possível graças a união e o desejo de
ajudar ao próximo. A Pedagogia Hospitalar veio para
a vida de cada participante do grupo de uma forma
simples, mas aos poucos tornou-se peça importante
para o cotidiano, pois não sabíamos olhar para o outro
e não enxergar o que podíamos fazer para ajudar e
trazer para nós o comprometimento de melhorar
aquilo que nos foi mostrado. É fato que os ganhos
acadêmicos em relação ao conhecimento adquirido
mudou a vida de cada participante, assim como
mudou a vida daqueles que nos foi possível interver e
ter um olhar para eles e assim contribuir da melhor
maneira possível para o desenvolvimento e
crescimento intelectual e humanizado de todos os
envolvidos.

32
REFERÊNCIAS

_________. Pedagogia Hospitalar: a humanização


integrando educação e saúde. Petrópolis, RJ: Vozes,
2006.

MATOS. E,L,M. MUGIATTI. M, M ,T ,F.A


Humanização Integrado Educação e Saúde. Editora
Vozes 6ª Edição.2013.

SILVA.G.C Pedagogia Hospitalar. Disponível em:


http://repositorio.unicentro.br:8080/jspui/bitstream/1
23456789/544/5/SILVA%2C%20G.C.
20Pedagogia%20hospitalar.pdf. Acesso 25/04/2020.

WOLF.R, A, P. Pedagogia Hospitalar: A Prática do


Pedagogo em Instituição Não-Escolar. Revista
Conexão UEPG, vol. 3, núm. 1, enero-diciembre,
Ponta Grossa.2007.2001.

33
ANEXO

Figura 02 – Minicurso –
Figura 01 – Visita ao ITA
Musicoterapia - FERA

Figura 03 – Minicurso – UFAL-CONEA Figura 04 - FLIARA

34
Figura 05 – Formatura Pequeno Cidadão – Abrigo Maria das Neves

Fonte: dados da Pesquisa.

35
CAPÍTULO 2

ITA: UM RELATO DE INTERVENÇÃO SOBRE


MUSICOTERAPIA, GESTOS, PINTURAS E
MOVIMENTOS

Sineide dos Santos Barros¹


Loureny Ellen Gonçalves Gomes²
Nadriele Maria dos Santos³
Susanne Messias de Farias4
RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo geral trabalhar


a musicoterapia, gestos, pinturas e movimentos com
pacientes internados no Instituto Teodoro
Albuquerque (ITA), localizado na cidade de
Arapiraca. Com isso, mostramos que o objetivo da
mesma é a intervenção prazerosa, e também o
compromisso com a qualidade de vida do indivíduo
em sofrimento psíquico. Considerando que o enfoque
deste trabalho é voltado para as questões ligadas à
saúde e ao adoecimento, em especial ao adoecimento
mental, torna-se interessante abordar o conceito da
música como recurso terapêutico. O que demonstra a
responsabilidade do grupo que lhe cabe verificar em
que momento ele pode utilizar essa prática e também
avaliar os efeitos da música sobre o paciente. Utilizar-

36
se de músicas que o paciente goste, tomando o
cuidado para que não cause irritação ao mesmo, pode
prejudicar ao invés de ajudar. A musicoterapia é o uso
da música como instrumento de saúde, mostrando
que é possível desenvolver potenciais, reabilitar e
prevenir doenças através dos sons. O efeito desse tipo
de terapia vai além do uso da música como
tranquilizante ou como ferramenta para alegrar o
paciente. Estudos garantem que o tratamento
fortalece emocionalmente o paciente.

¹Graduanda em pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional


Alternativa-. E-mail: [email protected]\ Rua Floracy da Silva
Barros, 288, Alto do Cruzeiro.
²Graduanda em pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional
Alternativa-. E-mail: [email protected]\ Rua Floracy da Silva
Barros, 288, Alto do Cruzeiro.
3Rua Floracy da Silva Barros, 288, Alto do Cruzeiro, Arapiraca, AL,
Brasil. E-mail: [email protected]
4Graduando em Música pela Faculdade Evangélica de Salvador -
Graduando em pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional
Alternativa-. E-mail: [email protected]\ Rua Floracy da Silva
Barros, 288, Alto do Cruzeiro.4Mestranda em Dinâmica Território e
Cultura- UNEAL. Rua Governador Luiz Cavalcante,79, Alto do
Cruzeiro, Arapiraca, AL, Brasil. E- mail: [email protected]

37
INTRODUÇÃO

Segundo Ramalho e Ramalho (2017) a


utilização da música para melhorar o bem-estar físico
emocional e mental é praticada desde tempos antigos.
É difícil encontrar uma única fração do corpo humano
que não acuse a influência dos sons musicais
mobilizando as emoções e influenciando em
numerosos processos corporais. Atua de forma direta
sobre as células e os órgãos que o constituem e
indiretamente mobilizando as emoções e
influenciando em numerosos processos corporais
que, por sua vez, propiciam relaxamento e bem-estar.
Sendo utilizado como recurso terapêutico nas
terapias não verbais como a musicoterapia, encontra-
se no desenvolvimento de conteúdo internos do
indivíduo trazendo novas ressignificações
melhorando a autoimagem, a autoconfiança, a
autoexpressão e criatividade. Possuindo papel
fundamental no resgate de memórias e emoções
suprimidas promovendo uma integração e
fortalecendo o self, também chamado de autoconceito
e de noção de mim, é a percepção de si e da realidade
pela própria pessoa.
Sendo assim, o que se deve considerar é que o
canto por manifestar o que está guardado no
38
inconsciente do indivíduo, cada um irá produzir e
expressar de acordo com suas experiências e gostos
sonoro-musicais adquiridos ao longo da vida. Sendo
assim, o canto utilizado como recurso terapêutico
aliado com muito amor e dedicação ao próximo se
mostra um recurso terapêutico de grande potencial na
promoção da saúde mental. (RAMALHO,
RAMALHO, 2017).
Considerando que o enfoque deste trabalho é
voltado para as questões ligadas à saúde, em especial
à saúde e ao adoecimento mental, torna-se
interessante abordar o conceito da musicoterapia. E
por meio dessa, o grupo de estudo Pedagogia
Hospitalar, realizou no ano de 2017, a primeira
intervenção de musicoterapia do grupo nesse espaço.
O Instituto de propriedade pública, atendendo
de maneira gratuita, é mantido por verbas públicas
que são destinadas para a manutenção e o
funcionamento do local, havendo também o ambiente
particular, que funciona com taxas diárias, para que
se possa contribuir com os cuidados de pessoas que
necessitam de maior atenção. Os pacientes do
Instituto Teodoro Albuquerque (ITA) tem uma rotina
diária pré estabelecida pelas psicólogas e terapeuta
ocupacional, na qual desenvolvem atividades para

39
serem realizadas durante o dia, além dos momentos
de socialização e acompanhamento psiquiátrico, com
auxílio de outros profissionais que compõem o
quadro de funcionários para o funcionamento e
utilização dos recursos destinados para os pacientes.

DESENVOLVIMENTO

Para o alcance do objetivo proposto, foi


montado uma estratégia e estudada previamente
sobre como seria o comportamento dos acadêmicos
naquela primeira visita, pois precisava-se saber a
caracterização do ambiente e assim decidir qual
metodologia aplicar com os pacientes.
No primeiro momento de intervenção foi vista
toda equipe do instituto plantonista daquele dia, e
passado as devidas orientações de contato inicial para
com os pacientes, pois só os medicados poderiam ter
contato no momento da socialização para que
pudessem ir ao pátio e assim interagir com os demais.
E foi nesse momento que consistiu na primeira
intervenção.
Foi aplicado como forma de interação e contato
inicial algumas atividades de movimento do corpo,
tais como a dinâmica do passe o balão se sobressaiu
das demais embora outras também foram realizadas.
40
Pintura e desenhos livres ganharam formas nas mãos
dos pacientes, juntamente com uma conversa alegre e
amigável deixando o ambiente tranquilo e acolhedor.
Foram verificados os traços fortes e as cores
predominantes em cada desenho onde
posteriormente foi debatido em sala de aula a
expressividade relatando muito da personalidade de
cada indivíduo que a pintou, através das orientações
de uma das coordenadoras do grupo.
Na aquela oportunidade pode-se contar com
um quadro de funcionários do instituto que se
mostrou muito receptivo e que foi de suma
importância para realização da proposta de
intervenção. Dentro do quadro de funcionários do
instituto estavam presentes nas interações e
auxiliando o grupo: Kamila Gonzaga – Terapeuta
Ocupacional, Jaqueline – Recreista, Rosalva –
Recreista, Sonaly Emanuelle –Assistente Social,
Asilam – Enfermeira.
Na pausa para o lanche, pode-se conhecer
rapidamente um pouco do interior do Instituto, onde
o grupo em uma fila indiana passava rapidamente por
cada ala do ITA. Ao retornar a sala junto com os
demais houve um momento de escuta para que os
pacientes ali contidos falasse um pouco de como foi

41
aquela tarde, foi surpreendente ouvi-los dizer o quão
satisfeito estavam e o quanto queria mais momentos
como aqueles, onde eles podiam brincar, cantar,
interagir e conversar, algo não muito frequente para
eles, pois muitos não costumam receber visitas de
seus familiares deixando um vazio dentro deles.
Na reunião de volta a sede do grupo, já
conhecendo o ambiente e cheios de ideias para
implementar no instituto, a primeira situação
levantada foi a construção de uma horta pedagógica,
que iria contribuir de maneira satisfatória, pois a
maioria dos pacientes não havia concluído as series
inicias, era uma oportunidade de alfabetizar e ao
mesmo tempo tratariam o tedio e a ociosidade,
atribuindo tarefas diárias e ainda podendo ajudar na
alimentação de todo o instituto. Havia alguns
pacientes que estavam fazendo tratamento contra o
alcoolismo que já possuía domínio de horta, fazendo
com que despertasse ainda mais o interesse de
implementa-la.
No entanto, essa ideia foi descartada pelo
tempo que seria levado para concluir as inúmeras
visitas necessárias, sendo que a maioria dos
integrantes do grupo trabalhavam e por atribuições

42
acadêmicas que estava batendo a porta, com isso nos
foi impossibilitado tal intervenção.
Uma segunda sugestão foi a criação do
cantinho da leitura, percebemos um espaço com
bastante livros e revistas inutilizados e que os
pacientes não conheciam, com isso começamos a
planejar a segunda intervenção. A construção do
cantinho da leitura, foi um dia de muito trabalho e
prazeroso, onde todos os integrantes do grupo
participaram, inclusive alguns pacientes medicados
que possuíam habilidades para nos ajudar a montar o
cantinho da leitura.
Um espaço já existente no auditório, demos
uma nova roupagem as estantes e prateleiras que já
faziam parte do ambiente, retiramos os livros que não
eram uteis para aquele público e deixamos somente os
de história, pintura e sensórias. Pintamos a parede
com a ajuda de um paciente pintor que estava
orientado no momento da intervenção. Fizemos uma
pausa para lanche, e retomamos as atividades.
Concluímos no final da tarde com o Cantinho
da Leitura que serviria para interação, socialização e
conhecimento dos pacientes, mudando um pouco a
realidade deles.

43
A HISTÓRIA DA MUSICOTERAPIA VOLTADA
PARA A MEDICINA

Durante a pré-história pouco se sabe da música


já que a notação musical se constituiu mais
tardiamente. Assim, a pré-história da música é
constituída a partir de estudos comparativos de
achados de antigos mitos, músicas, instrumentos e
materiais de povos indígenas atuais, o homem na pré-
história possuía apenas algumas poucas palavras e
estas estavam ligadas a objetos concretos do
cotidiano. A música servia para exprimir sentimentos
de alegria ou tristeza, sentimentos belicosos ou de
crença nos poderes dos deuses.
Para Puchivailo e Holanda (2014), a música
estava ligada aos rituais e à comunicação diária, e era
utilizada também para cumprimentar, agradecer,
brigar, elogiar. A palavra cantada ampliava o vigor da
linguagem falada e enfatizava características afetivas
do que se estava querendo transmitir. No Egito parece
ter havido uma “vida musical” muito profícua, com
música religiosa e profana, canções de trabalho e
melodias de danças. A música na Antiguidade Grega
44
era considerada a Arte das Musas, sendo uma forma
de revelação divina, e se demonstrava importante
para harmonização do corpo e da mente. Os gregos
entendiam que a música possuía um Ethos, podia
criar determinados estados de ânimo. Na mitologia
grega há diversos exemplos da música sendo
utilizada como elemento curativo.
Portanto, a partir desse, a musicoterapia é o uso
da música como instrumento de saúde, mostrando
que é possível desenvolver potenciais, reabilitar e
prevenir doenças através dos sons. O efeito desse tipo
de terapia vai além do uso da música como
tranquilizante ou como ferramenta para alegrar o
paciente. Estudos garantem que o tratamento
fortalece emocionalmente o paciente.
Para Brat (2000), a técnica terapêutica tem sido
bastante utilizada em deficientes físicos e mentais,
pessoas com transtornos neurológicos (Mal de
Parkinson, de Alzheimer, Síndrome de Down),
distúrbios da linguagem (dificuldades na fala), surdez
e cegueira. O mesmo afirmar que do ponto de vista
psicológico, a musicoterapia favorece o
desenvolvimento emocional e afetivo. O ritmo
ameniza a ansiedade do cotidiano, o estresse, a
insônia e estimula a criatividade. Fisicamente, a

45
técnica ativa o tato e o ouvido, a circulação sanguínea,
a respiração e os reflexos.
Segundo especialistas, em mulheres gestantes,
por exemplo, os sons estimulam o bebê a ser mais
criativo e comunicativo após o nascimento. Nas
escolas, a musicoterapia ajuda no aprendizado da
criança e, em idosos, auxilia no desenvolvimento da
valorização individual. Mas há uma contraindicação
para indivíduos com epilepsia musicogênica, ou seja,
determinados ruídos ou músicas podem provocar
ataques epiléticos.

CONCLUSÃO

Portanto, percebemos, após a interversão, o


quanto é importante a música no tratamento dos
pacientes daquele instituto. E descobrimos que a
empatia passou a ser a nossa maior chave, pois com
ela podemos inserir o paciente em nós e nos
transportarmos para dentro de seu mundo. Amplia-
se de modo espetacular o papel do profissional que
realizar esse tipo de atendimento. Aumenta, também,
a nossa responsabilidade como grupo de estudo e
pesquisa, pois passamos a ser agentes da vida, da
emoção, do bem-estar, do silêncio, da criatividade,

46
pois acabamos por inserir nosso paciente em um
mundo de sons e melodias, de vibrações e prazer.
Por fim, não olhamos mais o paciente como um
amontoado de carne, ossos, nervos, músculos.
Olhamos a partir de agora, como alguém feito de
emoções, sentimentos, vibrações. Nada mais
gratificante do que saber que podemos proporcionar
uma vida saudável e um bem-estar nele, dando-lhe a
sensação de que, em nós, ele encontra a harmonia
musical de seus anseios e desejos. E que cada nota na
escala musical é um remédio sendo ministrado em seu
corpo somático.

REFERÊNCIAS

BLAT, Jorge. Melodia e harmonia ditam ritmo do


corpo. Disponível em:
https://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/equi2
0000808_musicoterapia01.shtml. Acesso em: 24 de
julho de 2020. Folha Online, São Paulo, 2000.

PUCHIVAILO, Mariana Cardoso. HOLANDA, A. F.


A História da Musicoterapia na Psiquiatria e na Saúde
Mental: Dos Usos Terapêuticos da Música á
Musicoterapia. Disponível
em:https://www.researchgate.net/publication/324841
47
269_A_Historia_da_Musicoterapia_na_Saude_Menta
l_Dos_usos_terapeuticos_da_musica_a_Musicoterapi
a. Acesso em: 24 de julho de 2020. Revista Brasileira
de Musicoterapia. Paraná, 2014.

RAMALHO, Adriana Dyrle Marques. R.J. P.G. A


musicoterapia como recurso terapêutico para
tratamento do paciente psiquiátrico. Disponível em:
https://portalatlanticaeditora.com.br/index.php/enfer
magembrasil/article/view/1263/2397. Acesso em: 24
de julho de 2020. João Pessoa PB, 2017.

48
ANEXO

Figura 1. 1ª Intervenção Figura 3 – Amostragem do solo, com

do Grupo no ITA ajuda de um paciente.

Fonte: dados da pesquisa de 2018

Figura 4 – Intervenção –
Figura 2 – Verificação do solo para
implantação da horta no ITA. Realização de pintura e desenho.

49
Fonte: dados da pesquisa de 2018
Figura 05- Organização do Figura 06- Implantação do

Cantinho da Leitura - ITA Cantinho da Leitura - ITA

Fonte: dados da pesquisa de 2018

50
CAPÍTULO 3

A MUSICA COMO MEIO DE DESENVOLVER A


INTELIGÊNCIA E A INTEGRAÇÃO DO SER

Sineide dos Santos Barros5


Cícera Gonçalo de Morais6
Mayane da Conceição Barros7
Susanne Messias de Farias8

5 Graduanda em pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional


Alternativa-. E-mail: [email protected]\ Rua Floracy da Silva
Barros n\ 288, Alto do Cruzeiro.
6 Graduanda em pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional
Alternativa-. E-mail [email protected]/Rua Floracy da Silva
Barros n\ 288, Alto do Cruzeiro.
7 Graduanda em pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional
Alternativa-. E-mail [email protected] /Rua Floracy da Silva
Barros n\ 288, Alto do Cruzeiro.
8Mestranda em Dinâmica Território e Cultura- UNEAL. Rua
Governador Luiz Cavalcante,79, Alto do Cruzeiro, Arapiraca, AL,
Brasil. E- mail: [email protected]

51
RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo geral debater


assuntos pertinentes ao tema abordado, relatar
situações vivenciadas com o grupo de forma a somar
academicamente para o conhecimento dos
envolvidos. Os objetivos específicos são auxiliar os
estudantes sobre o tema abordado, atribuir um novo
olhar sobre a música e a forma de como utilizar a
mesma como instrumento didático. Esse trabalho
justificasse pelo seu recorde de público em um dos
seminários da Faculdade-FERA, e pela procura dos
acadêmicos do curso de Pedagogia a respeito do tema.
A música, em sua primeira instância, é um
instrumento caracteristicamente estimulador, seja de
sentidos ou percepções, possui o poder de estimular
os seres humanos ou facilitar seu desenvolvimento e
prática em outras muitas atividades. Portanto a
musicalização é um processo de construção do
conhecimento, que tem como objetivo despertar e
desenvolver o gosto musical, favorecendo o
desenvolvimento da sensibilidade, criatividade, senso
rítmico, do prazer de ouvir música, da imaginação,
memória, concentração, atenção, autodisciplina, do
respeito ao próximo, da socialização e afetividade,

52
também contribuindo para uma efetiva consciência
corporal e de movimentação.

INTRODUÇÃO

A Musicoterapia foi tema de três mini cursos


ministrados pelo grupo de Pedagogia Hospitalar, pelo
seu recorde de público e valorização dos acadêmicos
e por seu tema abordado, visto que a música está em
vários momentos da vida do ser humano, pode-se
dizer que ela conta a história das pessoas.
Sendo assim, planejamos o mesmo de forma
diferente para atender e adaptar-se ao público do
momento. A interação o movimento e alegria sempre
esteve presente, em algumas vezes as pessoas que ali
estavam emanavam energias que a muito tempo
guardavam e naquele momento de acolhimento e
conhecimento sentiam-se a vontade de transparecer
tal sentimento.
A música nos mostra que não é somente uma
mera junção do som e da letra, e sim o rico subsidio
que pode fazer a diferença na escola, pois ela dispensa
o indivíduo para um mundo satisfatório e prazeroso
53
para a mente e corpo. A música tem um grande poder
de interação e desde de muito cedo adquire grande
relevância na vida do ser humano pois desperta
diversas sensações facilitando o aprendizado e
desenvolvendo a memória das pessoas.
No âmbito escolar a musicalização tem a
finalidade de facilitar e ser uma excelente ferramenta
pedagógica, que ajuda no processo de aprendizado. A
música abraça aspectos que são e suma importância
para a integração do ser
O presente trabalho tem como objetivo geral
debater assuntos pertinentes ao tema abordado,
relatar situações vivenciadas com o grupo de forma a
somar academicamente para o conhecimento dos
envolvidos. Os objetivos específicos são auxiliar os
estudantes sobre o tema abordado, atribuir um novo
olhar sobre a música e a forma de como utilizar a
mesma como instrumento didático e integração do
ser. A música muda a atmosfera e os sentimentos das
pessoas de acordo com o momento vivenciado e cada
ser absorvem de uma forma diferente.
Esse trabalho justificasse pelo seu recorde de
público em um dos seminários da Faculdade FERA, e
pela procura dos acadêmicos do curso de Pedagogia a
respeito do tema.

54
DESENVOLVIMENTO

A pesquisa foi realizada através de uma


fundamentação metodológica de caráter descritivo e
explicativo sendo que os fatos foram observados e
analisados e aplicados em vários momentos de
atividade conjunta com o grupo de estudo da
pedagogia hospitalar da Faculdade de Ensino
Regional Alternativa FERA.

CARACTERIZAÇÕES DA ÁREA DE ESTUDO

Este trabalho foi realizado por duas vezes na


própria cede, Faculdade de Ensino Regional
Alternativa FERA, localizado no bairro Eldorado n/ 98
na cidade de Arapiraca-AL, localizada no agreste
alagoano. Com os minicursos Intitulados: “A
influência da MUSICA no comportamento humano”
e “A música como meio de desenvolver a Inteligência
e a Integração do ser”, é uma entidade civil, de caráter
Educativo e Cultural, e no CECA-UFAL
(Universidade Federal de Alagoas - Centro de
Ciências Agrárias) Rio Largo, no XXIV Congresso
Latino Americano e Caribenho de entidades
Estudantis de Agronomia - CONEA Intitulado
Educação Popular e Soberania dos Povos. “Com o
55
minicurso intitulado: ‘Música e Poesia nas rodas da
participação Popular, da educação em saúde e no
momento Agroecológico”.
O Minicurso bateu recorde de público não
cede, as filas ultrapassavam as demais, os professores
entravam na sala para verificar o que era tão
contagiante que atraiam cada vez mais estudantes, e
foi nítido que era a música e alegria a qual o grupo e
seus ouvintes interagiam livremente. O conteúdo
abordado também muito procurado pela forma que se
utiliza a didática para transmitir e relatar o conteúdo,
mas também as experiências vivenciadas em
inúmeras intervenções, tendo a música como aliada.
A voz e o violão tocada e cantada por um dos
integrantes do grupo muda a atmosfera do ambiente
deixando os alunos mais humanizados e receptivos
para compreender o conteúdo abordado.

O minicurso ministrado do CECA-UFAL, foi


utilizado a música como didática de movimento e
interação para relatar algumas intervenções do grupo
de pedagogia hospitalar, neste contexto uma nova
roupagem foi sendo criada para se adequar a proposta
do Congresso trazendo temas como poesia e cordel, a
participação popular na cultura na educação, saúde e
no momento agrário, onde na oportunidade demos
56
ênfase a uma horta agroecológica que foi
desenvolvida em parceria com o grupo, atrás de uma
de suas integrantes. A interação com os acadêmicos
em sua maioria de agronomia foi satisfatória,
interação, curiosidade no conteúdo abordado, o
momento de movimento era o mais engraçado pois
nos entregávamos e assim todo o processo de
conhecimento se fazia mais leve e amigável.

A MUSICA COMO MEIO DE DESENVOLVER A


INTELIGÊNCIA E A INTEGRAÇÃO DO SER

Segundo Bréscia (2003), a música é uma


linguagem universal, tendo participado da história da
humanidade desde as primeiras civilizações.
Conforme dados antropológicos, as primeiras
músicas seriam usadas em rituais, como: nascimento,
casamento, morte, recuperação de doenças e
fertilidade. Com o desenvolvimento das sociedades, a
música também passou a ser utilizada em louvor a
líderes, como a executada nas procissões reais do
antigo Egito e na Suméria.

Na Grécia Clássica o ensino da música era


obrigatório, e há indícios de que já havia orquestras
naquela época. Pitágoras de Salmos, filósofo grego da
Antiguidade, ensinava como determinados acordes
57
musicais e certas melodias criavam reações definidas
no organismo humano. “Pitágoras demonstrou que a
sequência correta de sons, se tocada musicalmente
num instrumento, pode mudar padrões de
comportamento e acelerar o processo de cura”
(BRÉSCIA, p. 31, 2003).

Atualmente existem diversas definições para


música. Mas, de um modo geral, ela é considerada
ciência e arte, na medida em que as relações entre os
elementos musicais são relações matemáticas e físicas;
a arte manifesta-se pela escolha dos arranjos e
combinações. Houaiss apud Bréscia (2003, p. 25)
conceitua a música como “[...] combinação
harmoniosa e expressiva de sons e como a arte de se
exprimir por meio de sons, seguindo regras variáveis
conforme a época, a civilização etc.”.

Já Gainza (1988), ressalta que: “A música e o


som, enquanto energia, estimulam o movimento
interno e externo no homem; impulsionam-no ‘a ação
e promovem nele uma multiplicidade de condutas de
diferentes qualidade e grau”.

De acordo com Weigel (1988), a música é


composta basicamente por: Som: são as vibrações
audíveis e regulares de corpos elásticos, que se
58
repetem com a mesma velocidade, como as do
pêndulo do relógio. As vibrações irregulares são
denominadas ruído. Ritmo: é o efeito que se origina
da duração de diferentes sons, longos ou curtos.
Melodia: é a sucessão rítmica e bem ordenada dos
sons. Harmonia: é a combinação simultânea, melódica
e harmoniosa dos sons.

CONCLUSÃO

Contudo, foi notório a satisfação do público e a


valorização do nosso trabalho enquanto grupo de
estudo através das ações, com as oportunidades de
mostrar e incentivar os alunos a utilizarem a música e
irem mais além do que as paredes da sala de aula.
Mostrando que a pedagogia hospitalar tem várias
vertentes e a que a maior delas é a humanização tendo
a música como nossa grande aliada nesta caminhada.

REFERÊNCIAS

BRÉSCIA, V. L. P. Educação musical: bases


psicológicas e ação preventiva. São Paulo: Átomo,
2003.

59
CHIARELLI. L, K, M. BARRETO. S ,J.A música como
meio de desenvolver a inteligência e
a integração do ser. Disponível em -
:http://www.iacat.com/Revista/recrearte/recrearte07/
Seccion3/3.cm.%20%20m%C3%BAsica.
%20LIGIA.pdf Acesso 01/05/2020. GAINZA, Violeta
Hemsy de. Estudos de Psicopedagogia Musical. 3. ed.
São Paulo: Summus, 1988.

SAUANE; L R. Musicoterapia. Vol. 6, No 2 (2017)


Disponível em :
https://ojs.unisanta.br/index.php/hum/article/view/1
687/1380 Acesso 01/05/2020.

WEIGEL, Anna Maria Gonçalves. Brincando de


Música: Experiências com Sons, Ritmos, Música e
Movimentos na Pré-escola. Porto Alegre, 1988..
Disponível
em:https://monografias.brasilescola.uol.com.br/peda
gogia/a-contribuicao-da-musica-para-
desenvolvimento-e-aprendizagem-da-crianca.htm.
Acesso 01/05/2020.

60
ANEXO

. Figura 1 – 1° Minicurso com temática Figura 2 – 2° Minicurso com

de musicalização - FERA temática de musicalização - FERA

Fonte: dados da pesquisa - 2018

Figura 3 – A influência da música no comportamento


humano – CONEA - UFAL

Fonte: dados da pesquisa - 2019

61
CAPÍTULO 4

INTERVENÇÃO MUSICOTERÁPICA COM


GESTANTES: CONTRIBUIÇÕES DA MÚSICA,
USADA COMO FERRAMENTA DURANTE A
GESTAÇÃO

Nadriele Maria dos santos9


Suzyanne Nascimento Cavalcanti10
Susanne Messias de Farias11

RESUMO

O presente artigo relata e descreve a intervenção


utilizando a musicoterapia, que visa sensibilizar,
apresenta experiência com várias gestantes

9 Graduanda em pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional


Alternativa- FERA. Rua Floracy da Silva Barros, 288, Alto do
Cruzeiro, Arapiraca, AL, Brasil. E-mail:
[email protected]
10 Graduanda em pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional

Alternativa- FERA. Rua Floracy da Silva Barros, 288, Alto do


Cruzeiro, Arapiraca, AL, Brasil. E- mail:
[email protected]
11 Graduada em pedagogia e agronomia; especialista em

psicopedagogia clínica e institucional; especialista em docência


do ensino superior; especialista em psicopedagogia clinica com
ênfase em educação infantil e educação especial.

62
primigestas e multe estas em acompanhamento pré-
natal. Desenvolvida de forma integrado com os
enfermeiros e demais profissionais da área que
realizam os encontros mensais com o grupo de
gestantes. A proposta se deu a partir da investigação
fundamentada na metodologia da prática da
musicoterapia em diferentes âmbitos em conjunto
com o grupo de estudo. A investigação fundamenta-
se diante do exposto, o trabalho, objetiva integrar os
conhecimentos aprendidos, na ministração da prática
da estratégia a qual se baseia o estudo, e das
pesquisas efetuadas, num trabalho cientificamente
válido; através das pesquisas, e das entrevistas,
desenvolver habilidades em investigação,
aprofundar conhecimentos na área que se pretende
estudar, desenvolver capacidades críticas, reflexivas,
criativas, tecnológicas, empreendedoras sobre o auto
cuidado e no cuidar do próximo e refletir no tema em
estudo, no sentido de uma melhoria significante do
bem-estar da sociedade. Os resultados da pesquisa
apontaram que a musicoterapia e a estimulação
musical se difundiram muito, uma vez que a audição
é uma das competências mais precoces
desenvolvendo-se no feto, desde os primeiros dias
devida do bebê, no dia a dia comunica-se de uma

63
forma musical, por meio de um diálogo que envolve
uma recíproca coordenação de elementos melódicos
e rítmicos, que foi denominado de musicalidade
comunicativa.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho teve como base a


intervenção prática de musicoterapia, realizada no
entendimento pré-natal desenvolvida de forma
integrado com os enfermeiros e demais
profissionais da área que realizam os encontros
mensais com o grupo de gestantes.

Trata-se de uma monografia que tem como


intuito desenvolver a técnica de relaxamento da
musicoterapia durante a gestação, apresenta
experiência com várias gestantes, como a música
pode servir de estratégia usada como proposta de
melhoria na adaptação ao processo gestacional e
maternal (LIMA, 2015).

A proposta se deu a partir da investigação


fundamentada na metodologia da
práticadamusicoterapiaemdiferentesâmbitosemconj
untocomogrupodeestudo. Que visa à descoberta e o
avanço dos conhecimentos, que ocupa em encontrar
64
aplicações práticas imediatas. De acordo com o tema
escolhido, a musicoterapia durante a gravidez,
optou-se por realizar um estudo de carisma
qualitativo, e de abordagem fenomenológica, cujo
objetivo geral: é verificar quais os resultados da
musicoterapia), enquanto estratégia usada como
parte da psicoprofilática durante a gravidez.

A população deste estudo corresponde a


gestantes, e aos profissionais de saúde
nomeadamente enfermeiros que trabalham no 2º
Centro de Saúde, localizado na cidade de Arapiraca,
no bairro Baixão, para a sua elaboração foi utilizado
como base uma pesquisa de natureza qualitativa, de
abordagem fenomenológico, acerca da temática em
estudo perspectivando a aquisição-desenvolvimento
de capacidades e competências pessoais e
profissionais.

A investigação fundamenta-se diante do


exposto, o trabalho, objetiva integrar os
conhecimentos aprendidos, na ministração da prática
da estratégia a qual se baseia o estudo, e das
pesquisas efetuadas, num trabalho cientificamente
válido; através das pesquisas, e das entrevistas,
desenvolver habilidades em investigação,

65
aprofundar conhecimentos na área que se pretende
estudar, desenvolver capacidades críticas, reflexivas,
criativas, tecnológicas, empreendedoras sobre o auto
cuidado e o cuidar do próximo e refletir no tema em
estudo, no sentido de uma melhoria significante do
bem estar da sociedade.

O trabalho será organizado em tópicos bem


definidos que trazem problemática que tratará de
analisar as possíveis imbricações de compreender a
importância do estudo relativo ao uso da
musicoterapia como recurso terapêutico.
Compreender e conhecer prática pré-histórica,
provavelmente decorrente dos sons da natureza,
sendo aperfeiçoada ao longo do tempo de acordo
com a prática natural humana. O componente da
pesquisa se esclarecer seu intuito especifico,
apresentando a problematização de forma
estruturada e assim baseando-se um roteiro de
estudos encima do referencial teórico. Assim, a
problemática da pesquisa está em expressa nas
seguintes perguntas: Quais as contribuições da
musicoterapia para gestante? Qual a importância do
estudo da musicoterapia? Qual os métodos para o
uso terapêutico?

66
A justificativa do estudo tem o objetivo de
apresentar perspectivas teóricas, no âmbito da
relação entre as várias utilidades da música, e os
efeito terapêutico, dentre os vários benefícios foram
registrados em diferentes culturas. Considerando
também sua
utilizaçãodesdeosprimórdiosedocumentadoemdifer
entesperíodos.SegundoLIMA, o interesse da música
sobre a saúde começou a surgir a partir do século
XXI, especialmente sobre o controle e redução da dor
e da necessidade de anestésicos. A redução das
frequências cardíaca e respiratória parece estar
associada à redução das catecolaminas, e também, a
redução da ansiedade, especialmente em gestantes E
consequentemente o enquadramento teórico e
metodológico. Num primeiro momento encontrar-
se- ao enquadramento teórico, onde está apresentado
o processo histórico da prática da musicoterapia
mundial e seu efeito durante a gestação.

Consequentemente, tratará das implicações da


música nos encontros para a gestantes em período de
pré-natal, em estudo realizado uma pesquisa
utilizando o ambiente sonoro (LIMA, 2015),
posteriormente, relatarei as intervenções musico
terapeutas, está apresentada como técnicas de
67
relaxamento que foram aliadas a música, as
estratégias utilizadas na implementação da música
nas consultas de pré-natal, ainda está apresentado e
discursão dos dados, o diagnóstico e as
implementações de enfermagem sobre gravidez
baseado nos planos de cuidados para cada gestante.

DESENVOLVIMENTO MUSICOTERAPIA, BRE-


VE LEVANTAMENTO HISTÓRICO

A música, enquanto produção natural, vem


acompanhando a pessoa humana na sua
trajetória existencial desde a antiguidade, na
pré-história, a música produzida pelos homens
e mulheres de então, era essencialmente uma
forma de comunicar, uma expressão da
comunidade para consigo e com outros seres
humanos. (FREGTMAN,1989).

MUSICOTERAPIA COMO RECURSO


TERAPÊUTICO PARA GESTANTE

A musicoterapia é uma ferramenta utilizada


como um recurso terapêutico que para facilitar
promover a comunicação, aprendizagem,
mobilização, inter-relação, expressão, organização,

68
abrangendo outros alvos terapêuticos relevantes, a
fim de atender as necessidades físicas, mentais,
emocionais, cognitivas e sociais de acordo com o
conhecimento de sua influência no homem e a
evolução das concepções de cada época sobre o que é
saúde. A utilização da música com finalidade
terapêutica se iniciou no campo da enfermagem, em
seguida anos mais tarde no cuidado aos feridos da I
e II Guerra Mundial. (PUCHIVAILO,2014),

Nas intervenções, o musicoterapia visa


estabelecer a interação com o bebê,
ajustandoocantocombasenossinaisdobebê,éimportan
teincluirespecialmentea mãe nas intervenções,
valorizando o canto materno ,que tem mostrado
efeitos positivos tanto para o bebê quanto para a mãe,
que visa e pode sensibilizar a mãe a cantar para seu
bebê, e favorecer o relaxamento e a estabilização do
bebê, diminuir a ansiedade e o sentido de impotência
da mãe, e permitir que ela participe do cuidado e do
bem-estar do filho.

A musicoterapia traz benefícios não som entre


o bebê, como também à mãe que está grávida, nela há
estimulação pré-natal auditiva consegue um maior
relaxamento da mulher durante o trabalho de parto,

69
reduzindo seu nível de ansiedade, dando-lhe maior
autocontrole sobre a dor e consciência sobre as
sensações físicas e diminuir o estresse na hora do
parto, também ajudará que o bebê nasça envolvido
de mais serenidade. (PUCHIVAILO,2014).

INTERVENÇÃO MUSICOTERAPICA, UMA


BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO

Nesta interversão estão incluídas mulheres de


níveis económicos, culturais, religiosos de idade e
escolaridades diversas, demostrando assim que a
música traz benefícios independentemente do ser ou
do ter de cada pessoa.

Os sujeitos desta foram um grupo de gestantes


em acompanhamento pré-natal, umas primigestas
por considerar que a vivência pela primeira gestação
possibilita a captação do significado autêntico dessa
vivência, e outras multigestas por considerar que já
tenham passado por experiências anteriores,
comparando os dados obtidos de forma a ter
resultados das mesmas vivências musicoterapeutas
em momentos distintos.

A intervenção aconteceu no 2º Centro de


Saúde, localizado na cidade de Arapiraca, no bairro

70
Baixão, sendo acompanhadas pela equipe de
enfermeiros e medico responsáveis pela unidade
básica de saúde.

No desenrolar da sessão, ouve junção dos


ritmos das músicas com algumas técnicas de
relaxamento como a voz ativa suave, a massagem, e
algumas dinâmicas relacionadas ao tema central,
controle da respiração para gestantes e no final da
sessão, como medida educativa discutia se temas
associados a necessidade de cada gestante,
nomeadamente a amamentação, o planeamento
familiar, e outros assuntos diversos que apresentavam
motivos de preocupação.

MÉTODO

As técnicas de relaxamento da musicoterapia,


também são utilizadas largamente. Podemos
destacar:

A MASSAGEM

Ela exerce um efeito mecânico local resultante da


ação direta da pressão exercida no segmento
massageado, e também uma ação reflexa, indireta
por liberação local de substâncias vasoativas. Ao
iniciar a sessão foi solicitado que as gestantes
71
passassem álcool nas mãos e em seguida passasse na
parte de trás do pescoço (nuca), para que fosse feito o
aspecto de fresco e relaxamento. Segundo Alves
(2012).

A música aliada a massagem se constitui


fortemente, ela atua a nível físico, e a música a
níveis psíquico, juntos proporciona a uma
adesão a nível psicofísico, relaxando corpo e
mente principalmente nas áreas de maior
tensão muscular como nos membros inferiores
e na região lombar. Importante salienta que na
fase gestacional, a massagem torna-se uma
importante aliada ao tratamento e prevenção de
vários problemas que podem surgir na
gravidez.

RESPIRAÇÃO, TÉCNICAS DE CONTROLE

Segundo Oliveira e Silva (2013), as técnicas de


respiração trouxeram outra forma de combater as
dores do parto, por exemplo, a ginástica respiratória
vem sendo desencadeante do equilíbrio no trabalho
de parto.

Durante a sessão houve sempre o cuidado de


fazer o controle da respiração em prol dos
batimentos sonoros, prevenindo a gestante de uma
ventilação acelerada assegurando uma boa troca de
72
gazes com o exterior sem complicações, como a
hiperventilação. Na realização do exercício da
respiração solicitávamos que as mesmas aspirassem
lentamente e expirar, isso como muita concentração
na música ambiente que disponibilizamos.

REPERTÓRIO MUSICAL

As sessões de musicoterapia não envolvem


apenas escutar canções, mas também inclui a
manipulação de instrumentos o canto e até mesmo a
composição de músicas. A Musicoterapia é um
campo de estudo que trabalha com a experiência
musical das pessoas (BARCELLOS,1992).

E para a sessão escolhemos com muita cautela


o nosso repertório de música que seria trabalhado.
Contando com a colaboração de um musico que
tocar e cantar músicas do gênero MPB, foi possível
dar uma boa ambientação ao espaço, o mesmo no
primeiro momento iniciou com uma música
nacional muito conhecida que as gestantes ao chegar
e serem recepcionadas aos seus acentos eram pegas
a cantar a música. E assim que o grupo já estavam
em seus lugares e todos estavam em sala, foi o
momento de passar nossa proposta. Após esse
momento foi o momento de nostalgia onde foi
73
colocado uma gravação do som dos batimentos
cardíaco de um bebê ainda no útero, foi notável que
todas elas ficaram nostálgicas com aquele som.

E com isso foi salientado a importância da


música durante a gestação para os seguintes
aspectos: Ansiedade: Preocupações expressas em
razão de mudanças em eventos da vida; Insónia:
Distúrbio na quantidade e na qualidade de sono e
dificuldade para permanecer dormindo; Medo:
Ameaça percebida que é conscientemente
reconhecida como um perigo.

O importante é que a gestante escute e cante


músicas que lhe tragam boas sensações. Cantigas de
ninar, canções infantis, jazz e música clássica são
alguns dos gêneros mais indicados, pois têm
ajudam a relaxar. Como a memória auditiva
começa às e formara partido quarto mês de gestação
,o recém- nascido costuma reconhecer e se acalmar
com músicas que tenha ouvido quando ainda estava
na barriga da mãe(LIMA,2015).

74
CONCLUSÃO

A musicoterapia e a estimulação musical se


difundiram muito, uma vez que a audição é uma das
competências mais precoces a se desenvolver no
feto, desde os primeiros dias de vida do bebê, no dia
a dia comunica-se de uma forma musical, por meio
de um diálogo que envolve uma recíproca
coordenação de elementos melódicos e rítmicos, que
foi denominado de musicalidade comunicativa.
Muito se evidência revelam que a musicoterapia e a
estimulação musical trazem diversas contribuições
para o bebê, as mães e a relação entre eles.

Da pesquisa feita consta-se que, nas


intervenções a musicoterapia visa estabelecer a
interação com entre os indivíduos. O fornecimento
dos cuidados prestados pelos enfermeiro seus
familiares, tende a melhora ruma vez que se base ia
num processo de carisma educativo, dinâmico e
participativo, com criatividade. E o uso das terapias
musicais não termina com o fim da gravidez, podem
ser colocadas em prática, como uso contínuo.

75
REFERÊNCIAS

ALVES, Tânia Silene Gomes. Efeitos da Fisioterapia


na Qualidade de Vida da mulher durante o Período
Gestacional: Revisão Sistemática. Disponível em:
https://core.ac.uk/download/pdf/38682754.pdf .
Acesso em: 10/04/ 2020.

BARCELLOS, Lia Rejane M. Cadernos de


musicoterapia 1. EN livros, Rio de Janeiro,
1992.Disponível em:
http://www.unirio.br/ppgm/arquivos/teses/lia-
rejane. Acesso em: 10/04/ 2020.

FREGTMAN, Carlos Daniel. Corpo,


Música e Terapia. S. Paulo, 1989.
LEINIG, Clotilde Espínola. Tratado de
Musicoterapia. S. Paulo, 1977.

LIMA,ValdirAugustoDias.A Musicoterapia Durante


a Gravidez.nº2634,Trabalho de Conclusão de Curso.
Mindelo, 2015.

OLIVEIRA E SILVA, Dannielly Azevedo; RAMOS,


Marcela Greysy. Uso de métodos não
farmacológicos para o alívio da dor durante o
trabalho de parto normal: Revisão Integrativa.
Revista de enfermagem UFPE online, Recife.2013.
76
CAPÍTULO 5

FLIARA- FEIRA LITERÁRIA DE ARAPIRACA: A


INFLUÊNCIA DA MUSICA NO
COMPORTAMENTO HUMANO ATRAVÉS DA
MÚSICA E POESIA.

77
Leandro da Silva Oliveira12
Cícera Gonçalo de Morais13
Nadriele Maria dos santos14
Susanne Messias de Farias15

RESUMO

Este presente artigo tem com o objetivo geral


contribuir com o público rotativo, com práticas de
socialização, musicalização, diversidade poética,
alfabetização e letramento a partir da música. Os
objetivos específicos são obter a troca de
conhecimento, socializar com o público alvo presente
na feira literária, debater conhecimentos sobre música
e poesia. Com o tema voltado “A ciranda das
linguagens”. Desta O Grupo de Estudo de Pedagogia

12
Graduando em pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional
Alternativa- FERA. E-mail: [email protected]
13
Graduando em pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional
Alternativa- FERA. E-mail: [email protected]
14
Graduando em pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional
Alternativa- FERA. E-mail: Graduando em pedagogia pela Faculdade
de Ensino Regional Alternativa- FERA. E-mail: :
[email protected]
15
Mestranda em Dinâmica Território e Cultura- UNEAL. Rua
Governador Luiz Cavalcante,79, Alto do Cruzeiro, Arapiraca, AL,
Brasil. E- mail: [email protected]

78
Hospitalar teve a extraordinária oportunidade de
contribuir para esse evento literário de Arapiraca.
Levando a proposta da influência da música no
comportamento humano, como uma proposta voltada
também para poesia, valorizando um dos
componentes do grupo, nosso jovem poeta, Leandro
da Silva Oliveira, expondo seus poemas em um varal
de poesias. Deve-se compreender sempre a
importância da música e poesia no processo de
humanização, alfabetização, letramento e sociedade.
Obtendo que a música e poesia transforma o ser
humano a partir de seus sentimentos e vivências.

INTRODUÇÃO

No ano de 2019 o Grupo de Estudo de


Pedagogia Hospitalar foi convidado para colaborar
com esse evento inovador, “A Feira Literária de
Arapiraca-FLIARA”, que aconteceu no mês de
novembro na Praça Luiz Pereira Lima, no centro de
Arapiraca-Alagoas. Na segunda edição da FLIARA
desse movimento literário que teve a parceria das
secretarias municipais de cultura, lazer e juventude,
de educação e esporte.

79
Este presente artigo tem com o objetivo geral
contribuir com o público rotativo, com práticas de
socialização, musicalização, diversidade poética,
alfabetização e letramento a partir da música. Os
objetivos específicos são obter a troca de
conhecimento, socializar com o público alvo presente
na feira literária, debater conhecimentos sobre música
e poesia.

Sobre alfabetizar e letra as crianças que estão


em idades acima da normalidade do processo,
utilizando metodologias lúdicas e de caráter
emancipatório, com brincadeiras, jogos, diversão e
alegria

Contribui-se também com dinâmicas voltadas


para o público presente, além disso estivemos no
estande da ACALA (Academia Arapiraquense de
Filosofia, Ciências, Letras e Artes). Sabendo o poder
que a música possui e que nosso grupo já tem uma
certa habilidade e domínio sobre essa temática, fomos
lá contribuir levando para os presentes um pouco de
música, conhecimento e poesia.

A música também tem sido apontada como


hábil a influenciar o estado emocional. A percepção
musical relacionada às emoções depende de variáveis
80
tais como a experiência emocional específica de cada
um. No entanto, de acordo com pesquisas do Instituto
de Música e Aprendizagem de Paris (IRCAM) e Dijon
(Lead), as reações emocionais de indivíduos sem
formação musical e de músicos são bastante parecidas
(GUIDA, 2007).

DESENVOLVIMENTO

A intervenção foi realizada através de uma


fundamentação metodológica de caráter descritivo
sendo que os fatos foram observados e analisados, em
vários momentos de atividade conjunta com música,
poesia no grupo de estudo da pedagogia hospitalar da
Faculdade de Ensino Regional Alternativa FERA.

MUSICA E HUMANIZAÇÃO

A música e humanização caminham juntas no


processo de efeito relaxante e humanização das
pessoas, tornando um ser em definidas melhorias,
envolvendo sentimentos e cultura, torna-a importante
para o crescimento pessoal, como lidar com
comportamentos nas rotinas diárias do ser
humanizado.

Estudos sobre a influência da música no


comportamento humano categorizam,
81
principalmente, dois estilos de música, a sedativa e a
estimulante. A música de estilo sedativo compreende
os andamentos lentos, com harmonias simples e leves
variações musicais. Uma de suas características é o
fato dela poder tornar suave uma atividade física ou
aumentar a capacidade contemplativa do ser humano
produzindo um efeito relaxante, com redução da
frequência cardíaca, pressão arterial e ventilação.

Ao contrário, a música estimulante pode


produzir um efeito excitante aumentando o ritmo da
respiração, da pressão arterial e dos batimentos
cardíacos em consequência de ativação autônoma
simpática que produz uma sensação de aumento do
estado de alerta. Neste caso, uma pré-disposição à
atividade motora é gerada assim como maior ativação
mental devido seus tempos mais rápidos, forte
presença de articulações em staccato (notas com curta
duração), harmonias complexas e dissonantes e
mudanças repentinas na dinâmica. (BERNARDI
,2006).

MÚSICA E POESIA

Com o tema voltado “A ciranda das


linguagens”. Desta O Grupo de Estudo de Pedagogia
Hospitalar teve a extraordinária oportunidade de
82
contribuir para esse evento literário de Arapiraca.
Levando a proposta da influência da música no
comportamento humano, como uma proposta voltada
também para poesia, valorizando um dos
componentes do grupo, nosso jovem poeta, Leandro
da Silva Oliveira, expondo seus poemas em um varal
de poesias.

Segundo Montanari (1988), na


contemporaneidade a música assimilou novos
significados e o que era considerado ruído, hoje
entende-se como música, o que fez com que a ideia de
música ficasse mais ampla.

Então, quando pensamos em música


segundo o conceito contemporâneo,
podemos afirmar que a música sempre
existiu eventual e aleatoriamente na
natureza. Os sons produzidos pela natureza
transmitem sentimentos e energias às
pessoas, que param para observar e escutar
o grande musical produzido pela natureza
(MONTANARI, 1988, p. 5).

Nota-se a maneira estratégica do poeta


Leandro Oliveira, (2020), em brincar com as rimas,
transmitindo sentimentos, desejos e alegria através da
poesia e poesia assimilando com novas métodos de
83
metodologias ativas na nossa sociedade
contemporânea, contribuindo em uma abordagem
pedagógica de um ensino emancipatório.

MÚSICA NO PROCESSO DE HUMOR

Percebe-se que a música no comportamento


humano, alivia o a dor de sentimentos, torna-se
alegria no processo de pessoas com transtornos e com
seus problemas diários. Na intervenção observa-se o
semblante das pessoas, a leveza que foi passado
através da musicalização, a alegria em conhecer a
poder que a música faz com a mente.

CONCLUSÃO

Conclui-se que se deve compreender sempre a


importância da música e poesia no processo de
humanização, alfabetização, letramento e sociedade.
Obtendo que a música e poesia transforma o ser
humano a partir de seus sentimentos e vivências.Com
a ajuda de todos os componentes do grupo de estudo
de pedagogia hospitalar, Academia de Letras
Arapiraquense de Letras e Artes-ACALA, Carla
Emanuelle Messias de Farias, Prefeitura Municipal de
Arapiraca, Secretaria Municipal de Cultura em nome

84
de Secretária Rosângela Carvalho a intervenção de
música e poesia nas rodas de ciranda e poesia, obteve
sucesso, com o envolvimento de todo o público alvo
de feira literária de Arapiraca-Alagoas FLIARA.

REFERÊNCIA

BERNARDI, L.; PORTA, C.; SLEIGHT, P.


Cardiovascular, cerebrovascular and respiratory
changes induced by different type of music in
musicians and non-musicians: the importance of
silence. Heart, 92: 445-52, 2006.

GUIDA, H. F. Revisão Anatômica e fisiológica do


processamento auditivo. Acta Orl/Técnicas em
Otorrinolaringologia, 25: 177-181, 2007.

FRIARA, Feira Literária de Arapiraca. Ciranda das


Linguagens. Disponível
em:http://web.arapiraca.al.gov.br/. Acesso
02/05/2020.

MONTANARI. Massimo, Alimentazione e cultura nel


Medievo. Bari, Laterza, 1988.

85
Poesia de Leandro de Oliveira: membro do Grupo
de Estudos

Persistir em uma Nação

Professor é acreditar,

86
Em pequeninas miniaturas,

Desde cedo, trocando conhecimentos

Ensinando e Aprendendo

O problema de tudo

É acreditar em uma nação

Onde tudo é burocracia,

As pessoas não estudam

E se contentam com a Mais-Valia

Persistir para mim,

Em latim, significa forte,

Forte na educação, forte na bandeira,

Forte no futuro, para que possamos

Gritar aos quatro ventos,

Oh pátria amada Brasil

ANEXO

Figura 1 – Apresentação do Figura 2 – Stand do


Grupo na FLIARA Grupo na FLIARA

87
CAPÍTULO 6

A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO


INFANTIL

Claudyane Isabel da Silva1


Nadriele Maria dos santos2
Mayane da Conceição Barros 3
Susanne Messias de Farias4
RESUMO

Este artigo trata de um estudo aprofundado sobre a


importância da música na educação infantil.

1 Graduanda em pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional


Alternativa. E-mail: [email protected] 2Graduanda em
pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional Alternativa. E-
mail: [email protected]
2 Graduanda em pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional

Alternativa. E-mail: [email protected]


Mestranda em Dinâmica Território e Cultura- UNEAL. Rua
Governador Luiz Cavalcante,79, Alto do Cruzeiro, Arapiraca,
AL, Brasil. E- mail: [email protected]
3 Graduanda em pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional

Alternativa. E-mail: [email protected]


Mestranda em Dinâmica Território e Cultura- UNEAL. Rua
Governador Luiz Cavalcante,79, Alto do Cruzeiro, Arapiraca,
AL, Brasil. E- mail: [email protected]
4 Mestranda em Dinâmica Território e Cultura- UNEAL. Rua

Governador Luiz Cavalcante,79, Alto do Cruzeiro, Arapiraca,


AL, Brasil. E- mail: [email protected]
88
Inicialmente destaca-se de uma forma ampla a
importância da música na vida de todo o ser humano,
e os benefícios que a mesma trás para cada um deles.
Em seguida é ressaltada a importância da música nas
práticas educacionais, focando na educação infantil, e
mostrando o contato principal da criança com a
música, e da música como um agente de
desenvolvimento cognitivo, motor e intelectual da
criança. Busca-se encaminhar aos docentes, a
importância da música na metodologia do ensino e
das práticas pedagógicas, viabilizando um contato
prazeroso do educando e do educador, com objetivo
da promoção de atividades lúdicas envolvendo a
música, para a melhoria de todo ensino e
aprendizagem.

INTRODUÇÃO

A música sempre esteve presente na


humanidade, e a sua presença é de extrema
importância no desenvolvimento cognitivo e
motivacional, agindo na melhoria da comunicação, na
criação de vínculos, no fortalecimento da memória, na
promoção do autoconhecimento, e na calma que a
mesma trás. Com base nisso a música torna-se peça

89
fundamental no ensino e aprendizagem de crianças
em sala de aula, sendo usada para realização de
diferentes atividades lúdicas promovendo o
desenvolvimento educacional das crianças.
A música já é usada na educação infantil, e
vem trazendo inúmeros benefícios na criação de
hábitos e de componentes importantes para o
fortalecimento cognitivo das crianças. Desde muito
cedo a criança começa a demonstrar interesse pelos
sons musicais e pelos ritmos, parecendo ser uma
característica base na identidade da criança.
Observamos por meio de estudos científicos a
importância da música na educação infantil, com o
uso de publicações científicas, livros e materiais
monográficos. Com base no RCNEI (BRASIL, 1998)
conseguimos perceber o quanto a música auxilia no
desenvolvimento da criança, servindo como um
suporte necessário para a promoção de inúmeras
oportunidades para que a criança demonstre as suas
habilidades motoras, por meio do seu contato com a
música.

Diante disso através das pesquisas realizadas


para a fundamentação teórica desse artigo e da
aplicação prática da metodologia nele mencionada,
conseguimos mostrar a importância da música e como
90
a mesma favorece a metodologia docente e o processo
de ensino aprendizagem, pois através dessa pesquisa
aprofundada é possível notar o quanto a criança
consegue elevar os seus aspectos cognitivos com o uso
da música, e possibilitando que o educador utilize-se
da mesma para despertar o gosto da criança pela
leitura e também desenvolva os aspectos orais e da
escrita.

O presente artigo tem como objetivo


principal mostrar a importância da música no ensino
de crianças, e enfatizar o quanto é importante o uso de
atividades e trabalhos musicais que atuem como
protagonista na formação e no desenvolvimento da
criança, promovendo oportunidades de atividades
onde o educador e o educando sinta-se confortável,
utilizando-se também de atividades lúdicas não
esquecendo de demonstrar o quanto a música é
importante no processo da educação infantil.

DESENVOLVIMENTO

A CRIANÇA E A MÚSICA
A Música é um fenômeno universal. Ela se faz
presente na história de todos os povos e civilizações
desde a pré-história, faz parte do dia-a-dia das
91
comunidades, e se manifesta de diferentes maneiras,
ritmos e gêneros. Também está presente em festas e
celebrações das mais diversas. Acredita-se que ela
tenha surgido há cerca de 50.000 anos, desde as tribos
primitivas da África. Ela possui a capacidade estética
de traduzir os sentimentos, atitudes e valores
culturais de um povo ou nação. Enfim, a música é uma
linguagem local e global. A música pode ser usada
para diversos fins, alegrar, tirar o tédio, e até para
fazer chorar. E sua presença na vida dos seres
humanos é incontestável. (ARAUJO,2015)
O ambiente em que a música está presente, em
diferentes situações do dia a dia, faz com que a criança
inicie um processo de musicalização, este ambiente
torna-se algo essencial na vida e na formação da
criança. Os diferentes ritmos musicais, prende a
atenção da criança, produzir sons com o próprio
corpo, brinquedos com sons sonoros, sons no
ambiente doméstico é outro fator que ajuda no
desenvolvimento. Sendo assim, o meio que a criança
está inserida irá promover seu conhecimento musical,
a música tem um papel importante na vida de cada
indivíduo, auxiliando no processo de
desenvolvimento intelectual. (BRÉSCIA, 2003).

92
A MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL COMO
AGENTE DE DESENVOLVIMENTO

A música estimula áreas do cérebro não


desenvolvidas por outras linguagens, como a escrita e
a oral. É como se tornássemos o nosso 'hardware' mais
poderoso. Explica a pedagoga Maria Lúcia Cruz
Suzigan, especialista no ensino de música para
crianças. Ainda segundo ela, quanto mais cedo à
escola começar o trabalho, melhor. A linguagem
musical “faz parte de cultura das crianças por causa
das canções de ninar e das brincadeiras. O pouco que
ainda resta abre um oportuno espaço para o trabalho
na escola." (GIRARDI, 2004).
A música é de extrema importância no trabalho
com crianças da educação infantil, pois todas as áreas
do conhecimento podem envolver a música, agindo
como estimulante e agente motivacional da criança.
Promovendo também a interação entre o educador e
a criança, fazendo com que a mesma possa interagir
também com as outras crianças presentes em sala de
aula, por intermédio das práticas musicais aplicadas
na metodologia de ensino. A Lei de Diretrizes
Curriculares da Educação Infantil descreve em seus
eixos que: Às práticas pedagógicas que compõem a

93
proposta curricular da Educação Infantil devem ter
como eixos norteadores as interações e brincadeiras.
É viável ressaltar que a criação de projetos
musicais na prática educacional traz resultados
satisfatórios para o educador, a criança e toda a gestão
escolar, sendo assim é de fundamental importância
que no plano de aula do professor o mesmo utilize-se
de momentos lúdicos envolvendo a música, para
favorecer e ajudar a criança no desenvolvimento
cognitivo. O uso da música nas práticas curriculares
favorece o aprendizado da criança, e fortalece o seu
desenvolvimento. É muito importante que o aluno
quando inserido no espaço educacional tenha um
conhecimento de si e do mundo, mas para que esse
resultado seja alcançado faz-se necessário o uso de
atividades que utilizem-se de práticas pedagógicas
onde a criança possa desenvolver e ampliar as suas
experiências sensoriais, expressivas, corporais, e
cognitivas. Sendo obrigatório para o educador o
respeito aos ritmos dos estudantes. (BNCC, 2016).
Percebe-se então que a música é mais do que
importante no processo de ensino e aprendizagem, e
quanto mais cedo a educação musical for aplicada em
sala de aula, melhor. O ensino da música na Educação
Infantil, é como uma válvula no auxílio ao educador

94
no processo de alfabetizar e aprimorar os aspectos
motores e participativos da criança.

4. CONCLUSÃO

Portanto, se faz necessário a criação de


atividades e a implantação de práticas pedagógicas
envolvendo a música. É importante que o educador
junto com toda a gestão escolar atue no fortalecimento
dessas práticas no âmbito escolar, com a criação de
projetos musicais, e de aulas onde a metodologia seja
toda direcionada a música. Sempre levando em
consideração que toda metodologia tem como
conclusão e objetivo final, favorecer o
desenvolvimento da criança nos aspectos: cognitivos,
motor, na leitura, na escrita e no fortalecimento de
vínculos e do autoconhecimento.

95
REFERÊNCIAS

ARAUJO, Lindomar, História da Música, InfoEscola.


Disponível em:
<http://www.infoescola.com/musica/historia-da-
musica/> Acesso em: 13 jul. 2015.

BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes


Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.
CNE/CEB. Brasília, 2016.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional


Comum Nacional Brasília, MEC. 2016.

BRÉSCIA, Vera Lúcia Pessagno. Educação Musical:


bases psicológicas e ação preventiva. São Paulo:
Átomo, 2003.

GIRARDI, G. Música para aprender e se divertir. São


Paulo.2004. Disponível em:
<http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-
a-6-anos/musica-aprender-se-divertir
422851.shtml?page=0> Acesso em: 12/05/2020

96
CAPÍTULO 7

MÚSICA E POESIA NAS RODAS DA


PARTICIPAÇÃO POPULAR, DA EDUCAÇÃO EM
SAÚDE E NO MOMENTO AGROECOLÓGICO

Leandro da Silva Oliveira11


John Lennon Ferreira de Oliveira2
Susanne Messias de Farias3

RESUMO

Ao realizarmos o minicurso frisamos a importância


do meio social para elaboração de uma dinâmica
Interacionista onde agrônomos juntamente com
professores possam incentivar a importância da
preservação ambiental. Deste modo o curso atingiu 40

1 Graduando em pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional


Alternativa- FERA.E-mail:[email protected]\
Instituição Abrigo Maria das Neves. Arapiraca-AL. Rua Barão de
Oliveira s\n, Cavaco.
2 Graduando em pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional

Alternativa- FERA. E-mail: [email protected]. Instituição


Abrigo Maria das Neves, Arapiraca- AL. Rua Barão de Oliveira s\n,
Cavaco.
3 Mestranda em Dinâmica Território e Cultura- UNEAL. Rua

Governador Luiz Cavalcante,79, Alto do Cruzeiro, Arapiraca, AL,


Brasil. E- mail: [email protected]

97
pessoas entre elas envolvendo: estudantes de
agronomia, estudantes de pedagogia, professores
especialistas e mestres. Este trabalho justifica-se a
partir do momento onde sente-se a necessidade de
uma metodologia para a conscientização das pessoas,
começando pelas crianças, ao realizarmos o minicurso
frisamos a importância do meio social para elaboração
de uma dinâmica Interacionista onde agrônomos
juntamente com professores possam incentivar a
importância da preservação ambiental. Com a ajuda
de todos os componentes do grupo de estudo de
pedagogia hospitalar, professora mestranda Susanne
messias de Farias, Eduardo Alves (Cantor), Faculdade
de Ensino Regional Alternativa-FERA, o minicurso no
Congresso Agroecológico Internacional obteve êxito,
proporcionando um pratica reflexiva aos
congressistas de maneira crítica e social.

INTRODUÇÃO

No período de setembro de 2019 onde


realizada uma prática inovadora no congresso
agroecológico, em Rio Largo, Alagoas. Com o objetivo
de facilitar a participação das lideranças dos
movimentos sociais, tanto na comunidade que está
inserida o CAMPUS-UFAL, quanto a comunidade

98
internacional acadêmica, promovendo um diálogo
entres os sujeitos, seus coletivos e suas realidades
concretas. Os objetivos específicos são, executar a
conscientização das pessoas através da música e
poesia, estimular a prática do cuidado ao meio
ambiente e desenvolver uma educação naquele
espaço onde a agroecologia e a pedagogia possam
caminhar juntas em uma busca do aprimoramento de
uma educação qualificada.

Este trabalho justifica-se a partir do momento


onde sente-se a necessidade de uma metodologia para
a conscientização das pessoas, começando pelas
crianças, ao realizarmos o minicurso frisamos a
importância do meio social para elaboração de uma
dinâmica Interacionista onde agrônomos juntamente
com professores possam incentivar a importância da
preservação ambiental. Deste modo o curso atingiu 40
pessoas entre elas envolvendo: estudantes de
agronomia, estudantes de pedagogia, professores
especialistas e mestres.

Segundo Brandão (2009), A educação popular


destaca-se como uma prática político-pedagógica
comprometida com a população no projeto de sua
própria libertação, partindo de uma intencionalidade

99
que propicie uma nova forma de compreender o
mundo e de vivê-lo, para que os indivíduos possam
lê-lo com os olhos de sua própria cultura e dialogar
uns com os outros como sujeitos conscientes. Para
tanto, faz-se imprescindível que os participantes
desse processo sejam ativos e responsáveis pela
construção e realização de sua própria história, assim
como pelas decisões que tem interface com seu
destino, estando esses comprometidos com o processo
histórico de construção de uma sociedade justa e
democrática, fundada em bases de equidade, de
respeito às diferenças e não excludente, empenhados
na superação das desigualdades existentes.

DESENVOLVIMENTO

A pesquisa foi realizada através de uma


fundamentação metodológica onde se deu a
realização de uma vivência e trocas de experiências
para a conscientização da educação ambiental, para
participantes do congresso de agroecologia no polo
das Agrárias da Universidade Federal de Alagoas-
CAMPUS Rio Largo, juntamente com os integrantes
do Grupo de Estudo de Pedagogia Hospitalar da
Faculdade de Ensino Regional Alternativa-FERA.

100
A IMPORTÂNCIA DA MUSICOTERAPIA NA
AGROECOLOGIA.

As vivências práticas constituíram-se da ação e


atividades realizadas pelos integrantes de Grupo de
Estudo de Pedagogia Hospitalar, da Faculdade de
Ensino Regional Alternativa-FERA, obteve-se uma
sequência de músicas reflexivas, dentro das suas
realidades locais, sendo planejadas no momento
presencial do curso e articuladas com os conteúdos
discutidos. Na realização do curso, foi fundamental
desenvolver ideias de participação popular
compreendida como participação dos sujeitos no
processo de democratização das políticas públicas.
Envolvendo música e poesia nas rodas da
participação popular, da educação em Saúde e no
momento agroecológico.

A música, a lei, professores,


componente curricular. Lei
11.769, esta altera a LDB em sua
Lei 9394 de 20 de dezembro de
1996 onde no Art. 1º passa a
vigorar acrescido do seguinte
parágrafo 6: "Art. 26, Pará. 6 A
música deverá ser conteúdo
obrigatório, mas não exclusivo,
do componente curricular de

101
que trará o parágrafo 2 deste
artigo".

Desde modo explícito a música enquanto


processo de aprendizagem, facilitadora e norteadora,
envolve a mobilização a partir do currículo da
Educação infantil, anos iniciais, anos finais e ensino
Médio. Viabilizando um ser crítico social referente ao
meio ambiente. A música ela é um instrumento
curricular, que contribui para uma educação
emancipatória, desenvolvendo aspectos que possam
contribuir na sociedade.

MÚSICA POPULAR E CULTURA NUMA RODA


DE CONVERSA.

Intervimos em uma roda de conversa,


sugestões, debates, troca de experiências a respeito da
educação ambiental. Que é de suma importância para
um bom desenvolvimento social e coletivo. O ideal é
que o professor enquanto facilitador e libertador, deve
praticar essa ação em sua sala de aula, praticando a
rotina dentro de seu planejamento e de seu plano de
ação, assim como essa proposta de roda de conversa
deve ser realizada a partir do PPP projeto político
pedagógico. Sendo assim torna-se importante
conhecer o outro a partir de sua identidade
102
sociocultural, buscando sempre proporcionar em
escolas, universidades, seminários, colóquios,
congressos rodas de conversa para troca de vivencias
e soluções para os problemas que a educação
ambiental sofre no decorrer dos tempos.

MÚSICA, RIMA E POESIA NA AGROECOLOGIA

Segundo Cruvinel (2003), ressalta que no


contexto contemporâneo acredita-se que através do
ensino de música nas escolas, os alunos poderão ter
uma educação musical transformadora, onde poderão
vivenciar novas experiências tanto no âmbito
individual quanto no coletivo. A partir da experiência
em grupo, os alunos poderão vivenciar situações e
dinâmicas, interagindo e socializando com os demais
colegas, contribuindo para que sua formação musical
e instrumental seja mais lúdica. O educador musical
deve conduzir a aula, trabalhando uma formação
musical mais crítica. Portanto, entre muitas funções a
música tem um papel crucial para o coletivo, ela faz
com que haja uma interação entre as pessoas,
desenvolve a linguagem e, além do mais, ela tem
fundamental importância em relação a comunicação
oral. Para que o ensino de música tenha respaldo e seja

103
bem desenvolvido, faz-se necessária a contratação de
professores qualificados para a área.

A música, rima e poesia na agroecologia da é


uma proposta metodológica de ensino e
aprendizagem em educação, que utiliza a
musicalidade da rima, poesia e o poder de síntese
inerente ao verso. A poesia, em suas variadas
expressões, se constitui em importante recurso
didático no processo educacional, contribuindo em
torná-ló mais eficiente, interessante e prazeroso para
as crianças. De acordo com O homem é o resultado do
meio cultural em que foi socializado. Ele é herdeiro de
um longo processo acumulativo, que reflete o
conhecimento e a experiência adquiridos pelas
numerosas gerações que o antecederam. A
manipulação adequada e criativa desse patrimônio
cultural permite as inovações e as invenções.
(ALMEIDA 2003).

Através desse oferta ao minicurso, fica


explicito a percepção que devemos destacar a
educação ambiental para as crianças, sendo aplicada
com fator primordial, para que assim em sua
adolescência ela possa continuar com um pensamento
crítico em relação ao meio ambiente, representando

104
um estímulo adicional ao aprendizado e ao
desenvolvimento ético e intelectual do estudante.

CONCLUSÃO

Conclui-se que devemos compreender sempre a


importância da música e poesia nas rodas da
participação popular, da educação em saúde e no
momento agroecológico, para garantirmos resultados
gradativos em relação a melhoria e desenvolvimento
do meio ambiente. Não se obteve dificuldade no
decorrer do minicurso, os congressistas se
envolveram de forma acolhedora e incluem-te,
trocando experiências e vivenciando um momento
impar em suas vidas. Com a ajuda de todos os
componentes do grupo de estudo de pedagogia
hospitalar, professora mestranda Susanne messias de
Farias, Eduardo Alves (Cantor), Faculdade de Ensino
Regional Alternativa-FERA, o minicurso no
Congresso Agroecológico Internacional obteve êxito,
proporcionando um pratica reflexiva aos
congressistas de maneira crítica e social.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Sérgio Ricardo Matos; DA SILVA,


Franceli. Pedagogia da rima: estudando agroecologia

105
com música e poesia. Cadernos de Agroecologia,
[S.l.], v. 12, n. 1, july 2017. ISSN 2236-7934. Disponível
em: <http://revistas.aba-
agroecologia.org.br/index.php/cad/article/view/2229
5>. Acesso em: 24/05/2020.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é Método Paulo


Freire. São Paulo:Brasiliense, 2006.

CRUVINEL, Flávia Maria. Efeitos do Ensino Coletivo


na Iniciação Instrumental de Cordas: A educação
musical como meio de transformação social .Goiânia:
Dissertação de mestrado - Escola de música e artes
cênicas, Universidade Federal de Goiás, 2003.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes


necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e
Terra, 1996.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação


Nacional. Lei número 9394, 20 de dezembro de
1996.

106
ANEXO

Figura 1 – Membros do grupo na Figura 1 – Membros do grupo


chegada do CONEA de Pedagogia Hospitalar

Fonte: dados de pesquisa - 2019

Figura 3 – Membros do grupo com os participantes do


minicurso - CONEA

Fonte: dados de pesquisa - 2019

107
Fonte: dados de pesquisa - 2019

108
CAPÍTULO 8

A MUSICOTERAPIA COMO
INSTRUMENTO DIDÁTICO.

José Eduardo Santos4


Walquíria Eulália Pereira5
John Lennon Ferreira de Oliveira6
Susanne Messias de Farias7

RESUMO

O presente artigo trata da importância da música para


a construção do ser humano, sabe se que a música é a
arte universal e com passar do tempo o homem fez da
música um elo que o faz viajar por outros horizontes
servindo como facilitador e motivador no processo de
formação quando aplicada com objetivos e

¹
Graduando em Letras- Português/Francês. Rua Governador Luiz
Cavalcante,79, Alto do Cruzeiro, Arapiraca, AL. UNEAL. E-mail:
[email protected]
²
Graduada em Pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional
Alternativa-FERA. E-mail: [email protected]\ Rua Floracy da
Silva Barros, 288, Alto do Cruzeiro.
³
Graduado em Música pela Faculdade Evangélica de Salvador,
FACESA. Graduando em Pedagogia pela Faculdade de Ensino
Regional Alternativa – FERA. E-mail:[email protected]
7
£Mestranda em Dinâmica Território e Cultura- UNEAL. Rua
Governador Luiz Cavalcante,79, Alto do Cruzeiro, Arapiraca, AL,
Brasil. E-mail: [email protected]
109
planejamento com respaldo nas ciências como
neurologia, psicologia, fisiologia e a própria música, a
musicoterapia é, como o próprio nome indica, a
aplicação da música com finalidades terapêuticas.
Sem fórmulas prontas sabe-se que é imprescindível
para levar pessoas a tirar algumas amarras, deixar cair
por terra problemas e eventualmente transformar
indivíduos. Conclui-se assim que o instrumento de
musicoterapia tão usada para adaptar e recuperar
pessoas, é uma ferramenta importantíssima para a
sala de aula, seja ela com crianças ou adultos,
objetivando a assimilação de conteúdos e o
desenvolvimento social numa perspectiva de
humanização.

INTRODUÇÃO

A música que ouve-se diz muito do que


somos e pensamos, sendo ótima para nos relacionar
com outras pessoas, pois é através dela que podemos
perceber costumes, distinguir gostos, dialogar,
traduzir sentimentos, sensações e lembranças, que nos
faz pensar, e desenvolver contextos diferentes,
pessoais e individuais. A música é uma construção
humana, absolutamente inédita, é a capacidade de

110
uma produção mental específica da nossa formação,
portanto ela não pode se ausentar da formação de
qualquer pessoa! (CORTELA, 2018).

Incluída no Referencial Curricular Nacional


para a Educação Infantil do MEC, a música é um
elemento importante para motivar o interesse do
educando, sendo a expressão artística que se
materializa por meio dos sons, que ganham forma
com sentido e significado em todos os âmbitos, como
resultado de saberes e valores diversos é necessário
utilizar músicas para estimular a fantasia e o
imaginário.

Utilizando como base o conceito dado pelo


portal da educação, pode se assim conceituar música
como a arte de manifestar os diversos afetos da nossa
alma através do som e estes afetos podem se dividir
em melodia, harmonia e ritmo, combinação dos sons,
deixando os harmônicos e dando seus reais valores
para se atingir a velocidade da melodia. Assim o
conceito de música fica claro quando pode ser
trabalhado e desenvolvido, objetivando o estímulo, o
desenvolvimento, a compreensão a sensibilidade,
organização dos fatores e conteúdos propostos no

111
ambiente educacional ou de recuperação para as mais
diversas áreas da motivação e interação social.

Diz o ditado popular: “que quem canta os males


espantam”, porém os efeitos da musicoterapia
vão muito além, pois ouvir a música certa no
momento adequado, provoca efeitos
significativos no corpo e na mente. (GIANPIERO
GASPARINI freelance para a Folha de São
Paulo, 09/01/2003).

Ao estudar a história da música de povos da


antiguidade como Grécia, Roma e outros, percebemos
que a música sempre esteve presente em vários
gêneros, como festas e rituais, homenagens e louvores
e entre outros ambientes.
Seguindo os conceitos fundamentados e teóricos
o grupo de estudos de pedagogia hospitalar,
ministrou alguns minicursos apresentando temáticas
pertinentes ao desenvolvimento do estudo, entre eles:
musicoterapia e literatura dramatizada; A música
como meio de desenvolver a inteligência e a
integração do ser humano; A influência da música no
comportamento humano.

112
DESENVOLVIMENTO.

O grupo de pedagogia hospitalar pôde em loco


observar a importância de usar músicas e sons para
transmitir conhecimentos no XXV Congresso Latino
Americano e Caribenho de Entidades Estudantis de
Agronomia- CONEA. Na Universidade Federal de
Alagoas – Centro de Ciências Agrárias – Rio Largo. A
oportunidade de desenvolver o tema: “Música e
Poesia nas rodas da participação popular, da
educação em saúde e no momento Agroecológico” em
meio as apresentações, músicas e danças foram
utilizadas para demonstrar todo o conhecimento
apresentado, contando com a participação ativa de
estudantes, levando para eles um olhar diferenciado
para trabalhar o som, a batida em seus ambientes.
A apresentação citada foi uma das atuações
feitas pelo grupo, porém, outras atividades de
musicoterapia foram desenvolvidas em outros
seminários apresentados tendo a música como
ferramenta didática sempre nos dando a confirmação
da eficácia no trabalho desenvolvido com músicas,
sons, parlendas, danças, violão e voz, e outros contos.
Outros minicursos objetivando a musicalidade
e musicoterapia, foram ministrados em seminários na

113
Faculdade De Ensino Regional Alternativa – Fera,
onde foi trabalhado com graduandos do curso de
pedagogia e a alegria, a auto estima, o relaxamento
foram claramente observados no contexto do
aprendizado.
Utilizando como base o conceito dado pelo
portal da educação, pode se assim conceituar música
como a arte de manifestar os diversos afetos da nossa
alma através do som e estes afetos podem se dividir
em melodia, harmonia e ritmo, combinação dos sons,
deixando os harmônicos e dando seus reais valores
para se atingir a velocidade da melodia.
(BRASIL,1998).
Nos EUA, estudo da Universidade da
Califórnia com vítimas crônicas de enxaqueca
demonstraram que pacientes reagiram melhor aos
medicamentos tradicionais quando submetidos à
musicoterapia. Melhor, inclusive, do que sessões de
relaxamento. Jorge Blat, Da Folha Online. Segundo
Bréscia (2003), o aprendizado de música, além de
favorecer o desenvolvimento afetivo da criança,
amplia a atividade cerebral, melhora o desempenho
escolar dos alunos e contribui para integrar
socialmente o indivíduo.

114
“Regiões responsáveis por atividade motora,
memória, linguagem e sentimentos são recrutadas
para interpretar os estímulos sonoros”, destrincha a
enfermeira Eliseth Leão, pesquisadora do Instituto
Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, na
capital paulista.
A escola como instituição responsável pelo
desenvolvimento do indivíduo, deve preocupar se
com todos os meios de reflexão que possam ser
utilizados em sala de aula, convém dizer que cabe ao
professor desenvolver no aluno a sensibilidade com
musicais ou sons que o leve a refletir, aprender e
desenvolver sua intelectualidade.
Os recursos musicais quando introduzidos no
contexto educacional é importantíssima para se
chegar a uma avaliação de conhecimentos e de
captação de objetivos, não só com crianças, mas com
jovens e adultos desde que sejam introduzidas no
contexto o qual se queira transmitir conhecimentos e
conteúdo.
A tarefa de ensinar é um desafio,
principalmente pelas opções e incentivos dos meios
de comunicação, necessita se então que o trabalho seja
feito com postura ética e bom senso, levando sempre
em consideração o contexto da situação abordada.

115
Segundo Biernath (2015), revista saúde, para a
ciência, publicado em 18 out. 2019, 10h32 não há
dúvidas de que a música tem um impacto nas
emoções, no comportamento e, em última análise, até
na saúde de cada um de nós. Quando tocamos um
instrumento ou ouvimos alguma gravação, diversas
áreas do cérebro são instigadas poucas atividades
intelectuais têm um efeito tão amplo.

CONCLUSÃO.

Conclui-se que o instrumento de musicoterapia


é usado para adaptar e recuperar pessoas sendo uma
ferramenta importantíssima para se ser usada em sala
de aula, não apenas para crianças mais para jovens e
adultos em minicursos e em qualquer evento que
tenha como objetivo a assimilação de conteúdo,
contribuindo para o melhoramento do ser humano
numa perspectiva real de humanização. É necessário
que haja além de tudo vontade de fazer bem e com
eficácia para que se garanta qualidade, competência,
diálogo e afetividade, transformando assim sonhos
em alegrias concretas, onde a transmissão de
conhecimentos seja feita em um PEA (Processo Ensino
Aprendizagem) em busca de novas alternativas
fazendo escolhas frente a situações novas.
116
A educação sozinha não transforma
conhecimentos em aprendizagens, é necessário
envolvimento de todos para colocar em prática o
melhor trabalho, desenvolvendo as melhores ações de
musicalidade, pois o conhecimento quando
descoberto, produz frutos de bons exemplos deixando
marcas significativas, ajudando a criar seres
humanizados, frente às adversidades que se torna
uma tarefa árdua, porém significante de amor
fraternal e incondicional, que se abraça por todos que
fazem parte do Grupo de Estudos de Pedagogia
Hospitalar.

REFERÊNCIAS

BIERNATH, André. O que é musicoterapia e qual o


seu potencial? Revista veja saúde. Brasil, 18 de out. de
2019. Disponível em:
https://tecnoblog.net/247956/referencia-site-abnt-
artigos/. Acesso 14/05/ 2020.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto.


Secretaria de Educação Fundamental. Referencial
curricular nacional para a educação infantil /
Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de

117
Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998.
Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.
pdf. Acesso 18/05/ 2020.

BRÉSCIA, Vera Lucia Pessagno. Educação Musical:


bases psicológicas e ação preventiva. São Paulo:
Átomo, 2003.

GIANPIERO, Gasparine. Musicoterapia usa


identidade musical para ativar o cérebro. Folha de São
Paulo. São Paulo, 9 de jan. de 2003. Disponível em:
https://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/notic
ias/ult263u2031.shtml. Acesso em: 15 /05/2020.

118
CAPÍTULO 9
SETEMBRO AMARELO: UMA PRÁTICA
REFLEXIVA PARA A VOLORIZAÇÃO DA VIDA
NA COMUNIDADE ACADÊMICA!

Leandro da Silva Oliveira1


Cícera Gonçalo de Moraes2
Mayane da Conceição Barros3
Susanne Messias de Farias4

RESUMO

Este presente artigo tem como objetivo geral


contribuir para valorização da vida na comunidade
acadêmica de Arapiraca-Alagoas, com a prática social,
de conversa, troca de experiências, palestra e música.

1
Graduando em pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional
Alternativa- FERA. E-mail:[email protected]\
Bairro Eldorado n°98, Mal Floriano Peixoto, Arapiraca, AL, Brasil
2
Graduando em pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional
Alternativa- FERA. E-mail: [email protected] Bairro
Eldorado n°98, Mal Floriano Peixoto, Arapiraca, AL, Brasil
3
Graduanda em pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional
Alternativa-. E-mail [email protected] /Rua Floracy da
Silva Barros n\ 288, Alto do Cruzeiro.
4
Mestranda em Dinâmica Território e Cultura- UNEAL. Rua
Governador Luiz Cavalcante,79, Alto do Cruzeiro, Arapiraca, AL,
Brasil. E-mail:[email protected]

119
Os objetivos específicos são tornar a conscientização
do público acadêmico relacionando a importância da
vida e do bem-estar, prezar pela forma de dialogar
com as pessoas sobre suicídio, e orientar a público
acadêmico. O Grupo de Estudos de Pedagogia
Hospitalar vinculado com a Faculdade de Ensino
Regional Alternativa, buscou atender de maneira
ordenada a ação do setembro amarelo, que foi
realizada no mês de setembro de 2019. Esse trabalho
justificasse após a sobrecarga de estudantes e o clima
de tristeza que percorria na socialização entre as
pessoas, tornando-o perceptível. Onde a comunidade
acadêmica passou a ser inserida, lembrando que a
importância de ser trabalhada essa conscientização
não apenas no mês de setembro, mas também todos
os meses.

INTRODUÇÃO

Torna-se a importante a valorização da vida


para todas as pessoas. Sob a coordenação da
professora Susanne Messias Farias, no ano de 2019, o
grupo tomou uma direção mais humanista diante de
tantos casos de suicídio originou-se a proposta de
trabalhar com essa temática da prevenção ao suicídio.

120
Este presente artigo tem como objetivo geral
contribuir para valorização da vida na comunidade
acadêmica com a prática social, de conversa, troca de
experiências, palestra e música. Os objetivos
específicos são tornar a conscientização do público
acadêmico relacionando a importância da vida e do
bem-estar, prezar pela forma de dialogar com as
pessoas sobre suicídio, e orientar a público
acadêmico.

O Grupo de Estudos de Pedagogia Hospitalar


vinculado com a Faculdade de Ensino Regional
Alternativa, buscou atender de maneira ordenada a
ação do setembro amarelo, que foi realizada no mês
de setembro de 2019. Esse trabalho justificasse após a
sobrecarga de estudantes e o clima de tristeza que
percorria na socialização entre as pessoas, tornando-o
perceptível. Onde a comunidade acadêmica passou a
ser inserida, lembrando que a importância de ser
trabalhada essa conscientização não apenas no mês de
setembro, mas também todos os meses. Foi realizada
a panfletagem semanas antes do evento, onde foi
dada orientações em todas as turmas da Faculdade de
Ensino Regional Alternativa-FERA.

121
Realizamos um evento Setembro Amarelo:
Uma Prática Reflexiva para a Valorização da Vida na
Comunidade Acadêmica, assim os estagiários
realizaram rodas de conversas, debates, troca de
experiências em suas aulas na EJA-Educação de
Jovens e Adultos, atividades dentre as quais se
destacou a presença do grupo teatral cristão “Encena”
que abrilhantaram a noite com uma tocante encenação
musical motivando e valorizando a preservação da
vida. No evento também contamos com uma breve
palestra da professora Sandra Falcão, onde houve a
distribuição de laços amarelos em alusão ao mês,
abraços grátis, recadinhos de carinho em uma rádio,
panfletagem com mensagens motivacionais,
atendimento psicológicos com participações
professores regentes, podendo refletir sobre a sua
realidade, desenvolvendo mudanças, levando alegria
como fator principal por diante.

DESENVOLVIMENTO

A pesquisa foi realizada através de uma


fundamentação metodológica onde se deu a
realização de ações e trocas de experiências para a
valorização da vida de estudantes em Arapiraca-

122
Alagoas, em conjunto com estagiários da Faculdade
de Ensino Regional Alternativa - FERA e o Grupo de
Estudos de Pedagogia hospitalar.

A IMPORTÂNCIA DE O PROFESSOR FALAR EM


SALA DE AULA SOBRE A VIDA NÃO AO
SUICÍDIO

Nota-se que o Suicídio vem, essencialmente, de


um estado depressivo, que pode ser causado por
inúmeros gatilhos internos e externos. Mesmo com
números cada vez mais altos, o assunto ainda é
considerado um tabu para muitas pessoas,
principalmente para pessoas que vivem com a
timidez dentro de si, deste modo vale ressaltar a
importância do professor enquanto mediado de o
conhecimento falar sobre a valorização da vida.
Tendo em vista que tirar a própria vida é uma decisão
extrema para fugir do que é considerado um
problema sem solução, a melhor forma de evitá-lo é
detectar quando a possibilidade existe e agir a tempo.
Segundo Ribeiro e Moreira (2018), O suicídio
constitui-se em um dos mais antigos temas
relacionados à saúde dos indivíduos e à forma como
são afetados pelas sociedades e coletividades nas

123
quais vivem. Em termos históricos, sua relevância no
plano social pode ser identificada desde a Grécia
antiga. Em tempos modernos, ao menos desde o
século XVIII, tem sido tratado como fenômeno social
e segundo perspectivas históricas, sociológicas,
econômicas e filosóficas.
Os alunos perpassam por diversos
acontecimentos, até mesmo no âmbito educacional, é
importante notar todas as vivências trazidas por eles
de suas casas, ao mesmo tempo, em que o professor
deve fazer diversas orientações, para a turma. Em
diversas situações em que ocorrem a não a valorização
da vida, reflete ao meio escolar onde os alunos
comentem bullying, cyberbullying e pré-conceito,
lesionando a integridade do aluno, estimulando-o a
não ter importância social e a vida.

IMPACTOS SOCIAIS NO DESENVOLVIMENTO


ESCOLAR

Percebe-se que nos dias atuais os impactos


sociais influenciam no PEA (Processo de Ensino e
Aprendizagem). A realidade do mundo do aluno, fora
da sala de aula reflete a sua prática enquanto ligação

124
entre escola e sociedade, tornando impactos para a
vida.
Para entender sua radicalidade, seus
estudiosos, histórica e esquematicamente, alinharam-
se às posições que o consideram desde o ato mais
individual do ser humano até os que o compreendem
como uma decorrência da pressão social — o que
esvazia a individualidade como causa —, passando
por aqueles que, de diferentes e pouco articuladas
maneiras, pretendem articular em suas explicações as
dimensões individuais e sociais (RIBEIRO, MOREIRA
2018)
Os impactos sociais ocasionados por diferentes
mudanças na vida dos alunos fazem com que esse
aspecto se amplie em toda vida. Como exemplo:
gravidez inesperada na adolescência, religião, pré-
conceito, gênero, raça e cultura.

A ORIENTAÇÃO SOBRE A VIDA PARA A EJA

Em todos os níveis e modalidades de ensino a


escola deve estar voltada ao aluno e não o contrário.
Na EJA, este conceito deve ser reforçado, pois o jovem
e o adulto que procuram esta modalidade de ensino já

125
trazem consigo experiências de vida e conhecimentos
informais acumulados historicamente.

Esta bagagem cultural deve ser aproveitada pelo


professor, uma vez que é necessário fazer uma
ponte entre o interesse de seus educandos e suas
experiências com o conhecimento científico,
formal, para que haja uma educação que esteja a
serviço desse perfil de aluno. (FERREIRA, 2008)

Sabe-se que educar é muito mais que reunir


pessoas numa sala de aula e transmitir-lhes um
conteúdo e pronto, para isso é necessário
compreender e respeitar a pluralidade cultural, as
identidades, as questões que envolvem classe, raça,
saber e linguagem dos alunos, valorizando a sua
bagagem histórica. O ensino aplicado a EJA, trata-se
de jovens e adultos que tem lutas árduas, deste modo
pode-se aglomerar a valorização da com sua prática
no desenvolvimento a aprendizagem.

CONCLUSÃO

Conclui-se que devemos compreender a


importância de valorização da vida, onde se surgem
caminhos que exigem adaptações para acompanhar a
realidade emocional, sociocultural e econômica, tendo
126
em vista que a comunidade acadêmica precisa estar
unida, para dialogar, socializar, trocar experiências. O
professor enquanto mediador tem o caráter de
orientar os alunos sobre a valorização da vida. A ação
no setembro amarelo foi estendida com excelência,
devida a junção entre os Estagiários da Faculdade de
Ensino regional Alternativa - FERA, ao grupo de
Estudo de Pedagogia Hospitalar e toda a comunidade
acadêmica. Observa-se que os semblantes dos alunos
mudaram ao termino do evento, estavam renovados
com pensamentos positivos, tornando-os pessoas
transmissoras de conhecimento em relação à
Valorização da vida.

REFERÊNCIAS

FERREIRA, Daisy de Carvalho. Educar Jovens e


Adultos é dar a essas pessoas uma nova perspectiva
de vida, um novo ponto de partida. Coleções FTD
para EJA. Paraná, 2008. Disponível em:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/a
rquivos/1711-6.pdf Acesso em: 01 de mai. de 2020.

MOREIRA, Marcelo Rasga; RIBEIRO; José Mendes.


Uma abordagem sobre o suicídio de adolescentes e
jovens no Brasil. Ciência e saúde coletiva. Rio de

127
Janeiro, Set. de 2018. V.23, n.9. Disponível em:
https://www.scielo.br/pdf/csc/v23n9/1413-8123-csc-
23-09-2821.pdf. Acesso em: 01 de mai. de 2020.

128
ANEXO
Figura 1 – Mensagem de motivação – Figura 2– Abraço grátis –
Evento Setembro Amarelo - FERA Evento Setembro Amarelo
FERA

Fonte: dados de pesquisa 2019

Figura 3 – Um dos Stand de pesquisa Figura 4 – Entrada do Evento


Evento Setembro Amarelo - FERA Setembro Amarelo - FERA

Fonte: dados de pesquisa 2019

129
CAPÍTULO 10

PRÁTICAS AGROECOLÓGICAS COMO


FERRAMENTA EDUCATIVA LIBERTADORA
NO ABRIGO MARIA DAS NEVES NO
MUNICÍPIO DE ARAPIRACA-AL

Sineide dos Santos Barros1


Susanne Messias de Farias 2
RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo geral


contribuir com as crianças que estão em
vulnerabilidade social, com práticas agroecológicas
utilizando ferramentas educativas. Esse trabalho
justifica-se após uma visita junto como o grupo de
Pedagogia Hospitalar da Faculdade-FERA, foi
observado que existia um espaço de horta desativada,
sendo assim, despertou o desejo de reativar a mesma,
porém com uma proposta de práticas educativas
atividades em conjunto com o grupo de estudo da
pedagogia hospitalar que na oportunidade estava

1
Graduanda em pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional
Alternativa-.E-mail: [email protected]
2
Mestranda em Dinâmica Território e Cultura- UNEAL. Rua
Governador Luiz Cavalcante,79, Alto do Cruzeiro, Arapiraca, AL,
Brasil. E-mail:[email protected]
130
também desenvolvendo um projeto denominado
“pequeno cidadão.” Para terna sociedade, e em sua
construção coletiva, a formação de sujeitos
politicamente críticos, é imprescindível aplicar
metodologias que consigam despertar para uma
tomada de consciência que, a partir de questões
geradoras, faça com que o sujeito reflita, através de
suas experiências e concepções da realidade. Nesse
sentido, as metodologias ou ferramentas
participativas atuam ampliando o campo de
percepção e noção do ser, tornando assim cada sujeito
um “ser mais” (FREIRE,1996). O método foi aplicado
com parceria do projeto pequeno cidadão, foi feito
também plantio e colheita caracterizados como o dia
“D”, houve uma participação maior das crianças
menores nas atividades com a horta. O método teve
eficácia, pois o espaço externo da instituição era
adequado onde já havia uma horta inativa. Conclui-se
que a falta de acompanhamento diário no processo de
efetivação das atividades coma horta contribuiu para
a sua não assimilação na totalidade da proposta
pedagógica, deixando a desejar neste aspecto.

131
INTRODUÇÃO

A educação bancária, assim chamada por Paulo


Freire (1996), formalizado a partir de técnicas
militares do século XVIII, é uma educação com base
no produtivíssimo e acaba afastando os sujeitos da
realidade, tornando o discurso um mecanismo de
“autoconsolação” e a prática de uma sociedade
sustentável e mais consciente cada vez mais longe de
ser alcançada.
Para que se tenha na sociedade, e em sua
construção coletiva, a formação de sujeitos
politicamente críticos, é imprescindível aplicar
metodologias que consigam despertar para uma
tomada de consciência que, a partir de questões
geradoras, faça com que o sujeito reflita, através de
suas experiências e concepções, a realidade. Nesse
sentido, as metodologias ou ferramentas
participativas atuam ampliando o campo de
percepção e noção do ser, tornando assim cada sujeito
um “ser mais” (FREIRE, 1996).
O presente trabalho tem como objetivo
geral contribuir com as crianças que estão em
vulnerabilidade social, com práticas agroecológicas
utilizando ferramentas educativas. Os objetivos

132
específicos são atribuir tarefas agroecológicas às
crianças utilizando as hortas, estabelecer uma relação
de interação educativa entre as crianças, utilizar as
hortas agroecológicas como ferramenta pedagógica
contra o tédio e a ociosidade.
Esse trabalho justifica-se após uma visita com o
grupo de pedagogia hospitalar da faculdade
FERA, foi observado que existia um espaço de horta
desativada, sendo assim, despertou o desejo de
reativar a mesma, porém com uma proposta de
práticas educativas atividades em conjunto com o
grupo de estudo da pedagogia hospitalar que na
oportunidade estava também desenvolvendo um
projeto denominado “pequeno cidadão.” Diante desta
realidade o presente estudo buscou investigar a
seguinte problemática: a utilização das práticas
agroecológicas educativas podem não apresentar um
resultado efetivo por falta de suporte diário, e
consequentemente esse método pode não ter a
assimilação do conteúdo proposto.

A importância da dialogicidade (Freire,


1996) no processo de reconhecimento para
nos identificarmos no “outro”.
Construímos nossa própria realidade a
partir de nossas experiências ao longo da
vida, mas é quando trocamos essas
133
experiências com o nosso próximo que
construímos a realidade coletivamente
(SALLA, 2015).

Tendo por base o fato que nós reconhecemos e


construímos nossa realidade a partir do diálogo e das
experiências, sejam elas com nossas famílias ou com
nossos amigos, somos seres com vontade de
transformação. Criatividade e liberdade são
fundamentais para um entendimento mais amplo do
que é a realidade e como nos posicionamos enquanto
ato social em determinada comunidade. (SALLA,
2015).

DESENVOLVIMENTO

A pesquisa foi realizada através de uma


fundamentação metodológica de caráter descritivo
sendo que os fatos foram observados e analisados, em
vários momentos de atividade conjunta com o grupo
de estudo da pedagogia hospitalar da Faculdade de
Ensino Regional Alternativa — FERA.

134
CARACTERIZAÇÕES DA ÁREA DE ESTUDO

Este trabalho foi realizado no Abrigo


Institucional Maria das Neves Borges localizado no
bairro Cavaco na cidade de Arapiraca-AL, localizada
no agreste alagoano (Figura 1). É uma entidade civil
sem fins lucrativos de caráter Educativo, Cultural,
Filantrópicos e de Assistência Social, que tem por
finalidade amparar crianças e adolescentes em
situação de risco social e pessoal.
Tem como objetivo promover e oferecer
atendimento a criança e o adolescente em situação de
riscos social e pessoal, através de programas
socioeducativos visando pleno exercício da cidadania,
buscando a sua evolução dentro das condições e
suas plenitudes, em consciência da responsabilidade,
resgatando assim a autoestima de sua realidade.
A Casa de Passagem Maria das Neves Borges
foi fundada em 4 de julho 2008. O público alvo são
crianças e adolescentes de ambos os sexos, da própria
cidade de Arapiraca que estejam em situação de riscos
social e pessoal, nas faixas etários de 07 a 18 anos
incompletos, que se encontra em situação de risco e
vulnerabilidade característicos de abandono,
violência física, sexual, psicológica e miserabilidade.

135
Durante os meses de julho e agosto de 2014, a
equipe de supervisão e apoio aos serviços de
acolhimento da Secretaria de Assistência Social,
construiu o diagnóstico das 3 instituições de
acolhimento para crianças e adolescentes de
Arapiraca (Casa de Passagem; Casa da Menina; Lar
São Domingos Sávio; e Abrigo Mãe Rainha), no qual
se identificou que, as principais causas do
abrigadouro são: violência, negligência, abandono,
abuso sexual e drogadição. Os acolhidos são oriundos
do próprio município e de regiões adjacentes.
Identificou-se também, que há um Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
— CMDCA, que junto aos Centros de Referência de
Assistência Social — CRAS, desenvolvem ações
específicas para a prevenção da ruptura de vínculos
familiares. A relação entre os serviços de acolhimento
coma rede sócio assistencial do município é
satisfatória, com destaque para a boa integração com
os CRAS e os Serviços de Convivência e
Fortalecimento de Vínculos — SCFV.
A Casa de Passagem Maria das Neves Borges,
localizado à Rua Abraão de Oliveira, S/N, bairro
Cavaco, é uma instituição governamental, inscrita no
Conselho Municipal de Assistência Social, que atende

136
crianças e adolescentes com idades entre 7 e 18 anos
incompletos, do sexo masculino e feminino
(entretanto, diante da necessidade, há o acolhimento
de crianças com faixa etária inferior à 7 anos.) Na
constituição desse público, não constam acolhidos
com deficiência física e transtorno mental; todos
possuem referência familiar, porém, atualmente há 4
crianças que provém de destituição do poder familiar.
Com capacidade de acolhimento é de 20 usuários, no
momento, há 8 acolhidos e o tempo de permanência
na instituição é 3 meses.
O imóvel onde funciona o abrigo é próprio
(municipal) e apresenta condições favoráveis de
habitabilidade (ventilação, iluminação, estado de
conservação), os espaços para organização do serviço
e para a equipe técnica é satisfatório, contudo, não há
espaço suficiente para guarda de pertences, além
disso, o número de acolhidos por dormitório é maior
que 4, e não há condições favoráveis de acessibilidade,
pois os banheiros não são adaptados e não existem
rotas acessíveis.
A instituição está localizada em área
residencial com acesso ao transporte público e
fachada sem identificação externa. Os recursos
humanos são compostos por 01 coordenador

137
(pedagoga – 40h); 01assistente social (pós-graduada –
30h); 01psicóloga (pós-graduada – 30h); 6
educadores/cuidadores, que trabalham em regime de
plantão; 02 serviços gerais – 40h; 02cozinheira – 40h.
Com relação à metodologia de atendimento, a
instituição não tem o plano individual de
atendimento (PIA), pois é curto o tempo de
permanência no serviço; as crianças e adolescentes
não frequentam a escola; o serviço mantém
prontuários individualizados e atualizados de cada
criança e adolescente; e são elaborados e enviados ao
poder judiciário, relatórios de acompanhamento de
cada usuário.

REORDENAMENTO DOS SERVIÇOS DE


ACOLHIMENTO PARA CRIANÇAS E
ADOLESCENTES

Para ministrar a devida assistência à infância e


à adolescência que necessite de medidas protetivas
como afastamento da família de origem, diferentes
tipos de serviços de acolhimento foram planejados e
configurados, apresentados nas Normas Operacionais
Básicas dos Recursos Humanos do SUAS (NOB-
RH/SUA,2006), na Tipificação Nacional de Serviços

138
Sócio assistenciais (2009) e nas Orientações Técnicas:
Serviços de acolhimento para Crianças e Adolescentes
(2009), que delimitam os tipos de serviços que podem
ser oferecidos e executados para este público.
O reordenamento institucional se constitui em
um novo paradigma na política social que deve ser
incorporado por toda a rede de atendimento do país.
Reordenar o atendimento significa reorientar as redes
pública e privada, que historicamente praticaram o
regime de abrigamento, para se alinharem à mudança
de paradigma proposto. Este novo paradigma elege a
família como a unidade básica da ação social e não
mais concebe a criança como o adolescente isolados
de seu contexto familiar e comunitário.
O reordenamento dos programas de
Acolhimento Institucional requer ações de:
1) mudança na sistemática de financiamento
das entidades de abrigo, eliminando-se formas que
incentivem a manutenção desnecessária das crianças
e adolescentes nas instituições como o financiamento
por criança e adolescente atendido e incluindo-se
recursos para o trabalho com a reintegração à família
de origem;
2) qualificação dos profissionais que trabalham
nos programas de Acolhimento Institucional;

139
3) estabelecimento de indicadores qualitativos
e quantitativos de avaliação dos programas;
4) desenvolvimento ou incorporação de
metodologias para o trabalho com famílias;
5) ênfase na prevenção do abandono e na
potencialização das competências da família,
baseados no reconhecimento da autonomia e dos
recursos da mesma para cuidar e educar seus filhos;
6) adequação do espaço físico e do número de
crianças e adolescentes atendidos em cada unidade,
de forma a garantir o atendimento individualizado e
em pequenos grupos;
7) adequação do espaço físico às normas de
acessibilidade;
8) articulação das entidades de programas de
abrigo com a rede de serviços, considerando todo o
Sistema de Garantia de Direitos– SGD
No processo de reordenamento dos serviços de
acolhimento, encontra-se, entre outras, a modalidade
de Abrigo Institucional: serviço que oferece
acolhimento provisório para crianças e adolescentes
afastados do convívio familiar por meio de medida
protetiva de abrigo (ECA, Art. 101), em função de
abandono ou cujas famílias ou responsáveis
encontrem-se temporariamente impossibilitados de

140
cumprir sua função de cuidado e proteção, até que
seja viabilizado o retorno ao convívio com a família de
origem ou, na sua impossibilidade, encaminhamento
para família substituta.
O serviço deve ter aspecto semelhante ao de
uma residência e estar inserido na comunidade, em
áreas residenciais, oferecendo ambiente acolhedor e
condições institucionais para o atendimento com
padrões de dignidade. Deve ofertar atendimento
personalizado e em pequenos grupos (máximo de 20
crianças e adolescentes de 0 a 18 anos, de ambos os
sexos) e favorecer o convívio familiar e comunitário
dos mesmos, bem como a utilização dos
equipamentos e serviços disponíveis na comunidade
local.
Para o funcionamento adequado do serviço, a
equipe profissional é composta por1 coordenador,
1assistente social, 1psicólogo,
2educadores/cuidadores por turno e 2auxiliares de
educador/cuidador por turno. A quantidade de
educadores/cuidadores e auxiliares de
educador/cuidado deverá ser aumentada quando
houver usuários que de mandem atenção específica
(com deficiência, com necessidades específicas de
saúde ou idade inferior a um ano); para tanto, deverá

141
ser adotada a relação de 1 cuidador e auxiliar de
educador/cuidador para cada 8usuários, quando
houver 1 usuário com demandas específicas; e de 1
cuidador e auxiliar de educador/cuidador para cada 6
usuários, quando houver 2 ou mais usuários com
demandas específicas.

CONCLUSÃO

Conclui-se que a falta de acompanhamento


diário das atividades com a horta contribuiu para a
sua não compreensão na totalidade da proposta
pedagógica, deixando a desejar neste aspecto. O
tempo destinado à atividade com a horta
separadamente das atividades do “projeto pequeno
cidadão”, não foi viável acontecer no mesmo dia por
serem realizadas apenas nos plantões da
professora Sussane, mesmo sendo todo o dia do
plantão faltou o acompanhamento durante os demais
dias. Pode-se observar uma evolução na resolução das
tarefas com os pequenos, pois foram quem mais
participou das atividades, a curiosidade e vontade de
estar presente nos momentos de atividades com a
horta foi predominante. Foi perceptível também a

142
estrutura oferecida adequada para a aplicação da
pesquisa e desenvolvimento das atividades.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe


sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá
outras providências. Diário Oficial da República
Federativa do Brasil, Brasília, DF, 13 jul. 1990.
Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.ht
m#art266. Acesso em: 16 mai. de 2018.

BRASIL. Normas Operacionais Básicas dos Recursos


Humanos do SUAS. Brasília, DF, DEZ. DE 2016.
Disponível em:
http://www.assistenciasocial.al.gov.br/sala-de-
imprensa/arquivos/NOB-RH.pdf. Acesso em: 27 de
abr. de 2020.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes


necessários à prática educativa. 25. Ed. São Paulo: Paz
e Terra, 1996. 54p. Disponível em:
http://www.apeoesp.org.br/sistema/ck/files/4-
%20Freire_P_%20Pedagogia%20da%20autonomia.pd
f. Acesso em: 02 de mai. 2020.

143
SALLA, Lucas Xavier et al . Práticas agroecológicas
como ferramenta educativa libertadora:
experiências do coletivo MECA. Cadernos de
adroecologia – issn – 2236 - 7934. Anais do II SNEA.
Mossoró, RN, jul de 2017. V 12, n.1. Disponível em:
file:///C:/Users/INFO/Downloads/22361-1-85305-1-
10-20170731%20(2).pdf. Acesso em: 16 de mai de
2020.

144
ANEXO

Figura 1 – Abrigo Maria das Neves Borges

Fonte: dados de pesquisa - 2019

Figura21 – Cultivando a horta.

Fonte: dados
145de pesquisa - 2019
Figura3–Termo de Consentimento Livre
e Esclarecimento - TCLE

Fonte: dados de pesquisa - 2019

146
CAPÍTULO 11

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
INTERCALADOS PARA CRIANÇAS
INSTITUCIONALIZADAS NO ABRIGO MARIA
DAS NEVES EM ARAPIRACA-ALAGOAS

Leandro da Silva Oliveira1


John Lennon Ferreira de Oliveira2
Susanne Messias de Farias3

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo geral


contribuir com as crianças que estão em
vulnerabilidade social, com práticas de alfabetização
e letramento utilizando ferramentas educativas. Esse
trabalho justificasse após uma visita com o grupo de
Pedagogia Hospitalar da Faculdade de Ensino
Regional Alternativa — FERA, buscando-se atender

1
Graduando em pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional
Alternativa- FERA.E-mail:[email protected]
2
Graduando em pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional
Alternativa- FERA. Graduado em Licenciatura de Música, pela
Faculdade Evangélica de Salvador - FACESA. E-mail:
[email protected]
3
Mestranda em Dinâmica Território e Cultura- UNEAL. Rua
Governador Luiz Cavalcante,79, Alto do Cruzeiro, Arapiraca, AL,
Brasil. E-mail:[email protected]
147
de maneira simples, mas com todo amor possível,
dedicando tempo, estudos e momentos familiares
para estar presente na vida das crianças e jovens do
Abrigo Maria das Neves, localizado em Arapiraca-
Alagoas, onde se passa a surgir o “Projeto Pequeno
Cidadão”. Com a prática de socialização,
alfabetização e letramento as crianças
institucionalizadas passaram-se a adquirir a
autonomia, o aprofundamento da leitura e seu
conhecimento da realidade, com os mediadores
utilizando-se da linguagem lúdica, oral e escrita para
construir seus mundos. O método teve eficácia, onde
as crianças no momento final conseguiram realizar
apresentações, ler textos na formatura do pequeno
cidadão. Conclui-se que o acompanhamento diário
dos mediadores obteve êxito no processo de
efetivação das atividades e momentos do processo de
ensino.

INTRODUÇÃO

O projeto jovem cidadão não teve como


intenção a busca de um engessamento nas práxis
educativas, através de um sistema operante que se
articule entre as instituições de ensino e os

148
documentos normativos. A preocupação foi de
analisar o ECA — Estatuto da Criança e do
Adolescente, o acolhimento institucional e o
acolhimento familiar são medidas provisórias e
excepcionais, utilizáveis para transição para
reintegração familiar ou, não sendo esta possível, para
colocação em família substituta, não implicando
privação de liberdade.

Os PCN enfatizam que a prática de leitura em


voz alta feita pelo professor é algo raro e, com o
passar dos anos de escolaridade, a criança ouve
cada vez menos a leitura do professor. Destacam
que o modelo de um bom leitor se torna ainda
mais necessário com o avanço da aprendizagem.
Denota-se no mesmo documento que “Uma
prática de leitura na escola é, sobretudo,
necessária, porque ler ensina a ler e a escrever.”
(BRASIL, 1997, p.43).

Este presente artigo tem com o objetivo geral


contribuir com as crianças que estão em
vulnerabilidade social, com práticas de socialização,
alfabetização e letramento. Os objetivos específicos
são alfabetizar e letra as crianças que estão em idades
acima da normalidade do processo, utilizando
metodologias lúdicas e de caráter emancipatório, com
brincadeiras, jogos, diversão e alegria.
149
O Grupo de Estudos de Pedagogia Hospitalar
vinculado com a Faculdade de Ensino Regional
Alternativa, buscou atender de maneira simples, mas
com todo amor possível, dedicando tempo, estudos e
momentos familiares para estar presente na vida das
crianças e jovens. Esse trabalho justificasse após uma
visita do Grupo de Estudo de Pedagogia Hospitalar
da Faculdade de Ensino Regional Alternativa —FERA
ao Abrigo Maria das Neves localizado em Arapiraca-
AL, onde passa a surgir o Projeto Pequeno Cidadãos.
Onde as crianças institucionalizadas passaram-se a
adquirir a autonomia de aprofundar sua leitura e seu
conhecimento da realidade, adjunto os mediadores
utilizando-se da linguagem lúdica, oral e escrita para
construir seus mundos, tornando-se capazes de
vislumbrar as transformações da realidade,
respeitando à humanidade e à cidadania, ou seja,
capazes de utilizar essa socialização, leitura e escrita
no seu cotidiano social, podendo refletir sobre sua
realidade, desenvolvendo sua opinião e propondo
mudanças possíveis e necessárias.
Visando atender as necessidades escolares e até
mesmo afetivas das crianças, conta-se com o apoio da
Faculdade FERA, Prefeitura Municipal de Arapiraca e
de todo o corpo técnico do Abrigo Maria das Neves

150
para concretizar nossas intervenções. Por meio das
mesmas, atende-se 15 crianças, onde se dividem as
atividades para cada dupla executar de maneira
significativa e continuada. Como base neste contexto
determina-se a classificação por faixa etária, obtendo-
se a socialização e o processo de leitura, onde se
concentra no campo das políticas educacionais
direcionadas corretamente, no modo em que as
crianças estão devidamente matriculadas na escola.
Com a chegada do fim das intervenções percebe-se os
resultados junto aos envolvidos, onde se
obtiveram literárias, música e dança, sendo possível
trazer a alegria para todos que fizeram parte da
construção do projeto, realizamos a formatura do
Pequeno Cidadão, onde contamos com diversos
apoiadores.

DESENVOLVIMENTO

A pesquisa foi realizada através de uma


fundamentação metodológica de caráter descritivo
sendo que os fatos foram observados e analisados, em
vários momentos de atividade conjunta com o grupo
de estudo da pedagogia hospitalar da Faculdade de
ensino Regional Alternativa — FERA.

151
DESCRIÇÃO DO ABRIGO MARIA DAS NEVES

O Abrigo Maria das Neves foi inaugurado no


início do mês de julho de 2008 onde a instituição passa
a ser referência no atendimento a crianças em
situações de risco e vulnerabilidade social. Localizada
no bairro Cavaco na cidade de Arapiraca-Arapiraca, a
instituição filantrópica determinada sem fins
lucrativos é mantida sobre custódia pela prefeitura
municipal de Arapiraca — Alagoas, por intermédio
da Secretária de Assistência Social. A estrutura do
abrigo conta com uma estrutura ampla, incluindo
dormitório separados por sexo, sala para atividades
em grupo, sala de estar, secretaria, banheiros, cozinha,
pátio para recreação e um terreno ao lado que é
utilizado para o cultivo de hortas. Para toda
instituição funcionar necessita-se de amigos e
profissionais para atender as necessidades das
crianças que por ali passam, com isso a instituição tem
uma equipe técnica, composta por assistentes sociais,
psicólogo, e voluntários que conduzem para o
crescimento social da instituição. De acordo com a
necessidade, o Abrigo Maria das Neves tem a
capacidade máxima para suprir 20 crianças ou

152
adolescentes com idade entre 07 a 18 anos
incompletos.

A IMPORTÂNCIA DA ALFABETIZAÇÃO E
LETRAMENTO

Para Val (2006), pode-se definir alfabetização


como o processo específico e indispensável de
apropriação do sistema de escrita, a conquista dos
princípios alfabético e ortográfico que possibilitem ao
aluno ler e escrever com autonomia. Noutras
palavras, alfabetização diz respeito à compreensão e
ao domínio do chamado “código” escrito, que se
organiza em torno de relações entre a pauta sonora da
fala e as letras (e ouras convenções) usadas para
representá-la, a pauta, na escrita. Já para Perez
(apud, 2002) a alfabetização é um processo que, ainda
que se inicie formalmente na escola, começa de fato,
antes de a criança chegar à escola, através das diversas
leituras que vai fazendo do mundo que a cerca, desde
o momento em que nasce e, apesar de se consolidar
nas quatro primeiras séries, continua pela vida afora.
Este processo continua apesar da escola, fora da escola
paralelamente à escola.

153
No processo de alfabetização e letramento das
crianças do Abrigo Maria das Neves se deu ao
informativo Letramento através da leitura onde as
crianças se dispuseram com a ajuda do mediador a
busca notícias e lazer nos jornais, a interagir
selecionando o que desperta interesse, divertiram-se
com as histórias em quadrinhos, seguiram receita de
bolo, a lista de compras de casa, fizeram comunicação
através do recado, do bilhete, do telegrama. Com base
nessa ação percebe-se que o letramento é ler histórias
com o livro nas mãos, é emocionar-se com as histórias
lidas, e fazer, dos personagens, os melhores amigos.
Letramento é descobrir a si mesmo pela leitura e pela
escrita, é entender quem a gente é e descobrir quem
podemos ser.

A IMPORTÂNCIA DO MEDIADOR PARA O


PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DA
CRIANÇA

Na prática das intervenções nota-se o papel


fundamental da medição através do objeto, onde as
crianças passam a desenvolver de maneira
satisfatória. Segundo Mousinho (et al., 2010), o
mediador escolar não deve agir de forma substitutiva

154
ao professor regente, mas ser apoio para ele. Sua
atribuição basal é ser intermediário diante das
situações que envolvem questões comportamentais,
pedagógicas, sociais, recreativas, de comunicação e de
linguagem. Não como quem traduz o ambiente pelo
aluno, mas sim em uma tentativa de fazer com que
aquele estímulo seja perceptível para a criança e
assim, possa ser interpretado por ela.
Deste modo nota-se que as crianças tiveram
dificuldades na escrita e na reprodução fonética de
palavras, sendo assim através do
estímulo confecciona-se um equipamento
chamado “susurrofone”, onde se consegue o
desenvolvimento da prática da criança ouvindo o seu
próprio som através do equipamento.

CONCLUSÃO

Conclui-se que devemos compreender sempre


a importância da alfabetização na idade certa das
crianças, foi notório a dificuldade na PEA —
Processo de Ensino e Aprendizagem em relação ao
desenvolvimento de assimilação das palavras, pois as
crianças já tinham ultrapassado a sua idade de
alfabetização e letramento de forma correta, coerente

155
e satisfatória, devido ao seu afastamento social e
familiar. Com a ajuda de todos os componentes do
grupo de estudo de pedagogia hospitalar, equipe
técnica do Abrigo Maria das Neves, Prefeitura
Municipal de Arapiraca o projeto jovem cidadão
obteve êxito, não apenas na parte de alfabetizar e
letrar, mas também na interação social entre as
crianças e adolescentes institucionalizadas neste
abrigo. Ao ver as palavras serem pronunciadas de
forma correta, a escrita e a autonomia na
socialização torna-se satisfatório em nossa missão.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de


Apoio à Gestão Educacional. Pacto nacional pela
alfabetização na idade certa: Currículo na
alfabetização: concepções e princípios: ano 1: unidade
1 /Ministério da Educação. Brasília: MEC, SEB, 2012.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental.


Parâmetros curriculares nacionais: língua
portuguesa/Secretaria de Educação Fundamental. –
Brasília: 1. Parâmetros curriculares nacionais. 2.
Língua portuguesa: Ensino de primeira à quarta série.
I. Título. Disponível em:

156
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro02.pdf
. Acesso em 01/05/2020.

BRASIL. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe


sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá
outras providências. Diário Oficial da República
Federativa do Brasil, Brasília, DF, 13 jul. 1990.

MOUSINHO, R . et al. Mediação escolar e inclusão:


revisão, dicas e reflexões. Re vista Psicopedagogia,
São Paulo: Associação Brasileira de Psicopedagogia,
v. 27, n. 82, 2010.

VAL, Maria da Graça Costa. O que é ser alfabetizado


e letrado? In CARVALHO, Maria Angélica Freire;
MENDONÇA, Rosa Helena (orgs) Práticas de leitura
e escrita – Brasília, Ministério da Educação, 2006.

157
ANEXO

Figura 1 – Atividade com Figura 2 – Atividade de Português


susurrofone

Fonte: dados de pesquisa - 2019

Figura 3 – Atividade de
Pintura e Desenhos Figura 4 – Atividade com as
Letras do Alfabeto

Fonte: dados de pesquisa - 2019

158
CAPÍTULO 12

DEZEMBRO VERMELHO: UMA PRÁTICA


REFLEXIVA NA PROMOÇÃO DE SAÚDE E
ESCOLA.

Leandro da Silva Oliveira1


Sineide dos Santos Barros2
Susanne Messias de Farias3

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo geral debater


assuntos pertinentes ao tema abordado, relatar
situações vivenciadas na intervenção com grupo de
forma a somar academicamente para o conhecimento
dos envolvidos. Os objetivos específicos são auxiliar
os estudantes sobre o tema abordado, oportunizar os
acadêmicos a levarem o tema às escolas, proporcionar
um momento de socialização e explicação sobre as

1
Graduando em pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional
Alternativa- FERA. E-mail: [email protected] \
Bairro Eldorado n°98, Mal Floriano Peixoto, Arapiraca, AL
2
Graduanda em pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional
Alternativa-. E-mail: [email protected]\ Rua Floracy da
Silva Barros n\ 288, Alto do Cruzeiro.
3
Mestranda em Dinâmica Território e Cultura- UNEAL. Rua
Governador Luiz Cavalcante,79, Alto do Cruzeiro, Arapiraca, AL,
Brasil. E- mail: [email protected]
159
DST’s. Esse trabalho justificasse pela necessidade de
se falar sobre o tema principalmente entre os jovens e
adolescente que ainda nutrem um certo receio de se
falar sobre o tema. Conclui-se que esse evento se
denominou em excelência a partir do momento que
oferece informações, troca de experiências e
resultados de testes que poderão salvar vidas
presentes e futuras. Acredita-se que a discussão sobre
o papel do professor, da família e da escola é urgente
e necessária, e para isso, é preciso debatermos e
aprofundarmos do assunto sobre saúde e isso, sendo
elementos primordiais para construção integral do
ser.

INTRODUÇÃO

Dezembro Vermelho foi uma ação realizada


por dois anos consecutivos (2018, 2019), na própria
instituição da Faculdade de Ensino Regional
Alternativa-FERA. Com aproximadamente 10 turmas
do curso de pedagogia, sob a orientação da professora
mestranda e coordenadora do Grupo de Estudo de
Pedagogia Hospitalar, Susanne Messias de Farias, em
conjunto com a professora Divani Messias dos Santos.
Na intenção de solicitar aos acadêmicos o

160
aprofundamento do estudo sobre as DST’s e a
aplicabilidade do conhecimento na prática em
intervenções em escolas da rede pública e privada
sobre o tema abordado, realiza-se a culminância com
exposição dos trabalhos para toda comunidade
acadêmica.
O presente trabalho tem como objetivo
geral debater assuntos pertinentes ao tema abordado,
relatar situações vivenciadas na intervenção com
grupo de forma a somar academicamente para o
conhecimento dos envolvidos. Os objetivos
específicos são auxiliar os estudantes sobre o tema
abordado, oportunizar os acadêmicos a levarem o
tema às escolas, proporcionar um momento de
socialização e explicação sobre as DST’s. Esse trabalho
justificasse pela necessidade de se falar sobre o tema
principalmente entre os jovens e adolescente que
ainda nutrem um certo receio de se falar sobre o tema.
A escola é um espaço no qual programas de educação
e saúde podem ter grande repercussão, atingindo os
estudantes nas etapas influenciáveis de sua vida,
quais sejam, a infância e adolescência (BRASIL, 1998).
Segundo Gavidia (2003), existe um consenso
sobre o importante papel das ações de promoção da
saúde e de educação em saúde, desenvolvidas dentro

161
das escolas, com o intuito de garantir uma formação
integral dos alunos. Para o autor, os comportamentos
espontâneos não asseguram a saúde das pessoas, por
isso existe a necessidade da instrução formal
obrigatória que incorpore a saúde entre seus
objetivos.

DESENVOLVIMENTO

A pesquisa foi realizada de forma com


acadêmicos do curso de pedagogia com 10 turmas da
Faculdade de Ensino Regional Alternativa FERA,
onde se realizara intervenções em várias escolas
públicas e particulares em turmas do fundamental II,
na modalidade palestra. Os acadêmicos dividiram-se
em grupos com vários temas dentro do conteúdo
através de uma fundamentação metodológica de
caráter descritivo e explicativo sendo que os fatos
foram observados, analisados e aplicados em vários
momentos de atividade conjunta com o grupo de
estudo da pedagogia hospitalar da Faculdade de
Ensino Regional Alternativa FERA.

162
CARACTERIZAÇÕES DA ÁREA DE ESTUDO

Este trabalho foi realizado por duas vezes na


própria sede, Faculdade de Ensino Regional
Alternativa FERA, localizado no bairro Eldorado n/ 98
na cidade de Arapiraca-AL, localizada no agreste
alagoano. Com o tema Intitulado: “dezembro
Vermelho: uma prática reflexiva na promoção de
saúde e escola”
Os acadêmicos fizeram-se grupos e sub grupos
para expor todas as intervenções para a comunidade
acadêmica com ilustrações do material exposto nas
palestras realizadas nas escolas. O grupo de
pedagogia hospitalar também teve sua participação,
prestigiando o evento, cada cantinho decoração de
exposição com o tema abordado foi apreciado pelo
grupo de pedagogia hospitalar que na oportunidade
foi realizado perguntas pertinentes sobre o tema
abordado.

TESTE RÁPIDO DE HIV

Hoje os testes se modernizaram e o resultado


fica pronto em até 30 minutos. A boa notícia é que o
Sistema Único de Saúde (SUS) oferece esses testes

163
gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs),
Unidades de Pronto Atendimento (Upas) e Centros de
Testagem e Aconselhamento (CTA). Entenda mais
como funcionam estes testes, especialmente o de HIV.
De acordo com o diretor de Prevenção e
Controle das DST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais
do Ministério da Saúde (DIAHV), Gerson Pereira, no
caso do HIV, pode-se fazer um teste rápido, para você
ter o resultado no máximo em meia hora. “Dali, você
já sai com o diagnóstico. Por isso que chamamos de
teste rápido. Desse modo é possível iniciar o
tratamento mais cedo possível, evitando a aids”,
explica. Ouça aqui a entrevista com o diretor de
DIAHV, Gerson Pereira.
Gerson Pereira ressalta que o teste é muito
simples. Basta solicitar o exame na unidade de saúde
mais próxima. Não precisa de encaminhamento
médico. O profissional de saúde, que pode ser
médico, enfermeiro ou técnico de enfermagem,
capacitado, coleta uma gota de sangue ou fluido oral.
O material é submetido ao reagente que fornece o
resultado positivo ou negativo. No entanto, é preciso
estar atento sobre o prazo de se fazer o teste rápido,
por conta da chamada janela imunológica.

164
JANELA IMUNOLÓGICA

Janela imunológica é o intervalo de tempo


entre a infecção pelo vírus e a identificação de
anticorpos produzidos pelo organismo. Portanto,
fazer o teste antes de passar o período de janela
imunológica pode gerar um resultado conhecido
como falso negativo. “Para o HIV a janela varia até 30
dias. Por isso antes de fazer o teste, você tem que
considerar a janela imunológica. Não adianta criar um
pânico, pois o teste no dia seguinte da exposição de
risco não vai adiantar de nada”, esclarece.
O Ministério da Saúde também recomenda
para pessoas sexualmente ativas que os testes para
HIV e outras DSTs sejam feitos periodicamente. Ou
seja, ele pode e deve ser repetido.

RESULTADO POSITIVO

Quando o resultado é positivo para HIV, o


paciente já é encaminhado para o tratamento
específico. “Se você fizer dois testes rápidos com
resultados positivos, já será encaminhado para o local
correto de tratamento”, explica o diretor.

165
No caso da sífilis e hepatites, como regra geral,
é preciso fazer um exame confirmatório. Em casos
específicos, como a sífilis em gestante, devido ao risco
de transmissão ao feto, a recomendação é iniciar o
tratamento com apenas um teste positivo, sem
precisar aguardar o resultado do segundo teste. Só em
2018, o SUS distribuiu mais de 13,8 milhões de testes
a todo o país. Eles estão disponíveis o ano inteiro na
rede de saúde.
Foi notória a satisfação do público e a
valorização do trabalho da equipe, através das
apresentações e das ações desenvolvidas nas escolas.
As exposições dos trabalhos como registro das
atividades e palestras ilustrando todo o momento de
intervenção tendo a oportunidade de mostrar e
incentivar os alunos a prevenção da infecção foi
satisfatório.

A IMPORTÂNCIA DE ORIENTAR SOBRE SAÚDE


PARA ACADÊMICOS

Na oportunidade foi realizado o teste rápido


com o CTA (Centro de Testagem e Acolhimento), o
resultado do exame sai em 30 minutos, onde todas as
pessoas que quisessem fazer poderiam

166
estar realizando o exame. O resultado é
individualizado e repassado as devidas orientações.
Quando analisamos a importância de se
ensinar os temas relativos à Educação em Saúde na
escola, percebemos, como enfatizado por Aldrete et
al (2002), que esta prática se alimenta de
conhecimentos e métodos desenvolvidos
cientificamente e acumulados ao longo dos anos e de
práticas que contribuem para mudança de
comportamento por parte dos estudantes. É possível
perceber também que os processos de ensino e
aprendizagem contribuem para que as comunidades
melhorem sua saúde e seu estilo de vida.

A escola tem sido considerada um o local


privilegiado para criar hábitos de vida
saudáveis, onde se procura levar os jovens a
assumirem-se como competentes, felizes e
valorizados na criação e manutenção de estilos
de vida saudáveis, ou seja, fazer promoção e
educação para a saúde passa pelo
comprometimento, participação e
responsabilização do indivíduo, de forma a
que se traduza na melhoria da vida de cada
cidadão. (apud Caridade, 2008).

Deste modo torna-se importante realizar a


orientação aos acadêmicos, em virtude da prevenção

167
das DST’s, não se limitando apenas a esse contexto, a
saúde dos alunos deve estar assegurava para um
desempenho escolar em excelência.

ESCOLA, FAMÍLIA E SAÚDE


(FATORES INDISSOCIÁVEIS)

Observa-se que nos dias atuais a escola vem


transformando e contribuindo para a educação
integral dos alunos. Desta forma é primordial
trabalhar fora de sala de aula, envolvendo toda a
comunidade acadêmica para que se possam
desenvolver pessoas críticas, transmissoras de
conhecimentos e informações.
Segundo Gavidia (2003), existe um consenso
sobre o importante papel das ações de promoção da
saúde e de educação em saúde, desenvolvidas dentro
das escolas, com o intuito de garantir uma formação
integral dos alunos. Para o autor, os comportamentos
espontâneos não asseguram a saúde das pessoas, por
isso existe a necessidade da instrução formal
obrigatória que incorpore a saúde entre seus
objetivos.
Escola, família e saúde são fatores
indissociáveis, onde a escola no que lhe

168
concerne deve receber a ajuda da família para
desenvolver orientações, conversa e seguir em busca
da desinibição da ignorância dos jovens, que por sua
vez, acaba errando devido à falta de informações
precisas.

CONCLUSÃO

Das reflexões sobre os resultados e discussão,


emergem outras questões que se apresentam como
desafios para pensarmos as mudanças necessárias no
ensino de temas relacionados à Educação em Saúde.
Onde a comunidade e a família estejam interligadas
para assuntos voltando a saúde, exclusivamente para
as DST' s, infecções sexualmente transmissíveis, que
ainda perpassa por vários Tabus na nossa sociedade
contemporânea. Essa ação se desenvolveu com a
ajuda do Grupo de Estudos da Faculdade de Ensino
Regional Alternativa-FERA, Secretaria Municipal de
Saúde de Arapiraca-Alagoas, CTA — Centro de
Testagem e Aconselhamento, Acadêmicos do Curso
em Licenciatura Plena em Pedagogia. Conclui-se que
esse evento se denominou em excelência a partir do
momento que oferece informações, troca de
experiências e resultados de testes que poderão salvar

169
vidas presentes e futuras. Acredita-se que a discussão
sobre o papel do professor, da família e da escola é
urgente e necessária, e para isso, é preciso debatermos
e aprofundarmos do assunto sobre saúde e DST’s,
sendo elementos primordiais para construção integral
do ser.

REFERÊNCIAS

ALDRETE, M.G.; VALADEZ, I.; CABRERA,C.;


MENDOZA, P.; PANDO, M. YARANDA, C. La
Educación para la Salud en las Escuelas de
EducaciónBásica.Investigación en Salud, vol. IV n.3,
p.1-9, 2002.

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria


de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares
nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos
temas transversais. Brasília, DF, 1998.

BRASIL. Ministério da saúde. Teste rápido de HIV:


saiba o resultado em 30 minutos. Brasil, 11 de mar de
2019. Disponível em : http://www.aids.gov.br/pt-
br/noticias/teste-rapido-de-hiv-saiba-o-resultado-em-
30-minutos. Acesso 02 /05/ 2020.

170
GAVIDIA, V. El profesorado ante la educación y
promoción de la salud em la escuela. Didáctica de las
Ciencias Experimentales y Sociales. n. 23, p. 171-180,
2009.

FEDERAL, Secretaria de Saúde do Distrito. Dezembro


vermelho conscientiza sobre tratamento e prevenção
ao HIV/AIDS. GDF é tempo de ação. Brasília, DF, 03
de dez de 2018. Disponível em:
http://www.saude.df.gov.br/dezembro-vermelho-
conscientiza-sobre-tratamento-e-prevencao-ao-hiv-
aids/. Acesso em: 02 de mai. de 2020.

171
ANEXO

Figura 1 – Teste Rápido

Fonte: dados da pesquisa, 2019.


Fonte: dados da pesquisa, 2019.
Figura 2 – Equipe CTA com coordenação do
grupo.

Fonte: dados da pesquisa, 2019.

172
Figura 3 e 4 – Apresentação das equipes do curso de Pedagogia

Fonte: dados da pesquisa, 2019.

Fonte: dados da pesquisa, 2019.

173
CAPÍTULO 13

A IMPORTÂNCIA DA MUSICALIZAÇÃO E
CONTAÇÃO DE HISTÓRIA PARA CRIANÇAS

Sineide dos Santos Barros1


Cícera Gonçalo de Morais2
John Lennon Ferreira de Oliveira3
Susanne Messias de Farias4

RESUMO

No mês de janeiro de 2020 realizou-se no período de


férias, a primeira intervenção do grupo deste ano,
aceito um convite muito especial da livraria
Nobel localizada no Garden shopping Arapiraca, na
rua José Jaílson Nunes,493 — Santa Edwigens,
Arapiraca — AL, 57310 – 400. Para realizar uma

1
Graduanda em pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional
Alternativa-. E-mail: [email protected]\ Rua Floracy da
Silva Barros, 288, Alto do Cruzeiro.
2
Graduanda em pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional
Alternativa-. E-mail: cicinha [email protected]\ Rua Floracy da
Silva Barros, 288, Alto do Cruzeiro.
3
Graduando em pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional
Alternativa-. E-mail: [email protected]\ Rua Floracy da
Silva Barros, 288, Alto do Cruzeiro.
4
Mestranda em Dinâmica Território e Cultura- UNEAL. Rua
Governador Luiz Cavalcante,79, Alto do Cruzeiro, Arapiraca, AL,
Brasil. E- mail: [email protected]
174
intervenção, desta feita o público alvo são as crianças
que estivessem no shopping a passeio com seus
pais. Sendo assim, aceito o convite e logo surgiu a
ideia de trabalhar com a musicalização com músicas
populares do público infantil como também a
contação de histórias do mesmo gênero. O grupo
utiliza essa temática por inúmeras intervenções
chamarem atenção de diversos públicos,
principalmente as crianças, pois são a elas dedicadas
os estudos deste artigo. Com desejo de contemplar
todos os públicos. As crianças portadoras de
necessidades especiais também seria público alvo e os
adultos que as acompanhassem. Segundo Carlos
Drummond de Andrade, a música e a leitura não têm
idades nem barreira, nos aproxima e nos nivela ao
mesmo patamar. “A leitura é uma fonte
inesgotável de prazer, mas por incrível que pareça a
quase totalidade não sente essa sede” É preciso que a
leitura seja um ato de amor, pois a literatura infantil
nos leva a viajar com as crianças no universo das
histórias contadas e recontadas.

175
INTRODUÇÃO

Com o grupo de estudo de pedagogia


hospitalar, foi vivenciado momentos de aprendizado
e muito conhecimento, e nesse processo é
imprescindível agarrar todas as oportunidades que
nos são ofertadas ao longo de nossa trajetória. Em
uma linha de trabalho especializado na arte da
musicoterapia sendo assim, o foco é levar a música
sempre como um indispensável instrumento de
estudo, pois, sabe-se do poder transcendental que ela
possui.
No mês de janeiro de 2020, foi aceito um
convite muito especial da livraria Nobel através da
professora Carla Emanuelle que possui vínculo com a
livraria Nobel, para realizar uma intervenção, desta
feita o público alvo são as crianças que estivessem
no shopping a passeio com seus pais. Sendo assim
aceito o convite e logo surgiu a ideia de trabalhar com
a musicalização com músicas populares do público
infantil como também a contação de histórias do
mesmo gênero.
Com desejo de contemplar todos os públicos.
As crianças portadoras de necessidades especiais
também seria público alvo e os adultos que as

176
acompanhassem, a final a música e a leitura não tem
idades nem barreira, nos aproxima e nos nivela ao
mesmo patamar. O objetivo geral do trabalho é
aplicar a musicalização e a contação de história as
crianças com necessidades especiais. O objetivo
especifico; socializar e interagir no momento de
descontração e movimentos, aplicar a musicalização e
a associação entre imagens e som, para que as crianças
possam desenvolver a capacidade de interação e
reconhecimento do que está ao seu redor ou em seu
meio social.
É preciso que a leitura seja um ato de amor,
pois a literatura infantil nos leva a viajar com as
crianças no universo das histórias contadas e
recontadas. Quem nunca contou uma história infantil
para uma criança e ao acabar, ouvir um sonoro
pedido: — aí tia conta de novo! Não sabe como é
gratificante, pois nada supera a satisfação de através
da leitura fazer aquele pequeno ser, viajar sem sair do
lugar impagável sem dúvida.
Com a ajuda da coordenadora do grupo
mestranda, professora Susanne que dividiu os
componentes em duplas e trios onde cada um iria
contribuir atuando de maneiras diversas. Uns para ir
abordando as crianças que estivesse por ali passando

177
fazendo o convite para nossa intervenção outros
ficaram responsáveis pelas histórias contadas.
Utilizou-se da contação de história acompanhada
à música, o sitio da vovó, Patati e Patatá, com
recursos de imagem, sendo demonstrado no
momento da palavra cantada.

DESENVOLVIMENTO

As histórias cantadas e as dramatizadas


também sempre com uma linguagem lúdica e
própria para idade do público. Pode-se experimentar
uma das mais vibrantes experiências como grupo,
pois a interação com os pequenos é algo muito
especial. Já dizia um provérbio hindu “um livro
aberto é um cérebro que fala, fechado um amigo que
espera, esquecido, uma alma que perdoa.” Sabe-
se que nos dias atuais, o ato de lê tem caído em desuso
com o avanço da tecnologia ler um bom livro acaba
sendo um grande desafio e como pedagogos, pais e
mestres, precisa-se motivar essa nova geração a não
perder jamais essa prática. Estudos comprovam que
ao ler seis minutos por dia acontece algo
extraordinário com nosso cérebro, pois diminui os
riscos de Alzheimer, melhora a memória e a

178
concentração aliviando o estresse. Sendo assim o ato
de ler é um ato de prevenção a saúde física, mental
e psíquica, pois trabalha com toda a estrutura do
indivíduo.
Com as crianças também não é diferente,
pois as escolas cada vez mais têm dado ênfase ao ato
de ler associado a musicalização essas duas
ferramentas pedagógicas ajudam muito a acalmar os
pequenos e desenvolver a oralidade.

A IMPORTÂNCIA DA CONTAÇÃO DE
HISTÓRIAS PARA OS DESENVOLVIMENTOS
DA CRIANÇA

Histórias infantis é uma importante ferramenta


na formação da identidade e valores de toda criança.
Além de ajudar a desenvolver o imaginário,
capacidades cognitivas e a inteligência emocional dos
pequenos, elas também podem ser uma valiosa
oportunidade para momentos de maior vínculo com
os pais. O hábito exercita a proximidade e auxilia para
que pais e filhos construam junto, um ambiente de
confiança e contato, principalmente em famílias com
a vida mais corrida. À medida que a criança vai

179
crescendo, pode ser mais fácil de estabelecer espaços
de conversa com os pais.
As atividades com a contação de histórias
podem levar as crianças a desenvolverem seu
imaginário assim como suas habilidades, trabalhando
com o aguçar das habilidades já existentes e no
desenvolvimento de novas, o que trará muitas
construções novas e uma leitura de mundo mais
ampliada e significativa. A contação de histórias é
uma atividade fundamental que transmite
conhecimentos e valores, sua atuação é decisiva na
formação e no desenvolvimento do processo ensino-
aprendizagem.
A contação de histórias é atividade própria de
incentivo à imaginação e o trânsito entre o fictício e o
real. Ao preparar uma história para ser contada,
tomamos a experiência do narrador e de cada
personagem como nossa e ampliamos nossa
experiência vivencial por meio da narrativa do autor.
Os fatos, as cenas e os contextos são do plano do
imaginário, mas os sentimentos e as emoções
transcendem a ficção e se materializam na vida real.
(RODRIGUES, 2005).
A contação de histórias é um momento mágico
que envolve a todos que estão nesse momento de

180
fantasia. Ao contar histórias, o professor estabelece
com os alunos um clima de cumplicidade que os
remete à época dos antigos contadores que, ao redor
do fogo, contavam a uma plateia atenta às histórias,
costumes e valores do seu povo. As pessoas com o
passar do tempo foi esquecendo as histórias ao redor
do fogo. Contudo, nas escolas, os contadores de
história são os professores, elo entre o aluno e o livro.
O ato de contar histórias é próprio do ser humano, e o
professor pode apropriar-se dessa característica e
transformar a contação em um importantíssimo
recurso de formação do leitor. (PENNAC, 1993, p.
124).
Segundo essa perspectiva, a criança se ampara
nas vivências dos personagens para desenvolver as
suas vivências, pois se identifica com as experiências
dos mesmos, desenvolvendo meios de lidar com seus
problemas e dificuldades do dia a dia, onde por vezes
facilitam a vida e o entendimento da criança na escola,
na vida cotidiana e nas experiências que se encontrar
durante sua vida toda, mexendo e aguçando seus
valores, expectativas e com seus
sonhos, fazendo com que a criança saiba lidar com
conflitos, rotinas corriqueiras, desenvolvendo-se
globalmente.

181
A função da Literatura é contribuir para a
formação de pessoas críticas que possam utilizar seu
conhecimento de mundo e produzir novos
conhecimentos. Portanto, a Literatura promove
prazer e entretenimento, além de desenvolver a
criatividade, a imaginação e o senso
crítico. Segundo Betteltheim (2002), os contos de
fadas começam a exercer seu impacto benéfico nas
crianças por volta dos quatro/cinco anos. Podem ser
contadas as estórias que os pais gostavam quando
crianças ou que tenham atração e valor para a criança.
Quando se pensa nos alunos com necessidades
especiais leva-se a repensar esse contexto onde ele é
inserido, por este motivo, o grupo de pedagogia
hospitalar busca através de histórias, despertar nos
alunos o gosto pela leitura, o conhecimento e o
respeito pelas pessoas que necessitam de atendimento
especial. Trabalhar com a Literatura Infantil é refletir
acerca da possibilidade de se ofertar uma experiência
significativa que envolva situações-limite para o
desenvolvimento da reflexão do leitor em
escolarização. A cada dia que passa nos deparamos
com experiências novas em relação à escola inclusiva,
e isso nos faz repensar a nossa prática pedagógica com
o intuito de abordar temas que mereçam atenção e

182
consequentemente trabalhá-los de forma que possam
servir como fonte de estudo e conscientização.
O interesse pelo estudo sobre Literatura
Infantil e Inclusão e musicalização surgiu de estudos
e apreciação de literaturas relacionadas a temática.

CONCLUSÃO

As intervenções realizadas pelo grupo é a


oportunidade de colocar em prática toda a parte
teórica adquirida através de estudos e pesquisa. Foi
motivador sentir a energia e a receptividade das
crianças. Gratidão a livraria Nobel, na pessoa da Carla
Emanuele Messias de Farias, pelo convite e pela
oportunidade de desenvolver e aplicar a metodologia
através da musicalização. As crianças e os pais que
estiveram presentes e a todos os membros envolvidos
nesta intervenção.

183
REFERÊNCIAS

BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de


fadas. Tradução de Arlene Caetano. 16. ed. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 2002.

PENNAC, Daniel. Como um romance. Rio de Janeiro:


Rocco, 1993.

RODRIGUES, Edvânia Braz Teixeira. Cultura, arte e


contação de histórias. Goiânia, 2005.

184
ANEXO

Figura 1 – Contação de história Figura 2 – Integrantes do


“Palavra Cantada” Grupo de Pedagogia
Hospitalar - Livraria Nobel

Fonte: dados da pesquisa, 2020.

Figura 3 – Integrantes do Grupo de


Pedagogia Hospitalar - Livraria Nobel

Fonte: dados da pesquisa, 2020.

185
AUTORES

Susanne Messias de Farias,


especialista em
Psicopedagogia Clínica e
Institucional pela Faculdade
de Ensino Regional
Alternativa. Especialista em
Docência do Ensino Superior
pela Faculdade de Ensino Regional Alternativa.
Especialista em Psicopedagogia Institucional com
ênfase em Educação Infantil e Educação Especial.
Especialista em Gestão Ambiental e Sustentabilidade.
Especialista em Educação à Distância: Gestão e
Tutoria EAD. Especialista em Educação Infantil e
Anos Iniciais. Mestranda em Dinâmicas Territoriais e
Cultura da Universidade Estadual de Alagoas.
Graduada em Pedagogia pela Faculdade de Ensino
Regional Alternativa. Graduada em Agronomia na
Universidade Federal de Alagoas. Possui Magistério
pela Escola Estadual de Educação Básica Prof. Pedro
de França Reis. No âmbito do ensino, é Professora da
Faculdade de Ensino Regional Alternativa, nas áreas
186
de Educação do Campo, Educação de Jovens e
Adultos, Educação Inclusiva e Educação e
Diversidade. Atua em projetos voltados a Pedagogia
Humanizada No âmbito social ,Cuidadora Social em
Abrigo e Brinquedista no Hospital Dr. Daniel Houly
ambos no Município de Arapiraca-AL. Tutor do
Centro Universitário Leonardo da Vinci -
UNIASSELVI na modalidade EAD. E membro da
União Brasileira de Escritores- UBE.

John Lennon Ferreira de


Oliveira - Possui
graduação em Pedagogia
pela Faculdade de Ensino
Regional Alternativa
(2020) e graduação em
Música pela Faculdade
Evangélica de Salvador
(2018). Tem experiência na
área de Artes, com ênfase
em Música, atuando principalmente nos seguintes
temas: educação, lúdico, estágio, história e
alimentação.

187
Mayane da Conceição
Barros, acadêmica em
Pedagogia Pela Faculdade
de Ensino Regional
Alternativa - FERA. Atua
como Educadora Particular
com crianças da educação
Infantil e do 1º ao 5º ano.
Atuou como Contadora de História e Professora
Auxiliar de desenvolvimento de crianças especiais na
Escola CEBASE. Membro do Grupo de Estudo
Pedagogia Humanizada. Atua principalmente nos
seguintes temas: Metodologia de Ensino,
Humanização, Educação, Contemporaneidade,
Pedagogia e Sujeito de Aprendizagem.

188
Loureny Ellen Gonçalves
Gomes, graduanda em
pedagogia pela faculdade de
Ensino Regional Alternativa –
FERA. Possui experiência no
ensino básico, com ênfase em
educação especial e infantil, além
de ser membro atuante no grupo
Pedagogia Hospitalar, atualmente Pedagogia
Humanizada, desde 2017, ano de sua fundação.

Nadriele Maria dos Santos,


acadêmica de pedagogia
pela Faculdade de Ensino
Regional Alternativa. Atuo
ativamente no projeto
extensão Brinquedoteca
Hospitalar “Alegre e
Brinque”. Possuo conhe-
cimento abrangente na área
da Educação Infantil e Anos Iniciais. Possuo
experiencia na prática lúdica. Sou professora da rede
pública de ensino. Apaixonada pelo processo de
desenvolvimento do ensino/aprendizagem. Atuo com

189
muita competência na área da inclusão escolar. Tenho
em mim uma busca incessante pela pesquisa e o
estudo de casos relacionados as diversos aspectos e
transtorno da aprendizagem. Levo comigo uma frase
que me impulsiona “A Educação não transforma, a
educação muda as pessoas, pessoas mudam o
mundo”, Paulo Freire.

Walquiria Eulália Pereira,


Pedagoga, pós graduanda em
Psicopedagogia Institucional
com Ênfase em educação
Infantil, graduanda em
Ciências Biológicas pela
universidade Estadual de
Alagoas-UNEAL,
Brinquedista Hospitalar voluntário no Hospital
Doutor Daniel Hoully no Agreste Alagoano; membro
e componente da assessoria de comunicação do
Grupo de Estudo de Pedagogia Humanizada;
Palestrante.

190
Cicera Gonçalo de
Morais, acadêmica do
curso de pedagogia do
5º período, esposa,
mãe, cristã, membro do
grupo da pedagogia
humanizada, coautora
do livro “Pedagogia
Hospitalar Relatos de
Experiências (2020), publicado pela editora
Performance, e atuo como professora das séries
iniciais desde 2001, sou artesã nas horas livres, técnica
em enfermagem, minha segunda profissão, porém o
que enche meu coração de satisfação e alegria é
trabalhar com crianças conduzindo sempre no
caminho que deve andar. Provérbios 22:6

Claudyane Isabel da
Silva Gomes, acadêmica
do curso de pedagogia
do 7° período, cristã,
esposa, cantora,
compositora, oficineira
de teatro e inclusão
digital na SMADS do
191
município de Teotônio Vilela, diretora do grupo de
teatro cristão "GRUPEJ Jeová Rafá", membro do grupo
Pedagogia Humanizada, coautora do livro
"Pedagogia Hospitalar Relatos de experiências"
(2020), publicado pela editora Performance. Trago
comigo algumas experiências profissionais, como
professora da educação infantil, artesã, professora da
EJA, e professora no CAPS do municipio ao qual
resido. Sou apaixonada pelo mundo musical, amante
do lado poético da vida. O que me faz bem é poder
tocar pessoas através da música e da escrita, e poder
semear a Palavra de Deus com o uso dessas
ferramentas.

Sineide dos Santos


Barros, Graduada em
Pedagogia - Licenciatura
pela Faculdade de Ensino
Regional Alternativa -
FERA. Técnica em
Radiologia pela Escola
Técnica de Saúde Santa
Bárbara.Membro do grupo de estudo intitulado
Pedagogia Humanizada fundado em 2017.

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Leandro da Silva Oliveira,
Pedagogo; pesquisador; con-
tador de histórias; pós
graduando em Psicopedagogia
Institucional com Ênfase em
Educação Infantil e Educação
Especial; Escritor; Poeta; Técnico
em Teatro e Artes Cênicas;
Membro da União Brasileira de Escritores-UBE;
Membro Honorário da Academia Arapiraquense de
Letras e Artes-ACALA; Brinquedista Hospitalar no
Hospital Doutor Daniel Hoully no Agreste Alagoano;
Professor de Socioemocional; Professor da Educação
infantil; Professor nas Séries Iniciais na disciplina de
Arte; Professor SUPERA; Coordenador do Grupo de
Estudo de Pedagogia Humanizada; Palestrante;
Incentivador cultural.

193
Suzyanne Nascimento
Cavalcante, Graduanda de
pedagogia no 5º (quinto) período de
pedagogia na Instituição de Ensino
Regional Alternativa – FERA e
membro da Pedagogia Humaniza
desde 2018.

194
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