O Livro de Jó - Estudo
O Livro de Jó - Estudo
Allen Dvorak
Lição 1: Introdução
Lição 2: Prólogo (1:1- 3:26)
Lição 1: Introdução 1
A. É importante fazer uma distinção entre o tempo em que Jó viveu e o tempo quando o livro de Jó foi
escrito.
B. Jó aparentemente viveu durante o tempo dos patriarcas, possivelmente perto do tempo de Abraão.
Podemos concluir este fato pelas seguintes informações:
1. Não há no livro referências claras à lei de Moisés ou suas instituições. Isto seria incomum se Jó
vivesse virtualmente em qualquer tempo depois de Moisés.
2. Jó oferece sacrifícios em favor de sua família, uma prática característica dos dias patriarcais,
quando não havia sacerdócio estabelecido comparável com aquele sob a lei mosaica.
3. A provável duração da vida de Jó se ajusta bem ao tempo de vida comum dos patriarcas.
4. Parte da linguagem (mesmo o uso de certas palavras) sugere um ambiente nos dias patriarcais.
5. Dever-se-á notar que a força de alguns argumentos depende em parte da localização da terra de
Uz.
1. Uz era a descrição de uma área entre Damasco e o rio Eufrates e na orla do deserto Arábico.
2. Uz era localizada na fronteira de Edom, no deserto Arábico. Esta possibilidade coloca Jó mais
perto das localizações comumente aceitas para os lugares de origem dos três amigos.
II. Autoria do livro de Jó
A. Como se observou acima, é quase certo que o livro de Jó não foi composto no mesmo tempo em que a
personagem histórica viveu.
B. O autor não se identifica e temos pouca evidência sobre a qual basear mesmo uma boa suposição.
2. Há quem tenha sugerido que o autor viveu nos dias depois do exílio.
C. Naturalmente, mesmo que não saibamos explicitamente quem escreveu o livro de Jó, a consideração
importante é que ele foi inspirado. Se aceitarmos o livro como inspirado, então ele faz parte da palavra de
Deus e a pessoa específica que compôs o livro não é importante.
III. Exame do livro
a. Prólogo (capítulos 1 - 2)
2. Se o livro for dividido em cinco partes, elas poderão ser como segue:
a. Jó é provado (capítulos 1 - 2)
B. Entre o prólogo e o epílogo, há basicamente três ciclos de discursos ou debates, como às vezes são
chamados. Cada um dos três amigos de Jó fala e Jó lhes responde sucessivamente.
2. Na conclusão dos discursos por seus amigos, Jó apresenta um monólogo reafirmando sua
inocência.
3. Em seguida ao monólogo de Jó, o jovem Eliú fala e oferece uma explicação ligeiramente diferente
para o sofrimento de Jó.
C. A maioria dos estudiosos da Bíblia estão cientes de que o livro de Jó se relaciona com o problema do
sofrimento e particularmente com o sofrimento humano inocente. Jó não entende porque está sofrendo e
assim está posto o cenário para uma discussão do problema do sofrimento humano em geral.
1. Os três amigos de Jó partilhavam uma idéia comum, mas errônea, quanto à razão do sofrimento do
homem, e de Jó em particular.
3. O problema com o raciocínio dos amigos é que a sua premissa maior (o sofrimento é o resultado
direto dos pecados pessoais) nem sempre é verdadeira. Há outras causas de sofrimento.
D. Personagens do livro:
2. Satanás (prólogo)
3. Jó e sua família
5. Eliú
E. Às vezes é sugerido que o livro de Jó é meramente um poema elaborado sem ter nenhuma base histórica.
O escritor simplesmente inventou estas personagens com o propósito de ensinar Israel sobre o sofrimento
(talvez no exílio?). Não obstante, outras referências bíblicas a Jó apontam-no em companhia de personagens
históricas reais e aceitas.
A. Não é surpreendente que uma grande parte do livro de Jó esteja na forma de poesia hebraica. A poesia
tem sido descrita como a linguagem do coração e o livro evidencia uma personagem que está em grande
angústia, tanto pelo sofrimento real como pela ignorância da razão do seu sofrimento. É portanto imperativo
que o leitor tenha algum conhecimento da poesia hebraica.
B. Diferente do verso moderno que é reconhecido como poesia por causa de rima ou de metro, a poesia
hebraica não depende de nenhum deles. Em vez disso, a poesia hebraica emprega um artifício conhecido
como paralelismo. Há três tipos comuns de paralelismo:
1. Sinônimo - a segunda linha do dístico (grupo de dois versos) repete o pensamento da primeira
linha (por exemplo, 4:7; este é o tipo mais comum de paralelismo no livro de Jó).
2. Antitético - a segunda linha do dístico forma um contraste com a primeira linha (por exemplo,
16:20).
3. Sintético - a segunda linha completa ou aumenta o pensamento da primeira (por exemplo, 4:9,
19:21).
V. Propósito do livro
A. Naturalmente, o livro inteiro trata do problema da dor e do sofrimento. Jó volta-se particularmente para o
problema do sofrimento inocente.
B. Ao mesmo tempo, parece que este problema é ocasião para uma lição sobre viver pela fé. O livro é uma
afirmação da glória e perfeição do Senhor, aquele que é digno de ser adorado e louvado. Observe que a
acusação de Satanás concernente ao "serviço egoísta" de Jó é, na realidade, uma acusação contra o próprio
Deus. Satanás está afirmando que não há outra razão para um homem servir a Deus se não pelas bênçãos
físicas e assim Deus precisa subornar o homem com bênçãos materiais para receber adoração dele. A
fidelidade de Jó no meio da tribulação prova ser a defesa do Senhor.
C. Há um bom número de outras doutrinas bíblicas que recebem atenção no livro e às quais daremos atenção
nas lições que tratam do texto.
A. O justo Jó (1:1-5)
1. Jó é apresentado como um homem de destacado caráter espiritual. Ele é descrito assim: aquele que
era inculpável, reto, temia a Deus e repelia o mal.
2. Jó oferecia regularmente sacrifícios por seus filhos, caso algum deles tivesse "amaldiçoado a
Deus."
b. Jó estava preocupado com que seus filhos pudessem ter se apartado de Deus em seus
corações, isto é, esquecido Deus e sua presença no meio de suas vidas diárias.
3. Esta descrição de Jó é especialmente importante à luz de acusações posteriores pelos seus três
amigos.
B. O rico Jó (1:1-5)
1. Na primeira confrontação de Satanás com Deus, Satanás acusa Jó de possuir uma piedade
interesseira.
a. Satanás sustenta que se Jó for privado de suas bênçãos materiais, ele cessará de servir ao
Senhor.
b. O Senhor concede a Satanás poder para retirar tudo o que Jó tem, mas impede-o de ferir a
pessoa de Jó.
2. Na segunda confrontação, quando defrontado com a fidelidade de Jó, Satanás afirma que Jó
renunciará ao Senhor uma vez que sua pessoa real tenha sido afetada.
a. Satanás não tem poder para afligir Jó, a menos que Deus lho permita.
b. Satanás, mesmo no seu desejo de tentar destruir, realmente serve aos propósitos de Deus.
3. Perda da saúde.
a. Alguém poderia sugerir que a doença de Jó possa ter sido uma forma muito severa de lepra,
também conhecida como elefantíase-dos-gregos. Esta é conhecida algumas vezes como lepra
negra, porque a pele fica enegrecida.
b. Qualquer que fosse a doença, parece claro que Jó sofreu com ela durante algum tempo e
que foi muito séria e penosa. Alguns dos seus sintomas e efeitos podem ser deduzidos das
passagens seguintes: 2:7-8, 12; 3:24-25; 7:4-5, 13-15; 19:17, 20; 30:17-18, 30.
c. A "cinza" mencionada em 2:8 é uma referência ao lugar fora da cidade onde estrume e
outros resíduos seriam descarregados e periodicamente queimados. É bem provável que Jó
tenha escolhido seu lugar ali porque sua doença tornava-o indesejável na aldeia.
1. Parece que a esposa de Jó não era uma nobre personagem como ele. Ela o adverte a "dizer adeus a
Deus" e morrer (veja 1:5 para a mesma palavra).
2. Pode ser que o conselho da esposa de Jó também seja o resultado da idéia de que o sofrimento é
totalmente por causa do pecado. Ela raciocina que uma vez que Jó está sofrendo enormemente, ele
deve ter pecado imensamente e está separado de Deus. "Amaldiçoar a Deus" não pioraria sua relação,
mas poderia trazer morte e alívio para seu sofrimento temporal!
A. Jó amaldiçoa o dia de seu nascimento (vs. 1-10). De maneiras variadas, ele deseja que nunca tivesse
nascido.
B. Na segunda parte de seu discurso, Jó continua dizendo que se ele tinha que nascer, teria sido melhor se
tivesse nascido morto (vs. 11-19). A morte é pintada como uma libertação das dificuldades desta vida.
C. Jó termina seu monólogo sugerindo que acolheria com prazer a morte, porém ela não vem (vs. 20-26).
A. Ele começa lembrando Jó de seu conselho a outros que estavam perturbados ou sofrendo e o encoraja a seg
seu próprio ensino. Pode ser que Elifaz esteja usando sarcasmo nos versículos 5 e 6 (vs. 1-6).
2. Os homens perversos são assemelhados a um covil de leões. Apesar de sua ferocidade, eles serão consumid
pelo sopro de Deus.
C. Elifaz relata uma visão que alega ter tido (vs. 11-21).
1. Ele fala de um espírito que lhe apareceu, causando grande temor de sua parte (vs. 12-16).
2. A mensagem da visão foi que o sofrimento por causa do pecado pessoal é inevitável, porque não há homem
justo ou puro diante de Deus. Desde que todos pecam, todos têm que sofrer (v. 7).
4. A tendência dos humanos para o erro e a fragilidade de suas vidas são ressaltadas (vs. 18-21).
2. Ainda que nenhuma aplicação formal seja feita por esse tempo, parece que Elifaz pode estar dando a entend
uma similaridade entre Jó e esse "louco" de quem ele fala.
1. Nestes versículos Elifaz se refere à boa providência de Deus; ele ajuda o oprimido e repele os que poderiam
fazer mal.
2. Elifaz ressalta que o homem perverso não prosperará, porque Deus frustrará seus planos.
C. Elifaz conclui seu primeiro discurso admoestando Jó: "não desprezes, pois, a disciplina do Todo-
Poderoso" (vs. 17-27).
1. Ele afirma que Deus livrará de toda a forma de mal aquele que humildemente se submete a sua correção (vs
18-22).
2. Aceitando humildemente a disciplina de Deus, ele prosperaria em todos os aspectos (vs. 23-27).
A. Jó reconhece que suas palavras (capítulo 3) têm sido imprudentes, mas sugere que tal imprudência é
compreensível em vista de seu grande sofrimento (vs. 1-7).
1. Jó está sugerindo, no versículo 5, que, assim como os animais fazem barulho quando têm um motivo, assim
tem razão em expressar sua aflição.
2. O assunto dos versículos 6-7 pode ser tanto o sofrimento de Jó como as palavras de "conforto" oferecidas p
Elifaz.
B. Jó deseja que Deus lhe conceda sua petição: permitir-lhe morrer. Ele exprime dúvida que possa resistir. Sua
força não é infalível (vs. 8-13).
C. Ele critica seus amigos por acusarem-no de má ação em vez de mostrarem-lhe simpatia (vs. 14-23).
1. Ele os assemelha a um ribeiro intermitente. Na estação chuvosa, quando a água é farta, ele está cheio; mas u
vez que o calor começa e os viajantes buscam sua água, ele está seco. De modo semelhante, quando Jó
necessitava da compaixão de seus amigos, e a esperava, eles se mostraram serem fontes que tinham secado (vs
14-21).
2. Ele se queixa de que não estava pedindo muito a eles (vs. 22-23).
D. Jó desafia seus amigos a apontarem seu pecado que era o suposto responsável por seu grande sofrimento (v
24-30).
1. Ele assevera que eles não têm evidência para suas palavras cruéis.
2. Ele afirma que não está mentindo sobre sua inocência e nem é incapaz de reconhecer a iniquidade.
I.
IV. Jó brada em desespero (7:1-21)
A. Há alguma dúvida se o capítulo inteiro é dirigido a Deus ou se os primeiros versículos 1-10 são ditos para
proveito dos amigos e o restante do capítulo é dirigido a Deus.
B. Ele descreve a grandeza e a desesperança de seu sofrimento e sua angústia (vs. 1-10).
1. Sua vida é de dura servidão, com a única paga sendo meses de desilusão e noites cansativas.
2. Ele é incapaz de dormir e conta a tortura de sua doença.
3. Ele menciona o fato de sua vida ser breve, como se dissesse que Deus deveria mostrar-lhe misericórdia no
pouco tempo que lhe resta.
1. Ele pergunta porque é necessário a Deus atormentá-lo constantemente com o sofrimento (como parece a ele
3. Jó afirma, por perguntas, que o homem é muito insignificante para receber tão contínua atenção de Deus (vs
17-19).
4. Como ele fez com seus amigos, Jó desafia Deus a identificar seu pecado. Se, na verdade, ele tem pecado, el
pergunta porque Deus não deseja perdoar. As palavras de Jó são ousadas e desesperadas e ele fala sem
entendimento.
II.
Perguntas Para Estudar:
1. Levado pelas palavras que Jó acaba de dizer, Bildade começa seu discurso com uma áspera repreensão a Jó
certo que ele considera blasfemas as palavras de Jó e assim ele age para defender a justiça de Deus (vs. 1-3).
2. Bildade repete o argumento de Elifaz: aquele que sofre deve ser perverso (vs. 4-7).
a. Ele insinua que, uma vez que os filhos de Jó foram "postos fora," eles devem ter pecado (v. 4).
b. Ele sugere também que Deus poderia "despertar" para as súplicas de Jó se ele fosse puro ou se ele se
arrependesse (vs. 5-7).
B. Bildade apela para a sabedoria e a experiência das gerações passadas (vs. 8-19).
1. Ele defende seu argumento (já começado e a ser continuado na última parte do capítulo) dirigindo a atenção
Jó para as conclusões das gerações passadas.
2. Por causa da vida curta do homem, sua sabedoria tem que ser aumentada pela dos "pais".
3. Bildade continua, sugerindo uma relação de causa e efeito entre a injustiça e o sofrimento. Ele demonstra se
princípio com três ilustrações:
a. Assim como o papiro não pode existir sem lama, assim o homem não pode prosperar sem o favor de Deus (
11-13).
b. A confiança do ímpio é tão frágil como a teia da aranha; ele não tem nada em que se apoiar (vs. 14-15).
c. O ímpio é como uma planta que cresce por pouco tempo, mas que é arrancada do seu lugar (vs. 16-19).
1. Ele repete o pensamento que Deus preserva o justo, mas não "apoiará" os malfeitores (vs. 20).
2. Se Jó se arrepender, Deus encherá sua boca com risos e seus adversários ficarão envergonhados.
A. Jó afirma, do mesmo modo, o poder e a sabedoria de Deus, mas é possível que ele esteja falando com
sarcasmo no versículo 2 (veja 4:17). Jó sente-se incapaz de contender com Deus, para provar ou afirmar sua
inocência perante o Senhor.
2. Ele observa que o homem é incapaz de questionar a Deus às contas por seus atos (vs. 1-4, 11-12).
C. Jó afirma a futilidade de "responder" a Deus, pleiteando o seu caso diante dele (vs. 13-24).
1. Jó declara que Deus trata os perversos e os retos do mesmo modo. Ele ainda vai até o ponto de dizer que De
é indiferente ao sofrimento do inocente e discrimina em favor do perverso (vs. 21-24).
2. Alguém poderia tentar amenizar as palavras de Jó, mas parece óbvio que Jó brada contra Deus nesta parte.
Precisamos lembrar que Jó não estava a par de toda a informação que possuímos sobre o assunto dos propósito
de Deus.
A. Na última parte do capítulo 9, parece que Jó dirige seus comentários em parte a Deus e em parte a Bildade
seus outros dois amigos.
B. Tendo discutido o tratamento do homem em geral por Deus em 9:22-24, agora Jó se volta para o tratamento
dele mesmo por Deus (vs. 25-31).
1. Usando as figuras de um corredor, navios velozes e uma águia, Jó descreve a brevidade da vida (vs. 25-26).
2. Ele fala da persistência de Deus em considerá-lo culpado e como resultado ele é incapaz de se alegrar (vs. 2
31).
3. Jó sente a necessidade de um terceiro participante para arbitrar a diferença entre ele e Deus (vs. 32-35). Pare
que ele está antevendo a obra de Jesus Cristo como nosso mediador.
C. Sentindo que nada tem a perder, Jó fala a Deus diretamente, insistindo em saber porque Deus está
"contendendo com ele" e então oferecendo as razões possíveis para o comportamento de Deus (10:1-7).
1. Ele pergunta se Deus tem algum prazer em oprimir sua própria criação (vs. 3).
2. Ele pergunta se Deus, como um homem, tem percepção limitada e, por isso, julgou-o injustamente (vs. 4).
3. Ele questiona se a duração da vida de Deus é tão curta como a de um homem, para que ele esteja com press
procurar o pecado de Jó antes que ele o tenha cometido (vs. 5-7).
D. Desconsiderando as duas últimas perguntas, Jó continua seu discurso seguindo a primeira possibilidade (vs
22).
3. Novamente Jó expressa seu desejo de ter morrido ao nascer. Desde que Deus não permitiu isso e seus dias
restantes são poucos, Jó pede a Deus que o deixe em paz (vs. 18-22).
4. Conquanto Jó não tenha se afastado de Deus, ele está obviamente lutando com sua fé. Quão agradecido Jó d
ter estado mais tarde porque Deus não atentou para suas palavras e o "deixou em paz" como ele tinha pedido!
A. Zofar começa seu discurso repreendendo asperamente Jó por sua impertinência (pelo menos como Zofar a
- ( vs. 1-6).
1. Ele se vale de diversas perguntas para sugerir que Jó não deve pensar que silenciou os outros com sua má
vontade em aceitar os argumentos deles (vs. 1-3).
2. Zofar exprime seu desejo de que Deus na verdade confrontasse Jó. Ele acredita que Jó acharia que Deus
realmente está castigando-o menos do que merece (vs. 4-6)!
1. A sabedoria de Deus é muito elevada para o homem e seu poder é irresistível (vs. 7-10).
2. Deus é capaz de reconhecer o pecado nos homens mesmo se eles próprios forem incapazes de vê-lo. Para
demonstrar a possibilidade de homens como Jó se tornarem sábios (talvez para seu próprio pecado?), Zofar
sugere que tal evento é tão provável como um jegue dar nascimento a um homem (vs. 11-12).
C. Zofar termina seu discurso de modo semelhante a Elifaz e Bildade (vs. 13-20).
1. Ele admoesta Jó a se arrepender e fala das bênçãos disponíveis para Jó no arrependimento.
b. "...e estenderes as mãos para Deus" (v. 13) - talvez o primeiro fruto que o arrependimento produza seja a
confissão do pecado diante de Deus e a busca do perdão.
c. "...se lançares para longe a iniquidade da tua mão e não permitires habitar na tua tenda a injustiça" (v.
- outra conseqüência do arrependimento é a reforma da conduta.
A. Jó evidentemente começa sua réplica com uma boa dose de sarcasmo (vs. 1-12).
1. Ele observa que, ainda que eles possam pensar que são os únicos que têm alguma sabedoria, ele também sab
as coisas que eles sugeriram (vs. 1-3).
2. Ele, contudo, chama a atenção deles para a realidade de que a teoria deles não se ajusta aos fatos (vs. 4-6).
a. Aqueles que estão seguros têm tendência a agirem de modo condescendente para com o desafortunado, aqu
que está sofrendo (vs. 5).
b. Conquanto Jó seja justo, seus amigos zombam dele e ainda "as tendas dos tiranos gozam paz" (12:6). O us
que Jó faz da palavra "seguro" no versículo 6 pode ser uma referência ao comentário de Zofar em 11:18.
3. Jó continua seu sarcasmo, observando que a sabedoria de seus amigos é possuída até pelos animais (vs. 7-1
Ele não parece estar depreciando a sabedoria dos amigos, mas antes sugere que eles não precisam ensinar-lhe
que é universalmente sabido.
B. Jó faz uma descrição do poder divino (vs. 13-25). Ainda que Jó afirme a sabedoria e a prudência de Deus, e
insiste nos atos destrutivos de Deus.
C. Os amigos de Jó são "médicos que não valem nada"; ele deseja falar com o Todo-Poderoso (13:1-19).
1. Lembrando de novo seus amigos que ele tem o mesmo conhecimento que eles possuem, ele os admoesta a
ficarem calados (vs. 1-12).
b. Ele os repreende por demonstrarem parcialidade em sua defesa dos atos de Deus e sugere que Deus os casti
por isso (vs. 7-11).
c. Os amigos têm mostrado parcialidade para com Deus, assumindo que Jó tinha pecado. Na opinião deles, Jó
poderia ser inocente e ainda sofrer; pois isto sugeriria que Deus era injusto ao afligir Jó. Como Jó, os amigos n
parecem reconhecer a existência de Satanás e assim atribuem o sofrimento de Jó a atos de Deus. Ao assumirem
pecaminosidade de Jó, eles tinham respeitado a pessoa de Deus, enquanto se recusavam a aceitar a possível
inocência de Jó!
2. Jó pretende defender seu caso diante de Deus sem se importar com as conseqüências (vs. 13-19).
a. Parece que Jó ainda está se dirigindo aos seus amigos, nesta parte.
A. Jó faz duas petições em preparação para a defesa de seu caso (vs. 20-22):
B. Jó pede a Deus que revele seus pecados e expressa perplexidade quanto ao motivo pelo qual Deus o está
tratando como um inimigo (vs. 23-27).
1. Em vista da vida curta do homem, por que o julgamento de Deus é tão rigoroso?
2. Jó pede que Deus desvie dele seus olhos e permita que ele descanse no tempo que sobrou.
1. Diferente da árvore que rebrota de suas raízes, mesmo depois de ter sido cortada, o homem morre e "não se
levanta" (vs. 7-12)
a. À primeira vista, parece no versículo 12 que Jó não crê numa ressurreição dos mortos. Contudo, Jó está
falando, possivelmente, da renovação de sua vida física, neste versículo. Jó está então dizendo que o homem n
pode viver outra vida física (observe a ilustração da árvore) como a que ele perdeu, mas que ele não cessa de
existir na morte.
2. Jó exprime seu desejo de que Deus escondesse-o na sepultura até um tempo em que sua ira passasse e ele
voltasse a "lembrar-se" dele.
3. Jó termina seu discurso em desespero (vs. 18-22). Tão certo como a erosão acontece, Deus destrói a esperan
do homem.
Qual parece ser o estado de espírito de Zofar evidenciado por sua palavras em 11:2-6? Por quê?
Qual o rumo da ação que Zofar recomendou a Jó (11:13-14)?
Jó está sendo sarcástico em 12:1-3?
Que admoestação Jó dá aos seus amigos (13:5) e por quê?
Deus determina por quanto tempo o homem viverá?
Que petição Jó faz a Deus em 13:23?
Jó está dizendo que não há ressurreição e que o homem não tem alma eterna (14:10-12)?
2. Além do mais, Jó pôs de lado a reverência a Deus e abandonou sua religião (v. 4).
3. Elifaz afirma que os próprios discursos de Jó são evidência de sua culpa (vs. 5-6). Pode ser que Elifaz esteja
sugerindo que as palavras de Jó sejam suficientes para condená-lo, fora qualquer pecado que ele possa ter
cometido no passado (v. 6).
c. Elifaz afirma que os pensamentos expressos por ele e os outros dois amigos são apoiados por aqueles que tê
mais idade e experiência (vs. 9-10).
d. "Jó desdenha as ‘consolações de Deus’?" (Elifaz está provavelmente se referindo às palavras dos amigos ou
pelo menos, a seus discursos - v. 11).
a. Em 4:17-19, o destaque recai sobre a fragilidade do homem; aqui, a corrupção do homem é ressaltada, talve
mesmo exagerada para realçar.
b. Ainda que Elifaz não aplique estas palavras diretamente a Jó, parece haver pouca dúvida que ele tenha Jó em
mente.
2. Uma progressão pode ser vista nos discursos de Elifaz, à medida em que ele fica mais impaciente e severo c
Jó.
C. Elifaz reafirma sua teoria a respeito do sofrimento e o destino do ímpio (vs. 17-35)
1. Ele inicia seus comentários apelando para a antigüidade e pureza dos sábios (vs. 17-19).
2. O ímpio é retratado como temendo as calamidades futuras, mesmo enquanto goza de prosperidade no prese
(vs. 20-24).
3. Elifaz descreve o ímpio como sendo rebelado contra Deus, como um guerreiro atacando Deus com armadur
completa (v. 26).
4. Elifaz assevera que mesmo se o ímpio for próspero no presente, sua impiedade o "alcançará" e sua
prosperidade faltará (vs. 29-31).
5. Fazendo uso de figuras agrícolas, Elifaz ressalta a extrema esterilidade do perverso (vs. 32-35).
A. Jó descreve seus amigos como "consoladores molestos" (16:1-5). Ele poderia até dizer as mesmas coisas se
significado, se no lugar de Jó estivessem os seus amigos sofrendo, mas mesmo assim procuraria fortalecê-los e
confortá-los.
2. Sua condição de miséria e de magreza é testemunho de que Deus o tem afligido e está o considerando culpa
de algum pecado.
3. Por meio de uma série de figuras pitorescas, Jó acusa Deus de ter praticado violência contra ele. Tal como u
animal feroz, Deus range os dentes contra Jó. Deus é, mais ainda, retratado como um lutador, um arqueiro e um
guerreiro, porque assalta Jó com sofrimento.
1. Ele fala de sua tristeza (vestido de pano de saco, cabeça no pó, etc.), apesar de sua inocência.
2. Ele se dirige à terra figuradamente, exigindo justificação (vs. 18). Seu pensamento parece ser que o sangue
injustamente derramado exige justiça de Deus enquanto permanece sobre a realidade da terra, não é coberto (v
Gênesis 4:10; Ezequiel 24:7-8).
3. Não encontrando conforto ou auxílio em seus amigos (16:20), Jó exprime o desejo de um mediador (v. 21).
4. Afirmando que seu tempo de vida é curto, Jó faz a Deus uma petição incomum, que lhe dê uma segurança (
sua inocência) contra o próprio Deus.
b. Eles são incapazes de agir como testemunhas de sua inocência porque estão cegos para seu caso (17:4).
D. Mudando de direção novamente, Jó declara que Deus fez dele um "provérbio dos povos" (vs. 6-9).
2. Sua indignação com o desrespeito de Jó para com a sabedoria dos seus amigos é evidente (v. 3).
3. Bildade afirma que é Jó quem está se dilacerando. Ele pode estar respondendo aos comentários de Jó em 16
14. Ele ainda pergunta se Jó espera que a ordem natural das coisas (por implicação, a lei da retribuição) seja
mudada por sua causa (v. 4).
B. Bildade descreve o destino dos ímpios (18:5-21).
1. O ímpio ficará nas trevas (vs. 5-6). Preservar uma lâmpada na tenda foi um modo de dizer que a família, qu
vivia, continuaria (1 Reis 11:36; 15:4; 2 Reis 8:19). Por outro lado, a idéia da lâmpada na tenda sendo apagada
sugere o fim da família que vivia naquela tenda.
3. Bildade afirma a inevitabilidade da queda do ímpio, assemelhando-o a um animal apanhado num laço ou
armadilha (vs. 8-19)
4. É difícil dizer se os "assombros" do versículo 11 são realmente calamidades afligindo os ímpios, seguindo
cada passo, ou se Bildade está fazendo referência aos terrores de uma consciência má, como é descrita por Eli
(15:21-23).
5. O ímpio será afligido pela fraqueza, doença ("primogênito da morte") e finalmente será vendido pela mort
(vs. 12-15).
6. Bildade declara que os ímpios "secarão" e "murcharão". deixando nenhuma posteridade para trás (vs. 16-
19).
1. Ele se admira de por quanto tempo os amigos continuarão a atacá-lo (v. 2).
2. Pelas suas reprovações eles o maltrataram e ainda não mostraram vergonha pelas suas atitudes. "Dez" é um
número que significa "freqüentemente" (v. 3).
3. Apesar dos amigos afirmarem que ele era pecador, Jó quer que eles saibam que Deus o tem maltratado (vs.
6).
1. As "tropas" do versículo 12 pode ser uma forma figurada de descrever as aflições de Jó.
2. Deus fez com que todos aqueles que poderiam confortá-lo ou consolá-lo fossem afastados dele (vs. 13-20).
efeito de tal afastamento como é descrito nesta parte sobre alguém que é acostumado com o respeito dos outro
não deverá ser subestimado.
C. As súplicas de Jó (19:21-27).
1. Ele clama por piedade aos seus amigos, perguntando se eles precisam persegui-lo como Deus tem feito (vs.
22).
2. Ele deseja que suas considerações de inocência possam ser preservadas para a posteridade em um livro ou,
melhor ainda, escritas numa rocha (vs. 23-24).
3. Numa triunfante expressão de fé, Jó externa sua convicção de que no final Deus o justificará. A palavra
traduzida como "Redentor" no versículo 25 se refere ao parente-resgatador, o parente consangüíneo mais
próximo, a quem, sob a Lei de Moisés, era dada a responsabilidade de vingar o sangue derramado ou o resgate
propriedade (veja Levítico 25:25, Rute 4:4; Números 35:19, 21).
A. Aparentemente um tanto picado pela advertência de Jó (19:28-29), Zofar sente-se compelido a "partilhar" s
entendimento com Jó (20:1-3).
1. A brevidade da prosperidade do ímpio é um fato conhecido desde a antigüidade. Zofar pergunta se Jó não s
disto (vs. 4-5).
2. Sem importar a altura de sua arrogância, ele perecerá e não será lembrado (vs. 6-9).
1. Nos versículos 12-14, ele usa uma figura interessante para descrever a atitude do ímpio para com o mal. É
como um delicioso pedaço de comida que ele mantém na boca, saboreando o gosto e desejando degustá-lo até
fim. Contudo, quando ele engole, a mesma comida é transformada em veneno!
2. Seguindo a mesma idéia, o ímpio não gozará ou reterá os frutos de sua impiedade (vs. 15-23, 28-29).
b. Quando ele tentar gozar sua prosperidade, Deus o punirá (v. 23).
4. Conquanto Jó implorasse à terra que não encobrisse seu sangue (16:18), Zofar aqui personifica o céu e a ter
levantando-se para testificar contra o pecador (v. 27).
1. Ele sugere que a atenção deles a seu discurso será a consolação adequada (v. 2).
2. Depois que ele terminar, eles poderão zombar à vontade (v. 3).
3. Jó declara que sua queixa não é contra o homem e justifica sua impaciência (vs. 4-6).
a. Os ímpios, de fato, vivem longas vidas e vêem seus descendentes (v. 7-8).
d. Em contraste com Jó, os ímpios, freqüentemente, morrem rapidamente e sem sofrimento (v. 13b).
e. Jó afirma que estas são pessoas que abertamente desafiam a Deus (vs. 14-15).
2. Apesar destes fatos, Jó não tem simpatia pelos ímpios (v. 16).
1. Bildade tinha sugerido em seu discurso que a lâmpada dos ímpios é apagada (18:5-6). Jó pergunta, "Com qu
freqüência isto realmente acontece (v. 17)?"
2. Jó faz mais três perguntas, cujo sentido é, "Com que freqüência os ímpios recebem punição como vós (os
amigos) têm asseverado?"
3. Antecipando a resposta hipotética que os filhos dos ímpios sofrerão (v. 19a), Jó sugere que a justiça real
resultaria na punição dos ímpios e não de seus filhos (vs. 19-21). O próprio ímpio deveria "beber" da ira de D
e experimentar pessoalmente a paga por seus pecados.
a. O homem ímpio não se preocupa com o que acontece com seus familiares depois que ele morre (v. 21).
D. A conclusão de Jó (21:22-26).
2. O ponto de Jó nos versículos 23-26 parece ser que não se pode generalizar sobre a punição temporal dos
ímpios. Alguns prosperam, outros sofrem, mas finalmente todos eles morrem, todos eles são dirigidos para o
mesmo fim.
1. Ele está ciente de que eles procuraram caracterizá-lo como ímpio (v. 27).
2. Em resposta a uma pergunta hipotética de seus amigos (perguntando pela evidência da prosperidade do ímp
como Jó a esmiuçou), Jó replica que qualquer viajante poderia dizer-lhes que as coisas não são como eles têm
estado afirmando (v. 29). De fato, o ímpio, em vez de ser afligido, é freqüentemente poupado no dia da
calamidade e livrado da ira (v. 30).
3. Em vez de serem condenados, os homens honram os ímpios em sua morte (vs. 31-33).
4 Em vista das falsidades de suas teorias, Jó pergunta como seus três amigos esperam consolá-lo (v. 34).
O que está faltando no segundo discurso de Bildade que estava presente em seu primeiro
discurso?
Liste alguns pormenores da descrição de Bildade do destino do ímpio que indicam que ele tem Jó em mente
Qual fato acrescentou grandemente o sofrimento de Jó (19:13-27)?
Qual convicção Jó expressa em 19:23-27?
Qual é o destaque de Zofar em 20:4-11?
O que Jó afirma sobre os ímpios em 21:7-15?
Ô A qual importante conclusão Jó chega, a respeito do tratamento que Deus dá ao homem (21:23-33)?
2. Ele parece estar dizendo que Deus não tem nada a ganhar do homem; ele não está fazendo Jó sofrer por algu
razão pessoal, egoísta.
3. Elifaz insinua (v. 4) que Deus certamente não está afligindo Jó por causa da piedade que Jó tem estado
afirmando. A única outra resposta é que ele está sofrendo por sua grande pecaminosidade (v. 5).
B. Supondo ter acertado toda a causa do sofrimento de Jó, Elifaz continua a alistar os pecados de Jó (22:6-11)
1. Naturalmente, Elifaz acusa Jó desses pecados sem qualquer prova (veja 4:1-4).
3. Elifaz resume que é por causa destes pecados específicos que Jó está rodeado de perturbação e calamidade (
11).
1. O versículo 12 parece ser o comentário de Elifaz e exprime a opinião tanto do justo como do ímpio.
2. Contudo, o ímpio tira uma conclusão diferente da do piedoso. O ímpio afirma que Deus está tão afastado do
negócios dos homens que não conhece ou não se interessa pelo que eles estão fazendo.
4. Ele então chama a atenção de Jó para o fato de que "os homens iníquos" têm assumido esta atitude (v. 15)
foram punidos por isso (vs. 15-18).
5. Os justos, de acordo com Elifaz, deleitam-se com o castigo dos ímpios (v. 19-20).
1. Tendo acabado de falar algumas das palavras mais rudes e mais injustas de todos os discursos dos amigos,
Elifaz agora "abranda" seu discurso retornando ao tema das bênçãos do arrependimento, assim como o fez no
início de seu primeiro discurso.
3. O Senhor então restabelecerá tornará a prosperidade de Jó e ele porá de lado sua prosperidade material (vs.
26).
4. Tal seria o favor de Jó com o Senhor que, se fosse abatido temporariamente, Deus o livraria. Jó até seria cap
de fazer intercessão em favor de pecadores, uma profecia desconhecida do papel que Jó desempenharia no fim
livro, e com respeito aos seus três amigos (vs. 27-30)!!
A. Jó repete seu desejo de encontrar-se com Deus e defender seu caso (23:1-9).
1. Ainda que quase pareça que esta "réplica" seja uma fala consigo mesmo, é bem possível que os comentários
Jó nesta parte sejam em resposta à admoestação de Elifaz para que Jó "se reconcilie" com Deus (conf. 22:21).
não preferiria outra coisa (vs. 1-5).
2. Jó expressa sua confiança em que uma tal confrontação resultaria em sua libertação, a justificação de sua
inocência (vs. 6-7).
3. Contudo, Jó proclama sua incapacidade de "encontrar" Deus para uma tal confrontação (vs. 8-9).
1. Apesar de sua incapacidade de "encontrar-se" com Deus, Jó está confiante em que Deus conhece sua condu
que, no final o proclamará justo (v. 10).
1. Ele afirma que Deus não se afastou de seus propósitos (v. 13).
2. O tratamento que ele dá a Jó e muitos outros "enigmas de justiça" precisam seguir seu curso (v. 14).
4. No versículo 17, parece que Jó está dizendo que ele não é perturbado simplesmente pelas trevas de sua
situação, mas antes pelo fato de que foi Deus quem colocou este sofrimento sobre ele.
D. Jó cita a inescrutabilidade dos atos de Deus nos negócios dos homens (24:1-25).
1. Esta parte é um ataque à doutrina dos amigos que os ímpios sempre sofrem e os justos prosperam.
2. Jó pergunta porque a justiça de Deus não é mais aparente; porque ele não indicou tempos quando o castigo
realizado (vs. 1-2).
3. Jó descreve a impiedade de alguns que tiram vantagem dos indefesos e desafortunados (vs. 2-4).
4. Ele ainda descreve mais o sofrimento que tais perversidades causam aos pobres (vs. 5-8).
6. No meio de toda esta impiedade e apesar dos clamores dos oprimidos, os ímpios parecem estar pecando
impunemente (v. 12 - "contudo, Deus não tem isso por anormal"). É também possível que Jó esteja falando
daqueles que estão sofrendo. Eles estão sofrendo e no entanto não foram acusados de erro, i. e., sofrimento
inocente. De qualquer modo, este cenário está em desarmonia com a doutrina dos amigos.
7. Jó descreve qual será o destino dos ímpios, de acordo com os amigos (vs. 18-21).
8. E no entanto os ímpios parecem prosperar e, se forem abatidos, é como acontece com todos os homens (vs.
24).
De quais pecados Elifaz acusa Jó? Como estas acusações diferem da descrição de Jó no primeiro discurso d
Elifaz?
Qual atitude em geral Elifaz acusa Jó de manter e por quê?
Como Elifaz abranda seu discurso?
Que profecia Elifaz inconscientemente faz (22:30)?
Qual confidência Jó faz no capítulo 23 (v. 10)?
Como Jó descreve sua conduta no passado (23:11-12)?
Qual parece ser o ponto de Jó em 24:1-17? Como isto afeta o argumento dos amigos?
A. A brevidade do terceiro discurso de Bildade parece indicar que os amigos estão ficando sem ter o que dizer
Ele nem sequer tenta responder aos recentes argumentos de Jó que os ímpios sempre prosperam.
2. O ponto de Bildade parece ser repreender Jó por pensar que poderia ser justo diante de Deus.
b. Jó tem insistido em sua inocência de qualquer pecado que justificasse seu sofrimento. Ele tem afirmado,
diversas vezes, que está confiante que sua justificação é apenas questão de tempo.
A. Alguém poderia sugerir que a réplica especial de Jó a Bildade vai além do capítulo 26, o que pode muito be
ser verdadeiro.
1. Jó afirma a impropriedade dos argumentos de Bildade para ajudar, para aconselhar, para salvar, etc. aqueles
que necessitam de auxílio.
2. Ele continua sua descrição observando as manifestações do poder de Deus no céu e na terra (vs. 7-14).
3. O ponto do discurso de Jó parece ser que ele reconhece o poder de Deus e não precisa de instrução dos seus
"amigos" a este respeito.
4. Pode ser que Jó esteja dizendo que se o homem está atemorizado diante do poder e da ação de Deus na
natureza, como pode ele esperar entender a ação de Deus na ordem moral (seu domínio sobre ímpios e justos)
Veja versículo 14.
Houve quem sugeriu que 25:4-5 ensina que o homem já nasce culpado de pecado. Como você responderia a
esta afirmação?
O que parece ser o ponto de Bildade em seu breve discurso?
A mitologia antiga sugeria que a terra era sustentada por um homem forte em pé sobre as costas de uma
tartaruga. Como Jó explica isto (26:7)? Qual é a conseqüência da explicação de Jó?
2. Parece que o que ele tem em mente é o pecado de confessar um pecado do qual ele não é culpado. Isto seria
"engano" (veja v. 4).
a. Dizer que os amigos estavam certos, seria o mesmo, para Jó, que admitir que ele tinha pecado de tal modo a
merecer o "castigo" que estava recebendo.
b. Antes que "dar razão" a seus amigos, ele poderia continuar a afirmar sua inocência.
B. Nota especial:
1. O restante do texto da lição compreende uma das partes mais difíceis do livro de Jó. Uma porção (conf. 27:
23) não parece ajustar-se no pensamento de Jó, o qual já observamos anteriormente, antes, parece descrever o
pensamento dos três amigos. O capítulo 28, na opinião de algumas pessoas, não está bem relacionado com os
capítulos 27 e 29.
2. Para lidar com estes "problemas", há quem tenha sugerido que parte do capítulo 27 (vs. 7-23) realmente
constitui o terceiro discurso de Zofar. Outros também sugerem que todo o capítulo 28 foi escrito muito mais ta
do que o resto de Jó e sendo assim não é inspirado.
3. Nestas notas, estes dois capítulos serão considerados como tendo sido ditos por Jó. Os seguintes pontos
deverão ser observados:
a. Jó já afirmou que a justiça no final será cumprida; pelo menos ele acredita que será justificado por Deus (po
exemplo, veja 23:10; 19:25). Jó não entende o "como" e o "porquê" deste processo. Ele observou que tal justiç
freqüentemente não é cumprida nesta vida, e que ainda os ímpios recebem bênçãos de Deus neste mundo.
b. É bem possível que, no capítulo 28, o ponto de Jó seja que o "como" e o "quando" do castigo da impiedade
homem estão dentro do domínio da sabedoria de Deus e que o homem não pode atingi-la.
c. Algumas pessoas sugerem que, ainda que Jó esteja falando em 27:7-23, ele está falando de uma maneira
irônica, citando o argumento dos amigos e relegando toda a matéria da justiça à sabedoria de Deus (capitulo 2
1. Esta parte é iniciada pelo desejo de Jó de que seus inimigos sejam castigados como o os ímpios são (v. 7).
2. Versículos 9-10 podem pretender mostrar a diferença entre o homem ímpio e Jó. Jó continuou a "apelar pa
Deus".
3. A declaração de Jó é a mesma que a dos amigos: se o ímpio prospera, não será por muito tempo.
4. A ênfase do versículo 18 refere-se à natureza temporária do ímpio, assim como é transitório o seu abrigo.
II. A incapacidade do homem de descobrir a sabedoria
(28:1-28)
A. Jó relata a admirável capacidade do homem para escavar a terra em busca de tesouros (vs. 1-11).
2. Jó está ressaltando a inteligência do homem e sua superioridade sobre os animais (particularmente o falcão
sua vista superior, e o leão, um animal de imensa coragem) que não têm, afinal, pisado esses caminhos no fun
da terra.
1. Apesar da busca inspirada do homem por pedras e metais valiosos, ele é incapaz de "escavar" a sabedoria; d
fato, ele não sabe sequer o seu valor (vs. 12-14).
2. A sabedoria não pode ser extraída da terra como se escavam tesouros. Seu valor está tão longe de tais tesou
que não é possível trocá-los por ela (vs. 15-19).
3. Jó dá evidência da posse de sabedoria por Deus observando as obras ordenadas da natureza (vs. 23-26).
4. O homem só pode conhecer a sabedoria como Deus a revela e sua declaração é afirmada por Jó (v. 28).
O que todas estas passagens têm em comum: 6:29, 30; 10:7; 12:4; 13:18, 19; 16:17; 23:1-12; 27:1-6?
Por que alguns estudiosos atribuem 27:7-23 a Zofar como seu terceiro discurso?
Qual é "...a porção do perverso..." (27:13)?
Por que Jó podia dizer as coisas contidas em 27:7-23?
Com qual realização Jó ilustra a habilidade e a inteligência do homem?
Qual é o verdadeiro tesouro da vida?
Qual é o único modo pelo qual o homem pode chegar a possuir sabedoria divina?
A. Jó tem saudade do tempo quando Deus velava por ele (vs. 1-10).
2. Jó gozava do respeito de todos os outros homens, tanto jovens como velhos (vs. 7-10).
1. Ele tinha previsto a continuação das bênçãos e da prosperidade em vista de sua justiça.
2. "Expirar no meu ninho" parece significar que Jó tinha previsto morrer em seu próprio lar ou que morreria n
presença e no conforto de seus filhos (v. 18).
3. O arco era um símbolo de força; Jó tinha previsto a bênção de vigor inquebrantável (v. 20).
D. Jó continua a se lembrar do respeito que tinham por ele no passado (vs. 21-25).
1. Seu conselho era tão bem recebido como as chuvas necessárias e sua advertência não era discutida (vs. 21-2
25).
2. Ele era uma fonte de ânimo para aqueles que estavam desanimados e não se deixava afetar pelo desânimo d
(vs. 24).
1. Enquanto ele costumava gozar do respeito dos idosos e nobres, agora é zombado pelos que pertencem à ma
baixa camada da sociedade.
2. Jó usa a figura de uma cidade sitiada para retratar o abuso deles (veja vs. 12).
C. Jó volta sua atenção para o sofrimento que lhe é causado por Deus (vs. 16-23).
a. Ele acusa Deus de ser cruel com ele e então ser indiferente ao seu sofrimento (vs. 20-21).
1. É mais do que razoável que o sofredor busque ser assistido por outros (v. 24).
2. Ponderando que ele tinha ajudado os outros, Jó está aflito por ter ele mesmo recebido tão pouca ajuda dos
outros (vs. 25-26).
b. Seu sofrimento físico é grande, não lhe deixando motivo para alegrar-se (vs. 30-31).
A. Para quase todo pecado do qual Jó declara sua inocência, o modelo é o mesmo. Ele pronuncia uma maldiçã
sobre si mesmo "se" tiver cometido tal impiedade, sendo a conclusão que sua integridade está intacta.
B. Ele proclama sua inocência na área dos pecados sensuais (vs. 1-12).
1. Ele tinha sido diligente em evitar a cobiça pelas mulheres, percebendo que não poderia esperar as bênçãos d
Deus se ele fizesse isso (vs. 1-4).
b. Sua esposa ser escrava de outro homem para sofrer violência sexual nas mãos de outros homens.
C. Ele cita sua recusa em abusar de seu poder sobre seus servos, raciocinando que eles foram formados pelo
mesmo Deus que ele (vs. 13-15).
D. Jó declara que tinha sempre cumprido suas responsabilidades beneficentes para com os desventurados e nã
tinha tirado vantagem dos desamparados (vs. 16:23).
1. A expressão "desde o ventre de minha mãe" é uma figura hiperbólica (exagerada) significando desde a
juventude da pessoa (v. 18).
2. O versículo 21b se refere aparentemente à oportunidade para obter vantagem com a aprovação daqueles que
normalmente eram responsáveis em cuidar que a justiça fosse feita.
E. Por dedução, Jó declara ser limpo do pecado de confiar em sua riqueza (vs. 24-25).
G. Ele é inocente de pensamentos desonrosos para com seus inimigos (vs. 29-34).
1. Observe que toda a parte consiste de sentenças incompletas, nas quais Jó apresenta a condição, mas omite a
conseqüência.
2. Ele declara que não tem escondido seus pecados como Adão o fez; ele não temia que outros conhecessem s
conduta (vs. 33-34).
H. Tendo completado sua defesa, Jó novamente exprime seu desejo de encontrar-se com Deus e saber as
acusações que estão sendo feitas contra ele (vs. 35-40).
1. Ele prestaria contas de sua conduta alegremente, confiante que tinha vivido retamente e que tal coisa seria
reconhecida (vs. 35-37).
2. Jó conclui chamando sua terra como testemunha de que ele não tinha sacrificado sua integridade (vs. 38-40
1. Há uma pausa no debate porque os amigos evidentemente sentem a inutilidade de responder a Jó, e este
terminou sua defesa.
2. É nos apresentado Eliú, que não tinha sido mencionado anteriormente no livro, mas que, obviamente, ouviu
conversa entre Jó e seus amigos.
3. Em consideração à idade avançada dos três amigos e de Jó, Eliú tem permanecido calado, mas agora sua ira
acendeu contra todos os quatro.
a. Sua ira contra Jó foi porque Jó estava mais interessado em justificar-se do que em afirmar a justiça de Deus
2).
b. Sua ira contra os amigos foi porque eles tinham condenado Jó quando não tinham uma resposta para o dilem
dele (vs. 3, 5).
1. Ele tinha-se contido para não entrar na discussão até que a "idade" tivesse falado, mas tinha ficado óbvio qu
idade não garante sabedoria (vs. 6-9).
2. Ele tinha ouvido atentamente as palavras dos amigos, mas eles não tinham convencido Jó e ele os alerta do
em afirmar que somente Deus poderia responder a Jó (vs. 10-13).
1. Ele nota o silêncio dos amigos e então afirma: "...declararei minha opinião" (vs. 15-17).
2. Ele compara sua ansiedade por falar com a pressão do vinho que está fermentando e não tem como liberar o
gases produzidos (vs. 18-20).
3. Ele exprime sua intenção de não mostrar nenhuma parcialidade, nem de lisonjear (vs. 21-22).
2. Ele também recorda a Jó sua simples humanidade para com ele, indicando que não o aterrorizará ou o
pressionará, como Jó acusou Deus de fazer (vs. 5-7; veja 9:34; 13:21; 23:15).
E. Eliú cita as declarações de Jó (33:8-11).
1. Parece que Eliú primeiramente castiga Jó porque ele havia sugerido que Deus precisava explicar seus atos;
Deus não precisa prestar contas ao homem (vs. 12-13).
2. Eliú afirma, contudo, que Deus de fato fala ao homem com o propósito de instruí-lo (vs. 14-18).
3. Eliú sugere que Deus também usa a dor para castigar e ensinar os homens (vs. 19-30).
a. A aflição de um homem é descrita. A descrição realmente se ajusta ao caso de Jó muito bem (vs. 19-22).
b. Deus mostra sua graça revelando ao homem aflito a razão de seu sofrimento e preservando o homem da mo
(vs. 23-26).
c. O homem castigado por Deus e arrependido confessará seus pecados, ao reconhecer a misericórdia de Deus
27-28).
A. Eliú apela aos seus ouvintes para que raciocinem com ele (vs. 1-4).
2. Eliú mantém que, por suas palavras, Jó juntou-se à companhia dos ímpios (vs. 7-9).
1. É impensável que o Todo-Poderoso cometesse iniquidade; ele recompensa os homens de acordo com suas
obras (vs. 10-12).
2. Deus age, de fato, maliciosamente? Se Deus agisse egoistamente, pensando somente em si, o homem perece
rapidamente porque o homem depende em todos os momentos da bondade de Deus (vs. 13-15).
4. Deus não mostra parcialidade; o rico e o pobre são ambos sua criação (vs. 19-20).
5. Eliú declara que os ímpios não estão escondidos de Deus e que ele os aniquila (21-28). Ele também tem
compaixão dos aflitos.
D. Deus não está sujeito ao homem. Parece que Eliú está tentando fazer com que Jó veja que Deus não tem qu
comportar segundo os termos dos homens (vs. 31-33).
1. Eliú afirma que tem o apoio dos sábios em sua apreciação da conduta de Jó (vs. 34-35).
2. Eliú acredita que Jó tem falado como ímpio e deverá ser punido como tal (vs. 36).
3. Ele acusa Jó de rebelião e irreverência para com Deus (vs. 37; veja 27:2).
Por que Eliú esperou para entrar na discussão entre Jó e seus amigos?
Por que Eliú está irritado com Jó e com os amigos também?
Que ilustração Eliú usa descrevendo sua ansiedade em dizer sua opinião?
Eliú cita Jó duas vezes. Qual ponto Jó está tentando responder em cada caso?
Que diferença há entre o conceito dos amigos referente a dor e sofrimento, e o de Eliú?
Como Eliú ilustra a justiça e imparcialidade de Deus em 34:16-30?
De que pecado Eliú acusa Jó no fim de seu segundo discurso? Ele está certo? Jó pecou desse modo?
1. A citação no versículo 2 ("Maior é a minha justiça do que a de Deus?") não parece ser uma citação real d
Jó, mas antes a percepção de Eliú da opinião de Jó.
2. Enquanto a citação no versículo 3 também não parece ser uma citação palavra por palavra, ela parece conte
sentido das palavras de Jó em 9:28-31.
1. A referência a "amigos" (v. 4) provavelmente significa outros com a atitude de Jó , antes que seus três amig
Elifaz, Bildade e Zofar.
2. Ele chama a atenção de Jó para o fato de que um Deus transcendente não é afetado (ajudado ou atingido) ne
pela justiça do homem nem pela impiedade (vs. 5-7).
3. Eliú não parece estar dizendo que Deus é indiferente ao comportamento do homem (veja 36:5-15).
1. Os oprimidos clamam (v. 9), mas Deus não responde (v. 12).
2. Eliú sugere que a razão porque Deus não responde é porque aqueles que clamam freqüentemente o fazem se
intenção de reconhecer a soberania de Deus ou glorificá-lo, pois são muito orgulhosos (vs. 10-12).
1. Eliú observa Jó dizer que apresentou seu caso e não pode encontrar Deus para ouvi-lo. Eliú aconselha-o a se
paciente, porque Deus conhece sua situação e agirá (v. 14).
2. Jó disse que ansiava por um encontro face a face com Deus para apresentar seu caso (por exemplo, 23:3-5).
3. Eliú afirma que Jó, porque Deus não agiu rapidamente, entregou-se a conversa vã e tola (vs. 15-16).
1. Eliú roga paciência de Jó porque tem mais o que dizer (vs. 1-4). Se Eliú estiver falando de si mesmo no
versículo 4, como parece provável, sua arrogância é um tanto irresistível (contudo, veja 37:16 que fala de Deu
b. Se os justos de fato sofrem, sua dor é disciplinar por natureza. Se eles gozarem de prosperidade ou perecere
no futuro, depende deles receberem adequadamente o castigo de Deus (vs. 8-12; observe o mesmo argumento
33:14-30).
3. Eliú descreve aqueles que não se converterão de seu pecado e retrata o seu fim (vs. 13-15).
b. "Prostitutos cultuais" é provavelmente uma referência a prostitutos masculinos do templo. É também prováv
que estes indivíduos fossem homossexuais (veja 1 Reis 14:24; Deuteronômio 23:17).
1. Eliú aplica os princípios que acaba de notar a Jó como uma explicação para o sofrimento contínuo de Jó (vs
16-17).
2. Ele adverte Jó para que sua precipitação não faça com que Deus o destrua subitamente, lembrando que ele,
não poderia impedir tal julgamento (vs. 18-19).
3. Eliú admoesta Jó a escolher suportar seu sofrimento do que voltar-se, em seu desencorajamento, para a
iniqüidade (vs. 20-21).
4. Eliú continua advertindo Jó, asseverando implicitamente que ninguém tem direito a ensinar ou admoestar D
(vs. 22-23).
1. Eliú chama a atenção de Jó para a obra de Deus na natureza, particularmente para o seu domínio do tempo
(nuvens, trovão, neve, chuva, vento, etc.).
a. Ele menciona diversos propósitos por trás dos atos de Deus: julgamento ou correção (36:31; 37:13); provisã
de alimento (36:31); misericórdia (37:13).
b. Por diversas das suas afirmações (por exemplo, 36:29; 37:5, 7), torna-se aparente que o propósito de Eliú é
impressionar Jó com a impotência do homem comparada com o poder de Deus.
2. Em minha opinião, Eliú sustenta belamente e com sucesso sua proposição, "Deus é grande" (36:26).
1. Ligado com a parte anterior, Eliú faz a Jó um número de perguntas destinadas ou a mostrar sua incapacidad
para entender os atos de Deus ou a impotência de Jó diante de Deus (vs. 14-18).
2. Eliú, com uma ponta de zombaria, pergunta a Jó o que os homens deveriam dizer a Deus. Ele então, afirma
que, para os homens falarem ignorantemente seria convidar a destruição, algo que Eliú não deseja fazer (vs. 19
20).
3. Eliú fala da inacessibilidade a Deus, mas afirma que o homem pode confiar em que ele seja justo e que, com
resultado, os homens o reverenciem.
4. Eliú afirma que Deus não olha aqueles que são "sábios em seu próprio entendimento". Pode ser que Eliú fez
esta afirmação tendo Jó em mente.
A. Jó tinha expressado freqüentemente o desejo de falar com Deus e seu anseio é satisfeito, mas a "discussão"
é exatamente o que Jó imaginava que seria!
B. Deus interroga Jó a respeito de seu (de Jó) conhecimento da criação (vs. 4-7).
1. Obviamente, a maioria das perguntas feitas pelo Todo-Poderoso são de natureza primorosa.
1. Ele descreve seu começo usando a figura de um nascimento. Neste capítulo inteiro, o Senhor usa linguagem
figurativa para falar sobre várias forças da natureza. Sua descrição da natureza não tem o intento de ser um
tratado científico do assunto, nem repousa na linguagem científica do homem moderno.
2. Há poucas coisas tão poderosas como o mar, e ainda Deus afirma que ele traça os seus limites.
1. Deus retrata a terra como um vestuário cujas bordas são agarradas pela aurora e os ímpios são sacudidos de
(v. 13).
2. Pelos fatos de que a luz da aurora "quebra o braço" dos ímpios e que Deus é responsável pela luz da manhã,
parece provável que Deus esteja afirmando sua justiça moral, um assunto que Jó tinha questionado (v. 15).
E. A Jó é perguntado se ele tinha algum conhecimento das profundezas da terra; se tiver, ele é encorajado a "d
lo" (vs. 16-18).
F. Deus quer saber o que Jó conhece sobre as moradas da luz e das trevas (vs. 19-21).
1. Luz e trevas são personificadas. Conhece Jó o caminho para suas moradas?
2. De um modo agudo, Deus sugere que talvez Jó saiba isso porque ele é muito velho (i. e., presente na criação
quando a luz e as trevas foram criadas).
1. Ele quer saber se Jó inspecionou os tesouros de Deus da neve e do granizo. Observe que há novamente
referência à justiça moral de Deus no propósito da neve e do granizo (vs. 22-23; veja Josué 10:11).
2. Deus divide a luz em suas resplendentes cores no arco-íris, mas Jó sabe como isso é feito (v. 24)?
3. Deus propõe mais perguntas a respeito dos fenômenos naturais o que também serve para ressaltar que o
cuidado de Deus se estende além da humanidade (vs. 25-27).
4. Usando a figura de um nascimento, Deus pergunta a Jó sobre a origem da chuva, do orvalho, do frio que
congela e do gelo (vs. 28-30).
H. Voltando sua atenção para os corpos celestes, Deus pergunta a Jó se ele pode organizá-los e comandá-los (v
31-33).
1. Naturalmente, o Senhor sabe que Jó não pode comandar os elementos da natureza. Suas perguntas são
destinadas a ressaltar o conhecimento limitado de Jó e o comando do mundo em volta dele.
2. Se Jó não entende nem mesmo estes fenômenos naturais do mundo, como pode ele esperar entender as obra
Deus na área da justiça? Jó não pode comandar a natureza nem os corpos celestes; por que ele tem a presunção
questionar a justiça ou o poder daquele que criou estas coisas e continua a dominá-las?
A. Voltando sua atenção para a natureza animada, Deus pergunta a Jó se ele pode fornecer comida para o leão
para o corvo (vs. 39-40). No caso do leão, pode ser que Deus esteja se referindo àquela coisa maravilhosa que
animais possuem, isto é, instinto.
B. Deus inquire Jó a respeito dos hábitos de nascimento da cabra selvagem e das cervas (39:1-4).
C. Deus questiona se Jó é responsável por dar ao jumento selvagem seu desejo de liberdade (vs. 5-8). "Jó cuid
dele na terra árida?"
2. Pode Jó conter este animal a ponto de usá-lo para fins domésticos, tais como arar ou colher?
1. Jó não é perguntado nesta parte. Em vez disso, parece que o propósito de Deus é impressionar Jó com a
diversidade da natureza quando ele descreve o avestruz.
2. O avestruz é uma pobre mãe por comparação e no entanto Deus lhe deu uma tão impressionante velocidade
(algumas vezes 70 quilômetros por hora) que ela pode facilmente correr mais do que um cavalo com seu
cavaleiro.
F. Resumindo o interrogatório a Jó, Deus lhe pergunta que papel ele desempenhou na feitura do magnífico ani
que é o cavalo (vs. 19-25).
G. Deus questiona se Jó é responsável pelos admiráveis feitos do falcão e da águia (vs. 26-30).
2. Jó ensinou a águia a fazer seu ninho na segurança das alturas? É ele responsável pela incrível visão dela,
permitindo-lhe distinguir a presa no chão enquando paira alto acima da terra?
A. A Jó agora é perguntado se ele ainda deseja contender com Deus e dar-lhe instruções (vs. 1-2).
2. Se Jó desejar continuar, ele tem que responder às perguntas que Deus tinha acabado de fazer, o que é,
obviamente, um feito impossível.
B. Jó entende o ponto do Senhor. Ele tinha ficado impressionado com sua própria insignificância à luz da
grandeza de Deus, e promete ficar calado (vs. 3-5).
A. Ainda que Jó tenha indicado sua intenção de permanecer calado, Deus não terminou de ensiná-lo e assim
começa um segundo discurso do mesmo modo com que o primeiro foi começado (v. 7; veja 38:3).
1. Jó na verdade questionou a justiça de Deus e tinha virtualmente sugerido que ele próprio era mais justo d
que Deus, afirmando sua própria justiça antes que a de Deus.
2. Este era o motivo pelo qual Eliú estava zangado com Jó (32:2).
1. Se for, ele é encorajado a mostrar sua força executando julgamento dos ímpios.
A. Enquanto este discurso de Deus não consiste muito de perguntas como foi o primeiro, Jó ainda está send
evidentemente desafiado.
B. O Senhor apresenta duas criaturas (40:15-24; 41:1-34) para demonstrar a fraqueza do homem em
comparação com o resto da criação.
C. A primeira questão a ser tratada é se as criaturas descritas são animais ou alusão a mitos.
1. Enquanto algumas das descrições de fato parecem ser hiperbólicas (exageradas) (por exemplo, 41:18-21)
contexto parece indicar animais reais.
2. Se o motivo pelo qual o Senhor está mencionando estas criaturas é considerado, parece improvável que e
se voltasse para criaturas míticas.
a. Por que Jó se impressionaria com a força de Deus se ele (Jó) não pode medir forças com criaturas míticas
b. Não há bestas na criação de Deus que poderiam ser citadas como mais poderosas do que o homem e que
menosprezam a capacidade do homem?
3. Em resumo, se estas criaturas fossem míticas, certamente ficará enfraquecido o argumento que Deus está
fazendo nestes capítulos.
D. Concedendo que animais reais estão sendo descritos, que animais são eles? A dificuldade está em identif
los.
1. O primeiro (40:15) é literalmente "behemah," uma palavra que significa qualquer grande quadrúpede. Par
ser uma palavra que tem o significado geral de besta. A edição Revista e Atualizada traduz esta palavra
hebraica como "hipopótamo", refletindo a suposição do tradutor quanto à identidade desta "besta." Outra
sugestão é que o "behemah" seja o elefante.
a. O "behemah" é uma criatura herbívora muito forte, uma das maiores e mais poderosas criaturas que Deus
(40:15-20). Esta besta foi feita "junto com"Jó; contudo, Jó não pode dominá-la (vs. 15, 24).
b. Há vários pormenores na descrição desta besta que não se ajustam bem ao hipopótamo.
c. É possível que a palavra se refira a um dos maiores dinossauros que viveram sobre a terra. As objeções m
populares a esta sugestão são que "o homem e os dinossauros não viveram no mesmo tempo" ou "os
dinossauros não viveram realmente sobre a terra."
(1) A evidência de que os dinossauros percorreram a terra em algum tempo parece-me bem forte.
(2) A idéia de que dinossauros precederam o homem por milhões de anos é um princípio da teoria geral da
evolução que não deveria ser reconhecido sem um exame da evidência e as consequências desta doutrina.
2. O segundo (41:1) é literalmente "livyathan", uma palavra que não identifica claramente qualquer animal e
particular. De novo, a edição Revista e Atualizada se aventurou a cogitar sobre a identidade desta besta,
traduzindo "crocodilo". Outras sugestões para o "livyathan" incluem a baleia e o golfinho.
a. O "livyathan", como o "behemah", é evidentemente uma criatura muito feroz e poderosa, uma que o hom
não conseguiu domesticar (41:1-34). É dada a Jó uma vista panorâmica do "livyathan", uma descrição que
ressalta que ele é inabordável (vs. 12-34).
b. Resumindo seu método de interrogatório, Deus pergunta a Jó se ele sujeitou o "livyathan" (vs. 1-8). Se Jó
incapaz de dominar o "livyathan", como pode ele enfrentar Deus (vs. 9-11)?
E. O ponto da descrição destas duas criaturas é este: se Jó não pode nem se comparar em força com a criaçã
de Deus, como pode ele esperar contender com o próprio Deus?
2. Ele também percebe que falou em áreas em que ele não tinha conhecimento ou entendimento das obras d
Deus (v. 3).
1. O Senhor sugeriu que Jó tem que responder-lhe (38:3; 40:7) e agora Jó solicita a oportunidade para que D
o ouça (v. 4)
2. Conquanto depois do primeiro discurso Jó tenha decidido ficar calado, ele agora se adianta expressando
arrependimento por ter questionado Deus (vs. 5-6).
1. O Senhor se dirige a Elifaz, evidentemente o mais velho dos três, como representante do grupo. Observe qu
no debate com Jó, Elifaz foi o primeiro dos amigos a falar.
2. Os amigos não tinham "dito de Deus o que era reto". Jó é justificado como tendo dito o que era reto.
a. O Senhor não está falando de tudo o que Jó tinha dito porque é evidente que Jó às vezes falou irrefletidamen
b. É possível que o Senhor esteja referindo-se ao princípio da doutrina dos amigos: o sofrimento é sempre
enviado por Deus como uma consequência direta do pecado e na medida do nosso pecado. Conquanto Jó poss
ter mantido este ponto de vista em algum momento, no curso da discussão com os amigos ele negou esta
afirmação.
b. Em contraste com a opinião dos amigos que Jó era um grande pecador, o Senhor descreve Jó como seu serv
nada menos do que quatro vezes em dois versículos (vs. 7-8).
1. Faz-se necessário oferecer sete bois e sete carneiros como oferendas queimadas e buscar a Jó para que ele o
Deus em favor deles.
3. O versículo 10 indica que Jó na verdade orou por seus amigos, um tributo ao seu caráter em vista de suas
vigorosas críticas para com Jó.
A. Depois de sua oração pelos amigos, Jó tem sua prosperidade material restaurada (vs. 10, 12).
1. A Jó, de fato, é dado o dobro do que ele possuia antes de suas provações.
2. A linguagem do texto sugere uma acumulação gradual de animais pela reprodução normal e frutífera.
1. Evidentemente, aqueles que tinham-no desertado anteriormente, agora vêm e buscam confortar Jó, trazendo
presentes.
2. Ele também tem filhos, sete homens e três mulheres, justo o que ele tinha antes de suas perdas no começo d
livro.
C. A restauração da saúde de Jó não é afirmada especificamente, mas o número de anos que ele vive depois de
sua aflição implicitamente diz isso (vs. 16-17).