A Percepção de Uma Equipe de Saúde Mental
A Percepção de Uma Equipe de Saúde Mental
A Percepção de Uma Equipe de Saúde Mental
de Oliveira et all 78
Resumo
Buscou-se conhecer a formação, a conduta e as reações emocionais dos profissionais de saúde
mental frente ao comportamento suicida. Foram conduzidas entrevistas semiestruturadas
individuais com nove profissionais. As informações foram submetidas à análise de conteúdo
temática e deram origem às categorias: formação da equipe, condutas, e reações emocionais da
equipe frente ao comportamento suicida. Verificou-se que o desconforto emocional foi relatado
com maior frequência pelos participantes deste estudo, bem como percepções de déficits na
formação acadêmica para lidar com o comportamento suicida. Quanto ao manejo, a conduta
adotada pela equipe está de acordo com os manuais que orientam como lidar com essas situações.
Conclui-se que os conhecimentos, as práticas e as reações emocionais dos profissionais estão
relacionados quando se trata do comportamento suicida. O déficit na formação pode contribuir
para o desconforto emocional vivenciado pela equipe, além de limitar o repertório de estratégias
para lidar com pacientes de risco.
Palavras-chave: Suicídio; Pessoal da saúde mental; Formação profissional
Abstract
The aim of this study was to identify the academic background, demeanor, and emotional
reaction of mental health professionals regarding suicide. Individual, semi-structured interviews
were carried out with nine professionals. The information was submitted to content analysis and
generated three categories: staff ’s background, demeanor when handling with suicidal behavior, and
staff ’s emotional reactions regarding suicidal behavior. Results showed that participants reported
emotional discomfort more frequently, as well as the perception of academic deficits to deal with
suicidal behavior. As for the conduct, staff ’s attitudes were according to the manuals that guide the
way to deal with these situations. We concluded that the professionals’ knowledge, practices, and
feelings are related when it comes to working with suicidal behavior. The academic background
deficit may contribute to the emotional discomfort experienced by the staff, besides limiting the
strategies available to be applied when dealing with risk patients.
Keywords: Suicide; Mental health personnel; Professional education
1 Contato: [email protected]
de suicídio e ideação suicida) são atendidos no conhecido como bola de neve (snowball).
Pronto-Socorro Psiquiátrico, são medicados e Inicialmente se identifica um indivíduo
ficam sob a observação do médico residente de que possui as características de interesse
psiquiatria e de profissionais de enfermagem. da pesquisa e, por meio da indicação dessa
Caso ocorra um recrudescimento do quadro pessoa, se chega a outros indivíduos que
psiquiátrico do paciente, este seguirá para a compartilham características semelhantes
ala de internação psiquiátrica. Na internação, (Biernacki & Waldorf, 1981). Os primeiros
o paciente será avaliado e acompanhado por profissionais entrevistados indicaram outros
equipe de saúde multiprofissional. e assim procedeu-se sucessivamente até que
se alcançasse a saturação das informações
obtidas, ou seja, até que a coleta de novas
PARTICIPANTES informações não mais modificasse os
resultados anteriormente encontrados.
Participaram deste estudo nove profissionais
de saúde (três homens e seis mulheres) Foi realizada uma entrevista semiestruturada
que trabalhavam na unidade de internação individual por um dos autores do estudo com
psiquiátrica supracitada. As profissões dos os profissionais de saúde do setor de psiquiatria
entrevistados são: Psicologia, Enfermagem, do hospital que aceitaram participar do estudo,
Medicina, Serviço Social e Educação Física. após assinatura do Termo de Consentimento
A idade dos participantes variou entre Livre e Esclarecido. O instrumento buscou
23 e 53 anos (M = 32 anos, DP = 9,54). conhecer os sentimentos, formação e conduta
Todos os participantes possuíam pós- dos profissionais diante do comportamento
graduação (dois Mestres, um Especialista, um suicida. As entrevistas foram gravadas em
Residente de Psiquiatria e cinco Residentes áudio e apagadas após a transcrição.
Multiprofissionais). Os indivíduos foram
nomeados pela associação da letra E (da
palavra entrevistado) mais um número, que
indica a ordem cronológica das entrevistas ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES
realizadas, para garantir o anonimato dos
As informações foram analisadas pelo método
informantes. A seleção dos profissionais que
da análise de conteúdo temática (Bardin,
participaram do estudo foi definida pelos
1977). As informações foram organizadas em
seguintes critérios: ser profissional de saúde,
três categorias definidas a priori: (i) formação
atuar em equipe de emergência psiquiátrica e/
da equipe frente ao comportamento suicida,
ou internação psiquiátrica, ter trabalhado com
(ii) conduta frente ao comportamento suicida,
pacientes que expressaram alguma dimensão
e (iii) reações emocionais da equipe ao
do comportamento suicida (suicídio, tentativa
comportamento suicida.
de suicídio e ideação suicida persistente).
PROCEDIMENTOS E
RESULTADOS E DISCUSSÃO
INSTRUMENTOS
A análise das informações permitiu conhecer
Os profissionais do setor de psiquiatria foram a formação dos profissionais, as condutas
convidados a participar da pesquisa, sendo adotadas para lidar com o comportamento
explicados os objetivos e procedimentos do suicida e as reações emocionais face
estudo, após sua aprovação no Comitê de ao comportamento suicida, bem como
Ética em Pesquisa (CEP) da universidade identificar de que forma esses aspectos se
onde a pesquisa foi realizada. Este projeto influenciam mutuamente. A interação entre
foi protocolado no CEP com o número conhecimentos, sentimentos e práticas é
23081.023/2011. A seleção dos participantes discutida nas categorias a seguir.
para compor a amostra seguiu o procedimento
Primeiro, fazer uma avaliação de como foi Os participantes do estudo relataram que
essa tentativa, pensar os níveis de gravidade a equipe tende a aumentar a vigilância do
da tentativa de suicídio. Marcar pro paciente indivíduo potencialmente suicida após as
retornar em 24 horas pra ver como ele está, intervenções iniciais. Existe um cuidado para
disponibilizar pra ele um serviço que fique evitar a ocorrência de qualquer manifestação
aberto 24 horas. Questionar se ele se sente autoagressiva. Para tanto, são realizadas
capaz de procurar a gente se ele precisar. (E3,
30 anos, médico)
restrições ambientais e materiais.
A gente já teve paciente que tentou suicídio
Os profissionais entrevistados utilizam
aqui na unidade, ele foi transferido pra um
condutas similares às previstas na literatura, lugar mais seguro. (E2, 53 anos, enfermeira)
realizando o manejo aconselhado por
instituições (Organização Mundial da Saúde, Tem toda uma preocupação em evitar novas
2000) e órgãos governamentais, como o tentativas. O paciente que chega com história
de ter tentado suicídio na internação vai
Ministério da Saúde (Brasil, 2006). Quando ser um paciente que vai ter certa vigilância.
o indivíduo entra na unidade hospitalar em Reações negativas, estados depressivos vão
decorrência de uma tentativa de suicídio, o suscitar uma preocupação maior que outros
primeiro passo do profissional de saúde deve pacientes sem esse histórico suscitariam. (E6,
ser compreender que tal ato é o resultado de 31 anos, psicólogo)
uma série de fatores que estão desorganizados A gente antecipa a situação, busca uma
na vida desse paciente (Loureiro, 2006). O medicação, conversa com o paciente, procura
objetivo do primeiro contato com o indivíduo outro paciente que ele tenha uma boa relação
que se engajou no comportamento suicida é pra ficar junto. Como ele tem um histórico de
realizar uma coleta de informações sobre a tentativa de suicídio, a gente vai procurar não
vida do paciente e as razões que o levaram deixar no ambiente nada que possa ser usado
por ele pra suicídio. Então, aqui os pacientes,
a tal comportamento (Bertolote et al., 2010).
em geral, não usam facas. O paciente não vai
A avaliação inicial permitirá determinar o ficar em salas que tenham objetos cortantes,
grau de risco do comportamento suicida pontiagudos, a gente vai ficar mais próximo
(Organização Mundial de Saúde, 2000), bem desse paciente, cuidar ele pra que ele não fique
como o manejo adequado para a situação isolado, sozinho. (E9, 39 anos, enfermeiro)
(Bertolote et al., 2010).
O paciente que tentou suicídio poderá fazer
Ao mesmo tempo, busca-se estabelecer um novas tentativas dentro do hospital. Por isso, o
vínculo colaborativo com o paciente (Bertolote comportamento preventivo dos profissionais
et al., 2010). O procedimento padrão do é considerado uma medida de segurança
A maioria desses procedimentos foi descrita Se a pessoa tem suporte familiar, não
como sendo adotada pelos profissionais da necessariamente ela vai precisar ficar
equipe pesquisada. Todavia, existem outras internada. Poder dar uma continência pra
família. Explicar o que está acontecendo.
condutas que poderiam ser utilizadas pelos
Poder alertar a família dos sinais, de tirar
participantes, mas que não foram mencionadas. veneno, faca, medicações... tudo que a pessoa
É importante que a equipe tenha competência possa se machucar [...]. Tem que, de repente,
técnica e avalie as condições físicas, psíquicas, marcar algumas entrevistas com a família
sociais e de recursos de saúde para conhecer ao longo do processo de luto, [...] tu poder
a vulnerabilidade dos pacientes (Gutierrez, encaminhar pra outro profissional, pra que
2014). Destacam-se o uso de escalas essa pessoa também receba tratamento. (E3,
30 anos, médico).
psicométricas, que podem contribuir para a
avaliação no momento da internação e como Comportamentos suicidas geram sofrimento
um monitoramento para períodos posteriores não só para o indivíduo que os comete,
no tratamento (Cataldo Neto et al., 2003), mas também para seus familiares e pessoas
a formação de uma rede de apoio para o próximas. A incapacitação decorrente das
paciente por meio do contato com familiares tentativas que não obtiveram êxito pode
e amigos, o manejo da ambivalência (viver ou causar prejuízos ocupacionais, econômicos
morrer) a ponto de fortalecer o desejo de viver, e psicológicos para a família. Já nos casos
o contrato verbal para evitar comportamentos em que o paciente obtém êxito na tentativa
autoagressivos e estimular o paciente na busca de suicídio, familiares e pessoas próximas
do apoio prestado pelas equipes de saúde, a enlutadas tendem a apresentar mudanças
exploração de alternativas ao suicídio por intensas no comportamento. Nesse sentido,
meio da resolução de problemas (Organização são comuns atitudes de extremismo por parte
Mundial de Saúde, 2000). dos familiares como forma de autopunição
por não ter conseguido enxergar os sinais
A família pode contribuir para a prevenção de
de que o outro indivíduo estava em risco.
comportamentos suicidas fora dos domínios
Essas autopunições podem se tornar
hospitalares. Por isso, a intervenção também
comportamentos de autodestruição e,
é realizada com os familiares de pacientes que
inclusive, associados com ideação suicida
apresentam risco de suicídio. Os profissionais
(Meleiro et al., 2004).
relataram orientar os familiares a auxiliar na
Assim como a família pode fornecer aos impotência, quando o tempo de experiência
profissionais informações relevantes sobre o é curto, e ansiedade mesmo quando o
paciente suicida para a definição do manejo a profissional apresenta mais experiência no
ser adotado (Machin, 2009), a equipe também trabalho com o comportamento suicida.
pode orientar os familiares para que, juntos,
Um dos sentimentos é a impotência. Pra
possam zelar pela segurança do indivíduo que
mim, que tenho dois anos de formação, tenho
está em risco. Atendimentos psicoterápicos, pouca trajetória de atendimento, parece que
em grupo ou individual, são estratégias é mais intenso esse sentimento. (E1, 26 anos,
utilizadas pelos profissionais para auxiliar as psicóloga)
pessoas a quem o suicídio e/ou as tentativas
O sentimento é de perda, [...] que tu não
atingem, já que os conflitos familiares podem conseguiste fazer. Quando acontece o suicídio,
tornar mais grave a dinâmica psicopatológica realmente a ansiedade aumenta, embora tu
do paciente. tenhas prática de trabalhar. (E2, 53 anos,
enfermeira)
Nota-se que os processos de avaliação e manejo
(intervenção) ocorrem quase simultaneamente. Meus pacientes que se suicidaram são jovens.
Muitas vezes, a avaliação pode ir além de sua Tive um paciente que era um rapaz muito
inteligente. Estava na universidade, tinha a
característica investigativa e se aproximar de capacidade de ter uma vida produtiva. A gente
aspectos interventivos, por exemplo, uma fica triste, se mobiliza e tenta refletir. (E3, 30
escuta sem julgamentos e uma postura de anos, médico)
empatia. A intervenção não deve se limitar
Medo, angústia, ansiedade, certo sentimento
aos domínios hospitalares. Por isso, o trabalho
de impotência frente à situação. (E9, 39 anos,
em rede nos dispositivos de saúde (hospital, enfermeiro).
unidades básicas de saúde, CAPS, entre outros)
deve ser algo constantemente fomentado. De Emoções como frustração, fragilidade e
acordo com o Ministério da Saúde (2009), a impotência já foram descritos na literatura
implantação da lógica do trabalho em redes como presentes nos profissionais na situação
de produção de saúde é algo complexo que de comportamento suicida (Brocker,
exige a articulação adequada entre diferentes 2007; Gutierrez, 2014; Machin, 2009). O
serviços, atores e especialidades; seu objetivo comportamento suicida mobiliza angústias e
maior consiste na adoção de práticas integrais reflexões em toda a equipe (Cataldo Neto et
adaptadas às necessidades dos usuários dos al., 2003). Outras reações como agressividade,
serviços. Dessa forma, é possível romper com preconceito, desprezo, raiva, incompreensão,
o trabalho fragmentado em saúde, atuando distanciamento, ansiedade por erro de
concomitantemente sobre aspectos de conduta e temor das consequências também
prevenção e promoção em saúde mental. são frequentes nos discursos dos profissionais
(Brocker, 2007; Vidal & Gontijo, 2013),
embora não tenham sido mencionadas
pelos participantes desta pesquisa. Esses
REAÇÕES EMOCIONAIS DA EQUIPE
comportamentos e emoções podem não ter
AO COMPORTAMENTO SUICIDA
sido referidos pelos profissionais por serem
Os participantes do estudo relataram considerados condenáveis em profissionais de
experimentar diversas reações emocionais saúde e pelo medo de serem julgados por seus
diante do comportamento suicida (suicídio, pares se descreverem que os experimentam.
tentativa de suicídio e ideação suicida). As
Parte do desconforto emocional pode
emoções mais frequentes indicadas pelos
decorrer da interpretação dos profissionais
profissionais foram preocupação, impotência,
de saúde sobre a situação. A ideação e a
ansiedade, angústia, tristeza, frustração, medo,
tentativa de suicídio dos pacientes vão de
indignação, perda e receio. Os participantes
encontro à formação dos profissionais,
justificaram as reações emocionais vivenciadas
assim como a finalidade de sua prática, uma
pela experiência profissional, que gera
vez que foram preparados para lidar com a de autodestruição do paciente suicida é algo
recuperação e promoção de saúde (Machin, recorrente entre os profissionais. Ao mesmo
2009). As intervenções podem se tornar tempo em que devem respeitar o desejo
demasiadamente difíceis e pouco gratificantes da pessoa e sua ambivalência entre vida
diante das constantes reincidências do e morte, os profissionais também devem
comportamento suicida e à incerteza quanto realizar procedimentos que impeçam um
ao bem-estar do paciente ao voltar para casa ato autodestrutivo do paciente que está
(Meleiro, Botega, & Prates, 2004). Assim, não em sofrimento psíquico ao final de um
é raro que os profissionais dediquem seus atendimento, como a internação involuntária
esforços aos pacientes que desejam viver e (Bertolote, Mello-Santos, & Botega, 2010).
não àqueles que podem usar o suicídio para Dessa forma, o profissional deve tentar
“agredir o mundo” (Machin, 2009). compreender os motivos e desejos de morte
do paciente, embora sua atitude técnica deva
A experiência do desconforto emocional ser de prevenir qualquer ação autoagressiva
também pode derivar da dificuldade de deste. Há evidências de que as principais
compreender o comportamento suicida dificuldades dos técnicos de saúde em lidar
(Loureiro, 2006) ou, ainda, de despreparo com o suicídio decorrem da falta de capacitação
técnico (Botega et al., 2005). A falta de ou treinamento para lidar com o fenômeno e
compreensão e de conhecimento pode gerar do desconforto emocional que essa situação
diversas consequências para a prestação do suscita (Gutierrez, 2014; Kohlraush, Lima,
cuidado, como negligência, agressividade Abreu, & Soares, 2008).
ou distanciamento. O distanciamento, por
exemplo, expresso por meio de uma forma O contato com o paciente suicida também
mecânica de lidar com o paciente, pode ser suscitou outras reações nos profissionais,
uma tentativa de se defender do desconforto como tranquilidade, valorização da vida
emocional vivenciado pela equipe (Meleiro et e responsabilidade. Observou-se que a
al., 2004). experiência com comportamentos suicidas
pode contribuir para vivenciar essas
Alguns participantes deste estudo já se situações de forma menos ansiogênica, além
questionaram, em algum momento, se de possibilitar refletir sobre suas próprias
deveriam interferir na decisão do paciente questões relacionadas à morte.
em relação a sua vida. A insegurança sobre o
papel do profissional e o limite até onde pode No início, eu tinha certo receio de trabalhar
impedir o paciente de cometer suicídio parece com eles. [...] Eu tinha insegurança, mas aí
causar ansiedade nos entrevistados e refletir as com o passar do tempo fui me sentindo mais
tranquila. (E8, 36 anos, educadora física).
fragilidades da formação profissional diante
do comportamento suicida. A minha experiência foi muito tranquila.
Porque eu acho que o que é mais importante
Enquanto profissional da saúde, de pensar e é tu ter dado assistência pro paciente.
fazer o máximo possível pra que aquela pessoa Quando acontece o suicídio, é um fato do
repense sobre esse pensamento suicida. Mas contexto clínico. E infelizmente alguns dos
será que eu não estou interferindo demais? nossos pacientes vão se suicidar, faz parte da
(E1, 26 anos, psicóloga) profissão. [...] É bastante frustrante... mas tem
um lado que te deixa mais preparado. (E3, 30
Como pessoa e como profissional da saúde,
anos, médico).
quem disse que eu tenho que fazer escolhas
pelo paciente? A gente como profissional “Eu tinha muito medo, por não conhecer
de saúde tem sim a obrigação de informar como era o funcionamento, mas hoje consigo
as possíveis consequências, mas isso é uma trabalhar melhor. [...] E a questão do suicídio,
escolha da pessoa de viver ou não. [...] É um principalmente de começar a refletir sobre
assunto que te deixa muito impotente. (E7, 24 como eu lido com essa questão da morte”
anos, enfermeira) (E4, 23 anos, psicóloga).
A dúvida sobre como atuar perante desejos A vida está repleta de dificuldades, como as