Estudo de Caso Daniela

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

ESCOLA DE ENFERMAGEM - DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO


CURSO NUTRIÇÃO
 

Daniela Guirado Tavares 

Estágio Supervisionado em Nutrição Clínica (NUT092)


Hospital Risoleta Tolentino Neves
 

  

Belo Horizonte

2022

1
Daniela Guirado Tavares

  

 
Estágio Supervisionado em Nutrição Clínica (NUT092)
Hospital Risoleta Tolentino Neves

 
Relatório Final do Estágio
Supervisionado em Nutrição
Clínica apresentado ao curso de
Nutrição da Escola de
Enfermagem da Universidade
Federal de Minas Gerais
como requisito parcial para
avaliação da disciplina.

 
Orientador: Ann Kristine Jansen

  

Belo Horizonte

2022

2
1. RELATO DO CASO 3
1.1. História  4
1.2. Motivo da internação hospitalar  4
2. HIPÓTESE DIAGNÓSTICA 4
3. CÂNCER 5
3.1. Epidemiologia do câncer 5
3.2. Fisiopatologia do Câncer 5
4. PRÓSTATA 6
4.1. Anatomia da próstata 6
4.2. Fisiologia da próstata 7
4.3. Próstata e idade 7
5. CÂNCER DE PRÓSTATA (CaP) 7
5.1. Epidemiologia do CaP 7
5.2. Fisiopatologia do CaP 8
5.3. Metástase do CaP 10
6. TRIAGEM NUTRICIONAL 11
7. COMORBIDADES E OCORRÊNCIAS DURANTE A INTERNAÇÃO 13
7.1. Anemia por Doença Crônica 14
8. INTERPRETAÇÃO DOS DEMAIS EXAMES BIOQUÍMICOS 15
9. MEDICAÇÕES UTILIZADAS DURANTE A INTERNAÇÃO, INTERAÇÃO
FÁRMACO NUTRIENTES E EFEITOS COLATERAIS 16
10. ANTROPOMETRIAS E AVALIAÇÕES NUTRICIONAIS 16
10. DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL 17
11. TERAPIA NUTRICIONAL PRECONIZADA 17
11.1. Recomendações Calórico-Proteicas para paciente Oncológico 17
12. CÁLCULO DAS NECESSIDADES CALÓRICAS E PROTEICAS 17
14. CONCLUSÃO 25
15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 25

3
1. RELATO DO CASO
Identificação: G.F.M. | sexo masculino | amarela | DN: 05/11/1955 (66 anos) |
casado 
Registro Hospitalar: 1018857
Data da internação: 26/04/2022
Início do Acompanhamento pelo Suporte Nutricional: 05/05/2022

Paciente admitido com quadro de dor lombar, dor em membro inferior


esquerdo, ombro esquerdo. Paciente esteve internado em 09/03/2022 no
Hospital Risoleta Tolentino Neves, com alta médica com suspeita de neoplasia
de próstata com presença de metástases ósseas. Aguardaram o Hospital da
Baleia entrar em contato, porém não sabiam o diagnóstico ou gravidade.
Manteve quadro de dores diárias, forte intensidade, sem alívio. Admitido com
quadro álgico, bom padrão respiratório, estável hemodinamicamente.

1.1. História 
Paciente nascido em Santa Maria do Suaçuí, mora em Belo Horizonte
há mais de 30 anos, é trabalhador rural, aposentado e religioso, sem
comorbidades. Tabagista há 50 anos, etilista social, ativo e independente tanto
para ABVDs quanto para AIVDS, com cognição subjetivamente preservada.
Em 06/03/2022 apresentou quadro de dor lombar, dor em membro inferior e
ombro esquerdo, tendo procurado auxílio no Hospital Risoleta Tolentino Neves
com alta médica em 09/03/2022 devido a suspeita de neoplasia de próstata
com presença de metástases ósseas.
Durante essa primeira internação em março, o paciente foi submetido a
exames, sendo constatado em 07/03/2022 através do toque retal, o aumento
da próstata de tamanho nodular e também alteração no valor de PSA total, a
suspeita clínica do câncer de próstata está fortemente relacionada à essa
elevação no nível sérico de antígeno específico da próstata (PSA). Em seguida,
foi encaminhado para Tomografia abdominal e pélvica, devido a suspeita de
tumor, exame que também indicou a presença de calcificações difusas na
próstata, vertebrais toraco lombares e sacrais, além dos ossos da pelve e
fêmur bilateralmente. Tais indicadores, corroboram com a suspeita de
neoplasia de próstata com presença de metástases ósseas, logo depois, o
paciente foi orientado sobre o encaminhamento futuro para o Hospital Da
Baleia - para consulta e posterior tratamento (se necessário).
Retornou ao HRTN no dia 26/04/2022 com dor de metástase óssea
descontrolada, necessitando de internação, e foi apenas após a segunda
internação, que o mesmo conseguiu o encaminhamento para o Hospital Da
Baleia (para o dia 25/05/2022) e começou a ser acompanhado pela Equipe de
Nutrição.

1.2. Motivo da internação hospitalar 


Dor de metástase óssea descontrolada.
2. HIPÓTESE DIAGNÓSTICA
O paciente deu entrada no Hospital Risoleta Tolentino Neves com dor de
metástase óssea descontrolada, de origem neoplásica de próstata em
26/04/2022 para tratamento do quadro álgico e constipação.

4
Dessa forma, de acordo com a fisiopatologia da doença de base e da
história pregressa do paciente, é possível inferir sobre a possibilidade do
quadro de dores difusas pelo corpo serem resultado do processo avançado de
metástase óssea. Neste estágio da doença, o controle local torna-se inviável,
portanto, fica à cargo do Hospital Da Baleia a melhor escolha de tratamento
para tal.
Além disso, as alterações de apetite podem ter sido consequência do
quadro de caquexia do câncer, e essa junção de fatores com a diminuição de
consumo, ocasionou também o quadro de constipação quando chegou ao
HRTN.

3. CÂNCER
3.1. Epidemiologia do câncer
De acordo com o American Institute for Cancer Research (1997), o
câncer é definido como uma enfermidade multicausal crônica, caracterizada
pelo crescimento descontrolado das células. Sua prevenção tem tomado uma
dimensão importante no campo da ciência, uma vez que recentemente foi
apontada como a primeira causa de mortalidade no mundo.
Segundo Marigo et al, no Brasil, o câncer é a segunda causa de morte
por doença, apenas superada pelas doenças cardiovasculares. Parkin et al
completa, que a incidência do câncer, expressiva quando comparada a valores
internacionais, também exibe um perfil próprio, diferente do observado em
outros países. Verifica-se, por exemplo, a existência concomitante de tumores
típicos das áreas pouco desenvolvidas, com aqueles de alta incidência em
países desenvolvidos, fruto da coexistência de fatores de risco tradicionais e
modernos, aos quais a população brasileira se encontra exposta.

3.2. Fisiopatologia do Câncer


Conforme BRUNNER (2005, p.336), o câncer é um processo patológico
que começa quando uma célula anormal é transformada por mutação genética
do DNA celular. Essa célula forma um clone e começa a se proliferar de
maneira anormal, ignorando os sinais de regulação do crescimento no
ambiente envolta da mesma. Elas adquirem características invasivas podendo
se infiltrar nos tecidos vizinhos e causar alterações.
Na Imagem 1, há um esquema de progressão da célula do câncer até
atingir um órgão.
Imagem 1: O que é câncer?

O que é câncer? | INCA - Instituto Nacional de Câncer

5
Ao se infiltrarem nos tecidos circunvizinhos, as células ganham acesso
aos vasos linfáticos e sanguíneos, que as transportam até outras áreas do
corpo. Esse fenômeno é chamado de metástase, como ilustrado na Imagem 2.
No caso do paciente em análise, de acordo com sua idade e estágio do câncer,
o quadro desenvolvido é de metástase.

Imagem 2: Como se comportam as células cancerosas?

Como se comportam as células cancerosas? | INCA - Instituto Nacional de


Câncer

Vincent et al, descrevem três etapas importantes na formação do câncer.


No processo conhecido como iniciação, ocorre a exposição das células a
agentes mutagênicos, tais como, vírus, agentes químicos, irradiações ou por
fatores hereditários. No passo de promoção do desenvolvimento, o tumor
pré-maligno apresenta poucas alterações no tecido e pode ainda regredir a um
tecido normal. Na progressão do tumor pode ocorrer uma transformação
maligna, o tumor toma características próprias e se dissocia do tecido normal
(VINCENT et al, 2008).

4. PRÓSTATA
4.1. Anatomia da próstata
Segundo Netinna (2001), a próstata é uma glândula masculina que pesa
cerca de 20 gramas e se localiza na parte baixa do abdômen. Ela envolve a
porção inicial da uretra e secreta fluidos que compõem parte do sêmen - líquido

6
que contém os espermatozóides produzidos pelos testículos, eliminado durante
o ato sexual. Na Imagem 3 é possível identificar a localização da próstata e de
um possível tumor cancerígeno.

Imagem 3: O que é câncer de próstata?

O que é câncer de próstata? l The American Cancer Society

4.2. Fisiologia da próstata


Segundo Guyton (2002), a função da próstata é secretar um líquido ralo
e leitoso, em que, por meio da sua emissão ocorrem as contrações prostáticas
em conjunto com as contrações do canal deferente, de modo que esse líquido
é acrescentado ao volume do sêmem. Por este líquido ser levemente alcalino,
é provável que ele ajude a neutralizar a acidez dos outros líquidos seminais
durante a ejaculação, aumentando assim, a motilidade e a fertilidade dos
espermatozóides.
4.3. Próstata e idade
Guyton et al, afirmam que a próstata permanece pequena durante a
infância e começa a crescer na puberdade, com o estímulo da testosterona.
Essa glândula atinge o tamanho quase estacionário em torno dos 20 anos de
idade, e não se modificando até, aproximadamente, 50 anos. Nessa idade, em
alguns homens, a próstata começa a evoluir, juntamente com a produção
diminuída de testosterona pelos testículos.
Segundo o INCA (2010), isso ocorre em homens com mais de 50 anos
devido ao envelhecimento das células.

5. CÂNCER DE PRÓSTATA (CaP)


5.1. Epidemiologia do CaP
De acordo com Damião et al, o câncer de próstata (CaP) é uma doença
altamente prevalente no mundo inteiro. Sendo ele, o segundo tipo de câncer

7
mais frequente em homens no mundo, com cerca de 1,1 milhão de novos
casos diagnosticados pelo último levantamento em 2012. No Brasil,
excluindo-se os tumores de pele não melanoma, é o mais incidente entre os
homens em todas as regiões do país, com maiores índices nas regiões Sul e
Sudeste. Estimou-se 68.800 casos novos de câncer de próstata em 2014.
Esses valores correspondem a um risco de aproximadamente 70,42 casos
novos a cada 100 mil homens.
O autor também cita que essa elevação das taxas de incidência pode
ser justificada pelo aumento da expectativa de vida e do diagnóstico do câncer
de próstata em função da disseminação de seu rastreamento.
Além disso, ressalta que o único fator de risco bem estabelecido para o
desenvolvimento do câncer de próstata é a idade. Aproximadamente 62% dos
casos diagnosticados ocorrem em homens com 65 anos ou mais. Com o
aumento da expectativa de vida mundial, é esperado que o número de casos
novos aumente cerca de 60% até o ano de 2015.

5.2. Fisiopatologia do CaP


Conforme Srougi et al, o câncer de próstata surge porque as múltiplas
divisões celulares que ocorrem ao longo dos anos, acompanhadas de discreta
fragmentação cromossômica, com perdas de genes supressores e de ativação
de proto oncogenes, se devem aos quadros inflamatórios, e influência de
mediadores locais. A presença da testosterona estimula o crescimento de
células cancerosas.
Segundo Robbins (2005), células epiteliais neoplásicas, da mesma
forma que as células normais, também possuem receptores de androgênios.
Quando o paciente tem câncer de próstata, as células cancerosas são,
habitualmente, estimuladas a crescer mais rapidamente pela testosterona.
O câncer de próstata se desenvolve quando as taxas de divisão celular
e morte celular estão desiguais, há apoptose e leva ao crescimento
descontrolado do tumor. (GUERRA, 2005; CHODAK 2020). Na Imagem 4 é
possível observar a proliferação celular atingindo tecidos adjacentes e também
atividade metastática.

8
Imagem 4: Câncer de próstata

Câncer de próstata l The European Randomized. Study of Screening for


Prostate Cancer (ERSPC)

9
O único fator de risco bem estabelecido para o desenvolvimento do
câncer de próstata é a idade. Aproximadamente 62% dos casos diagnosticados
ocorrem em homens com 65 anos ou mais. Com o aumento da expectativa de
vida mundial, é esperado que o número de casos novos aumente cerca de 60%
até o ano de 2015. O paciente do presente estudo é idoso, portanto, já se
encontra no grupo de risco para esse desenvolvimento.
Segundo o ICA (2014), aspectos étnicos e geográficos também são
fatores de risco. O câncer de próstata é aproximadamente duas vezes mais
comum em homens negros se comparados aos brancos. Os estadunidenses,
jamaicanos e caribenhos com ascendência africana apresentam as mais altas
taxas de incidência do câncer de próstata do mundo, o que pode ser atribuído,
em parte, à hereditariedade (cerca de 5% a 10%). Apesar disso, é possível que
essa diferença entre negros e brancos se dê também em razão do estilo de
vida, fatores dietéticos ou por diferenças no acesso ao diagnóstico da doença.
Além disso, Siddiqui et al completa, a hereditariedade também
apresenta importância. Se um parente de primeiro grau tem a doença, o risco
é, no mínimo, duas vezes maior do indivíduo ter CaP. Se dois ou mais
indivíduos da mesma família são afetados, o risco aumenta em cinco a 11
vezes. Porém, a hereditariedade não parece ser fator prognóstico importante
ou influenciar negativamente a mortalidade relacionada ao CaP.
Na Imagem 5 são descritos alguns dos fatores de risco para o
desenvolvimento do CaP. No caso do paciente em análise, de acordo com o
quadro desenvolvido, ele se adequa aos fatores devido à afrodescendência e
idade acima dos 50 anos.

Imagem 5: Fatores de risco - Câncer de próstata

Fatores de risco - Câncer de próstata l Prefeitura Municipal de Itajubá

5.3. Metástase do CaP


Quando a doença metastática é diagnosticada, o controle local da
doença torna-se inviável, devido à extensa disseminação dos tumores. Os
sintomas só se apresentam na doença localmente avançada ou na doença
metastática, Segundo Moul et al, as chances de metástases ósseas aumentam

10
quando o PSA é maior que 20 ng/mL e na presença de tumores
moderadamente diferenciados ou indiferenciados; vale ressaltar, que o
paciente elucidado, teve o valor de PSA 448,3 ng/mL, evidenciando o
diagnóstico de metástase. Quando há metástase, ocorre a implantação de um
foco tumoral à distância do tumor original. (DAMIÃO, 2015; DORNAS 2008).
Corroborando com os autores acima, Chodak (2020) apresenta a
metástase como tumores localmente invasivos, em que o câncer se espalha
para os ossos precocemente, geralmente sem linfadenopatia - qualquer
alteração em tamanho e consistência de linfonodos. Além disso, atribui a
metástase à disseminação direta através dos espaços linfáticos e venosos para
a parte inferior da coluna lombar, assim como no caso do paciente deste
presente estudo, que queixava-se de dores em tal região. No primeiro quadro
da Imagem 6 é possível identificar metástases ósseas provenientes do Câncer
de Próstata.

Imagem 6: Radioterapia no tratamento do câncer de próstata

Radioterapia PSMA-ligante dirigida com Lutécio 177 como um tratamento para


câncer de próstata resistente à castração l KRATOCHWIL ET AL

Neste estudo, o paciente encontra-se em um quadro de metástase


óssea resultado do câncer de próstata, e devido ao estado avançado da
doença, as complicações clínicas que podem o acometer são diversas. Desde
de perda de peso e apetite, anemia, dor óssea (com ou sem fratura patológica),
déficits neurológicos de compressão da medula espinhal, dor e edema nas
extremidades inferiores devido à obstrução das tributárias venosas e linfáticas
por metástase nodal, infecção generalizada e até insuficiência renal. (CHODAK
2020; BRASIL, 2020; INCA, 2020).

6. TRIAGEM NUTRICIONAL
A triagem nutricional do paciente foi realizada em 05/05/2022, e através
da NRS 2002 o mesmo foi classificado como RISCO NUTRICIONAL, levando
em consideração também seu contexto da progressão da doença catabólica e
quadro clínico.

11
Após essa classificação, seguiu-se com a admissão do paciente,
seguido do exame físico, que constatou que o mesmo apresentava sinais de
perda de massa muscular e tecido adiposo, com depleção temporal leve,
moderada em tríceps e leve em bíceps, moderada em gastrocnêmios, posterior
de coxa e quadríceps.
Sendo assim, DESNUTRIÇÃO MODERADA: associada ao quadro
clínico (doença de base hipercatabólica), evidenciada pelo exame físico e baixa
ingestão alimentar. Além disso, ele apresentou também PERDA DE PESO
NÃO INTENCIONAL, e dois episódios recorrentes de internação, corroborando
para o diagnóstico de DESNUTRIÇÃO MODERADA.

Valores antropométricos aferidos:


- Estatura: 167 cm
- Peso: 61,40 kg
- CB: 25,5 Percentil: >5
Classificação: normal
Adequação CB: 75%
- CP: 31,5 Classificação: depleção de massa
- AJ: 52 cm

12
- IMC: 22,98 Kg/m²
Classificação: Eutrofia

Mesmo com valores eutróficos de acordo com IMC, o paciente foi


classificado como desnutrição moderada levando em conta outros indicadores,
associados à doença de base, semiologia nutricional e perdas, evidenciado
também pelo exame físico, e risco através da triagem nutricional.
O paciente ficou durante todo o período de internação sob ar ambiente,
orientado, deambulando, alerta e responsivo, com dieta via oral, conforme
prescrita em prontuário. A oferta energética total referente as calorias ofertadas
para o paciente eram 2.180 Kcal, neste momento também eram ofertadas 97
gramas de proteínas por dia.

7. COMORBIDADES E OCORRÊNCIAS DURANTE A INTERNAÇÃO


- 05/05/2022
Triagem nutricional e início do acompanhamento do paciente;
Em Dieta via oral livre;
Quadro de dores: Metadona, Gabapentina, Morfina e Pamidronato dissódico;
Com constipação: Bisacodil;
Realizando diversos exames de sangue: Enoxaparina.
- 06/05/2022
Realizada TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DO ABDOME E PELVE:
Evidenciou a presença de lesões nas vértebras toracolumbares e sacrais, T12,
L1 e L5, ossos da pelve e fêmur bilateralmente. Sem sinais de fraturas.

Bolas vermelhas referentes aos locais


das lesões.

Segue em Dieta via oral livre com SNO hipercalórico, hiperproteico 2x/dia
Seguem medicações.
- 09/05/2022
Paciente com náusea e falta de apetite: uso de Ondansetrona
Ansiedade para início de possível tratamento: uso de Diazepam
Relatos de dores intensas: relatam resgate de quadro de dores com morfina,
aguardando melhora do quadro álgico do paciente e Pamidronato Dissódico
Abstinência ao cigarro: iniciam uso de adesivo de Nicotina
- 10/05/2022
Melhora dos quadros de náusea e falta de apetite,

13
Segue ansioso pelo tratamento, com melhora de quadro de dores e resgates:
uso de Diazepam, Pamidronato Dissódico, Gabapentina
- 11/05/2022
Seguem medicamentos também para alta, reposição de VITAMINA D3 -
COLECALCIFEROL COMPRIMIDO 50.000 UI

7.1. Anemia por Doença Crônica


Na evolução do paciente não há a descrição de Anemia por Doença
Crônica, mas através da análise de revisão laboratorial referente ao
hemograma disponível no período de internação, ficava evidente a presença de
uma Anemia por Doença Crônica, identificada a partir de resultados de
hemoglobina e hematócrito reduzidos com parâmetros de HCM e VCM
normais.

Quadro 1 - Exames bioquímicos parciais referentes ao período de 05/11/2021


a 15/11/2021.

EXAMES LABORATORIAIS

Data Valores de 26/04/2022 07/05/2022


referência

Sódio 137 - 145 mEq/L 139 137

Vitamina D 16,9

Magnésio 1,6 - 2,3 mEq/L 2,2 2,14

Fósforo 2,7 - 4,5 mg/dL 4,20 3,10

Hemácias 150.000 - 448.000 413.000


450.000 /mm³

Hemoglobina 12 - 16 g/dL 14 12.6

Hematócrito 36 - 46 % 39,5 36,4

VCM 80.000 a 100.0 fL 88,2 88,1

HCM 27 a 32 pg 31,3 30,5

CHCM 31 a 36 g/dL 35,4 34,6

RDW 10 a 16% 13,2 13,5

PLAQUETAS 140 000 a 450 106.000 103.000


000 µL

UREIA 13 - 43 mg/dL 38 31

PCR 0,3 - 1 mg/dL 132.000 63,7

14
CREATININA 0,7 e 1,3mg/dl 0,5 0,6

POTÁSSIO 3,5 - 5,5 mEq/L 4,4 3,8

TGF > 60 105,18


mL/min/1,73m²

PSA 0,0 - 4,5 ng/ml 448,3

Legenda:  Em vermelho estão resultados inferiores aos valores de referência


e, em verde, os valores superiores aos estabelecidos pelos valores de
referência.

Considerada a principal causa de anemia em pacientes hospitalizados, o


desenvolvimento dessa anemia normocítica normocrômica é explicado pelo
contexto inflamatório crônico de alto grau enfrentado pelas doenças de base
que além de reduzir o tempo de sobrevida das hemácias, age também no
bloqueio da eritropoiese e em distúrbios do metabolismo do ferro.
No que tange ao bloqueio da eritropoiese, diante do aparecimento da
doença, a grande liberação de citocinas das cascatas inflamatórias tais como o
fator de fator de necrose tumoral alfa (TNF α) e do interferon gama (INF γ), IL-1
e IL-6, têm ação sobre a medula óssea, tornando essa menos responsiva à
eritropoietina. Ademais, conseguinte à redução da síntese de lactoferrina
(proteína de fase aguda negativa) e ao aumento da síntese de hepcidina
(proteína de fase aguda positiva), menor quantidade de ferro fica disponível
para a síntese e maturação de hemácias uma vez que menor quantidade de
ferro atravessa os enterócitos e grande porção do ferro capaz de alcançar a
circulação sistêmica sofre “aprisionamento” no interior dos macrófagos e
demais locais de depósito, comprometendo o abastecimento da produção
eritrocitária.

* A síndrome de realimentação foi descartada para o paciente devido aos


exames de Fósforo, que indicavam que o consumo não estava nulo antes do
mesmo retornar ao Hospital nesta segunda internação.

8. INTERPRETAÇÃO DOS DEMAIS EXAMES BIOQUÍMICOS


● Vitamina D reduzida: Baixos níveis de vitamina D tem se mostrado
frequentes em pacientes com câncer e estão associados com a piora do
prognóstico e progressão da doença (GROBER et al.,2015).
● Creatinina reduzida: Importante marcador muscular, e devido à
desnutrição do paciente, pode estar reduzida e não comprometendo a
função renal, fato indicado pelo exame normal de Ureia.
● Hemoglobina + VCM + HCM: Hemoglobina teve uma diminuição, e
como o paciente não teve quadro de sangramento ou hemorragia,
pode-se caracterizar como Anemia Normocítica Normocrômica = Anemia
por doença crônica, assim como retrato acima.
● PSA elevado: devido ao grau de metástase do paciente, era de se
esperar que tal exame viesse elevado, Segundo Moul et al, as chances

15
de metástases ósseas aumentam quando o PSA é maior que 20 ng/mL,
o valor do mesmo veio cerca de 20 vezes maior que tal referência.
● PCR elevado: A proteína C reativa, por se tratar de uma proteína de
fase aguda positiva, ou seja, que aumenta as suas concentrações frente
a um quadro inflamatório e/ou infeccioso, é bastante útil para a avaliação
do quadro geral. O valor bastante aumentado de PCR neste paciente
indica um quadro inflamatório importante, assim como pode também
sinalizar para outras condições não identificadas.

9. MEDICAÇÕES UTILIZADAS DURANTE A INTERNAÇÃO, INTERAÇÃO


FÁRMACO NUTRIENTES E EFEITOS COLATERAIS
De acordo com o prontuário hospitalar, o paciente não fazia uso de
nenhum medicamento em âmbito domiciliar.
Durante a internação, fez uso das seguintes medicações:
- Heparina sódica (anticoagulante)
- Morfina (opióide analgésico)
- Gabapentina (anticonvulsivante/ dor neuropática)
- Metadona (analgésico)
- Diazepam (ansiolítico/ ansiedade)
- Pamidronato dissódico (bifosfonatos)
- Adesivo de nicotina

Reposição realizada:
● Vitamina D: COLECALCIFEROL COMPRIMIDO 50.000 UI

São efeitos colaterais observados:


● Morfina: medicamento opióide capaz de se ligar aos receptores
opióides no sistema nervoso central. Dentre os efeitos adversos mais
citados estão: constipação, hiperglicemia, boca seca, tontura, vertigem,
sedação, náusea, vômito e transpiração.

10. ANTROPOMETRIAS E AVALIAÇÕES NUTRICIONAIS

Paciente foi triado e começou a ser avaliado pela equipe de Nutrição em


05/05/2022: recebeu o diagnóstico de Desnutrição moderada.

DATA 05/05/2022 11/05/2022

PESO 61,4 61

CB 25,5 26

CP 31,5 32

DIAGNÓSTICO Desnutrição moderada Desnutrição moderada

Valores antropométricos aferidos:


- Estatura: 167 cm

16
- Peso: 61,40 kg
- CB: 25,5 Percentil: >5
Classificação: normal
Adequação CB: 75%
- CP: 31,5 Classificação: depleção de massa
- AJ: 52 cm
- IMC: 22,98 Kg/m²
Classificação: Eutrofia

Mesmo com valores eutróficos de acordo com IMC, o paciente foi


classificado como desnutrição moderada levando em conta outros indicadores,
associados à doença de base, semiologia nutricional e perdas, evidenciado
também pelo exame físico.
Durante a internação conseguiu-se manter o estado do paciente e
também, devido principalmente a alta deambulação do mesmo no andar e
também aumento no do consumo, foi possível evitar a perda de peso.
Os sinais de depleção também se mantiveram: sinais de perda de
massa muscular e tecido adiposo, com depleção temporal leve, moderada em
tríceps e leve em bíceps, moderada em gastrocnêmios, posterior de coxa e
quadríceps, sendo assim, DESNUTRIÇÃO MODERADA.

10. DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL


Diante da avaliação física e clínica, a equipe de nutrição também
diagnosticou a paciente durante todo o período de internação como desnutrição
moderada. O diagnóstico de desnutrição moderada foi feito associado ao
contexto clínico e perdas nutricionais.

11. TERAPIA NUTRICIONAL PRECONIZADA


A terapia nutricional preconizada pela equipe de nutrição teve como
objetivo garantir que as necessidades do paciente fossem atendidas,
principalmente devido ao fato do paciente aceitar dieta via oral, visando
prevenir o catabolismo.

11.1. Recomendações Calórico-Proteicas para paciente Oncológico

BRASPEN, 2019:
ENERGÉTICO
- 30-35 kcal/kg/dia
PROTEICO
- 1,2-1,5 g/kg/dia

12. CÁLCULO DAS NECESSIDADES CALÓRICAS E PROTEICAS


O cálculo das necessidades nutricionais foram feitas levando em
consideração as orientações da BRASPEN, 2019, e também considerando o
quadro do paciente, que se encontrava no começo de uma fase de progressão
da doença, ou seja, devido ao seu alto grau de funcionalidade, seria essencial
garantir um aporte calórico alto e proteico também.

17
O paciente encontrava-se no começo do gráfico, onde está na fase
“bem” da doença, ainda não sofrendo tanto com os tratamentos, por exemplo.

Necessidades do paciente:
- 30 x 61,4 = 1.842 kcal
- 1,5 x 61,4 = 92,1 g de Proteína

Porém, tendo em vista que ele estava com TGI funcionante e possuía um alto
grau de vulnerabilidade social, a ideia principal de assistência para o mesmo,
seria um aporte calórico e protéico alto, ofertando mais que suas necessidades.

Então, além das calorias da dieta via oral livre sem restrição, fizemos
adaptações de acordo com os gostos do paciente, e também, incluímos através
de cartão especial, SNO Hipercalórico-Hiperproteico, módulo de PTN e azeite
sob a comida, ofertando 2.155 kcal/dia + 20g de PTN. Além disso, o paciente
não comia determinadas preparações, o que, depois de alterações em cartão
especial, teve aceitação de 100% da mesma.

No Cuidados Paliativos, a primeira coisa que se faz antes de pensar em


proporcionalidade terapêutica - e posteriormente a dieta, é necessário realizar
a classificação do paciente de acordo com sua funcionalidade.

No HRTN utiliza-se o PPS para tal, e o paciente em questão, possuía PPS


70%, em que espera-se um bom prognóstico e consequentemente, quantidade
ofertada em calorias. Tal PPS manteve-se durante a internação.

18
Com um PPS abaixo de 50% seria esperado maior risco de morte, além disso,
devido ao estágio do paciente em fase de progressão da doença, a ideia
central da terapia nutricional era nutrir ao máximo, visando que esse paciente
chegasse para um possível tratamento no Hospital da Baleia com um quadro
nutricional melhor.

13. PRESCRIÇÃO NUTRICIONAL


As prescrições nutricionais foram distribuídas da seguinte maneira:
- 05/05/2022
Triagem nutricional e início do acompanhamento do paciente;
Em Dieta via oral livre (2.180 Kcal, 97 g de proteína);
Relata náusea e falta de apetite;
Alerta, cooperativo, consciente, eupneico, afebril, acianótico, hidratado, sem
edemas;
Mantenho dieta livre;
Deixo registro alimentar para acompanhar consumo;
Inclusão de cartão especial: de acordo com preferências alimentares do
paciente (sem carne bovina) e SNO hipercalórico, hiperproteico 2x/dia.
Acompanho.
PPS 70%

- 08/05/2022
Em Dieta via oral livre com SNO (oferecendo 2.452,94 Kcal e 157 g de
proteína);
Nega náusea e falta de apetite;
Alerta, cooperativo, consciente, eupneico, afebril, acianótico, hidratado, sem
edemas;
Mantenho dieta livre com SNO,
Quantificação alimentar 05/05:

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- 05/05/2022: 630 kcal/dia (34% das NC) e 23,4 g de proteína/dia (25%
das NP)
- 08/05/2022: 647,93 kcal/dia (35,17% das NC) e 40,85 g de proteína/dia
(44,35% das NP) >> Paciente com 100% de aceitação do SNO ofertado,
contudo apresentando ingesta nula durante desjejum, almoço e jantar
devido à quadro de dores.
Deixo registro alimentar para acompanhar consumo;
Mantenho cartão especial;
Discuto caso com equipe médica - relatam resgate de quadro de dores com
morfina, aguardando melhora do quadro álgico do paciente;
Acompanho.
PPS 70%

- 09/05/2022
Em Dieta via oral livre com SNO (oferecendo 2.452,94 Kcal e 157 g de
proteína);
Nega náusea e falta de apetite;
Alerta, cooperativo, consciente, eupneico, afebril, acianótico, hidratado, sem
edemas;
Mantenho dieta livre com SNO,
Quantificação alimentar 05/05:
- 05/05/2022: 630 kcal/dia (34% das NC) e 23,4 g de proteína/dia (25%
das NP)
- 08/05/2022: 647,93 kcal/dia (35,17% das NC) e 40,85 g de proteína/dia
(44,35% das NP) >> Paciente com 100% de aceitação do SNO ofertado,
contudo apresentando ingesta nula durante desjejum, almoço e jantar
devido à quadro de dores.
- 09/05/2022: 1.136 kcal/dia (61,67% nas NC) e 63,76 g de proteína
(69,22% das NP) >> Incluindo apenas 1 SNO, esqueceu-se de tomar o
outro, e a partir deste dia que começará a receber o módulo de proteína.
Deixo registro alimentar para acompanhar consumo;
Mantenho cartão especial;
Acompanho.

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PPS 70%

- 10/05/2022
Em Dieta via oral livre com SNO (oferecendo 2.452,94 Kcal e 157 g de
proteína);
Nega náusea e falta de apetite;
Alerta, cooperativo, consciente, eupneico, afebril, acianótico, hidratado, sem
edemas;
Recebeu reposição de vitamina D.
Mantenho dieta livre com SNO,
Quantificação alimentar 05/05:
- 05/05/2022: 630 kcal/dia (34% das NC) e 23,4 g de proteína/dia (25%
das NP)
- 08/05/2022: 647,93 kcal/dia (35,17% das NC) e 40,85 g de proteína/dia
(44,35% das NP) >> Paciente com 100% de aceitação do SNO ofertado,
contudo apresentando ingesta nula durante desjejum, almoço e jantar
devido à quadro de dores.
- 09/05/2022: 1.136 kcal/dia (61,67% nas NC) e 63,76 g de proteína
(69,22% das NP) >> Incluindo apenas 1 SNO, esqueceu-se de tomar o
outro, e a partir deste dia que começará a receber o módulo de proteína.
- 10/05/2022: 2174,72 kcal/dia (102% das NC) e 151,87 g de proteína/dia
(137% das NP) >> Paciente com aceitação de 100% do SNO ofertado,
relata ter comido a refeição da acompanhante no almoço.
Deixo registro alimentar para acompanhar consumo;
Mantenho cartão especial;
Acompanho.
PPS 70%

21
- 11/05/2022
Recebeu alta.

Comparativo de Percentual de consumo (eixo Y) e Dias da internação (eixo X):

CONSUMO NECESSIDADE CALÓRICA %


CONSUMO NECESSIDADE PROTEICA %

Composição da dieta:
- Dieta via oral livre

22
DIETA VIA ORAL LIVRE

Kcal 2.180

CHO 290

PTN 97

LIP 71

Fibra (g) 28

Ca (mg) 925

Fe (mg) 14

P (mg) 1.330

K (mg) 3.580

Na (mg) 3.180

Mg (mg) 335

Zn (mg) 11,5

Vit A (mcg) 1.970

Vit C (mg) 220

Vit D (mcg) 1

Vit K (mcg) 660

Vit B1 (mg) 2,3

Vit B2 (mg) 2,1

- Suplemento Hipercalórico-Hiperproteico

Suplemento Hiper/Hiper - chocolate (200ml): Fresubin Protein Energy

Kcal 300

CHO Maltodextrina (43,6 a 51,6%), Sacarose (48,8 a


56,4%)

PTN Caseinato (80%), Proteína do soro do leite


(20%)

LIP Óleo de girassol de alto teor oleico (66%), Óleo


de canola (34%)

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CHO 24g

PTN 20g

Gorduras totais 13,4g

Saturadas 1,2

Fibras 1

Na (mg) 120

Ca (mg) 410

K (mg) 270

Fe (mg) 5

Cu (mcg) 750

Cl (mg) 116

P (mg) 240

Mg (mg) 36

F (mg) 5

I (mcg) 76

Zn (mcg) 4

Mn (mg) 1

Se (mcg) 28

Cr (mcg) 26

Mo (mcg) 38

Vitamina A (mcg) 426

Vitamina D (mcg) 5

Vitamina E (mg) 7,6

Vitamina K (mcg) 42

Vitamina C (mg) 38

Vitamina B1 (mg) 0,6

Vitamina B2 (mg) 0,8

24
Niacina (mg) 7,6

Vitamina B6 (mg) 0,86

Ácido fólico (mcg) 126

Ácido pantotênico (mg) 3

Vitamina B12 (mcg) 1,5

Biotina (mcg) 18,8

Osmolaridade 510 mOsm/Kg de água

14. CONCLUSÃO
Ainda que o diagnóstico nutricional do paciente não tenha se alterado
nos dias de internação, foram observadas grandes evoluções no consumo e
melhora do paciente. Foi interessante observar a evolução clínica do mesmo,
em virtude de maior disposição, melhora do quadro álgico e interesse pelo
tratamento. Além disso, garantir durante este período uma maior quantidade de
nutrientes e proteínas devido ao quadro frágil de vulnerabilidade social, foi
essencial para garantir sua segurança alimentar e nutricional durante esses
dias.
Quanto ao aspecto físico, os sinais de desnutrição se mantiveram, mas
não houve redução do peso com aumento de CB e CP, o que indicou que as
ofertas nutricionais surtiram efeito no paciente.
Finalizo meu acompanhamento com a paciente com alta hospitalar e
feliz de ter feito parte do processo de melhora de seus sintomas da melhor
maneira que pude oferecer ao tratamento.

15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


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