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Resumão Ímãs e Superìmãs - Lucas Cirino

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Resumão Ímãs e super ímãs.

O ímã é um objeto ferromagnético que contém propriedades magnéticas, sendo


essas a capacidade de gerar campo magnético, e atrair outros metais por exemplo.

A história do ímã se iniciou na Grécia antiga, quando a população observou que


havia uma certa pedra que tinha a capacidade de atrair materiais metálicos e outras pedras.
O nome dessa pedra é a magnetita; nome dado em homenagem ao local de sua descoberta,
a cidade de magnésia na Grécia, o termo Magnetismo também deriva do nome da cidade
Magnésia (magnetismo é o estudo dos fenômenos magnéticos). A primeira pessoa a
começar os estudos relacionados ao magnetismo foi Tales de Mileto.

Chamada de pedra amante pelos chineses, por causa da atração que causava aos
materiais ferrosos, eles foram os primeiros a encontrar uma utilidade para a magnetita.
Em experiências anteriores realizadas anteriormente, foi constatado que ao deixar a
magnetita com seu curso livre, e mudasse ela de direção, ela sempre tendia a voltar para
a posição inicial (experiência de uma colher feita de magnetita boiando na água). Com
isso, os chineses empregaram o uso do mineral para a fabricação de bússolas.

O ímã presente na bússola tem a capacidade de se alinhar com o campo magnético


terrestre pois presente nas extremidades de nosso planeta há polos magnéticos que
exercem um campo magnético em torno da terra. Esse campo ajuda a proteger de
tempestades solares que vem de encontro a Terra, porém são desviadas para os polos Sul
e Norte, o que gera os fenômenos de Aurora Boreal e Austral. Por volta de 1600, William
Gilbert fez estudos a respeito do magnetismo, dentre suas descobertas destacam-se a
existência do campo magnético terrestre e as propriedades dos ímãs. Na época, por
convenção, foi dado o nome de polo Norte, para o lado do ímã da bússola que apontava
para o polo Norte Geográfico, e polo sul para o lado do ímã que apontava para o polo Sul
Geográfico. Mais tarde ficou claro que um polo de um ímã só poderia ser atraído por seu
oposto; hoje se sabe que onde temos o polo Norte Geográfico, há um polo Sul magnético,
e onde temos o polo Sul Geográfico, temos um polo Norte magnético, inclinados há
aproximadamente 11° em relação ao eixo terrestre.

Os ímãs podem ser de dois tipos: natural e artificial. O natural é aquele que é
obtido na natureza por processo de mineração (Magnetita). O ímã artificial é aquele
fabricado. Dentre os ímãs artificiais temos os Temporais e Permanentes.
 Temporais: são aqueles que ficam imantados quando expostos a um
campo magnético externo, porém quando esse campo externo é retirado, eles
perdem seu magnetismo, são muitos usados em núcleos de eletroímãs.
 Permanentes: são aqueles que após aplicado um campo magnético
externo e mesmo após seu desligamento, conseguem manter seu magnetismo, ou
seja, seu magnetismo residual é alto. São usados para a fabricação de ímãs
permanentes.

Há também os chamados eletroímãs, que basicamente consistem de um núcleo


ferromagnético, envolto em um fio de cobre (condutor). A intensidade do campo
magnético gerado pelo eletroímã está relacionada a intensidade da corrente elétrica
aplicada e do número de voltas do fio (condutor) dadas em torno do núcleo
ferromagnético. Exemplo de aplicações: alto falante e placas magnéticas para fixação
(usinagem).

Existem os chamados materiais magnéticos macios e duros. Chamamos um


material magnético de macio quando o mesmo se magnetiza muito fácil, porém não
consegue manter um magnetismo residual após ser exposto à um campo magnético
externo. Já um material magnético duro é aquele que se magnetiza após aplicar um campo
magnético externo de grande intensidade, e mesmo após o desligamento deste campo,
continuam magnetizados, ou seja, eles apresentam uma magnetização residual alta.

Os ímãs possuem algumas propriedades, dentre elas estão:

 Polaridade: todo o ímã tem no mínimo dois polos, um polo sul e


um norte. Não existe um ímã monopolar, porém podem existir ímãs multipolares.
 Campo magnético: todo o ímã gera um campo magnético em torno
dele, geralmente representado por linhas de indução. Essas linhas saem do polo
norte para o polo sul do lado de fora e do polo sul para o polo norte do lado de
dentro do ímã. Elas sempre se encontram, formando um ciclo infinito. O campo
magnético de um ímã pode ser observado jogando limalhas de ferro sobre um ímã,
por exemplo.
 Atração e repulsão: basicamente polos de nomes diferentes se
atraem e polos de nomes iguais se repelem. Esse conceito que parece simples pode
ser aplicado em transporte (trem magnético).
 Inseparabilidade dos Polos: não importa em quantos pedaços se
quebre um ímã, eles sempre terão um polo sul e um polo norte. Isso se dá ao fato
de que os elétrons, que são materiais elementares e que compõem toda a matéria,
são ímãs elementares, tendo seu polo sul e norte. Quando cortamos um ímã ao
meio com intensão de separar seus polos, as moléculas da parte onde foi cortada
irão se rearranjar de forma que preencham o vazio deixado, fazendo assim surgiu
um novo polo referente aquele que foi cortado.

Para que haja magnetismo, é necessário que os elétrons presentes em um material


estejam parcialmente alinhados no mesmo sentido. Chamamos isso de teoria dos
domínios magnéticos. Como foi mencionado, os elétrons são como ímãs elementares,
possuindo dois polos (sul e norte), o que faz com que eles fiquem em uma espécie de
“spin” (giro) com uma direção aleatória. Quando um átomo se aproxima de outro, é
comum seus campos magnéticos se alinharem fazendo com que seus elétrons obedeçam
ao mesmo sentido. Porém imagine um material dividido em várias seções, que chamamos
de domínio magnético, dentro de cada seção, os elétrons obedecem a um sentido diferente
da seção circunvizinha; quando um campo magnético é aplicado em um material, em
certa direção, ele força o alinhamento de grande parte desses domínios, magnetizando o
material.

O domínio magnético de cada classe de material se comporta de maneira diferente


perante um campo magnético exercido:

 Ferromagnéticos: são matérias que se imantam fortemente quando


colocados à presença de um campo magnético. São amplamente empregados no
uso de ímãs permanentes, gravações magnéticas e transformadores (ex. Ferro e
Níquel).
 Paramagnéticos: são materiais que possuem elétrons
desemparelhados, ou seja, para alinhá-los é necessário um campo magnético de
intensidade maior se comparados aos ferromagnéticos (ex. alumínio, bismuto).
 Diamagnéticos: são materiais que quando colocados à presença de
um campo magnético, seus elétrons se orientam no sentido contrário ao campo
magnético, estabelecendo-se assim, um campo magnético contrário aquele
aplicado. Seus elétrons são conhecidos por ter um comportamento embaralhado
(ex. agua e ouro).
 Ferrimagnéticos: são materiais que possuem seus momentos
atômicos alinhados em direções opostas, porém de forma desigual, o que
resultará em um pouco de magnetismo espontâneo (ex. magnetita).
 Antiferromagnéticos: possuem seus domínios magnéticos aos
pares, porém em sentido contrário, nesse caso o magnetismo será nulo.

Para magnetizar um material de ímã permanente, é necessário empregar uma


grande quantidade de campo magnético. Um dos meios de se obter esse campo, é usando
uma magnetizadora, que é uma máquina que fica ligada a um banco de capacitores, e
consegue disparar certa energia por um certo intervalo de tempo. Para converter essa
energia em campo magnético, temos um eletroímã ligado à magnetizadora. O Material
que se deseja transformar em ímã, é colocado dentro do eletroímã, no painel da máquina
se regula a intensidade da corrente elétrica e por quanto tempo a mesma deve agir, aí basta
liberar a corrente e com isso o material ficará magnetizado.

Dentre as formas de se identificar a polaridade de um ímã temos:

 Magview: é um filme verde que quando colocado sobre um ímã é


possível visualizar seu campo magnético, porém não é possível definir um valor
para ele.
 Detector de polaridade: trata-se de um aparelho com um ímã preso
em seu centro de gravidade, assim o ímã fica com seu curso livre. Quando
aproximar ele de um ímã que se deseja identificar a polaridade, o polo do ímã do
detector de polaridade que virar para cima refere-se ao nome do polo que está
sendo medido.
 Gaussímetro: é um medidor de campo magnético, permite a medida
da densidade de fluxo magnético, bem como apresenta valores positivos e
negativos referentes aos polos sul e norte de um ímã.

Há duas formas principais de se desmagnetizar um ímã, por meio de impacto e


temperatura. Ambas as formas dão energia aos elétrons para que eles se movimentem e
com isso acabam saindo da condição de domínio magnético imposto a eles, quebrando
seu alinhamento. No caso da temperatura, temos o fenômeno chamado de temperatura
de Currie, descoberto pelo físico francês Pierre Currie, se trata da temperatura em que
um material ferromagnético ou ímã perde suas propriedades magnéticas, podendo ser
permanente ou não. A temperatura Curie varia para cada material.
Dentre os tipos de ímãs, temos:

 Ferrite: é composto por ferro, boro, bário, estrôncio ou molibdênio.


A matéria prima é moída em vários cristais finos e adquire propriedades
magnéticas graças a ação de correntes elétricas. São muito utilizados graças ao
seu baixo custo; o material resiste a temperaturas de aproximadamente 300 °C e
é resistente à corrosão. No entanto para alcançar a mesma força do ímã de
neodímio, é necessário um volume 18 vezes maior do material. Algumas de suas
aplicações são em geladeiras, alto-falante, etc.
 Alnico: composto por ligas de ferro, alumínio, níquel e cobalto. É
fabricado por fundição e logo após passa por um processo de retificação para
atingir a precisão das dimensões. As ligas de Alnico foram descobertas em 1920
e permitiram a produção industrial de ímãs artificiais com indução magnética.
Um exemplo de sua aplicação é em velocímetros.
 Neodímio: conhecido como super ímã, construído com uma liga de
ferro, neodímio e boro. É muito forte, alguns ímãs ligeiramente maiores que uma
moeda de 25 centavos podem sustentar mais de 10 kg. O problema é que eles não
resistem muito a temperatura (se desmagnetizam à 80 °C). Sendo mecanicamente
frágeis, podem quebrar se submetidos à impacto, também são suscetíveis à
corrosão, por isso recebem uma camada de galvanização em três etapas (níquel,
cromo e níquel). Suas aplicações consistem em celulares, HD’s, fones de ouvido,
artesanato, etc.
 Samário-Cobalto: juntamente com os ímãs de neodímio, integram
o grupo chamado de ímãs de terras raras, porém a potência de seu campo
magnético é menor se comparado ao neodímio. Em contrapartida resiste a
temperaturas mais altas, trabalhando entre 250 °C e 350 °C; também tem alta
resistência à desmagnetização e corrosão. É mecanicamente frágil, lascando-se e
quebrando facilmente, por essa razão não é usinável, o que o encarece e faz
diminuir seu uso. Um exemplo de sua aplicação é em motores de alta
performance.

Glossário:
 Permeabilidade magnética: é facilidade com que as linhas de força
magnética conseguem interagir com um material.
 Relutância: é a resistência ou oposição de um material às linhas de
força magnética.
 Coercividade: é a capacidade que um material ferromagnético
possuí de suportar um campo magnético sem se desmagnetizar.
 Histerese Magnética: conhecida também como atraso, é quando as
moléculas criam memória ao magnetismo a elas empregado.
 Remanência: é a capacidade de um material manter o magnetismo
que foi induzido a ele.
 Saturação: é o valor máximo da intensidade do campo magnético
do indutor acima da qual um material ferromagnético não melhora suas
características.

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