Allan Kardec o Professor e Codificador (Resumo)

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Allan Kardec: o professor e o codificador

1. O menino Hippolyte

Nome: Hippolyte Léon Denizard Rivail

Data de Nascimento: 03 de outubro de 1804

Cidade onde nasceu: Lião (França)

Pai: Jean-Baptiste Antoine Rivail

Mãe: Jeanne Louise Duhamel

Educação: Aluno de Pestalozzi

Atuação da família: Advocacia, Magistratura

Seu interesse: Estudo das ciências e filosofia

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1.2 Primeiros estudos. O Instituto de Yverdon

O professor Rivail fez em Lion os seus primeiros estudos e completou em


seguida a sua bagagem escolar, na Escola de Pestalozzi em Yverdun – Suíça.

Pestalozzi foi um dos pioneiros da pedagogia moderna, influenciando


profundamente todas as correntes educacionais.

Rivail era um aluno dedicado e se tornou um dos mais eminentes discípulos do


mestre. Aos quatorze anos de idade já ensinava aos seus colegas menos
adiantados.

Muitíssimas vezes, quando Pestalozzi era chamado pelos governos, para


fundar institutos semelhantes ao de Yverdun, confiava a Denizard Rivail o
encargo de substituí-lo na direção da sua escola.

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Nascido sob a religião católica, mas
educado num país protestante, os atos de
intolerância que por isso teve de suportar,
no tocante a essa circunstância, cedo o
levaram a conceber a ideia de uma
reforma religiosa, na qual trabalhou em
silêncio durante longos anos com o intuito
de alcançar a unificação das crenças.
Faltava-lhe, porém, o elemento
indispensável à solução desse grande
problema.
O Espiritismo veio, a seu tempo,
imprimir-lhe especial direção aos
trabalhos. OBRAS PÓSTUMAS - Biografia
2. O professor Rivail - As obras didáticas

Curso Prático e Teórico de Aritmética;


Curso Completo Teórico e Prático de Aritmética;
Escola de Primeiro Grau;
Plano Proposto para a Melhoria da Educação Pública (obra
mereceu destaque e prêmio nacional);
Os Três Primeiros Livros de Telêmaco;
Gramática Francesa Clássica;
Memória sobre a Instrução Pública;
Qual o Sistema de Estudos mais em Harmonia com as
Necessidades da Época?;
Discurso Pronunciado por Ocasião da Distribuição dos Prêmios
de 14 de agosto de 1834;
Programa dos Estudos segundo o Plano de Instrução de H.L.D.
Rivail;
Manual dos Exames para os Certificados de Capacidade;
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2.2 O ensino intuitivo

Como não podia deixar de ser, Rivail utilizou-se do ensino


intuitivo, processo didático preconizado por Pestalozzi e,
segundo o qual, se transmite ao educando a realização, a
atualização da ideia, recorrendo-se aos exercícios de intuição
sensível (educação dos sentidos), com passagem natural a
atividades mentais que preludiam a intuição intelectual.

O ensino intuitivo se funda na substituição do verbalismo e do


ensino livresco pela observação, pelas experiências, pelas
representações gráficas, etc., operando sobre todas as
faculdades da criança.
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2.3 O exercício das funções diretivas e educativas
Tendo fundado em 1826, em Paris, a
Instituição Rivail, o jovem professor aí
exerceu funções diretivas e educativas,
desenvolvendo notável trabalho de
aprimoramento da inteligência de
centenas de educandos, aos quais ele
carinhosamente chamava meus
amigos. Deve-se ressaltar que tanto na
Instituição, como em muitos outros de
seus empreendimentos, Rivail pôde
contar com o apoio e a dedicação da
Profª Amélie-Gabrielle Boudet, com
quem se casara em 1832 7
3. A missão

Os primeiros contatos com os fenômenos mediúnicos das


mesas girantes (1854);
Os primeiros estudos sérios de Espiritismo (1855);
Notícias e desempenho da missão (12.06.1856);
O nome Allan Kardec (1857);
A atuação de Kardec na codificação da Doutrina Espírita
(divulgação);
A desencarnação (31 de março de 1869)

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3.2 Os primeiros estudos sérios de Espiritismo

Foi nessas reuniões [na casa da família Baudin] que comecei


os meus estudos sérios de Espiritismo, menos, ainda, por meio
de revelações, do que de observações.
Um dos primeiros resultados que colhi das minhas observações
foi que os Espíritos, nada mais são do que as almas dos
homens;
O simples fato da comunicação com os Espíritos, dissessem
eles o que dissessem, provava a existência do mundo invisível
ambiente.
O segundo ponto, não menos importante, era que aquela
comunicação permitia se conhecessem o estado desse mundo,
seus costumes, se assim nos podemos exprimir.
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3.5 As obras espíritas

O Livro dos Espíritos (18 de abril de 1857);


A Revista Espírita (1 de janeiro de 1858 – dezembro 1769);
O que é o Espiritismo (julho de 1859);
O Livro dos Médiuns (15 de janeiro de 1861);
O Evangelho segundo o Espiritismo (abril de 1864);
O Céu e o Inferno (agosto de 1865);
A Gênese (16 de janeiro de 1868)
Obras Póstumas (1890).

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Princípios Pestalozzianos enunciados e seguidos pelo discípulo (Allan
Kardec):
1º – Cultivar o espírito natural de observação das crianças, dirigindo-lhes a atenção

para os objetos que as cercam.

2º – Cultivar a inteligência, observando um comportamento que habilite o aluno a

descobrir por si mesmo as regras.

3º – Proceder sempre do conhecido para o desconhecido, do simples para o

composto.

4ª – Evitar toda atitude mecânica levando o aluno a conhecer o fim e a razão de

tudo o que faz.

5º – Conduzi-lo a apalpar com os dedos e com os olhos todas as verdades. Este

princípio forma, de algum modo, a base material deste curso de aritmética.

6º – Só confiar à memória aquilo que já tenha sido apreendido pela inteligência.

→ Fé raciocinada

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Metodologia e critérios utilizados na Codificação Espírita
Objetivos específicos:

Justificar a importância da aplicação do método experimental


para a elaboração da Doutrina Espírita.

Explicar por que a generalidade e a concordância se constituem


na garantia dos ensinos dos Espíritos.
Allan Kardec revela-se, em tudo e por tudo, um homem de
espírito científico pela sua própria natureza..., possuindo
condições indispensáveis ao espírito científico; tais como:

1.Primeiro lugar, a serenidade com que encarou os fatos mediúnicos,


com equilíbrio imperturbável, sem negar nem afirmar aprioristicamente;
2. Em segundo lugar, o domínio próprio, a fim de não se entusiasmar
com os primeiros resultados;
3.Em terceiro lugar, o cuidado na seleção das comunicações;
4.Em quarto lugar, a prudência nas declarações, sempre com a
preocupação de evitar divulgação precipitada de fatos ainda não de todo
examinados e comprovados;
5.Em quinto lugar, finalmente, a humildade, que é também uma condição
do espírito científico, interessado na procura da verdade, antes e acima
de tudo
1. O Espiritismo e a Ciência:

Espírito e matéria, de acordo com a Doutrina Espírita, são duas


constantes da realidade universal. Assim, Espiritismo e
Ciência não são forças antagônicas, mas, ao contrário,
completam-se reciprocamente, segundo o pensamento de
Kardec.

A Gênese: Introdução – Item: 16


2. O método de investigação científica dos
fenômenos espíritas

O método adotado por Allan Kardec na investigação e


comprovação do fato mediúnico — instrumento comprobatório
da existência e comunicabilidade do Espírito — é o
experimental, aplicado às ciências positivas, fundamentado
na observação, comparação, análise sistemática e
conclusão.

Ver as colocações de Kardec: Obras póstumas. Tradução de Guillon


Ribeiro. 38. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Segunda parte. (A minha
primeira iniciação no Espiritismo), p. 268.
Definição do Método Experimental:

A Experimentação Científica é um método empregado para testar


ideias e descobrir os fatos sobre qualquer coisa que um
cientista possa controlar e observar. Os cientistas utilizam-no
para estudar os seres vivos ou brutos, em vários campos das
ciências físicas e da vida. [...] Qualquer experimento
científico válido deve ser capaz de ser repetido, não só
pelo pesquisador original, mas por outros cientistas. Se eles
concordam com as conclusões, atribui-se ao pesquisador
original o crédito de ter feito uma importante descoberta.
Fases do Método Experimental:

Composto por: Métodos: Dedutivo e Indutivo.

Método dedutivo: é o processo de raciocínio pelo qual tiramos


conclusões por inferência lógica de premissas dadas.

As premissas iniciais podem ser artigos de fé ou suposições. Antes de


podermos considerar as conclusões tiradas dessas premissas como
válidas, precisamos demonstrar que elas são coerentes entre si e com
a premissa original. A matemática e a lógica são exemplos de
disciplinas que utilizam muito o método dedutivo. O método
científico exige uma combinação de dedução e indução.
Fases do Método Experimental:

Método dedutivo:
Fases do Método Experimental:

Composto por: Métodos: Dedutivo e Indutivo.

Método indutivo: é o processo de raciocínio pelo qual de uma


experiência particular se passa a generalizações. Pode-se começar
com ‘Todas as maçãs que comi são doces’. A partir dessa constatação,
conclui-se que ‘As maçãs são doces’. Mas a maçã seguinte pode não
ser doce. O método indutivo leva a probabilidades, não a certezas.

Os cientistas utilizam a indução e a dedução. Na dedução, o cientista


começa com generalizações. Ele deduz afirmativas particulares a
partir delas. Pode testar suas suposições pela experimentação,
confirmá-las, revisá-las ou rejeitar suas generalizações originais.
3. O Espiritismo e a lógica indutiva:

A respeito do caminho das induções – percorrido pela Doutrina


Espírita –, Herculano Pires, em seu livro O Espírito e o
Tempo, infere que é a partir da observação dos fatos
positivos que o Espiritismo chega às realidades extrafísicas .

Em A Gênese, diz-nos o Codificador: Não foram os fatos que


vieram a posteriori confirmar a teoria: a teoria é que veio
subsequentemente explicar e resumir os fatos. Fica, assim, a
estrutura lógica do Espiritismo caracterizada como de
natureza indutiva .
3. O Espiritismo e a lógica indutiva:

No entanto, o processo dedutivo está igualmente consagrado na


Doutrina Espírita:

Nunca elaborei teorias preconcebidas; observava


cuidadosamente, comparava, deduzia consequências; dos
efeitos, procurava remontar às causas, por dedução e pelo
encadeamento lógico dos fatos, não admitindo por válida uma
explicação, senão quando resolvia todas as dificuldades da
questão.

Obras póstumas. Tradução de Guillon Ribeiro. 38. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005.
Segunda parte. (A minha primeira iniciação no Espiritismo), p. 268.
4. O controle universal dos ensinos dos Espíritos:

Dois importantes critérios, igualmente tomados à metodologia científica,


foram adotados por Kardec na difícil tarefa de reunir informações para
a elaboração da Doutrina Espírita: a generalidade (ou
universalidade) e a concordância dos ensinos dos Espíritos. Esses
critérios, com o suporte do uso da razão, do bom senso e da lógica
rigorosa emprestam à Doutrina Espírita força e autoridade, como
podemos constatar na introdução de O Evangelho Segundo o
Espiritismo.

O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de Guillon Ribeiro. 124. ed. Rio de Janeiro: FEB,
2005. Introdução, p. 36.
4. O controle universal dos ensinos dos Espíritos:

Retomando, em A Gênese, esse assunto, Kardec assim se expressa:


Generalidade e concordância no ensino, esse o caráter essencial da
doutrina, a condição mesma da sua existência, donde resulta que
todo princípio que ainda não haja recebido a consagração do
controle da generalidade não pode ser considerado parte
integrante dessa mesma doutrina.

A Gênese. Tradução de Guillon Ribeiro. 48. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Introdução, p. 11.
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Marque V ou F

Kardec não era cientista, mas possuia condições


a) indispensáveis ao espírito científico. V
Assim como a Ciência propriamente dita tem por objeto o

b)
estudo das leis do princípio material, o objeto especial do
Espiritismo é o conhecimento das leis do princípio V
espiritual.
As ciências ordinárias assentam nas propriedades da matéria, que

V
se pode experimentar e manipular livremente; os fenômenos

c) espíritas repousam na ação de inteligências dotadas de vontade


própria e que nos provam a cada instante não se acharem
subordinadas aos nossos caprichos.

O método adotado por Allan Kardec na investigação e


comprovação do fato mediúnico —
comprobatório da existência e comunicabilidade do
instrumento V
d) Espírito — é o experimental, aplicado às ciências positivas, 32
Marque V ou F

Kardec disse: elaborei teorias preconcebidas; observava


cuidadosamente, comparava, deduzia conseqüências; dos
efeitos procurava remontar às causas, por dedução e pelo
V
f) encadeamento lógico dos fatos, não admitindo por válida
uma explicação, senão quando resolvia todas as
dificuldades da questão
V
Na indução científica, chega-se à generalização pela
g) análise das partes; Kardec também utilizou desta
metodologia cientifica para elaborar a Doutrina Espírita.

No entanto, o processo dedutivo(**) está igualmente consagrado V


h) na Doutrina Espírita , já que o método científico exige que se
combinem indução e dedução.

O controle universal dos ensinos dos Espíritos, faz parte da


V
i) metodologia utilizada por Kardec na elaboração da Doutrina dos 33
Marque V ou F

Kardec disse que: A verificação universal constitui uma


k) garantia para a unidade futura do Espiritismo e anulará
todas as teorias contraditórias.
V
O que deu lugar ao êxito da doutrina exposta em O Livro

l)
dos Espíritos e em O Livro dos Médiuns foi que em toda a
parte todos receberam diretamente dos Espíritos a
V
confirmação do que esses livros contêm

Generalidade e concordância no ensino, esse o caráter


essencial da doutrina, a condição mesma da sua existência,
donde resulta que todo princípio que ainda não haja
m) recebido a consagração do controle da generalidade não V
pode ser considerado parte integrante dessa mesma
doutrina.
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